Este documento descreve a trajetória de 10 anos da TMLEGAL, uma sociedade de advogados em Portugal. A empresa foi fundada em 2009 por Teresa Mendes com o objetivo de oferecer assessoria jurídica próxima, pragmática e transparente às PMEs. Após uma década, a TMLEGAL se estabeleceu como um player importante nesse segmento e continua a crescer de forma sustentável, focada em satisfazer clientes e em valorizar sua equipe de colaboradores.
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
10 anos de valor na assessoria jurídica às PMEs
1. Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda.
NOVEMBRO 2019 | EDIÇÃO Nº 88 - Periodicidade Mensal |Venda por Assinatura - 4 Euros
FILIPE LOURENÇOPRESIDENTE DA UJE CE-CPLP
UNIÃO DE JOVENS EMPRESÁRIOS CE-CPLP:
UM BRAÇO ECONÓMICO, CONDUTOR
E FACILITADOR DE NEGÓCIOS
FINANCIAL LIBERTY
EXCELÊNCIA E TRANSPARÊNCIA
DSOLUTIONS
13 ANOS DE VALOR
ASSECO PST
EM DESTAQUE
FOTO:DIANAQUINTELA
4. 4
PONTOSDEVISTA
C
omo é que descreve este Grupo com
mais de 40 anos de experiência?
O Grupo Norte nasceu em 1972 na cida-
de de Valladolid a partir de uma peque-
na empresa de limpezas e hoje é um dos maiores
conglomerados de serviços de referência e Espa-
nha. Ao longo de todo o seculo XX o acionista teve
a visão e a ambição em desenvolver a organização,
de forma a acompanhar os ciclos de inovação e
satisfazer as necessidades de capital humano ali-
nhadas com o perfil de negócio dos seus clientes,
mas sempre com uma perspetiva de criação de
valor para o seu território e comunidade. Como
consequência a pequena empresa sofreu uma
metamorfose ao logo destes 47 anos, tendo-se
transformado numa “Organização Kinetica” que
conta com mais de 20 empresas que atuam em
quatro geografias – Espanha, Chile, Peru e Portu-
gal. No conjunto são mais de 20 empresas que
faturam cerca de 220 milhões de euros em ser-
viços e gerem diariamente mais de 12.700 cola-
boradores, dos quais 5% têm deficiência e aos
quais se juntam 113 mulheres vítimas de violência
doméstica. A nossa estrutura empresarial conta
ainda com a Fundação Grupo Norte que gera 40
milhões de euros em negócio social dos quais 70%
são reinvestidos em projetos de inclusão social.
Como desenvolveram as vossas áreas de
negócio?
A realidade Espanhola é muito diferente da por-
tuguesa. Em Espanha temos oito grandes áreas de
negócio que nasceram a partir das linhas de faci-
lities (Limpezas, manutenção de edifícios, receção
e segurança e vigilância privada). À medida que a
empresa passou a conhecer o perfil de negócio e
de capital humano do seu cliente passou a inovar
e entrou em outros domínios. Diversificou a sua
oferta para as linhas de serviços de RH (trabalho
temporário, outsourcing, formação, recrutamento
e consultoria em gestão de talento). Como passa-
mos a ter uma intervenção multissetorial, multidi-
mensional e multicultural passamos a intervir em
mercados verticais, como no setor social, naquilo
que é a intervenção nos serviços à comunidade,
de apoio domiciliário, unidades de cuidados con-
tinuados, gestão de lares, centros de dia e ATL’S,
ou seja, atividades orientadas para o setor da
»EMPLOYER BRANDING E GESTÃO DE TALENTO +
INOVAÇÃO E GESTÃO DE TALENTO
COM IMPACTO SOCIAL
Miguel Toscano é o Country Manager do Grupo Norte, um grupo empresarial de capitais espanhóis, especialista na oferta de soluções
de gestão estratégica e operacional de recursos humanos, que entrou em Portugal em 2017.
economia social, mas desenvolvidas numa lógica
empresarial. Para além destas linhas, temos ainda
uma outra, relacionada com a inserção das pes-
soas com deficiência no mercado de trabalho. É
a obra, que mais nos orgulha dentro “desta casa”,
e que de certa forma, nos diferencia daquilo que
é a generalidade das empresas de recursos huma-
nos. Em Portugal, somos ainda uma organização
pequena que conta com sete delegações, 30
consultores quem gerem diariamente 1500 pro-
fissionais, mas que só atua nas linhas de recursos
humanos, sendo que estamos a criar a Fundação
Grupo Norte, de forma a replicar as boas práticas
em Portugal. É por isso, que gostamos de afirmar,
que o Grupo Norte é um Grupo com um ADN
muito especial – somos especialistas em Inovação
e Gestão de Talento com Impacto Social.
Quais são as principais caraterísticas da vossa
proposta de valor?
Os três “drivers” que referi anteriormente são os
drivers que movem e formatam as nossas equipas.
Fazem parte da nossa proposta de valor para os
nossos clientes. Estando conectados com a ino-
vação estamos atentos ao desenvolvimento da
sociedade do conhecimento, á economia globa-
lizada e ao desenvolvimento da União Europeia
o que nos permite antecipar tendências e estru-
turar soluções em função do perfil de negocio e
das necessidades de RH do nosso cliente. E neste
desígnio a gestão de talento é fulcral, uma vez que
vivemos num problema complicado que tem a
ver com a baixa taxa de desemprego, a escassez
dos recursos humanos qualificados e não quali-
ficados e num contexto de competição entre os
baixos salários portugueses face aos europeus.
De que forma é que atuam na construção de
soluções de emprego, formação e desenvolvi-
mento de competências? Como atuam neste
sentido?
O Grupo Norte tem meios, recursos, competên-
cias, experiência e know-how de forma a desenhar
soluções diferenciadoras para os seus parceiros.
Funcionamos como uma extensão do departa-
mento de recursos humanos dos nossos parcei-
ros e sendo um operador global com soluções
integradas o nosso parceiro através de um único
interlocutor, passa a ter soluções orientadas para
toda a cadeia de valor dos recursos humanos a um
preço competitivo.
O Grupo Norte Portugal obteve o selo de Enti-
dade Formadora Certificada pela DGERT. Em
que consiste este reconhecimento para o Grupo
Norte?
Em primeiro lugar, esta certificação, revela que
no Grupo Norte garantimos qualidade de servi-
ço - seja ao nível diagnóstico, do planeamento,
execução, avaliação e da gestão do ciclo da for-
mação. Em segundo, tem a ver com as áreas de
intervenção: área comportamental, ou seja, tudo
o que tem a ver com gerar comportamentos
positivos que possam de facto, transformar todo
o conhecimento das organizações em valor para
o seu negócio assente em produtos orientados
para o desenvolvimento da liderança, trabalho
de equipa, comunicação, Employer Branding,
Employee advocacy e recrutamento digital. A
outra grande área, tem a ver com o acolhimen-
to, a formação e a capacitação dos trabalhado-
res dentro do contexto das organizações. E a
terceira, está relacionada com a área da higiene
e segurança no trabalho. Os formatos serão ope-
racionalizados através de formação presencial, à
distância ou blended, ações de team building e
outdoor training. Teremos outra área especialista
no apoio à certificação e desenvolvimento de
universidades corporativas. ▪
MIGUEL TOSCANO
5. FICHA TÉCNICA
PÁG. 6 A 7
TMLEGAL SOCIEDADE DE ADVOGADOS
10 ANOS A CRIAR VALOR
ÍNDICE DE TEMAS
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PÁG. 44 A 45
JOSÉ REINO DA COSTA, PCE DO MILLENNIUM
BIM, FALA DESTE QUE É O BANCO MAIS
PREMIADO DE MOÇAMBIQUE.
PÁG. 8 A 9
PATRÍCIA BALTAZAR RESENDE
FALA SOBRE O DIREITO
DE AUDIÇÃO DA CRIANÇA
PÁG. 46 A 47
DANIEL ARAÚJO, CEO DA ASSECO PST, DÁ A
CONHECER UM POUCO MAIS DE UMA MARCA QUE
É HOJE UM PLAYER DE RELEVO NA CRIAÇÃO DE
SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS APLICADAS À BANCA.
PÁG. 54 A 55
PEDRO FERNANDES, ADMINISTRADOR DA TERRAGES, DEU
A CONHECER UM POUCO MAIS DO PERCURSO DA MARCA,
QUE ESTARÁ PRESENTE NESTE MÊS, COMO EXPOSITORA,
NA PRIMEIRA EDIÇÃO DO EVENTO “ÉS SIG”, PROMOVIDO
PELA APPSIG.
PÁG. 38 A 42
11 ANOS DE MOZA BANCO A CRESCER COM VALOR -
JOÃO FIGUEIREDO, PCA EXECUTIVO DO MOZA BANCO,
FALA-NOS MAIS ACERCA DAQUELE QUE É O BANCO DE
REFERÊNCIA EM MOÇAMBIQUE.
5
NOVEMBRO2019
6. 6
PONTOSDEVISTA
A
TMLEGAL é hoje um player importante
na assessoria jurídica às PMEs, e perpe-
tua, este ano, uma década de existência
e de promoção de valor neste setor. A
principal face deste projeto éTeresa Mendes, Sócia
e Co-Fundadora da TMLEGAL e foi precisamente
a sua experiência que a levou a tomar a decisão
de fundar uma sociedade de advogados assente
em valores distintos, ou seja, na proximidade, na
disponibilidade, no acompanhamento, no prag-
matismo e na transparência.
Mas como é que a nossa interlocutora vê este
desafio desde que o mesmo se iniciou? Como
olha para trás, sem nunca tirar os olhos do futuro?
“Olhamos para trás e a sensação é de muito tra-
balho, muita partilha, de avanços e paragens. A
»TMLEGAL SOCIEDADE DE ADVOGADOS
TMLEGAL
10 ANOS A CRIAR VALOR
O crescimento e a evolução de uma marca perpetuam-se seguindo uma linha orientadora assente na diferenciação e utilidade dos
serviços prestados, na satisfação de clientes e na capacidade que aporta ao nível de valor ao mercado, sendo que esse rótulo se faz ano
após ano, numa busca incessante pela qualidade e credibilidade. Alcançar a marca dos dez anos é algo difícil, mas acima de tudo de
louvar, pois representa que o esforço de quem faz e fez parte de um determinado projeto não foi em vão.
luta de muitos empreendedores!”, salienta Teresa
Mendes, referindo ainda que este projeto não é
nada de diferente de muitos que seguem o impul-
so de fazer diferente. Surgimos da convicção que
a advocacia para empresas tem de ser próxima,
sem formalismos desnecessários, e pragmática –
visar resultados, usando o trabalho de equipa e a
profundidade como veículos para o conseguir e
mantemos o firme propósito de exercer uma ad-
vocacia e assessoria jurídica que se distingue por
acompanhar sempre o cliente com vista a alcançar
resultados ”, afirma convicta.
A própria visão que a sociedade tem do Advo-
gado é importante para a nossa entrevistada. Por-
quê? Segundo Teresa Mendes é importante que
este profissional, o Advogado,“volte a conquistar a
credibilidade e a ser efetivamente necessário, útil,
e isso apenas depende de nós e da forma como
abraçamos os assuntos e os resolvemos”, assegu-
rando que além desse desiderato, é importante
nunca desistir da luta e de “fazer crescer a socie-
dade em volume de negócios e a equipa, de uma
forma sustentável”.
COLABORADORES E CLIENTES
PILARES DO CRESCIMENTO
Os recursos humanos de qualquer organização
são sempre fundamentais para o sucesso ou não
da mesma. Ter um conjunto de colabora¬dores
dedicados, abnegados e comprometidos é es-
sencial, os que realmente «vestem a camisola».
A TMLEGAL tem isso mesmo, ou seja, conseguiu
EQUIPA TMLEGAL
7. 7
NOVEMBRO2019
Os que connosco já trabalharam afirmam
sempre que aprenderam muito, e penso
que já vão semeando a convicção de que
advocacia pode ser feita de forma diferente,
há quem se mantenha connosco pela nos-
sa autenticidade espírito de equipa.
Nascemos do símbolo de uma árvore e,
por esse motivo, na nossa marca o verde
mantém-se. Há dez anos que nos preocu-
pamos em auxiliar o cliente empresário, ou
que pretenda sê-lo, a criar raízes, (hoje a cé-
lebre sustentabilidade). Dotámos sempre a
nossa equipa de especialização nas princi-
pais áreas de atividade da nossa sociedade,
numa exigência para com cada um de se
questionar e fazendo constante brainstor-
ming interno, discutindo entre nós e obri-
gando cada um a fundamentar a sua opi-
nião e a questionar-se sobre o seu ponto
de vista, de forma a que pudéssemos ser o
adubo, para que os ramos crescessem, sem
se quebrarem, aguentando as vicissitudes
económicas, políticas, comerciais, ramos
esses capazes de gerarem bons frutos.
