SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Porto, 2009
INTRODUÇÃO
 Este trabalho foi realizado no âmbito da
  disciplina de Gerontologia Clínica e tem
  como objectivo fundamental abordar a
  temática da violência na terceira idade.
 São feitas ainda algumas referências a
  aspectos em torno do tema central
  como: a velhice, os papéis do idoso, a
  gerontologia e geriatria…
A VELHICE – O que é?

  É uma etapa da vida de um
  indivíduo ;




  Varia consoante a cultura e o
  desenvolvimento da sociedade
  em que vive;

  Alguns problemas de saúde começam a ser
  mais frequentes e, outros, incomuns nas
  fases de vida anteriores, começam a
  aparecer.
IDOSO - Papéis
 As representações do papel do idoso têm-
  se mostrado diferentes na sociedade
  actual;
 A representação da velhice como processo
  de perdas, tem sofrido uma
  inversão, sendo essa etapa valorizada e
  privilegiada tendo em vista as novas
  conquistas em busca de:
     Prazer
     Satisfação
     Realização pessoal
A VELHICE - Estatísticas
   Dados da OMS (Organização
    Mundial de Saúde)
     em 2025     1,2 biliões de
     pessoas com mais de 60
     anos, sendo que os “muito”
     idosos (com 80 ou mais anos)
     constituem o grupo de maior
     crescimento; a maior parte
     dessas pessoas
     (aproximadamente 75%) vive
     nos países desenvolvidos.
A VELHICE - Estatísticas
   Dados do INE (Instituto Nacional de
    Estatística):
     entre 1960 e 1998        o envelhecimento da
      população portuguesa traduziu-se por um
      decréscimo de 35,1% na população jovem
      (entre os 0 e os 14 anos). Em 2001, a
      proporção de idosos em Portugal (16,4%)
      ultrapassou, pela primeira vez, a proporção de
      jovens (16,0%): a relação era de 103 idosos
      para cada 100 jovens;
     para este rácio contribuiu muito o peso da
      população feminina – em 2001 havia 122
      mulheres idosas para cada 100 mulheres
      jovens.
A VELHICE - Previsões
 Estima-se que, em 2020, os idosos
  passarão a representar 18,1% da
  população e os jovens 16,1%;
 Por seu turno, os idosos com mais de 75
  anos representarão 7,7% da população;
 Num futuro muito próximo, existirão muito
  mais idosos acima dos 85 anos, sendo
  maior a probabilidade de ocorrência de
  situações de dependência e de maus
  tratos.
GERIATRIA
GERONTOLOGIA
 Surgiu no século XX;
 ger(o)n (= velho) e log(o) + ia (= estudo)


             “Estudo da velhice”
 Conceito introduzido por Élie
  Metchnikoff, em 1903, e significa o estudo
  científico do processo de envelhecimento
  de todas as coisas vivas e dos múltiplos
  problemas que envolvem a pessoa idosa.
GERONTOLOGIA
   “Hoje é considerada
    como a ciência que
    estuda o processo de
    envelhecimento dos
    seres vivos:
    vegetais, animais e o
    Homem.” (Costa &
    Terra, 2006, p.22)
GERONTOLOGIA




Ciência Multidisciplinar
VIOLÊNCIA NA 3ª IDADE
   Os idosos são vítimas dos mais
    diversos tipos de violência: insultos e
    agressões físicas praticadas por
    familiares e cuidadores (violência
    doméstica), maus-tratos em transportes
    ou instituições públicas e privadas e as
    decorrentes de políticas
    socioeconómicas que reforçam as
    desigualdades presentes na sociedade
    (violência social).
MAUS TRATOS A IDOSOS
                     • Uso intencional da força física ou do poder, real ou em

   OMS                 ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um
                       grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande
                       probabilidade de resultar em lesão, morte, dano
                       psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação




 Fernandes           • Comportamento destrutivo, dirigido a um adulto idoso, que ocorre
                       num contexto de confiança e cuja frequência (única ou regular)
                       não só provoca sofrimento físico, psicológico e emocional, como
   (1998)              representa uma séria violação dos direitos humanos




