O documento descreve a anatomia do ombro, incluindo suas articulações, ossos, músculos e movimentos. O ombro é um complexo formado por 20 músculos, 3 articulações ósseas e 3 articulações funcionais que fornecem grande mobilidade. As principais articulações são a esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral. Os principais músculos envolvidos nos movimentos do ombro são o deltóide, manguito rotador e trapézio.
2. A região do Ombro
• O ombro é um complexo
de:
• 20 músculos
• 3 articulações ósseas
• 3 superfícies móveis de
tecidos moles
(articulações funcionais)
• Tem a maior mobilidade
do corpo (180°)
3. Áreas móveis do ombro
1. Articulações ósseas
• a. Esternoclavicular
• b. Acromioclavicular
• c. Glenoumeral
2. Articulações funcionais
• a. Escapulotorácica
• b.Supra-umeral (ou
subacromial)
• c.Sulco bicipital
4. Fixação do Ombro
• A única fixação da extremidade do tronco é
na articulação esternoclavicular.
• O suporte e estabilização do ombro
dependem dos músculos e ligamentos.
6. Estruturas palpáveis do ombro
• Esterno – pode ser
palpado no tórax do
processo xifóide ao
manúbio esternal ( grego
syphos, espada, e eidos,
aspecto; latim
manubrium, cabo).
7. Estruturas palpáveis do ombro
• Clavícula – palpável da articulação
esternoclavicular até a extremidade
acromial
• Convexo medialmente e côncavo
lateralmente
8. Estruturas palpáveis do ombro
• Escápula – são palpáveis:
• Acrômio
• Espinha da escápula
• Bordo medial
• Bordo lateral
• Ângulo inferior
• Processo coracóide
• Não palpáveis: fossa supra-
espinhosa, fossa infra-
espinhosa, ângulo superior,
cavidade glenoide, tubérculo
supraglenóideo, tubérculo
infraglenóideo e incisura
escapular
9. Estruturas palpáveis do ombro
• Úmero – pode ser palpado:
• Tubérculo maior, com rotação interna do úmero
• Tubérculo menor, com rotação externa
• Não pode ser palpado o sulco intertubercular
(bicipital), apenas o tendão da porção longa do
bíceps no sulco.
10. Articulações do ombro
• Articulação Escapulotorácica – são chamadas
articulações falsas ou funcionais.
• É essencial para a mobilidade do ombro
• Fornece base móvel para o úmero, favorece o
comprimento-tensão do deltóide
• Fornece estabilidade glenoumeral para
trabalhos acima da cabeça
• Permite marcha com muletas ou elevações
sentadas para transferências.
12. Articulação Esternoclavicular
• É a única que conecta a
extremidade superior ao
tórax.
• A posição do membro se
deve a ação da gravidade e
pela clavícula.
• A clavícula dá 50% de
torque isocinético aos
flexores, abdutores e
adutores do ombro.
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14. Articulação Esternoclavicular
• É do tipo selar/plana, com três graus de
liberdade.
• Os movimentos ocorrem entre clavícula e
o disco, e o disco com o esterno.
• O disco age como uma dobradiça.
• Os ligamentos esternoclaviculares limitam
os moimentos e previnem a luxação.
15. Eixos e movimentos claviculares
• A elevação da cintura escapular ocorre em
direção para cima e para trás.
• A depressão é para frente e para baixo.
• O movimento é limitado pelos ligamentos
costoclavicular e interclavicular e músculo
subclávio.
• A protração e retração esternoclavicular é de
15°
16. Rotação Transversa da Clavícula
• A clavícula roda 40°/50 em seu eixo
longitudinal depois que o ombro é
abduzido ou fletido a 90°, essencial para
rotação para cima completa da escápula e
flexão ou abdução do ombro.
• Os ligamentos acromioclaviculares
limitam a separação da clavícula e
escápula.
17. • Cápsula Articular - Circunda a articulação e varia em
espessura e resistência.
