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ETIOLOGIA DAS MALOCLUSÕES

         Os elementos de diagnóstico por si só não respondem todas as perguntas do
profissional. Daí a necessidade de avaliar a maloclusão do paciente como ela se apresenta e
listar alguns itens que indiquem como a maloclusão pode ter chegado até onde chegou.
Normalmente, visualizamos apenas o que fazer para corrigir o problema e muitas vezes
deixamos de lado todo o processo que levou o indivíduo àquela situaçáo oclusal.

Maloclusões são em geral alterações clinicamente significativas do campo normal de
crescimento e morfologia. Fatores etiológicos contribuem para a desarmonia com mais
freqüência do que simplesmente a causam.

Por isso cabe ao ortodontista fazer um completo diagnóstico para ter segurança na realização
do planejamento. Às vezes até mesmo há necessidade de um diagnóstico multidisciplinar.

A Importância do Diagnóstico

     Para decidir o plano de tratamento

        Possibilidade de eliminar a causa

     Tratamento estável



A incidência das maloclusões tem aumentado progressivamente com a evolução do homem
na escala filogenética, em relação ao desenvolvimento craniofacial, com hábitos alimentares e
sociais diversificados, com a miscigenação racial.

Etiologia :

Significa o estudo, investigação, ou a descoberta da causa da doença, no caso a maloclusão.



Na literatura encontramos várias formas de classificar a etiologia das maloclusões:

Korkhaus (1939):origem exógena e endógena


- Salzmann (1966): fatores pré e pós-natais


- Begg (1965):hereditariedade, persistência do “overbite” (ocorrência no homem moderno
devido ao pouco uso do aparelho mastigador) e outras causas.

- Graber (1966)

a. Fatores intrínsecos ou locais são fatores mais diretamente relacionados à cavidade bucal e
perfeitamente controláveis pelo dentista. Estes fatores deverão ser detectados. São eles:

    •   Anomalias de número
•   Anomalias de tamanho

   •   Anomalias de forma

   •   Freios labiais e bridas mucosas

   •   Retenção prolongada de decíduos

   •   Erupção tardia de permanentes

   •   Via de erupção anormal

   •   Anquilose

   •   Cáries dentárias

   •   Restaurações dentárias inadequadas

As ANOMALIAS DE NÚMERO são de origem hereditária na sua grande maioria, mas podem
também estar associadas a anomalias congênitas como lábio-leporino ou patologias
generalizadas como displasia ectodérmica. Entre elas temos:

-DENTES SUPRANUMERÁRIOS

Podem estar inclusos ou irrompidos e têm formato diferente dos dentes normaisOs dentes
supranumerários ocorrem com maior freqüência na maxila, sendo que o mais comum é o
mesiodens localizado na linha mediana entre os incisivos centrais superiores.

Em                resumo,               podemos                  concluir             que:
estes dentes causam alterações na arcada dentária como, giroversões, apinhamentos, desvios
de erupção e impactações. Evidências radiográficas determinarão a presença do
supranumerário.
A conduta sempre será a exodontia tanto com a finalidade de melhorar as alterações no arco
quanto evitar problemas futuros como reabsorção radicular e surgimento de cistos.

- DENTES EXTRANUMERÁRIOS

Também         fazem      parte   das     anomalias     de    número         os
dentes extranumerários: que são dentes que apresentam as mesmas características
anatômicas de um dente normal.

Os dentes extranumerários (que são dentes semelhantes aos normais) podem gerar alterações
nos arcos dentários como diastemas, apinhamentos, desvios de erupção, impactações. O
diagnóstico também poderá ser feito com evidências clínicas e radiográficas, porém
deveremos optar pela exodontia do dente menos favorável ao tratamento, observando
sempre as condições de integridade de coroa e raiz.

- AGENESIA

Outra anomalia de número na classificação da etiologia é a agenesia, que significa ausência de
elemento dentário.
Oligodontia: é a ausência de alguns elementos dentários.

Os dentes com maior freqüência são:

-3ºs molares sup e inf;

-incisivos laterais superiores;

-pré-molar inferior;

-incisivos inferiores.

