SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 67
DR. BRUNNO ROSIQUE
QUEIMADURAS ESPECIAIS
QUEIMADURAS ESPECIAIS
Queimaduras por Inalação
Queimaduras Elétricas
Queimaduras Químicas
Radiodermites
Congelação
QUEIMADURA POR INALAÇÃO
- Alta Morbidade e Mortalidade (lugares fechados)
- Lesões Pulmonares + Extensão da Queimadura +
Profundidade (Pior Prognóstico)
- Ar aquecido 150° Vapor (Lesões: Face, Orofaringe, Vias
Aéreas Súperiores)
- Lesão Térmica direta de Vias Aéreas Inferiores é rara
(Mecanismos de defesa: Reflexos Laríngeos, Dissipação do
Calor no trato Respiratório)
- Lesões Por Inalação: Envenenamento por Monóxido de
Carbono (´´Assassino Silencioso´´), Lesão Acima da Glote e
Lesão abaixo da Glote
LESÃO POR MONÓXIDO DE
CARBONO
- O CO é produzido pela combustão incompleta de vários
materiais: o fumo do tabaco, os escapes de veículos a
motor em garagens mal ventiladas, os geradores movidos
a combustível e os sistemas de aquecimento por
combustão de querosene, gás propano, gás natural,
madeira e carvão.
- Outra fonte comum de intoxicação são os incêndios,
embora a inalação concomitante de outros gases tóxicos
como o cianeto, possa provocar colapso circulatório e
morte antes de surgirem os efeitos do CO
LESÃO POR MONÓXIDO DE
CARBONO
- Monóxido de Carbono (CO): Gás inodoro, incolor, afinidade
pela Hemoglobina (Carboxihemoglobina) 210X maior que o
O2
- A intoxicação por CO é a causa imediata mais frequente de
morte em incêndios (HIPOXIA)
- Hipóxia: Lesão Cerebral
- Carboxihemoglobina no Sangue:
- 15% Fumantes, Motoristas: Cefaléia
- 15-40% : Tontura, Vômitos
- 40-60% : Perda de Consciência, Coloração Vermelho Cereja
na pele(vasodilatação- CO) Síndrome Parkison Like
- De acordo com dados do Instituto Nacional de Medicina
Legal, mais de cem pessoas morreram entre 2005 e 2011
devido a intoxicação por monóxido de carbono (CO), um gás
tóxico, invisível, sem cheiro ou sabor e que resulta da
queima incompleta de combustíveis comuns como a lenha, o
carvão, ou o gás (butano, propano, etc.).
LESÃO POR MONÓXIDO DE
CARBONO
- A concentração doméstica média de CO é de 0,5-5
partículas por milhão (ppm), podendo elevar-se até 5000 ppm
em casas com lareiras de lenha acesas.
Uma casa com 100 ppm de CO produz uma
carboxihemoglobina de 16%, suficiente para gerar sintomas.
- A intoxicação não relacionada com incêndios é a causa
principal de inalação deste gás nos EUA, da qual resultam
cerca de 450 mortes, mais de 2000 hospitalizações e acima
de 20.000 emergências médicas por ano
CÂMARAS DE GÁS
Um famoso, e ao mesmo tempo triste episódio
da história onde o monóxido de carbono foi
amplamente utilizado ocorreu durante
a Segunda Guerra Mundial.
A época os nazistas queriam “purificar” o
mundo, por isso, exterminaram milhões de
judeus, e até mesmo alemães considerados
“indignos de continuar vivos”.
Seis grandes campos de extermínio foram
construídos: Sonnenstein, Bemburg, Hartheim,
Brandenburg, Hadamar e Grafeneck. Nestes
locais câmaras contendo monóxido de carbono
em seu estado mais tóxico serviram para o
extermínio de milhares de pessoas.
Lesões Térmicas de Vias Aéreas Súperiores
Lesão da mucosa do trato respiratório é causado pelos
aldeídos (Fumaça : Aldeído + Nitrogênio + H2O = ácido
clorídrico e Radicais Livres)
Lesão Por Inalação Acima da Glote
LESÃO POR INALAÇÃO ABAIXO DA
GLOTE
-Perda de Reflexos Protetores de vias aéreas: (Paciente
Inconsciente) Lesões de Vias Aéreas Inferiores
-Lesão Química Extensa
-Congestão, Edema, Necrose Tecidual
-Epitélio: Cilindros Pseudo Membranosos
-Perda de Atividade Ciliar
-Infecção
-Edema,SIRS
-IRpA
- AMBIENTES FECHADOS
- QUEIMADURAS DE MUCOSA NASAL, OROFARÍNGEA,
CÍLIOS E FACE
- SECREÇÕES BRÔNQUICAS
- RONCOS E ESTERTORES PULMONARES
- HIPÓXIA
- COR DA PELE VERMELHO CEREJA
LABORATORIAIS:
- GASOMETRIA ARTERIAL: HIPÓXIA E HIPERCAPNIA
- BRONCOSCOPIA
- ESPIROMETRIA
Diagnóstico
TRATAMENTO
- O2 100% ( se necessário Câmara Hiperbárica)
- Desobstrução de Vias Aéreas Superiores
- IOT (coma, rebaixamento de Glasgow)
Cricostomia (Edema de Glote, estridor progressivo e
hipóxia)
- Corticóides
Broncodilatadores
Ressucitação Volêmica e Suporte
Monitorização ( ECG, PVC, Sondagem Vesical, Sondagem
Gástrica)
UTI
QUEIMADURA ELÉTRICA
Introdução:
- Poucas descobertas têm tido um impacto tão grande na
cultura da humanidade quanto à geração e distribuição de
energia elétrica produzida pelo homem, pois o
desenvolvimento desta mudou hábitos e possibilitou o
avanço tecnológico da sociedade moderna.
- Lesões elétricas assumem importância considerável não só
devido aos graus variáveis de lesão cutânea associada a
