SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 49
Neurofisiologia
Professor: Cleanto Santos Vieira
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Os sinais que entram no sistema
nervoso são provenientes dos
receptores sensoriais que detectam
estímulos como: toque, som, luz,
dor, frio, calor, etc...
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Tipos de receptores sensoriais e estímulos
detectados por eles:
• Existem basicamente 5 tipos de receptores
sensoriais:
• 1º - mecanorreceptores, que detectam a
deformação mecânica do receptor ou
células adjacentes;
• 2º - Termorreceptores, detectam alterações
da temperatura (alguns sensíveis ao frio e
outros ao calor)
• 3º Nociceptores (dor) detectam lesões
teciduais físicas ou químicas
• 4º Receptores eletromagnéticos detectam a
luz incidente sobre a retina dos olhos
• 5º Quimioreceptores detectam o gosto, o
olfato, o nível de oxigênio no sangue
arterial, a osmolalidade dos líquidos
corporais, a concentração de CO², etc...
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
MECANORRECPTORES
Sensibilidades táteis da pele
(epiderme e derme)
Sensibilidades de tecidos
profundos
Terminações nervosas livres Terminações nervosas livres
Terminações com
extremidades expandidas
Terminações com
extremidades expandidas
Discos de Merkel Terminações em buquê
Terminações em buquê Terminações de Ruffini
Terminações de Ruffini Terminações encapsuladas
Terminações encapsuladas Corpúsculos de Pacini
Corpúsculos de Meissner Terminações musculares
Corpúsculos de Krause Fusos musculares
Receptores tendinosos de
Golgi
Neurofisiologia
• Sensibilidade diferencial dos
receptores:
• Como dois tipos de receptores
detectam diferentes tipos de
estímulos sensoriais? Devido às
diferentes sensibilidades. Cada
tipo de receptor é extremamente
sensível a determinado tipo de
estímulo para o qual foi
designado, além disso não
responde a outros tipos de
estímulos sensoriais.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
MECANORRECPTORES
Receptores de audição Receptores do equilíbrio
Receptores sonoros da cóclea Receptores vestibulares
Receptores de pressão arterial Termorreceptores
Barorreceptores dos seios
carotídeo e aórtico
Frio
Receptores de calor Receptores de Dor
Receptores de calor
Nociceptores
Terminações nervosas livres
Receptores eletromagnéticos
Receptores da Visão Receptores da gustação
Cones
Bastonetes
Quimioceptores
Receptores das papilas
gustativas
Neurofisiologia
• Ex: Os bastonetes e cones são
muito responsivos à luz, mas
praticamente não respondem a
calor, frio e pressão sobre os
globos oculares ou a modificações
químicas no sangue.
• Ex: Os osmorreceptores,
localizados nos núcleos supra-
ópticos do hipotálamo,
respondem a pequenas alterações
da osmolidade dos líquidos
corporais, mas nunca se observou
que consigam responder ao som.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
MECANORRECPTORES
Receptores olfativos Receptores de oxigênio
arterial
Receptores do epitélio olfativo Receptores dos corpúsculos
carotídeo e aórtico
Receptores de osmolalidade Receptores de CO² sanguíneo
Provavelmente neurônios
localizados no interior ou nas
proximidades do núcleo supra-
óptico
Receptores localizados no
interior ou superfície do
bulbo, e nos corpúsculos
carotídeo e aórtico
Receptores da glicose,
aminoácidos e ácidos graxos
sanguíneos
Receptores localizados no
hipotálamo
Neurofisiologia
• Modalidade de sensação:
• Cada tipo de sensação que
experimentamos (dor, toque, visão,
som, etc...) é chamado de uma
modalidade de sensação.
• No entanto as fibras nervosas só
transmitem impulsos.
• Ex: se uma fibra de dor é estimulada, a
pessoa tem a sensação de dor,
independentemente do tipo de
estímulo que tenha excitado a fibra
(eletricidade, calor, esmagamento ou
lesão tecidual).
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Transdução dos estímulos sensoriais
em impulsos nervosos:
• Todos os receptores sensoriais em
comum alteram seu potencial de
membrana imediatamente excitando-
os quando estimulados.
• Essa alteração é chamada de potencial
do receptor.
• Mecanismos dos potenciais dos
receptores: Os diferentes tipos podem
ser excitados por várias maneiras:
• 1º - por deformação mecânica
(distendendo a membrana sobre os
canais iônicos);
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• 2º - Aplicação de substâncias
químicas (também abrindo canais
iônicos);
• 3º - Alterações da temperatura
da membrana (levando a
modificações de sua
permeabilidade)
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• 4º - por efeitos da radiação
eletromagnética, que de maneira
direta ou indireta, levam a alterações
das características da membrana,
permitindo o fluxo iônico por seus
canais.
• Ao lado uma termografia mostrando
à esquerda a face de um indivíduo
não exposto a radiação por uso de
celular, já a foto à direita mostra o
mesmo indivíduo após o uso do
celular por 15 minutos.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Amplitude do potencial receptor: a
amplitude máxima da maior parte
dos potenciais dos receptores
sensoriais é de 100mV.
• Essa voltagem corresponde
aproximadamente à mesma
voltagem máxima registrada para os
potenciais de ação e também à
voltagem obtida quando ocorre a
permeabilidade máxima da
membrana aos íons de sódio.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Relação entre o potencial do
receptor e os potenciais de
ação:
• Quando o potencial do receptor
atinge um valor acima do limiar
de disparo para a fibra nervosa
correspondente a esse receptor,
tem início o potencial de ação
como mostra o gráfico ao lado.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• O potencial receptor do corpúsculo de
Pacini:
• Notemos que o corpúsculo de Pacini tem
uma fibra nervosa central que se estende
através de sua região central.
• Essa fibra é envolvida por camadas
múltiplas de camadas concêntricas, de tal
forma que a compressão externa sobre
qualquer ponto do corpúsculo irá alongar,
deformando a fibra central.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Notemos agora a figura ao lado onde só
é mostrada a fibra central do corpúsculo
de Pacini.
• A extremidade da fibra central é
amielínica, mas se torna mielinizada
pouco antes de deixar o corpúsculo para
entrar no nervo periférico sensorial.
• Observem que a figura mostra a
pequena área do terminal que foi
deformada pela compressão do
corpúsculo e os canais iônicos se abriram
na membrana, permitindo que os íons
sódio positivos se difundissem para o
interior da fibra, gerando o potencial do
receptor.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Adaptação dos receptores:
• Uma característica especial dos
receptores é o fato que após um
tempo, eles se adaptam total ou
parcialmente aos estímulos a que são
sensíveis, ou seja quando um
estímulo é aplicado, os receptores
respondem, inicialmente, com uma
frequência de impulsos muito alta,
mas com o passar do tempo, há uma
queda progressiva da frequência de
resposta até que, muitos deles
deixam de responder.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Função dos receptores de adaptação
lenta (receptores tônicos):
• São os que, enquanto o estímulo estiver
presente, continuam a transmitir
impulsos para o cérebro (ou pelo menos
durante vários minutos ou horas).
• Ex: os impulsos provenientes dos fusos
musculares e do aparelho de Golgi
permitem ao sistema nervoso central
saber o estado de contração muscular e
a carga a que o tendão muscular está
submetido a cada instante.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Outros tipos de receptores de
adaptação lenta, são os receptores
da macula no aparelho vestibular, os
receptores da dor, os
barorrecetores da rede arterial, os
quimioreceptores dos corpos
carotídeos e aórticos e alguns
receptors tátaeis, tais como as
terminações de Ruffini e os discos
de Merkel.
• Sua capacidade de transmitir a
informação por muitas horas, faz
com que sejam também chamados
de receptores tônicos.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Função dos receptores de adaptação
rápida (receptors de frequência,
movimento ou receptors fásicos):
• Receptores que se adaptam rapidamente
não podem ser usados para transmitir um
sinal contínuo, pois só são estimulados
quando ocorrem mudanças na potência do
estimulo.
• Reagem fortemente quando uma mudança
está se desenvolvendo.
• O número de impulsos transmitidos é
diretamente relacionado com o grau de
velocidade com que a mudança ocorre.
• Por isso denominados receptores de
frequência, receptores de movimento ou