Portanto agenesias geram discrepâncias positivas com conseqüentes migrações dentárias dos
dentes adjacentes aos ausentes. O DIAGNÓSTICO é realizado por meio de suspeitas clínicas
como: diferença na cronologia e/ou seqüência de erupção, esfoliação do dente decíduos
atrasada,    ou     Decíduo     em      infra-oclusão,   e    evidências    radiográficas.


CONDUTA CLÍNICA :

será conservar o espaço para uma prótese ou implante, ou mover os dentes
ortodonticamente com o objetivo de fechar o espaço



As ANOMALIAS DE TAMANHO são:

Macrodontia
Dentes maiores que o normal, os mais antigidos - molares e incisivos centrais superiores
Microdontia
Dentes menores que o normal, os mais atingidos - incisivos laterais superiores e terceiros
molares



Tanto a macrodontia quanto a microdontia irão alterar o comprimento da arcada dentária
comprometendo o engrenamento com o arco antagonista.

O diagnóstico poderá ser realizado clinicamente.

E a conduta clínica a ser realizada é a estética do dente com alteração de tamanho havendo as
vezes necessidade de alterar os dentes vizinhos com o objetivo de melhorar o engrenamento e
melhorar a estética do paciente.


Em casos de microdontia de terceiros molares dependendo do antagonista poderá ser indicada
exodontia do microdente.

As ANOMALIAS DE FORMA podem ser:
DENTES CONÓIDES

Incisivos laterais superiores e terceiros molares

GERMINAÇÃO

Uma câmara pulpar, e o dente coalescido exibe mineralização total

FUSÃO

Duas câmaras pulpares independentes

CONOIDES, GEMINAÇÃO E FUSÃO geram modificações no perímetro da arcada dentária.


O DIAGNÓSTICO é efetuado através de suspeitas clínicas e evidências radiográficas


A CONDUTA CLÍNICA é a exodontia ou restaurações estéticas

Os FREIOS são lâminas fibrosas de tecido conjuntivo, com forma triangular sendo apontados
como fator etiológico de diastemas interincisivos centrais. O DIAGNÓSTICO do Freio labial
patológico apresenta um SINAL CLÍNICO de isquemia na região da papila incisiva. A CONDUTA
CLÍNICA é a desinserção do freio labial, frenectomia, MAS SOMENTE APÓS A FASE DO
PATINHO FEIO, OU SEJA APÓS ERUPÇÃO DOS CANINOS SUPERIORES.

A RETENÇÃO PROLONGADA DE DENTES DECÍDUOS pode ocorrer por falta de sincronia entre
processo de rizólise e rizogenêse, por rigidez do periodonto, por anquilose do dente decíduo,
ausência do dente permanente correspondente. A RETENÇÃO PROLONGADA DE DENTES
DECÍDUOS causa desvios de erupção de dentes permanentes, ou atraso na sua erupção, e
conseqüentemente modificações no perímetro do arco.

A CONDUTA CLÍNICA recomendada é confirmar a presença do dente permanente
correspondente, e exodontia do decíduo o mais breve possível

A    ERUPÇÃO      TARDIA      DE    DENTES        PERMANENTES   pode     acontecer     pela
presença de supranumerário, raiz de dente decíduo, ou barreira de tecido fibroso ou ósse. A
retenção de dentes permanentes pode gerar dilaceração radicular e perda do elemento
dental, necessidade de tracionamento, ou mesmo exodontia de dentes posicionados em
regiões com muita dificuldade de realizar o tracionamento.

Frequentemente os dentes tem sua via de erupção anormal por falta de espaço no arco
dentário, por isso os dentes que comumente ficam retidos os caninos superiores e segundos
prés inferiores.Estes dentes acabam erupcionando por vestibular ou lingual ou ficam
impactados.

