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Peça inclusiva “Deuses máquinas paraolímpicos” tem
sua estreia no Rio de Janeiro
Clarice Ribeiro
claricebergamin@hotmail.com
Thaís Lima
thais.lima095@gmail.com
Aestreia ocorreu no dia 16 de se-
tembro no Teatro Alcione Araú-
jo, alocado na Biblioteca Parque Esta-
dual no centro do Rio. O espetáculo
faz parte do projeto Diversidade nas
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Teatro”, idealizado pela artista e dire-
tora Carina Casuscelli, e complemen-
ta a programação cultural da cidade
proposta pela Prefeitura Municipal do
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de Cultura, trazendo a tona questões
sociais e inclusivas. Apesar de fazer
parte da programação paralímpica,
sua significação não tem haver com o
esporte. A peça possui o nome Parao-
límpicos pela representação da mito-
logia grega e o que ela significa.
O protagonismo da peça é repre-
sentado por atores com deficiências:
Afrodite é interpretada pela atriz Ana
Oliveira, que tem nanismo, Zeus re-
presentado pelo performer/bailarino
Marcos Abranches, que tem paralisia
cerebral e, o Oráculo, pela performer
surda Tania Camargo. A apresenta-
ção é marcada pela presença de fortes
expressões faciais e corporais. Os ato-
res tentam provocar o telespectador,
mostrando o lado imaculado do ser
humano que vai além do paraíso e do
que idealizamos. A relação do amor e
seus antônimos, como o ódio, a raiva,
a ira. E, assim como o ser humano, os
deuses também possuem os mesmos
sentimentos antagônicos, porém eles
são eternos.
Apesar dos atores serem deficientes,
não há características de vitimismo
ou assistencialismo nos seus perso-
nagens. A diretora Carina Casuscelli,
que trabalha há anos em projetos com
artistas com e sem deficiência, ressalta
a qualidade dos atores e explica que a
encenação é cheia de signos, pois os
Deuses são representados por artistas
deficientes, mas, como Deuses, eles
são eternos. E os humanos não pode-
rão fugir da morte. A encenação ter-
mina com uma canção do sul da Itália
que descreve exatamente a efemerida-
de do ser humano.
Carina ainda comenta a importância
do espetáculo “É importante ter por-
que isso provoca lei, enfim, abre ou-
tros canais das pessoas que tem esse
avesso a artistas com deficiência por-
que nunca coloca na arte contempo-
rânea, sempre coloca no assistencia-
lismo, ou uma visão de coitadinho, eu
acho que é um espetáculo performá-
tico provocativo. Porque aqui não é a
questão do discurso do gostei ou não
gostei, a gente já está em outro pata-
mar. É o que provocou?”.
O público presente se encantou com a
forma que a peça foi idealizada, pois
esperavam o drama, a história e não
foi bem assim. “Você pega o título da
peça e imagina uma coisa e depois de
você assistir ela, você vê que foi co-
locada de uma forma bem forte, fora
daquele padrão que você entende
tudo direitinho, então me surpreen-
deu bastante”, disse Leandro Marques,
estudante de TI, e ainda complementa
que o enredo relatou de uma forma
diferente e interessante a relação das
pessoas consideradas “normais” e as
com deficiência. Já Marcos Abran-
ches, coreógrafo, dançarino e um dos
protagonistas da peça relata a fortifi-
cação nas mensagens que são inter-
pretadas e por isso acredita que “cada
um tem algum tipo de reação ou emo-
ção, alguma lembrança da vida, algu-
ma coisa que aconteceu no passado.