grande destruição de tecidos profundos. (Ponta do Iceberg)
QUEIMADURA ELÉTRICA
Epidemiologia:
- 5 a 15% dos casos hospitalizados por queimaduras e a
superfície corporal média atingida é de 15%.
- Maioria : 20-30 anos (Acidente de Trabalho c/ alta voltagem).
- O membro superior é local mais atingido. Isso se deve ao fato
destes acidentes ocorrer, na maioria das vezes, o ato de segurar
um objeto eletricamente carregado.
- Acidentes elétricos em crianças se devem principalmente ao
contato com fios e tomadas, e ao fato de puxa-los ou coloca-los
na boca.
- Abaixo dos 5 anos, com mãos ou faces comprometidas.
- Crianças maiores: alta voltagem peridomiciliar relacionados a
atividades lúdicas (soltar pipa, subir no telhado).
- Acredita-se também que o risco de choque elétrico aumente
durante os dias quentes de verão porque a resistência do corpo
é freqüentemente diminuída pela sudorese.
QUEIMADURA ELÉTRICA
FISOPATOLOGIA
- Eletricidade: um fluxo de elétrons de átomos através de um condutor.
- Corrente elétrica - tecido biológico: Fórmula de Joule : Q=I2XRXT
Q (Calor) é proporcional I²(Intensidade de Voltagem) x R x T (tempo)
- Voltagem: Força que faz com que os elétrons passem de um átomo para
outro (Baixas: Inferiores a 1000 volts – Doméstico; Altas: Superiores a 1000v-
Vias de transmissão)
-Amperagem: Quantidade de corrente que passa por um condutor durante um
determinado período de tempo.
-Resistência: Força que se opões ao fluxo de elétrons (Quanto Menor a R,
Menor lesão local, Maior Sistêmico) : Nervos (menor R) < Vasos< Músculos <
Pele < Ossos (Pior Condutor, Maior R, Maior Efeito Joule)
-Tipo de corrente: Contínua(Galvânica)– fluxo de elétrons se dá num único
sentido- Menor contratura – Pessoa é atirada
Alternada (Farádica) – o fluxo de elétrons se alterna(50x/s) em direções
opostas de forma regular. ( Com baixa voltagem a corrente alternada apresenta
um perigo maior que a continua da mesma voltagem)
CORRENTE ALTERNADA E CONTÍNUA
Se compararmos entre corrente alternada e contínua, a
primeira é muito mais perigosa, pois produz contraturas
musculares que mantém a vítima presa ao condutor e pode
levar a fraturas e parada cardio-respiratória.
A corrente contínua, por sua vez, causa uma contratura
muscular que afasta a vítima do condutor interrompendo
rapidamente o circuito.
ARCO VOLTÁICO (ELÉTRICO)
Ocorre por uma diferença de potencial elétrico entre os
corpos, nele o circuito se completa mesmo sem que a vítima
tenha tocado no condutor.
A vítima torna-se parte do circuito. A corrente elétrica,
nesse caso, move-se externamente ao corpo, a partir do
ponto de contato para o solo.
Essas queimaduras estão associadas à corrente de alta
tensão e a profundidade depende de quão próxima está da
pele.
As mesmas são graves já que o arco elétrico tem uma
temperatura de 2.500°C.
LESÕES POR RAIO
- Raio é uma corrente direta de 100 milhões de volts
- Brasil é o País mais atingido por raios no mundo (60 milhões
de raios por ano)
- A lesão por raio é muito rara (300 mortes/ano EUA)
- Geralmente a vítima está desacordada. Ela pode conservar
a respiração espontânea ou tornar-se inconsciente, sem
pulso e com parada respiratória. Não deve necessariamente
ser tida como morta, devendo iniciar manobras de
ressuscitação oferecendo assistência respiratória e
cardíaca.
- Pacientes submetidos a grave lesão por raio parecem
suportar períodos prolongados de apnéia, talvez por
cessação do metabolismo, de modo que o processo
degenerativo é retardado.
LESÕES POR RAIO
- Fulguração: lesão por ação de descarga elétrica natural
(Raio) que não resulte em morte.
- Fulminação: morte por descarga elétrica natural (Raio)
- Sinal de Lichtenberg: Fulguração (raio) forma um sinal em
arborização (vasos subjacentes), sendo um sinal
patognomônico.
- Imantação de objeto metálico em vítima de fulminação.
- Catarata imediata por fulguração, devido a coagulação
protéica
CLÍNICA DA QUEIMADURA ELÉTRICA
- A lesão local depende do tipo de voltagem, amperagem, umidade, tipo de
corrente, entre outros, e pode variar desde uma lesão puntiforme a uma
necrose extensa de todas as estruturas (Pele Enegrecida).
- Os Pontos de Entrada, em geral, apresentam pontos de Carbonização com
depressão central e os Pontos de Saída são, geralmente, menores e
mostram a pele Invertida como se a corrente houvesse empurrado a pele
para sair.
- As lesões extensas se comportam como a Síndrome de Esmagamento e os
músculos lesados podem levar à Rabdomiólise (dissolução ou desintegração
do músculo estriado- Urina Cor de Vinho do Porto – Mioglobinúria)
- Lesão muscular- perda da barreira funcional e maciça passagem de íons
