SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 51
Baixar para ler offline
Bases Farmacocinéticas e
Farmacodinâmicas da Farmacologia
Prof.MS. Ana Claudia Siqueira
FARMACOCINÉTICA
• É o estudo da velocidade com que os fármacos
atingem o sítio de ação e são eliminados do
organismo, bem como dos diferentes fatores
que influenciam na quantidade de fármaco a
atingir o seu sítio. Basicamente, estuda os
processos metabólicos de absorção,
distribuição, biotransformação e eliminação
das drogas
PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS
• Absorção
• Distribuição
• Biotransformação ou Metabolização
• Excreção
ABSORÇÃO
• Definição - é a transferência de um fármaco
desde o seu local de administração até a
circulação sanguínea.
• A velocidade e a eficiência da absorção vai
depender entre outros fatores da via de
administração.
IONIZAÇÃO
• Fármaco Ionizado – não é absorvido
– Fármaco básico em meio ácido
– Fármaco ácido em meio básico
• Fármaco não ionizado – é absorvido
– Fármaco básico em meio básico
– Fármaco ácido em meio ácido
MEMBRANA CELULAR
• Bicamada lipídica
(hidrofóbica-in,
hidrofílica-out)
• Fluidez (moléculas
individuais se movem
lateralmente)
• Proteínas (alvos para
ação de drogas)
• Relativamente
impermeável às moléculas
polares
MECANISMOS PARA ATRAVESSAR AS BARREIRAS
CELULARES
ATENOLOL VALPROATO
DOPAMINA
DIFERENÇA NA ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS
DISTRIBUIÇÃO
• Ligação dos fármacos às proteínas plasmáticas
• O grau de ligação proteica com fármacos depende
de:
– Afinidade dos fármacos e proteínas plasmáticas
– Concentração sanguínea do fármaco
– Concentração das proteínas plasmáticas
– SOMENTE A FRAÇÃO LIVRE DO FÁRMACO É DISTRIBUIDA
– A AFINIDADE DO FÁRMACO COM AS PROTEINAS
PLASMÁTICAS DEPENDERÁ DA DISTRIBUIÇÃO E DO
METABOLISMO
TIPOS DE FÁRMACOS E LIGAÇÕES AS PROTEINAS PLASMÁTICAS
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
• Volume Real –distribuição do fármaco por todos os líquidos
do organismo
• Volume aparente – relação existente entre aconcentração
nos tecidos e a concentração sanguínea
– Drogas Lipossolúveis - maior volume aparente
– Drogas Ligadas – menor volume aparente
VARIAÇÃO DO VOLUME APARENTE
1. Dependente da droga
Lipossolubilidade
Polaridade e Ionização
Ligação à proteínas
2. Dependentes do Paciente
Idade
Peso e tamanho
Hemodinâmica ( ICC menor perfusão )
Concentração das proteínas plasmáticas
Estados patológicos
Genética
DISTRIBUIÇÃO E AS BARREIRAS ANATÔMICAS
SUBSTÂNCIAS QUE PENETRAM NO SNC
• Drogas Apolares
• Drogas Lipossolúveis
• Tamanho Molecular Reduzido ( álcool )
• Elevado Coeficiente de Partição ( barbitúricos e
anestésicos gerais )
BARREIRA PLACENTÁRIA
• Vasos sanguíneos do feto revestidos por uma única
camada de células
• Atravessa a maioria das drogas – ocorre o retardo para a
transferência para o feto ( 10-15 mim relação mãe/feto )
• Plasma fetal é ligeiramente mais ácido do que o do mãe–
risco de aprisionamento iônico no caso de fármacos
básicos
ALTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS EM CASOS DE
FALÊNCIA HEPÁTICA
• Falência hepática –diminuição da albumina,
aumentando a fração de fármaco livre
• Diminuição da albumina plasmática – diminuia
pressão osmótica, aumenta o fluído tecidual,
aumenta volume de fármacos hidrossolúveis
( gentamicina, metotrexato )
ARMAZENAMENTO DAS DROGAS
• Associação das drogas à elementos teciduais
• Tecidos mais envolvidos – adiposo e ósseo
• Formação de depósitos
• Ocasiona o prolongamento do efeito
– Flúor, chumbo e tetraciclinas –armazenamento no tecido
ósseo
– Anestésicos gerais e inseticidas –armazenamento no
tecido adiposo
BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS
• Mecanismos enzimáticos complexos que tem por
objetivo inativar compostos exógenos ativos
( hormônios, enzimas, neurotransmissores ) e
eliminar substâncias nocivas ao organismos
( xenobióticos )
• Fármacos, carcinógenos, venenos, pesticidas
FÍGADO
CYP 450
METABÓLITO INATIVO METABÓLITO ATIVO
O CITOCROMO P450
• O metabolismo das drogas ocorre predominantemente
no fígado , sobretudo pelo sistema Citocromo P450
• É o principal mecanismo de metabolização de produtos
endógenos e xenobióticos