Erupção ectópca dos dentes permanentes ou VIA DE ERUPÇÃO ANORMAL acontece por uma
mudança na trajetória de irrupção dos dentes, podendo provocar ALTERAÇÕES como impacção
ou adquirindo posições incorretas na arcada dentária.
A ANQUILOSE dentária é provocada por um tipo de lesão que pelo rompimento da membrana
periodontal, determina a formação de uma ponte óssea, unindo o cemento à lâmina dura
alveolar, retardando ou mesmo impedindo que o dente faça sua erupção. A anquilose
dentária é percebida clinicamente pela infraoclusão dos segundos molares decíduos sup e inf.;
já radiograficamente podemos observar a ausência de ligamento periodontal nesses dentes. A
anquilose dentária provoca:

- Inclinação dos dentes adjacentes;

- Variações no comprimento do arco dentário com perda de espaço;

- Extrusão do antagonista;

- Desvio de LM para o lado afetado;

- Dificuldades de erupção do sucessor permanente.

A anquilose dentária pode ocorrer devido a:

- Distúrbios no metabolismos local;

- Lacunas na membrana periodontal;

- Infecção localizada;

- Irritação química ou térmica;

- Falha local no crescimento ósseo;

- Trauma mecânico;

- Pressão anormal da língua.

b. Os fatores EXTRÍNSECOS agem muitas vezes durante a formação do indivíduo e portanto
dificilmente são controlados. Estão relacionado com fatores ambientais, por exemplo. São
eles:

- Hábitos Deletérios

- Hereditariedade

- Moléstias e deformidades congênitas

- Meio ambiente

- Ambiente metabólico

- Problemas nutricionais

1. Hábitos Deletérios

     Interposição lingual : Deglutição normal perfeito equilíbrio entre músculos dos lábios,
bochecha e língua. Na interposição lingual atípica ocorrem as maloclusões. O osso é
    um tecido bastante plástico que se molda ante as pressões musculares. A interposição
    lingual pode ser:

    Primária: quando é o fator etiológico da maloclusão.

    Causas

•   Desequilíbrio do controle nervoso

•   Tonsilas inflamadas

•   Macroglossia

•   Anquiloglossia (língua anquilosada que não consegue realizar os movimentos de
    deglutição)

•   Freio lingual anormal

•   Perdas precoces e diastemas anteriores

    Neste caso o prognóstico pode ser sombrio pois a correção é complexa e depende
    muito da cooperação do paciente, do padrão de crescimento e do envolvimento
    neuromuscular de toda a musculatura lingual.

    O tratamento consiste na:

•   Remoção do hábito

•   Tratamento fonoaudiológico

•   Conscientização do paciente

•   Uso de aparelhos ortodônticos/ortopédicos



    Secundária: adaptação à alteração existente; “oportunista”



 Sucção digital ou de chupeta: Maloclusão resultante do hábito de sucção: localiza-se
  na região anterior, de canino a canino

    Alterações

   Vestibularização dos dentes superiores e anteriores;

    Mordida aberta originada da interferência do dedo entre os arcos;

    Rotação mandibular no sentido horário, devido a falta de contato dos dentes;
A língua, na deglutição, ocupa uma posição projetada no intuito de promover o
       selamento anterior. A pressão do dedo sobre o osso alveolar e palato, produz uma
       força com conseqüente estreitamento do e aprofundamento do mesmo. O tratamento
       consiste na:

      Remoção do hábito

      Tratamento fonoaudiológico

      Conscientização do paciente

      Correção maloclusão (aparelhos)



    Postura: O tipo de maloclusão causada por hábito geralmente é unilateral e localizado
     no arco superior; O peso da cabeça passa aos tecidos da região maxilar e se localiza ali
     por ação da mão ou do braço;



    Onicofagia : 2 situações

    1. Antecipação da erupção dos incisivos permanentes
    2. Dependendo do estagio de formação, retardara a erupção, assim a criança ficaria
     muito tempo sem os dentes anteriores, estimulando o escape anterior da língua e
     alterações da fala (mordida aberta)


       O tratamento da onicofagia e postura consiste na remoção do hábito.

    Respiração oral : Obstruções presentes ao longo das vias aéreas, que forçam a
     respiração através de uma via alternativa: a cavidade bucal. A respiração bucal exige
     uma mudança de postura para assegurar a abertura de uma via aérea bucal. Os
     respiradores orais se apresentam:

       Respiradores bucais puramente funcionais: são respiradores bucais habituais (postura
       viciosa) - DESENVOLVIDA

       Respiradores bucais orgânicos ou genuínos: obstáculos mecânicos que impedem ou
       dificultam a respiração. Podem ser: nasais, atresia maxilar, retrognatismo, alteração de
       tonicidade, postura e tamanho de língua, hipertrofia de tonsilas, entre outros

       Respiradores bucais impotentes funcionais: disfunção neurológica.