Agradeço a todos os que ao longo destes
10 anos integraram a nossa equipa, em es-
pecial, àqueles que são hoje um ramo des-
sa arvore viva que é a TM LEGAL
Obrigada Catarina
Obrigada Patrícia
Obrigada PP
Obrigada Teresa
Obrigada Andreia
Obrigada Pedro
Obrigada Jessica
Obrigada Filipa
E muito obrigada, Adelino!
O caminho continua e NÓS cá estamos!
Escolher a marca TMLEGAL é escolher a ca-
pacidade de entender a linguagem empre-
sarial e de colocar ao seu serviço o conhe-
cimento jurídico, com a firme vontade que
este conhecimento seja um instrumento
para alcançar objetivos, mais fortes e inata-
cáveis e de forma mais esclarecida.
EM DISCURSO DIRETO
TERESA MENDES
reunir um conjunto de profissionais completa-
mente focados no crescimento do projeto, algo
que tem impacto na forma como a marca se
relaciona com o mercado, clientes e parceiros.
Teresa Mendes explica que essa dedicação tem
sido essencial. “Partilha constante, quer interna,
trabalhamos internamente com verdadeiro espí-
rito de equipa, em que os mais velhos e expe-
rientes partilham abertamente o seu conheci-
mento exigindo-se dos mais novos o seu melhor
na análise jurídica, na fundamentação dos seus
pontos de vista, e na capacidade de abertura
para fazer brainstorming interno com um mem-
bro da equipa; quer externamente com o clien-
te, tendo a preocupação de integrar as diversas
áreas do direito com os diversos departamento
da empresa”, assevera a nossa entrevistada, lem-
brando que a “nossa visão sempre foi de prestar
serviços jurídicos com total disponibilidade com
o cliente, de forma simples e descomplicada,
com uma constante busca da solução de proble-
mas”. Se os colaboradores/pessoas da TMLEGAL
têm sido absolutamente fundamentais, importa
lembrar que o cliente tem sido preponderante,
até porque a marca tem sido capaz, fruto da sua
dinâmica e qualidade, de fidelizar os mesmos, e
Teresa Mendes dá-nos um exemplo claro disso
mesmo. “O nosso primeiro cliente ainda hoje
está connosco, temos orgulho de manter os nos-
sos clientes mais de cinco anos connosco, num
trabalho diário, nos diversos departamentos da
empresa e com capacidade para fazer uma análi-
se integrada, aplicando os diversos ramos do di-
reito em cada assunto que se nos apresente. Um
assunto pode ter uma vertente contratual, mas
também laboral ou fiscal, e não existindo estan-
quicidade interna na Sociedade e uma experiên-
cia empresarial de mais de 30 anos, de imediato
é analisado nas suas diversas vertentes, com um
único objetivo, tentar alcançar o resultado pre-
tendido pelo Cliente”
NOVOS CAMINHOS,
MESMA CREDIBILIDADE
Bastante direcionada para o âmbito empresarial,
a TMLEGAL tem sido um verdadeiro parceiro de
empresas e trabalhadores, principalmente no do-
mínio de negociações laborais.“Por exemplo des-
de a crise de 2011, temos imensos casos de ne-
gociação laboral, onde realizamos restruturações
de forma célere, conseguindo auxiliar de imedia-
to a tesouraria da empresa, mantendo sempre a
coerência da negociação, e conseguindo efetiva-
mente sensibilizar os trabalhadores que a saída é
dadas as circunstâncias a melhor solução, temos
orgulho em conseguir manter um bom ambien-
te na saída e até sermos felicitados pelas traba-
lhadores que saem. Os consultores financeiros
recomendam-nos ativamente pelos resultados
que alcançamos”.
Essa boa imagem, transparência e confiança
reflete-se, naturalmente, na relação com o mer-
cado, o que tem levado, por exemplo, a alguns
convites em outras áreas e assim, em 2014, sur-
giu uma nova vertente que foi a for¬mação e
que revela e bem a capacidade e qualidade da
marca. “Nesse ano e após uma apresentação de
uma hora sobre os cuidados que um empresá-
rio tem de ter ao constituir uma empresa, surgiu
um convite, por uma entidade muito credencia-
da ao nível formativo, para desenvolvermos essa
apresentação num módulo de 25 horas para um
curso de Empreendedorismo, sendo que no se-
gundo ano, era já um módulo obrigatório. Que-
remos que venham ter connosco pelo trabalho
efetivo que prestamos pela marca que deixamos
nos assuntos que tratamos, e graças a deus e a
todos, com muitos bons resultados alcançados”,
afirma Teresa Mendes. ▪
8. 8
PONTOSDEVISTA
R
eportando ao conceito sobre o direito
de audição da criança, como sujeito ple-
no, não podemos deixar de lembrar que
este direito integra um dos quatro pila-
res da Convenção das Nações Unidas sobre os
Direitos da Criança, a par, à não discriminação,
à vida e do direito ao desenvolvimento integral
da sua personalidade.
A Convenção das Nações Unidas, pela sua
relevância, consagrou-se como o instrumen-
to jurídico que maior impacto e impulso deu
ao princípio da participação da criança, sendo
para muitos considerada a base de todo a es-
trutura supranacional dos direitos das crianças.
A Convenção das Nações Unidas constitui um
instrumento internacional que tem, no entan-
to, relevo nos vários ordenamentos jurídicos,
como tratado que visa a proteção de crianças
e adolescentes de todo o mundo, influencian-
do a criação legislativa e consequentes mode-
los de intervenção na jurisdição nacional de
crianças e jovens. Tornou-se decisivo enquanto
instrumento interpretativo das disposições da
lei ordinária. Logo, tal leva-nos a afirmar que a
Convenção dos Direitos da Criança, veio consa-
grar uma nova concepção de criança, enquanto
ser humano em crescimento que, apesar da es-
pecial e natural vulnerabilidade que exige pro-
tecção e assistência da família, da sociedade e
do Estado, é dotado, enquanto pessoa humana,
com dignidade, igual ao adulto e de capacidade
para, como sujeito activo expressar as suas opi-
niões dignificando a construção do seu futuro.
Em termos normativos é hoje assegurado à
criança uma ampla e extensiva oportunidade
de ser ouvida nos processos judiciais que lhe
digam respeito. O direito de audição da crian-
ça surge como expressão do direito à palavra
e à expressão da sua vontade mas funciona
igualmente como pressuposto de um efectivo
direito de participação activa da criança nos
processos que lhe digam respeito no âmbito de
uma cultura judicial que afirme a criança como
sujeito de direitos.
Aceitando a noção de criança prevista no arti-
go 1.º da Convenção sobre os Direitos da Crian-
ça:”Nos termos da presente convenção, Criança,
é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo
se nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir
a maioridade mais cedo.” Constituiu hoje o que
podemos afirmar por uma materialização em
sede processual, do princípio do superior inte-
resse da criança.
No nosso ordenamento jurídico a criança deve
ser ouvida, sempre que a sua maturidade e
idade o permitam, sendo que se pode afirmar
»NOVA LEI DA PARENTALIDADE
OPINIÃO DE DR.ª PATRÍCIA BALTAZAR RESENDE, ESPECIALISTA EM DIREITO DA FAMÍLIA E DAS CRIANÇAS
DIREITO DE AUDIÇÃO DA CRIANÇA
Num momento em que o crime de violência doméstica está na ordem do dia, não nos podemos esquecer
quem, também, se encontra como sujeito activo deste crime e tantas vezes esquecido: são elas, as
crianças, onde os direitos das mesmas são constantemente violados, entre eles, o direito de audição da
criança, por outras palavras, o direito da criança ser ouvida em sede de Tribunal.
PERFIL
PATRÍCIA
BALTAZAR RESENDE
ESPECIALISTAEMDIREITODAFAMÍLIAEDASCRIANÇAS
FOTO:@TELMOMILLER
9. 9
NOVEMBRO2019
NÃO PODEMOS DEIXAR DE LEMBRAR QUE ESTE DIREITO INTEGRA UM DOS QUATRO
PILARES DA CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA, A
PAR, À NÃO DISCRIMINAÇÃO, À VIDA E DO DIREITO AO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL
DA SUA PERSONALIDADE
existir uma obrigatoriedade legal para a sua au-
dição a partir, pelo menos, dos 12 anos de ida-
de, conforme disposto na alínea c), do artigo 4.º
e 5.º do Regime Geral do Processo Tutelar Cível
(RGPTC), idade, considerada suficiente para a
maioria das crianças possuírem capacidade de
discernimento e conseguirem emitir opiniões.
O Direito de Audição da Criança atente-se na
própria Convenção dos Direitos da Criança, aco-
lhida na ordem jurídica nacional pela Resolução
da assembleia da República n.º 20/90, de 8 de
Junho de 1990, e pelo Decreto do Presidente da
República n.º 49/90 de 12 de Setembro, que no
seu artigo 12.º estatui: ”Os Estados Partes garan-
tem à criança com capacidade de discernimen-
to o direito de exprimir livremente a sua opinião
sobre questões que lhe digam respeito, seja di-
rectamente, seja através de representante ou de
organismo adequado, segundo as modalidades
previstas pelas regras de processo de legislação
nacional. Logo, a criança deve ser ouvida, sen-
do a sua opinião tida em consideração pelas
autoridades judiciárias na determinação do seu
superior interesse.
Se o interesse superior da criança ou do jovem
o justificar, o tribunal, a requerimento ou oficio-
samente, pode proceder à audição da criança,
em qualquer fase do processo, a fim de que o
seu depoimento possa ser considerado como
meio probatório nos actos processuais poste-
riores, incluindo o julgamento.
Assim, da conjugação de disposições legais
vigentes, a criança tem o direito de ser ouvida
e a participar sobre as decisões que lhe digam
respeito, sendo esta audição eventualmente
acompanhada por assessoria técnica, não de
modo obrigatório, porque sabemos que na
práctica essa possibilidade surge, muitas ve-
zes, difícil, senão mesmo, de impossível ma-
terialização.
Em suma, a título de exemplo, o princípio da
audição da criança, não é dispensável pelo facto
de os pais terem manifestado no processo qual
era a posição da criança, nem por esta ter uma
idade inferior a 12 anos.
Desta forma, importa termos presente que o
princípio da audição da criança traduz-se na
concretização do direito à palavra e à efectiva
expressão da sua vontade, como sujeito de di-
reitos. É o accionar em concreto o seu direito à
participação ativa nos processos que lhe digam
respeito em idades que podem variar, sendo in-
clusive, idades inferiores aos 12 anos de idade.
Para tal, cumpre ser necessário que os profis-
sionais do Direito saibam assegurar uma ade-
quada audição, bem como o enquadramento
técnico indispensável, onde se efectiva a forma
como deve ser revestida essa mesma audição.
Ser criança de pleno direito é juridicamente
reconhecer a condição de criança, desde logo,
como sujeito em formação, com capacidades
distintas dos adultos.
É termos a capacidade de entender que a le-
gislação embora existente, não é suficiente, se
não for escrupulosamente debatida e aplicada
no sentido de não violar os direitos que muitas
vezes se silenciam por não terem capacida-
de de voz. É assegurar o superior interesse da
criança (conceito indeterminado que deve fun-
cionar com o fim de prosseguir por todos quan-
tos possam contribuir para o desenvolvimento
harmonioso da criança), em qualquer idade que
esta se encontre. ▪
AAUTORANÃOADOPTOUOACORDOORTOGRÁFICO.
10. 10
PONTOSDEVISTA
A
LISBONLAW (www.
lisbonlaw.pt) é uma
sociedade de Advoga-
dos que atua em diver-
sas áreas de Direito. De que forma
marcam a diferença no mercado?
Desde o início da nossa atividade,
procurámos que o nosso projeto
se pudesse distinguir pela proxi-
midade ao cliente e pela procura
constante de soluções práticas (e
“desformalizadas”) na resolução de
problemas. O feedback recebido
tem sido muito gratificante.
Relativamente à área de atuação
laboral, existe alguma especifici-
dade na assessoria prestada pela
LISBONLAW?