• Possui variabilidade individual no metabolismo das
drogas
• Está relacionado a efeitos tóxicos de determinados
fármacos
• Está envolvido no mecanismo de interação das drogas.
• O metabolismo das drogas envolve dois tipos de
reações bioquímicas, conhecidas como FASE I e FASE
II.
• A FASE I consiste em oxidação, redução ou hidrólise e
os produtos podem ser mais reativos que a droga
original
• A FASE II envolve a conjugação, que normalmente
resulta em compostos inativos
• Ambas as fases diminuem a lipossolubilidade,
aumentando assim, a eliminação renal da droga
REAÇÕES QUÍMICAS ENVOLVIDAS NA
BIOTRANSFORMAÇÃO
• Oxidação
• Redução
• Hidrólise
• Conjugação
• Ocorrem no fígado **, rins, pulmões, adrenais, etc.
EXEMPLOS DE ATIVAÇÃO METABÓLICA
• Metabólicos ativos
– AAS – ácido salicílico
– Diazepam – nordazepan + oxazepan
• Metabólicos tóxicos
– Isoniazida
– Acetominofen
• Pró-drogas ( originalmente inativas )
– Cortisona – hidrocortisona
– Prednisona – predinisolona
– Paration - paraoxon
AS REAÇÕES OXIDATIVAS SÃO DE DOIS TIPOS
• Não microssomial –acontece no citosol
( mitocôndrias)
• Micossomial –acontece no reticulo endoplasmático
liso
• Diversas drogas como rifampicina, carbamazepina, etanol,
quando administrados repetidamente, aumentam aatividade
dos sistemas micossomais de oxidade e conjugação.
• Isso também pode acontecer com substânciaquímicas
carcinogênicas, podendo aumentar em até 10x o seu
metabolismo.
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM ( PRÉ-SISTÊMICO)
• O fígado, ou algumas vezes, a parede intestinal, extrai e
metaboliza algumas drogas com tanta eficiência que quando
chega à circulação sanguínea é consideravelmente menor do
que a quantidade absorvida.
• Esse processo conhecido como Metabolismo de Primeira
Passagem, é significativo para muitos fármacosclinicamente
importantes. Ex:
– Levodopa
– Verapamil
– Morfina
– Propranolol
– Nortriptilina
• Em geral, o metabolismo de primeira passagem é
inconveniente na prática, visto que:
– É necessária uma dose muito maior do fármaco quando este é
administrado por via oral do que quando é administrado poroutras
vias.
– Ocorrem variações individuais acentuadas na extensão do
metabolismo de primeira passagem, resultando numa situação
imprevisível quando esses fármacos são administrados viaoral.
EXCREÇÃO
• A excreção dos
metabólitos das drogas
podem ser via:
– RENAL
• Filtração glomerular
• Secreção tubular ativa
• Reabsorção tubular
- TRATO BILIAR E FEZES
- OUTRAS VIAS: AR
EXPIRADO, SALIVA, SUOR,
LEITE
EXCREÇÃO RENAL DAS DROGAS E SEUS EFEITOS
METABÓLICOS
• As drogas diferem acentuadamente na sua
velocidade de excreção pelos rins, começando pela
penicilina que é totalmente depurada depois de uma
única passagem pelo rim e o diazepam que é
depurado muito lentamente.
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
• Os capilares glomerulares permitem a difusão de moléculas
de drogas com PM < 20.000. A exceção é a heparina.
• A albumina não é filtrada
• No caso da varfarina que se liga fortemente à albumina, a
concentração do filtrado será de apenas 2% e 98% noplasma.
SECREÇÃO TUBULAR
• Substâncias que não sofrem filtração glomerular (80%).
• Passam direto para o túbulo renal proximal
( furosemida, diuréticos tiazídicos, penicilinas,
dopamina, morfina, serotonina, etc. )
• O transporte é mediado por transportadores ( proteínas
plasmáticas ), ex. penicilina
• Secreção acontece no túbulo proximal
• Reabsorção túbulo distal ( fármaco não ionizado )
• Urina ( fármaco ionizado insolúvel em lipídios )
DIFUSÃO ATRAVÉS DO TÚBULO RENAL
• Drogas lipossolúveis possuem elevada
permeabilidade tubular e portanto são lentamente
excretadas.
• Se o fármaco for altamente polar, ou seja, de baixa
permeabilidade tubular, sua concentração será maior
na urina do que no plasma, como por exemplo a
digoxina e os antibióticos aminoglicosídeos
( gentamicina, neomicina )
• Reabsorção no túbulo
Distal- fármaco não
ionizado.
• Urina – fármacoionizado
insolúvel em lipídios.
• Fenobarbital pode ser
afetado pelo pH do trato
urinário e não ser
reabsorvido e excretado
pela urina.
CLEARENCE (CL)
• Também conhecido como depuração, é a quantidade
de fármaco depurado do sangue por unidade de
tempo.
CLEARENCE DA
