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Cirurgia Plástica
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da
Santa Casa de Misericórdia de
São José do Rio Preto
Regente : Dr Valdemar Mano Sanches
Enxertos de Cartilagem
Dr. Brunno Rosique Lara
Introdução
● A cartilagem ,especialmente a autóloga , devido ás
suas propriedades biofísicas e
imunológicas ,constitui elemento de grande
versatilidade para enxertia, uma vez que é de
obtenção relativamente fácil, podendo ser
esculpida sem dificuldade para obtenção de
diversas formas, apesentando excelente integração.
Histórico
● 1865 : Paul Bert , primeiros estudos
● 1940 : Peer, após varios experimentos, estuda enxertos
com cartilagem costal autógena
● 1956: Gibson estuda os meios de conservação da
cartilagem
Histologia
● O tecido cartilaginoso, é um tipo de tecido conjuntivo
especializado de consistência rígida, que mantém certo
grau de flexibilidade que é encontrado em poucos locais
no corpo humano como, por exemplo, os anéis da traqueia,
partes da laringe, septo nasal, e os locais de junção das
porções anteriores das costelas com o esterno.
● Nas articulações do tipo poliaxial, que permitem grande
liberdade de movimento, a cartilagem está presente
cobrindo a superfície do osso, onde recebe o nome de
cartilagem articular.
● Distinguem-se três tipos de cartilgem: Hialina , Elástica e
Fibrosa.
Funções da Cartilagem
Suporte de tecidos moles
Revestimento de superfícies articulares para absorção de
choques e facilitação de deslizamentos;
Participação na formação e crescimento de ossos longos;
Forma o molde inicial de muitos ossos durante o
desenvolvimento embrionário.
Embriologia: As cartilagens são inicialmente formadas a
partir do mesênquima
Histologia
● As cartilagem são fundamentalmente formadas por grupos de
células, denominados condrócitos, que ficam imersos em
substância intercelular amorfa, constituída por proteoglicanas
(proteínas + glicosaminoglicanas), colágeno e elastina, esta
última presente somente na cartilagem elástica.
● O papel das proteoglicanas consiste em dar rigidez à
cartilagem.
● A matriz amorfa contém muitas moléculas de água, que estão
intimamente associadas às glicosaminoglicanas (água de
solvatação).
● Os condrócitos sintetizam as proteoglicanas e mantêm a matriz
em seu estado normal.
● Este tipo de tecido não é vascularizado por capilares, obtendo
seus nutrientes a partir do conjuntivo que o envolve
Fibroblasto do
Pericôndrio
Condroblasto
Condrócito
Matriz Territorial
Matriz Interterritorial
Cartilagem Hialina
● A cartilagem hialina é a variedade
mais encontrada no nosso corpo
● Os principais locais onde a
cartilagem hialina é encontrada
no adulto são: nariz, traquéia e
brônquios, extremidade ventral
das costelas e recobrindo a
superfície dos ossos longos.
Cartilagem Hialina
● A matriz da
cartilagem
hialina contém
fibrilas de
colágeno tipo II
imersas em
substância
fundamental
amorfa
pericôndrio
Cartilagem Hialina
● Com exceção da cartilagem
fibrosa, que se localiza
revestindo as articulações
(cartilagem articular), todas
as demais cartilagens
possuem um revestimento
de tecido conjuntivo
conhecido como
pericôndrio que é essencial
para a preservação dos
condrócitos, pois é nesta
camada que os condrócitos
se originam.
Cartilagem Hialina
● O pericôndrio também é
responsável pela nutrição
da cartilagem, por sua
oxigenação e pela
eliminação de refugos
metabólicos, pois nele se
encontram os vasos
sangüíneos e linfáticos
que não estão presentes na
cartilagem
Cartilagem Elástica
● A cartilagem elástica pode
ser encontrada no pavilhão
auditivo, no conduto
auditivo externo, na trompa
de Eustáquio, na epiglote e
na cartilagem cuneiforme da
laringe.
