2. FARMACOCINÉTICA
• É o estudo da velocidade com que os fármacos
atingem o sítio de ação e são eliminados do
organismo, bem como dos diferentes fatores
que influenciam na quantidade de fármaco a
atingir o seu sítio. Basicamente, estuda os
processos metabólicos de absorção,
distribuição, biotransformação e eliminação
das drogas
4. ABSORÇÃO
• Definição - é a transferência de um fármaco
desde o seu local de administração até a
circulação sanguínea.
• A velocidade e a eficiência da absorção vai
depender entre outros fatores da via de
administração.
5. IONIZAÇÃO
• Fármaco Ionizado – não é absorvido
– Fármaco básico em meio ácido
– Fármaco ácido em meio básico
• Fármaco não ionizado – é absorvido
– Fármaco básico em meio básico
– Fármaco ácido em meio ácido
6. MEMBRANA CELULAR
• Bicamada lipídica
(hidrofóbica-in,
hidrofílica-out)
• Fluidez (moléculas
individuais se movem
lateralmente)
• Proteínas (alvos para
ação de drogas)
• Relativamente
impermeável às moléculas
polares
10. • O grau de ligação proteica com fármacos depende
de:
– Afinidade dos fármacos e proteínas plasmáticas
– Concentração sanguínea do fármaco
– Concentração das proteínas plasmáticas
– SOMENTE A FRAÇÃO LIVRE DO FÁRMACO É DISTRIBUIDA
– A AFINIDADE DO FÁRMACO COM AS PROTEINAS
PLASMÁTICAS DEPENDERÁ DA DISTRIBUIÇÃO E DO
METABOLISMO
12. VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
• Volume Real –distribuição do fármaco por todos os líquidos
do organismo
• Volume aparente – relação existente entre aconcentração
nos tecidos e a concentração sanguínea
– Drogas Lipossolúveis - maior volume aparente
– Drogas Ligadas – menor volume aparente
13. VARIAÇÃO DO VOLUME APARENTE
1. Dependente da droga
Lipossolubilidade
Polaridade e Ionização
Ligação à proteínas
2. Dependentes do Paciente
Idade
Peso e tamanho
Hemodinâmica ( ICC menor perfusão )
Concentração das proteínas plasmáticas
Estados patológicos
Genética
15. SUBSTÂNCIAS QUE PENETRAM NO SNC
• Drogas Apolares
• Drogas Lipossolúveis
• Tamanho Molecular Reduzido ( álcool )
• Elevado Coeficiente de Partição ( barbitúricos e
anestésicos gerais )
16. BARREIRA PLACENTÁRIA
• Vasos sanguíneos do feto revestidos por uma única
camada de células
• Atravessa a maioria das drogas – ocorre o retardo para a
transferência para o feto ( 10-15 mim relação mãe/feto )
• Plasma fetal é ligeiramente mais ácido do que o do mãe–
risco de aprisionamento iônico no caso de fármacos
básicos
17. ALTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS EM CASOS DE
FALÊNCIA HEPÁTICA
• Falência hepática –diminuição da albumina,
aumentando a fração de fármaco livre
• Diminuição da albumina plasmática – diminuia
pressão osmótica, aumenta o fluído tecidual,
aumenta volume de fármacos hidrossolúveis
( gentamicina, metotrexato )
18. ARMAZENAMENTO DAS DROGAS
• Associação das drogas à elementos teciduais
• Tecidos mais envolvidos – adiposo e ósseo
• Formação de depósitos
• Ocasiona o prolongamento do efeito
– Flúor, chumbo e tetraciclinas –armazenamento no tecido
ósseo
– Anestésicos gerais e inseticidas –armazenamento no
tecido adiposo
19. BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS
• Mecanismos enzimáticos complexos que tem por
objetivo inativar compostos exógenos ativos
( hormônios, enzimas, neurotransmissores ) e
eliminar substâncias nocivas ao organismos
( xenobióticos )
• Fármacos, carcinógenos, venenos, pesticidas
FÍGADO
CYP 450
METABÓLITO INATIVO METABÓLITO ATIVO
20. O CITOCROMO P450
• O metabolismo das drogas ocorre predominantemente
no fígado , sobretudo pelo sistema Citocromo P450
• É o principal mecanismo de metabolização de produtos
endógenos e xenobióticos
• Possui variabilidade individual no metabolismo das
drogas
• Está relacionado a efeitos tóxicos de determinados
fármacos
• Está envolvido no mecanismo de interação das drogas.
21. • O metabolismo das drogas envolve dois tipos de
reações bioquímicas, conhecidas como FASE I e FASE
II.