PENICILINA
ATENÇÃO
• Várias drogas importantes são removidas
predominantemente por excreção renal e tendem a
causar toxicidade em indivíduos idosos e em
pacientes com doenças renais crônicas.
• O pH e lipossolubilidade não interferem na filtração
glomerular, apenas na absorção. O fármaco passará
livremente se não estiver ligado à proteínas
plasmáticas.
FARMACODINÂMICA
• Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos
fármacos e seus mecanismos de ação.
• Agentes capazes de modificar processosbioquímicos
e fisiológicos no organismo
A TRADUÇÃO DOS SINAIS: ETAPAS
• AGONISTA + RECEPTOR
• MOLÉCULAS EFETORAS
• CASCATA DE SINAIS
• RESPOSTA CELULAR
• EFEITO TERAPÊUTICO
ALVOS MOLECULARES DA AÇÃO DOS FÁRMACOS
• Receptores.
– Acoplados á proteína G
– Ligados à canais iônicos
– Nucleares ( Intracelulares )
• Canais Iônicos
– Cálcio, Sódio; Cloreto
• Enzimas
– Acetilcolinesterase; ECA; Ciclooxigenase
• Carreadores
– Recaptador de Serotonina (agonista de receptor)
LIGAÇÕES QUÍMICAS
• Ligações de hidrogênio e forças de Van der Waals
( ligções mais fracas )
• Ligações covalentes ( ligações mais fortes )
RECEPTORES LIGADOS À PROTEÍNAS G
• Formado por 3 componentes: uma proteína, uma
enzima e um receptor na membrana plasmática
• Envolvidos em processos de neurotransmissão, visão
e olfato
RECEPTORES LIGADOS ÀS QUINASES
• São mediadores proteícos ( citocinas) e hormonais
( insulina).
• Tem por característica efeito lento
RECEPTOR
• Componente do organismo com o qual o agente
químico deve interagir para produzir seus efeitos
EFICÁCIA
• Fator de proporcionalidade e representa o estímulo
da molécula de receptor produzido por uma droga.
• Uma droga pode produzir um estímulo ocupando 5%
ou 50% dos receptores disponíveis.
• Droga + Receptor – efeito máximo, efeito parcialou
nenhum efeito
• Droga + Receptor:
– Agonista total (EX: Adrenalina )
– Agonista parcial (EX: buspirona – ansiolítico)
– Antagonista
• Agonista – droga + receptor tem afinidade e eficácia
• Agonista total- produz resposta máxima do tecido ao
fármaco
• Agonista Parcial – produz resposta submáxima do
tecido ao fármaco
EFICÁCIA E POTÊNCIA
• Eficácia – é a resposta máxima que podeser
produzida por um fármaco
– Eficácia Positiva (= 1)- produz resposta máxima do tecido
(AGONISTA TOTAL)
– Eficácia < 1 – produz resposta submáxima(AGONISTA
PARCIAL)
– Eficácia zero – não produz resposta ( ANTAGONISTA)
• Potência – quantidade do fármaco suficientepara
produzir o efeito desejado e esperado.
• QUANDO TEM-SE A EFICÁCIA MÁXIMA
(EMAX.), NÃO ADIANTA AUMENTAR A
DOSAGEM DO FÁRMACO POIS COMO TODOS
OS RECEPTORES ESTÃO OCUPADOS, NÃO
AUMENTARÁ O EFEITO DO MEDICAMENTO.
• Antagonista – tem afinidade mas não tem eficácia;a
droga interage com o receptor, não mimetiza os
efeitos de agonista, mas interfere na ligação desses
compostos com os seus receptores, produzindo
efeito terapêutico
• Antagonista de Receptores podem ser:
– Competitivo ( reduz a potência do agonista )
– Não Competitivo ( interagem de modo irreversível no
mesmo sítio do agonista e se ligam à um local diferente
que se ligaria o agonista. Um antagonista nãocompetitivo
deprime o efeito máximo obtido mesmo em doses
elevados de agonistas )
• Antagonista Alostérico- liga-se em local diferente do agonista
e mesmo que o agonista se ligue ao receptor, ele não
produzirá efeito algum. Exemplo: Estrecnina, liga-se aoGABA
e inativa os receptores livres.
EXTENSÃO DA AÇÃO DOS FÁRMACOS
• É determinada:
– Pela seletividade da droga
– Concentração da droga
– Localização do receptor
• A localização restrita de receptores, a concentração
adequada das drogas e a seletividade dela confere
menos efeitos colaterais durante o tratamento
FATORES QUE AFETAM A RELAÇÃO ENTRE AS DOSES
PRESCRITAS E OS EFEITOS DOS FÁRMACOS
• DOSE PRESCRITA ( erros de medicação e adesão do paciente)
• DOSE ADMINISTRADA ( tx de absorção, dimensão corporal, ligaçãodas
proteínas, interação medicamentosa, excreção)
• CONCENTRAÇÃO NOS LOCAIS DE AÇÃO ( patologias, variáveis
biológicas, fatores genéticos, interação medicamentosa)
• EFEITOS FARMACOLÓGICOS ( estado funcional do tecido alvo, efeito
placebo, resistência- antimicrobianos, seletividade ao fármaco, efeitosadversos)

