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Uma nova ordem para o saneamento em Regiões
Metropolitanas
3º Encontro de Saneamento Básico
FIESP
8 de outubro, 2013
Fernando S. Marcato
Sumário...
1. Evolução institucional do setor de
saneamento
2. A recente decisão do STF
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1. Evolução institucional do setor de saneamento
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Fim do Planasa
Lei de consórcios
públicos
LF 11.107/05
Decreto Federal
7.217/10
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Criação da política pública fragmentada após 21 anos...
 Lei do saneamento traz grandes avanços, mas não equaciona a questão
de regiões metropolitanas
LF 12.305/10
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de saneamento no Brasil...
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Financiamento público
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centralidade da questão da
sustentabilidade
1970 – Planasa 2007 – Lei do Saneamento
Modelos institucionais pós lei do saneamento...
Estado Município
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Convênio de cooperação
Contrato de programa
(sem licitação)
Atuação Estadual Participação da iniciativa privada/Atuação
municipal
Município
Autarquia
Municipal
Concessionária
privada
Contrato de
concessão
Prestação
direta
Não há um modelo empresarial único para o
saneamento...
Fonte: Instituto Trata Brasil
5 Estaduais,
2 Municipais estatais,
1 Municipal privada
2 Municipais privadas
99
95
91
15
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96
98100
16
20
10
18
11
17
Ranking
2011
Ranking
2010
Município UF
População
Total (IBGE)
Operador
1 4 Uberlândia MG 611,904 MUNICÍPIO
2 5 Jundiaí SP 373,713
MUNICÍPIO
/ PRIVADO
3 2 Maringá PR 362,329 SANEPAR
4 7 Limeira SP 278,093 PRIVADO
5 6 Sorocaba SP 593,776 MUNICÍPIO
6 3 Franca SP 321,012 SABESP
7 21
São José dos
Campos
SP 636,876 SABESP
8 1 Santos SP 419,509 SABESP
9 13
Ribeirão
Preto
SP 612,340
MUNICÍPIO
/ PRIVADO
10 12 Curitiba PR 1,764,541 SANEPAR
2. A decisão do STF
Anos 1970
• Surgimento de
empresas
estaduais sob o
Planasa
Anos 1980
• Prevalência
das estaduais
Anos 1990
• Estratégias de
privatização e
entrada de
internacionais
• Debate Público
X Privado
Anos 2000
• Novo marco e
início de
disputa por
concessões
municipais
Tendências
Recentes
• Estratégias
de parcerias
público-
privadas sob
várias formas
ADI foi proposta dentro de um contexto de
conflito e pré-lei do saneamento...
ADI 1.842 proposta
em 1998
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metropolitanas? (ADI 1.842)...
Posição dos Estados
Art. 23 § 3° da CF: § 3º - Os Estados
poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas(...) para
integrar a organização, o planejamento
e a execução de funções públicas de
interesse comum.
Titularidade dos serviços de saneamento
em regiões metropolitanas seriam
estaduais
Posição dos Municípios
Art. 30 da CF: Compete aos Municípios
legislar sobre assuntos de interesse
local
Serviços de saneamento são sempre de
interesse local
Votos de alguns ministros previam a criação de
um órgão metropolitano titular dos serviços...
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Estado Município
-polo Município2 Município 3 Município ...
• Dificuldade para definir regras de Governança
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Durante os 15 anos de julgamento o setor de
saneamento mudou
e os números passaram a incomodar: 56% da população brasileira têm
acesso à rede de esgotamento sanitário e 93% tem acesso a água......
Fontes: PNAD/IBGE (2001 e 2011) e PNSB (2009).
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Antes da decisão do STF, importantes Municípios-polo
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Município
de SP
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Estado do
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Município
do RJ
Agencia
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estadual CEDAE
Instrumento
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para as
demais
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que se tornaram vetor para universalização dos
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PPP Empresa Investimento
PPP da Compesa Compesa/Lidermac/Foz R$ 4,5 bilhões
PPP Sistema Produtor São
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Fonte: Elaboração própria
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Quatro pontos da decisão do STF...
1. Nem todos os serviços de saneamento em regiões
metropolitana são de interesse comum
2. Convênios entre Estado e Município são legais em regiões
metropolitana (gestão associada)
3. Governança do órgão metropolitano não é a única solução
e não pode excluir um dos entes participantes
4. Definição do modelo institucional deve ser feito caso a
caso
1 - Nem todos os serviços de saneamento em regiões
metropolitana são de interesse comum...
Região
metropolitana
Interesse
local:
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Interesse
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2 - Convênios entre Estado e Município são legais
(gestão associada)...
“Para o adequado atendimento do interesse comum, a integração
municipal do serviço de saneamento básico pode ocorrer tanto
voluntariamente, por meio de gestão associada, empregando
convênios de cooperação ou consórcios públicos, consoante o arts.
3º, II, e 24 da Lei Federal 11.445/2007 e o art. 241 da Constituição
Federal, como compulsoriamente, nos termos em que prevista na
lei complementar estadual que institui as aglomerações urbanas.”
