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FARMACOLOGIA I
Nilson Marques Silva Junior
prof.nilsonmarques
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SITUAÇÃO 1
Foi prescrito a um paciente Amoxicilina 500mg, sendo entregue na UBS na
forma farmacêutica de cápsulas. Em casa por não conseguir deglutir, abriu a
cápsula diluindo o princípio ativo em água, fazendo a ingestão em seguida.
Pode haver interferência na ação do fármaco?
Existe diferença entre as formulações farmacêuticas (cápsulas, comprimidos, drágeas) e a
influência na ação dos fármacos?
Quais?
prof.nilsonmarques
SITUAÇÃO 2
Seu João chegou :
“Dotô o medicamento que o senhor passou para dor foi tão bom que já
melhorei, foi direto no problema. Já o que eu tomava antes passava a dor, mas
me atacava um bocado de coisa.”
Quais o papel dos receptores farmacológicos na ação de um fármaco?
Existe especificidade de receptores?
O que pode ocasionar a diminuição dos efeitos colaterais?
prof.nilsonmarques
SITUAÇÃO 3
Dois pacientes chegam à unidade hospitalar com ansiedade. O paciente A faz uso do
medicamento diazepam 10mg oral e o paciente B é medicado com o mesmo
medicamento 10mg E.V. O paciente B 15 minutos depois está mais calmo enquanto
o paciente A não relatou qualquer melhora.
A diferença observada no início de ação do fármaco no paciente B foi atribuída a influência da via E.V, porque?
O que favorece a ação mais rápida da via E.V? MPP? Biodisponibilidade?
prof.nilsonmarques
DROGAS ESPECÍFICAS
Apresentam seu próprio sítio de ligação
Terapeuticamente efetivas
Ligam-se a receptores próprios
Podem formar ligações químicas
apropriadas
Características
DROGA INESPECÍFICA
ÁLCOOL
prof.nilsonmarques
COMO AS DROGAS FUNCIONAM
Influenciando na fisiologia do organismo
Ligando-se a receptores de drogas
Receptores de ligantes específicos
Neurotransmissores: (Dopamina, serotonina, acetilcolina)
Hormônios: (Adrenalina,ocitocina e insulina)
Autacóides: (histamina, serotonina, prostaglandinas)
Receptores de membrana
estruturas moleculares ligadas a membrana plasmática da
célula(proteínas)
Receptores de carreadores de transporte:
Proteínas
Agonista – liga ao sítio e simulam a
ação da substância endógena
Antagonista – liga ao sítio e
realizam ação oposta da substância
endógena
E
F
E
I
T
O
Adrenalina, Efedrina, Pilocarpina
Dimenidrinato, Atenolol, Dissulfiram
prof.nilsonmarques
Ação da droga
prof.nilsonmarques
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
prof.nilsonmarques
Farmacocinética
Ciência que estuda o caminho que a droga percorre dentro do
organismo vivo;
✓Para que os processos cinéticos aconteçam, moléculas dos fármacos
precisam ser capazes de atravessar barreiras biológicas;
Ex: membrana plasmática das células, endotélio das paredes dos vasos
capilares, membranas mucosas.
prof.nilsonmarques
Aplicações da Farmacocinética
✓Determinação adequada da POSOLOGIA de acordo com:
- Via de adm
- Forma farmacêutica
- Dose e intervalo entre as doses
✓Reajuste de posologia quando necessário de acordo a resposta clínica
✓Entendimento dos efeitos terapêuticos e tóxicos dependentes das
etapas da farmacocinética
prof.nilsonmarques
Farmacocinética x Farmacodinâmica
Caminho da droga
Ação do organismo sobre a droga
Efeito da droga
Ação da droga sobre o organismo
DROGA
- Absorção
- Distribuição
- Biotransformação
- Excreção
ORGANISMO
- Local de Ação
- Mecanismo de Ação
V
I
A
D
E
A
D
M
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Farmacocinética x Farmacodinâmica
Dose
Forma Farmacêutica
Posologia
Via de Adm
Efeitos produzidos no organismo
DROGA
- Absorção
- Distribuição
- Biotransformação
- Excreção
ORGANISMO
- Local de Ação
- Mecanismo de Ação
V
I
A
D
E
A
D
M
Concentração
do Fármaco
FARMACOCINÉTICA
• ABSORÇÃO
• DISTRIBUIÇÃO
• BIOTRANSFORMAÇÃO
• EXCREÇÃO
prof.nilsonmarques
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Passagem Através da membrana
▪ Processo Passivo - não ocorre gasto de energia
✓ Difusão simples, Filtração
O fármaco se move da região com concentração elevada para a que tem
baixa concentração.