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a FARMACOLOGIA aula 2 Famacocinética e Farmacodinâmica.pdf

Pharmacokinetics and pharmacodynamics
Pharmacokinetics and pharmacodynamicsPharmacokinetics and pharmacodynamics
Pharmacokinetics and pharmacodynamicsCarlos D A Bersot
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoMauro Cunha Xavier Pinto
 
FARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdf
FARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdfFARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdf
FARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdfnilsonmarques9
 
Farmacocinética e ADME
Farmacocinética e ADMEFarmacocinética e ADME
Farmacocinética e ADMECaio Maximino
 
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...paulosa14
 
Tratamento
TratamentoTratamento
TratamentoRannny
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaLeonardo Souza
 
Farmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdf
Farmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdfFarmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdf
Farmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdfDheniseMikaelly
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoJaqueline Almeida
 
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
Aula 04   farmacologia - prof. clara motaAula 04   farmacologia - prof. clara mota
Aula 04 farmacologia - prof. clara motaClara Mota Brum
 
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de FármacosAula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de FármacosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Iatrogenia nos idosos
Iatrogenia nos idososIatrogenia nos idosos
Iatrogenia nos idososEli Oliveira
 

Semelhante a FARMACOLOGIA aula 2 Famacocinética e Farmacodinâmica.pdf (20)

Pharmacokinetics and pharmacodynamics
Pharmacokinetics and pharmacodynamicsPharmacokinetics and pharmacodynamics
Pharmacokinetics and pharmacodynamics
 
Farmacologia geral
Farmacologia geralFarmacologia geral
Farmacologia geral
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
 
Aula 1 qf
Aula 1 qfAula 1 qf
Aula 1 qf
 
FARMACONIÉTICA.pptx
FARMACONIÉTICA.pptxFARMACONIÉTICA.pptx
FARMACONIÉTICA.pptx
 
FARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdf
FARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdfFARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdf
FARMACOCINETICA E MECANISMO MOLECULAR DE AÇAO DOS FARMACOS.pdf
 
Farmacocinética e ADME
Farmacocinética e ADMEFarmacocinética e ADME
Farmacocinética e ADME
 
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
Farmacologia: tópicos iniciais. Absorção Distribuição Metabolismo e Excreção,...
 