Em particular na assessoria jurí-
dica laboral, consideramos crucial
atuar de forma preventiva, pro-
curando antecipar os problemas
com que os nossos clientes se irão
deparar. Esta abordagem só é pos-
sível através de uma colaboração
estreita e em permanência com
as estruturas de RH das empresas,
atuando quase como um departa-
» O QUE MUDA NO CÓDIGO DE TRABALHO? A VISÃO DOS ESPECIALISTAS
“PREVEMOS UM IMPACTO MUITO
SIGNIFICATIVO DESTAS MEDIDAS”
Portugal vive um momento de mudança ao nível da prática laboral e muito recentemente foram introduzidas alterações pela Lei
93/2019, que abrangem diversas matérias centrais no âmbito das relações de trabalho. Fomos saber mais e conversamos com
Joaquim Pedro Torres, Sócio da Lisbonlaw e Responsável pela área de prática laboral.
mento jurídico externo das mes-
mas.
Foram publicadas recentemente
alterações ao Código do Traba-
lho. Quais foram as principais?
As alterações introduzidas pela
Lei 93/2019 abrangem algumas
matérias centrais nas relações
de trabalho. Do nosso ponto de
vista, as principais medidas são as
seguintes:
Contratos a termo: reduz-se o
período máximo dos contratos a
termo certo para 2 anos e os con-
tratos a termo incerto para 4 anos;
a duração total das renovações do
contrato deixa de poder exceder
a duração do período inicial do
contrato; os motivos justificativos
“procura do primeiro emprego” e
“desemprego de longa duração”
deixam de poder ser invocados na
contratação a termo resolutivo;
Período experimental: determina-
-se um aumento para 180 dias nos
contratos sem termo celebrados
com trabalhadores à procura do
primeiro emprego e desemprega-
dos de longa duração;
Banco de horas: procede-se à
eliminação da figura do banco de
horas individual; criação do meca-
nismo do “referendo” para aprova-
ção do banco de horas grupal;
“Contribuição adicional por rota-
tividade excessiva”: determina-se a
aplicação de uma taxa contributiva
adicional pela utilização “excessiva”
de contratos a termo resolutivo, de
carácter progressivo (e calculada
tendo em conta indicadores secto-
riais, com parâmetros ainda pouco
claros);
Contratos de trabalho de muito
curta duração: estabelece-se o
aumento da sua duração máxima,
de 15 para 35 dias; extensão da
aplicação deste tipo contratual a
todos os sectores de atividade (e
não apenas o agrícola e turístico);
Contrato de trabalho temporário:
estabelece-se um limite de 6 reno-
vações aos contratos de trabalho
temporário a termo certo, excepto
em casos de substituição de traba-
lhador ausente.
Estas alterações entraram em
vigor no dia 01/10, embora não se
apliquem à admissibilidade, reno-
vação e duração dos contratos a
termo e renovação de contratos
temporário celebrados até àque-
la data, destacando-se ainda a
prorrogação até Outubro de 2020
das regras vigentes do regime do
banco de horas.
Considera que estas alterações
vão ter implicações diretas no
mercado laboral?
Sem dúvida. Prevemos um impac-
to muito significativo destas medi-
das, em particular a eliminação do
banco de horas individual e as limi-
tações à contratação a termo reso-
lutivo - um retrocesso evidente na
flexibilidade do mercado laboral.
Às empresas será assim exigido
um esforço ainda maior na gestão
e planificação dos seus recursos
humanos.
Entre as principais mudanças
está o polémico alargamento
do período experimental para
jovens à procura do primeiro
emprego e desempregados de
longa duração (DLD), de 90 para
180 dias…
É verdade, sendo que esta medida
deverá ainda ser sujeita à fiscaliza-
ção sucessiva de constitucionali-
dade pelo Tribunal Constitucional.
Parece-nos uma alteração que não
pode deixar de ser analisada em
conjunto com a supressão da pos-
sibilidade de contratação a termo
desses mesmos jovens à procura
de 1.º emprego e DLD. As duas
medidas parecem-nos constituir
uma forma de“compensação legis-
lativa” recíproca, que desconsidera
estarem em causa planos e concei-
tos diferentes o que, nesse sentido,
as tornaria desnecessárias. ▪
JOAQUIM PEDRO TORRES
11. 11
NOVEMBRO2019
AS SOCIEDADES DE ADVOGADOS VS. TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
“A TECNOLOGIA TEM UM PAPEL DETERMINANTE
NO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA”
O DataLEX é uma aplicação web que permite gerir todas as atividades do advogado. Estivemos à conversa com
Filipe da Costa Fonseca, Managing Partner da Datalex - Legal Tech Solutions, empresa por trás do software.
D
e que forma é que a aplicação se adap-
ta a qualquer tipo de prática, desde
assuntos e tarefas com elevada aces-
sibilidade, rapidez e facilidade de uti-
lização?
A advocacia é uma profissão complexa que impõe
desafios comuns a todos os advogados, tais como,
o controlo do ponto de situação dos assuntos
que têm em mãos ou o registo da atividade diária
do escritório. No entanto, existem necessidades
específicas para cada tipo de prática que fazem
com que os advogados valorizem mais algumas
ferramentas em detrimento de outras. Um advo-
gado em prática isolada não encontra valor numa
solução colaborativa que lhe assegure o trabalho
conjunto no escritório com outros colegas, mas
certamente verá vantagens na automação da
produção de documentos e apoio à faturação.
Já uma sociedade de advogados retira enormes
vantagens no reporting analítico da atividade do
escritório, seja em função da produtividade dos
profissionais que a integram ou da rentabilidade
dos diversos assuntos em curso. O dataLEX procura
identificar os pontos críticos em que a tecnologia
pode ajudar os advogados, em todo o tipo de prá-
ticas e fornecer soluções integradas que consigam
dar resposta às mesmas.
Como é que a mesma permite a gestão diária
de clientes?
Mais do que um sistema através do qual o advo-
gado pode registar clientes, gerir assuntos, even-
tos, tarefas e documentos, o objetivo do dataLEX é
assegurar a gestão de todas as realidades jurídicas
de um escritório e que, sobretudo, consiga arti-
cular toda esta informação de modo a diminuir o
tempo na realização de tarefas de natureza admi-
nistrativa, que embora sejam necessárias e críticas
para o escritório, impõem um consumo de tempo
muito significativo para todos os intervenientes.
O percurso consolidado em criar soluções de
negócio, por parte do DataLEX, resultou da siste-
mática procura pela inovação?
Sim, o dataLEX é um software que se encontra
em constante evolução. Estamos a lançar muitos
«
FILIPE DA COSTA FONSECA
LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
updates com novas funcionalidades e o nosso roa-
dmap de desenvolvimento anda normalmente um
ano e meio à nossa frente.Temos um planeamento
de novas ferramentas que são resultado do nosso
trabalho de I&D que tem como objetivo, perceber
onde podemos introduzir novos pontos de trans-
formação tecnológica no trabalho dos advogados.
O feedback dos nossos clientes, que frequente-
mente identificam pontos de melhoria continua, é
também muito importante para nós.
O DataLEX funciona em todos os sistemas ope-
rativos e browsers modernos sem necessidade
de instalação de software adicional. Destaque
as principais caraterísticas e funcionalidades que
tornam esta aplicação numa constante inovação
para a atividade jurídica.
Sendo um software web, o dataLEX não se encon-
tra dependente de nenhum sistema operativo e
funciona em qualquer browser moderno. As van-
tagens da tecnologia cloud e da virtualização são
inúmeras e muito significativas, visto que nos pos-
sibilita oferecer um produto mais flexível e escalá-
vel e prestar, de forma imediata, suporte técnico e
atualizações sem necessidade de deslocações ao
cliente, com todos os custos que isso acarreta. A
acessibilidade da informação de qualquer lugar, a
salvaguarda de dados em caso de perda resultante
de contingências que afetem a infraestrutura física
do escritório e integração com outras aplicações
são outras vantagens que se podem destacar da
forma como o dataLEX foi concebido.
Estamos inseridos num mundo mais global,
mais digital, mais célere onde surge a necessida-
de da transformação dos negócios para o mundo
digital. De que forma é que ajudam os vossos
clientes a“transformarem”, o seu negócio?
A tecnologia tem um papel determinante no
exercício da advocacia, independentemente da
dimensão e estrutura do escritório onde se exerce
a atividade. A utilização de soluções de software
que respondam às suas necessidades específicas
permitem, entre outras vantagens, promover a
produtividade, na perspetiva da gestão dos assun-
tos, eventos, tarefas e organização documental;
eficiência, no apoio à faturação e produção docu-
mental; e o controlo do ponto de situação dos
assuntos, dos custos e da performance individual
e/ou coletiva. Tudo isto torna o advogado mais
competitivo num mundo em que a aceleração
digital impõe outro tipo de exigências e desafios
à profissão.
Este produto adapta-se às necessidades do
negócio de cada cliente?
Sem dúvida. Entendemos que conseguimos dar
resposta às necessidades específicas dos nossos
clientes, pois optamos por criar um software que
foi desenhado e desenvolvido por/para advoga-
dos, e não uma solução generalista que apenas
se poderia ajustar, entre tantas outras, ao exercício
da profissão do advogado. O nosso foco diário é
identificar problemas e necessidades dos advo-
gados para podermos desenvolver uma resposta
tecnológica para os mesmos. Ainda assim, numa
lógica distinta do licenciamento do software, dis-
ponibilizamo-nos ainda a promover projetos de
desenvolvimento por medida (tailor made) para
os nossos clientes que lhes permitam ajustar ainda
mais a solução ao modelo de funcionamento inter-
no do escritório. ▪
12. 12
PONTOSDEVISTA
A
Financial Liberty, é uma empresa
portuguesa na área da mediação
de créditos e apoio jurídico, com
uma equipa de profissionais com
mais de dez anos de experiência. Que rese-
nha é possível fazer acerca do crescimento
da mediação de créditos no mercado portu-
guês?
As empresas de intermediação de crédi-
to, têm vindo agora a expressar uma maior
notoriedade junto do público, pois o facto de
serem regulamentadas pelo Banco de Portu-
gal, permitiu dar uma maior segurança aos
Clientes e consequentemente, estas empresas
passaram a ter uma maior expressão. Antes da
regulamentação do Banco de Portugal, já exis-
tiam algumas empresas a atuar nesta área, no
entanto a cobrarem valores aos Clientes para
analisar os processos quando os Clientes já se
encontravam com algumas fragilidades econó-
micas, acabando por não solucionar a situação.
Atualmente, empresas como a Financial Liberty,
que trabalham para o Cliente, ainda são alvo do
estigma deixado por essas empresas, causan-
do alguma desconfiança em alguns Clientes
menos informados.
»CRÉDITO CONSOLIDADO – FINANCIAL LIBERTY EM DESTAQUE
“O CRÉDITO
CONSOLIDADO
PODE TRAZER
VÁRIAS
CONTRIBUIÇÕES
POSITIVAS PARA
A VIDA DOS
NOSSOS
CLIENTES”
A Revista Pontos de Vista foi conhecer o universo da Financial Liberty e conversou com Vanessa Oliveira, Sócia Gerente
do grupo e que nos deu a conhecer um pouco mais da dinâmica e crescimento da mesma em prol dos Clientes. A nossa
entrevistada é da área de direito e, desde que se lembra, sempre teve a vontade de ajudar outros a resolver os seus
problemas, tal como refere.“Desde cedo, ao ingressar na área financeira, fui tendo uma maior noção do impacto que
a instabilidade financeira causa no quotidiano de cada indivíduo. Assim que apareceu a oportunidade, surgiu o grupo
Financial Liberty, e com este vieram colaboradores com experiência e acima de tudo com muito profissionalismo e espírito
de cooperação para com o próximo”. Saiba mais de uma marca de enorme potencial e relevo.
Têm como principal desiderato, a satisfação
do Cliente a 100%. Esta preocupação com o
Cliente, é um dos valores máximos da empre-
sa? Explique-nos a importância da mesma no
mundo dos negócios.
Sim, um dos principais valores da Financial
Liberty, aliás o primeiro valor, é a satisfação dos
Clientes, mas acima de tudo a resolução da sua
situação financeira. Inevitavelmente, vamos
sempre abordar iliteracia financeira que é ele-
vada, o que leva muitas vezes a que as soluções
que apresentamos, nem sempre sejam aquilo
que o Cliente traz em mente quando chega
até nós. Tentamos sempre fazer um acompa-
nhamento ao Cliente mesmo após resolução
da situação que trouxe à Financial Liberty, nos
nossos valores é importante este acompanha-
mento contínuo para que o Cliente consiga
reestruturar a sua condição financeira de forma
contínua. Lamentavelmente, existem situações
onde deixa de ser possível ajudar o Cliente no
imediato, nessas alturas tentamos fazer um
acompanhamento de reeducação financeira
por forma a garantir que venha a ser possível
concretizarmos a operação futuramente. Por
norma e apesar de ser o nosso core business o
VANESSA OLIVEIRA
Essa é de facto a nossa
maior especialidade,
não julgamos os nossos
clientes. Acontece a
qualquer um, tentamos
aproximar-nos do
Cliente e perceber o que
levou à atual situação.
