O documento discute conceitos sobre histeria, fantasia e afeto no contexto da psicanálise. Apresenta três ideias principais: 1) a fantasia é o meio pelo qual o neurótico tenta ligar o corpo e o significado; 2) no inconsciente não há afetos, apenas representações significadas; 3) na histeria, o corpo é o lugar onde se expressa aquilo que a censura impede de ser pronunciado.
1. Homens em busca de amor Jean-Pierre Winter Emanuela Fernandes
2. O fantasma ( Phantasie ) é o meio pelo qual o neurótico tenta ligar o registro do corpo e do significado.
3. O que é o fantasma/fantasia? Segundo Laplanche, é “ o roteiro imaginário em que o sujeito está presente e que representa, de modo mais ou menos deformado pelos processos defensivos, a realização de um desejo e,em última análise, de um desejo inconsciente.”
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5. * O cerne que permite compreender a histeria é através do entendimento do significante. * Pensar o Inconsciente!! * Na hipnose o sujeito atende a uma ordem sem saber por que a ela se submete, mas, sobretudo sem saber em que circunstancias e por quem aquela ordem lhe foi dada. * Uma pulsão não pode jamais se tornar um objeto da consciência, só o pode a representação que a representa. * No próprio inconsciente a pulsão só pode ser representada pela representação. E se ela não estivesse ligada a uma representação provavelmente nada saberíamos dela.
6. * Não há no inconsciente nenhuma pulsão, somente representações: SIGNIFICANTES! * No inconsciente não encontramos amor, angústia nem ódio recalcado. O que encontramos é afeto ligado a um significante que podemos situar no consciente ou pré-consciente. * O afeto não é desconhecido do sujeito, ele está apenas deslocado para um significante que não é bom.
7. “ exprime qualquer estado afetivo, penoso ou desagradável, vago ou qualificado, quer se apresente sob forma de descarga maciça, quer como tonalidade geral. Segundo Freud, toda pulsão se exprime nos dois registros, do afeto e da representação. O afeto é a expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional e das suas variações.” O que é Afeto?
8. * O problema não é levar o histérico a perceber que ele ama ali onde não sabe que ama, mas perceber que ama a pessoa que ele não ama, que odeia alguém que ele designa como objeto de seu ódio para melhor desconhecer quem ele odeia realmente. * Não há afetos inconscientes como há representações inconscientes. Pois se há sentimentos não há como não experimentá-los. Mas há casos em que não sabemos o que experimentamos. * O afeto pode estar inibido ou reprimido, mas é localizável na consciência, afinal não é necessário muito para que ele se libere. Se isso acontecer não quer dizer que se chegou ao significante, mas que já há uma visa. * Para o homem histérico a questão é saber a que mestre, à sua revelia, ele obedece!
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12. * No histérico, que é um neurótico, a operação deu certo, o pai simbólico veio ali onde era esperado. * O que acontece com o pai real???? * Essa é a questão do histérico. Quem come a mãe do histérico? Existe quem a coma ? * O sujeito se acha psicotizante e que se torna um objeto da mãe quando ele percebe que não há a figura desse pai. Se o pai imaginário estiver em seu lugar, o sujeito não se torna totalmente objeto da mãe. A separação acontece pela linguagem .
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14. É este o verdadeiro esquema histérico e é a razão pela qual vai buscar esse falo com aqueles que têm o poder: os homens políticos e seus delegados, os homens da lei. Serão os pais imaginários de que se queixará, mas que os obedecerá.