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Coreógrafo checo fala sobre ‘Indigo Rose’, que passará a integrar o repertório da São Paulo Companhia de Dança
DIRK BUWALDA/DIVULGAÇÃO
WILLIAN AGUIAR/DIVULGAÇÃO
Espetáculo sem falas,
‘Mundomudo’ repete a
parceria do ator Jorge
Vermelho com a diretora
Georgette Fadel
Murilo Bomfim
NascidoemNovaGranada,no
interior de São Paulo, o ator e
diretor Jorge Vermelho radi-
cou-seemSãoJosédoRioPre-
to e, nos anos de faculdade,
veio estudar na capital. Dife-
rentemente de muitos dos
que fazem esse movimento,
Vermelho decidiu voltar para
o interior, assim que finalizou
os estudos. “Eu acreditava na
possibilidade de desenvolver
um trabalho de pesquisa fora
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Fundou, então, a companhia
Azul Celeste, que ajudou a es-
tabelecer uma cultura cênica
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Semfalas,apeçaretomapes-
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gette viu facilidade no fato de
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Parafalarsobreumabelezaina-
tingível, Jirí Kylián imaginou
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A beleza utópica, portanto, só
poderia ser encontrada na ima-
ginação de quem é jovem, um
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checode68anos,podeserfacil-
mente destruído pelas expe-
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lo Companhia de Dança estreia
Indigo Rose no Teatro Sérgio
Cardoso, no centro da capital.
É o terceiro trabalho de Ky-
lián–umdosmaioresnomesda
dança no mundo – a integrar o
repertório da companhia. En-
trehojeedomingo,aSPCDtam-
bém apresenta outras criações
docheco:PetiteMort,SechsTän-
ze e vídeo com trecho de Birth-
Day. A temporada segue até o
fimdomêscomobrasdeoutros
artistas. “Adoraria ir (para a es-
treia), mas não posso voar. Te-
nho claustrofobia, é terrível”,
disse Kylián, em entrevista por
telefone ao Estado.
Com música de John Cage,
RobertAshley,FrançoisCoupe-
rin e Bach, Indigo Rose une liris-
mo à precisão e virtuosismo
dosmovimentos,marcasdoco-
reógrafo. A obra foi criada em
1998 para a NDT 2, braço da
companhia holandesa Neder-
lands Dans Theater, composta
de bailarinos entre 16 e 21 anos.
Kylián formou esse grupo se-
cundárioem1978,comoobjeti-
vo de facilitar a transição dos
novatos para NDT principal.
DiretordaNederlands por25
anos,Kyliántambémfoirespon-
sável pela criação da NDT 3,
com bailarinos acima de 40
anos. “Acho que bailarinos po-
dem dançar do útero ao túmu-
lo.”Cadaumdosgrupospermi-
tiu ao coreógrafo desenvolver
uma faceta de seu papel como
criador e orientador. “Traba-
lharcomosmaisvelhosécomo
estar em uma biblioteca e fo-
lhearlivrosfantásticos,comhis-
tórias maravilhosas. Quando
vocêolhaavidadeumbailarino
jovem, as páginas estão vazias,
algo ainda precisa ser escrito.”
Temas. Os trabalhos de Kylián
sempre permeiam os parado-
xos entre a vida e a morte e, no
meio deles, o amor. Mas o che-
co não usa sua arte para com-
preendê-los.Assimcomoabus-
capelabeleza perfeita,aprocu-
ra por respostas para o que ele
chama de “os maiores misté-
rios de nossa vida” é inútil.
“Vocênunca os consegueen-
tender. Amor é um camaleão,
sempre muda. Conforme você
envelhece, até a palavra ‘amor’
vaimudando.E,claro,amorteé
ograndedesconhecido.Nãosa-
bemos o que vem depois. E es-
sas são as duas coisas fascinan-
tes:vocênasceemorre,epreen-
che sua vida com amor, se tiver
sorte. Se tiver sorte...”