O Cliente vai ser sempre
acompanhado pelo
mesmo especialista de
crédito em todas as fases
do processo
13. 13
NOVEMBRO2019
crédito consolidado, estas situações, retratam-
-se em todos os outros créditos que intermedia-
mos, crédito pessoal ou Habitação.
Como pode ser descrito o crescimento da
empresa num universo competitivo como é o
caso do setor da mediação de créditos?
O nosso crescimento tem vindo a ser gradual,
o facto de existirem outras empresas pode ser
importante no mercado, pois cada uma acaba
por ter uma especificidade diferente. No nosso
caso para além da intermediação de créditos,
oferecemos ainda ao Cliente um serviço de
acompanhamento personalizado e jurídico não
só durante todo o processo, mas também após
a concretização do mesmo.
Que tipos de procedimentos são necessários
ter em conta para a criação de um crédito
consolidado?
Relativamente ao crédito consolidado, como
o próprio nome indica, vamos agregar vários
créditos num único, passando a ter apenas uma
prestação, num único dia do mês. É necessário
que se tenha em atenção que a poupança que
os Clientes passam a ter não se reflete apenas
na prestação mensal dos créditos, mas tam-
bém nos seguros, taxas e comissões associados
a estes, deixando de existir com esta solução
financeira.
Quais os tipos de créditos possíveis de con-
solidar?
De uma forma muito generalista, todos os cré-
ditos são passíveis de consolidação, no entanto
o facto de ser ou não vantajoso deverá anali-
sado casuisticamente. Inclusive se para deter-
minada pessoa foi bom incluir na estrutura de
consolidação determinado crédito, não impli-
ca que o mesmo se aplique a outro. Devemos
analisar se existem ou não garantias associadas,
que tipo de garantias e as consequências de as
incluir na consolidação.
De acordo com a sua experiência, que con-
tribuições mais notórias traz um crédito con-
solidado?
O crédito consolidado, pode trazer várias
contribuições positivas para a vida dos nos-
sos Clientes. Como referi logo no início, a vida
financeira de cada indivíduo acaba por o afetar
muito a todos os níveis, caso exista instabilidade
nesse sentido a produtividade no seu local de
trabalho reduz, a atenção com os filhos, a vida
familiar e social. As pessoas passam parte do dia
preocupadas em como vão pagar determina-
das contas, até mesmo pequenos gastos do dia
a dia como aquisição de produtos higiene. Daí
advém uma das principais doenças do século:
a depressão e todas as consequências que esta
pode trazer. Em algumas situações pode levar
mesmo ao desemprego, pois a produtividade
é mais reduzida e é o que acontece quando as
preocupações financeiras dominam os pensa-
mentos. Daí muitas vezes dizermos: Atinja a sua
Liberdade Financeira, porque de facto permite
ao Cliente recomeçar e dedicar-se ao que real-
mente importa.
Quais são as vantagens e desvantagens do
crédito consolidado?
Quanto às desvantagens do crédito consoli-
dado, em algumas situações podemos estar a
falar de aumentar o prazo de alguns créditos ou
eventualmente o aumento da taxa de algum
crédito. Contudo com a uniformização da taxa,
vamos poder verificar que é compensatório.
Quanto ao alargamento de prazo, tentamos
sempre aconselhar o Cliente a canalizar parte
da redução dos valores mensais, para uma
poupança e outra parte para fazer amortiza-
ções sempre que possível, evitando assim levar
a cabo o crédito até ao prazo máximo e desta
forma poupar no custo total do crédito.
A quem se destina esta opção de crédito?
Esta opção de crédito destina-se a todas as pes-
soas que tenham neste momento mais que um
crédito a decorrer, que estejam numa situação
já acima das suas possibilidades de pagamen-
to ou que pretendam reduzir os seus encargos
mensais. Contrariamente a outras empresas de
mercado, solicitamos sempre que nos contac-
tem o quanto antes e não deixem entrar em
incumprimento. Caso isso aconteça será mais
difícil, mas para nós não existem impossíveis e
tentaremos ajudar.
Na mediação de crédito de que forma é que
é possível fazer um acompanhamento perso-
nalizado do Cliente?
Essa é de facto a nossa maior especialidade,
não julgamos os nossos Clientes. Acontece
a qualquer um, tentamos aproximar-nos do
Cliente e perceber o que levou à atual situa-
ção. O Cliente vai ser sempre acompanhado
pelo mesmo especialista de crédito em todas
as fases do processo. Para além de tudo isto,
encurtamos distâncias e damos preferência ao
contato presencial. Em alguma fase do processo
é importante para nós que o Cliente saiba que
tal como ele, somos pessoas, sentimos e respei-
tamos. No entanto e porque trabalhamos todo
o país inclusive ilhas, nem sempre é possível.
Considera que esta é uma solução relativa-
mente eficaz para combater rapidamente o
sobre-endividamento?
Esta solução é eficaz, mas reforço novamente
só irá sortir efeito se existir um aconselhamento
e acompanhamento eficazes, de outra forma
â mínima contrariedade o Cliente tendencial-
mente irá novamente reincidir. Estamos sempre
cá, caso surja algum imprevisto em conjunto
verificaremos a melhor solução, o nosso acon-
selhamento é permanente, sem custos e sem
compromissos.
Existem diversas soluções para cada cliente?
Sim tal como referido há pouco, Clientes com
situações muito semelhantes, podem não con-
seguir as mesmas condições, existe sempre
algo que os distingue. Para cada Cliente há uma
solução diferente, por isso os tratamos de forma
singular e personalizada. ▪
QUAIS AS VANTAGENS
DE CONSOLIDAR OS
CRÉDITOS ATRAVÉS DA
FINANCIAL LIBERTY?
Fazer consolidação ou qualquer outro
serviço com a Financial Liberty é encon-
trar uma equipa de especialistas, que
para além de profissionais são pessoas
e sabem que quem está do outro lado
não é o reflexo de um número, é uma
pessoa e vai ser tratado como tal. É ter
um acompanhamento permanente
sempre e em qualquer altura, sem cus-
tos nem compromissos, é sempre que
precisar usar o telefone, o e-mail ou
qualquer outro meio de comunicação
e saber que vai estar um profissional
à sua disposição e que mesmo sendo
uma situação complexa não desiste á
primeira dificuldade. Queremos que
cada Cliente ATINJA A SUA LIBERDADE
FINANCEIRA!
$
$
$$
$
$
14. 14
PONTOSDEVISTA
M
uito recentemente, a EuPago come-
çouaoferecerumserviçodecobran-
ças por débito direto para empresas
portuguesas, particularmente as de
menor dimensão. Porquê esta aposta e quais os
desideratos da mesma?
Foi com satisfação que percebemos que conse-
guimos fazer parte de um sistema que permitiu a
democratização dos meios de pagamento, criando
assim um ecossistema onde as pequenas empre-
sas têm ao seu dispor as mesmas ferramentas que
as grandes empresas. Deste modo, diminuindo a
desigualdade entre empresas, a Eupago ajuda as
mesmas acreditando que a melhoria do seu serviço
resultará num aumento das vendas. Este é um caso
em que ambas as partes beneficiam.
Estas empresas são de menor dimensão, logo
com menos poder para negociar o custo destas
operações com os bancos. Era uma lacuna que
existia no sistema financeiro português?
A maior lacuna detetada foi, sem dúvida, a auto-
matização do processo e não o custo por si só. Com
a chegada da Eupago ao mercado, este processo
tornou-se mais ágil e prático. Os nossos clientes
conseguem fazer cobranças via Débito Direto sem
necessitarem de efetuar login no banco para enviar
os ficheiros estruturados. Esta operação é simples e
requer poucos passos.
A EuPago é a segunda fintech portuguesas a
entrar em concorrência direta com a banda tra-
dicional, possível a partir do momento em que
foi introduzida a transposição da diretiva dos pa-
gamentos, denominada por DSP 2. Quão impor-
tante é esta concorrência com a banca e de que
forma é que esta medida vem ajudar e apoiar o
universo empresarial português?
A Eupago não tem como objetivo ser concorrente
de nenhuma entidade. A nossa entrada no mer-
cado foca-se em dois aspetos essenciais. Um dos
nossos objetivos passa por acrescentar valor aos
produtos/serviços já existentes para que o comer-
ciante possa ter acesso a um serviço superior ao seu
atual, independentemente de este ser comerciali-
»EUPAGO CONTINUA A INOVAR
AS VANTAGENS DOS PAGAMENTOS POR
DÉBITO DIRETO NAS EMPRESAS
Sempre na vanguarda, a EuPago tem vindo constantemente a inovar a apresentar novas soluções aos seus clientes. Assim, a marca
começou a oferecer um serviço de cobranças por débito direto para empresas portuguesas, particularmente as de menor dimensão.
A Revista Pontos de Vista conversou com Telmo Santos e José Veiga, Administradores da EuPago, que nos deram a conhecer as
vantagens que esta iniciativa aportará ao universo das empresas em Portugal.
TELMO SANTOS E JOSÉ VEIGA
zado por bancos ou instituições financeiras. Igual-
mente importante, é a criação de novas soluções
aproveitando as oportunidades apresentadas com
o surgimento de novas diretivas. Sermos pioneiros
na incorporação DSP2 nos nossos serviços é, sem
dúvida, um motivo de orgulho.
A redução do custo é um dos desideratos da
DSP 2, alinhado com outros pilares como inova-
ção financeiras, eficiência e outros. Desta forma, é
possível massificar o serviço de débito direto com
preços mais competitivos? Se sim, como?
Mais importante do que o aparecimento de novas
diretivas, é o aparecimento de novas soluções que
estimulem o crescimento dos meios de pagamen-
tos. Uma solução como a nossa é uma solução que
permite um aumento significativo do serviço: o
comerciante deixa de ter a necessidade de enviar
os ficheiros de cobrança ao banco, passando a
fazer a cobrança num único backoffice, receben-
do a comunicação da boa cobrança via e-mail ou
webhook, não sendo requisito consultar os fichei-
ros de confirmação no seu banco. Não vou focar
o preço, uma vez que apesar de termos um preço
competitivo, não é esse o fator principal para o
comerciante. O comerciante procura um bom ser-
viço e a Eupago tem esse serviço.
O débito direto é o segundo meio de pagamen-
to mais utilizado em Portugal, logo a seguir aos
cartões. Que vantagens é que o débito direto
aporta para as empresas? Estamos somente a fa-
lar de redução de custos ou também de otimiza-
ção de processos no seio das empresas?
A principal vantagem das cobranças via Débito
Direto é o facto da boa cobrança não depender
da boa vontade do pagador. O Débito Direto tem
influência em diversos fatores, dos quais destaco o
menor tempo despendido a cobrar a fatura, a auto-
matização na disponibilização do serviço e o maior
controlo sobre a tesouraria. Estes três pontos têm
um impacto de grande dimensão na economia das
empresas, sobretudo nas de menor dimensão onde
se revelam vitais.
Perante esta nova realidade dos débitos diretos,
que expectativas aportam ao vosso volume de
negócios para 2020?
Naturalmente, são apenas projeções, mas espera-
mos um aumento do volume de negócio em cerca
de 5%.
De futuro, quais são os grandes desafios que se
colocam à EuPago e ao sistema financeiro em
Portugal?
O futuro é agora. Os desafios são-nos colocados
diariamente, seja por parte das entidades regula-
doras ou por parte dos nossos parceiros e clientes.
Relativamente à regulação, com novas diretivas e
oportunidades, surgem novas regras. Estas visam
um sistema financeiro mais robusto a nível financei-
ro e dos sistemas de informação que se refletem no
planeamento das “pipelines” de desenvolvimento
de produtos. O empenho do nosso departamento
de Sistemas de Informação resulta no que conside-
ro ser um trabalho bastante positivo. O facto de nos
vermos como uma empresa de cariz tecnológico,
resulta numa imensa vontade em conseguir satisfa-
zer todas as necessidades dos nossos clientes e par-
ceiros. Não estamos alheados da concorrência colo-
cada pelos grandes players internacionais como a
Revolut ou o N26. Os efeitos desta concorrência
traduzem-se numa contínua evolução do nosso
produto. Aproveito, ainda, para informar os leitores,
em especial os nossos clientes, que ainda este ano
será lançado o nosso novo backoffice com novas
funcionalidades. ▪
15. 15
NOVEMBRO2019
E
dificada em 1989, a Madei-
ra Management Cia Lda
(MMCL), assume-se como
um dos principais players
no domínio da região, tendo vindo
a marcar um percurso assente na
qualidade e credibilidade da sua
atuação. No sentido de contextua-
lizar junto do nosso leitor, como é
que analisaria a evolução da marca
desde a sua génese?