Ex: Fármacos Lipossolúveis, Apolar
▪ Processo Ativo – ocorre gasto de energia ATP
✓ Difusão Facilitada e Transporte Ativo
o fármaco se move da região de baixa concentração para região de
concentração elevada.
Ex: Remoçao de medicamentos, Medicamentos hidrofílicos
prof.nilsonmarques
1. Absorção – Transferência da droga do local de
administração para os fluídos circulantes
Lipossolubilidade
Peso Molecular
Moléculas não
ionizadas
Droga Ácida em pH
Droga Alcalina em
pH Alcalino
Concentração da droga
no local da absorção
FATORES QUE AUMENTAM A ABSORÇÃO
prof.nilsonmarques
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Locais de Absorção das Drogas
Trato Gastrointestinal
- Mucosa bucal
- Mucosa Gástrica
- Mucosa do I.D
- Mucosa Retal
Trato Respiratório
- Mucosa Nasal
- Mucosa Traqueal e Brônquica
- Alvéolos Pulmonares
Mucosa Vaginal
Mucosa Conjuntival
Outros
Mucosa Gástrica
Absorve algumas drogas
Relação direta com o conteúdo gástrico
Mucosa do I.D
- Mais extensa superfície de absorção
- Variação de pH
Pele
Regiões Subcutâneas
Regiões Intramuscular
Outras
prof.nilsonmarques
Biodisponibilidade das Drogas
✓ Fração do fármaco após administrado que alcança a circulação
sistêmica.
Importância
Determina a relação entre a dose da droga e a intensidade de sua ação
FATORES QUE INFLUENCIAM
A BIODISPONIBILIDADE
Metabolismo de
Primeira Passagem
Solubilidade dos
Fármacos
prof.nilsonmarques
Metabolismo de Primeira Passagem (M.P.P)
Ações enzimáticas no epitélio intestinal e fígado que a droga sofre
antes de alcançar a circulação sistêmica
100%
B
I
O
D
I
S
P
O
N
Í
V
E
L
Não
Sofre
MPP
DROGAS QUE SOFREM
MPP
Álcool
AAS
Morfina
BZD (Oral)
Captopril
Pró Droga
prof.nilsonmarques
Concentração da droga na Circulação Sanguínea
prof.nilsonmarques
ENZIMAS DO CITOCROMO P450 (CYP 450)
Existem cerca de 30 enzimas CYP que estão envolvidas na
metabolização de drogas
CYP 1A2 CYP 2C9
CYP 2C19 CYP 2D6 CYP 2E1
CYP 3A4
90%
O
X
I
D
A
Ç
A
O
D
E
D
R
O
G
A
S
TGI FÍGADO
prof.nilsonmarques
prof.nilsonmarques
Porque tenho que tomar
medicamento em intervalos
regulares?
prof.nilsonmarques
Tempo de Meia Vida das Drogas (T1/2)
Tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco seja
reduzida em 50%.
Vários fatores podem prolongar a t1/2 de um fármaco .