        O diagnóstico e o tratamento devem basear-se nos sinais morfológicos, clínicos e
radiográficos, presentes na face e na oclusão do paciente.

   -   Avaliação clínica;

   -   Avaliação radiográfica;
-   Avaliação médica;

   -   Remoção do hábito

   -   Correção maloclusão (aparelhos)



2. Hereditariedade

Algumas maloclusões apresentam-se intimamente relacionadas à morfologia facial. As
maloclusões esqueléticas apresentam um forte componente genético na sua etiologia. Nas
populações raciais homogêneas quase não se observa maloclusões, enquanto que nos grupos
que apresentam grande miscigenação racial a prevalência de maloclusões aumenta
substancialmente.

3. Moléstias e Deformidades congênitas

Deformidades que agem sobre o embrião, desde a sua formação intra-uterina até o momento
do nascimento, apresentando manifestações clínicas imediatas ou tardias

    Fissuras de lábio e palato

    Disostose cleidocraniana

    Paralisia cerebral

    Febres exantematosas

    Displasias ectodérmicas

    Incontinência pigmentar



4. Meio Ambiente

   Influência Pré-natal

    Posição Intra-uterina do feto

    Fibromas intra-uterino: causam simetria do crânio e da face

    Dieta do metabolismo materno

    Rubéola ou uso do Drogas

   Influência Pós-natal

    Lesões traumáticas no nascimento

    Fratura de côndilo
 Tecido cicatricial por queimadura

     Acidentes que provocam pressão indevida sobre a dentição em desenvolvimento

     Anquilose condilar



5. Ambiente Metabólico e enfermidades predisponentes

        a. Poliomielite

       b. Distrofia Muscular

       c. Disfunções Endócrinas

Podem desencadear hiperplasia dos dentes, retardando ou acelerando o crescimento, no
fechamento de suturas, na reabsorção ou erupção dos dentes decíduos.

6. Problemas nutricionais

Raquitismo (carência de Vitamina D)

Escorbuto (carência de Vitamina C)

Beribéri (carência de Tiamina)

Provocam alterações na seqüência de erupção, perda precoce ou retenção prolongada dos
decíduos, vias de erupção anormal ou insanidade dos tecidos bucais.

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Etiologia das Maloclusões: Fatores Intrínsecos e Extrínsecos