Apesar da densidade dos te-
mas, o trabalho do checo não é
incompreensível. Em muitas
desuasobras,usaelementoscô-
micos, como em Sechs Tänze,
que a SPCD apresentará. “Vida
sem riso não é vida. É como co-
mida sem tempero. Se não pu-
desse rir, não iria querer viver.”
O humor de Kylián, segundo
ele,temduasorigens.Primeiro,
o país em que nasceu, em 1947.
“Somos um país pequeno. Os
checos sempre foram a bola de
tênisentreosgrandespaísesao
redor, alemães, russos... Tive-
mos de desenvolver um certo
tipodehumorparasobrevivera
essetratamento.SevocêlerMi-
lan Kundera e assistir a filmes
de Milos Forman, verá isso.”
Mas quem o ensinou a rir de si
mesmo foi a bailarina Sabine
Kupferberg, casada com Kylián
há 43 anos. “É uma das pessoas
maisengraçadasqueconheço.”
Seja com ou sem humor, Ky-
liánsempresepreocupouemfa-
zer obras acessíveis. Ele afirma
que é mais gratificante ser elo-
giado e compreendido por al-
guém de fora da dança. “Fico
maisfelizquandoumadvogado
ou um médico fala que gostou
de uma coreografia, que cres-
ceucomela, doquequando um
bailarinodizisso.Éperigosofa-
zerarteapenasparaaelite.Gos-
tariaqueadançativesseumho-
rizonte maior, para todos.”
Pelo mundo. Kylián começou
os estudos em dança no início
dos anos 1960, no Conservató-
rio de Praga. Em 1967, ganhou
bolsaparaestudarnaRoyalBal-
let School, em Londres. Lá, co-
nheceu o coreógrafo John
Cranko (1927-1973), que ofere-
ceu ao checo lugar no Stuttgart
Ballet. Dois anos depois,
Cranko já pedia para Kylián
criar suas próprias obras.
Na Alemanha, Kylián conhe-
ceu a brasileira Márcia Haydée,
de quem se tornou grande ami-
go. Para ela e Richard Cragun,
criouseuprimeirograndetraba-
lho, Kommen und Gehen, em
1970.“Minhabailarinafavorita.
Por meio de Márcia, conheço
um pouco o que é o Brasil. Eu a
admiro tremendamente. Mu-
lher,bailarinaeatrizfantástica.
Vocês no Brasil têm dança no
sangue mais do que qualquer
outro povo.”
ApesardeaNDTserseugran-
de lar, companhias de todo o
mundojádançaram asobrasde
Kylián. Ver seus trabalhos em
corpos tão diversos o encanta.
“Émaravilhoso,deixatudomui-
to mais rico. Você vê aspectos
diferentes na coreografia que
normalmente não veria.”
Peça revê a estética do circo nos
25 anos de cia. Azul Celeste
Ministério da Cultura e
apresentam
Ministério da Cultura e
apresentam
Marília Gabriela
Elias Andreato
em
FOTO:JOÃOCALDAS
Comédia de
Christopher
Durang
Direçao Geral
Jorge Takla
Realização
Ministério da
Cultura
Patrocínio
Apoio
ALTO DE PINHEIROS | CASA BRANCA
com
Patrícia Gasppar
Bruno Narchi
Bianca Tadini
Teca Pereira
UMA FAMÍLIA
DELICIOSAMENTE
MALUCA! DIVERSÃO
GARANTIDA!
Puro refinamento
e bom gosto –
Um divertido e
surtado retrato
familiar para
enternecer o
público.
Dirceu Alves Jr
Veja São Paulo
O riso corre frouxo
nesta comédia
de Jorge Takla.
Surpresas e
situações limite
valorizadas pela
trama rocambolesca
e pela graça dos
atores.