cálcio para dentro da célula. O excesso de cálcio dentro da fibra muscular
causa uma interação patológica entre a actina e a miosina que leva à
necrose muscular, resultando em grande liberação de potássio no meio
extracelular.
- Injúrias elétricas de Alta-Voltagem ou lesões produzidas por Raios causam
Rabdomiólise em aproximadamente 10% dos sobreviventes ao acidente
primário, mesmo que as feridas ou ponto de entrada sejam pequenos.
- A coagulação intravascular disseminada (CIVD) pode se desenvolver no
paciente com rabdomiólise. Essa complicação freqüentemente é pior entre
o terceiro e o quinto dia.
SINAIS
- Eletrocussão: Execusão através de corrente elétrica, é a
morte provocada pela exposição do corpo a uma carga letal
de energia elétrica, como em uma cadeira elétrica.
- Eletroplessão: qualquer acidente elétrico que venha ou não
a ter êxito letal (Malthus)
- Marca Elétrica: é o ponto de entrada/saída de eletricidade
no corpo.
Obs: é frequente se encontrar o sinal de saída de descarga
elétrica plantar.
- Sinal de Jellineck: Marca elétrica de entrada
- Sinal de Piacentino: Eletroplessão fatal, em geral no dorso,
forma petéquias e vesículas em órgãos.
Fisiologia da queimadura elétrica
CORRENTE ELÉTRICA
Contração Tetânica dos músculos, podendo ocasionar Fraturas e
Luxações como efeitos retardados da descarga elétrica.
As manifestações CARDIOVASCULARES ocorrem logo após o
acidente (Fibrilação, PCR- Pálidos – Morte Branca)
A ANÓXIA (parada respiratória- Cianose- Morte Azul)
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR são as principais causas de
morte imediata.
Uma das complicações mais graves é a NECROSE TUBULAR
AGUDA, devido a rabdomiólise, levando a uma IRA.
LESÕES POR ELETRICIDADE
- Anestesia, parestesias ou disestesias (nervos Periféricos)
- Desordens do Sistema Nervoso Autônomo, em particular, distrofia
simpática reflexa e hipertensão.
- Quando a disfunção nervosa periférica é documentada, a associação da
desordem autonômica chamada de causalgia.
- Quando a corrente elétrica passa através do cérebro ou medula
espinhal podem ocorrer lesões permanentes.
- É comum também ocorrer lesões permanentes da personalidade,
confusão, problemas de aprendizagem e memória, concentração,
funções intelectuais e, o que é mais raro, afasia.
- A mais comum complicação neurofisiológica é a perda de memória.
Problemas psiquiátricos incluem fobia, ansiedade, irritabilidade,
depressão e psicose
TRATAMENTO
-Reanimação Inicial: Afastar da fonte,desligar energia
-Ressucitação Cardiopulmonar (ATLS)
-A SCQ ñ tem relação na queimadura elétrica (portanto seguir
a reposição conforme o débito urinário 50-100ml/h adultos ou
2ml/kg/h em crianças)
-Diuréticos Osmótico (Manitol)+ Alcalinização da urina-
rabdomiolise
-Hiperidatação
-Antibioticoterapia
-Profilaxia Antitetânica
-Complicação mais grave na fase inicial (Alta Tensão) é a
insuficiência renal aguda, sendo as causas mais freqüentes de
morte a Sepse, o choque séptico e a falência de múltiplos
órgãos.
-Aguardar 72 h para delimitação dos tecidos desvitalizados
(Efeito Joule)
TRATAMENTO DAS FERIDAS
 Balneoterapia com desbridamento
 Manutenção de uma nutrição adequada
 Profilaxia da hipotermia
 Controle da dor
 Manutenção da mobilidade articular
 Instituir métodos de controle de infecção
 Avaliação e monitorização da ferida
Sulfadiazina de Prata a 1%
Choque elétrico
Escarotomia
TECIDO DE GRANULAÇÃO
ENXERTIA DE PELE PARCIAL
FOTOFITODERMATITE
 QUEIMADURAS CUTÂNEAS
CAUSADAS POR CONTATO COM
SUBSTÂNCIAS DE ORIGEM
VEGETAL, ATIVADAS PELA LUZ
SOLAR .
FOTOFITODERMATITE
Dermatomo de Blair
RETIRADA DE PELE
ENXERTO DE PELE
Área doadora
Curativo oclusivo
BIBLIOGRAFIA
- Cirurgia Plástica – Reparadora e Estética. Mélega, J.M.; Zanini, S.A.;
Psillakis J.M.; Medsi – Editora Médica e Científica LTDA, 2a edição, 1992
- Considerações sobre queimaduras elétricas do lábio. Ver. Bras. Cir; 76 (4):
231-42, jul-ago, 1986
- Cuidados Intensivos Del Paciente Quemado. Lorente, J.A.; Esteban, A.;
Editora Springer-Verlag Ibérica, 1998
- Injury by electrical forces: pathophysiology, manifestations and therapy.
Current Problems in Surgery – 1997 Sep 34 (9): 677/764
- Queimaduras. Gomes, D.R., Serra, M.C., Pellon, M.A.; Editora Revinter, 1995
- Queimaduras elétricas dos membros superiores. Ver. Hosp. Clin. Fac. Méd.
Univ. São Paulo; 50 (supl): 13-6 1999
- Total Burn Care. Herndon, D.N.; WB Saunders Company LTD, 1996
- Trauma: a doença dos séculos. Freire, E; Editora Atheneu, 2001
- Wilderness Medicine: management of wilderness and enviromental
emergencies. Auerbach, P.S.; Mosby Publishing, 3rd edition, 1995