Importância
Substituir a parte da droga que foi perdida
Interpretação dos efeitos terapêuticos ou tóxicos das drogas
Duração do efeito farmacológico
Regime posológico adequado
Concentração Plasmática das drogas – Nível Terapêutico ou Tóxico
prof.nilsonmarques
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2. Distribuição das Drogas
Após Biodisponibilidade
Objetivo: Alcançar todos
os tecidos
Necessário ser um alvo
farmacológico e possuir
receptores específicos
Ligação a proteínas
plasmáticas
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Etapas da Farmacocinética:
Absorção e Distribuição
Absorção
Biodispon
Distrib
MPP
prof.nilsonmarques
3. Biotransformação
Fígado, Rins e Pulmão Lipossolúvel para Hidrossolúvel
prof.nilsonmarques
BIOTRANSFORMAÇÃO
INATIVAÇÃO
DE DROGAS
O diazepan é metabolizado
em oxazepan biologicamente
inativo
INDUÇÃO DE
ENZIMAS
INIBIÇÃO DE
ENZIMAS
Rifampicina induz enzimas,
diminuindo o tempo de
meia vida de outras drogas
Omeprazol inibe a
atividade enzimática,
aumento da droga
circulante
prof.nilsonmarques
Indutores enzimáticos
Inibidores enzimáticos
• Barbitúricos
• Carbamazepina
• Griseofulvina
• Rifampicina
Aumentam a velocidade de
biotransformaçao
• Cloranfenicol
• Cimetidina
• Ciprofloxacina
• Disulfiram
• Eritromicina
• Isoniazida
• Cetoconazol
• Metronidazol
• Omeprazol
Diminuem a velocidade de
biotransformaçao
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4. Excreção
• Depois de absorvida, distribuída e biotransformada, a droga é excretada.
• Modalidades de Excreção
- Excreção Renal
- Excreção Pulmonar
- Excreção Fecal
Filtração Glomerular, Secreção ou reabsorção tubular ativa, difusão passiva
prof.nilsonmarques
Filtração Glomerular Secreção Tubular Ativa
Reabsorção tubular passiva
Passagem de todas as
moléculas de drogas que não
estão ligadas a proteínas
plasmáticas para dentro dos
túbulos renais (apenas a fração
livre é filtrada).
Proteínas carreadoras (Saturável),
conhecidas como carreadoras de
secreções, são encontradas no túbulo
renal proximal.
Drogas que são secretadas ativamente, a
filtração glomerular tem uma
importância menor.
A Lipossolubilidade de uma droga determinará o grau em que
ela poderá ser reabsorvida a partir do néfron e de volta para a
corrente sanguínea.
Moléculas ionizadas não são, portanto, reabsorvidas, mas as
moléculas não ionizadas de ácidos e bases fracas sofrem a
reabsorção passiva global nos túbulos proximais e distais.
prof.nilsonmarques
Mecanismo Molecular de Ação
dos Fármacos
Nilson Marques Silva Junior
prof.nilsonmarques
Atuação dos fármacos
Propriedade Acida ou Básica Propriedade Osmótica
Interação com o locais
específicos
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ALVO FARMACOLÓGICO
ENZIMAS
Ex: IECA, COX
TRANSPORTADORES
Ex: Antidepressivos
RECEPTORES
Ex: Adrenalina,
Propranolol
CANAIS IÔNICOS
Ex: Benzodiazepínicos
prof.nilsonmarques
Ligação dos Fármacos a célula
AÇÃO DO MEDICAMENTO
MOLÉCULA ALVO
E
S
P
E
C
I
F
I
C
I
D
A
D
E
prof.nilsonmarques
prof.nilsonmarques
prof.nilsonmarques
Molécula com um sítio ativo
para um fármaco (molécula
alvo)
Necessário a combinação do
fármaco com uma molécula alvo
para desencadear o efeito
específico
Fármaco Específico
X
Alvo Específico
Ao aumentar a dose de um fármaco,
a substância pode afetar outros
alvos além de seu alvo principal, e
esse fato pode levar ao
aparecimento de efeitos colaterais
RECEPTOR
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RECEPTORES
LIGANTES AGONISTAS
ANTAGONISTAS
Afinidade pelo Receptor
Liga-se ao receptor e provoca um efeito biológico
Características físico-químicas assegura afinidade
pelo receptor, mas não conseguem ativá-lo.
Bloqueia o acesso do agonista, reduzindo o efeito
do agonista
Não provocam efeitos biológicos diretamente
prof.nilsonmarques
Exemplos de Fármacos e Receptores Ocupados
FÁRMACO RECEPTOR
Adrenalina Adrenérgico
Pilocarpina Colinérgico
Haloperidol Dopaminérgico
Dobutamina Adrenérgico
Muscarina Colinérgico
Fármaco Receptor
Metoprolol Adrenérgico
Atropina Colinérgico
Haloperidol Dopaminérgico
Escopolamina Colinérgico
AGONISTA ANTAGONISTA
FIM!