Rede Internacional
para a Prevenção     • É um acto (único ou repetido) ou omissão que cause dano ou
                       aflição e que se produz em qualquer relação na qual exista
 dos Maus Tratos       expectativa de confiança. Tal acto refere-se a abusos
                       físicos, psicológicos, sexuais, abandono, negligências, abusos
  contra o idoso       financeiros e auto-negligência
     (1995)
MAUS TRATOS A IDOSOS
 Algumas pesquisas realizadas, por exemplo, na
  Austrália, no Canadá, na Inglaterra e na Irlanda do Norte
  concluíram que a proporção de pessoas idosas que sofrem
  maus tratos oscila entre os 3% e os 10%.
 No Canadá 55% dos casos denunciados eram de
  abandono, 15% de maltrato físico e 12% de exploração
  económica.
 Nos Estados Unidos da América, o Nacional Center on
  Elder Abuse registou, entre 1986 e 1996, um aumento dos
  casos de maltrato de idosos declarados pelos serviços
  estatais de protecção à pessoa idosa na ordem dos 150%.
  Entre os agressores contavam-se os filhos adultos
  (37%), os cônjuges (13%) e, por último, outros membros da
  família (11%). No mesmo país, um estudo realizado em
  contextos institucionais, durante um ano, concluiu que 36%
  do pessoal de enfermagem tinha tido um incidente de
  maltrato físico, 81% tinha observado situações de abuso
  psicológico e 40% abusou verbalmente de um idoso
  residente.
MAUS TRATOS A IDOSOS
A Família
Violência Familiar vs Violência
Doméstica
   A violência familiar implica a existência
    de laços de
    parentesco, ocorre, portanto, ligada ao
    laço familiar, dentro ou fora do domicílio
    da vítima;
   A violência doméstica implica a
    proximidade do agressor para com a
    vítima, não exactamente ligada a laços
    de parentesco, podendo, portanto, ser
    exercida por pessoas que compartilhem
    o espaço doméstico do idoso, como
    empregados, visitantes
MAUS TRATOS A IDOSOS
   Tais definições servem
    para ilustrar que o
    agressor do idoso é, na
    maioria das
    vezes, alguém próximo
    do mesmo; a
    dependência, seja ela
    de qualquer um ou de
    ambos os lados, é um
    factor que aumenta o
    risco de violência
CARACTERÍSTICAS E
FACTORES DO AGRESSOR
   Mora com a vítima;
   É financeiramente dependente dela;
   Abusa de álcool e drogas;
   Vínculos familiares desestruturados;
   Pouca comunicação e afecto;
   Isolamento social dos familiares da pessoa de idade
    avançada;
   O idoso ter sido ou ser uma pessoa agressiva nas
    relações com os seus familiares;
   Antecedentes de violência familiar;
   Os cuidadores terem sido vítimas de violência
    doméstica, padecerem de depressão ou de qualquer
    tipo de sofrimento mental ou psiquiátrico
MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES
   Maus-tratos físicos: uso da força física para compelir
    os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-
    lo, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte.

   Maus-tratos psicológicos: agressões verbais ou
    gestuais com o objectivo de aterrorizar os
    idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá-
    los do convívio social.

   Abuso financeiro ou material: exploração imprópria
    ou ilegal dos idosos ou uso não consentido por eles
    dos seus recursos financeiros e patrimoniais.
MANIFESTAÇÕES
   Abuso sexual: refere-se ao acto ou jogo sexual de
    carácter homo ou hetero relacional, utilizando pessoas
    idosas. Visam obter excitação, relação sexual ou
    práticas eróticas por meio de aliciamento, violência
    física ou ameaças.

   Negligência: recusa ou omissão de cuidados devidos
    e necessários aos idosos por parte dos responsáveis
    familiares ou institucionais. Geralmente, manifesta-se
    associada a outros abusos que geram lesões e
    traumas físicos, emocionais e sociais, em
    particular, para os que se encontram em situação de
    múltipla dependência ou incapacidade.
MANIFESTAÇÕES
   Abandono: ausência ou deserção dos
    responsáveis
    governamentais, institucionais ou
    familiares de prestarem socorro a uma
    pessoa idosa que necessite de protecção.

   Auto-abandono ou auto-negligência:
    conduta de uma pessoa idosa que ameace
    a sua própria saúde ou segurança, com
    recusa ou fracasso de prover a si próprio o
    cuidado adequado
OUTRAS FORMAS DE
VIOLÊNCIA
             Violência estrutural:
              desigualdade
              social, pobreza, miséria e
              discriminação.