A MMCL celebrou este ano 30 anos
de existência. Conseguiu acompa-
nhar a evolução do próprio CINM,
adaptando os seus serviços a todas
as novas realidades entretanto intro-
duzidas e por isso continua a ser
reconhecida como um dos principais
players do CINM, mantendo a sua
reputação de empresa séria que ofe-
rece soluções de excelente qualidade
a todos os seus clientes.
Hoje os serviços da MMCL vão para
além do CINM. Foi uma evolução
natural, colocar os nossos colabora-
dores com vasta experiência na área
fiscaledecontabilidade,aoserviçoda
população em geral, de estrangeiros
residentes na Madeira e das empre-
sas regionais, sendo os “Vistos Gold”
e a Residência Não Habitual outras
áreas de actuação. A marca MMCL é
hoje reconhecida local e internacio-
nalmente pela excelência dos seus
serviços e dos seus profissionais.
De que forma é que a MMCL pro-
cura estar atenta a todas as necessi-
dades dos seus clientes e parceiros
no sentido de oferecer as melhores
soluções e valias em prol da satisfa-
ção dos mesmos?
A MMCL tem sempre como lema
a satisfação do seu cliente e usa
todos os meios ao seu alcance para
esse fim.
Promovemos com regularidade a
MADEIRA, UM PÓLO DE ATRAÇÃO AO INVESTIMENTO E NEGÓCIOS «
“A MMCL TEM SEMPRE COMO LEMA A
SATISFAÇÃO DO SEU CLIENTE”
A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Súzel Camacho e Elita Amaral, Diretoras e Consultoras Jurídicas da Madeira
Management, uma marca que celebrou este ano três décadas de existência e que é hoje reconhecida local e internacionalmente pela
excelência dos seus serviços e dos seus profissionais. Saiba mais.
SÚZEL CAMACHO ELITA AMARAL
formação da nossa equipa, estamos
atentos a todas as exigências da pró-
pria regulamentação Portuguesa e
Europeia, adaptando a forma como
presta os serviços e utilizando as tec-
nologias mais recentes.
No âmbito da vossa orgânica, qual
a importância que é dada às par-
cerias de domínio internacional?
É legítimo afirmas que as mesmas
são essenciais para dar a respostas
necessárias?
O facto de pertencermos a um
grupo internacional faz com que
estejamos sempre conectadas com
outras realidades e tentemos sempre
incorporar o que de melhor se faz la
fora de forma a garantir as melhores
soluções para os nossos clientes.
O Centro Internacional de Negó-
cios da Madeira (CINM) foi criado e
aprovado pela União Europeia para
promover o desenvolvimento eco-
nómico da Madeira. Como é que
perpetuam esta ligação, ou seja,
que o CINM seja acessível a todos
os clientes? Como é que o trabalho
desenvolvido pela MMCL beneficia
o CINM?
Para nós é evidente que o CINM tem
promovido o desenvolvimento eco-
nómico da Madeira, não apenas em
termos financeiros, mas também em
termos de criação de emprego qua-
lificado, promoção de investimentos
imobiliários, etc. A MMCL promove
o CINM nos mercados internacional
e nacional, sendo, por isso um dos
veículos da sua promoção e cresci-
mento.
É legítimo afirmar que o CINM é o
instrumento de trabalho da MMCL?
Que lacunas é que ainda identifica
no domínio do CINM e que urgem
ser alterados?
As sociedades licenciadas no CINM
e os navios registados no MAR são
ainda o principal instrumento de
trabalho da MMCL, não obstante
termos diversificado a nossa área de
actuação, usando a nossa experiência
e valências noutras áreas.
Apesar de ser um dos regimes mais
atractivos da Europa, o CINM pode-
ria e deveria ser melhorada para se
tornar mais competitivo em termos
internacionais. A questão da exigên-
cia de criação de trabalho não faz
qualquer sentido nos tempos da tec-
nologia digital.
Que serviços são perpetuados na
dinâmica da MMCL e que sejam
mais relevantes?
A MMCL é composta por uma equi-
pa de profissionais principalmente da
área jurídica e contabilística. Os nos-
sos serviços incluem a constituição e
administração de sociedades dentro
e fora do CINM, consultoria fiscal e
serviços de contabilidade a empresas
e clientes individuais e o registo de
navios. Dispomos ainda de um servi-
ço co-work, que permite aos nossos
clientes ter um local para instalação
da sua própria unidade.
Da sua experiência, qual o poten-
cial de crescimento da Madeira e
sente que estamos a seguir o rumo
correto no sentido de atrair mais
investimento estrangeiro n o arqui-
pélago?
O potencial de crescimento da
Madeira e do CINM existe, mas ainda
é frágil e por isso tem de ser defendi-
do com veemência.
Será por isso que ultimamente ouve
se falar muito num regime fiscal pró-
prio da RAM. A experiência adquirida
no CINM, aliada a um regime mais
consistente, poderia ser uma arma
potente, fonte de crescimento e
maior riqueza para toda a região.
O que precisam de saber todos
aqueles que pretendem investir na
Madeira e quais os grandes deside-
ratos de futuro por parte da MMCL?
Qualquer cliente que pretenda
investir na Madeira, precisa de saber,
a par das enormes vantagens, que
está a lidar com uma jurisdição regu-
lada, com regras para cumprir.
Quanto ao futuro, a MMCL vai con-
tinuar a estar atenta à evolução, quer
do próprio CINM, quer de qualquer
potencial de negócio, adaptando a
oferta dos seus serviços, tentando
acompanhar as novas tecnologias,
dando as melhores ferramentas aos
seus funcionários, de modo a conti-
nuar a prestar o melhor serviço pos-
sível aos seus clientes. ▪
16. 16
PONTOSDEVISTA
Q
uando é que a Efficient Consulting
Corporation (ECCO) foi edificado e
de que forma é que a mesma tem
vindo a calcorrear um percurso
que assuma uma dinâmica no sentido de
se afirmar como um parceiro de excelência
a todos aqueles que buscam os serviços da
marca?
A ideia de constituir uma nova empresa que
fosse contribuir para o crescimento do CINM
nasce em meados de 2013, e já em finais de
setembro desse mesmo ano ganha nome,
ECCO. O meu pai atual sócio da ECCO na altura
trabalhava para uma empresa com quem até
então colaborávamos, hoje em dia nossa con-
corrente, e antes disso durante mais de uma
década contribuiu para a própria criação e
desenvolvimento do regime em si, como dire-
tor delegado da SDM (concessionária da ZFM).
Foi nessa altura que nos desafiou, a mim e ao
meu então sócio, a ideia consistia em angariar
clientes para a dita sociedade de que o meu
pai era sócio e onde trabalhava.
No final de dois anos, já o meu pai estando
disponível a tempo inteiro, lança novo repto
para que a ECCO deixasse de ser uma mera
correspondente de outra“Management”e pas-
sasse ela própria a sê-lo. Por forma a garantir
um serviço premium, exigência de qualquer
empresário que se prese, procuramos logo
firmar uma parceria na área jurídica com uma
sociedade que pelo seu percurso trouxesse
confiança no nosso processo de trabalho e
assinámos um protocolo de cooperação com
a SRS advogados.
Para além disso, acordámos uma parceria com
duas empresas de contabilidade na Madeira
que já operavam no mercado interno, desa-
fiando-as para trabalharem com empresas
internacionais. Em inícios de 2016, adquirimos
perante a SDM o estatuto de “Management”,
eramos então a mais jovem empresa a promo-
ver e atrair investimento para a Madeira, com a
ferramenta CINM.
Que serviços são perpetuados na dinâmica
da ECCO que sejam mais relevantes? Qual o
nível de apoio prestado pela marca aos vos-
sos parceiros?
A ECCO, procura ser o braço extensível dos
clientes que escrutina e consegue atrair. Trata
da constituição da sociedade e disponibiliza
serviços administrativos e de contabilidade.
Numa primeira fase, entabula e desenvolve
»MADEIRA, UM PÓLO DE ATRAÇÃO AO INVESTIMENTO E NEGÓCIOS
ECCO
O BRAÇO EXTENSÍVEL DOS CLIENTES,
UM PARCEIRO DE EXCELÊNCIA
A Revista Pontos de Vista conversou com Nicolas Veiga França, Partner|Tax Consultant, da Efficient Consulting Corporation (ECCO),
onde foram abordados diversos temas, sendo que entre eles esteve a importância da Madeira e do potencial de crescimento da
mesma. Fique a perceber a relevância de um parceiro como ECCO que é profundamente conhecedor das valias de investir na Madeira.
NICOLAS VEIGA FRANÇA
contactos com os
consultores e advo-
gados que identifi-
ca nos vários mer-
cados, após uma
pré-seleção desses
profissionais de con-
fiança nos seus mer-
cados preferenciais que
a conduzirão aos seus
potenciais clientes, tenta
expor-lhes as vantagens do
CINM, do Registo MAR, do Golden
Visa Português e do estatuto de Residen-
tes Não Habituais em vigor no nosso país. Da
nossa abordagem pode ou não nascer interes-
se, se sim tentamos sempre garantir assertivi-
dade e damos resposta em tempo útil.
Um dos vossos desideratos principais passa
por reestruturar negócios ou investimentos
internacionais para os PALOP e Brasil. Como
o perpetuam e como é que essa dinâmica
e orgânica é essencial para que os vossos
clientes possam tomar uma decisão eficien-
te e apropriada?
São mercados atrativos pela identidade e
proximidade culturais com o nosso país e a
língua comum faz parte. No ponto de vista
das empresas portuguesas que pretendem
expandir as suas vendas para o estrangeiro,
internacionalizar o seu produto ou serviço fará
sentido que procurem melhor eficácia eco-
nómica e fiscal para alavancar o investimento
que possam fazer nesses mercados, justifica
uma empresa licenciada para operar na ZFM.
No entanto, a ECCO não faz propriamente
uma distinção criteriosa em ajudar somente
os investidores portugueses, também estran-
geiros a internacionalizarem os seus negócios
não só para os PALOP e o Brasil, como para o
resto do mundo. Em qualquer circunstância
a ECCO explicará que vantagens de diversa
natureza existem e pode aquele produtor ter
em montar uma estrutura na Madeira que vai
ser responsável pelo trading ou pelo procure-
ment da empresa.
O CINM - Centro Internacional de
Negócios da Madeira, também
apelidado de Zona Franca
da Madeira, é um dos
dois principais instru-
mentos responsáveis
pelo desenvolvimen-
to económico do
arquipélago. Como
é que a ECCO tam-
bém promove essa
dinâmica no senti-
do de atrair mais e
novos investimentos
para a Madeira?
O CINM é neste momen-
to a segunda atividade
económica mais importante
e com expressão na economia da
região, os dados são públicos. Se conside-
rarmos que a ZFM foi sempre vista como o
patinho feio até mesmo pelo Governo central,
a promoção negativa sem razão que vai sendo
feita ao CINM, podemos tentar imaginar qual o
verdadeiro potencial desta ferramenta. A ECCO
sendo uma das Managements, acompanha a
concessionária nas suas viagens de promo-
ção e assim também promove o CINM e logo
investimentos para a Madeira. Há também
missões internas da nossa empresa. Usamos
todas as ferramentas ao nosso alcance, o con-
tacto de email é o mais usual.
A confiança, o profissionalismo e a oportuni-
dade vão definir com que o cliente decida ou
não investir na Madeira, o fator segurança é
A confiança, o
profissionalismo
e a oportunidade vão definir
com que o cliente decida ou não
investir na Madeira,
o fator segurança é também
abordado, o clima, as ligações
aéreas, a estabilidade
política e legislativa,
tudo conta
17. 17
NOVEMBRO2019
também abordado, o clima, as ligações aéreas,
a estabilidade política e legislativa, tudo conta.
A ECCO é também um player relevante ao
nível do apoio e assistência a indivíduos
extraeuropeus de elevado nível de rendi-
mentos com vista à obtenção do golden visa
em Portugal. Este «público alvo» é essencial
para o crescimento do volume de negócios
na Madeira?
É importante, embora não essencial, para um
determinado perfil do nosso publico alvo pro-
veniente de países extraeuropeus com elevado
nível de rendimentos, não só porque para eles
pode ser primordial conseguirem com o refe-
rido visto acederem sem restrições ao nosso
país onde terão investido em empresas inter-
nacionais no âmbito do CINM, como a todos os
mercados do espaço europeu Schengen. Isto
abre-lhes o leque de oportunidades de onde
investir para além de no nosso país, estando
conscientes que a nível comercial a UE é na
generalidade o maior mercado a nível mun-
dial. Consideramos que um indivíduo que tem
capacidade financeira para cumprir com um
dos requisitos que lhe valida a obtenção deste
visto, é também um potencial empreendedor,
porque não através da Madeira e do CINM?