Automaticamente mexe com o psico-
lógico” e diz que sua luta é acabar com
o saber do público que irá assistir uma
pessoa “diferente”, já que ele descarta a
forma como se usa “deficiência” para
rotular as pessoas “Eu evito falar de
deficiência, deficiente para mim não
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eu sou diferente. O mundo já é bem
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deficiente, eu não aceito isso não, por
mais que eu tenha uma paralisia cere-
bral, eu sei que sou diferente, por isso
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irlandês Francis Bacon, na qual o
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mentos como “pincel” para a criação
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la “Minha habilidade de pintar com
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Peça inclusiva Deuses máquinas paraolímpicos estreia no Rio

  • 1. Peça inclusiva “Deuses máquinas paraolímpicos” tem sua estreia no Rio de Janeiro Clarice Ribeiro claricebergamin@hotmail.com Thaís Lima thais.lima095@gmail.com Aestreia ocorreu no dia 16 de se- tembro no Teatro Alcione Araú- jo, alocado na Biblioteca Parque Esta- dual no centro do Rio. O espetáculo faz parte do projeto Diversidade nas Artes “Mostra Inclusiva de Moda e Teatro”, idealizado pela artista e dire- tora Carina Casuscelli, e complemen- ta a programação cultural da cidade proposta pela Prefeitura Municipal do Rio junto com a Secretaria Municipal de Cultura, trazendo a tona questões sociais e inclusivas. Apesar de fazer parte da programação paralímpica, sua significação não tem haver com o esporte. A peça possui o nome Parao- límpicos pela representação da mito- logia grega e o que ela significa. O protagonismo da peça é repre- sentado por atores com deficiências: Afrodite é interpretada pela atriz Ana Oliveira, que tem nanismo, Zeus re- presentado pelo performer/bailarino Marcos Abranches, que tem paralisia cerebral e, o Oráculo, pela performer surda Tania Camargo. A apresenta- ção é marcada pela presença de fortes expressões faciais e corporais. Os ato- res tentam provocar o telespectador, mostrando o lado imaculado do ser humano que vai além do paraíso e do que idealizamos. A relação do amor e seus antônimos, como o ódio, a raiva, a ira. E, assim como o ser humano, os deuses também possuem os mesmos sentimentos antagônicos, porém eles são eternos. Apesar dos atores serem deficientes, não há características de vitimismo ou assistencialismo nos seus perso- nagens. A diretora Carina Casuscelli, que trabalha há anos em projetos com artistas com e sem deficiência, ressalta a qualidade dos atores e explica que a encenação é cheia de signos, pois os Deuses são representados por artistas deficientes, mas, como Deuses, eles são eternos. E os humanos não pode- rão fugir da morte. A encenação ter- mina com uma canção do sul da Itália que descreve exatamente a efemerida- de do ser humano. Carina ainda comenta a importância do espetáculo “É importante ter por- que isso provoca lei, enfim, abre ou- tros canais das pessoas que tem esse avesso a artistas com deficiência por- que nunca coloca na arte contempo- rânea, sempre coloca no assistencia- lismo, ou uma visão de coitadinho, eu acho que é um espetáculo performá- tico provocativo. Porque aqui não é a questão do discurso do gostei ou não gostei, a gente já está em outro pata- mar. É o que provocou?”. O público presente se encantou com a forma que a peça foi idealizada, pois esperavam o drama, a história e não foi bem assim. “Você pega o título da peça e imagina uma coisa e depois de você assistir ela, você vê que foi co- locada de uma forma bem forte, fora daquele padrão que você entende tudo direitinho, então me surpreen- deu bastante”, disse Leandro Marques, estudante de TI, e ainda complementa que o enredo relatou de uma forma diferente e interessante a relação das pessoas consideradas “normais” e as com deficiência. Já Marcos Abran- ches, coreógrafo, dançarino e um dos protagonistas da peça relata a fortifi- cação nas mensagens que são inter- pretadas e por isso acredita que “cada um tem algum tipo de reação ou emo- ção, alguma lembrança da vida, algu- ma coisa que aconteceu no passado. Automaticamente mexe com o psico- lógico” e diz que sua luta é acabar com o saber do público que irá assistir uma pessoa “diferente”, já que ele descarta a forma como se usa “deficiência” para rotular as pessoas “Eu evito falar de deficiência, deficiente para mim não existe, eu não me considero deficiente, eu sou diferente. O mundo já é bem deficiente, e eu to tentando dizer que... deficiente, eu não aceito isso não, por mais que eu tenha uma paralisia cere- bral, eu sei que sou diferente, por isso mesmo que faço contemporânea”, de- clarou o dançarino. Marcos ainda atua “Corpo sobre Tela”, inspirado na vida e obra do pintor irlandês Francis Bacon, na qual o artista usa seu próprio corpo e movi- mentos como “pincel” para a criação de imagens abstratas em grande esca- la “Minha habilidade de pintar com a minha profissão a dança, casou né. Eu já trabalho com dança há 19 anos, aí eu comecei a descobrir que eu queria criar a minha própria lingua- gem, sabe. Ai eu comecei a descobrir uma nova linguagem da dança”. No Rio, por enquanto, não tem agenda confirmada para a apresentação, basta esperar e torcer para que se realize. Foto:divulgação