• Disco articular.
• Ligamento Esternoclavicular Anterior - é um amplo feixe
de fibras cobrindo a face anterior da articulação.
• Ligamento Esternoclavicular Posterior - é um análogo
feixe de fibras que recobre a face posterior da
articulação.
• Ligamento Interclavicular - é um feixe achatado que une
as faces superiores das extremidades esternais das
clavículas.
• Ligamento Costoclavicular - é pequeno, achatado e
resistente. Está fixado na parte superior e medial da
cartilagem da primeira costela e face inferior da
clavícula.
18. Articulação Acromioclavicular
• Liga a escápula a clavícula
• Possui três eixos e três graus de liberdade, refletidos
nos movimentos escapulares: elevação, depressão e
rotação
• Contribui com 20% de rotação durante a elevação do
braço
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21. • Cápsula Articular - Envolve toda a articulação acromio-
clavicular.
• Ligamento Acrômioclavicular - é constituido por fibras
paralelas que estendem-se da extremidade acromial da
clavícula até o acrômio.
• Ligamento Coracoclavicular - une a clavícula ao
processo coracóide da escápula. É formado por dois
ligamentos: ligamento trapezóide e ligamento conóide.
• Ligamento Coracoacromial - é um forte feixe triangular
estendido entre o processo coracóide e o acromio. É um
ligamento importante para estabilização da cabeça do
úmero na cavidade glenóide, pois evita a elevação da
mesma nos movimentos de abdução acima dos 90
graus.
• Ligamento Transverso Superior - é um fino fascículo
achatado inserido no processo coracóide e na incisura
da escápula
23. O reforço capsular
• Ligamentos e tendões dão reforço capsular.
• Ligamentos: coracoumeral glenoumerais superior, médio
e inferior, limitam rotação externa e suportam o braço
pendente.
• Os músculos profundos reforçam a cápsula articular
• O tendão da cabeça longa do bíceps braquial tem
grande importância na depressão da cabeça do úmero.
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25.
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27. • Cápsula Articular - Envolve toda a
cavidade glenóide e a cabeça do úmero.
• Ligamento Córaco-umeral - é um amplo
feixe que fortalece a parte superior da
cápsula.
• Ligamentos Glenoumerais - são robustos
espessamentos da cápsula articular sobre
a parte ventral da articulação. É
constituído por três ligamentos:
• Ligamento Glenoumeral Superior
• Ligamento Glenoumeral Médio
• Ligamento Glenoumeral Inferior
28. • Ligamento Transverso do Úmero - é uma
estreita lâmina de fibras curtas e
transversais que unem o tubérculo maior
e o menor, mantendo o tendão longo do
bíceps braquial no sulco intertubercular.
• Lábio (Labrum) Glenoidal - é uma orla
fibrocartilagínea inserida ao redor da
cavidade glenóide. Tem importante
função na estabilização glenoumeral e
quando rompido proporciona uma
instabilidade articular facilitando o
deslocamento anterior ou posterior do
úmero (luxação).
29. O Manguito Rotador
• Anteriormente: subescapular, considerado
estabilizador passivo para impedir
subluxação anterior do úmero. Limitam a
rotação externa.
30. Manguito Rotador
• Superiormente – subra-espinhoso.
• Posteriormente – infra-espinhoso e redondo
menor.
• Limitam a rotação interna na primeira metade da
abdução.
• Podem ser lesados por impacto com processos
do acrômio ou coracóide e ligamento conector
coracoacromial.
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35. Movimentos Acessórios
• Permitem 1 a 2cm de movimentos de jogo
articular em:
• Separação medial e lateral da cabeça umeral
• Deslizamentos translatórios anteriores e
posteriores.