Na sua opinião, qual o verdadeiro poten-
cial de crescimento da Madeira? Sente que
ainda existem obstáculos que urgem ser
ultrapassados?
Existem características que são transversais
a qualquer região que se encontre isolada
dos centros económicos. Resulta que os volu-
mes de negócios das empresas que vendem
para o mercado interno e escasso da ilha da
Madeira sejam bem inferiores a outras realida-
des quando comparadas a empresas do con-
tinente Português. Isto é, o espaço territorial
não aumenta, a concorrência interna existe, é
preciso criar postos de trabalho e condições
para que estes se mantenham, o que temos
de fazer? De modo geral, criar condições
para que a distância entre a Ilha e continente
sejam mitigadas, o que passa por melhorar
as infraestruturas marítimas e aéreas, reduzir
os custos de contexto, de produção local e
de transporte dos produtos regionais, criar
condições para que exista um apoio sério
ao alargamento dos mercados das empresas
regionais, à sua internacionalização alargando
assim o potencial de clientes e atrair novos
investidores. O apoio ao CINM é incontorná-
vel, sentimos muita resistência do poder cen-
tral e da CE quiçá por desconhecimento ou
ignorância da nossa realidade insular e ultra-
periférica. Recordo que a nossa constituição
como a europeia apregoam a integração e
a necessidade de garantir-se a continuidade
territorial de todos os cidadãos da UE…
O que precisam de saber todos aqueles
que pretendem investir na Madeira e quais
os grandes desafios que se colocam à ECCO
para o futuro próximo?
Que a Madeira cumpre e faz parte da juris-
dição portuguesa, é também por isso parte
do espaço comunitário Europeu. Beneficia
de todos os acordos e tratados assinados
entre Portugal e os respetivos países e para
além disso apresenta um regime fiscal pró-
prio quando desenvolvida uma atividade a
nível internacional, o CINM. A ilha é cosmo-
polita, nela se falam variados idiomas, possui
uma beleza natural ímpar e um povo afável
e acolhedor. Possui uma universidade local e
uma atmosfera de negócios e de lazer impres-
sionante. O clima é temperado marítimo, daí
que por norma a temperatura seja moderada
o ano inteiro. De salientar que no Funchal
estamos a cinco minutos de tudo, de casa, do
escritório e um mergulho no Mar a qualquer
altura do ano. ▪
O apoio ao CINM é incontornável, sentimos muita resistência
do poder central e da CE quiçá por desconhecimento ou
ignorância da nossa realidade insular e ultraperiférica.
Recordo que a nossa constituição como a europeia apregoam
a integração e a necessidade de garantir-se a continuidade
territorial de todos os cidadãos da UE…
18. 18
PONTOSDEVISTA
»MADEIRA, UM PÓLO DE ATRAÇÃO AO INVESTIMENTO E NEGÓCIOS
MADEIRA COMO PLATAFORMA
PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO
Tânia Castro é a Diretora da TPMC, localizada na ilha da Madeira. Uma empresa que contribui, através das áreas de contabilidade,
jurídica e fiscal, para que o arquipélago se torne um Pólo de atração ao investimento e negócios. Saiba mais.
D
e que forma é que se concentram
no cliente e nas suas necessidades,
sejam elas de expansão do negócio,
fiscais, administrativos ou legais?
Permita-me apenas salientar que a nossa
empresa, sendo uma Management Company-
Estatuto reconhecido pela SDM e Governo
Regional – tem vários sectores operacionais
de apoio a clientes e investidores nacionais
e internacionais. São estas as razões que nos
levam a acreditar sermos uma mais valia no
apoio a possíveis investidores nacionais, que
queiram utilizar a Madeira como plataforma
para a Internacionalização e a investidores
estrangeiros, que queiram penetrar no
mercado europeu e mundial, via Portugal.
A TPMc, já existe no mercado regional há
20 anos. É membro da ACIF - Associação
comercial e Industrial do Funchal e Presidente
da Mesa do CINM (Centro Internacional de
Negócios da Madeira); é membro ainda da
APCINM - Associação dos Profissionais do
Centro Internacional de Negócios da Madeira;
e está inserida na lista de Managements
reconhecidas e certificadas da SDM –
Sociedade de Desenvolvimento da Madeira.
Somos uma das únicas Management na
Madeira com a totalidade do Capital detida por
Portugueses e anualmente envidamos várias
ações promocionais em parceria com a SDM,
adicionalmente às individuais que realizamos.
Em 2019 confirmámos o nosso foco em Lisboa,
Porto, Londres, França e África do Sul.
É uma empresa 100% portuguesa, uma vez
que o capital é atualmente detido a 100% por
madeirenses. Como é que esta característica
pode ser uma mais valia?
Faz-nos perceber melhor as dificuldades diárias
dos nossos clientes, sejam eles Portugueses,
estrangeiros, residentes ou não. Os verdadeiros
desafios duma empresa estão na gestão diária
da mesma, no suprir dificuldades, e encontrar
soluções. Foi pensando nisso que adicionámos
vários sectores à nossa estrutura, criando
o Departamento de Recrutamento e o de
Informática.
De que forma é que a entidade apoia
investidores nacionais que pretendam integrar
mercados estrangeiros, mas também cativar
o investimento internacional para Portugal e,
nomeadamente, para a ilha da Madeira?
Neste momento estou a fazer viagens quinze-
nais a Lisboa. Por duas razões essenciais: prestar
um apoio mais direto no mercado nacional a
investidores estrangeiros; e prestar o mesmo
apoio aos investidores portugueses que estão
a procurar novos mercados; A TPMC, ao longo
dos últimos 20 anos criou uma rede de contac-
tos, atrevo-me a dizer, nos principais centros de
negócios mundiais- para assim podermos ajudar
os clientes a encontrarem soluções articuladas
internacionais, que sejam mais eficientes. Adicio-
nalmente, durante todo o ano participo em con-
ferências como oradora, em Londres - com a UK
Chamber, em Portugal com a Câmara de Comér-
cio Francesa, com a SDM em mercados interna-
cionais e qualquer entidade reconhecida que
pretenda levar a Madeira e Portugal ao Mundo.
Considera que é fundamental a existência
de empresas que fazem interligação entre o
mercado nacional e o estrangeiro e que tentem
servir de elo de ligação entre os países?
Com toda a certeza. E a prova disso e da
eficiência da ligação está no numero cada vez
maior de consultores que estão a abrir escritórios
de consultoria em Lisboa, no Porto e na Madeira.
Ninguém consegue saber tudo! Mas dois
conseguem saber mais!
Acredita que é necessário haver um
conhecimento profundo sobre as questões
fiscais nacionais e internacionais, uma vez que,
caminhamos para uma harmonização fiscal
global?
Sem dúvida! Sem conhecimento e constante
estudo e atualização não é possível aconselhar,
pois é necessário um conhecimento profundo
do sistema e da harmonia fiscal global. Todos os
países estão relacionados, seja pela interpretação
fiscal dos mesmos, pela atitude da AT em cada
um deles, pelas politicas e objetivos comuns, ou
mesmos pelas diferenças. E mesmo com uma
constante atualização, é preciso recorrermos
a vários parceiros para podermos verificar as
atualizações. A fiscalidade e a interpretação da
mesma, muda diariamente no mundo.
Considera que Portugal continental e Madeira
têmcondiçõesquerfiscais,querlegislativasque
ajudam à internacionalização dos investidores
portugueses?
Sim. A Madeira, especificamente, tem um dos
regimes fiscais mais atrativos da Europa neste
momento, e com os custos associados mais
baixos. Prova disso é que, cada vez mais portu-
gueses pensam na Madeira como plataforma
de Internacionalização. Portugal tem o estatuto
de residente não habitual, os diversos vistos de
investimento, os sistemas de crédito de imposto
e os Tratados de Dupla Tributação, entre outras
ferramentas. Acabámos de assinar e ser ratificado
com Angola o que é uma ótima notícia.
ÉnestesentidoqueaTPMCassumenovamente
um papel importante, ao ajudar a encontrar
as melhores soluções fiscais, logísticas e na
procura de parceiros?
A TPMC assume o papel que o cliente necessita
queassuma–asnecessidadesdosnossosclientes
são as nossas. O nosso objetivo é, e será sempre
servir o cliente e suprir as suas necessidades. É
para isso que trabalhamos todos os dias. ▪
TÂNIA CASTRO
19. 19
NOVEMBRO2019
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL «
VENTASK: UMA SOLUÇÃO 360º
Nuno Margarido é o Diretor Geral da Ventask, uma empresa de outsourcing comercial e que oferece ao seu cliente uma solução
de 360o
ao nível de canais remotos, com outbound, inbound, chat, ou ao nível do retalho.
E
m quê que assenta o vosso
fator de diferenciação? O
que diferencia a Ventask dos
demais no mercado?
Na Ventask oferecemos ao nosso
cliente uma perspetiva omnicanal, não
só via canais remotos, mas também
com uma presença forte no retalho.
Não é, ainda, comum uma empresa
presentear todas essas valências e isso
é o que nos diferencia no mercado.
É possível, por exemplo, implemen-
tar produtos/marcas com elementos
totalmente novos ou naturalmente
com uma necessidade de manifesta-
ção no mercado com um único parcei-
ro. A nossa ação será desenvolvida de
forma personalizada, e, só assim, será
possível atender às necessidades espe-
cíficas de cada negócio na medida em
que, estamos conectados a diferentes
mecanismos, presente em diferentes
plataformas e espaços e que, por isso,
iremos oferecer diversos estímulos, a
todo o momento, ao cliente final.
De que forma é que a Ventask pres-
ta um serviço de excelência aos seus
parceiros no que toca à promoção da
interação com os clientes?
As inúmeras formas de abordagem ao
cliente, a igualdade entre os produtos
e o avanço nos direitos do consumi-
dor tornaram as relações de compra e
venda muito mais dinâmicas e interpes-
soais. As empresas/marcas disputam
pelapreferênciadeummesmoclientee
por isso mesmo, a qualidade no atendi-
mento tornou-se fundamental.Vivemos
a era do relacionamento. Especialmente
no que diz respeito ao atendimento ao
cliente, seja de forma passiva ou ativa,
os nossos profissionais estão habilita-
dos com diversas formações técnicas
e comportamentais, pois cada ocasião
de interação com um cliente é um
momento decisivo. O cliente adquire o
produto ou serviço por razões maiorita-
riamente emocionais, por sentirem os
seus desejos, opiniões e gostos respei-
tados. Desta forma, a aposta formativa
e acompanhamento pessoal da equipa
comercial elevam as relações negociais
e humanas, ampliando e consolidando
a excelência que a Ventask promove:
qualidade total no atendimento.
A vossa polivalência permite-vos
atuar em diferentes frentes: Business
to Business ou Business to Consu-
mer; Inbound, Outbound e Gestão
Presencial. Em que consiste cada um
destes serviços?
O lema transversal a todos os canais
consiste em demonstrar aos clientes
que eles são importantes e bem-vin-
dos. Não existe uma forma padrão para
atender aos clientes B2C e B2B. Cada
atendimento é único e, portanto, dife-
rente. Não obstante, existem ferramen-
tas de vendas que são adotadas e dire-
cionadas para o perfil que vamos cap-
tar. No B2B, a nossa colaboração incide
na potencialização das agendas dos
seus comercias, convites para eventos
ou apoio aos seus fornecedores. No
B2C temos soluções integrais que pas-
sam desde o apoio/suporte a cliente
por diversos canais como telefone,
chat, e-mail, redes sociais ou presencial
na gestão do ponto de atendimento.
Para além destes, que outros tipos
de serviços é que têm?
Frequentemente, as necessidades
dos nossos parceiros abrangem
outras áreas e serviços como, gestão
de cobranças, tratamento de dados,
recolha e qualificação de leads, solu-
ções integrais de BackOffice, e-mail
e pesquisas de mercado. Adicional-
mente, estamos certificados pelo
Banco de Portugal para prestarmos
serviços de intermediação de crédi-
to, onde podemos prestar parcerias
às empresas que atuam no setor
bancário ou instituições de crédito.
Como é que ajudam as empresas
a desenvolver um novo patamar de
excelência através da criação de ser-
viços de contact center?
