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A MENINA QUE SORRIA A DORMIR (Adaptação)
Glória vivia numa aldeia muito pequena e com poucos habitantes. O pai trabalhava numa
cidade grande e distante.
Glória tinha uma dificuldade: ela não conseguia dormir sem ser embalada por histórias.
Dormir não é adormecer.
Quando alguém parava de contar história, fosse a que horas fosse, a menina abria logo os
olhos e dizia sorridente:
- E depois, e depois?
Naquela aldeia, todos sabiam que várias vezes por mês chegava a noite de embalar a
pequena Glória.
A professora da aldeia, que ainda conseguia ser mais organizada do que o dicionário que
havia na escola, até tinha feito um horário indicando o dia da semana, o tipo de história (se era de
príncipes e princesas, fábulas, contos de fadas, feitiçarias, curiosidades da natureza etc) e quem
era o responsável por proporcionar à Glória um soninho descansado: a mãe, a avó, o tio, a prima,
o padeiro, a vizinha e mais meia dúzia de pessoas que viviam naquele lugar.
Ah! É verdade, ainda falta o pai! Mesmo vivendo tão longe, o senhor Amílcar também contava
histórias à Glória. Todos os meses, ela recebia uma longa carta, ou melhor, uma autêntica viagem
dentro de um envelope selado. Eram páginas e páginas de letras que depois de juntas descreviam
montanhas escondidas nas nuvens, paisagens feitas unicamente de areia, estradas que se
entrelaçavam umas nas outras.
Naquele dia escuro e triste, embora fosse “Primavera”, o sorriso da menina iluminou-se
quando o carteiro chegou com mais uma carta do senhor Amílcar. Aliás, não era uma carta, mas
sim uma caixa do tamanho da mão de uma criança.
Que boa surpresa! Excitada e curiosa, abriu-a e pensou que estava vendo era fruto da sua
imaginação. Esfregou os olhos e observou novamente o interior da caixinha: deitada sobre um
montinho de algodão branco e fofo como as nuvens estava uma menina que parecia uma princesa
nascida num lugar mágico. Vestida com uma camisa de dormir até os pés, sorria com os olhos
sempre fechados e tudo brilhava à sua volta. Com as mãos a tremer, Glória leu o bilhete do pai que
acompanhava a princesinha.
“Querida Glória,
Hoje envio-lhe um presente muito especial: uma Fadinha de Olhos Fechados. Descobri-a
num lugar onde as pessoas dormem ouvindo histórias, como você, só que ninguém precisa ficar
acordado.
Todos os habitantes têm uma Fadinha de Olhos Fechados vivendo dentro de sua almofada.
1° AO 5º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL I
DISCIPLINA(S): LÍNGUA PORTUGUESA ANO: 4º- TURMA: ________ 2ª ETAPA
ATIVIDADE: INTERPRETAÇÃO DE TEXTO / CONTO TIPO: ON-LINE DATA: ___/08/2020
DISCIPLINA: Português CONT DA ATIVIDADE: Reportagem Consumo Consciente 4º ANO - 2ª ETAPA – 2020 2
A Fadinha gosta de passar as noites sussurrando histórias ao ouvido de quem dorme. A
essas histórias chamam sonhos.
Glória, guarde a sua fadinha na almofada e verá como dormirá toda a noite embalada por
histórias nunca ouvidas.
Bons sonhos e um grande beijo do
Pai.”
Glória até duvidava do que estava acontecendo. Representaria aquela Fadinha o fim da sua
dificuldade em dormir?
Chegou a noite e o tio Afonso dirigiu-se à casa da sobrinha para mais uma noite de “Era uma
vez, num reino muito, muito distante...”
Ia a história quase chegando à parte do baile (a parte preferida da Glória!), quando o tio foi
interrompido pelo barulho forte da chuva. O tio levantou-se da cadeira reservada para os
contadores de histórias e foi até à janela. Afonso nem percebeu que algo estranho estava
passando. Ele já tinha calado há tanto tempo, e a Glorinha continuava a dormir. Como era
possível? Ela ainda não tinha acordado com a pergunta de costume: “E depois, e depois?”