Anestésicos Locais
Anestésicos LocaisAnestésicos Locais
Anestésicos Locais
 
Tratamento
TratamentoTratamento
Tratamento
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinética
 
TALINA FARMACOLOGIA.pptx
TALINA FARMACOLOGIA.pptxTALINA FARMACOLOGIA.pptx
TALINA FARMACOLOGIA.pptx
 
AULA 1 FARMACOLOGIA .pdf
AULA 1 FARMACOLOGIA .pdfAULA 1 FARMACOLOGIA .pdf
AULA 1 FARMACOLOGIA .pdf
 
Farmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdf
Farmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdfFarmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdf
Farmacocinetica-e-concentracao-plasmatica-da-droga-II.pdf
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
 
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
Aula 04   farmacologia - prof. clara motaAula 04   farmacologia - prof. clara mota
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
 
Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos
 
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de FármacosAula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
 
prodPrincípios básicos em farmacologia
prodPrincípios básicos em farmacologiaprodPrincípios básicos em farmacologia
prodPrincípios básicos em farmacologia
 
Iatrogenia nos idosos
Iatrogenia nos idososIatrogenia nos idosos
Iatrogenia nos idosos
 

Último

Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfVeronicaMauchle
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfAula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 

Último (20)

Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdfAula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
Aula 4 - Clinica médica -Processo Saude - Doença.pdf
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 