O Contact Center é a ponte direta
entre a empresa e o consumidor, seja
para esclarecer dúvidas, apoio à venda
ou resolver problemas. Assim sendo,
uma boa comunicação com o cliente é
uma parte fundamental para o sucesso
da marca. De facto, uma comunicação
clara, profissional e sem limitações de
horário, permite uma maior satisfação
do proponente angariado e é essencial
para a retenção do cliente. É evidente
que o Contact Center é uma excelente
ferramenta para as empresas que pre-
tendem reforçar a sua identidade no
mercado como uma instituição que
coloca, em primeiro lugar, o cliente.
Considero que é importante reforçar
que a oferta de um serviço de apoio
a clientes profissionais já não é algo
só de grandes empresas. Na Ventask,
conseguimos oferecer um serviço
competitivo e de qualidade. Sinergia é
isso mesmo, uma relação de coopera-
ção para um bem comum: sucesso de
ambas partes.
De que forma promovem a marca
das empresas clientes a estar mais
perto dos consumidores e de garantir
uma abordagem mais humanizada?
Em tempos de constante automação
de tarefas, a importância na forma de
contato e de prestação de serviços
ao público alvo elevou-se. A comu-
nicação e interação não é um proce-
dimento, mas sim uma nova cultura
organizacional a fim de, satisfazer
as necessidades identificadas pelo
cliente, na avaliação da marca. Para
ser eficiente, ela deve ser seguida e
gerida por parceiros e representantes
que desejam crescer, com foco na
qualidade e nas expectativas do con-
sumidor. Na Ventask, reunimos uma
equipa com uma experiência sólida
e especializada na agregação de valor
ao cliente, através da criação de uma
memória afetiva da empresa/marca.
O diálogo e acompanhamento dos
nossos clientes (consumidor final)
são prioritários, para que seja possível
garantir um atendimento humaniza-
do eficiente. Contamos com um bom
software de gestão, que nos ajuda
nesse processo, reunindo dados e
produzindo relatórios com as infor-
mações importantes, para serem usa-
das no relacionamento com eles.
A Ventask está preparada para res-
ponder aos mais exigentes desafios
apresentados por empresas de diver-
sos segmentos de mercado?
Sim. Estou certo de que a Ventask é o
parceiro que vai de encontro às solu-
ções de potencialização e eficiência dos
recurso e vendas. Garantimos confiança
e a capacidade de gestão, aliada a uma
representação de alta qualidade. É crite-
riosa a nossa aposta na formação contí-
nua dos recursos humanos, por forma a
garantir o nosso maior compromisso: a
qualidade no tratamento dos clientes,
consumidores e questões regulatórias.
Relativamente ao nível tecnológico, esta-
mos em constante transformação e para
isso, contamos com parcerias robustas
para entregar soluções top quality. ▪
NUNO MARGARIDO
20. 20
PONTOSDEVISTA
»MOBILIDADE EM PORTUGAL
LINDE
PORTUGAL
MOBILIDADE A
HIDROGÉNIO (H2
)
Quais são as principais vantagens da
Mobilidade a Hidrogénio? Estamos
mais perto dessa realidade? Que
impacto terá a mesma? A Revista
Pontos de Vista conversou com Manuel
Carvalho, Engenheiro de Aplicações de
Gases nas áreas de Química, Energia
e Ambiente da Linde Portugal, que
nos elucidou claramente sobre esta
vertente, lembrando o que a Linde tem
vindo a perpetuar por esta realidade da
mobilidade a hidrogénio.
A
ssumidamente um player de enorme
reconhecimento, a Linde Portugal
produz e comercializa gases indus-
triais, medicinais e farmacêuticos, ofe-
recendo tecnologia de gases e soluções inova-
doras em todas as indústrias e áreas de cuidados
de saúde. Assim, de que forma analisa a vossa
presença no mercado durante estes anos e quais
as mais valias que aportam ao mesmo?
Desde que a Linde adquiriu a Sogás, 1987, que
a empresa tem vindo a crescer em termos geo-
gráficos e volume de negócio. A Linde trouxe ao
mercado português uma abordagem eminente-
mente técnica com base nas sólidas e inovadoras
tecnologias alemãs.
De que forma é que a Linde Portugal, no do-
mínio da mobilidade, tem perpetuado uma
dinâmica inovadora com soluções que façam a
diferença?
A Linde cobre toda a cadeia de valor do H2
, des-
de a produção às operações de abastecimento e
infraestruturas (produção, armazenamento, trata-
mento e distribuição e estações de abastecimen-
to). Em 2004 participámos no projeto CUTE, nos
autocarros movidos a H2
no Porto, e desde então
temos investido no desenvolvimento de soluções
para a mobilidade a H2
, com particular enfoque
nas estações de enchimento rápido.
É legítimo afirmar que esta atitude da marca no
âmbito da mobilidade, perpetua uma dinâmica
de responsabilidade ambiental da mesma?
A Linde tem um papel fundamental na respon-
sabilidade ambiental global e ajudamos os nossos
clientes a melhorar as suas práticas ambientais e
a reduzirem a pegada carbónica, por isso investi-
mos em tecnologias que reduzem o consumo de
recursos naturais e utilizam combustíveis alterna-
tivos, investindo num futuro sustentável com o
objetivo final de uma mobilidade de emissão zero.
Ao mesmo tempo, estamos comprometidos em
minimizar a nossa própria intensidade de recursos
ambientais, incluindo a energia, água e resíduos.
Em Portugal a Linde tem duas áreas de negócio.
Quais os objetivos e de que tipo de recursos é
que estamos a falar e em que sentido é que se
tornam inovadores para os vossos clientes?
A Marca Linde está presente em Portugal com
duas empresas que se dedicam a áreas de negó-
cio distintas, a Linde Portugal, atividade industrial
e hospitalar, e a Linde Saúde, prestação de cuida-
dos de saúde ao domicílio.
21. 21
NOVEMBRO2019
Face à era digital e ao mundo conectado em
que vivemos, queremos continuar a acompanhar
as necessidades dos nossos clientes assim como
inovar, exemplo disso são os canais digitais que
temos vindo a desenvolver e que permitem uma
comunicação direta e bidirecional com os nossos
clientes. Nos últimos anos temos desenvolvido a
tecnologia associada às garrafas de aço conven-
cionais e neste momento conseguimos oferecer
ao mercado garrafas com ecrã digital onde, por
exemplo, é indicado o volume de gás que se en-
contra dentro de cada garrafa. Adaptámos vál-
vulas integradas a vários modelos que tornaram
possível uma fácil utilização por parte dos clientes
e adicionámos códigos de barras que permitiram
a realização de uma gestão de stocks mais eficien-
te. A nossa inovação passa também pela área dos
serviços, na criação e desenvolvimento de equipas
focadas em melhorias contínuas de processos.
A Linde tem vindo a ser pioneira na implemen-
tação do H2
como gás industrial há mais de cem
anos numa vasta gama de aplicações. Consi-
dera que esta é uma resposta promissora rela-
tivamente ao facto de a sociedade enfrentar o
desafio de encontrar uma fonte de combustível
viável para o setor dos transportes/mobilidade
rodoviária em particular?
É verdade, a produção, distribuição, armazena-
mento e uso em aplicações industriais do H2
é
algo que faz parte do nosso dia-a-dia. Seja no sec-
tor químico, alimentar, do vidro ou da metalurgia,
temos soluções para as várias necessidades dos
nossos clientes. O H2
está novamente a ser consi-
derado como uma aposta de alternativa aos com-
bustíveis fósseis e à eletricidade e o nosso know-
-how dá-nos tranquilidade quanto à segurança e
fiabilidade das soluções e equipamentos utiliza-
dos no sector da mobilidade. A Linde tem mais
de 90 estações de enchimento rápido a funcionar
em todo o mundo, tendo já realizado mais de 1
milhão de enchimentos em autocarros, barcos, ca-
miões, carros e submarinos.
Considera que o H2
tem potencial para criar
uma cadeia de valor energética sustentável?
Em décadas de pesquisa, desenvolvimento e
testes efetuados pela Linde e pelos seus parceiros
concluiu-se que a tecnologia do H2
não é apenas
H2
“O H2
ESTÁ NOVAMENTE A SER
CONSIDERADO COMO UMA APOSTA
DE ALTERNATIVA AOS COMBUSTÍVEIS
FÓSSEIS E À ELETRICIDADE E O NOSSO
KNOW-HOW DÁ-NOS TRANQUILIDADE
QUANTO À SEGURANÇA E FIABILIDADE
DAS SOLUÇÕES E EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS NO SECTOR DA
MOBILIDADE. A LINDE TEM MAIS
DE 90 ESTAÇÕES DE ENCHIMENTO
RÁPIDO A FUNCIONAR EM TODO O
MUNDO, TENDO JÁ REALIZADO MAIS
DE 1 MILHÃO DE ENCHIMENTOS EM
AUTOCARROS, BARCOS, CAMIÕES,
CARROS E SUBMARINOS”
viável, ela abrirá oportunidades de mobilidade
regenerativas e sustentáveis. Atualmente é a solu-
ção mais promissora e que gera menos impacto
no ambiente. Globalmente estamos numa fase
inicial do processo, mas num cenário de consu-
mo já elevado, por exemplo, se uma estação de
enchimento abastecer 100 carros por dia com
uma fonte de H2
a menos de 150 km, consegue-
-se atingir um preço de H2
igual ou inferior ao dos
combustíveis fósseis, sem recurso a qualquer tipo
de subsídio. O que é necessário é começar a criar a
rede de distribuição.
De que forma é que a Linde Portugal tem con-
tribuído nos últimos anos com importantes
avanços tecnológicos que aumentam os níveis
de desempenho ambiental na produção, arma-
zenamento e consumo?
A nível de desempenho ambiental temos
contribuído para a implementação dos vários
tipos de normas nesta área melhorando o
desempenho do sector. A nível da cadeia de
valor dos gases industriais, temos investido em
novas unidades de produção mais eficientes, e
junto dos nossos subcontratados, em particu-
lar na distribuição de gases, colaborando com
eles para reduzir o impacto das suas atividades.
No domínio da mobilidade, quais são os
principais desideratos para o futuro?
A Linde pretende aumentar a eficiência ao
longo de toda a cadeia de valor do H2
. Que-
remos proporcionar opções para a máxima
redução da pegada carbónica e oferecer ao
mercado a solução ótima “produtor ao con-
sumidor” para fornecimento de H2
com base
nos requisitos dos clientes e circunstâncias
locais. ▪
22. 22
PONTOSDEVISTA
N
o nosso dia-a-dia, os termos startup,
tecnologia e ecossistema empreende-
dor são comuns. Contudo, há já muito
tempo que se aposta em inovação em
Portugal e são inúmeras as empresas de média
e grande dimensão que apostam em departa-
mentos de Investigação e Desenvolvimento
(I&D) para garantir que continuam na linha da
frente nos seus setores de atividade.
No LISPOLIS, vemos essa aposta dar frutos to-
dos os dias, com a criação de novas soluções
em várias áreas de negócio. As empresas insta-
ladas, sejam microempresas, startups, PMEs ou
mesmo multinacionais, têm como fator diferen-
ciador a capacidade de se adaptarem às novas
realidades e utilizarem as tecnologias a seu fa-
vor, resolvendo problemas reais e oferecendo
soluções eficazes.
A InoDev, consultora de inovação cujo foco é
ajudar as empresas a despoletar e gerir a inova-
ção, de modo a adquirirem um posicionamento
estratégico diferenciador, maximizando os re-
sultados e a rentabilidade global, tem testemu-
nhado o avanço da inovação em Portugal.
“É visível, nos últimos anos, a crescente cons-
ciencialização das PMEs para o conceito da
inovação (e da sua distinção do conceito de
invenção) e da sua importância no sucesso nas
empresas”, explica Telma Batista, consultora na
»INOVAÇÃO EM PORTUGAL
OPINIÃO DE CÍNTIA COSTA, MARKETING E COMUNICAÇÃO DO LISPOLIS
E DE PEDRO REBORDÃO, DIRETOR DE PROMOÇÃO E INOVAÇÃO DO LISPOLIS
INOVAÇÃO MADE IN PORTUGAL
Portugal está na moda e são muitas as empresas de inovação estrangeiras que se fixam por todo o país, à procura de talento
e de boas condições para os seus colaboradores. Contudo, muitas são também as empresas de origem 100% portuguesa que
contribuem para que o tecido empresarial do país seja cada vez mais composto por ideias tecnológicas, inovadoras e escaláveis.
InoDev. Refere ainda que, comparando com o
panorama europeu, Portugal atingiu o melhor
lugar de sempre no Ranking Europeu de Inova-
ção e lidera agora o grupo dos países ‘modera-
damente inovadores’.