• A FASE I consiste em oxidação, redução ou hidrólise e
os produtos podem ser mais reativos que a droga
original
• A FASE II envolve a conjugação, que normalmente
resulta em compostos inativos
• Ambas as fases diminuem a lipossolubilidade,
aumentando assim, a eliminação renal da droga
22. REAÇÕES QUÍMICAS ENVOLVIDAS NA
BIOTRANSFORMAÇÃO
• Oxidação
• Redução
• Hidrólise
• Conjugação
• Ocorrem no fígado **, rins, pulmões, adrenais, etc.
24. AS REAÇÕES OXIDATIVAS SÃO DE DOIS TIPOS
• Não microssomial –acontece no citosol
( mitocôndrias)
• Micossomial –acontece no reticulo endoplasmático
liso
• Diversas drogas como rifampicina, carbamazepina, etanol,
quando administrados repetidamente, aumentam aatividade
dos sistemas micossomais de oxidade e conjugação.
• Isso também pode acontecer com substânciaquímicas
carcinogênicas, podendo aumentar em até 10x o seu
metabolismo.
25. METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM ( PRÉ-SISTÊMICO)
• O fígado, ou algumas vezes, a parede intestinal, extrai e
metaboliza algumas drogas com tanta eficiência que quando
chega à circulação sanguínea é consideravelmente menor do
que a quantidade absorvida.
• Esse processo conhecido como Metabolismo de Primeira
Passagem, é significativo para muitos fármacosclinicamente
importantes. Ex:
– Levodopa
– Verapamil
– Morfina
– Propranolol
– Nortriptilina
26. • Em geral, o metabolismo de primeira passagem é
inconveniente na prática, visto que:
– É necessária uma dose muito maior do fármaco quando este é
administrado por via oral do que quando é administrado poroutras
vias.
– Ocorrem variações individuais acentuadas na extensão do
metabolismo de primeira passagem, resultando numa situação
imprevisível quando esses fármacos são administrados viaoral.
27. EXCREÇÃO
• A excreção dos
metabólitos das drogas
podem ser via:
– RENAL
• Filtração glomerular
• Secreção tubular ativa
• Reabsorção tubular
- TRATO BILIAR E FEZES
- OUTRAS VIAS: AR
EXPIRADO, SALIVA, SUOR,
LEITE
28. EXCREÇÃO RENAL DAS DROGAS E SEUS EFEITOS
METABÓLICOS
• As drogas diferem acentuadamente na sua
velocidade de excreção pelos rins, começando pela
penicilina que é totalmente depurada depois de uma
única passagem pelo rim e o diazepam que é
depurado muito lentamente.
29. FILTRAÇÃO GLOMERULAR
• Os capilares glomerulares permitem a difusão de moléculas
de drogas com PM < 20.000. A exceção é a heparina.
• A albumina não é filtrada
• No caso da varfarina que se liga fortemente à albumina, a
concentração do filtrado será de apenas 2% e 98% noplasma.
30. SECREÇÃO TUBULAR
• Substâncias que não sofrem filtração glomerular (80%).
• Passam direto para o túbulo renal proximal
( furosemida, diuréticos tiazídicos, penicilinas,
dopamina, morfina, serotonina, etc. )
• O transporte é mediado por transportadores ( proteínas
plasmáticas ), ex. penicilina
• Secreção acontece no túbulo proximal
• Reabsorção túbulo distal ( fármaco não ionizado )
• Urina ( fármaco ionizado insolúvel em lipídios )
31. DIFUSÃO ATRAVÉS DO TÚBULO RENAL
• Drogas lipossolúveis possuem elevada
permeabilidade tubular e portanto são lentamente
excretadas.
• Se o fármaco for altamente polar, ou seja, de baixa
permeabilidade tubular, sua concentração será maior
na urina do que no plasma, como por exemplo a
digoxina e os antibióticos aminoglicosídeos
( gentamicina, neomicina )
32. • Reabsorção no túbulo
Distal- fármaco não
ionizado.
• Urina – fármacoionizado
insolúvel em lipídios.
• Fenobarbital pode ser
afetado pelo pH do trato
urinário e não ser
reabsorvido e excretado
pela urina.
33. CLEARENCE (CL)
• Também conhecido como depuração, é a quantidade
de fármaco depurado do sangue por unidade de
tempo.
CLEARENCE DA
PENICILINA
34. ATENÇÃO
• Várias drogas importantes são removidas
predominantemente por excreção renal e tendem a
causar toxicidade em indivíduos idosos e em
pacientes com doenças renais crônicas.
• O pH e lipossolubilidade não interferem na filtração
glomerular, apenas na absorção. O fármaco passará
livremente se não estiver ligado à proteínas
plasmáticas.
35. FARMACODINÂMICA
• Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos
fármacos e seus mecanismos de ação.