Nelson de Sá
Folha de S. PauloR. Alagoas, 903, Higienópolis
• Sexta – 21h • Sábado – 17h e 21h • Domingo – 17h •
Bilheteria: quarta a sábado das14h às 20h, domingo das 14h às 16h
Televendas 11 3662-7233 / 11 3662-7234 Vendas a grupos: (11) 97571 3537
Compras on-line e mais informações: www.teatrofaap.showare.com.br
ÚLTIMAS
SEMANAS
DIVULGAÇÃO
SPCDapresenta apoesiade Jirí Kylián
Dança
Teatro
Estreia. Obra une
lirismo à precisão para
representar a juventude
Obra. Kyrián criou ‘Indigo Rose’ em 1998
SÃO PAULO
COMPANHIA
DE DANÇA
Teatro Sérgio
Cardoso. Rua
Rui Barbosa,
153, Bela Vista,
3288-0136.
5ª e sáb., 21h;
6ª, 21h30;
dom., 18h.
R$ 15/ R$ 30.
Até 28/6.
Cena. Universo de Beckett
%HermesFileInfo:C-5:20150604:
O ESTADO DE S. PAULO QUINTA-FEIRA, 4 DE JUNHO DE 2015 Caderno 2 C5

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SPCD apresenta a poesia de Jirí Kylián

  • 1. Coreógrafo checo fala sobre ‘Indigo Rose’, que passará a integrar o repertório da São Paulo Companhia de Dança DIRK BUWALDA/DIVULGAÇÃO WILLIAN AGUIAR/DIVULGAÇÃO Espetáculo sem falas, ‘Mundomudo’ repete a parceria do ator Jorge Vermelho com a diretora Georgette Fadel Murilo Bomfim NascidoemNovaGranada,no interior de São Paulo, o ator e diretor Jorge Vermelho radi- cou-seemSãoJosédoRioPre- to e, nos anos de faculdade, veio estudar na capital. Dife- rentemente de muitos dos que fazem esse movimento, Vermelho decidiu voltar para o interior, assim que finalizou os estudos. “Eu acreditava na possibilidade de desenvolver um trabalho de pesquisa fora do eixo Rio-SP”, diz o ator. Fundou, então, a companhia Azul Celeste, que ajudou a es- tabelecer uma cultura cênica no Estado e comemora 25 anoscomoespetáculoMundo- mudo, no Sesc Pinheiros. Semfalas,apeçaretomapes- quisa do grupo sobre a estética do circo, iniciada nas monta- gens O Céu Uniu Dois Corações (1991) e Coração Materno (1998). No enredo, dois palha- ços (vividos por Vermelho e HenriqueNerys)sãoabandona- dospelatrupe,quedecidiupar- tir, e passam a investigar os va- lores difundidos na sociedade. “A escolha do tema veio pa- ra concluir uma etapa da pes- quisadecircoeapontarodire- cionamento do grupo para es- ta estética”, afirma Vermelho. Feita em conjunto, com o gru- po e a dramaturga Cíntia Al- ves, Mundomudo parte do uni- verso de Fim de Jogo, do escri- tor irlandês Samuel Beckett, que também conta uma histó- ria de interdependência de dois personagens. Cíntia,queprocuraaexcelên- cia do diálogo, afirma que foi frustrante conceber uma peça sem palavras. “As pessoas di- zem que não tem texto, mas tem. Apesar de não haver pala- vras,adramaturgiaestáemuma partitura de ações.” Segundo ela,essafoiumadasmaioresdi- ficuldades do processo de cria- ção que, por ter sido coletivo, mudavacadavezquehaviauma alteração no elenco. Outro desafio quase a fez de- sistirdoprojeto.Comooespetá- culomarcava os 25anos dogru- po, os integrantes queriam pôr detalhesdetodasaspeçasdore- pertório em Mundomudo. “Dra- maturgicamente, isso não tem sentido”,garanteCíntia.Nofim das contas, a ideia não vingou e poucascenasremetemaoutros trabalhos da Azul Celeste. Repetindo a parceria que ocorreuemoutrosespetáculos, Vermelho convidou Georgette Fadelparaadireção.Mesmoas- sinando a encenação sozinha, Georgette diz que a concepção foitodadeVermelhoequeaela coubedarumnorteaosensaios eàsetapasdoprocesso.