             Violência institucional:
              sobretudo nas instituições
              públicas de prestação de
              serviços.
PAPEL DOS
PROFISSIONAIS
   Promover a saúde dos idosos;
   Prevenir as doenças, sequelas
    e complicações e a manutenção
    da capacidade funcional do
    idoso;
   Preservar a independência e
    autonomia da pessoa idosa;
   Identificar a ocorrência de
    violência;
   Elaboração de estratégias de
    intervenção adequadas;
   Intervir no ambiente familiar.
AVALIAÇÃO
   Exame Físico
     Deve conter um exame minucioso do
     aspecto geral (limpeza, higiene e
     roupas), peles e membranas mucosas
     (verificar se há lesões
     cutâneas, hematomas, úlceras de
     pressão), cabeça, pescoço e tronco
     (hematomas, lacerações, cortes), extremida
     des, exame de estado mental
AVALIAÇÃO
   História-clínica, social e
    familiar
     Procurar entrevistar e
      examinar o idoso em
      situação de
      privacidade, sem a
      presença do seu
      cuidador, familiar ou
      profissional;
     Explicar ao cuidador ou
      acompanhante que ele
      também será entrevistado
      logo após, pois essa é a
      rotina do serviço (a história
      do possível agressor
      também é muito
      importante).
CONCLUSÃO
   Conclui-se que, ao contrário do que
    geralmente se pensa, a violência não é
    sinónimo de agressão física – existem vários
    tipos de violência que podem causar danos no
    indivíduo. Isto transpõe-se ao caso da
    violência na terceira idade.
   Além disso a violência na terceira idade é, na
    maior parte dos casos, um acto cometido e
    omitido por parte dos familiares do idoso.
   Hoje em dia esta problemática é cada vez
    mais reconhecida na sociedade e existem
    cada vez mais técnicos a intervirem nestes
    casos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Trabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra IdososTrabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra IdososRicardo da Palma
 
Maus tratos violência e negligência contra os idosos
Maus tratos violência e negligência contra os idososMaus tratos violência e negligência contra os idosos
Maus tratos violência e negligência contra os idososDaniela Monteiro
 
15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa
15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa
15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa IdosaGoverno de Santa Catarina
 
Violência doméstica seminário lei maria da penha
Violência doméstica seminário lei maria da penhaViolência doméstica seminário lei maria da penha
Violência doméstica seminário lei maria da penhaNayara Mayla Brito Damasceno
 
SEXUALIDADE NO IDOSO
SEXUALIDADE NO IDOSOSEXUALIDADE NO IDOSO
SEXUALIDADE NO IDOSORubens Junior
 
Como o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro Amarelo
Como o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro AmareloComo o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro Amarelo
Como o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro AmareloNatália Ribeiro
 
Guia prevencao suicidio
Guia prevencao suicidioGuia prevencao suicidio
Guia prevencao suicidioDenise Pacheco
 
Sexualidade e erotismo na terceira idade
Sexualidade e erotismo na terceira idadeSexualidade e erotismo na terceira idade
Sexualidade e erotismo na terceira idadeDarciane Brito
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia Stefane Rayane
 
Apresentação politica de assistencia social 2
Apresentação politica de assistencia social 2Apresentação politica de assistencia social 2
Apresentação politica de assistencia social 2Alinebrauna Brauna
 
Envelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do IdosoEnvelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do IdosoEnfº Ícaro Araújo
 
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)guest5c2f32
 
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescênciaPrevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescênciaLuciana França Cescon
 
A atuação do Assistente Social no CAPS
A atuação do Assistente Social no CAPSA atuação do Assistente Social no CAPS
A atuação do Assistente Social no CAPSIsabela Ferreira
 

Mais procurados (20)

Trabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra IdososTrabalho Violência Contra Idosos
Trabalho Violência Contra Idosos
 
Maus tratos violência e negligência contra os idosos
Maus tratos violência e negligência contra os idososMaus tratos violência e negligência contra os idosos
Maus tratos violência e negligência contra os idosos
 
15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa
15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa
15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa
 
Prevenção de suicídio
Prevenção de suicídioPrevenção de suicídio
Prevenção de suicídio
 
Cartilha violencia contra os idosos
Cartilha violencia contra os idososCartilha violencia contra os idosos
Cartilha violencia contra os idosos
 
Violência contra a mulher
Violência contra a mulherViolência contra a mulher
Violência contra a mulher
 