FARMACOLOGIA aula 2 Famacocinética e Farmacodinâmica.pdf

  • 1. Bases Farmacocinéticas e Farmacodinâmicas da Farmacologia Prof.MS. Ana Claudia Siqueira
  • 2. FARMACOCINÉTICA • É o estudo da velocidade com que os fármacos atingem o sítio de ação e são eliminados do organismo, bem como dos diferentes fatores que influenciam na quantidade de fármaco a atingir o seu sítio. Basicamente, estuda os processos metabólicos de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação das drogas
  • 3. PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS • Absorção • Distribuição • Biotransformação ou Metabolização • Excreção
  • 4. ABSORÇÃO • Definição - é a transferência de um fármaco desde o seu local de administração até a circulação sanguínea. • A velocidade e a eficiência da absorção vai depender entre outros fatores da via de administração.
  • 5. IONIZAÇÃO • Fármaco Ionizado – não é absorvido – Fármaco básico em meio ácido – Fármaco ácido em meio básico • Fármaco não ionizado – é absorvido – Fármaco básico em meio básico – Fármaco ácido em meio ácido
  • 6. MEMBRANA CELULAR • Bicamada lipídica (hidrofóbica-in, hidrofílica-out) • Fluidez (moléculas individuais se movem lateralmente) • Proteínas (alvos para ação de drogas) • Relativamente impermeável às moléculas polares
  • 7. MECANISMOS PARA ATRAVESSAR AS BARREIRAS CELULARES ATENOLOL VALPROATO DOPAMINA
  • 8. DIFERENÇA NA ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS
  • 9. DISTRIBUIÇÃO • Ligação dos fármacos às proteínas plasmáticas
  • 10. • O grau de ligação proteica com fármacos depende de: – Afinidade dos fármacos e proteínas plasmáticas – Concentração sanguínea do fármaco – Concentração das proteínas plasmáticas – SOMENTE A FRAÇÃO LIVRE DO FÁRMACO É DISTRIBUIDA – A AFINIDADE DO FÁRMACO COM AS PROTEINAS PLASMÁTICAS DEPENDERÁ DA DISTRIBUIÇÃO E DO METABOLISMO
  • 11. TIPOS DE FÁRMACOS E LIGAÇÕES AS PROTEINAS PLASMÁTICAS
  • 12. VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO • Volume Real –distribuição do fármaco por todos os líquidos do organismo • Volume aparente – relação existente entre aconcentração nos tecidos e a concentração sanguínea – Drogas Lipossolúveis - maior volume aparente – Drogas Ligadas – menor volume aparente
  • 13. VARIAÇÃO DO VOLUME APARENTE 1. Dependente da droga Lipossolubilidade Polaridade e Ionização Ligação à proteínas 2. Dependentes do Paciente Idade Peso e tamanho Hemodinâmica ( ICC menor perfusão ) Concentração das proteínas plasmáticas Estados patológicos Genética
  • 14. DISTRIBUIÇÃO E AS BARREIRAS ANATÔMICAS
  • 15. SUBSTÂNCIAS QUE PENETRAM NO SNC • Drogas Apolares • Drogas Lipossolúveis • Tamanho Molecular Reduzido ( álcool ) • Elevado Coeficiente de Partição ( barbitúricos e anestésicos gerais )
  • 16. BARREIRA PLACENTÁRIA • Vasos sanguíneos do feto revestidos por uma única camada de células • Atravessa a maioria das drogas – ocorre o retardo para a transferência para o feto ( 10-15 mim relação mãe/feto ) • Plasma fetal é ligeiramente mais ácido do que o do mãe– risco de aprisionamento iônico no caso de fármacos básicos
  • 17. ALTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS EM CASOS DE FALÊNCIA HEPÁTICA • Falência hepática –diminuição da albumina, aumentando a fração de fármaco livre • Diminuição da albumina plasmática – diminuia pressão osmótica, aumenta o fluído tecidual, aumenta volume de fármacos hidrossolúveis ( gentamicina, metotrexato )
  • 18. ARMAZENAMENTO DAS DROGAS • Associação das drogas à elementos teciduais • Tecidos mais envolvidos – adiposo e ósseo • Formação de depósitos • Ocasiona o prolongamento do efeito – Flúor, chumbo e tetraciclinas –armazenamento no tecido ósseo – Anestésicos gerais e inseticidas –armazenamento no tecido adiposo
  • 19. BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS • Mecanismos enzimáticos complexos que tem por objetivo inativar compostos exógenos ativos ( hormônios, enzimas, neurotransmissores ) e eliminar substâncias nocivas ao organismos ( xenobióticos ) • Fármacos, carcinógenos, venenos, pesticidas FÍGADO CYP 450 METABÓLITO INATIVO METABÓLITO ATIVO
  • 20. O CITOCROMO P450 • O metabolismo das drogas ocorre predominantemente no fígado , sobretudo pelo sistema Citocromo P450 • É o principal mecanismo de metabolização de produtos endógenos e xenobióticos • Possui variabilidade individual no metabolismo das drogas • Está relacionado a efeitos tóxicos de determinados fármacos • Está envolvido no mecanismo de interação das drogas.