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Referências Bibliográficas
• SILVA, Penildon. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• DANDAN, Randa Hilal; BRUNTON, Laurence L. (Orgs.). Manual de farmacologia e
terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015
• OGA, S.; BASILE, A. C; CARVALHO, F. M. Guia Zanini-Oga de interações
medicamentosas. 7ª Ed. São Paulo: Atheneu. 2002.
prof.nilsonmarques
• Fim!

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  • 3. prof.nilsonmarques SITUAÇÃO 1 Foi prescrito a um paciente Amoxicilina 500mg, sendo entregue na UBS na forma farmacêutica de cápsulas. Em casa por não conseguir deglutir, abriu a cápsula diluindo o princípio ativo em água, fazendo a ingestão em seguida. Pode haver interferência na ação do fármaco? Existe diferença entre as formulações farmacêuticas (cápsulas, comprimidos, drágeas) e a influência na ação dos fármacos? Quais?
  • 4. prof.nilsonmarques SITUAÇÃO 2 Seu João chegou : “Dotô o medicamento que o senhor passou para dor foi tão bom que já melhorei, foi direto no problema. Já o que eu tomava antes passava a dor, mas me atacava um bocado de coisa.” Quais o papel dos receptores farmacológicos na ação de um fármaco? Existe especificidade de receptores? O que pode ocasionar a diminuição dos efeitos colaterais?
  • 5. prof.nilsonmarques SITUAÇÃO 3 Dois pacientes chegam à unidade hospitalar com ansiedade. O paciente A faz uso do medicamento diazepam 10mg oral e o paciente B é medicado com o mesmo medicamento 10mg E.V. O paciente B 15 minutos depois está mais calmo enquanto o paciente A não relatou qualquer melhora. A diferença observada no início de ação do fármaco no paciente B foi atribuída a influência da via E.V, porque? O que favorece a ação mais rápida da via E.V? MPP? Biodisponibilidade?
  • 6. prof.nilsonmarques DROGAS ESPECÍFICAS Apresentam seu próprio sítio de ligação Terapeuticamente efetivas Ligam-se a receptores próprios Podem formar ligações químicas apropriadas Características DROGA INESPECÍFICA ÁLCOOL
  • 7. prof.nilsonmarques COMO AS DROGAS FUNCIONAM Influenciando na fisiologia do organismo Ligando-se a receptores de drogas Receptores de ligantes específicos Neurotransmissores: (Dopamina, serotonina, acetilcolina) Hormônios: (Adrenalina,ocitocina e insulina) Autacóides: (histamina, serotonina, prostaglandinas) Receptores de membrana estruturas moleculares ligadas a membrana plasmática da célula(proteínas) Receptores de carreadores de transporte: Proteínas Agonista – liga ao sítio e simulam a ação da substância endógena Antagonista – liga ao sítio e realizam ação oposta da substância endógena E F E I T O Adrenalina, Efedrina, Pilocarpina Dimenidrinato, Atenolol, Dissulfiram
  • 10. prof.nilsonmarques Farmacocinética Ciência que estuda o caminho que a droga percorre dentro do organismo vivo; ✓Para que os processos cinéticos aconteçam, moléculas dos fármacos precisam ser capazes de atravessar barreiras biológicas; Ex: membrana plasmática das células, endotélio das paredes dos vasos capilares, membranas mucosas.