Violência doméstica seminário lei maria da penha
Violência doméstica seminário lei maria da penhaViolência doméstica seminário lei maria da penha
Violência doméstica seminário lei maria da penha
 
SEXUALIDADE NO IDOSO
SEXUALIDADE NO IDOSOSEXUALIDADE NO IDOSO
SEXUALIDADE NO IDOSO
 
Como o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro Amarelo
Como o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro AmareloComo o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro Amarelo
Como o suicídio é visto pela sociedade - Campanha Setembro Amarelo
 
Saúde do idoso
 Saúde do idoso Saúde do idoso
Saúde do idoso
 
Guia prevencao suicidio
Guia prevencao suicidioGuia prevencao suicidio
Guia prevencao suicidio
 
Sexualidade e erotismo na terceira idade
Sexualidade e erotismo na terceira idadeSexualidade e erotismo na terceira idade
Sexualidade e erotismo na terceira idade
 
doenças mentais
doenças mentaisdoenças mentais
doenças mentais
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 
Violência doméstica
Violência doméstica   Violência doméstica
Violência doméstica
 
Apresentação politica de assistencia social 2
Apresentação politica de assistencia social 2Apresentação politica de assistencia social 2
Apresentação politica de assistencia social 2
 
Envelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do IdosoEnvelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
Envelhecimento Ativo - Saúde do Idoso
 
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
 
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescênciaPrevenção ao suicídio - Infância e adolescência
Prevenção ao suicídio - Infância e adolescência
 
A atuação do Assistente Social no CAPS
A atuação do Assistente Social no CAPSA atuação do Assistente Social no CAPS
A atuação do Assistente Social no CAPS
 

Destaque

Aula 2 Promoção da Saúde
Aula 2 Promoção da SaúdeAula 2 Promoção da Saúde
Aula 2 Promoção da Saúdegerontopedia
 
Um olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhiceUm olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhiceMónica
 
Psicologia do desenvolvimento velhice
Psicologia do desenvolvimento velhicePsicologia do desenvolvimento velhice
Psicologia do desenvolvimento velhiceJocarte
 
Plano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idoso
Plano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idosoPlano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idoso
Plano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idosoivone guedes borges
 
Pimentas
PimentasPimentas
Pimentaskeylogg
 
Leveduras trabalho
Leveduras trabalhoLeveduras trabalho
Leveduras trabalhoAline Sousa
 
Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4agemais
 
Guia da Pessoa Idosa - Dicas e Direitos
Guia da Pessoa Idosa - Dicas e DireitosGuia da Pessoa Idosa - Dicas e Direitos
Guia da Pessoa Idosa - Dicas e Direitosivone guedes borges
 
Oficina teia da vida por sueli mainine
Oficina teia da vida por sueli mainineOficina teia da vida por sueli mainine
Oficina teia da vida por sueli mainineWeb Currículo PUC-SP
 
ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTOASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTOMárcio Borges
 
Política nacional de atenção à saúde do homem
Política nacional de atenção à saúde do homemPolítica nacional de atenção à saúde do homem
Política nacional de atenção à saúde do homemeriiclima
 
Estereótipos da velhice
Estereótipos da velhiceEstereótipos da velhice
Estereótipos da velhiceSonia Sousa
 
Lei do idoso apresentação
Lei do idoso apresentaçãoLei do idoso apresentação
Lei do idoso apresentaçãoJOAQUIM Farias
 

Destaque (20)

Envelhecemos
EnvelhecemosEnvelhecemos
Envelhecemos
 
Aula 2 Promoção da Saúde
Aula 2 Promoção da SaúdeAula 2 Promoção da Saúde
Aula 2 Promoção da Saúde
 
Um olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhiceUm olhar sobre a velhice
Um olhar sobre a velhice
 
Psicologia do desenvolvimento velhice
Psicologia do desenvolvimento velhicePsicologia do desenvolvimento velhice
Psicologia do desenvolvimento velhice
 
Plano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idoso
Plano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idosoPlano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idoso
Plano de ação para o enfrentamento da violencia contra o idoso
 
Pimentas
PimentasPimentas
Pimentas
 
Leveduras trabalho
Leveduras trabalhoLeveduras trabalho
Leveduras trabalho
 
Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4
 
Cartilha idosos finalizada
Cartilha idosos finalizadaCartilha idosos finalizada
Cartilha idosos finalizada
 