Cartilagem Elástica
● A principal diferença com
a cartilagem hialina é que
seus condrócitos
sintetizam, além de fibras
colágenas e substância
intercelular amorfa, fibras
elásticas.
Cartilagem Fibrosa
● A cartilagem fibrosa ou
fibrocartilagem é um tipo de
cartilagem cuja matriz é formada
por colágeno tipo I e II (com
predomínio do tipo I).
● . Encontra-se nos discos
intervertebrais e na sínfise púbica,
onde o seu limite com o conjuntivo
denso não está bem definido
● Se caracteriza por não possuir
pericôndrio e apresentar os
condrócitos formando fileiras
alongadas.
Crescimento
INTERSTICIAL:
À medida que os condrócitos de um grupo isógeno
produzem matriz, são empurrados para longe um do
outro, ocupando lacunas separadas (crescimento a
partir do interior da cartilagem).
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APOSICIONAL:
As células condrogênicas oriundas do pericôndrio
sofrem divisão e se diferenciam em condroblastos,
que começam a elaborar a matriz extracelular
(crescimento a partir da periferia da cartilagem).
Hormônios e Vitaminas
Propriedades Físicas
● Devido à composição e à
organização de suas
fibras , o tecido
cartilaginoso apresenta
um sistema balanceado
de forças
● Técnicas de
Escarificação do lado
côncavo da cartilagem
septal levando à
equalização das tesões e
corrigindo desvios de
septo
Propriedades Físicas
● A cartilagem apresenta uma memória de forças ,
tendendo a retornar a sua condição original
● No entanto , se mantida em posição estável por
6-12 meses ,ela se remodela , passando a manter a
nova forma
Antigenicidade
● Homoenxerto: reabsorção e calcificação
● Autoenxerto : Baixa imunogenicidade
Tipos de Enxerto
● Autólogos:
● Mais comum
● Boa integração ,95% de preservação
● Facilidade de obtenção
● Elimina transmissão de doenças
● Fatores que levam a perda ( hematoma, espaço morto e
infecção) .
● Usado a fresco ( se for estocar :SF c/ ATB -17.8 a -16.7
graus Celsius por até 4 anos)
● Costal: reconstrução nasal e orelha
● Septal : Mais usado, suporte e ponta nasais ( spreader
graft )
Enxertos Nasais
● Atualmente, o material utilizado para praticamente todas as
enxertias em rinoplastia é o enxerto autólogo, pois é o que
apresenta menor índice de complicações, pelo sucesso de
aplicação por longo período.
● A primeira, a segunda e a terceira opções consistem,
respectivamente, em cartilagem do septo nasal, cartilagem
de orelha e de costela (sexta e oitava costela) .

Enxerto infralobular
de ponta.
Utilizados hoje em
pacientes com pele
grossa, para aumentar a
projeção e, sobretudo,
os pontos de defi nição
da ponta
A e B = Enxerto "onlay" de ponta;
C="Umbrella graft".
Peck descreveu dois tipos de
enxerto externo: "onlay tip graft"
para projeção inadequada porém
bom suporte septal, e "umbrella tip
graft" quando há projeção nasal e
suporte septal inadequados
O suporte septal é testado
apertando-se com o dedo indicador
a ponta nasal. Os enxertos de Peck
melhoram muito a projeção e pouco
a definição da ponta
"Strut" columelar
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usados para aumentar a
projeção da ponta nasal
Enxertos de extensão septal:
A="Spreader graft" alongado;

B= "Batten graft" alongado
C e D= Enxerto de extensão
direto.