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Choque
ChoqueChoque
Choque
dapab
 
9ª aula queimaduras e acidentes elétricos aph
9ª aula   queimaduras e acidentes elétricos aph9ª aula   queimaduras e acidentes elétricos aph
9ª aula queimaduras e acidentes elétricos aph
Prof Silvio Rosa
 

Mais procurados (20)

Estudo de caso tce
Estudo de caso tceEstudo de caso tce
Estudo de caso tce
 
Choque
ChoqueChoque
Choque
 
Queimadura e choque elétrico
Queimadura e choque elétricoQueimadura e choque elétrico
Queimadura e choque elétrico
 
Semiologia da dor 2018
Semiologia da dor 2018Semiologia da dor 2018
Semiologia da dor 2018
 
Dor - Prevalência, Avaliação, Tratamento
Dor - Prevalência, Avaliação, TratamentoDor - Prevalência, Avaliação, Tratamento
Dor - Prevalência, Avaliação, Tratamento
 
Semiologia
SemiologiaSemiologia
Semiologia
 
14ª aula intoxicações exogenas Silvio
14ª aula   intoxicações exogenas Silvio14ª aula   intoxicações exogenas Silvio
14ª aula intoxicações exogenas Silvio
 
Osteoartrite 2014
Osteoartrite 2014Osteoartrite 2014
Osteoartrite 2014
 
cartilha-queimaduras (1).pdf
cartilha-queimaduras (1).pdfcartilha-queimaduras (1).pdf
cartilha-queimaduras (1).pdf
 
Traumatismo craniano
Traumatismo cranianoTraumatismo craniano
Traumatismo craniano
 
9ª aula queimaduras e acidentes elétricos aph
9ª aula   queimaduras e acidentes elétricos aph9ª aula   queimaduras e acidentes elétricos aph
9ª aula queimaduras e acidentes elétricos aph
 
Trabalho sobre feridas
Trabalho sobre feridas Trabalho sobre feridas
Trabalho sobre feridas
 
Palestra de Queimaduras
Palestra de QueimadurasPalestra de Queimaduras
Palestra de Queimaduras
 
Urgência e Emergência
Urgência e EmergênciaUrgência e Emergência
Urgência e Emergência
 
Fisioterapia dermatofuncional em queimados
Fisioterapia dermatofuncional em queimadosFisioterapia dermatofuncional em queimados
Fisioterapia dermatofuncional em queimados
 
Ps ferimentos db
Ps ferimentos dbPs ferimentos db
Ps ferimentos db
 
Avaliação e tratamento de feridas - CBCENF
Avaliação e tratamento de feridas - CBCENFAvaliação e tratamento de feridas - CBCENF
Avaliação e tratamento de feridas - CBCENF
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 
Assepsia e antissepsia
Assepsia e antissepsiaAssepsia e antissepsia
Assepsia e antissepsia
 
Urgência e emergência
Urgência e emergênciaUrgência e emergência
Urgência e emergência
 

Semelhante a Aula sobre Queimaduras Especiais .ppt

TRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptx
TRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptxTRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptx
TRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptx
aparecidocarvalho10
 
2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt
2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt
2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt
flávio barbosa
 
Frente 3 cad.01-módulo 04 ,05 e 06
Frente 3  cad.01-módulo 04 ,05 e 06Frente 3  cad.01-módulo 04 ,05 e 06
Frente 3 cad.01-módulo 04 ,05 e 06
Rildo Borges
 
Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)
Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)
Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)
Ricardo Pacheco
 
Queimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novo
Queimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novoQueimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novo
Queimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novo
arthur14151617
 
Circuitos elétricos
Circuitos elétricosCircuitos elétricos
Circuitos elétricos
fisicaatual
 
Treinamento choque elétrico
Treinamento choque elétricoTreinamento choque elétrico
Treinamento choque elétrico
Ane Costa
 

Semelhante a Aula sobre Queimaduras Especiais .ppt (20)

TRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptx
TRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptxTRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptx
TRAUMATOLOGIA FORENSE (Lesões produzidas por energias de.pptx
 
2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt
2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt
2 Riscos em instalações e serviços com eletricidade.ppt
 