  • 21. • O metabolismo das drogas envolve dois tipos de reações bioquímicas, conhecidas como FASE I e FASE II. • A FASE I consiste em oxidação, redução ou hidrólise e os produtos podem ser mais reativos que a droga original • A FASE II envolve a conjugação, que normalmente resulta em compostos inativos • Ambas as fases diminuem a lipossolubilidade, aumentando assim, a eliminação renal da droga
  • 22. REAÇÕES QUÍMICAS ENVOLVIDAS NA BIOTRANSFORMAÇÃO • Oxidação • Redução • Hidrólise • Conjugação • Ocorrem no fígado **, rins, pulmões, adrenais, etc.
  • 23. EXEMPLOS DE ATIVAÇÃO METABÓLICA • Metabólicos ativos – AAS – ácido salicílico – Diazepam – nordazepan + oxazepan • Metabólicos tóxicos – Isoniazida – Acetominofen • Pró-drogas ( originalmente inativas ) – Cortisona – hidrocortisona – Prednisona – predinisolona – Paration - paraoxon
  • 24. AS REAÇÕES OXIDATIVAS SÃO DE DOIS TIPOS • Não microssomial –acontece no citosol ( mitocôndrias) • Micossomial –acontece no reticulo endoplasmático liso • Diversas drogas como rifampicina, carbamazepina, etanol, quando administrados repetidamente, aumentam aatividade dos sistemas micossomais de oxidade e conjugação. • Isso também pode acontecer com substânciaquímicas carcinogênicas, podendo aumentar em até 10x o seu metabolismo.
  • 25. METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM ( PRÉ-SISTÊMICO) • O fígado, ou algumas vezes, a parede intestinal, extrai e metaboliza algumas drogas com tanta eficiência que quando chega à circulação sanguínea é consideravelmente menor do que a quantidade absorvida. • Esse processo conhecido como Metabolismo de Primeira Passagem, é significativo para muitos fármacosclinicamente importantes. Ex: – Levodopa – Verapamil – Morfina – Propranolol – Nortriptilina
  • 26. • Em geral, o metabolismo de primeira passagem é inconveniente na prática, visto que: – É necessária uma dose muito maior do fármaco quando este é administrado por via oral do que quando é administrado poroutras vias. – Ocorrem variações individuais acentuadas na extensão do metabolismo de primeira passagem, resultando numa situação imprevisível quando esses fármacos são administrados viaoral.
  • 27. EXCREÇÃO • A excreção dos metabólitos das drogas podem ser via: – RENAL • Filtração glomerular • Secreção tubular ativa • Reabsorção tubular - TRATO BILIAR E FEZES - OUTRAS VIAS: AR EXPIRADO, SALIVA, SUOR, LEITE
  • 28. EXCREÇÃO RENAL DAS DROGAS E SEUS EFEITOS METABÓLICOS • As drogas diferem acentuadamente na sua velocidade de excreção pelos rins, começando pela penicilina que é totalmente depurada depois de uma única passagem pelo rim e o diazepam que é depurado muito lentamente.
  • 29. FILTRAÇÃO GLOMERULAR • Os capilares glomerulares permitem a difusão de moléculas de drogas com PM < 20.000. A exceção é a heparina. • A albumina não é filtrada • No caso da varfarina que se liga fortemente à albumina, a concentração do filtrado será de apenas 2% e 98% noplasma.
  • 30. SECREÇÃO TUBULAR • Substâncias que não sofrem filtração glomerular (80%). • Passam direto para o túbulo renal proximal ( furosemida, diuréticos tiazídicos, penicilinas, dopamina, morfina, serotonina, etc. ) • O transporte é mediado por transportadores ( proteínas plasmáticas ), ex. penicilina • Secreção acontece no túbulo proximal • Reabsorção túbulo distal ( fármaco não ionizado ) • Urina ( fármaco ionizado insolúvel em lipídios )
  • 31. DIFUSÃO ATRAVÉS DO TÚBULO RENAL • Drogas lipossolúveis possuem elevada permeabilidade tubular e portanto são lentamente excretadas. • Se o fármaco for altamente polar, ou seja, de baixa permeabilidade tubular, sua concentração será maior na urina do que no plasma, como por exemplo a digoxina e os antibióticos aminoglicosídeos ( gentamicina, neomicina )
  • 32. • Reabsorção no túbulo Distal- fármaco não ionizado. • Urina – fármacoionizado insolúvel em lipídios. • Fenobarbital pode ser afetado pelo pH do trato urinário e não ser reabsorvido e excretado pela urina.
  • 33. CLEARENCE (CL) • Também conhecido como depuração, é a quantidade de fármaco depurado do sangue por unidade de tempo. CLEARENCE DA PENICILINA
