O documento fornece uma introdução sobre oclusão, definindo-a como o relacionamento entre os dentes maxilares e mandibulares. Descreve os principais aspectos da oclusão, incluindo a morfologia das arcadas dentárias, os movimentos mandibulares, a classificação de maloclusões e quando a intervenção oclusal é necessária para reestabelecer a saúde.
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INTRODUÇÃO A OCLUSÃO
Funcional e biologicamente, oclusão significa o relacionamento
entre os dentes maxilares e mandibulares, e entre estes e as
demais estruturas do sistema estomatognático, tais como
periodonto, articulação temporomandibular e mecanismo
neuromuscular.
A oclusão é uma disciplina que está relacionada com todas as
áreas da odontologia, ortodontia, prótese, procedimentos
restauradores...
4. Arcada superior = maxila
Arcada inferior = mandíbula
Cada arcada tem em sua normalidade 16 dentes (permanentes),
implantados no processo alveolar, do osso alveolar.
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RELACIONAMENTO DOS ARCOS DENTÁRIOS
1. OVER-JET, TRESPASSE OU SOBREPASSE HORIZONTAL.
Over-jet é a distância em que se projetam horizontalmente os dentes superiores
sobre os dentes inferiores, quando em máxima intercuspidação
2. OVER-BITE, TRESPASSE OU
SOBREPASSE VERTICAL.
O over-bite corresponde a distância em
que se projetam verticalmente os dentes
superiores sobre os inferiores
(SHILLINGBURG24,1983).
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Pontos de contato
É a relação de contato existente entre as faces proximais dos dentes de um mesmo arco
(SANTOS JR25,1982). O ponto de contato atua como estabilizador dos dentes, prevenindo o
movimento dental individual, mantendo assim a oclusão fisiológica corretamente estabelecida
e protegendo o periodonto.
A perda do ponto de contato por cáries proximais, perda dental, reconstrução anatômica
incorreta, problemas periodontais, dentre outros, faz com que o dente migre e a oclusão se
desarmonize.
O ponto de contato, como regra
geral, localiza-se do seguinte modo:
1. No terço vestibular da face
oclusal (visto por oclusal),
2. No terço oclusal da face
vestibular (visto por vestibular)
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MORFOLOGIA DAS ARCADAS ʹ
PADRÕES FACIAIS
Pode ser descrita como em forma de “U”
A morfologia da arcada influencia no padrão facial, pois
o paciente com o formato da arcada em “U” estreito
tende a ter um perfil mais afilado verticalmente e
alongado horizontalmente, dolicocefálico.
O formato de “U” alargado resulta em um perfil mais
largo verticalmente e diminuído horizontalmente,
braquicefálico.
10. A arcada dentária
decídua tem forma mais
circular, enquanto a
adulta apresenta-se em
forma elíptica.
11. A arcada dentária superior é maior, no sentido transversal à
inferior, para permitir a oclusão dentária.
Podemos dizer que a arcada superior abraça a arcada inferior.
Se usarmos uma analogia com uma caixa, a tampa seria a
maxila; e a caixa, a mandíbula.
12. Curva de Spee
Sob vista lateral pode-se observar que, a
oclusão entre os dentes permanentes
formará uma curva, a curva de spee.
A maxila formará um plano convexo, e a
mandíbula formará um plano côncavo.
Esta curva se estende de molares a
caninos e permite que, ao mastigar, os
alimentos permaneçam na região
posterior e não sejam projetados para a
anterior.
Curvas de compensação
13. Sob vista frontal, observa-se
a curva de Wilson: esta curva
pode ser descrita por uma linha
côncava na porção superior e,
consequentemente, convexa na
inferior. Esse conceito será de
grande valia para os movimentos
mastigatórios de lateralidade.
Com o envelhecimento, ou
atrição dental, pode-se observar a diminuição da concavidade formada pela inter-relação dental.
CURVA DE WILSON
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MOVIMENTOS MANDIBULARES
MOVIMENTO DE LATERALIDADE
DA MANDÍBULA.
Diz-se do movimento excursivo da
mandíbula realizado para a direita ou
para a esquerda do plano sagital
mediano, observado principalmente
no plano horizontal. O lado para o
qual a mandíbula se dirige recebe o
nome de lado de trabalho e o lado
contrário ao do movimento realizado,
recebe o nome de lado de balanceio
(ou lado de não-trabalho).
FUNÇÃO MANDÍBULAR NO
LADO DE TRABALHO.
FUNÇÃO CANINA (Guia
Canina).
Neste tipo de função,
verificada no movimento de
lateralidade da mandíbula, no
lado de trabalho, somente o
canino inferior desliza na face
palatina do canino superior,
até a posição de topo-a-topo
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O lado para o qual a mandíbula se desloca é o lado de trabalho, esse nome é usado
para definir o movimento nos dentes.
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A relação cêntrica é a posição a partir
da qual podem ser realizados os
movimentos mandibulares de
lateralidade, protrusão e abertura da
boca. Na posição de relação cêntrica
os côndilos se encontram em seu eixo
terminal de rotação.
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OCLUSÃO EM RELAÇÃO CÊNTRICA
É o relacionamento maxilomandibular onde ocorre a máxima intercuspidação dos
dentes, com a mandíbula em relação cêntrica (MIH = RC).
Nesta situação não ocorre deslize ou deflexão mandíbular.
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CRITÉRIOS DA OCLUSÃO IDEAL
A oclusão que atua harmonicamente e não
apresenta nenhuma manifestação
patológica sobre os dentes ou estruturas
de suporte deve ser considerada como
uma oclusão ideal.
Resumidamente pode-se dizer que uma
oclusão ideal é aquela que apresenta
eficiente contato dos dentes posteriores,
permitindo uma distribuição das forças
oclusais no maior número de dentes,
bilateralmente, e não proporciona
excessivo contato nos dentes anteriores
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CLASSIFICAÇÃO DAS MALOCLUSÕES
SEGUNDO A RELAÇÃO MOLAR
CLASSE I Também denominada de NEUTRO-OCLUSÃO, neste grupo, enquadra-se a
relação mésio-distal correta entre os primeiros molares permanentes. A cúspide mésio-
vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco vestibular mesial (sulco intercuspídico
existente entre as cúspides mésio vestibular e mediana) do primeiro molar inferior. Por sua
vez a cúspide mediana do primeiro
molar inferior oclui assim na fossa
central do primeiro Molar superior,
à semelhança da relação encontrada
numa oclusão normal.
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CLASSIFICAÇÃO DAS MALOCLUSÕES SEGUNDO A
RELAÇÃO MOLAR
2) CLASSE II Também
denominada de DISTOCLUSÃO,
caracteriza-se principalmente pela
posição distal dos primeiros molares
inferiores em relação aos superiores.
Com isso, os dentes anteriores
superiores se encontram projetados
de sua posição normal. Neste tipo
de maloclusão a arcada superior é
maior ou se projeta anteriormente,
ou a arcada inferior é pequena ou
posicionada para trás.
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CLASSIFICAÇÃO DAS MALOCLUSÕES
SEGUNDO A RELAÇÃO MOLAR
CLASSE III Também
conhecida como
MESIOCLUSÃO, neste grupo,
o primeiro molar inferior
relaciona-se mesialmente com
o superior, estando toda
arcada inferior colocada
anteriormente em relação à
superior.
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Quando a intervenção
oclusal se faz
necessária? A
intervenção é bem
indicada na tentativa
de eliminar patologias
e reestabelecer a
saúde (OKESON,
2013).