  • 1. ETIOLOGIA DAS MALOCLUSÕES Os elementos de diagnóstico por si só não respondem todas as perguntas do profissional. Daí a necessidade de avaliar a maloclusão do paciente como ela se apresenta e listar alguns itens que indiquem como a maloclusão pode ter chegado até onde chegou. Normalmente, visualizamos apenas o que fazer para corrigir o problema e muitas vezes deixamos de lado todo o processo que levou o indivíduo àquela situaçáo oclusal. Maloclusões são em geral alterações clinicamente significativas do campo normal de crescimento e morfologia. Fatores etiológicos contribuem para a desarmonia com mais freqüência do que simplesmente a causam. Por isso cabe ao ortodontista fazer um completo diagnóstico para ter segurança na realização do planejamento. Às vezes até mesmo há necessidade de um diagnóstico multidisciplinar. A Importância do Diagnóstico  Para decidir o plano de tratamento  Possibilidade de eliminar a causa  Tratamento estável A incidência das maloclusões tem aumentado progressivamente com a evolução do homem na escala filogenética, em relação ao desenvolvimento craniofacial, com hábitos alimentares e sociais diversificados, com a miscigenação racial. Etiologia : Significa o estudo, investigação, ou a descoberta da causa da doença, no caso a maloclusão. Na literatura encontramos várias formas de classificar a etiologia das maloclusões: Korkhaus (1939):origem exógena e endógena - Salzmann (1966): fatores pré e pós-natais - Begg (1965):hereditariedade, persistência do “overbite” (ocorrência no homem moderno devido ao pouco uso do aparelho mastigador) e outras causas. - Graber (1966) a. Fatores intrínsecos ou locais são fatores mais diretamente relacionados à cavidade bucal e perfeitamente controláveis pelo dentista. Estes fatores deverão ser detectados. São eles: • Anomalias de número
  • 2. Anomalias de tamanho • Anomalias de forma • Freios labiais e bridas mucosas • Retenção prolongada de decíduos • Erupção tardia de permanentes • Via de erupção anormal • Anquilose • Cáries dentárias • Restaurações dentárias inadequadas As ANOMALIAS DE NÚMERO são de origem hereditária na sua grande maioria, mas podem também estar associadas a anomalias congênitas como lábio-leporino ou patologias generalizadas como displasia ectodérmica. Entre elas temos: -DENTES SUPRANUMERÁRIOS Podem estar inclusos ou irrompidos e têm formato diferente dos dentes normaisOs dentes supranumerários ocorrem com maior freqüência na maxila, sendo que o mais comum é o mesiodens localizado na linha mediana entre os incisivos centrais superiores. Em resumo, podemos concluir que: estes dentes causam alterações na arcada dentária como, giroversões, apinhamentos, desvios de erupção e impactações. Evidências radiográficas determinarão a presença do supranumerário. A conduta sempre será a exodontia tanto com a finalidade de melhorar as alterações no arco quanto evitar problemas futuros como reabsorção radicular e surgimento de cistos. - DENTES EXTRANUMERÁRIOS Também fazem parte das anomalias de número os dentes extranumerários: que são dentes que apresentam as mesmas características anatômicas de um dente normal. Os dentes extranumerários (que são dentes semelhantes aos normais) podem gerar alterações nos arcos dentários como diastemas, apinhamentos, desvios de erupção, impactações. O diagnóstico também poderá ser feito com evidências clínicas e radiográficas, porém deveremos optar pela exodontia do dente menos favorável ao tratamento, observando sempre as condições de integridade de coroa e raiz. - AGENESIA Outra anomalia de número na classificação da etiologia é a agenesia, que significa ausência de elemento dentário.
  • 3. Oligodontia: é a ausência de alguns elementos dentários. Os dentes com maior freqüência são: -3ºs molares sup e inf; -incisivos laterais superiores; -pré-molar inferior; -incisivos inferiores. Portanto agenesias geram discrepâncias positivas com conseqüentes migrações dentárias dos dentes adjacentes aos ausentes. O DIAGNÓSTICO é realizado por meio de suspeitas clínicas como: diferença na cronologia e/ou seqüência de erupção, esfoliação do dente decíduos atrasada, ou Decíduo em infra-oclusão, e evidências radiográficas. CONDUTA CLÍNICA : será conservar o espaço para uma prótese ou implante, ou mover os dentes ortodonticamente com o objetivo de fechar o espaço As ANOMALIAS DE TAMANHO são: Macrodontia Dentes maiores que o normal, os mais antigidos - molares e incisivos centrais superiores Microdontia Dentes menores que o normal, os mais atingidos - incisivos laterais superiores e terceiros molares Tanto a macrodontia quanto a microdontia irão alterar o comprimento da arcada dentária comprometendo o engrenamento com o arco antagonista. O diagnóstico poderá ser realizado clinicamente. E a conduta clínica a ser realizada é a estética do dente com alteração de tamanho havendo as vezes necessidade de alterar os dentes vizinhos com o objetivo de melhorar o engrenamento e melhorar a estética do paciente. Em casos de microdontia de terceiros molares dependendo do antagonista poderá ser indicada exodontia do microdente. As ANOMALIAS DE FORMA podem ser:
  • 4. DENTES CONÓIDES Incisivos laterais superiores e terceiros molares GERMINAÇÃO Uma câmara pulpar, e o dente coalescido exibe mineralização total FUSÃO Duas câmaras pulpares independentes CONOIDES, GEMINAÇÃO E FUSÃO geram modificações no perímetro da arcada dentária. O DIAGNÓSTICO é efetuado através de suspeitas clínicas e evidências radiográficas A CONDUTA CLÍNICA é a exodontia ou restaurações estéticas Os FREIOS são lâminas fibrosas de tecido conjuntivo, com forma triangular sendo apontados como fator etiológico de diastemas interincisivos centrais. O DIAGNÓSTICO do Freio labial patológico apresenta um SINAL CLÍNICO de isquemia na região da papila incisiva. A CONDUTA CLÍNICA é a desinserção do freio labial, frenectomia, MAS SOMENTE APÓS A FASE DO PATINHO FEIO, OU SEJA APÓS ERUPÇÃO DOS CANINOS SUPERIORES. A RETENÇÃO PROLONGADA DE DENTES DECÍDUOS pode ocorrer por falta de sincronia entre processo de rizólise e rizogenêse, por rigidez do periodonto, por anquilose do dente decíduo, ausência do dente permanente correspondente. A RETENÇÃO PROLONGADA DE DENTES DECÍDUOS causa desvios de erupção de dentes permanentes, ou atraso na sua erupção, e conseqüentemente modificações no perímetro do arco. A CONDUTA CLÍNICA recomendada é confirmar a presença do dente permanente correspondente, e exodontia do decíduo o mais breve possível A ERUPÇÃO TARDIA DE DENTES PERMANENTES pode acontecer pela presença de supranumerário, raiz de dente decíduo, ou barreira de tecido fibroso ou ósse. A retenção de dentes permanentes pode gerar dilaceração radicular e perda do elemento dental, necessidade de tracionamento, ou mesmo exodontia de dentes posicionados em regiões com muita dificuldade de realizar o tracionamento. Frequentemente os dentes tem sua via de erupção anormal por falta de espaço no arco dentário, por isso os dentes que comumente ficam retidos os caninos superiores e segundos prés inferiores.Estes dentes acabam erupcionando por vestibular ou lingual ou ficam impactados. Erupção ectópca dos dentes permanentes ou VIA DE ERUPÇÃO ANORMAL acontece por uma mudança na trajetória de irrupção dos dentes, podendo provocar ALTERAÇÕES como impacção ou adquirindo posições incorretas na arcada dentária.
  • 5. A ANQUILOSE dentária é provocada por um tipo de lesão que pelo rompimento da membrana periodontal, determina a formação de uma ponte óssea, unindo o cemento à lâmina dura alveolar, retardando ou mesmo impedindo que o dente faça sua erupção. A anquilose dentária é percebida clinicamente pela infraoclusão dos segundos molares decíduos sup e inf.; já radiograficamente podemos observar a ausência de ligamento periodontal nesses dentes. A anquilose dentária provoca: - Inclinação dos dentes adjacentes; - Variações no comprimento do arco dentário com perda de espaço; - Extrusão do antagonista; - Desvio de LM para o lado afetado; - Dificuldades de erupção do sucessor permanente. A anquilose dentária pode ocorrer devido a: - Distúrbios no metabolismos local; - Lacunas na membrana periodontal; - Infecção localizada; - Irritação química ou térmica; - Falha local no crescimento ósseo; - Trauma mecânico; - Pressão anormal da língua. b. Os fatores EXTRÍNSECOS agem muitas vezes durante a formação do indivíduo e portanto dificilmente são controlados. Estão relacionado com fatores ambientais, por exemplo. São eles: - Hábitos Deletérios - Hereditariedade - Moléstias e deformidades congênitas - Meio ambiente - Ambiente metabólico - Problemas nutricionais 1. Hábitos Deletérios  Interposição lingual : Deglutição normal perfeito equilíbrio entre músculos dos lábios,