“Nunca tinha trabalhado com a lingua- gem do palhaço, mas me envol- vi com quem trabalha”, afirma. “Adicioneicrueldadeàsfiguras: eles têm roupas de palhaço, mas não há alegria ali.” Ao contrário de Cíntia, Geor- gette viu facilidade no fato de não haver falas no espetáculo. “Tive mais dificuldade de enca- raro‘Fausto’,quetemumoutro tipo de inteligência, com cama- dasdapalavra”,lembra,serefe- rindoàpeçaqueestreounoano passado, com texto de Goethe. “Traduzir em imagem é mais fácil do que traduzir em texto.” Juliana Ravelli Parafalarsobreumabelezaina- tingível, Jirí Kylián imaginou umarosaíndigo.Mas,assimco- moaperfeição,aflornãoexiste. A beleza utópica, portanto, só poderia ser encontrada na ima- ginação de quem é jovem, um sonho que, para o coreógrafo checode68anos,podeserfacil- mente destruído pelas expe- riências acumuladas durante a vida.Hoje,às21horas,aSãoPau- lo Companhia de Dança estreia Indigo Rose no Teatro Sérgio Cardoso, no centro da capital. É o terceiro trabalho de Ky- lián–umdosmaioresnomesda dança no mundo – a integrar o repertório da companhia. En- trehojeedomingo,aSPCDtam- bém apresenta outras criações docheco:PetiteMort,SechsTän- ze e vídeo com trecho de Birth- Day. A temporada segue até o fimdomêscomobrasdeoutros artistas. “Adoraria ir (para a es- treia), mas não posso voar. Te- nho claustrofobia, é terrível”, disse Kylián, em entrevista por telefone ao Estado. Com música de John Cage, RobertAshley,FrançoisCoupe- rin e Bach, Indigo Rose une liris- mo à precisão e virtuosismo dosmovimentos,marcasdoco- reógrafo. A obra foi criada em 1998 para a NDT 2, braço da companhia holandesa Neder- lands Dans Theater, composta de bailarinos entre 16 e 21 anos. Kylián formou esse grupo se- cundárioem1978,comoobjeti- vo de facilitar a transição dos novatos para NDT principal. DiretordaNederlands por25 anos,Kyliántambémfoirespon- sável pela criação da NDT 3, com bailarinos acima de 40 anos. “Acho que bailarinos po- dem dançar do útero ao túmu- lo.”Cadaumdosgrupospermi- tiu ao coreógrafo desenvolver uma faceta de seu papel como criador e orientador. “Traba- lharcomosmaisvelhosécomo estar em uma biblioteca e fo- lhearlivrosfantásticos,comhis- tórias maravilhosas. Quando vocêolhaavidadeumbailarino jovem, as páginas estão vazias, algo ainda precisa ser escrito.” Temas. Os trabalhos de Kylián sempre permeiam os parado- xos entre a vida e a morte e, no meio deles, o amor. Mas o che- co não usa sua arte para com- preendê-los.Assimcomoabus- capelabeleza perfeita,aprocu- ra por respostas para o que ele chama de “os maiores misté- rios de nossa vida” é inútil. “Vocênunca os consegueen- tender. Amor é um camaleão, sempre muda. Conforme você envelhece, até a palavra ‘amor’ vaimudando.E,claro,amorteé ograndedesconhecido.Nãosa- bemos o que vem depois. E es- sas são as duas coisas fascinan- tes:vocênasceemorre,epreen- che sua vida com amor, se tiver sorte. Se tiver sorte...” Apesar da densidade dos te- mas, o trabalho do checo não é incompreensível. Em muitas desuasobras,usaelementoscô- micos, como em Sechs Tänze, que a SPCD apresentará. “Vida sem riso não é vida. É como co- mida sem tempero. Se não pu- desse rir, não iria querer viver.” O humor de Kylián, segundo ele,temduasorigens.Primeiro, o país em que nasceu, em 1947. “Somos um país pequeno. Os