2. A psicose? Por qual motivo?
Um mundo não compartilhado.
Sofrimento
Aprimoramento da clínica.
Questão: Como a teoria de Donald Winnicott
colaborou para a compreensão teória e manejo
clínico da psicose.
3. O objetivo geral: Analisar a teoria de Donald
Winnicott e a sua forma de compreender a
teoria e a clínica da psicose.
4. Objetivos específicos:
- Descrever algumas mudanças na
compreensão da psicose ao longo da história.
- Analisar obras de Donald Winnicott para a
clínica da psicose.
6. Introdução
Psicose: Uma busca pela compreensão de um
conceito disperso.
A compreensão da Psicose ao longo da
história – trazida pelos clássicos.
Donald Winnicott: A teoria.
A Pequena Piggle.
7. O termo psicose caracterizou o conjunto das
chamadas doenças mentais, sendo orgânicas
ou especificamente mentais, sendo depois
restrita às classificações: esquizofrenia,
paranóia e psicose maníaco-depressiva.
(ROUDINESCO, 1998)
8. Um estado mental caracterizado por prejuízos ou
rupturas sérias nas funções cerebrais superiores
mais fundamentais – percepção, cognição,
processamento cognitivo e emoções. Afetos
manifestados em fenômenos comportamentais,
como delírios e alucinações e a fala se torna
significativamente desorganizada. (APA, 2010, p
764)
9. Exprimem-se em uma perda mais ou menos total
da capacidade de compreender o significado da
realidade em que vivemos e de manter entre ela
e nós mesmos uma relação de sintonia suficiente
para permitir um comportamento autônomo e
responsável no âmbito cultural em que
vivemos. (GALIMBERTI, 1992,p 966)
11. Os tratamentos anteriores;
Como antes era a psicose compreendida?
Kraepelin e Bleuler.
A abordagem biológica.
Bleuler: A não separação mente-corpo.
12. “One Hundred Years of Phychiatry”,
Kraepelin (1924) propõe:
Que o estado deve se preocupar com as
instituições psiquiátricas, tanto para a
melhoria daqueles já doentes, como para o
avanço da ciência.
13. Graças a grandes humanitários, como
Sigmund Freud, Carl Gustav Jung, Karen
Horney, o cuidado em relação ao paciente
mudou.
14. O termo Demência Precoce que não é mais
utilizado, sendo trocado por
esquizofrenia, termo proposto por Bleuler
(1934). Já o termo parafrenia, proposto por
Sigmund Freud (1911), também passou a ser
pouco utilizado.
15. Freud (1911) analisa o livro Memórias de um
doente dos nervos, de Daniel Paul Schreber.
16. O que consideramos produto da doença, a
formação delirante, é na realidade uma
tentativa de cura. Após a catástrofe, a
reconstrução tem sucesso maior ou menor,
nunca total; nas palavras de Schreber, “uma
profunda modificação interna” verificou-se no
mundo. (FREUD, 1911, p 94)
17. “ O Mundo de Schreber se
tornou pobre e vazio depois
que ele dele retirou o seu
amor”. FREUD, 1911, p 25)
18. Breuer: 1881 capaz de curar através da
hipnose;
Prova dos processos psíquicos inconsciente;
Sonhos – delírio: Inconsciente
Abrindo caminhos para o tratamento da
psicose pela psicanálise...
19. - Freud (1924), revela que tanto o neurótico
quanto o psicótico são capazes de alterar a
realidade a seu favor.
- Freud (1917) escreveu o artigo Luto e
Melancolia. Onde ele diferencia o luto
normal do patológico.
- Investimento libidinal, objeto.
20. Paulo Dalgalarrondo (2008) Psicopatologia dinâmica e
descritiva, médica e existencial, categoral ou
dimensional, biológica ou sócio-cultural.
Kraepelin: Descrição
Freud: Dinâmica
Combinação de Ambas seria o ideal.
21. Donald Winnicott: Em 1923 iniciou sua
formação em psicanálise;
Pediatra, infância com muitas brincadeiras.
22. Winnicott: O termo psicose, para este
teórico, é utilizado para indicar sujeitos que
a estrutura da sua personalidade tem
fraquezas que se revelam quando a tensão
máxima do complexo de Édipo precisa ser
suportada.
23. No início: pele como membrana limitante.
Mundo interno/externo – diferenciação;
Processo de integração – base do narcisismo
primário – Pleno desenvolvimento do Ego;
Mãe como ego auxiliar/ analista;
Suficientemente boa dependência absoluta
até a relativa.
24. Não só os fatores em si, mas a visão que o sujeito tem do
fator externo – sua subjetividade;
Riqueza do sujeito em termos de realidade psíquica e
progresso humano;
Cuidador capaz de responder aos gestos espontâneos do
babê;
Objetos transicionais, suportar as ausências da mãe.