Prejuicios Y Mitos Acrca Del Envejecimiento
Prejuicios Y Mitos Acrca Del EnvejecimientoPrejuicios Y Mitos Acrca Del Envejecimiento
Prejuicios Y Mitos Acrca Del Envejecimiento
 
Guia da Pessoa Idosa - Dicas e Direitos
Guia da Pessoa Idosa - Dicas e DireitosGuia da Pessoa Idosa - Dicas e Direitos
Guia da Pessoa Idosa - Dicas e Direitos
 
Oficina teia da vida por sueli mainine
Oficina teia da vida por sueli mainineOficina teia da vida por sueli mainine
Oficina teia da vida por sueli mainine
 
Direito dos idosos
Direito dos idososDireito dos idosos
Direito dos idosos
 
ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTOASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
 
Política nacional de atenção à saúde do homem
Política nacional de atenção à saúde do homemPolítica nacional de atenção à saúde do homem
Política nacional de atenção à saúde do homem
 
Estereótipos da velhice
Estereótipos da velhiceEstereótipos da velhice
Estereótipos da velhice
 
A velhice
A velhiceA velhice
A velhice
 
Saude do homem
Saude do homemSaude do homem
Saude do homem
 
Lei do idoso apresentação
Lei do idoso apresentaçãoLei do idoso apresentação
Lei do idoso apresentação
 
Cartilha Saúde do Homem - Plano SC Saúde
Cartilha Saúde do Homem - Plano SC SaúdeCartilha Saúde do Homem - Plano SC Saúde
Cartilha Saúde do Homem - Plano SC Saúde
 

Semelhante a Violência contra idosos na família e instituições

Eixos tematicos (1)
Eixos tematicos (1)Eixos tematicos (1)
Eixos tematicos (1)juninho-199
 
Violência contra idosos
Violência contra idososViolência contra idosos
Violência contra idosospastorlinaldo
 
Violencia contra o idosoatualizado
Violencia contra o idosoatualizadoViolencia contra o idosoatualizado
Violencia contra o idosoatualizadoMayara Oliveira
 
violência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptx
violência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptxviolência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptx
violência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptxKarineRibeiro57
 
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdfMaterial-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdfAnaCarol906587
 
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder? Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder? Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Idosos albamaria violência
Idosos albamaria violênciaIdosos albamaria violência
Idosos albamaria violênciaAnna Trina
 
Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!
Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!
Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!Rosemeire Guimarães
 
Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)EFA NS BALTAR
 
Violencia intrafamiliar
Violencia intrafamiliarViolencia intrafamiliar
Violencia intrafamiliarjoanaanm
 
Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02
Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02
Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02Crislaine Matozinhos
 
Slide projeto violencia e abuso sexual renata
Slide projeto violencia e abuso sexual   renataSlide projeto violencia e abuso sexual   renata
Slide projeto violencia e abuso sexual renataFabiana Subrinho
 
Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...
Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...
Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...SulenDeArajoNeves
 
Violência e Alcoolismo na Sociedade
Violência e Alcoolismo na SociedadeViolência e Alcoolismo na Sociedade
Violência e Alcoolismo na SociedadeDouglas Lima
 
Aula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasAula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasDiego Alvarez
 
Violencia contra criança e adolescente
Violencia contra criança e adolescenteViolencia contra criança e adolescente
Violencia contra criança e adolescentetlvp
 

Semelhante a Violência contra idosos na família e instituições (20)

Eixos tematicos (1)
Eixos tematicos (1)Eixos tematicos (1)
Eixos tematicos (1)
 
Violência contra idosos
Violência contra idososViolência contra idosos
Violência contra idosos
 
Violencia contra o idosoatualizado
Violencia contra o idosoatualizadoViolencia contra o idosoatualizado
Violencia contra o idosoatualizado
 
Abuso
AbusoAbuso
Abuso
 
violência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptx
violência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptxviolência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptx
violência e maus tratos contra o idoso karine Ribeiro.pptx
 
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdfMaterial-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
Material-de-Apoio-ENEM-NÃO-TIRA-FÉRIAS-LIVE-JOÃO-SARAIVA-SOUSA-NUNES.pdf
 
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder? Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
 
Idosos albamaria violência
Idosos albamaria violênciaIdosos albamaria violência
Idosos albamaria violência
 
maio laranja (1).pptx
maio laranja (1).pptxmaio laranja (1).pptx
maio laranja (1).pptx
 
Diga não a violência!
Diga não a violência!Diga não a violência!
Diga não a violência!
 
Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!
Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!
Abuso sexual mitos e verdades e mentiras!
 
Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)
 
Violencia intrafamiliar
Violencia intrafamiliarViolencia intrafamiliar
Violencia intrafamiliar
 
Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02
Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02
Violnciadomstica anagmeasandraalline-111213233321-phpapp02
 
Slide projeto violencia e abuso sexual renata
Slide projeto violencia e abuso sexual   renataSlide projeto violencia e abuso sexual   renata
Slide projeto violencia e abuso sexual renata
 
Cartilha-abuso.pdf
Cartilha-abuso.pdfCartilha-abuso.pdf
Cartilha-abuso.pdf
 
Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...
Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...
Slides sobre a Escuta Especializada no Contexto Escolar - SEDUC RO - resumido...
 
Violência e Alcoolismo na Sociedade
Violência e Alcoolismo na SociedadeViolência e Alcoolismo na Sociedade
Violência e Alcoolismo na Sociedade
 
Aula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra criançasAula sobre violência contra crianças
Aula sobre violência contra crianças
 
Violencia contra criança e adolescente
Violencia contra criança e adolescenteViolencia contra criança e adolescente
Violencia contra criança e adolescente
 

Mais de susana12345

2. Operadores Booleanos E Partes Do Computador
2. Operadores Booleanos E Partes Do Computador2. Operadores Booleanos E Partes Do Computador
2. Operadores Booleanos E Partes Do Computadorsusana12345
 
8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVel
8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVel8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVel
8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVelsusana12345
 
7. CaracteríSticas Dos Idosos
7. CaracteríSticas Dos Idosos7. CaracteríSticas Dos Idosos
7. CaracteríSticas Dos Idosossusana12345
 
6. Arte E Terapia
6. Arte E Terapia6. Arte E Terapia
6. Arte E Terapiasusana12345
 
5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)
5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)
5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)susana12345
 
1. O Que Sabes Sobre As Tecnologias
1. O Que Sabes Sobre As Tecnologias1. O Que Sabes Sobre As Tecnologias
1. O Que Sabes Sobre As Tecnologiassusana12345
 
Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...
Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...
Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...susana12345
 
Envelhecimento E Qualidade De Vida
Envelhecimento E Qualidade De VidaEnvelhecimento E Qualidade De Vida
Envelhecimento E Qualidade De Vidasusana12345
 

Mais de susana12345 (10)

Curriculo Vitae
Curriculo VitaeCurriculo Vitae
Curriculo Vitae
 
2. Operadores Booleanos E Partes Do Computador
2. Operadores Booleanos E Partes Do Computador2. Operadores Booleanos E Partes Do Computador
2. Operadores Booleanos E Partes Do Computador
 
8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVel
8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVel8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVel
8. Ajudar As Pessoas Idosas A Viver De Forma SaudáVel
 
7. CaracteríSticas Dos Idosos
7. CaracteríSticas Dos Idosos7. CaracteríSticas Dos Idosos
7. CaracteríSticas Dos Idosos
 
6. Arte E Terapia
6. Arte E Terapia6. Arte E Terapia
6. Arte E Terapia
 
5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)
5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)
5. Pesquisa AtravéS Dos Operadores Booleanos (14 04 09)
 
4. Blog
4. Blog4. Blog
4. Blog
 
1. O Que Sabes Sobre As Tecnologias
1. O Que Sabes Sobre As Tecnologias1. O Que Sabes Sobre As Tecnologias
1. O Que Sabes Sobre As Tecnologias
 
Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...
Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...
Web 2.0 Recursos TecnolóGicos E FormaçãO Susana Ferreira (20061566) & Raquel ...
 
