3. DEFINIÇÃO
GOIRIS, 1999
Na odontologia oclusão refere-se ao conjunto de
relações dinâmicas e funcionais entre as
superfícies oclusais dos dentes e as demais
estruturas do sistema estomatognático.
4. A saber...
Sistema estomatognático
GOIRIS, 1999
o Ossos fixos da cabeça, mandíbula, hióides, clavícula e
esterno.
o Músculos da mastigação, deglutição e expressão
facial.
o Articulações temporomandibular e dentoalveolar.
o Dentes e estruturas teciduais anexas.
o Sistema nervoso.
o Sistemas vasculares (sanguíneo e linfático).
5.
6. Elementos da atm
A – Superfície articular do osso temporal.
B – Disco articular.
C – Cavidade sinovial superior.
D – Tecido retrodiscal.
E – Feixe superior da zona bilaminar.
F – Superfície articular do côndilo.
G – Feixe superior do pterigóideo lateral.
H – Feixe inferior do pterigóideo lateral.
7.
8. DEFINIÇÃO
À partir do ano 1920 surge os conceitos relacionados à
oclusão dentária, principalmente através do
periodontista Stillman e McCall.
1922 introduziram o termo “oclusão traumática”.
GOIRIS, 1999
9.
10. DEFINIÇÃO
Box, introduz o termo “oclusão
traumatogênica”para indicar que uma alteração
periodontal tinha sua origem à partir da relação
oclusal dos dentes.
GOIRIS, 1999
15. o A articulação temporomandibular (ATM) se comporta
mecanicamente de modo semelhante a outras articulações do
corpo humano.
o Por exemplo, um defeito ósseo congênito ou uma fratura
consolidada fora de uma posição ortopédica, obrigam os
músculos esqueléticos a modificarem seu tônus postural e a
trabalharem em uma hiperatividade constante para
compensar a condição alterada.
23. o Diastemas (movimentações dentárias)
o Lesões não cariosas (abfração, atrição)
o Perda óssea
o Hipersensibilidade dentinária/pulpite
o Mobilidade dental
o Trincas e fraturas
o Perda óssea vertical
o Recessão gengival
o Lesões perirradiculares
Sinais clínicos
https://youtu.be/gow0GOg2Y2g?t=46
24. Dessa forma, é possível entender o que uma interferência oclusal pode
gerar nos componentes do sistema estomatognático?
27. À partir da compreensão dos fundamentos da cinemática
mandibular, são estabelecidos princípios que norteiam a prática
clínica preservando a saúde do paciente e evitando-se as
iatrogenias.
DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO: é a posição postural da mandíbula quando
os músculos elevadores apresentam um grau de contração para impedir a ação da
gravidade.
DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO: quando ocorre o contato dos dentes.
Partindo da DVR, geralmente a diferença dessas posições é de 3mm.
28. Posições
o Relação cêntrica (RC)
o Máxima intercuspidação
habitual (MIH)
o Relação de oclusão cêntrica
(ROC)
Movimentos mandibulares
o Lado de trabalho
o Função de grupo
o Guia canina
o Lado de balanceio
o Protrusão
pOsições e movimentos da mandíbula
Referência/Padrão
EQUILÍBRIO
30. • Representa a posição mais superior e anterior
que os côndilos podem assumir na cavidade
glenóide.
• Posição relativa aos côndilos, não está
vinculada aos dentes.
pOsições da mandíbula
Relação cêntrica (RC)
31. Contato prematuro impede que o côndilo
alcance a posição de Relação cêntrica.
pOsições da mandíbula
33. o É uma posição mandibular decorrente da relação
entre os dentes dos dois arcos.
o É onde ocorre o maior contato entre os dentes.
Máxima intercuspidação habitual (MIH) ou
Oclusão cêntrica
pOsições da mandíbula
34. o A partir da posição de repouso, solicite ao paciente que oclua
os dentes, assim obteremos a chamada MÁXIMA
INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL.
o Dente a dente e ou dente a dois dentes.
o Relação
- Cúspides e fossas
- Cúspides e cristas marginais
pOsições da mandíbula
37. o Posição onde há coincidência da relação cêntrica
(côndilos na cavidade glenóide) e da MIH (contatos
dentários).
pOsições da mandíbula
Relação de oclusão cêntrica (ROC)
Teoricamente é a posição ideal e é o que se
busca nos procedimentos restauradores
42. Entretanto, apenas 10% da população com a
dentição natural apresenta essa condição.
A maioria quase absoluta apresenta as duas
posições distintas.
CONCEIÇÃO, 2007
43. Uma vez que a relação cêntrica é a posição
tida como terapêutica, que idealmente deveria
haver ROC (coincidência da RC com a MIH) e
que 90% das pessoas apresentam as duas
posições, como proceder clinicamente na hora
de fazer ajustes de uma restauração?
44. Liberdade em cêntrica
o Coloque o paciente deitado na cadeira e
naturalmente a mandíbula se desloca para trás,
consequentemente um padrão determinado de
contatos é estabelecido.
o Coloque o paciente sentado e a mandíbula se
deslocará levemente para anterior, estabelecendo
um novo padrão de contatos oclusais.