Choque Eletrico
Choque EletricoChoque Eletrico
Choque Eletrico
 
Materiais
MateriaisMateriais
Materiais
 
Frente 3 cad.01-módulo 04 ,05 e 06
Frente 3  cad.01-módulo 04 ,05 e 06Frente 3  cad.01-módulo 04 ,05 e 06
Frente 3 cad.01-módulo 04 ,05 e 06
 
Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)
Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)
Métodos de aterramento show d++(tutorial spda)
 
NR10+-+Treinamento+-+Choque+Eletrico+-+P21+-+Nov+20.pptx
NR10+-+Treinamento+-+Choque+Eletrico+-+P21+-+Nov+20.pptxNR10+-+Treinamento+-+Choque+Eletrico+-+P21+-+Nov+20.pptx
NR10+-+Treinamento+-+Choque+Eletrico+-+P21+-+Nov+20.pptx
 
Acidentes de trabalho
Acidentes de trabalhoAcidentes de trabalho
Acidentes de trabalho
 
Queimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novo
Queimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novoQueimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novo
Queimaduras e choque_eletrico_acu_grupo2_novo
 
Choque Eletrico
Choque EletricoChoque Eletrico
Choque Eletrico
 
NR10 - Treinamento - Choque Eletrico - P21 - Abr 21.pptx
NR10 - Treinamento - Choque Eletrico - P21 - Abr 21.pptxNR10 - Treinamento - Choque Eletrico - P21 - Abr 21.pptx
NR10 - Treinamento - Choque Eletrico - P21 - Abr 21.pptx
 
Apresentação3
Apresentação3Apresentação3
Apresentação3
 
Lesões elétricas.doc
Lesões elétricas.docLesões elétricas.doc
Lesões elétricas.doc
 
RADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS X
RADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS XRADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS X
RADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS X
 
Choque elétrico
Choque elétricoChoque elétrico
Choque elétrico
 
Riscos elétricos
Riscos elétricosRiscos elétricos
Riscos elétricos
 
Complicações em Cirurgia Videolaparoscópica
Complicações em Cirurgia VideolaparoscópicaComplicações em Cirurgia Videolaparoscópica
Complicações em Cirurgia Videolaparoscópica
 
Termografia
TermografiaTermografia
Termografia
 
Circuitos elétricos
Circuitos elétricosCircuitos elétricos
Circuitos elétricos
 
Treinamento choque elétrico
Treinamento choque elétricoTreinamento choque elétrico
Treinamento choque elétrico
 

Mais de Brunno Rosique

Mais de Brunno Rosique (20)

Anestesia Ambulatorial
Anestesia Ambulatorial Anestesia Ambulatorial
Anestesia Ambulatorial
 
Onfaloplastia.pdf
Onfaloplastia.pdfOnfaloplastia.pdf
Onfaloplastia.pdf
 
Tumores cutâneos.ppt
Tumores cutâneos.pptTumores cutâneos.ppt
Tumores cutâneos.ppt
 
Lipoabdominoplastia
Lipoabdominoplastia Lipoabdominoplastia
Lipoabdominoplastia
 
Abdominoplastia.doc
Abdominoplastia.docAbdominoplastia.doc
Abdominoplastia.doc
 
ABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.pptABDOMINOPLASTY.ppt
ABDOMINOPLASTY.ppt
 
Abdominoplastia
 Abdominoplastia  Abdominoplastia
Abdominoplastia
 
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica SaldanhaLipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
Lipoabdominoplastia - Técnica Saldanha
 
Excisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDFExcisão Fusiforme.PDF
Excisão Fusiforme.PDF
 
CBC com Margem.pdf
CBC com Margem.pdfCBC com Margem.pdf
CBC com Margem.pdf
 
Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele Guia de Neoplasia de Pele
Guia de Neoplasia de Pele
 
CARCINOMA BASOCELULAR .ppt
CARCINOMA BASOCELULAR .pptCARCINOMA BASOCELULAR .ppt
CARCINOMA BASOCELULAR .ppt
 
Queimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.docQueimaduras - atendimento.doc
Queimaduras - atendimento.doc
 
Queimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .docQueimaduras- Tratamento .doc
Queimaduras- Tratamento .doc
 
Queimaduras.doc
Queimaduras.docQueimaduras.doc
Queimaduras.doc
 
Queimadura Química.ppt
Queimadura Química.pptQueimadura Química.ppt
Queimadura Química.ppt
 
Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica Prova 2004 Cirurgia Plástica
Prova 2004 Cirurgia Plástica
 
Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica Prova 2005 Cirurgia Plástica
Prova 2005 Cirurgia Plástica
 
Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica Prova Cirurgia Plástica
Prova Cirurgia Plástica
 
Prova 2002 Cirurgia Plástica
Prova 2002 Cirurgia Plástica Prova 2002 Cirurgia Plástica
Prova 2002 Cirurgia Plástica
 

Último

Último (8)