Envelhecimento E Qualidade De Vida
Envelhecimento E Qualidade De VidaEnvelhecimento E Qualidade De Vida
Envelhecimento E Qualidade De Vida
 

Violência contra idosos na família e instituições

  • 2. INTRODUÇÃO  Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Gerontologia Clínica e tem como objectivo fundamental abordar a temática da violência na terceira idade.  São feitas ainda algumas referências a aspectos em torno do tema central como: a velhice, os papéis do idoso, a gerontologia e geriatria…
  • 3. A VELHICE – O que é? É uma etapa da vida de um indivíduo ; Varia consoante a cultura e o desenvolvimento da sociedade em que vive; Alguns problemas de saúde começam a ser mais frequentes e, outros, incomuns nas fases de vida anteriores, começam a aparecer.
  • 4. IDOSO - Papéis  As representações do papel do idoso têm- se mostrado diferentes na sociedade actual;  A representação da velhice como processo de perdas, tem sofrido uma inversão, sendo essa etapa valorizada e privilegiada tendo em vista as novas conquistas em busca de:  Prazer  Satisfação  Realização pessoal
  • 5. A VELHICE - Estatísticas  Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde)  em 2025 1,2 biliões de pessoas com mais de 60 anos, sendo que os “muito” idosos (com 80 ou mais anos) constituem o grupo de maior crescimento; a maior parte dessas pessoas (aproximadamente 75%) vive nos países desenvolvidos.
  • 6. A VELHICE - Estatísticas  Dados do INE (Instituto Nacional de Estatística):  entre 1960 e 1998 o envelhecimento da população portuguesa traduziu-se por um decréscimo de 35,1% na população jovem (entre os 0 e os 14 anos). Em 2001, a proporção de idosos em Portugal (16,4%) ultrapassou, pela primeira vez, a proporção de jovens (16,0%): a relação era de 103 idosos para cada 100 jovens;  para este rácio contribuiu muito o peso da população feminina – em 2001 havia 122 mulheres idosas para cada 100 mulheres jovens.
  • 7. A VELHICE - Previsões  Estima-se que, em 2020, os idosos passarão a representar 18,1% da população e os jovens 16,1%;  Por seu turno, os idosos com mais de 75 anos representarão 7,7% da população;  Num futuro muito próximo, existirão muito mais idosos acima dos 85 anos, sendo maior a probabilidade de ocorrência de situações de dependência e de maus tratos.
  • 9. GERONTOLOGIA  Surgiu no século XX;  ger(o)n (= velho) e log(o) + ia (= estudo) “Estudo da velhice”  Conceito introduzido por Élie Metchnikoff, em 1903, e significa o estudo científico do processo de envelhecimento de todas as coisas vivas e dos múltiplos problemas que envolvem a pessoa idosa.
  • 10. GERONTOLOGIA  “Hoje é considerada como a ciência que estuda o processo de envelhecimento dos seres vivos: vegetais, animais e o Homem.” (Costa & Terra, 2006, p.22)
  • 12. VIOLÊNCIA NA 3ª IDADE  Os idosos são vítimas dos mais diversos tipos de violência: insultos e agressões físicas praticadas por familiares e cuidadores (violência doméstica), maus-tratos em transportes ou instituições públicas e privadas e as decorrentes de políticas socioeconómicas que reforçam as desigualdades presentes na sociedade (violência social).
  • 13. MAUS TRATOS A IDOSOS • Uso intencional da força física ou do poder, real ou em OMS ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande probabilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação Fernandes • Comportamento destrutivo, dirigido a um adulto idoso, que ocorre num contexto de confiança e cuja frequência (única ou regular) não só provoca sofrimento físico, psicológico e emocional, como (1998) representa uma séria violação dos direitos humanos Rede Internacional para a Prevenção • É um acto (único ou repetido) ou omissão que cause dano ou aflição e que se produz em qualquer relação na qual exista dos Maus Tratos expectativa de confiança. Tal acto refere-se a abusos físicos, psicológicos, sexuais, abandono, negligências, abusos contra o idoso financeiros e auto-negligência (1995)
  • 14. MAUS TRATOS A IDOSOS  Algumas pesquisas realizadas, por exemplo, na Austrália, no Canadá, na Inglaterra e na Irlanda do Norte concluíram que a proporção de pessoas idosas que sofrem maus tratos oscila entre os 3% e os 10%.  No Canadá 55% dos casos denunciados eram de abandono, 15% de maltrato físico e 12% de exploração económica.  Nos Estados Unidos da América, o Nacional Center on Elder Abuse registou, entre 1986 e 1996, um aumento dos casos de maltrato de idosos declarados pelos serviços estatais de protecção à pessoa idosa na ordem dos 150%. Entre os agressores contavam-se os filhos adultos (37%), os cônjuges (13%) e, por último, outros membros da família (11%). No mesmo país, um estudo realizado em contextos institucionais, durante um ano, concluiu que 36% do pessoal de enfermagem tinha tido um incidente de maltrato físico, 81% tinha observado situações de abuso psicológico e 40% abusou verbalmente de um idoso residente.