receptores fásicos.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Assim no caso do corpúsculo de Vater-Pacini,
uma pressão súbita aplicada sobre a pele excita
esse receptor por alguns milissegundos e, em
seguida essa excitação acaba, mesmo que a
pressão continue.
• No entanto esse receptor é capaz de transmitir
novamente o sinal quando pressão é liberada.
• O corpúsculo de Vater-Pacini é importante para
transmissão de mudanças rápidas da pressão
exercida contra o corpo, mas é inútil para a
transmissão de informações sobre uma pressão
constante aplicada sobre o corpo.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Importância dos receptores de frequência (função
de previsão):
• Conhecendo-se o grau de velocidade com que vai
ocorrer uma mudança de estado corporal, é possível
prever qual será a situação do corpo dentro de
alguns segundos ou minutos.
• Ex: Receptores dos canais semicirculares localizados
no aparelho vestibular do ouvido são capazes de
detectar o grau de velocidade com que a cabeça vai
girar quando se faz uma curva.
• Usando essa informação, a pessoa pode prever
quando vai girar nos próximos 2 segundos e assim,
pode ajustar os movimentos antes do tempo, para
não perder o equilíbrio.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Fibras nervosas transmissoras de sinais e
sua classificação:
• Alguns sinais precisam ser transmitidos ao
SNC com rapidez máxima, do contrário
essa informação será inútil.
• Ex: durante uma corrida, as posições
momentâneas dos membros em cada
fração de Segundo.
• Por outro lado alguns tipos de informação
sensorial, tais como a dor continua, não
necessitam ser transmitidos rapidamente,
podendo ser transmitidas por fibras de
condução lenta.
• As fibras nervosas possuem faixa de
diâmetro amplo (variam de 0,2 a 20µm de
diâmetro)
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Na classificação geral as fibras são
divididas nos tipos A e C e as do tipo
A são subdivididas em fibras α, β, γ e
δ.
• As fibras do tipo A são típicas dos
nervos espinhais e as do tipo C são
fibras de diâmetro pequeno, não
mielinizadas, e conduzem impulsos
com baixa velocidade.
• Essas fibras constituem mais da
metade das fibras sensoriais na maior
parte dos nervos periféricos, e a esse
grupo pertencem todas as fibras
autonômicas pós-ganglionares.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Classificação alternativa usada por fisiologistas:
• Grupo Ia -> Fibras das terminações anuloespirais
dos fusos musculares (diâmetro médio 17µm,
tipo Aα na classificação geral).
• Grupo Ib -> Fibras dos órgãos tendinosos de
Golgi (diâmetro médio 16µm, também do tipo
Aα na classificação geral).
• Grupo II -> Fibras dos receptors táteis cutâneos
isolados e das terminações em buquê dos fusos
musculares (diâmetro médio 8µm, essas fibras
são dos tipos Aβ e Aγ na classificação geral)
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Grupo III -> Fibras que conduzem as sensações
de temperatura, de tato grosseiro e de dor
aguda (diâmetro médio de 3µm, fibras tipo Aδ
na classificação geral).
• Grupo IV -> Fibras não-mielinizadas, que
conduzem as sensações de dor, prurido,
temperature e tato grosseiro (diâmetro de 0,5
a 2,0µm, fibras tipo C na classificação geral).
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Transmissão de sinais de diferentes
intensidades pelos feixes nervosos –
somação temporal e especial:
• A intensidade de um sinal é uma das
característica que tem que ser sempre
conhecida.
• Ex: A intensidade da dor.
• As diferentes gradações de
intensidade podem ser transmistidas
utilizando-se maior número de fibras
paralelas ou enviando-se maior
número de impulsos por uma só fibra.
• Esses dois mecanismos são chamados
de somação especial e somação
temporal.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Outra maneira de se transmitir sinais de
maior intensidade é aumentar a
frequência dos impulsos nervosos em
cada fibra, o que é chamado de
somação temporal.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Troca de sinais dentro dos grupamentos
neuronais:
• Organização de neurônios para a troca de
sinais -> na figura ao lado, um diagrama
esquemático de vários neurônios de um
grupamento, mostrando as fibras de “entrada”
a esquerda e as fibras de “saída” à direita.
• Cada fibra de entrada dá centenas ou milhares
de ramos, com uma média de mil ou mais
terminais que se espalham sobre uma grande
área, fazendo um grande número de sinapses
com os dendritos ou corpos celulares dos
neurônios no grupamento.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Estímulos limiares e sublimiares –
Facilitação:
• Atenção para o fato de que a descarga de um
só terminal pré-sináptico excitatório
dificilmente estimula o neurônio pós-
sináptico.
• Para causar a excitação de um neurônio é
necessária a descarga de grande número de
terminais sobre ele, tanto simultaneamente
como em rápida sucessão.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Inibição de grupamentos neuronais:
• Algumas fibras aferentes inibem os
neurônios, em lugar de excitá-los e
todo campo coberto pela
ramificações inibitórias é
denominado ZONA INIBITÓRIA.
• Devido ao grande número de
terminações centrais o grau de
inibição no centro dessa zona é
muito grande, tornando-se
progressivamente menor à medida
que se avança para a periferia.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Divergência de sinais que passam por
grupamentos neuronais:
• Há dois tipos principais de divergência, com
objetivos completamente diferentes:
• A divergência de amplificação ocorre quando um
sinal se espalha por um número
progressivamente maior de neurônios à medida
que passa ao longo de sucessivas junções
neuronais em seu trajeto.
• Ex: A via corticoespinal em seu controle sobre os
músculos esqueléticos, em que uma só célula
piramidal é capaz de sob condições apropriadas,
excitar até 10.000 fibras musculares.
• Como na figura ao lado.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• O segundo tipo de divergência é
denominado divergência para feixes
múltiplos.
• Nesso caso o sinal é transmitido, a paritr
do grupamento neuronal em duas ou mais
direções.
• Ex: A informação transmitida pelas colunas
dorsais da medula espinal toma dois
caminhos na parte inferior do cérebro 1º
caminho para o cerebelo e o 2º caminho
atravessando as regiões cerebrais
inferiores, para o tálamo e córtex cerebral.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Convergência de sinais:
• São sinais provenientes de várias fontes de entrada
que convergem para excitar um só neurônio.
• A figura ao lado mostra a convergência a partir de
uma fonte única.
• Multiplos terminais provenientes de um só feixe
aferente terminam sobre um mesmo neurônio.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• A convergência também pode resultar
de sinais aferentes (excitatórios ou
inibitórios) originários de fontes
múltiplas.
• Ex: Interneurônios da medulla espinal
recebem sinais convergentes, das
fibras nervosas periféricas, que entram
na medulla, das fibras
proprioespinhais que passam de um
segmento da medulla para outro, das
fibras córticoespinhais provenientes
do cortex cerebral e de várias outras
vias longas descendentes,
provenientes do cérebro em direção a
medulla espinhal.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Circuitos neuronais causando sinais de
saída tanto excitatórios quanto
inibitórios:
• Algumas vezes, o sinal que chega a um
grupamento neuronal provoca um sinal
de saída excitatório em determinada
direção e ao mesmo tempo, um sinal
inibitório dirigido a outro local.
• Ex: Um sinal excitatório é transmitido
para um grupo de neurônios da medulla
espinhal que comanda o movimento da
perna a frente, ao mesmo tempo um
sinal inibitório é transmitido através de
outro grupamento neuronal inibindo a
estimulação da musculatura posterior da
perna, de modo que não haja oposição
ao movimento para a frente.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Prolongamento de um sinal por um grupamento
neuronal – “PÓS-DESCARGA”:
• Em alguns casos, o sinal que entra em um
grupamento provoca descarga de saída
prolongada, chamada pós-descarga, que continua
mesmo quando o sinal cessa e tem duração
variada entre alguns milisegundos e vários
minutos.
• Os dois mais importantes mecanismos os quais
ocorre a pós descarga são os seguintes:
• - Pós descarga sináptica
• - Circuitos reverberativos (oscilatórios)
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Mecanismo Pós-descarga sináptica:
• Quando as sinapses excitatórias disparam sobre as superficies dos
dendrites ou do soma neuronal, aparece um potencial pós-sináptico no