  • 11. prof.nilsonmarques Aplicações da Farmacocinética ✓Determinação adequada da POSOLOGIA de acordo com: - Via de adm - Forma farmacêutica - Dose e intervalo entre as doses ✓Reajuste de posologia quando necessário de acordo a resposta clínica ✓Entendimento dos efeitos terapêuticos e tóxicos dependentes das etapas da farmacocinética
  • 12. prof.nilsonmarques Farmacocinética x Farmacodinâmica Caminho da droga Ação do organismo sobre a droga Efeito da droga Ação da droga sobre o organismo DROGA - Absorção - Distribuição - Biotransformação - Excreção ORGANISMO - Local de Ação - Mecanismo de Ação V I A D E A D M
  • 13. prof.nilsonmarques Farmacocinética x Farmacodinâmica Dose Forma Farmacêutica Posologia Via de Adm Efeitos produzidos no organismo DROGA - Absorção - Distribuição - Biotransformação - Excreção ORGANISMO - Local de Ação - Mecanismo de Ação V I A D E A D M Concentração do Fármaco
  • 14. FARMACOCINÉTICA • ABSORÇÃO • DISTRIBUIÇÃO • BIOTRANSFORMAÇÃO • EXCREÇÃO
  • 16. prof.nilsonmarques Passagem Através da membrana ▪ Processo Passivo - não ocorre gasto de energia ✓ Difusão simples, Filtração O fármaco se move da região com concentração elevada para a que tem baixa concentração. Ex: Fármacos Lipossolúveis, Apolar ▪ Processo Ativo – ocorre gasto de energia ATP ✓ Difusão Facilitada e Transporte Ativo o fármaco se move da região de baixa concentração para região de concentração elevada. Ex: Remoçao de medicamentos, Medicamentos hidrofílicos
  • 17. prof.nilsonmarques 1. Absorção – Transferência da droga do local de administração para os fluídos circulantes Lipossolubilidade Peso Molecular Moléculas não ionizadas Droga Ácida em pH Droga Alcalina em pH Alcalino Concentração da droga no local da absorção FATORES QUE AUMENTAM A ABSORÇÃO
  • 19. prof.nilsonmarques Locais de Absorção das Drogas Trato Gastrointestinal - Mucosa bucal - Mucosa Gástrica - Mucosa do I.D - Mucosa Retal Trato Respiratório - Mucosa Nasal - Mucosa Traqueal e Brônquica - Alvéolos Pulmonares Mucosa Vaginal Mucosa Conjuntival Outros Mucosa Gástrica Absorve algumas drogas Relação direta com o conteúdo gástrico Mucosa do I.D - Mais extensa superfície de absorção - Variação de pH Pele Regiões Subcutâneas Regiões Intramuscular Outras
  • 20. prof.nilsonmarques Biodisponibilidade das Drogas ✓ Fração do fármaco após administrado que alcança a circulação sistêmica. Importância Determina a relação entre a dose da droga e a intensidade de sua ação FATORES QUE INFLUENCIAM A BIODISPONIBILIDADE Metabolismo de Primeira Passagem Solubilidade dos Fármacos
  • 21. prof.nilsonmarques Metabolismo de Primeira Passagem (M.P.P) Ações enzimáticas no epitélio intestinal e fígado que a droga sofre antes de alcançar a circulação sistêmica 100% B I O D I S P O N Í V E L Não Sofre MPP DROGAS QUE SOFREM MPP Álcool AAS Morfina BZD (Oral) Captopril Pró Droga
  • 22. prof.nilsonmarques Concentração da droga na Circulação Sanguínea
  • 23. prof.nilsonmarques ENZIMAS DO CITOCROMO P450 (CYP 450) Existem cerca de 30 enzimas CYP que estão envolvidas na metabolização de drogas CYP 1A2 CYP 2C9 CYP 2C19 CYP 2D6 CYP 2E1 CYP 3A4 90% O X I D A Ç A O D E D R O G A S TGI FÍGADO
  • 25. prof.nilsonmarques Porque tenho que tomar medicamento em intervalos regulares?