Enxertos
● Conchal: assoalho de orbita, filtro e lábio superior ,
correção de mamilo invertido
● Cartilagem Esmagada ( Crushed cartilage) é usada na
ponta nasal ( pele fina)
Cartilagem Homóloga
● Os enxertos homólogos foram abandonados, pela
tendência a considerável reabsorção (a matriz do
enxerto é substituída pelo tecido conjuntivo
adjacente e pode mostrar redução de volume com o
tempo), relativo risco de infecção, possibilidade de
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Enxerto de Cartilagem

  • 1. Cirurgia Plástica Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto Regente : Dr Valdemar Mano Sanches
  • 2. Enxertos de Cartilagem Dr. Brunno Rosique Lara
  • 3. Introdução ● A cartilagem ,especialmente a autóloga , devido ás suas propriedades biofísicas e imunológicas ,constitui elemento de grande versatilidade para enxertia, uma vez que é de obtenção relativamente fácil, podendo ser esculpida sem dificuldade para obtenção de diversas formas, apesentando excelente integração.
  • 4. Histórico ● 1865 : Paul Bert , primeiros estudos ● 1940 : Peer, após varios experimentos, estuda enxertos com cartilagem costal autógena ● 1956: Gibson estuda os meios de conservação da cartilagem
  • 5. Histologia ● O tecido cartilaginoso, é um tipo de tecido conjuntivo especializado de consistência rígida, que mantém certo grau de flexibilidade que é encontrado em poucos locais no corpo humano como, por exemplo, os anéis da traqueia, partes da laringe, septo nasal, e os locais de junção das porções anteriores das costelas com o esterno. ● Nas articulações do tipo poliaxial, que permitem grande liberdade de movimento, a cartilagem está presente cobrindo a superfície do osso, onde recebe o nome de cartilagem articular. ● Distinguem-se três tipos de cartilgem: Hialina , Elástica e Fibrosa.
  • 6. Funções da Cartilagem Suporte de tecidos moles Revestimento de superfícies articulares para absorção de choques e facilitação de deslizamentos; Participação na formação e crescimento de ossos longos; Forma o molde inicial de muitos ossos durante o desenvolvimento embrionário. Embriologia: As cartilagens são inicialmente formadas a partir do mesênquima
  • 7. Histologia ● As cartilagem são fundamentalmente formadas por grupos de células, denominados condrócitos, que ficam imersos em substância intercelular amorfa, constituída por proteoglicanas (proteínas + glicosaminoglicanas), colágeno e elastina, esta última presente somente na cartilagem elástica. ● O papel das proteoglicanas consiste em dar rigidez à cartilagem. ● A matriz amorfa contém muitas moléculas de água, que estão intimamente associadas às glicosaminoglicanas (água de solvatação). ● Os condrócitos sintetizam as proteoglicanas e mantêm a matriz em seu estado normal. ● Este tipo de tecido não é vascularizado por capilares, obtendo seus nutrientes a partir do conjuntivo que o envolve
  • 9. Cartilagem Hialina ● A cartilagem hialina é a variedade mais encontrada no nosso corpo ● Os principais locais onde a cartilagem hialina é encontrada no adulto são: nariz, traquéia e brônquios, extremidade ventral das costelas e recobrindo a superfície dos ossos longos.
  • 10. Cartilagem Hialina ● A matriz da cartilagem hialina contém fibrilas de colágeno tipo II imersas em substância fundamental amorfa pericôndrio
  • 11. Cartilagem Hialina ● Com exceção da cartilagem fibrosa, que se localiza revestindo as articulações (cartilagem articular), todas as demais cartilagens possuem um revestimento de tecido conjuntivo conhecido como pericôndrio que é essencial para a preservação dos condrócitos, pois é nesta camada que os condrócitos se originam.
  • 12. Cartilagem Hialina ● O pericôndrio também é responsável pela nutrição da cartilagem, por sua oxigenação e pela eliminação de refugos metabólicos, pois nele se encontram os vasos sangüíneos e linfáticos que não estão presentes na cartilagem
  • 13. Cartilagem Elástica ● A cartilagem elástica pode ser encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na trompa de Eustáquio, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe.
  • 14. Cartilagem Elástica ● A principal diferença com a cartilagem hialina é que seus condrócitos sintetizam, além de fibras colágenas e substância intercelular amorfa, fibras elásticas.
  • 15.