neurônio que dura muitos milisegundos, principalmente quando ocorre o
envolvimento de transmissores sinápticos de efeito prolongado.
• Esse potencial continua a excitar o neurônio enquanto estiver existindo,
causando uma série de impulsos de saída.
• É possível que um só sinal aferente instantâneo cause um sinal de saída
sustentado (série de descargas repetitivas) que dura por muitos
milisegundos.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Possíveis circuitos reverberatórios:
• No esquema A o circuito reverberatório envolve
apenas um só neurônio. O neurônio de saída
envia uma fibra nervosa collateral de volta aos
seus próprios dendrites ou soma, estimulando a
si mesmo.
• Uma vez ocorrido o disparo do neurônio, a
própria descarga atua como estímulo de
feedback ajudando a manter disparando por
longo tempo mesmo após o término do esímulo.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• O esquema B, ilustra a inclusão de mais alguns
neurônios no circuito de feedback, aumentando
o tempo entre a descarga inicial e o sinal de
feedback.
• O esquema C mostra um Sistema ainda mais
complex em que as fibras excitatórias e
inibitórias atuam sobre o circuito reverberativo.
• Um sinal facilitatório aumenta a intensidade e a
frequência de reverberação, enquanto o sinal
inibitório diminui a reverberação ou a bloqueia
completamente.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• O esquema D, mostra que a maior parte das vias
reverberativas são constituídas por muitas fibras
paralelas e que, em cada “estação” cellular, as
fibrilas terminais se difundem amplamente.
• Nesse Sistema, o sinal total de reverberação
pode ser tanto fraco como forte, dependendo da
quantidade de fibras nervosas paralelas
momentameamente envolvidas no processo
reverberativo.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Características do prolongamento de
sinais provenientes de circuitos
reverberativos:
• A figura ao lado mostra sinais de saída de
um circuito reverberativo.
• Enquanto o estímulo de entrada é da
ordem de apenas 1ms, o sinal de saída
dura vários milisegundos ou até minutos.
• A figura mostra que a intensidade do sinal
de saída é normalmente alta no início da
reverberação, com diminuição progressiva
até um valor crítico, quando de maneira
abrupta, o sinal cessa totalmente.
• A causa dessa cessação abrupta da
reverberação é a fadiga de uma ou mais
junções sinápticas no circuito.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Sinais de saída contínuos em circuitos neuronais:
• Alguns circuitos neuronais emitem sinais de saída
continuamente, mesmo sem sinais de entrada
excitatórios.
• Podem ser provocados, por dois diferentes
mecanismos:
• 1 – Descarga continua causada por excitabilidade
neuronal intrínseca -> os neurônios, como outros
tecidos excitáveis, disparam repetidamente
quando seus potenciais de membrane ultrapassam
os valores dos potenciais limiares.
• EX: neurônios com potenciais já normalmente
elevados (cerebelo e maioria dos interneurônios da
medulla espinhal), fazendo com que eles disparem
cotinuamente.
• A frequência dos impulsos emitidos por essas
células pode ser aumentada por sinais facilitatórios
ou diminuída por sinais inibitórios (estes últimos
podendo até causar a extinção dos sinais de saída.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Atividade continua de um circuito reverberativo ou
de um grupo de neurônios com descarga
intrínseca.
Neurofisiologia
• Sinais contínuos emitidos a partir
de circuitos reverberativos como
modo de transmitir informações:
• Um circuito reverberativo onde não
ocorra a fadiga até a extinção
também pode ser fonte de impulsos
contínuos.
• Nesse caso, impulsos facilitatórios
que entrem no grupamento
reverberatório podem aumentar o
sinal da saída, enquanto a inibição
pode diminuir ou até extinguir o
sinal.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Notem que um sinal de entrada excitatório
aumenta acentuadamente o sinal de saída,
enquanto o sinal de entrada inibitório causa efeito
inverso no sinal de saída. Esse tipo de transmissão
de informação é usado pelo Sistema nervosa
autônomo para controlar funções como tônus
vascular, tônus intestinal, cosntrição da íris,
batimentos cardíacos, etc…
Neurofisiologia
• Sinais de saída rítmicos:
• Vários circuitos neuronais produzem sinais de
saída rítmicos.
• Ex: sinais rítmicos respiratórios, originários na
substância reticular do bulbo e ponte. Esse sinal
repetitivo continua por toda a vida do indivíduo,
enquanto outros sinais rítmicos, tais como os de
coçar, executados pelos membros posteriores
de cães, ou os movimentos de marcha de um
animal, necessitam de estímulos aferentes para
os respectivos circuitos para que os sinais
possam ser executados.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
A eferência rítmica do centro respiratório
mostrando que uma estimulação
crescent do corpo carotídeo, aumenta
tanto a intensidade como a frequência de
oscilação.
Neurofisiologia
• Instabilidade e estabilidade dos circuitos
neuronais:
• Quase todas as áreas cerebrais se conectam
direta ou indiretamente com todas as outras e
isso cria um problema.
• Se a primeira excita a segunda, a segunda excita a
Terceira, esta excita a quarta e assim por diante,
até que finalmente o sinal de saída do final da
cadeia reexcita a primeira área, é óbvio que um
sinal excitatório de qualquer área cerebral
desencadearia um ciclo contínuo de reecitação
de todas as outras partes.
• Esses sinais apesar de não estarem transmitindo
nenhuma informação estariam consumindo os
circuitos cerebrais, de forma que nenhum dos
sinais informacionais poderia ser transmitido.
• Esse efeito aparece, em amplas áreas cerebrais
durante uma convulsão epilética.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Como o SNC se previne contra esse tipo de atividade durante todo o
tempo?
• Acredita-se que envolva dois mecanismos básicos, que funcionam em
todo SNC:
• 1 – Circuitos inibitórios.
• 2 – Fadiga das sinapses.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Circuitos inibitórios (COMO mecanismo de estabilizacão da função do
SNC):
• Há dois tipos de circuitos inibitórios:
• 1 – Circuito de feedback inibitório que retornam sinais das vias para os
neurônios excitatórios localizados no início das mesmas vias – esses circuitos
existem, provavelmente em todas as vias nervosas sensoriais, e inibem os
neurônios de entrada quando os terminais ficam hiperexcitados.
• 2 – Alguns grupamentos neuronais que exercem controle inibitório grosseiro
sobre amplas áreas cerebrais – ex: vários gânglois basais exercendo
influências inibitórias sobre o Sistema de controle motor.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Fadiga sináptica (Como meio de
estabilização do SN):
• A fadiga sináptica quer dizer que a
transmissão snáptica se torna
progressivamente mais fraca à medida que
se prolonga o período de excitação.
• A figura ao lado ilustra três registros
sucessivos de um reflex flexor
desencadeado em um animal, causado por
um estímulo doloroso na planta da pata.
• Notem, em cada registro, há um
decréscimo progressive da contração, isto é
sua força diminui.
• Acredita-se que isso ocorra devido a fadiga
das sinapses no circuito reflex flexor.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Ajuste rápido da sensibilidade de uma via pelo mecanismo de fadiga:
• As vias superutilizadas tornam-se normalmente fatigadas e, em
consequência, terão sua sensibilidade reduzida.
• Por outro lado, as subutilizadas estarão em repouso, e terão sua
sensibilidade aumentada.
• Assim a fadiga e a recuperação da fadiga são um meio importante de
moderação, a curto prazo, da sensibilidade de diferentes circuitos do SN,
ajudando a mantê-los operando numa faixa de sensibilidade que permita
seu funcionamento eficaz.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
Neurofisiologia
• Os controles automáticos normalmente reajustam as sensibilidades dos
circuitos até uma faixa controlável de reatividade a cada momento em que
eles se tornam muito ativos ou muito deprimidos.
Aula 3 – Capítulo 3:
Receptores sensoriais
REFERÊNCIAS
• GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de
Janeiro, Elsevier Ed., 2006.
• Hopfield, J.J., and Tank, D.W.: Computação com circuitos neuronais:
Um modelo de ciência, 233:625,1986.
• Kalia, M.P.: Organização anatômica neuronal do centro respiratório.
Annu.Rev. Fisiol., 43:105,1981.
• Turek, F.W.: Ritmo circadiano neuronal em animais. Annu. Rev.
Fisiol.47:49, 1985.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesJucie Vasconcelos
 