“O nosso país destacou-se da média europeia
em fatores como o número de estudantes inter-
nacionais de doutoramento, o registo de mar-
cas comunitárias, a inovação não tecnológica,
as inovações das empresas em produtos/pro-
cessos e o nascimento de novas empresas. Isto
mostra o crescente dinamismo da economia
portuguesa na área da inovação”, acrescenta,
indicando as Tecnologias de Informação e Co-
municações, Saúde, Tecnologias de Produção,
Indústrias de Produto, Tecnologias de Produção
e Indústrias de Processo como principais seto-
res onde se inova em Portugal.
A APOSTA NA ROBÓTICA
A área da robótica tem sido uma das que mais
destaque ganhou nos últimos anos. Contudo,
há uma empresa que já existe há quase 20 anos
e que continua a dar cartas na robótica: a ID
Mind. Instalada no LISPOLIS desde 2000, esta
empresa spin-off do Instituto Superior Técnico
tem desenvolvido vários projetos em diferentes
áreas, como no Edutainment com o robô Viva
instalado no Centro de Ciência Viva / Pavilhão
do Conhecimento, ou no Turismo, com o FROG
(Fun Robotic Outdoor Guide) que já esteve pa-
tente no Terreiro do Paço.
Trabalha ainda a área de serviço de acolhimen-
to, com o robô LINK que indica o caminho aos
visitantes do Banco Bradesco, no Brasil, e a área
social, com o SocialRobot que pretende acom-
panhar e socializar com os idosos em lares, na
Holanda. Esta empresa inovadora desenvolve
projetos para vários países, quer europeus quer
extracomunitários, criando inclusivamente par-
cerias e consórcios com outras empresas para
poder chegar mais longe com os seus produtos.
IMPACTO NA ÁREA SOCIAL
O impacto na área social sempre foi um dos
principais objetivos do desenvolvimento tec-
nológico. Resolver problemas do dia-a-dia dos
humanos é um dos grandes motivos que leva
equipas e empresas a apostar em novas solu-
ções criativas.
É o que acontece no caso da mobilidade redu-
zida, que cada vez mais tem soluções criativas
para apoiar as pessoas com dificuldades moto-
ras a terem uma vida com mais acessibilidade.
O desenvolvimento da tecnologia vem dar um
grande impulso à vontade de criar mais condi-
ções para que a mobilidade seja um direito de
todos.
23. 23
NOVEMBRO2019
A Accessible Portugal, empresa
portuguesa instalada no LISPOLIS,
foi criada com o propósito de ajudar
a tornar o Turismo acessível para to-
dos. Considerando que existe cerca
de 1 milhão de pessoas com neces-
sidades específicas e cerca de 2,5
milhões de seniores em Portugal,
a apresentação de soluções inclusi-
vas torna-se fundamental.
Esta empresa tem desenvolvido
projetos com vários parceiros, in-
cluindo o Turismo de Portugal e a
Fundação Vodafone Portugal, dos
quais se destaca o TUR4all Portugal,
plataforma online que disponibiliza
informação sobre as condições de
acessibilidade nos diversos recur-
sos turísticos como hotéis, monu-
mentos e museus, sem esquecer os
transportes (adaptados), restauran-
tes com casas de banho adaptadas
ou ementas em braille, entre outras
situações. Esta solução pode ser
acedida via website ou aplicação
móvel e contém informação objeti-
va e atualizada sobre as condições
reais de acessibilidade da oferta
turística.
Também a IKI Technologies está
a trabalhar para tornar a vida nas
cidades mais acessível para todos.
Através do seu produto myEyes,
é feito um mapeamento de uma
zona previamente definida e criado
um mapa virtual online para que
pessoas com mobilidade reduzida
e com deficiências de visão possam
seguir as instruções e dirigirem-se
ao local pretendido sem contra-
tempos, como passeios altos ou
situações de perigo como passadei-
ras em locais com pouca visibilida-
de para os condutores de veículos
motorizados.
Este é um sistema pioneiro que
permite que pessoas com cegueira
parcial ou total recebam indicações
através de uma app mobile que ofe-
rece referências em voz alta sempre
que encontra um “evento”, isto é,
uma coordenada GPS ou um Bea-
con, reproduzindo os textos pre-
viamente inseridos na Cloud. Estes
textos têm o propósito de narrar
o que está à volta do utilizador, ao
mesmo tempo que fornece orien-
tações sobre como ir de um ponto
para outro.
O DESAFIO NO SETOR
DA SAÚDE
A par de uma preocupação com
o setor social da sociedade, existe
uma preocupação crescente com a
Saúde. Contudo, inovar numa área
tão conservadora como a Saúde
não é fácil.
A Delox, startup spin-off de um
projeto académico na Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa,
veio provar que não é impossível.
Aliando o estudo químico com a
vontade de empreender, nasceu
esta empresa que irá comercializar
aparelhos de descontaminação
biológica para qualquer local com
necessidade de condições sanitá-
rias de excelência, como hospitais
de campanha, blocos de cirurgia ou
mesmo em centros de produção de
fármacos.
Para desenvolver a sua ideia, os
empreendedores da Delox con-
taram com o apoio do programa
StartUP Voucher, uma medida no
âmbito da estratégia StartUP Portu-
gal que tem como objetivo oferecer
aos jovens portugueses uma bolsa
mensal e prémios de avaliação in-
termédia para que possam verificar
a viabilidade da sua ideia durante
um ano. Mais recentemente, foram
alvo de investimento de 300 mil eu-
ros pela Caixa Capital e Hovione Ca-
pital, e também conseguiram apoio
da European Space Agency Busi-
ness Incubation Center Portugal.
Atualmente, a empresa está a fi-
nalizar o protótipo do seu produto,
que irá começar a ser comercializa-
do em 2021.
Também a CRIAM Tech decidiu
apostar num novo dispositivo mé-
dico: desenvolveu um dispositivo
médico automático e portátil para
análises sanguíneas passível de
identificar o tipo e subtipo san-
guíneo em três minutos. A CRIAM
é a primeira solução no mercado
de Point-of-Care que é portátil e
automática. É mais rápida do que
a concorrência, é móvel, é menos
onerosa e permite a melhor gestão
do inventário de O- em termos de
sangue.
A CRIAM foi um projeto académico
que surgiu na Universidade do Mi-
nho através da investigadora e co-
fundadora, Ana Ferraz, que baseou
o seu doutoramento neste produto.
Ganhou o primeiro prémio da Mi-
crosoft Imagine Cup a nível mun-
dial e, mais recentemente, o prémio
para a área de healthcare da tercei-
ra edição do concurso Protechting,
promovido pela Fidelidade e Fosun
em parceria com a Beta-i.
DESCOMPLICAR
É PALAVRA-CHAVE
Olhar para um problema de ma-
neira diferente pode ser o ponto
de partida para desmistificar a sua
complexidade e encontrar uma so-
lução mais simples.
A Six-Factor, empresa tecnológica
instalada no LISPOLIS desde 2017,
aproveitou um sistema já existente,
de cacifos de entrega em espaços
comuns, e simplificou a sua utili-
zação, através de uma camada de
segurança digital adicional que per-
mite responder ao desafio da ine-
ficiência na entrega bem-sucedida
ao cliente final.
Os Smart Digital Lockers são armá-
rios digitais inteligentes que ofere-
cem o mais alto nível de segurança
de cacifos aliados a uma estética e
robustez dos equipamentos, sem
esquecer a funcionalidade e usa-
bilidade adaptada aos utilizadores.
Considerando que a vida urbana é
cada vez mais rápida e movimenta-
da, oferecer ao consumidor a opção
de escolha do local onde recebe as
encomendas aumenta a eficiência
do serviço e satisfação do cliente.
Estes cacifos fazem uso das tec-
nologias Blockchain e Inteligência
Artificial para garantir a idoneidade
e segurança do seu conteúdo e po-
dem ser utilizados para entrega de
encomendas ou armazenamento
de bens pessoais. Esta é uma solu-
ção que pode ser aplicada como
A COMUNIDADE LISPOLIS É COMPOSTA POR MAIS DE 125 EMPRESAS INOVADORAS
last mile num processo de compra
online, motivo pelo qual os Smart
Digital Lockers participaram ativa-
mente na primeira edição do pro-
grama de aceleração E-Commerce
Experience, focado no retalho.
Esta é uma comunidade de em-
presas que está em crescimento,
uma vez que acolhemos hoje 125
empresas em 12 edifícios. A sua
proatividade e capacidade de en-
volvimento têm ganho dimensão,
criando o que é hoje um espaço em
Lisboa com muito mais para ofere-
cer do que apenas metros quadra-
dos. Faça parte desta comunidade
e ajude-nos a tornar o panorama
de inovação em Portugal cada vez
mais abrangente! ▪
24. PONTOSDEVISTA
24
»INDÚSTRIA 4.0 E O SETOR TÊXTIL
“A JFA ESTARÁ SEMPRE NA VANGUARDA
DA QUALIDADE E DA INOVAÇÃO”
O setor do têxtil passou por momentos extremamente complicados num passado recente, mas teve a capacidade de se reinventar
através da aposta na inovação e na modernidade. Um dos claros exemplos disso mesmo é a J.F. Almeida, um player do setor dos
têxteis que ano após ano tem evoluído sobejamente, sendo hoje reconhecido pela sua capacidade inovadora e dinamizadora a nível
nacional e internacional. A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com João Almeida, Business Manager na J.F. Almeida, que nos deu
a conhecer um pouco do percurso de uma marca que está sempre na vanguarda da qualidade e da inovação.
C
om quatro décadas
de existência, a Têx-
teis J.F. Almeida, S.A.
é hoje um player de
enorme referência no setor têx-
til em Portugal e não só, tendo
vindo a marca este percurso
pela excelência e qualidade da
sua atuação no mercado. Como
tem vindo a ser realizado o cres-
cimento da marca em prol da
inovação, do cliente e de uma
posição de relevo no mercado
nacional e internacional?
A Têxteis JF Almeida quer ser
reconhecida nacional e internacio-
nalmente pela sua procura inces-
sante da qualidade e melhoria do
serviço e continuar a ser sinónimo
de fiabilidade, capacidade, versati-
lidade e flexibilidade, competitivi-
dade, prazo e serviço diferenciado.
Estes últimos são os valores da
empresa, e daí vem o sucesso da
marca e da nossa posição no mer-
cado.
A JFA tem investido continua-
mente em maquinaria de alta tec-
nologia e tem investido forte na
formação e qualidade de trabalho
de todos os nossos colaborado-
res, por isso, consegue se moldar
todos os dias aos desafios do mer-
cado.
Ao longos destes 40 anos, quais
foram, na sua opinião, as prin-
cipais estratégias, momentos e
desafios da marca para ser atual-
mente um player de enorme
relevância no panorama nacio-
nal e internacional? Tornar-se
vertical foi o grande passo e que
fez toda a diferença?
Uma das principais estratégias
foi o investimento incessante na
capacidade produtiva e capaci-
dade humana de toda a empre-
sa, que nos fez tornar autónomos
e com capacidade de garantir
um prazo de entrega aceitável a
qualquer cliente nos 4 cantos do
mundo.
Graças a todos esses investimen-
tos, neste momento a JFA em
menos de 48 horas coloca uma
toalha no outro lado do mundo.
Naturalmente, que um dos gran-
des passos da nossa evolução foi
tornar-nos totalmente verticais,
pois os nossos níveis de qualidade
aumentar de forma exponencial,
e conseguimos controlar todo o
processo produtivo, o que nos faz
ser muito versáteis e flexíveis.
É de conhecimento comum
que, num passado não muito
longínquo, o setor do têxtil
atravessou uma fase de enor-
me crise. Sente que aposta na
Inovação por parte dos players
deste setor foi o ponto chave
para alterar esse paradigma?
Como é que a J.F. Almeida ultra-
passou essa fase?
A inovação tem de estar a par do
nosso dia a dia, pois só assim nos
conseguimos diferenciar dos nos-
sos concorrentes internacionais.
Não falo só da inovação do
produto, mas também do
processo. Isto é, cada vez
mais se fala na chama-
da indústria 4.0, uma
indústria superautoma-
tizada.
A JFA já encara esta
realidade à mais de
uma década, natural-
mente, que na atuali-
dade tem mais valências
para colmatar as dificulda-
des. O mercado têxtil é ainda
um mercado de muita mão de
AJFAtem
investidocontinuamente
emmaquinariadealta
tecnologiaeteminvestidofortena
formaçãoequalidadedetrabalho
detodososnossoscolaboradores,
porisso,conseguesemoldar
todososdiasaosdesafios
domercado
JOÃO ALMEIDA