• Posição de ajuste máximo é em abdução e
rotação externa
36. Articulação Supra-umeral ou subacromial
• Também conhecida por desfiladeiro do supra-
espinhoso
• Área propensa a lesão dos tecidos moles por
compressão (manguito rotador-supra-
espinhoso, cabeça longa do bíceps braquial,
cápsula, ligamentos capsulares e bolsas
subdeltóidea e subacromial)
37. Sulco Bicipital
• O tendão da cabeça longa do bíceps
braquial é retido pelo ligamento umeral
transverso
39. Ritmo Escapuloumeral
• É uma série precisamente coordenada de
movimentos sincronizados durante a
elevação do ombro.
• Após 30° de abdução a cada 15°, 10°
ocorrem na glenoumeral e 5° na
escapulotorácica.
• Os movimentos escapulotorácicas na
elevação do braço são: elevação,
abdução e rotação para cima.
40. Elevação do Braço
• É relatada em torno de 180°
• De 90° a 110° ocorrem na glenoumeral
• 60° a 70° adicionais ocorrem nas
articulações esternoclavicular e
acromioclavicular
• A amplitude glenoumeral exige rotação
externa do ombro em abdução e rotação
interna para flexão.
42. Os três tempos da flexão
1. De 0 a 50º:
O feixe anterior, clevicular do deltóide
O córacobraquial
O feixe superior, clavicular, do peitoral
maior.
43. 2. De 60 a 120º:
Entra em atividade a cintura escapular,
rotação da escápula em 60º (orientação da
cavidade glenóide para o alto e para a
frente) e das articulações restantes em 30º
cada uma.
O trapézio
O serrátil anterior
44. 3. De 120 a 180º:
Se a flexão é unilateral é possível
terminar o movimento em abdução máxima,
depois inclinando lateralmente a coluna
Se a flexão é bilateral, o final do
movimento é igual ao da abdução, com
hiperlordose lombar pela ação dos
músculos lombares.
50. 3. Terceiro tempo:
•120º (150) a 180º
Para se atingir a abdução máxima, necessária
a participação dos rotadores laterais:
Infraespinhoso
Redondo menor
51. Flexo-extensão horizontal
• Posição de referência:
Ms. em abdução de 90º, acionando:
1.Deltóide, feixe acromial
2.Supraespinhoso
3.Trapézio fibras superiores e inferior
4.Serrátil anterior
52. Flexão horizontal
• A execução do movimento combina a
flexão e a adução de 140º de amplitude
com os seguintes mm.:
1.Deltóide, fibras anteriores
2.Subescapular
3.Peitoral maior
4.Serrátil anterior
53.
54. Extensão horizontal
• A execução do movimento combina
extensão e adução de 30 – 40º, com os
mm.:
• Deltóide posteriores
• Supraespinhoso
• Infraespinhoso
• Redondo menor e maior
• Rombóide
• Trapézio, fibras médias e
• Grande dorsal
55.
56. • A amplitude global desse movimento de
flexão – extensão horizontal chega a
aproximadamente 180º.
• Da posição extrema anterior à extrema
posterior vê-se entrar em ação,
sucessivamente todas as fibras do
deltóide, que é o principal músculo desse
movimento.
62. Circundução
A circundução
combina os
movimentos
elementares ao
redor de três eixos.
O braço desenha
um cone irregular.
Esse cone delimita
um setor esférico de
acessibilidade, no
interior do qual a
pessoa pode pegar
objetos sem
deslocamento do
trondo
63. Músculos da Região do ombro
• Músculos do tronco à cintura escapular:
• Serrátil Anterior (denteado anterior)
• Ações anatômicas: abdução e rotação
para cima da escápula.
• Quando paralisado observa-se escapula
alada.
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65. Trapézio
• Chamado músculo ‘xale’
• Ações: efetua elevação e rotação para
cima da escápula, extensão, flexão lateral
e rotação contralateral do pescoço,
rotação para cima e abdução escápula.
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67. Rombóides Maior e Menor
• Conectam a escápula com a coluna
vertebral.
• Ações: rotação para baixo, adução e
elevação da escápula.