700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 

Aula sobre Queimaduras Especiais .ppt

  • 3. QUEIMADURAS ESPECIAIS Queimaduras por Inalação Queimaduras Elétricas Queimaduras Químicas Radiodermites Congelação
  • 4. QUEIMADURA POR INALAÇÃO - Alta Morbidade e Mortalidade (lugares fechados) - Lesões Pulmonares + Extensão da Queimadura + Profundidade (Pior Prognóstico) - Ar aquecido 150° Vapor (Lesões: Face, Orofaringe, Vias Aéreas Súperiores) - Lesão Térmica direta de Vias Aéreas Inferiores é rara (Mecanismos de defesa: Reflexos Laríngeos, Dissipação do Calor no trato Respiratório) - Lesões Por Inalação: Envenenamento por Monóxido de Carbono (´´Assassino Silencioso´´), Lesão Acima da Glote e Lesão abaixo da Glote
  • 5.
  • 6. LESÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO - O CO é produzido pela combustão incompleta de vários materiais: o fumo do tabaco, os escapes de veículos a motor em garagens mal ventiladas, os geradores movidos a combustível e os sistemas de aquecimento por combustão de querosene, gás propano, gás natural, madeira e carvão. - Outra fonte comum de intoxicação são os incêndios, embora a inalação concomitante de outros gases tóxicos como o cianeto, possa provocar colapso circulatório e morte antes de surgirem os efeitos do CO
  • 7. LESÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO - Monóxido de Carbono (CO): Gás inodoro, incolor, afinidade pela Hemoglobina (Carboxihemoglobina) 210X maior que o O2 - A intoxicação por CO é a causa imediata mais frequente de morte em incêndios (HIPOXIA) - Hipóxia: Lesão Cerebral - Carboxihemoglobina no Sangue: - 15% Fumantes, Motoristas: Cefaléia - 15-40% : Tontura, Vômitos - 40-60% : Perda de Consciência, Coloração Vermelho Cereja na pele(vasodilatação- CO) Síndrome Parkison Like - De acordo com dados do Instituto Nacional de Medicina Legal, mais de cem pessoas morreram entre 2005 e 2011 devido a intoxicação por monóxido de carbono (CO), um gás tóxico, invisível, sem cheiro ou sabor e que resulta da queima incompleta de combustíveis comuns como a lenha, o carvão, ou o gás (butano, propano, etc.).
  • 8.
  • 9. LESÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO - A concentração doméstica média de CO é de 0,5-5 partículas por milhão (ppm), podendo elevar-se até 5000 ppm em casas com lareiras de lenha acesas. Uma casa com 100 ppm de CO produz uma carboxihemoglobina de 16%, suficiente para gerar sintomas. - A intoxicação não relacionada com incêndios é a causa principal de inalação deste gás nos EUA, da qual resultam cerca de 450 mortes, mais de 2000 hospitalizações e acima de 20.000 emergências médicas por ano
  • 10.
  • 11. CÂMARAS DE GÁS Um famoso, e ao mesmo tempo triste episódio da história onde o monóxido de carbono foi amplamente utilizado ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. A época os nazistas queriam “purificar” o mundo, por isso, exterminaram milhões de judeus, e até mesmo alemães considerados “indignos de continuar vivos”. Seis grandes campos de extermínio foram construídos: Sonnenstein, Bemburg, Hartheim, Brandenburg, Hadamar e Grafeneck. Nestes locais câmaras contendo monóxido de carbono em seu estado mais tóxico serviram para o extermínio de milhares de pessoas.
  • 12. Lesões Térmicas de Vias Aéreas Súperiores Lesão da mucosa do trato respiratório é causado pelos aldeídos (Fumaça : Aldeído + Nitrogênio + H2O = ácido clorídrico e Radicais Livres) Lesão Por Inalação Acima da Glote
  • 13. LESÃO POR INALAÇÃO ABAIXO DA GLOTE -Perda de Reflexos Protetores de vias aéreas: (Paciente Inconsciente) Lesões de Vias Aéreas Inferiores -Lesão Química Extensa -Congestão, Edema, Necrose Tecidual -Epitélio: Cilindros Pseudo Membranosos -Perda de Atividade Ciliar -Infecção -Edema,SIRS -IRpA
  • 14. - AMBIENTES FECHADOS - QUEIMADURAS DE MUCOSA NASAL, OROFARÍNGEA, CÍLIOS E FACE - SECREÇÕES BRÔNQUICAS - RONCOS E ESTERTORES PULMONARES - HIPÓXIA - COR DA PELE VERMELHO CEREJA LABORATORIAIS: - GASOMETRIA ARTERIAL: HIPÓXIA E HIPERCAPNIA - BRONCOSCOPIA - ESPIROMETRIA Diagnóstico
  • 15. TRATAMENTO - O2 100% ( se necessário Câmara Hiperbárica) - Desobstrução de Vias Aéreas Superiores - IOT (coma, rebaixamento de Glasgow) Cricostomia (Edema de Glote, estridor progressivo e hipóxia) - Corticóides Broncodilatadores Ressucitação Volêmica e Suporte Monitorização ( ECG, PVC, Sondagem Vesical, Sondagem Gástrica) UTI
  • 16. QUEIMADURA ELÉTRICA Introdução: - Poucas descobertas têm tido um impacto tão grande na cultura da humanidade quanto à geração e distribuição de energia elétrica produzida pelo homem, pois o desenvolvimento desta mudou hábitos e possibilitou o avanço tecnológico da sociedade moderna. - Lesões elétricas assumem importância considerável não só devido aos graus variáveis de lesão cutânea associada a grande destruição de tecidos profundos. (Ponta do Iceberg)