  • 6. bochecha e língua. Na interposição lingual atípica ocorrem as maloclusões. O osso é um tecido bastante plástico que se molda ante as pressões musculares. A interposição lingual pode ser: Primária: quando é o fator etiológico da maloclusão. Causas • Desequilíbrio do controle nervoso • Tonsilas inflamadas • Macroglossia • Anquiloglossia (língua anquilosada que não consegue realizar os movimentos de deglutição) • Freio lingual anormal • Perdas precoces e diastemas anteriores Neste caso o prognóstico pode ser sombrio pois a correção é complexa e depende muito da cooperação do paciente, do padrão de crescimento e do envolvimento neuromuscular de toda a musculatura lingual. O tratamento consiste na: • Remoção do hábito • Tratamento fonoaudiológico • Conscientização do paciente • Uso de aparelhos ortodônticos/ortopédicos Secundária: adaptação à alteração existente; “oportunista”  Sucção digital ou de chupeta: Maloclusão resultante do hábito de sucção: localiza-se na região anterior, de canino a canino Alterações  Vestibularização dos dentes superiores e anteriores;  Mordida aberta originada da interferência do dedo entre os arcos; Rotação mandibular no sentido horário, devido a falta de contato dos dentes;
  • 7. A língua, na deglutição, ocupa uma posição projetada no intuito de promover o selamento anterior. A pressão do dedo sobre o osso alveolar e palato, produz uma força com conseqüente estreitamento do e aprofundamento do mesmo. O tratamento consiste na:  Remoção do hábito  Tratamento fonoaudiológico  Conscientização do paciente  Correção maloclusão (aparelhos)  Postura: O tipo de maloclusão causada por hábito geralmente é unilateral e localizado no arco superior; O peso da cabeça passa aos tecidos da região maxilar e se localiza ali por ação da mão ou do braço;  Onicofagia : 2 situações  1. Antecipação da erupção dos incisivos permanentes  2. Dependendo do estagio de formação, retardara a erupção, assim a criança ficaria muito tempo sem os dentes anteriores, estimulando o escape anterior da língua e alterações da fala (mordida aberta) O tratamento da onicofagia e postura consiste na remoção do hábito.  Respiração oral : Obstruções presentes ao longo das vias aéreas, que forçam a respiração através de uma via alternativa: a cavidade bucal. A respiração bucal exige uma mudança de postura para assegurar a abertura de uma via aérea bucal. Os respiradores orais se apresentam: Respiradores bucais puramente funcionais: são respiradores bucais habituais (postura viciosa) - DESENVOLVIDA Respiradores bucais orgânicos ou genuínos: obstáculos mecânicos que impedem ou dificultam a respiração. Podem ser: nasais, atresia maxilar, retrognatismo, alteração de tonicidade, postura e tamanho de língua, hipertrofia de tonsilas, entre outros Respiradores bucais impotentes funcionais: disfunção neurológica. O diagnóstico e o tratamento devem basear-se nos sinais morfológicos, clínicos e radiográficos, presentes na face e na oclusão do paciente. - Avaliação clínica; - Avaliação radiográfica;
  • 8. - Avaliação médica; - Remoção do hábito - Correção maloclusão (aparelhos) 2. Hereditariedade Algumas maloclusões apresentam-se intimamente relacionadas à morfologia facial. As maloclusões esqueléticas apresentam um forte componente genético na sua etiologia. Nas populações raciais homogêneas quase não se observa maloclusões, enquanto que nos grupos que apresentam grande miscigenação racial a prevalência de maloclusões aumenta substancialmente. 3. Moléstias e Deformidades congênitas Deformidades que agem sobre o embrião, desde a sua formação intra-uterina até o momento do nascimento, apresentando manifestações clínicas imediatas ou tardias  Fissuras de lábio e palato  Disostose cleidocraniana  Paralisia cerebral  Febres exantematosas  Displasias ectodérmicas  Incontinência pigmentar 4. Meio Ambiente Influência Pré-natal  Posição Intra-uterina do feto  Fibromas intra-uterino: causam simetria do crânio e da face  Dieta do metabolismo materno  Rubéola ou uso do Drogas Influência Pós-natal  Lesões traumáticas no nascimento  Fratura de côndilo
  • 9.  Tecido cicatricial por queimadura  Acidentes que provocam pressão indevida sobre a dentição em desenvolvimento  Anquilose condilar 5. Ambiente Metabólico e enfermidades predisponentes a. Poliomielite b. Distrofia Muscular c. Disfunções Endócrinas Podem desencadear hiperplasia dos dentes, retardando ou acelerando o crescimento, no fechamento de suturas, na reabsorção ou erupção dos dentes decíduos. 6. Problemas nutricionais Raquitismo (carência de Vitamina D) Escorbuto (carência de Vitamina C) Beribéri (carência de Tiamina) Provocam alterações na seqüência de erupção, perda precoce ou retenção prolongada dos decíduos, vias de erupção anormal ou insanidade dos tecidos bucais.