3 - Governança do órgão metropolitano não é a única
solução e não pode excluir um dos entes participantes...
“O parâmetro para aferição da constitucionalidade reside no
respeito à divisão de responsabilidades entre municípios e
estado. É necessário evitar que o poder decisório e o poder
concedente se concentrem nas mãos de um único ente para
preservação do autogoverno e da autoadministração dos
municípios.”
4 - Definição do modelo institucional deve ser feito caso a
caso...
“A participação de cada Município e do Estado deve ser
estipulada em cada região metropolitana de acordo com suas
particularidades (...)”
4 – Perspectivas para o futuro do setor
Tendências para o setor...
1 – Intensificação do processo de contratualização bilateral
entre Estado e Município, tendo em vista a dificuldade de
consenso metropolitano
2 – Aumento de PPPs entre estatais e setor privado, para
acelerar a universalização, incluindo parcerias societárias
3 – Aumento de número de prestadores em um mesmo
município, seguindo o modelo do Rio de Janeiro
Equipe da GO Associados envolvida nesta
discussão...
Fernando Marcato
fsmarcato@goassociados.com.br
Guilherme Marthe
guilherme.marthe@goassociados.com.br
Andréa C. de Vasconcelos
andrea.vasconcelos@goassociados.com.br
Muito Obrigado!
Para entrar em
E-mail
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Nova ordem para saneamento em regiões metropolitanas

  • 1. Uma nova ordem para o saneamento em Regiões Metropolitanas 3º Encontro de Saneamento Básico FIESP 8 de outubro, 2013 Fernando S. Marcato
  • 2. Sumário... 1. Evolução institucional do setor de saneamento 2. A recente decisão do STF 3. Perspectivas para o futuro do setor
  • 3. 1. Evolução institucional do setor de saneamento
  • 4. A evolução do marco legal de saneamento no Brasil... Lei do saneamento LF 11.445/07 Lei de concessões LF 8.987/95 Lei 2.291/86: Extingue o BNH Fim do Planasa Lei de consórcios públicos LF 11.107/05 Decreto Federal 7.217/10 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Criação da política pública fragmentada após 21 anos...  Lei do saneamento traz grandes avanços, mas não equaciona a questão de regiões metropolitanas LF 12.305/10 Decreto Federal 7.404/10
  • 5. A Lei 11.445/07 iniciou uma nova era no setor de saneamento no Brasil... Planejamento pelo operador Instrumentos precários Auto-regulação Financiamento público Foco em obras Monopólio natural Água como bem livre Planejamento pelo Poder Concedente Contrato de programa/concessão Agência reguladora Financiamento de mercado Foco no cliente Ambiente competitivo Escassez de recursos hídricos e centralidade da questão da sustentabilidade 1970 – Planasa 2007 – Lei do Saneamento
  • 6. Modelos institucionais pós lei do saneamento... Estado Município CESB Convênio de cooperação Contrato de programa (sem licitação) Atuação Estadual Participação da iniciativa privada/Atuação municipal Município Autarquia Municipal Concessionária privada Contrato de concessão Prestação direta
  • 7. Não há um modelo empresarial único para o saneamento... Fonte: Instituto Trata Brasil 5 Estaduais, 2 Municipais estatais, 1 Municipal privada 2 Municipais privadas 99 95 91 15 14 19 12 13 1 6 4 53 8 2 7 9 94 97 93 92 96 98100 16 20 10 18 11 17 Ranking 2011 Ranking 2010 Município UF População Total (IBGE) Operador 1 4 Uberlândia MG 611,904 MUNICÍPIO 2 5 Jundiaí SP 373,713 MUNICÍPIO / PRIVADO 3 2 Maringá PR 362,329 SANEPAR 4 7 Limeira SP 278,093 PRIVADO 5 6 Sorocaba SP 593,776 MUNICÍPIO 6 3 Franca SP 321,012 SABESP 7 21 São José dos Campos SP 636,876 SABESP 8 1 Santos SP 419,509 SABESP 9 13 Ribeirão Preto SP 612,340 MUNICÍPIO / PRIVADO 10 12 Curitiba PR 1,764,541 SANEPAR
  • 8. 2. A decisão do STF
  • 9. Anos 1970 • Surgimento de empresas estaduais sob o Planasa Anos 1980 • Prevalência das estaduais Anos 1990 • Estratégias de privatização e entrada de internacionais • Debate Público X Privado Anos 2000 • Novo marco e início de disputa por concessões municipais Tendências Recentes • Estratégias de parcerias público- privadas sob várias formas ADI foi proposta dentro de um contexto de conflito e pré-lei do saneamento... ADI 1.842 proposta em 1998
  • 10. Qual modelo deveria ser aplicado a regiões metropolitanas? (ADI 1.842)... Posição dos Estados Art. 23 § 3° da CF: § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas(...) para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Titularidade dos serviços de saneamento em regiões metropolitanas seriam estaduais Posição dos Municípios Art. 30 da CF: Compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local Serviços de saneamento são sempre de interesse local
  • 11. Votos de alguns ministros previam a criação de um órgão metropolitano titular dos serviços... Órgão metropolitano Estado Município -polo Município2 Município 3 Município ... • Dificuldade para definir regras de Governança • Órgão com influência política • Risco de mudança estrutural (exclusão das estaduais da operação) • Monopólio do Estado nas decisões Problemas não enfrentados:
  • 12. Durante os 15 anos de julgamento o setor de saneamento mudou
  • 13. e os números passaram a incomodar: 56% da população brasileira têm acesso à rede de esgotamento sanitário e 93% tem acesso a água...... Fontes: PNAD/IBGE (2001 e 2011) e PNSB (2009).