  • 34. ATENÇÃO • Várias drogas importantes são removidas predominantemente por excreção renal e tendem a causar toxicidade em indivíduos idosos e em pacientes com doenças renais crônicas. • O pH e lipossolubilidade não interferem na filtração glomerular, apenas na absorção. O fármaco passará livremente se não estiver ligado à proteínas plasmáticas.
  • 35. FARMACODINÂMICA • Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação. • Agentes capazes de modificar processosbioquímicos e fisiológicos no organismo
  • 36. A TRADUÇÃO DOS SINAIS: ETAPAS • AGONISTA + RECEPTOR • MOLÉCULAS EFETORAS • CASCATA DE SINAIS • RESPOSTA CELULAR • EFEITO TERAPÊUTICO
  • 37. ALVOS MOLECULARES DA AÇÃO DOS FÁRMACOS • Receptores. – Acoplados á proteína G – Ligados à canais iônicos – Nucleares ( Intracelulares ) • Canais Iônicos – Cálcio, Sódio; Cloreto • Enzimas – Acetilcolinesterase; ECA; Ciclooxigenase • Carreadores – Recaptador de Serotonina (agonista de receptor)
  • 38. LIGAÇÕES QUÍMICAS • Ligações de hidrogênio e forças de Van der Waals ( ligções mais fracas ) • Ligações covalentes ( ligações mais fortes )
  • 39. RECEPTORES LIGADOS À PROTEÍNAS G • Formado por 3 componentes: uma proteína, uma enzima e um receptor na membrana plasmática • Envolvidos em processos de neurotransmissão, visão e olfato
  • 40. RECEPTORES LIGADOS ÀS QUINASES • São mediadores proteícos ( citocinas) e hormonais ( insulina). • Tem por característica efeito lento
  • 41. RECEPTOR • Componente do organismo com o qual o agente químico deve interagir para produzir seus efeitos
  • 42. EFICÁCIA • Fator de proporcionalidade e representa o estímulo da molécula de receptor produzido por uma droga. • Uma droga pode produzir um estímulo ocupando 5% ou 50% dos receptores disponíveis. • Droga + Receptor – efeito máximo, efeito parcialou nenhum efeito • Droga + Receptor: – Agonista total (EX: Adrenalina ) – Agonista parcial (EX: buspirona – ansiolítico) – Antagonista
  • 43. • Agonista – droga + receptor tem afinidade e eficácia
  • 44. • Agonista total- produz resposta máxima do tecido ao fármaco • Agonista Parcial – produz resposta submáxima do tecido ao fármaco
  • 45. EFICÁCIA E POTÊNCIA • Eficácia – é a resposta máxima que podeser produzida por um fármaco – Eficácia Positiva (= 1)- produz resposta máxima do tecido (AGONISTA TOTAL) – Eficácia < 1 – produz resposta submáxima(AGONISTA PARCIAL) – Eficácia zero – não produz resposta ( ANTAGONISTA) • Potência – quantidade do fármaco suficientepara produzir o efeito desejado e esperado.
  • 46. • QUANDO TEM-SE A EFICÁCIA MÁXIMA (EMAX.), NÃO ADIANTA AUMENTAR A DOSAGEM DO FÁRMACO POIS COMO TODOS OS RECEPTORES ESTÃO OCUPADOS, NÃO AUMENTARÁ O EFEITO DO MEDICAMENTO.
  • 47. • Antagonista – tem afinidade mas não tem eficácia;a droga interage com o receptor, não mimetiza os efeitos de agonista, mas interfere na ligação desses compostos com os seus receptores, produzindo efeito terapêutico
  • 48. • Antagonista de Receptores podem ser: – Competitivo ( reduz a potência do agonista ) – Não Competitivo ( interagem de modo irreversível no mesmo sítio do agonista e se ligam à um local diferente que se ligaria o agonista. Um antagonista nãocompetitivo deprime o efeito máximo obtido mesmo em doses elevados de agonistas )
  • 49. • Antagonista Alostérico- liga-se em local diferente do agonista e mesmo que o agonista se ligue ao receptor, ele não produzirá efeito algum. Exemplo: Estrecnina, liga-se aoGABA e inativa os receptores livres.
  • 50. EXTENSÃO DA AÇÃO DOS FÁRMACOS • É determinada: – Pela seletividade da droga – Concentração da droga – Localização do receptor • A localização restrita de receptores, a concentração adequada das drogas e a seletividade dela confere menos efeitos colaterais durante o tratamento
  • 51. FATORES QUE AFETAM A RELAÇÃO ENTRE AS DOSES PRESCRITAS E OS EFEITOS DOS FÁRMACOS • DOSE PRESCRITA ( erros de medicação e adesão do paciente) • DOSE ADMINISTRADA ( tx de absorção, dimensão corporal, ligaçãodas proteínas, interação medicamentosa, excreção) • CONCENTRAÇÃO NOS LOCAIS DE AÇÃO ( patologias, variáveis biológicas, fatores genéticos, interação medicamentosa) • EFEITOS FARMACOLÓGICOS ( estado funcional do tecido alvo, efeito placebo, resistência- antimicrobianos, seletividade ao fármaco, efeitosadversos)