Já se via o sol entrar no quarto, quando a menina começou a se mexer, vendo o tio observá-
la, disse:
- Bom dia meu querido tio, tenho um sonho tão bonito pra lhe contar...
Glória chamou a mãe e a avó:
- Mããããeeee, vóóóóó... venham ouvir meu primeiro sonho!
Quando as duas senhoras chegaram ao quarto, Glória mostrou a caixinha azul que agora só
tinha dentro o algodão e a carta do pai.
- É pena que a fadinha de olhos fechados tenha ficado invisível.
A partir desse dia, ninguém mais passou noites em claro. E Glória contava seus sonhos a
todos e estes eram surpreendentes!
Fonte: Izabel Zambujal. A menina que sorria a dormir (Adaptação)
Responda em seu caderno com frases completas e elaboração de sentido.
1. Descreva o local onde Glória vivia.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2. “Naquela aldeia, todos sabiam que várias vezes por mês chegava à noite de embalar a pequena
Glória.”
 Elabore uma frase em que a palavra sublinhada tenha um sentido diferente daquele
apresentado no trecho.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3. “O pai de Glória, apesar da distância, contava histórias à filha.”
DISCIPLINA: Português CONT DA ATIVIDADE: Reportagem Consumo Consciente 4º ANO - 2ª ETAPA – 2020 3
 Retire do texto uma frase que mostre o meio usado pelo pai para contar histórias à Glória.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4. Explique o sentido na frase, da expressão destacada.
“Todos os meses, ela recebia uma longa carta, ou melhor, uma autêntica viagem dentro de um
envelope selado.”
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5. “Naquele dia escuro e triste, embora fosse Primavera...”
 Justifique o uso da palavra embora no trecho retirado do texto.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6. “O presente do pai pôs fim ao problema da Glória”. Transcreva do texto um fato que comprove
a afirmativa

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Conto_A menina que sorria a dormir Aula 3.pdf

  • 1. 1 A MENINA QUE SORRIA A DORMIR (Adaptação) Glória vivia numa aldeia muito pequena e com poucos habitantes. O pai trabalhava numa cidade grande e distante. Glória tinha uma dificuldade: ela não conseguia dormir sem ser embalada por histórias. Dormir não é adormecer. Quando alguém parava de contar história, fosse a que horas fosse, a menina abria logo os olhos e dizia sorridente: - E depois, e depois? Naquela aldeia, todos sabiam que várias vezes por mês chegava a noite de embalar a pequena Glória. A professora da aldeia, que ainda conseguia ser mais organizada do que o dicionário que havia na escola, até tinha feito um horário indicando o dia da semana, o tipo de história (se era de príncipes e princesas, fábulas, contos de fadas, feitiçarias, curiosidades da natureza etc) e quem era o responsável por proporcionar à Glória um soninho descansado: a mãe, a avó, o tio, a prima, o padeiro, a vizinha e mais meia dúzia de pessoas que viviam naquele lugar. Ah! É verdade, ainda falta o pai! Mesmo vivendo tão longe, o senhor Amílcar também contava histórias à Glória. Todos os meses, ela recebia uma longa carta, ou melhor, uma autêntica viagem dentro de um envelope selado. Eram páginas e páginas de letras que depois de juntas descreviam montanhas escondidas nas nuvens, paisagens feitas unicamente de areia, estradas que se entrelaçavam umas nas outras. Naquele dia escuro e triste, embora fosse “Primavera”, o sorriso da menina iluminou-se quando o carteiro chegou com mais uma carta do senhor Amílcar. Aliás, não era uma carta, mas sim uma caixa do tamanho da mão de uma criança. Que boa surpresa! Excitada e curiosa, abriu-a e pensou que estava vendo era fruto da sua imaginação. Esfregou os olhos e observou novamente o interior da caixinha: deitada sobre um