  • 26. prof.nilsonmarques Tempo de Meia Vida das Drogas (T1/2) Tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco seja reduzida em 50%. Vários fatores podem prolongar a t1/2 de um fármaco . Importância Substituir a parte da droga que foi perdida Interpretação dos efeitos terapêuticos ou tóxicos das drogas Duração do efeito farmacológico Regime posológico adequado Concentração Plasmática das drogas – Nível Terapêutico ou Tóxico
  • 28. prof.nilsonmarques 2. Distribuição das Drogas Após Biodisponibilidade Objetivo: Alcançar todos os tecidos Necessário ser um alvo farmacológico e possuir receptores específicos Ligação a proteínas plasmáticas
  • 29. prof.nilsonmarques Etapas da Farmacocinética: Absorção e Distribuição Absorção Biodispon Distrib MPP
  • 30. prof.nilsonmarques 3. Biotransformação Fígado, Rins e Pulmão Lipossolúvel para Hidrossolúvel
  • 31. prof.nilsonmarques BIOTRANSFORMAÇÃO INATIVAÇÃO DE DROGAS O diazepan é metabolizado em oxazepan biologicamente inativo INDUÇÃO DE ENZIMAS INIBIÇÃO DE ENZIMAS Rifampicina induz enzimas, diminuindo o tempo de meia vida de outras drogas Omeprazol inibe a atividade enzimática, aumento da droga circulante
  • 32. prof.nilsonmarques Indutores enzimáticos Inibidores enzimáticos • Barbitúricos • Carbamazepina • Griseofulvina • Rifampicina Aumentam a velocidade de biotransformaçao • Cloranfenicol • Cimetidina • Ciprofloxacina • Disulfiram • Eritromicina • Isoniazida • Cetoconazol • Metronidazol • Omeprazol Diminuem a velocidade de biotransformaçao
  • 33. prof.nilsonmarques 4. Excreção • Depois de absorvida, distribuída e biotransformada, a droga é excretada. • Modalidades de Excreção - Excreção Renal - Excreção Pulmonar - Excreção Fecal Filtração Glomerular, Secreção ou reabsorção tubular ativa, difusão passiva
  • 34. prof.nilsonmarques Filtração Glomerular Secreção Tubular Ativa Reabsorção tubular passiva Passagem de todas as moléculas de drogas que não estão ligadas a proteínas plasmáticas para dentro dos túbulos renais (apenas a fração livre é filtrada). Proteínas carreadoras (Saturável), conhecidas como carreadoras de secreções, são encontradas no túbulo renal proximal. Drogas que são secretadas ativamente, a filtração glomerular tem uma importância menor. A Lipossolubilidade de uma droga determinará o grau em que ela poderá ser reabsorvida a partir do néfron e de volta para a corrente sanguínea. Moléculas ionizadas não são, portanto, reabsorvidas, mas as moléculas não ionizadas de ácidos e bases fracas sofrem a reabsorção passiva global nos túbulos proximais e distais.
  • 36. Mecanismo Molecular de Ação dos Fármacos Nilson Marques Silva Junior
  • 37. prof.nilsonmarques Atuação dos fármacos Propriedade Acida ou Básica Propriedade Osmótica Interação com o locais específicos
  • 38. prof.nilsonmarques ALVO FARMACOLÓGICO ENZIMAS Ex: IECA, COX TRANSPORTADORES Ex: Antidepressivos RECEPTORES Ex: Adrenalina, Propranolol CANAIS IÔNICOS Ex: Benzodiazepínicos
  • 39. prof.nilsonmarques Ligação dos Fármacos a célula AÇÃO DO MEDICAMENTO MOLÉCULA ALVO E S P E C I F I C I D A D E
  • 42. prof.nilsonmarques Molécula com um sítio ativo para um fármaco (molécula alvo) Necessário a combinação do fármaco com uma molécula alvo para desencadear o efeito específico Fármaco Específico X Alvo Específico Ao aumentar a dose de um fármaco, a substância pode afetar outros alvos além de seu alvo principal, e esse fato pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais RECEPTOR
  • 43. prof.nilsonmarques RECEPTORES LIGANTES AGONISTAS ANTAGONISTAS Afinidade pelo Receptor Liga-se ao receptor e provoca um efeito biológico Características físico-químicas assegura afinidade pelo receptor, mas não conseguem ativá-lo. Bloqueia o acesso do agonista, reduzindo o efeito do agonista Não provocam efeitos biológicos diretamente
  • 44. prof.nilsonmarques Exemplos de Fármacos e Receptores Ocupados FÁRMACO RECEPTOR Adrenalina Adrenérgico Pilocarpina Colinérgico Haloperidol Dopaminérgico Dobutamina Adrenérgico Muscarina Colinérgico Fármaco Receptor Metoprolol Adrenérgico Atropina Colinérgico Haloperidol Dopaminérgico Escopolamina Colinérgico AGONISTA ANTAGONISTA FIM!
  • 45. prof.nilsonmarques Referências Bibliográficas • SILVA, Penildon. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. • DANDAN, Randa Hilal; BRUNTON, Laurence L. (Orgs.). Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015 • OGA, S.; BASILE, A. C; CARVALHO, F. M. Guia Zanini-Oga de interações medicamentosas. 7ª Ed. São Paulo: Atheneu. 2002.