68.
69. Peitoral Menor
• Origem: da 2ª a 5ª costelas
• Inserção: processo coracóide da escápula
• Ações: depressão e inclinação ventral da
escápula bem como elevação das
costelas 2 a 5.
70.
71. Elevador da Escápula
• Origem: processos transversos das vértebras
cervicais superiores
• Inserção: bordo medial da escápula, acima da
espinha
• Ação: elevação e rotação para baixo da
escápula, flexão lateral e rotação ipsilateral da
coluna cervical
72.
73. Músculos da Cintura Escapular ao úmero
• Deltóide
• Supra-espinhoso
• Infra-espinhoso e
redondo menor
• Subescapular
• Redondo maior
• Coracobraquial
• Bíceps do Braço e
Tríceps do Braço
74. Deltóide
• Compreende 40% da massa dos músculos
escapuloumerais
• Ações: abdução da articulação glenoumeral.
• Anterior – efetua flexão e adução horizontal
• Posterior – efetua extensão e abdução
horizontal
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76. Supra-espinhoso
• É ocultado pelo trapézio e deltóide.
• Ações: abdução da articulação
glenonoumeral. Contribui com 50% do
torque isocinético.
77.
78. Infra-espinhoso e Redondo Menor
• São músculos estreitamente relacionados
em localização e ação.
• Ações: rotação externa e abdução
horizontal da articulação glenoumeral
79.
80. Subescapular
• Ações: rotação interna do ombro. Pode também
flexionar, estender, aduzir ou abduzir o ombro
dependendo da posição do braço.
81.
82. Redondo Maior
• Tem como ação a rotação lateral, adução
e extensão da articulação glenoumeral.
• O redondo maior atua na maioria das
atividades de tração quando o ombro é
estendido ou aduzido contra resistência.
85. Bíceps Braquial
• Não pertence ao grupo
escapuloumeral, porque
a inserção não é no
úmero, assim como o
tríceps braquial.
• É um flexor umeral e
pode elevar o braço sem
o deltóide e o supra-
espinhoso, mas sem
força.
86. Tríceps Braquial
• Atua como extensor
e adutor do úmero
devido a cabeça
longa que se insere
na escápula.
88. Grande Dorsal
• É o músculo mais largo do dorso
• Ação – rotação interna, extensão e
adução do úmero, depressão escapular e
elevação da pelve.
89. Peitoral Maior
• Ação: adução e rotação interna do úmero.
A cabeça clavicular efetua flexão do
úmero.
90. Suporte e Estabilização Dinâmica do ombro
• Os movimentos nas articulações
estenoclavicular e acromioclavicular são
limitados por ligamentos e configuração
óssea.
• Já a glenoumeral e escapulotorácica
possuem pouca estabilidade ligamentar.
• A cabeça do úmero é mantida na fossa
glenóide pelos ligamentos horizontais
coracoumeral e glenoumeral superior e
pela pressão negativa intracapsular.
91. Estabilização do Manguito Rotador
• Durante o carregamento de carga é o
manguito rotador que atua para manter a
cabeça do umeral apertadamente de
encontro a glenóide o que previne a
subluxação.
92. Ações Musculares Sinérgicas
• A maioria dos músculos do ombro
contraem-se durante qualquer movimento
do braço.
• No ombro ocorre um conjunto de forças
que são duas forças aplicadas opostas
em um eixo para produção de rotação do
corpo.
• Exemplo: O trapézio e Serrátil anterior
combinam forças para produzir abdução e
rotação para cima da escápula.
93. Forças e Torques Musculares
• As medições de torque isométrico máximo
no ombro demonstraram que a força
máxima ocorre quando os músculos
contraem na posição alongada e que o
torque diminui à medida que os músculos
encurtam.
• Pequenas alterações nos comprimentos
dos braços de alavanca podem exercer
grandes efeitos sobre a força e função
dos movimentos do ombro.