Ajuste Oclusal
46. Quando a mandíbula desloca-se
horizontalmente para fora e as vertentes lisas
das cúspides vestibulares dos dentes inferiores,
“ viajam” sobre as vertentes triturantes das
cúspides vestibulares dos dentes superiores.
movimentos da mandíbula
Lado de trabalho: função de grupo e guia canina
CONCEIÇÃO, 2007
47. Requer que pelo menos dois dentes posteriores e o
canino façam contato. Idealmente pré-molares.
Quando apenas um dente faz contato, deixa de ser
função de grupo para ser considerado interferência em
trabalho.
movimentos da mandíbula
Função de grupo
48. O indicativo clínico de que não há interferência no lado
de trabalho é quando, durante o movimento excursivo,
o papel celofane não fica preso.
49. O movimento lateral mandibular tem como único
contato o deslizamento da cúspide do canino inferior
sobre a concavidade palatina do canino superior e a
liberação de todos os outros dentes anteriores e
posteriores.
movimentos da mandíbula
Guia canina
A guia canina reduz o tempo de
contato dos dentes posteriores e
evita que a dureza de uma
restauração em cerâmica abrasione
o esmalte dos dentes antagonistas.
50. o Quando a metade da mandíbula desloca-se em
sentido à linha média.
o As cúspides vestibulares inferiores faz uma trajetória
sob as vertentes triturantes das cúspides palatinas
dos dentes superiores.
movimentos da mandíbula
Lado de balanceio
Os contatos dentários desse lado de
balanceio são totalmente
indesejáveis em dentição natural ou
prótese fixa. Idealmente deve haver
a desoclusão dos posteriores.
51. o É o movimento da mandíbula para a anterior.
o A borda dos incisivos inferiores contata a
concavidade palatina dos superiores
finalizando com contato de topo.
movimentos da mandíbula
Protrusão
53. o Coincidir a RC com a MIH, obter a ROC.
o Contatos bilaterais simultâneos, se possível em todos
os dentes posteriores.
o Relação oclusal do tipo cúspide fossa.
o Presença de guia anterior definida, tanto em lateral
(guia canina) quanto em protrusiva (pelos incisivos).
Oclusão mutuamente protegida (principios de
oclusão ideal)
55. Uma vez que não se faz ajuste
oclusal profilático em um sistema
que não apresenta disfunção,
mesmo que não obedeça a um
padrão ideal oclusal.
56. Assim sendo, a restauração é que
não deve gerar outro
deslizamento ou interferência
oclusal.
Desvio da mandíbula para a anterior Desvio da mandíbula em direção à linha
média
57. o Pinça Muller
o Tiras de papel celofane: 4cm comp. x 8mm
larg.
o Papel carbono (preferência duas cores)
o Pontas cilíndricas diamantada, 3118, 3195.
Instrumental para
Ajuste Oclusal
58. o Verificar contatos oclusais em MIH antes de confeccionar a restauração.
o Morder tira de celofane – deve ficar preso na mesma intensidade.
o Repetir após confecção da restauração.
o Fechar em MIH obtendo maior número de contatos.
o Coloque papel articular para obter trajetória do deslizamento.
o Ajuste em RC – buscando evitar que a restauração gere deslizamento.
o Ajuste em movimentos excursivos – somente dente restaurado e
antagonista.
o Pedir paciente pra fechar em MIH – papel ficará preso.
o Em lateralidade papel se solta.
o Repetir excursão mandibular com papel articular.
o Proceder do mesmo modo realizado no lado de trabalho para o lado de
balanceio.
o Ajuste em protrusão.
Protocolo clínico de
ajuste oclusal
Dente posterior
59.
60. o Antes de restaurar: verificar intensidade dos contatos com celofane,
idealmente não deve ficar preso em MIH/RC.
o Confeccionada a restauração, peça ao paciente que feche em MIH –
coloque papel celofane se ficar preso, a restauração está alta; repita
com papel articular e ajuste contatos prematuros.
o Conduza a mandíbula em RC, repita etapa anterior.
o Fazer paciente deslizar de RC para MIH, sem interferência.
o Ajuste em protrusão.
o Ajuste da borda incisal.
o Repetir manobras com celofane e papel articular ajustando em
lateralidade, esquerda e direita.
Protocolo clínico de
ajuste oclusal
Dente anterior
62. o Umidade - secar adequadamente.
o Carbono perfurado.
o Cansaço do paciente.
o Paciente anestesiado.
Erros comuns
63. Utilizamos lado vermelho do carbono
O ideal é que...
Contatos posteriores bilaterais e simultâneos
Remover o que está nas cúspides de não trabalho/balanceio
Idealmente sem contatos anteriores
64. Utilizamos lado preto ou azul
O ideal é que...
Ausência de contatos posteriores
Dentes devem tocar e arrastar
Dois toques independentes = interferência oclusal
Evitar contatos em balanceio
Incisivos sem contato em lateralidade
Protrusão - contatos compatíveis entre homólogos
65. o 1º Marcar contatos em MIH na boca toda
antes de iniciar o procedimento (antes de
anestesiar).
o 2º Ao final da restauração equilíbrio de
contatos na mesma intensidade.
Como proceder...
66. o Veja se apenas o dente restaurado toca
Contato prematuro ou “restauração alta”.
o Desgastar seguindo os contatos desejáveis.
o Não desgastar todo o contato, apenas parte
indesejada.
Dicas importantes