25. Diminuição das ideias de entidades
nosológicas;
Psicanalista: Especialista em obtenção da
história;
Self verdadeiro e falso – hipertrofia
intelectual;
Privação emocional anterior ao estado em
que o sujeito se encontre capaz de perceber
essa privação.
26. Diagnóstico pautado na qualidade da
distorção ambiental ou deficiência;
Hereditariedade e ambiente que apóia, falha
ou traumatiza, enquanto no meio existe um
sujeito crescendo, vivendo e se
desenvolvendo;
Também considera uma alteração da
realidade: Na neurose e na psicose.
27. Falhas podem provocar uma falha no
desenvolvimento do self e o resultado é a
esquizofrenia;
Colapso esquizofrênico: Inverso do processo
maturativo da infância mais precoce;
Normalidade: Não é uma meta a ser atingida.
Para viver é preciso ter uma dose de
criatividade.
Analista, holding – sustentação ao paciente.
28. Colapso das defesas, precisam existir novas,
reorganizadas;
Hereditariedade e ambiente que apóia;
Falhas no ambiente favorável: Resultado a
esquizofrenia.
29. “É possível uma pessoa esquizoide ou
esquizofrênica levar uma vida satisfatória e
mesmo realizar um trabalho de valor
excepcional. Pode ser doente, do ponto de vista
psiquiátrico,devido a um sentido debilitado de
realidade. Como equilibrar isso, pode-se afirmar
que existem pessoas tão firmementeancoradas na
realidade objetivamente percebida que
estãodoentes no sentido oposto, dada a sua perda
de contato com omundo subjetivo e com a
abordagem criativa dos fatos”
( WINNICOTT, 1971, p 97).
30. Suficientemente bom;
O desmame e a desilusão, a criatividade;
Quando a adaptação é falha, ela resulta em
uma intrusão do ambiente sobre a criança,
podendo levá-la a distorções psicóticas.
31. Winnicott (1975) o aspecto do olhar do bebê
para a mãe .
Também pode-se pensar em pacientes
psicóticos, que para a teoria de Donald
Winnicott têm uma fragilidade em sua
organização, pois esses podem ter uma
despersonalização, sentem-se estranhos a si.
32. UM CASO DE WINNICOTT: A PEQUENA
PIGGLE
A fantasia: Bebê-car e Mãe preta.
33. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Bleuler e Winnicott;
Freud e Winnicott;
Kraepelin e Winnicott
Articulação entre conhecimentos e
desenvolvimento emocional.
34. AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOTIATION / APA, Dicionário de
Psicologia.
Porto Alegre: Artmed, 2010.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Estatístico de
Transtornos
Mentais – DSM 5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
BLEULER, Eugen. Textobook of Psychiatry. 1.ed. Nova Iorque,
Macmillan
Company, 1934.
CALLIGARIS, Contardo. Introdução a uma Clínica Diferencial das
Psicoses.1 ed.
Porto Alegre: Artes Médicas,1989.
ELISABETH, Roudinesco; PLON Michel. Dicionário de Psicanálise.
Rio de Janeiro,
1998.
GALIMBERTI, Umberto. Dicionário de Psicologia. Tradução: João
Paixão Netto.
São Paulo: Loyola,1992.
35. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID 10. Tradução Centro
Colaborador da OMS para a classificação de doenças em português.6.ed. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1993.
PAULO, Dalgalarrondo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais.
2ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
FREUD, Sigmund. Neurose e Psicose (1924). Tradução Paulo Cezar de Souza. In:
Sigmund Freud, Obras Completas. São Paulo: Companhia das letras, 2011, Vol. XII.
______. A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose (1924). Tradução Paulo
Cezar de Souza. Sigmund Freud Obras Completas. São Paulo: Companhia das
letras, 2011, Vol. XII.
______. Luto e Melancolia (1917). Tradução Paulo Cezar de Souza. Sigmund Freud
Obras Completas. São Paulo: Companhia das letras, 2011, Vol. XII.
36. WINNICOTT, Donald. O Brincar e a Realidade. Tradução José Octávio de
Aguiar
Abreu e Vanete Nobre. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
______. Natureza Humana; Tradução Davi Litman Bogomez .Donald
Winnicott. Rio
de Janeiro: Imago, 1990.
______. O ambiente e os Processos de Maturação: Estudos sobre o
Desenvolvimento Emocional.Tradução: Irineo Constantino Schuch Ortiz.
Donald
Winnicott. Porto Alegre: Artmed, 1983.
______. The Piggle. Relato do tratamento psicanalítico de uma menina.
Donald
Winnicott. Rio de Janeiro: Imago, 1987.
______. Da Pediatria à Psicanálise (1971). Tradução David Bogomoletz.
Donald
Winnicott. Rio de Janeiro: Imago, 2000.