• Agentes capazes de modificar processosbioquímicos
e fisiológicos no organismo
36. A TRADUÇÃO DOS SINAIS: ETAPAS
• AGONISTA + RECEPTOR
• MOLÉCULAS EFETORAS
• CASCATA DE SINAIS
• RESPOSTA CELULAR
• EFEITO TERAPÊUTICO
37. ALVOS MOLECULARES DA AÇÃO DOS FÁRMACOS
• Receptores.
– Acoplados á proteína G
– Ligados à canais iônicos
– Nucleares ( Intracelulares )
• Canais Iônicos
– Cálcio, Sódio; Cloreto
• Enzimas
– Acetilcolinesterase; ECA; Ciclooxigenase
• Carreadores
– Recaptador de Serotonina (agonista de receptor)
38. LIGAÇÕES QUÍMICAS
• Ligações de hidrogênio e forças de Van der Waals
( ligções mais fracas )
• Ligações covalentes ( ligações mais fortes )
39. RECEPTORES LIGADOS À PROTEÍNAS G
• Formado por 3 componentes: uma proteína, uma
enzima e um receptor na membrana plasmática
• Envolvidos em processos de neurotransmissão, visão
e olfato
40. RECEPTORES LIGADOS ÀS QUINASES
• São mediadores proteícos ( citocinas) e hormonais
( insulina).
• Tem por característica efeito lento
41. RECEPTOR
• Componente do organismo com o qual o agente
químico deve interagir para produzir seus efeitos
42. EFICÁCIA
• Fator de proporcionalidade e representa o estímulo
da molécula de receptor produzido por uma droga.
• Uma droga pode produzir um estímulo ocupando 5%
ou 50% dos receptores disponíveis.
• Droga + Receptor – efeito máximo, efeito parcialou
nenhum efeito
• Droga + Receptor:
– Agonista total (EX: Adrenalina )
– Agonista parcial (EX: buspirona – ansiolítico)
– Antagonista
43. • Agonista – droga + receptor tem afinidade e eficácia
44. • Agonista total- produz resposta máxima do tecido ao
fármaco
• Agonista Parcial – produz resposta submáxima do
tecido ao fármaco
45. EFICÁCIA E POTÊNCIA
• Eficácia – é a resposta máxima que podeser
produzida por um fármaco
– Eficácia Positiva (= 1)- produz resposta máxima do tecido
(AGONISTA TOTAL)
– Eficácia < 1 – produz resposta submáxima(AGONISTA
PARCIAL)
– Eficácia zero – não produz resposta ( ANTAGONISTA)
• Potência – quantidade do fármaco suficientepara
produzir o efeito desejado e esperado.
46. • QUANDO TEM-SE A EFICÁCIA MÁXIMA
(EMAX.), NÃO ADIANTA AUMENTAR A
DOSAGEM DO FÁRMACO POIS COMO TODOS
OS RECEPTORES ESTÃO OCUPADOS, NÃO
AUMENTARÁ O EFEITO DO MEDICAMENTO.
47. • Antagonista – tem afinidade mas não tem eficácia;a
droga interage com o receptor, não mimetiza os
efeitos de agonista, mas interfere na ligação desses
compostos com os seus receptores, produzindo
efeito terapêutico
48. • Antagonista de Receptores podem ser:
– Competitivo ( reduz a potência do agonista )
– Não Competitivo ( interagem de modo irreversível no
mesmo sítio do agonista e se ligam à um local diferente
que se ligaria o agonista. Um antagonista nãocompetitivo
deprime o efeito máximo obtido mesmo em doses
elevados de agonistas )
49. • Antagonista Alostérico- liga-se em local diferente do agonista
e mesmo que o agonista se ligue ao receptor, ele não
produzirá efeito algum. Exemplo: Estrecnina, liga-se aoGABA
e inativa os receptores livres.
50. EXTENSÃO DA AÇÃO DOS FÁRMACOS
• É determinada:
– Pela seletividade da droga
– Concentração da droga
– Localização do receptor
• A localização restrita de receptores, a concentração
adequada das drogas e a seletividade dela confere
menos efeitos colaterais durante o tratamento
51. FATORES QUE AFETAM A RELAÇÃO ENTRE AS DOSES
PRESCRITAS E OS EFEITOS DOS FÁRMACOS
• DOSE PRESCRITA ( erros de medicação e adesão do paciente)
• DOSE ADMINISTRADA ( tx de absorção, dimensão corporal, ligaçãodas
proteínas, interação medicamentosa, excreção)
• CONCENTRAÇÃO NOS LOCAIS DE AÇÃO ( patologias, variáveis
biológicas, fatores genéticos, interação medicamentosa)
• EFEITOS FARMACOLÓGICOS ( estado funcional do tecido alvo, efeito
placebo, resistência- antimicrobianos, seletividade ao fármaco, efeitosadversos)