  • 17. QUEIMADURA ELÉTRICA Epidemiologia: - 5 a 15% dos casos hospitalizados por queimaduras e a superfície corporal média atingida é de 15%. - Maioria : 20-30 anos (Acidente de Trabalho c/ alta voltagem). - O membro superior é local mais atingido. Isso se deve ao fato destes acidentes ocorrer, na maioria das vezes, o ato de segurar um objeto eletricamente carregado. - Acidentes elétricos em crianças se devem principalmente ao contato com fios e tomadas, e ao fato de puxa-los ou coloca-los na boca. - Abaixo dos 5 anos, com mãos ou faces comprometidas. - Crianças maiores: alta voltagem peridomiciliar relacionados a atividades lúdicas (soltar pipa, subir no telhado). - Acredita-se também que o risco de choque elétrico aumente durante os dias quentes de verão porque a resistência do corpo é freqüentemente diminuída pela sudorese.
  • 19. FISOPATOLOGIA - Eletricidade: um fluxo de elétrons de átomos através de um condutor. - Corrente elétrica - tecido biológico: Fórmula de Joule : Q=I2XRXT Q (Calor) é proporcional I²(Intensidade de Voltagem) x R x T (tempo) - Voltagem: Força que faz com que os elétrons passem de um átomo para outro (Baixas: Inferiores a 1000 volts – Doméstico; Altas: Superiores a 1000v- Vias de transmissão) -Amperagem: Quantidade de corrente que passa por um condutor durante um determinado período de tempo. -Resistência: Força que se opões ao fluxo de elétrons (Quanto Menor a R, Menor lesão local, Maior Sistêmico) : Nervos (menor R) < Vasos< Músculos < Pele < Ossos (Pior Condutor, Maior R, Maior Efeito Joule) -Tipo de corrente: Contínua(Galvânica)– fluxo de elétrons se dá num único sentido- Menor contratura – Pessoa é atirada Alternada (Farádica) – o fluxo de elétrons se alterna(50x/s) em direções opostas de forma regular. ( Com baixa voltagem a corrente alternada apresenta um perigo maior que a continua da mesma voltagem)
  • 20. CORRENTE ALTERNADA E CONTÍNUA Se compararmos entre corrente alternada e contínua, a primeira é muito mais perigosa, pois produz contraturas musculares que mantém a vítima presa ao condutor e pode levar a fraturas e parada cardio-respiratória. A corrente contínua, por sua vez, causa uma contratura muscular que afasta a vítima do condutor interrompendo rapidamente o circuito.
  • 21. ARCO VOLTÁICO (ELÉTRICO) Ocorre por uma diferença de potencial elétrico entre os corpos, nele o circuito se completa mesmo sem que a vítima tenha tocado no condutor. A vítima torna-se parte do circuito. A corrente elétrica, nesse caso, move-se externamente ao corpo, a partir do ponto de contato para o solo. Essas queimaduras estão associadas à corrente de alta tensão e a profundidade depende de quão próxima está da pele. As mesmas são graves já que o arco elétrico tem uma temperatura de 2.500°C.
  • 22.
  • 23. LESÕES POR RAIO - Raio é uma corrente direta de 100 milhões de volts - Brasil é o País mais atingido por raios no mundo (60 milhões de raios por ano) - A lesão por raio é muito rara (300 mortes/ano EUA) - Geralmente a vítima está desacordada. Ela pode conservar a respiração espontânea ou tornar-se inconsciente, sem pulso e com parada respiratória. Não deve necessariamente ser tida como morta, devendo iniciar manobras de ressuscitação oferecendo assistência respiratória e cardíaca. - Pacientes submetidos a grave lesão por raio parecem suportar períodos prolongados de apnéia, talvez por cessação do metabolismo, de modo que o processo degenerativo é retardado.
  • 24. LESÕES POR RAIO - Fulguração: lesão por ação de descarga elétrica natural (Raio) que não resulte em morte. - Fulminação: morte por descarga elétrica natural (Raio) - Sinal de Lichtenberg: Fulguração (raio) forma um sinal em arborização (vasos subjacentes), sendo um sinal patognomônico. - Imantação de objeto metálico em vítima de fulminação. - Catarata imediata por fulguração, devido a coagulação protéica
  • 25.