montinho de algodão branco e fofo como as nuvens estava uma menina que parecia uma princesa nascida num lugar mágico. Vestida com uma camisa de dormir até os pés, sorria com os olhos sempre fechados e tudo brilhava à sua volta. Com as mãos a tremer, Glória leu o bilhete do pai que acompanhava a princesinha. “Querida Glória, Hoje envio-lhe um presente muito especial: uma Fadinha de Olhos Fechados. Descobri-a num lugar onde as pessoas dormem ouvindo histórias, como você, só que ninguém precisa ficar acordado. Todos os habitantes têm uma Fadinha de Olhos Fechados vivendo dentro de sua almofada. 1° AO 5º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL I DISCIPLINA(S): LÍNGUA PORTUGUESA ANO: 4º- TURMA: ________ 2ª ETAPA ATIVIDADE: INTERPRETAÇÃO DE TEXTO / CONTO TIPO: ON-LINE DATA: ___/08/2020
  • 2. DISCIPLINA: Português CONT DA ATIVIDADE: Reportagem Consumo Consciente 4º ANO - 2ª ETAPA – 2020 2 A Fadinha gosta de passar as noites sussurrando histórias ao ouvido de quem dorme. A essas histórias chamam sonhos. Glória, guarde a sua fadinha na almofada e verá como dormirá toda a noite embalada por histórias nunca ouvidas. Bons sonhos e um grande beijo do Pai.” Glória até duvidava do que estava acontecendo. Representaria aquela Fadinha o fim da sua dificuldade em dormir? Chegou a noite e o tio Afonso dirigiu-se à casa da sobrinha para mais uma noite de “Era uma vez, num reino muito, muito distante...” Ia a história quase chegando à parte do baile (a parte preferida da Glória!), quando o tio foi interrompido pelo barulho forte da chuva. O tio levantou-se da cadeira reservada para os contadores de histórias e foi até à janela. Afonso nem percebeu que algo estranho estava passando. Ele já tinha calado há tanto tempo, e a Glorinha continuava a dormir. Como era possível? Ela ainda não tinha acordado com a pergunta de costume: “E depois, e depois?” Já se via o sol entrar no quarto, quando a menina começou a se mexer, vendo o tio observá- la, disse: - Bom dia meu querido tio, tenho um sonho tão bonito pra lhe contar... Glória chamou a mãe e a avó: - Mããããeeee, vóóóóó... venham ouvir meu primeiro sonho! Quando as duas senhoras chegaram ao quarto, Glória mostrou a caixinha azul que agora só tinha dentro o algodão e a carta do pai. - É pena que a fadinha de olhos fechados tenha ficado invisível. A partir desse dia, ninguém mais passou noites em claro. E Glória contava seus sonhos a todos e estes eram surpreendentes! Fonte: Izabel Zambujal. A menina que sorria a dormir (Adaptação) Responda em seu caderno com frases completas e elaboração de sentido. 1. Descreva o local onde Glória vivia. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2. “Naquela aldeia, todos sabiam que várias vezes por mês chegava à noite de embalar a pequena Glória.”  Elabore uma frase em que a palavra sublinhada tenha um sentido diferente daquele apresentado no trecho. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3. “O pai de Glória, apesar da distância, contava histórias à filha.”
  • 3. DISCIPLINA: Português CONT DA ATIVIDADE: Reportagem Consumo Consciente 4º ANO - 2ª ETAPA – 2020 3  Retire do texto uma frase que mostre o meio usado pelo pai para contar histórias à Glória. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4. Explique o sentido na frase, da expressão destacada. “Todos os meses, ela recebia uma longa carta, ou melhor, uma autêntica viagem dentro de um envelope selado.” ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5. “Naquele dia escuro e triste, embora fosse Primavera...”  Justifique o uso da palavra embora no trecho retirado do texto. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6. “O presente do pai pôs fim ao problema da Glória”. Transcreva do texto um fato que comprove a afirmativa