  • 16. Cartilagem Fibrosa ● A cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem é um tipo de cartilagem cuja matriz é formada por colágeno tipo I e II (com predomínio do tipo I). ● . Encontra-se nos discos intervertebrais e na sínfise púbica, onde o seu limite com o conjuntivo denso não está bem definido ● Se caracteriza por não possuir pericôndrio e apresentar os condrócitos formando fileiras alongadas.
  • 17.
  • 18. Crescimento INTERSTICIAL: À medida que os condrócitos de um grupo isógeno produzem matriz, são empurrados para longe um do outro, ocupando lacunas separadas (crescimento a partir do interior da cartilagem).
  • 19. Crescimento APOSICIONAL: As células condrogênicas oriundas do pericôndrio sofrem divisão e se diferenciam em condroblastos, que começam a elaborar a matriz extracelular (crescimento a partir da periferia da cartilagem).
  • 21. Propriedades Físicas ● Devido à composição e à organização de suas fibras , o tecido cartilaginoso apresenta um sistema balanceado de forças ● Técnicas de Escarificação do lado côncavo da cartilagem septal levando à equalização das tesões e corrigindo desvios de septo
  • 22. Propriedades Físicas ● A cartilagem apresenta uma memória de forças , tendendo a retornar a sua condição original ● No entanto , se mantida em posição estável por 6-12 meses ,ela se remodela , passando a manter a nova forma
  • 23. Antigenicidade ● Homoenxerto: reabsorção e calcificação ● Autoenxerto : Baixa imunogenicidade
  • 24. Tipos de Enxerto ● Autólogos: ● Mais comum ● Boa integração ,95% de preservação ● Facilidade de obtenção ● Elimina transmissão de doenças ● Fatores que levam a perda ( hematoma, espaço morto e infecção) . ● Usado a fresco ( se for estocar :SF c/ ATB -17.8 a -16.7 graus Celsius por até 4 anos) ● Costal: reconstrução nasal e orelha ● Septal : Mais usado, suporte e ponta nasais ( spreader graft )
  • 25.
  • 26. Enxertos Nasais ● Atualmente, o material utilizado para praticamente todas as enxertias em rinoplastia é o enxerto autólogo, pois é o que apresenta menor índice de complicações, pelo sucesso de aplicação por longo período. ● A primeira, a segunda e a terceira opções consistem, respectivamente, em cartilagem do septo nasal, cartilagem de orelha e de costela (sexta e oitava costela) .

  • 27. Enxerto infralobular de ponta. Utilizados hoje em pacientes com pele grossa, para aumentar a projeção e, sobretudo, os pontos de defi nição da ponta
  • 28. A e B = Enxerto "onlay" de ponta; C="Umbrella graft". Peck descreveu dois tipos de enxerto externo: "onlay tip graft" para projeção inadequada porém bom suporte septal, e "umbrella tip graft" quando há projeção nasal e suporte septal inadequados O suporte septal é testado apertando-se com o dedo indicador a ponta nasal. Os enxertos de Peck melhoram muito a projeção e pouco a definição da ponta
  • 29. "Strut" columelar Os "struts" columelares são usados para aumentar a projeção da ponta nasal
  • 30. Enxertos de extensão septal: A="Spreader graft" alongado;
 B= "Batten graft" alongado C e D= Enxerto de extensão direto.

  • 31. Enxertos ● Conchal: assoalho de orbita, filtro e lábio superior , correção de mamilo invertido ● Cartilagem Esmagada ( Crushed cartilage) é usada na ponta nasal ( pele fina)
  • 32. Cartilagem Homóloga ● Os enxertos homólogos foram abandonados, pela tendência a considerável reabsorção (a matriz do enxerto é substituída pelo tecido conjuntivo adjacente e pode mostrar redução de volume com o tempo), relativo risco de infecção, possibilidade de "empenar" e receio de transmissão de doenças (apesar de serem irradiadas para eliminar risco de contaminação e diminuir a capacidade antigênica)