  • 26. CLÍNICA DA QUEIMADURA ELÉTRICA - A lesão local depende do tipo de voltagem, amperagem, umidade, tipo de corrente, entre outros, e pode variar desde uma lesão puntiforme a uma necrose extensa de todas as estruturas (Pele Enegrecida). - Os Pontos de Entrada, em geral, apresentam pontos de Carbonização com depressão central e os Pontos de Saída são, geralmente, menores e mostram a pele Invertida como se a corrente houvesse empurrado a pele para sair. - As lesões extensas se comportam como a Síndrome de Esmagamento e os músculos lesados podem levar à Rabdomiólise (dissolução ou desintegração do músculo estriado- Urina Cor de Vinho do Porto – Mioglobinúria) - Lesão muscular- perda da barreira funcional e maciça passagem de íons cálcio para dentro da célula. O excesso de cálcio dentro da fibra muscular causa uma interação patológica entre a actina e a miosina que leva à necrose muscular, resultando em grande liberação de potássio no meio extracelular. - Injúrias elétricas de Alta-Voltagem ou lesões produzidas por Raios causam Rabdomiólise em aproximadamente 10% dos sobreviventes ao acidente primário, mesmo que as feridas ou ponto de entrada sejam pequenos. - A coagulação intravascular disseminada (CIVD) pode se desenvolver no paciente com rabdomiólise. Essa complicação freqüentemente é pior entre o terceiro e o quinto dia.
  • 27.
  • 28.
  • 29. SINAIS - Eletrocussão: Execusão através de corrente elétrica, é a morte provocada pela exposição do corpo a uma carga letal de energia elétrica, como em uma cadeira elétrica. - Eletroplessão: qualquer acidente elétrico que venha ou não a ter êxito letal (Malthus) - Marca Elétrica: é o ponto de entrada/saída de eletricidade no corpo. Obs: é frequente se encontrar o sinal de saída de descarga elétrica plantar. - Sinal de Jellineck: Marca elétrica de entrada - Sinal de Piacentino: Eletroplessão fatal, em geral no dorso, forma petéquias e vesículas em órgãos.
  • 30.
  • 31.
  • 32. Fisiologia da queimadura elétrica CORRENTE ELÉTRICA Contração Tetânica dos músculos, podendo ocasionar Fraturas e Luxações como efeitos retardados da descarga elétrica. As manifestações CARDIOVASCULARES ocorrem logo após o acidente (Fibrilação, PCR- Pálidos – Morte Branca) A ANÓXIA (parada respiratória- Cianose- Morte Azul) FIBRILAÇÃO VENTRICULAR são as principais causas de morte imediata. Uma das complicações mais graves é a NECROSE TUBULAR AGUDA, devido a rabdomiólise, levando a uma IRA.
  • 33. LESÕES POR ELETRICIDADE - Anestesia, parestesias ou disestesias (nervos Periféricos) - Desordens do Sistema Nervoso Autônomo, em particular, distrofia simpática reflexa e hipertensão. - Quando a disfunção nervosa periférica é documentada, a associação da desordem autonômica chamada de causalgia. - Quando a corrente elétrica passa através do cérebro ou medula espinhal podem ocorrer lesões permanentes. - É comum também ocorrer lesões permanentes da personalidade, confusão, problemas de aprendizagem e memória, concentração, funções intelectuais e, o que é mais raro, afasia. - A mais comum complicação neurofisiológica é a perda de memória. Problemas psiquiátricos incluem fobia, ansiedade, irritabilidade, depressão e psicose
  • 34. TRATAMENTO -Reanimação Inicial: Afastar da fonte,desligar energia -Ressucitação Cardiopulmonar (ATLS) -A SCQ ñ tem relação na queimadura elétrica (portanto seguir a reposição conforme o débito urinário 50-100ml/h adultos ou 2ml/kg/h em crianças) -Diuréticos Osmótico (Manitol)+ Alcalinização da urina- rabdomiolise -Hiperidatação -Antibioticoterapia -Profilaxia Antitetânica -Complicação mais grave na fase inicial (Alta Tensão) é a insuficiência renal aguda, sendo as causas mais freqüentes de morte a Sepse, o choque séptico e a falência de múltiplos órgãos. -Aguardar 72 h para delimitação dos tecidos desvitalizados (Efeito Joule)
  • 35. TRATAMENTO DAS FERIDAS  Balneoterapia com desbridamento  Manutenção de uma nutrição adequada  Profilaxia da hipotermia  Controle da dor  Manutenção da mobilidade articular  Instituir métodos de controle de infecção  Avaliação e monitorização da ferida
  • 36.
  • 37.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 57. ENXERTIA DE PELE PARCIAL
  • 58. FOTOFITODERMATITE  QUEIMADURAS CUTÂNEAS CAUSADAS POR CONTATO COM SUBSTÂNCIAS DE ORIGEM VEGETAL, ATIVADAS PELA LUZ SOLAR .
  • 59.
  • 61.
  • 67. BIBLIOGRAFIA - Cirurgia Plástica – Reparadora e Estética. Mélega, J.M.; Zanini, S.A.; Psillakis J.M.; Medsi – Editora Médica e Científica LTDA, 2a edição, 1992 - Considerações sobre queimaduras elétricas do lábio. Ver. Bras. Cir; 76 (4): 231-42, jul-ago, 1986 - Cuidados Intensivos Del Paciente Quemado. Lorente, J.A.; Esteban, A.; Editora Springer-Verlag Ibérica, 1998 - Injury by electrical forces: pathophysiology, manifestations and therapy. Current Problems in Surgery – 1997 Sep 34 (9): 677/764 - Queimaduras. Gomes, D.R., Serra, M.C., Pellon, M.A.; Editora Revinter, 1995 - Queimaduras elétricas dos membros superiores. Ver. Hosp. Clin. Fac. Méd. Univ. São Paulo; 50 (supl): 13-6 1999 - Total Burn Care. Herndon, D.N.; WB Saunders Company LTD, 1996 - Trauma: a doença dos séculos. Freire, E; Editora Atheneu, 2001 - Wilderness Medicine: management of wilderness and enviromental emergencies. Auerbach, P.S.; Mosby Publishing, 3rd edition, 1995