  • 14. Com o atual ritmo de investimentos universalização só ocorrerá em 50 anos... Fonte: Elaboração própria
  • 15. Antes da decisão do STF, importantes Municípios-polo equacionaram a prestação dos serviços de saneamento... Estado de SP Município de SP Arsesp Sabesp Convênio Contrato Regulação
  • 16. inclusive através de arranjos públicos e privados... Estado do RJ Município do RJ Agencia reguladora estadual CEDAE Instrumento Contrato para as demais áreas da cidade Regulação Concessionária privada (AP-05) Agencia reguladora municipalConcessão de esgoto – AP- 05
  • 17. que se tornaram vetor para universalização dos serviços e melhoria no atendimento... PPP Empresa Investimento PPP da Compesa Compesa/Lidermac/Foz R$ 4,5 bilhões PPP Sistema Produtor São Lourenço Sabesp/Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa R$ 1,68 bilhão PPP Rio Manso Copasa/Foz do Brasil * R$ 519 milhões PPP Alto Tiête Sabesp/CAB Ambiental R$ 300 milhões PPP Agreste Casal/CAB Ambiental R$ 175 milhões Obs: * PPP em processo de julgamento Fonte: Elaboração própria
  • 18. O direito se adaptou aos fatos: STF compreendeu as mudanças do setor
  • 19. Quatro pontos da decisão do STF... 1. Nem todos os serviços de saneamento em regiões metropolitana são de interesse comum 2. Convênios entre Estado e Município são legais em regiões metropolitana (gestão associada) 3. Governança do órgão metropolitano não é a única solução e não pode excluir um dos entes participantes 4. Definição do modelo institucional deve ser feito caso a caso
  • 20. 1 - Nem todos os serviços de saneamento em regiões metropolitana são de interesse comum... Região metropolitana Interesse local: saneamento Interesse comum: transporte, saúde
  • 21. 2 - Convênios entre Estado e Município são legais (gestão associada)... “Para o adequado atendimento do interesse comum, a integração municipal do serviço de saneamento básico pode ocorrer tanto voluntariamente, por meio de gestão associada, empregando convênios de cooperação ou consórcios públicos, consoante o arts. 3º, II, e 24 da Lei Federal 11.445/2007 e o art. 241 da Constituição Federal, como compulsoriamente, nos termos em que prevista na lei complementar estadual que institui as aglomerações urbanas.”
  • 22. 3 - Governança do órgão metropolitano não é a única solução e não pode excluir um dos entes participantes... “O parâmetro para aferição da constitucionalidade reside no respeito à divisão de responsabilidades entre municípios e estado. É necessário evitar que o poder decisório e o poder concedente se concentrem nas mãos de um único ente para preservação do autogoverno e da autoadministração dos municípios.”
  • 23. 4 - Definição do modelo institucional deve ser feito caso a caso... “A participação de cada Município e do Estado deve ser estipulada em cada região metropolitana de acordo com suas particularidades (...)”
  • 24. 4 – Perspectivas para o futuro do setor
  • 25. Tendências para o setor... 1 – Intensificação do processo de contratualização bilateral entre Estado e Município, tendo em vista a dificuldade de consenso metropolitano 2 – Aumento de PPPs entre estatais e setor privado, para acelerar a universalização, incluindo parcerias societárias 3 – Aumento de número de prestadores em um mesmo município, seguindo o modelo do Rio de Janeiro
  • 26. Equipe da GO Associados envolvida nesta discussão... Fernando Marcato fsmarcato@goassociados.com.br Guilherme Marthe guilherme.marthe@goassociados.com.br Andréa C. de Vasconcelos andrea.vasconcelos@goassociados.com.br
  • 27. Muito Obrigado! Para entrar em E-mail fsmarcato@goassociados.com.br gesner@goassociados.com.br pedro@goassociados.com.br msabud@goassociados.com.br wagner@goassociados.com.br regis@goassociados.com.br Twitter @gesner_oliveira @fsmarcato Site www.goassociados.com.br Tel.: +55 (11) 3030-6676 Endereço Av. Brigadeiro Faria Lima, 2081 3º andar Jardim Paulistano – São Paulo - SP