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1Cleanto Santos Vieira
 
Sistema nervoso - anatomia humana
Sistema nervoso - anatomia humanaSistema nervoso - anatomia humana
Sistema nervoso - anatomia humanaMarília Gomes
 
Sistema nervoso periférico
Sistema nervoso periféricoSistema nervoso periférico
Sistema nervoso periféricoEwerton Marinho
 
Mecanismo das Sinapses
Mecanismo das SinapsesMecanismo das Sinapses
Mecanismo das SinapsesJose Carlos
 
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularFisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularHerbert Santana
 
08 nervos espinhais e cranianos
08   nervos espinhais e cranianos08   nervos espinhais e cranianos
08 nervos espinhais e cranianosCaroline Augusta
 
Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4icsanches
 
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologiaAula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologiaHamilton Nobrega
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervosoemanuel
 
Célula nervosa pronto mesmo!
Célula nervosa pronto mesmo!Célula nervosa pronto mesmo!
Célula nervosa pronto mesmo!Ana Carolina
 

Mais procurados (20)

Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentesMedresumos 2016   neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
Medresumos 2016 neuroanatomia 20 - grandes vias aferentes
 
Neurotransmissores e receptores sensitivos
Neurotransmissores e receptores sensitivos Neurotransmissores e receptores sensitivos
Neurotransmissores e receptores sensitivos
 
Sistema Nervoso
Sistema NervosoSistema Nervoso
Sistema Nervoso
 
Cortex cerebral
Cortex cerebralCortex cerebral
Cortex cerebral
 
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
Neurofisiologia - organização do sistema nervoso - aula 1 capítulo 1
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
Sistema nervoso - anatomia humana
Sistema nervoso - anatomia humanaSistema nervoso - anatomia humana
Sistema nervoso - anatomia humana
 
Sistema nervoso periférico
Sistema nervoso periféricoSistema nervoso periférico
Sistema nervoso periférico
 
Tecido nervoso
Tecido nervosoTecido nervoso
Tecido nervoso
 
Mecanismo das Sinapses
Mecanismo das SinapsesMecanismo das Sinapses
Mecanismo das Sinapses
 
Sistema sensorial
Sistema sensorialSistema sensorial
Sistema sensorial
 
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularFisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
 
08 nervos espinhais e cranianos
08   nervos espinhais e cranianos08   nervos espinhais e cranianos
08 nervos espinhais e cranianos
 
Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4Sinapse química e elétrica #4
Sinapse química e elétrica #4
 
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologiaAula 06   sistema nervoso - anatomia e fisiologia
Aula 06 sistema nervoso - anatomia e fisiologia
 
Sistema nervoso periférico
Sistema nervoso periféricoSistema nervoso periférico
Sistema nervoso periférico
 
Sistema sensorial
Sistema sensorialSistema sensorial
Sistema sensorial
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
Aula 08 sistema nervoso
Aula 08   sistema nervosoAula 08   sistema nervoso
Aula 08 sistema nervoso
 
Célula nervosa pronto mesmo!
Célula nervosa pronto mesmo!Célula nervosa pronto mesmo!
Célula nervosa pronto mesmo!
 

Semelhante a Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3

Fisiologia do sistema nervoso
Fisiologia do sistema nervosoFisiologia do sistema nervoso
Fisiologia do sistema nervosoMariana Esposito
 
Receptores Sensoriais
Receptores SensoriaisReceptores Sensoriais
Receptores Sensoriaislafunirg
 
Sistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial CompletoSistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial CompletoRenata Oliveira
 
SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...
SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...
SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...JssicaPereira540414
 
Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2
Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2 Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2
Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2 Cleanto Santos Vieira
 
Fisiologia do Coração
Fisiologia do CoraçãoFisiologia do Coração
Fisiologia do CoraçãoPaulo Teixeira
 
Termoterapia ondas curtas e microondas - cap 7
Termoterapia   ondas curtas e microondas - cap 7Termoterapia   ondas curtas e microondas - cap 7
Termoterapia ondas curtas e microondas - cap 7Cleanto Santos Vieira
 
SNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralSNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralRevila Santos
 
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivosPelo Siro
 
Aula#12_Sistema_Nervoso_II.pdf
Aula#12_Sistema_Nervoso_II.pdfAula#12_Sistema_Nervoso_II.pdf
Aula#12_Sistema_Nervoso_II.pdfGustavoArouche1
 
Aula detectores do ambiente
Aula detectores do ambiente Aula detectores do ambiente
Aula detectores do ambiente Nathalia Fuga
 
sistema_sensorial.pptx
sistema_sensorial.pptxsistema_sensorial.pptx
sistema_sensorial.pptxEduWillame
 
Questionário de fisiologia i
Questionário de fisiologia iQuestionário de fisiologia i
Questionário de fisiologia iIsrael Reis
 
Aula fisiologia sensorial
Aula fisiologia sensorialAula fisiologia sensorial
Aula fisiologia sensorialmarcioth
 

Semelhante a Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3 (20)

Fisiologia do sistema nervoso
Fisiologia do sistema nervosoFisiologia do sistema nervoso
Fisiologia do sistema nervoso
 
Receptores Sensoriais
Receptores SensoriaisReceptores Sensoriais
Receptores Sensoriais
 
Sistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial CompletoSistema Sensorial Completo
Sistema Sensorial Completo
 
SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...
SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...
SISTEMAS SENSORIAS PROPRIEDADES GERAIS DA RECEPÇÃO SENSORIAL. Profa. Dra. Már...
 
Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2
Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2 Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2
Neurofisiologia - sinapses - aula 3 capitulo 2
 
Fisiologia sensorial2
Fisiologia sensorial2Fisiologia sensorial2
Fisiologia sensorial2
 
Fisiologia do Coração
Fisiologia do CoraçãoFisiologia do Coração
Fisiologia do Coração
 
Termoterapia ondas curtas e microondas - cap 7
Termoterapia   ondas curtas e microondas - cap 7Termoterapia   ondas curtas e microondas - cap 7
Termoterapia ondas curtas e microondas - cap 7
 
Eletricidade animal
Eletricidade animalEletricidade animal
Eletricidade animal
 
anatomia_ii
anatomia_iianatomia_ii
anatomia_ii
 
SNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso CentralSNC - Sistema Nervoso Central
SNC - Sistema Nervoso Central
 
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
36804136 10-biologia-e-geologia-10º-ano-regulacao-nos-seres-vivos
 
Sistema nervoso 1
Sistema nervoso 1Sistema nervoso 1
Sistema nervoso 1
 
Aula#12_Sistema_Nervoso_II.pdf
Aula#12_Sistema_Nervoso_II.pdfAula#12_Sistema_Nervoso_II.pdf
Aula#12_Sistema_Nervoso_II.pdf
 
Aula detectores do ambiente
Aula detectores do ambiente Aula detectores do ambiente
Aula detectores do ambiente
 
sistema_sensorial.pptx
sistema_sensorial.pptxsistema_sensorial.pptx
sistema_sensorial.pptx
 
SISTEMA SENSORIAL (tato e propriocepção)
SISTEMA SENSORIAL (tato e propriocepção)SISTEMA SENSORIAL (tato e propriocepção)
SISTEMA SENSORIAL (tato e propriocepção)
 
fisiologia nervosa
fisiologia nervosafisiologia nervosa
fisiologia nervosa
 
Questionário de fisiologia i
Questionário de fisiologia iQuestionário de fisiologia i
Questionário de fisiologia i
 
Aula fisiologia sensorial
Aula fisiologia sensorialAula fisiologia sensorial
Aula fisiologia sensorial
 

Mais de Cleanto Santos Vieira

Hidroterapia - crio tapping - Aula 8
Hidroterapia - crio tapping - Aula 8Hidroterapia - crio tapping - Aula 8
Hidroterapia - crio tapping - Aula 8Cleanto Santos Vieira
 
Termoterapia ultra-som - capítulo 14
Termoterapia   ultra-som - capítulo 14Termoterapia   ultra-som - capítulo 14
Termoterapia ultra-som - capítulo 14Cleanto Santos Vieira
 
Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16
Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16
Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16Cleanto Santos Vieira
 
Fototerapia - infravermelho - cap 13
 Fototerapia - infravermelho - cap 13 Fototerapia - infravermelho - cap 13
Fototerapia - infravermelho - cap 13Cleanto Santos Vieira
 
Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12
Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12 Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12
Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12 Cleanto Santos Vieira
 
Hidroterapia - turbilhões - Aula 11
Hidroterapia - turbilhões - Aula 11Hidroterapia - turbilhões - Aula 11
Hidroterapia - turbilhões - Aula 11Cleanto Santos Vieira
 
Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10
Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10
Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10Cleanto Santos Vieira
 
Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9
Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9
Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9Cleanto Santos Vieira
 
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18Cleanto Santos Vieira
 
Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17
Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17
Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17Cleanto Santos Vieira
 
Sistema Nervoso - fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...
Sistema Nervoso -  fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...Sistema Nervoso -  fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...
Sistema Nervoso - fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...Cleanto Santos Vieira
 
Primeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizados
Primeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizadosPrimeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizados
Primeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizadosCleanto Santos Vieira
 
Primeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leito
Primeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leitoPrimeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leito
Primeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leitoCleanto Santos Vieira
 
Primeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgência
Primeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgênciaPrimeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgência
Primeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgênciaCleanto Santos Vieira
 
Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...
Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...
Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...Cleanto Santos Vieira
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismoPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismoCleanto Santos Vieira
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopteros
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopterosPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopteros
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopterosCleanto Santos Vieira
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismoPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismoCleanto Santos Vieira
 

Mais de Cleanto Santos Vieira (20)

Hidroterapia - crio tapping - Aula 8
Hidroterapia - crio tapping - Aula 8Hidroterapia - crio tapping - Aula 8
Hidroterapia - crio tapping - Aula 8
 
Termoterapia ultra-som - capítulo 14
Termoterapia   ultra-som - capítulo 14Termoterapia   ultra-som - capítulo 14
Termoterapia ultra-som - capítulo 14
 
Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16
Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16
Fototerapia - ultra violeta - capitulo 16
 
Fototerapia - infravermelho - cap 13
 Fototerapia - infravermelho - cap 13 Fototerapia - infravermelho - cap 13
Fototerapia - infravermelho - cap 13
 
Fototerapia - laser - capítulo 15
 Fototerapia - laser - capítulo 15 Fototerapia - laser - capítulo 15
Fototerapia - laser - capítulo 15
 
Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12
Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12 Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12
Hidroterapia - banhos de contraste - Aula 12
 
Hidroterapia - turbilhões - Aula 11
Hidroterapia - turbilhões - Aula 11Hidroterapia - turbilhões - Aula 11
Hidroterapia - turbilhões - Aula 11
 
Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10
Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10
Hidroterapia - crioalongamento - Aula 10
 
Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9
Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9
Hidroterapia - imersão no gelo - Aula 9
 
Hidroterapia introdução - aula 1
Hidroterapia   introdução - aula 1Hidroterapia   introdução - aula 1
Hidroterapia introdução - aula 1
 
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
Eletroterapia - corrente aussie - capitulo 8 aula 18
 
Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17
Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17
Eletroterapia - corrente russa - capitulo 7 aula 17
 
Sistema Nervoso - fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...
Sistema Nervoso -  fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...Sistema Nervoso -  fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...
Sistema Nervoso - fisiopatologia do neurônio motor superior e periférico - A...
 
Primeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizados
Primeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizadosPrimeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizados
Primeiros Socorros - Atendimento de emergência a politraumatizados
 
Primeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leito
Primeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leitoPrimeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leito
Primeiros Socorros - posição restrição e movimentação no leito
 
Primeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgência
Primeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgênciaPrimeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgência
Primeiros Socorros - Desmaios noções de cuidados e socorros de urgência
 
Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...
Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...
Primeiros Socorros - Respiração noções de primeiros socorros e cuidados de em...
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismoPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos ofidismo
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopteros
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopterosPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopteros
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos himenopteros
 
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismoPrimeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
Primeiros Socorros - Acidentes com animais peçonhentos aracnidismo
 