checos sempre foram a bola de tênisentreosgrandespaísesao redor, alemães, russos... Tive- mos de desenvolver um certo tipodehumorparasobrevivera essetratamento.SevocêlerMi- lan Kundera e assistir a filmes de Milos Forman, verá isso.” Mas quem o ensinou a rir de si mesmo foi a bailarina Sabine Kupferberg, casada com Kylián há 43 anos. “É uma das pessoas maisengraçadasqueconheço.” Seja com ou sem humor, Ky- liánsempresepreocupouemfa- zer obras acessíveis. Ele afirma que é mais gratificante ser elo- giado e compreendido por al- guém de fora da dança. “Fico maisfelizquandoumadvogado ou um médico fala que gostou de uma coreografia, que cres- ceucomela, doquequando um bailarinodizisso.Éperigosofa- zerarteapenasparaaelite.Gos- tariaqueadançativesseumho- rizonte maior, para todos.” Pelo mundo. Kylián começou os estudos em dança no início dos anos 1960, no Conservató- rio de Praga. Em 1967, ganhou bolsaparaestudarnaRoyalBal- let School, em Londres. Lá, co- nheceu o coreógrafo John Cranko (1927-1973), que ofere- ceu ao checo lugar no Stuttgart Ballet. Dois anos depois, Cranko já pedia para Kylián criar suas próprias obras. Na Alemanha, Kylián conhe- ceu a brasileira Márcia Haydée, de quem se tornou grande ami- go. Para ela e Richard Cragun, criouseuprimeirograndetraba- lho, Kommen und Gehen, em 1970.“Minhabailarinafavorita. Por meio de Márcia, conheço um pouco o que é o Brasil. Eu a admiro tremendamente. Mu- lher,bailarinaeatrizfantástica. Vocês no Brasil têm dança no sangue mais do que qualquer outro povo.” ApesardeaNDTserseugran- de lar, companhias de todo o mundojádançaram asobrasde Kylián. Ver seus trabalhos em corpos tão diversos o encanta. “Émaravilhoso,deixatudomui- to mais rico. Você vê aspectos diferentes na coreografia que normalmente não veria.” Peça revê a estética do circo nos 25 anos de cia. Azul Celeste Ministério da Cultura e apresentam Ministério da Cultura e apresentam Marília Gabriela Elias Andreato em FOTO:JOÃOCALDAS Comédia de Christopher Durang Direçao Geral Jorge Takla Realização Ministério da Cultura Patrocínio Apoio ALTO DE PINHEIROS | CASA BRANCA com Patrícia Gasppar Bruno Narchi Bianca Tadini Teca Pereira UMA FAMÍLIA DELICIOSAMENTE MALUCA! DIVERSÃO GARANTIDA! Puro refinamento e bom gosto – Um divertido e surtado retrato familiar para enternecer o público. Dirceu Alves Jr Veja São Paulo O riso corre frouxo nesta comédia de Jorge Takla. Surpresas e situações limite valorizadas pela trama rocambolesca e pela graça dos atores. Nelson de Sá Folha de S. PauloR. Alagoas, 903, Higienópolis • Sexta – 21h • Sábado – 17h e 21h • Domingo – 17h • Bilheteria: quarta a sábado das14h às 20h, domingo das 14h às 16h Televendas 11 3662-7233 / 11 3662-7234 Vendas a grupos: (11) 97571 3537 Compras on-line e mais informações: www.teatrofaap.showare.com.br ÚLTIMAS SEMANAS DIVULGAÇÃO SPCDapresenta apoesiade Jirí Kylián Dança Teatro Estreia. Obra une lirismo à precisão para representar a juventude Obra. Kyrián criou ‘Indigo Rose’ em 1998 SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA Teatro Sérgio Cardoso. Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, 3288-0136. 5ª e sáb., 21h; 6ª, 21h30; dom., 18h. R$ 15/ R$ 30. Até 28/6. Cena. Universo de Beckett %HermesFileInfo:C-5:20150604: O ESTADO DE S. PAULO QUINTA-FEIRA, 4 DE JUNHO DE 2015 Caderno 2 C5