  • 15. MAUS TRATOS A IDOSOS A Família
  • 16. Violência Familiar vs Violência Doméstica  A violência familiar implica a existência de laços de parentesco, ocorre, portanto, ligada ao laço familiar, dentro ou fora do domicílio da vítima;  A violência doméstica implica a proximidade do agressor para com a vítima, não exactamente ligada a laços de parentesco, podendo, portanto, ser exercida por pessoas que compartilhem o espaço doméstico do idoso, como empregados, visitantes
  • 17. MAUS TRATOS A IDOSOS  Tais definições servem para ilustrar que o agressor do idoso é, na maioria das vezes, alguém próximo do mesmo; a dependência, seja ela de qualquer um ou de ambos os lados, é um factor que aumenta o risco de violência
  • 18. CARACTERÍSTICAS E FACTORES DO AGRESSOR  Mora com a vítima;  É financeiramente dependente dela;  Abusa de álcool e drogas;  Vínculos familiares desestruturados;  Pouca comunicação e afecto;  Isolamento social dos familiares da pessoa de idade avançada;  O idoso ter sido ou ser uma pessoa agressiva nas relações com os seus familiares;  Antecedentes de violência familiar;  Os cuidadores terem sido vítimas de violência doméstica, padecerem de depressão ou de qualquer tipo de sofrimento mental ou psiquiátrico
  • 20. MANIFESTAÇÕES  Maus-tratos físicos: uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que não desejam, para feri- lo, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte.  Maus-tratos psicológicos: agressões verbais ou gestuais com o objectivo de aterrorizar os idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá- los do convívio social.  Abuso financeiro ou material: exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou uso não consentido por eles dos seus recursos financeiros e patrimoniais.
  • 21. MANIFESTAÇÕES  Abuso sexual: refere-se ao acto ou jogo sexual de carácter homo ou hetero relacional, utilizando pessoas idosas. Visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.  Negligência: recusa ou omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos responsáveis familiares ou institucionais. Geralmente, manifesta-se associada a outros abusos que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para os que se encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade.
  • 22. MANIFESTAÇÕES  Abandono: ausência ou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de protecção.  Auto-abandono ou auto-negligência: conduta de uma pessoa idosa que ameace a sua própria saúde ou segurança, com recusa ou fracasso de prover a si próprio o cuidado adequado
  • 23. OUTRAS FORMAS DE VIOLÊNCIA  Violência estrutural: desigualdade social, pobreza, miséria e discriminação.  Violência institucional: sobretudo nas instituições públicas de prestação de serviços.
  • 24. PAPEL DOS PROFISSIONAIS  Promover a saúde dos idosos;  Prevenir as doenças, sequelas e complicações e a manutenção da capacidade funcional do idoso;  Preservar a independência e autonomia da pessoa idosa;  Identificar a ocorrência de violência;  Elaboração de estratégias de intervenção adequadas;  Intervir no ambiente familiar.
  • 25. AVALIAÇÃO  Exame Físico  Deve conter um exame minucioso do aspecto geral (limpeza, higiene e roupas), peles e membranas mucosas (verificar se há lesões cutâneas, hematomas, úlceras de pressão), cabeça, pescoço e tronco (hematomas, lacerações, cortes), extremida des, exame de estado mental
  • 26. AVALIAÇÃO  História-clínica, social e familiar  Procurar entrevistar e examinar o idoso em situação de privacidade, sem a presença do seu cuidador, familiar ou profissional;  Explicar ao cuidador ou acompanhante que ele também será entrevistado logo após, pois essa é a rotina do serviço (a história do possível agressor também é muito importante).
  • 27. CONCLUSÃO  Conclui-se que, ao contrário do que geralmente se pensa, a violência não é sinónimo de agressão física – existem vários tipos de violência que podem causar danos no indivíduo. Isto transpõe-se ao caso da violência na terceira idade.  Além disso a violência na terceira idade é, na maior parte dos casos, um acto cometido e omitido por parte dos familiares do idoso.  Hoje em dia esta problemática é cada vez mais reconhecida na sociedade e existem cada vez mais técnicos a intervirem nestes casos.