Neurofisiologia - receptores sensoriais - aula 3 capítulo 3

  • 1. Neurofisiologia Professor: Cleanto Santos Vieira Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 2. Neurofisiologia • Os sinais que entram no sistema nervoso são provenientes dos receptores sensoriais que detectam estímulos como: toque, som, luz, dor, frio, calor, etc... Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 3. Neurofisiologia • Tipos de receptores sensoriais e estímulos detectados por eles: • Existem basicamente 5 tipos de receptores sensoriais: • 1º - mecanorreceptores, que detectam a deformação mecânica do receptor ou células adjacentes; • 2º - Termorreceptores, detectam alterações da temperatura (alguns sensíveis ao frio e outros ao calor) • 3º Nociceptores (dor) detectam lesões teciduais físicas ou químicas • 4º Receptores eletromagnéticos detectam a luz incidente sobre a retina dos olhos • 5º Quimioreceptores detectam o gosto, o olfato, o nível de oxigênio no sangue arterial, a osmolalidade dos líquidos corporais, a concentração de CO², etc... Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais MECANORRECPTORES Sensibilidades táteis da pele (epiderme e derme) Sensibilidades de tecidos profundos Terminações nervosas livres Terminações nervosas livres Terminações com extremidades expandidas Terminações com extremidades expandidas Discos de Merkel Terminações em buquê Terminações em buquê Terminações de Ruffini Terminações de Ruffini Terminações encapsuladas Terminações encapsuladas Corpúsculos de Pacini Corpúsculos de Meissner Terminações musculares Corpúsculos de Krause Fusos musculares Receptores tendinosos de Golgi
  • 4. Neurofisiologia • Sensibilidade diferencial dos receptores: • Como dois tipos de receptores detectam diferentes tipos de estímulos sensoriais? Devido às diferentes sensibilidades. Cada tipo de receptor é extremamente sensível a determinado tipo de estímulo para o qual foi designado, além disso não responde a outros tipos de estímulos sensoriais. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais MECANORRECPTORES Receptores de audição Receptores do equilíbrio Receptores sonoros da cóclea Receptores vestibulares Receptores de pressão arterial Termorreceptores Barorreceptores dos seios carotídeo e aórtico Frio Receptores de calor Receptores de Dor Receptores de calor Nociceptores Terminações nervosas livres Receptores eletromagnéticos Receptores da Visão Receptores da gustação Cones Bastonetes Quimioceptores Receptores das papilas gustativas
  • 5. Neurofisiologia • Ex: Os bastonetes e cones são muito responsivos à luz, mas praticamente não respondem a calor, frio e pressão sobre os globos oculares ou a modificações químicas no sangue. • Ex: Os osmorreceptores, localizados nos núcleos supra- ópticos do hipotálamo, respondem a pequenas alterações da osmolidade dos líquidos corporais, mas nunca se observou que consigam responder ao som. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais MECANORRECPTORES Receptores olfativos Receptores de oxigênio arterial Receptores do epitélio olfativo Receptores dos corpúsculos carotídeo e aórtico Receptores de osmolalidade Receptores de CO² sanguíneo Provavelmente neurônios localizados no interior ou nas proximidades do núcleo supra- óptico Receptores localizados no interior ou superfície do bulbo, e nos corpúsculos carotídeo e aórtico Receptores da glicose, aminoácidos e ácidos graxos sanguíneos Receptores localizados no hipotálamo
  • 6. Neurofisiologia • Modalidade de sensação: • Cada tipo de sensação que experimentamos (dor, toque, visão, som, etc...) é chamado de uma modalidade de sensação. • No entanto as fibras nervosas só transmitem impulsos. • Ex: se uma fibra de dor é estimulada, a pessoa tem a sensação de dor, independentemente do tipo de estímulo que tenha excitado a fibra (eletricidade, calor, esmagamento ou lesão tecidual). Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 7. Neurofisiologia • Transdução dos estímulos sensoriais em impulsos nervosos: • Todos os receptores sensoriais em comum alteram seu potencial de membrana imediatamente excitando- os quando estimulados. • Essa alteração é chamada de potencial do receptor. • Mecanismos dos potenciais dos receptores: Os diferentes tipos podem ser excitados por várias maneiras: • 1º - por deformação mecânica (distendendo a membrana sobre os canais iônicos); Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 8. Neurofisiologia • 2º - Aplicação de substâncias químicas (também abrindo canais iônicos); • 3º - Alterações da temperatura da membrana (levando a modificações de sua permeabilidade) Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 9. Neurofisiologia • 4º - por efeitos da radiação eletromagnética, que de maneira direta ou indireta, levam a alterações das características da membrana, permitindo o fluxo iônico por seus canais. • Ao lado uma termografia mostrando à esquerda a face de um indivíduo não exposto a radiação por uso de celular, já a foto à direita mostra o mesmo indivíduo após o uso do celular por 15 minutos. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 10. Neurofisiologia • Amplitude do potencial receptor: a amplitude máxima da maior parte dos potenciais dos receptores sensoriais é de 100mV. • Essa voltagem corresponde aproximadamente à mesma voltagem máxima registrada para os potenciais de ação e também à voltagem obtida quando ocorre a permeabilidade máxima da membrana aos íons de sódio. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 11. Neurofisiologia • Relação entre o potencial do receptor e os potenciais de ação: • Quando o potencial do receptor atinge um valor acima do limiar de disparo para a fibra nervosa correspondente a esse receptor, tem início o potencial de ação como mostra o gráfico ao lado. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 12. Neurofisiologia • O potencial receptor do corpúsculo de Pacini: • Notemos que o corpúsculo de Pacini tem uma fibra nervosa central que se estende através de sua região central. • Essa fibra é envolvida por camadas múltiplas de camadas concêntricas, de tal forma que a compressão externa sobre qualquer ponto do corpúsculo irá alongar, deformando a fibra central. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 13. Neurofisiologia • Notemos agora a figura ao lado onde só é mostrada a fibra central do corpúsculo de Pacini. • A extremidade da fibra central é amielínica, mas se torna mielinizada pouco antes de deixar o corpúsculo para entrar no nervo periférico sensorial. • Observem que a figura mostra a pequena área do terminal que foi deformada pela compressão do corpúsculo e os canais iônicos se abriram na membrana, permitindo que os íons sódio positivos se difundissem para o interior da fibra, gerando o potencial do receptor. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 14. Neurofisiologia • Adaptação dos receptores: • Uma característica especial dos receptores é o fato que após um tempo, eles se adaptam total ou parcialmente aos estímulos a que são sensíveis, ou seja quando um estímulo é aplicado, os receptores respondem, inicialmente, com uma frequência de impulsos muito alta, mas com o passar do tempo, há uma queda progressiva da frequência de resposta até que, muitos deles deixam de responder. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 15. Neurofisiologia • Função dos receptores de adaptação lenta (receptores tônicos): • São os que, enquanto o estímulo estiver presente, continuam a transmitir impulsos para o cérebro (ou pelo menos durante vários minutos ou horas). • Ex: os impulsos provenientes dos fusos musculares e do aparelho de Golgi permitem ao sistema nervoso central saber o estado de contração muscular e a carga a que o tendão muscular está submetido a cada instante. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 16. Neurofisiologia • Outros tipos de receptores de adaptação lenta, são os receptores da macula no aparelho vestibular, os receptores da dor, os barorrecetores da rede arterial, os quimioreceptores dos corpos carotídeos e aórticos e alguns receptors tátaeis, tais como as terminações de Ruffini e os discos de Merkel. • Sua capacidade de transmitir a informação por muitas horas, faz com que sejam também chamados de receptores tônicos. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 17. Neurofisiologia • Função dos receptores de adaptação rápida (receptors de frequência, movimento ou receptors fásicos): • Receptores que se adaptam rapidamente não podem ser usados para transmitir um sinal contínuo, pois só são estimulados quando ocorrem mudanças na potência do estimulo. • Reagem fortemente quando uma mudança está se desenvolvendo. • O número de impulsos transmitidos é diretamente relacionado com o grau de velocidade com que a mudança ocorre. • Por isso denominados receptores de frequência, receptores de movimento ou receptores fásicos. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 18. Neurofisiologia • Assim no caso do corpúsculo de Vater-Pacini, uma pressão súbita aplicada sobre a pele excita esse receptor por alguns milissegundos e, em seguida essa excitação acaba, mesmo que a pressão continue. • No entanto esse receptor é capaz de transmitir novamente o sinal quando pressão é liberada. • O corpúsculo de Vater-Pacini é importante para transmissão de mudanças rápidas da pressão exercida contra o corpo, mas é inútil para a transmissão de informações sobre uma pressão constante aplicada sobre o corpo. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 19. Neurofisiologia • Importância dos receptores de frequência (função de previsão): • Conhecendo-se o grau de velocidade com que vai ocorrer uma mudança de estado corporal, é possível prever qual será a situação do corpo dentro de alguns segundos ou minutos. • Ex: Receptores dos canais semicirculares localizados no aparelho vestibular do ouvido são capazes de detectar o grau de velocidade com que a cabeça vai girar quando se faz uma curva. • Usando essa informação, a pessoa pode prever quando vai girar nos próximos 2 segundos e assim, pode ajustar os movimentos antes do tempo, para não perder o equilíbrio. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 20. Neurofisiologia • Fibras nervosas transmissoras de sinais e sua classificação: • Alguns sinais precisam ser transmitidos ao SNC com rapidez máxima, do contrário essa informação será inútil. • Ex: durante uma corrida, as posições momentâneas dos membros em cada fração de Segundo. • Por outro lado alguns tipos de informação sensorial, tais como a dor continua, não necessitam ser transmitidos rapidamente, podendo ser transmitidas por fibras de condução lenta. • As fibras nervosas possuem faixa de diâmetro amplo (variam de 0,2 a 20µm de diâmetro) Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 21. Neurofisiologia • Na classificação geral as fibras são divididas nos tipos A e C e as do tipo A são subdivididas em fibras α, β, γ e δ. • As fibras do tipo A são típicas dos nervos espinhais e as do tipo C são fibras de diâmetro pequeno, não mielinizadas, e conduzem impulsos com baixa velocidade. • Essas fibras constituem mais da metade das fibras sensoriais na maior parte dos nervos periféricos, e a esse grupo pertencem todas as fibras autonômicas pós-ganglionares. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 22. Neurofisiologia • Classificação alternativa usada por fisiologistas: • Grupo Ia -> Fibras das terminações anuloespirais dos fusos musculares (diâmetro médio 17µm, tipo Aα na classificação geral). • Grupo Ib -> Fibras dos órgãos tendinosos de Golgi (diâmetro médio 16µm, também do tipo Aα na classificação geral). • Grupo II -> Fibras dos receptors táteis cutâneos isolados e das terminações em buquê dos fusos musculares (diâmetro médio 8µm, essas fibras são dos tipos Aβ e Aγ na classificação geral) Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 23. Neurofisiologia • Grupo III -> Fibras que conduzem as sensações de temperatura, de tato grosseiro e de dor aguda (diâmetro médio de 3µm, fibras tipo Aδ na classificação geral). • Grupo IV -> Fibras não-mielinizadas, que conduzem as sensações de dor, prurido, temperature e tato grosseiro (diâmetro de 0,5 a 2,0µm, fibras tipo C na classificação geral). Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 24. Neurofisiologia • Transmissão de sinais de diferentes intensidades pelos feixes nervosos – somação temporal e especial: • A intensidade de um sinal é uma das característica que tem que ser sempre conhecida. • Ex: A intensidade da dor. • As diferentes gradações de intensidade podem ser transmistidas utilizando-se maior número de fibras paralelas ou enviando-se maior número de impulsos por uma só fibra. • Esses dois mecanismos são chamados de somação especial e somação temporal. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 25. Neurofisiologia • Outra maneira de se transmitir sinais de maior intensidade é aumentar a frequência dos impulsos nervosos em cada fibra, o que é chamado de somação temporal. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 26. Neurofisiologia • Troca de sinais dentro dos grupamentos neuronais: • Organização de neurônios para a troca de sinais -> na figura ao lado, um diagrama esquemático de vários neurônios de um grupamento, mostrando as fibras de “entrada” a esquerda e as fibras de “saída” à direita. • Cada fibra de entrada dá centenas ou milhares de ramos, com uma média de mil ou mais terminais que se espalham sobre uma grande área, fazendo um grande número de sinapses com os dendritos ou corpos celulares dos neurônios no grupamento. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 27. Neurofisiologia • Estímulos limiares e sublimiares – Facilitação: • Atenção para o fato de que a descarga de um só terminal pré-sináptico excitatório dificilmente estimula o neurônio pós- sináptico. • Para causar a excitação de um neurônio é necessária a descarga de grande número de terminais sobre ele, tanto simultaneamente como em rápida sucessão. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 28. Neurofisiologia • Inibição de grupamentos neuronais: • Algumas fibras aferentes inibem os neurônios, em lugar de excitá-los e todo campo coberto pela ramificações inibitórias é denominado ZONA INIBITÓRIA. • Devido ao grande número de terminações centrais o grau de inibição no centro dessa zona é muito grande, tornando-se progressivamente menor à medida que se avança para a periferia. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 29. Neurofisiologia • Divergência de sinais que passam por grupamentos neuronais: • Há dois tipos principais de divergência, com objetivos completamente diferentes: • A divergência de amplificação ocorre quando um sinal se espalha por um número progressivamente maior de neurônios à medida que passa ao longo de sucessivas junções neuronais em seu trajeto. • Ex: A via corticoespinal em seu controle sobre os músculos esqueléticos, em que uma só célula piramidal é capaz de sob condições apropriadas, excitar até 10.000 fibras musculares. • Como na figura ao lado. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 30. Neurofisiologia • O segundo tipo de divergência é denominado divergência para feixes múltiplos. • Nesso caso o sinal é transmitido, a paritr do grupamento neuronal em duas ou mais direções. • Ex: A informação transmitida pelas colunas dorsais da medula espinal toma dois caminhos na parte inferior do cérebro 1º caminho para o cerebelo e o 2º caminho atravessando as regiões cerebrais inferiores, para o tálamo e córtex cerebral. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 31. Neurofisiologia • Convergência de sinais: • São sinais provenientes de várias fontes de entrada que convergem para excitar um só neurônio. • A figura ao lado mostra a convergência a partir de uma fonte única. • Multiplos terminais provenientes de um só feixe aferente terminam sobre um mesmo neurônio. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 32. Neurofisiologia • A convergência também pode resultar de sinais aferentes (excitatórios ou inibitórios) originários de fontes múltiplas. • Ex: Interneurônios da medulla espinal recebem sinais convergentes, das fibras nervosas periféricas, que entram na medulla, das fibras proprioespinhais que passam de um segmento da medulla para outro, das fibras córticoespinhais provenientes do cortex cerebral e de várias outras vias longas descendentes, provenientes do cérebro em direção a medulla espinhal. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 33. Neurofisiologia • Circuitos neuronais causando sinais de saída tanto excitatórios quanto inibitórios: • Algumas vezes, o sinal que chega a um grupamento neuronal provoca um sinal de saída excitatório em determinada direção e ao mesmo tempo, um sinal inibitório dirigido a outro local. • Ex: Um sinal excitatório é transmitido para um grupo de neurônios da medulla espinhal que comanda o movimento da perna a frente, ao mesmo tempo um sinal inibitório é transmitido através de outro grupamento neuronal inibindo a estimulação da musculatura posterior da perna, de modo que não haja oposição ao movimento para a frente. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 34. Neurofisiologia • Prolongamento de um sinal por um grupamento neuronal – “PÓS-DESCARGA”: • Em alguns casos, o sinal que entra em um grupamento provoca descarga de saída prolongada, chamada pós-descarga, que continua mesmo quando o sinal cessa e tem duração variada entre alguns milisegundos e vários minutos. • Os dois mais importantes mecanismos os quais ocorre a pós descarga são os seguintes: • - Pós descarga sináptica • - Circuitos reverberativos (oscilatórios) Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 35. Neurofisiologia • Mecanismo Pós-descarga sináptica: • Quando as sinapses excitatórias disparam sobre as superficies dos dendrites ou do soma neuronal, aparece um potencial pós-sináptico no neurônio que dura muitos milisegundos, principalmente quando ocorre o envolvimento de transmissores sinápticos de efeito prolongado. • Esse potencial continua a excitar o neurônio enquanto estiver existindo, causando uma série de impulsos de saída. • É possível que um só sinal aferente instantâneo cause um sinal de saída sustentado (série de descargas repetitivas) que dura por muitos milisegundos. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 36. Neurofisiologia • Possíveis circuitos reverberatórios: • No esquema A o circuito reverberatório envolve apenas um só neurônio. O neurônio de saída envia uma fibra nervosa collateral de volta aos seus próprios dendrites ou soma, estimulando a si mesmo. • Uma vez ocorrido o disparo do neurônio, a própria descarga atua como estímulo de feedback ajudando a manter disparando por longo tempo mesmo após o término do esímulo. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 37. Neurofisiologia • O esquema B, ilustra a inclusão de mais alguns neurônios no circuito de feedback, aumentando o tempo entre a descarga inicial e o sinal de feedback. • O esquema C mostra um Sistema ainda mais complex em que as fibras excitatórias e inibitórias atuam sobre o circuito reverberativo. • Um sinal facilitatório aumenta a intensidade e a frequência de reverberação, enquanto o sinal inibitório diminui a reverberação ou a bloqueia completamente. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 38. Neurofisiologia • O esquema D, mostra que a maior parte das vias reverberativas são constituídas por muitas fibras paralelas e que, em cada “estação” cellular, as fibrilas terminais se difundem amplamente. • Nesse Sistema, o sinal total de reverberação pode ser tanto fraco como forte, dependendo da quantidade de fibras nervosas paralelas momentameamente envolvidas no processo reverberativo. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 39. Neurofisiologia • Características do prolongamento de sinais provenientes de circuitos reverberativos: • A figura ao lado mostra sinais de saída de um circuito reverberativo. • Enquanto o estímulo de entrada é da ordem de apenas 1ms, o sinal de saída dura vários milisegundos ou até minutos. • A figura mostra que a intensidade do sinal de saída é normalmente alta no início da reverberação, com diminuição progressiva até um valor crítico, quando de maneira abrupta, o sinal cessa totalmente. • A causa dessa cessação abrupta da reverberação é a fadiga de uma ou mais junções sinápticas no circuito. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 40. Neurofisiologia • Sinais de saída contínuos em circuitos neuronais: • Alguns circuitos neuronais emitem sinais de saída continuamente, mesmo sem sinais de entrada excitatórios. • Podem ser provocados, por dois diferentes mecanismos: • 1 – Descarga continua causada por excitabilidade neuronal intrínseca -> os neurônios, como outros tecidos excitáveis, disparam repetidamente quando seus potenciais de membrane ultrapassam os valores dos potenciais limiares. • EX: neurônios com potenciais já normalmente elevados (cerebelo e maioria dos interneurônios da medulla espinhal), fazendo com que eles disparem cotinuamente. • A frequência dos impulsos emitidos por essas células pode ser aumentada por sinais facilitatórios ou diminuída por sinais inibitórios (estes últimos podendo até causar a extinção dos sinais de saída. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais Atividade continua de um circuito reverberativo ou de um grupo de neurônios com descarga intrínseca.
  • 41. Neurofisiologia • Sinais contínuos emitidos a partir de circuitos reverberativos como modo de transmitir informações: • Um circuito reverberativo onde não ocorra a fadiga até a extinção também pode ser fonte de impulsos contínuos. • Nesse caso, impulsos facilitatórios que entrem no grupamento reverberatório podem aumentar o sinal da saída, enquanto a inibição pode diminuir ou até extinguir o sinal. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais Notem que um sinal de entrada excitatório aumenta acentuadamente o sinal de saída, enquanto o sinal de entrada inibitório causa efeito inverso no sinal de saída. Esse tipo de transmissão de informação é usado pelo Sistema nervosa autônomo para controlar funções como tônus vascular, tônus intestinal, cosntrição da íris, batimentos cardíacos, etc…
  • 42. Neurofisiologia • Sinais de saída rítmicos: • Vários circuitos neuronais produzem sinais de saída rítmicos. • Ex: sinais rítmicos respiratórios, originários na substância reticular do bulbo e ponte. Esse sinal repetitivo continua por toda a vida do indivíduo, enquanto outros sinais rítmicos, tais como os de coçar, executados pelos membros posteriores de cães, ou os movimentos de marcha de um animal, necessitam de estímulos aferentes para os respectivos circuitos para que os sinais possam ser executados. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais A eferência rítmica do centro respiratório mostrando que uma estimulação crescent do corpo carotídeo, aumenta tanto a intensidade como a frequência de oscilação.
  • 43. Neurofisiologia • Instabilidade e estabilidade dos circuitos neuronais: • Quase todas as áreas cerebrais se conectam direta ou indiretamente com todas as outras e isso cria um problema. • Se a primeira excita a segunda, a segunda excita a Terceira, esta excita a quarta e assim por diante, até que finalmente o sinal de saída do final da cadeia reexcita a primeira área, é óbvio que um sinal excitatório de qualquer área cerebral desencadearia um ciclo contínuo de reecitação de todas as outras partes. • Esses sinais apesar de não estarem transmitindo nenhuma informação estariam consumindo os circuitos cerebrais, de forma que nenhum dos sinais informacionais poderia ser transmitido. • Esse efeito aparece, em amplas áreas cerebrais durante uma convulsão epilética. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 44. Neurofisiologia • Como o SNC se previne contra esse tipo de atividade durante todo o tempo? • Acredita-se que envolva dois mecanismos básicos, que funcionam em todo SNC: • 1 – Circuitos inibitórios. • 2 – Fadiga das sinapses. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 45. Neurofisiologia • Circuitos inibitórios (COMO mecanismo de estabilizacão da função do SNC): • Há dois tipos de circuitos inibitórios: • 1 – Circuito de feedback inibitório que retornam sinais das vias para os neurônios excitatórios localizados no início das mesmas vias – esses circuitos existem, provavelmente em todas as vias nervosas sensoriais, e inibem os neurônios de entrada quando os terminais ficam hiperexcitados. • 2 – Alguns grupamentos neuronais que exercem controle inibitório grosseiro sobre amplas áreas cerebrais – ex: vários gânglois basais exercendo influências inibitórias sobre o Sistema de controle motor. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 46. Neurofisiologia • Fadiga sináptica (Como meio de estabilização do SN): • A fadiga sináptica quer dizer que a transmissão snáptica se torna progressivamente mais fraca à medida que se prolonga o período de excitação. • A figura ao lado ilustra três registros sucessivos de um reflex flexor desencadeado em um animal, causado por um estímulo doloroso na planta da pata. • Notem, em cada registro, há um decréscimo progressive da contração, isto é sua força diminui. • Acredita-se que isso ocorra devido a fadiga das sinapses no circuito reflex flexor. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 47. Neurofisiologia • Ajuste rápido da sensibilidade de uma via pelo mecanismo de fadiga: • As vias superutilizadas tornam-se normalmente fatigadas e, em consequência, terão sua sensibilidade reduzida. • Por outro lado, as subutilizadas estarão em repouso, e terão sua sensibilidade aumentada. • Assim a fadiga e a recuperação da fadiga são um meio importante de moderação, a curto prazo, da sensibilidade de diferentes circuitos do SN, ajudando a mantê-los operando numa faixa de sensibilidade que permita seu funcionamento eficaz. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 48. Neurofisiologia • Os controles automáticos normalmente reajustam as sensibilidades dos circuitos até uma faixa controlável de reatividade a cada momento em que eles se tornam muito ativos ou muito deprimidos. Aula 3 – Capítulo 3: Receptores sensoriais
  • 49. REFERÊNCIAS • GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006. • Hopfield, J.J., and Tank, D.W.: Computação com circuitos neuronais: Um modelo de ciência, 233:625,1986. • Kalia, M.P.: Organização anatômica neuronal do centro respiratório. Annu.Rev. Fisiol., 43:105,1981. • Turek, F.W.: Ritmo circadiano neuronal em animais. Annu. Rev. Fisiol.47:49, 1985.