2. CARL JUNG
• Formação
• Relação com Freud 1906 - 1913 ( 7anos)
• Nasceu na Suíça 26/07/1875
• Influência da Arqueologia,
Filosofia, artes,
cultura oriental, etc.
3. • Principais diferenças com Freud:
• Freud: repetição de comportamentos para
satisfação do ID.
• Jung: Existe um desenvolvimento constante e
freqüentemente criativo, busca da totalidade e
completude e o anseio do renascimento.
– Ênfase nas fundações raciais e filogenéticas;
– A personalidade individual é o produto e o
continente de sua história ancestral.
– A personalidade resulta de forças internas agindo
sobre e sendo influenciadas por forças externas.
4. – Os seres humanos nascem com muitas
predisposições legadas por seus ancestrais; essas
predisposições orientam sua conduta e determinam
em parte aquilo de que se tornarão conscientes e à
que responderão em seu mundo experiencial.
5. A ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
• A personalidade é formada por sistemas
interdependes.
• Ego: constituído por percepções, memórias e
sentimentos conscientes. É o centro da
consciência.
• Inconsciente pessoal: Adjacente ao ego, onde
se encontra as experiências reprimidas ou que
foram muito superficiais. (pré-consciente
psicanalítico).
6. • Complexos: grupo organizado ou uma constelação de
sentimentos, pensamentos, percepções e memórias que
existem no inconsciente pessoal. Possui um núcleo que
atrai experiências. Ex. Complexo materno.
• Podem adquirir controle da personalidade e ser uma
personalidade autônoma.
• A palavra complexo, com sua significação psicológica
peculiar, foi introduzida por Jung. E fez fortuna, estando
hoje incorporada ao vocabulário cotidiano de todos nós,
Ouve-se correntemente dizer: eu tenho um complexo
mãe, ele tem um complexo de superioridade, ela tem
um complexo de inferioridade, e assim por diante.
7. • Há algo de incorreto nessas expressões. A verdade é que
não somos nós que temos o complexo, o complexo é
que nos tem, que nos possui. Com efeito, o complexo
interfere na vida consciente, leva-nos a cometer lapsos e
gafes, perturba a memória, envolve-nos em situações
contraditórias, arquiteta sonhos e sintomas neuróticos.
0 complexo obriga-nos a perder a ilusão de que somos
senhores absolutos em nossa própria casa.
• Os complexos são agrupamentos de conteúdos
psíquicos carregados de afetividade.
8. • Exemplo: trata-se de uma mulher de 30 anos, casada.
católica. 0 marido é protestante. Ambos afirmam que a
diferença de religião em nada influía sobre o bom
entendimento entre o casal. Mas a paz doméstica era
perturbada por constantes e violentas cenas de ciúmes
por parte da esposa que fazia descabidas acusações de
infidelidade ao marido. A prova das associações, por
intermédio das palavras induzidas - rezar, separar, casar,
disputar, família, felicidade, falso, beijar, escolher,
contente, que se mostraram críticas em meio a
numerosas outras palavras indutoras, revelou que a
situação daquele lar caminhava para a decomposição. A
diferença de religião criava um clima extremamente
tenso. E, sobretudo, ela vivia aguilhoada por desejos
eróticos em relação a outros homens, enquanto o
marido era um modelo de fidelidade.
9. • Inconsciente coletivo: Trata-se do resíduo
psíquico do desenvolvimento evolutivo humano,
que se acumula em função de repetidas
experiências ao longo de muitas gerações. Todos
os seres humanos possuem inconsciente coletivo
parecido.
• Assim como os humanos nascem com a
capacidade de enxergar em três dimensões, eles
tbém nascem com muitas predisposições para
pensar, sentir e perceber segundo os padrões
definidos que se realizam por meio de
experiências individualizadas.
10. • Sobre o inconsciente coletivo são erigidos o ego,
o inconsciente pessoal e todas as outras
aquisições das pessoas.
• A possibilidade de ter acesso a essas informações
raciais implica que podemos encontrar soluções
para problemas do dia a dia. No entanto, se este
saber for ignorado pelo ego pode resultar em
grandes perturbações.
11. • Arquétipos: Um dos nomes dados à estrutura do
inconsciente coletivo. Trata-se de uma forma
universal de pensamento (idéia) que contém um
grande elemento de emoção. Cria imagem que
corresponde á vida normal.
• O núcleo do Inconsciente coletivo pode ser um
arquétipo. Os mitos, sonhos, visões, rituais,
sintomas neuróticos e psicóticos, produção
artística contém uma grande quantidade de
material arquetípico e são fontes para conhecer
os arquétipos.
12. • Principais arquétipos estudados por Jung:
• Persona: é uma máscara adotada pela pessoa em
resposta às demandas das convenções e das
tradições sociais e às suas próprias necessidades
arquetípicas internas.
• Se o ego se identifica com a persona, ele se
preocupará mais em demonstrar ser alguém que
em seus sentimentos genuínos.
• A Persona é semelhante ao Superego.
13. • Anima e Animus: Corresponde ao lado feminino
do homem e ao lado masculino da mulher.
Fazem com que cada sexo manifeste
características do outro sexo mas, também agem
como imagens coletivas que motivam cada sexo
a responder aos membros do outro sexo e a
compreendê-los.
• É necessário haver um compromisso entre as
demandas do inconsciente coletivo e as
realidades do mundo externo para que a pessoa
seja ajustada.
14.
15. • Sombra: Instintos animais que os humanos
herdaram em sua evolução a partir de formas
inferiores de vida. Quando projetada se torna o
diabo ou o inimigo.
• Este arquétipo é responsável pelo aparecimento,
na consciência, de pensamentos e ações
desagradáveis e socialmente repreensíveis.
Reprimidos no inconsciente ou escondidos pela
persona.
16. • Self: Representa o anseio humano pela unidade.
É o ponto central da personalidade em torno do
qual os outros sistemas estão constelados.
• O self é a meta de vida, inalcançável que motiva
o comportamento humano na busca da
integralidade. O caminho mais eficaz é através da
religião. Jesus e Buda são as representações
modernas deste arquétipo.
17. As Atitudes
• O que controla o funcionamento do ego?
• Existem duas orientações básicas da
personalidade: extroversão e introversão
• A atitude extrovertida orienta a pessoa para o
mundo externo, objetivo; a atitude introvertida
orienta a pessoa para o mundo interior,
subjetivo. Uma delas é predominante e
consciente. Se o ego é predominantemente
extrovertido em sua relação com o mundo, o
inconsciente pessoal será introvertido.
18. As funções
• Formas de adquirir e processar as informações
através de quatro funções: pensamento
(tentativa de compreender a natureza, o mundo
e si próprio), sentimento (é o valor das coisas),
sensação (percepção dos traços do mundo) e
intuição (percepção por meio de processos
inconscientes e subliminares).
19. • Para o indivíduo, uma combinação das quatro funções
resulta em uma abordagem equilibrada do mundo: uma
função que nos assegure de que algo está aqui
(sensação); uma segunda função que estabeleça o que é
(pensamento); uma terceira função que declare se isto
nos é ou não apropriado, se queremos aceitá-lo ou não
(sentimento); e uma quarta função que indique de onde
isto veio e para onde vai (intuição). Entretanto, ninguém
desenvolve igualmente bem todas as quatro funções.
Cada pessoa tem uma função fortemente dominante, e
uma função auxiliar parcialmente desenvolvida. As
outras duas funções são em geral inconscientes e a
eficácia de sua ação é bem menor. Quanto mais
desenvolvidas e conscientes forem as funções
dominante e auxiliar, mais profundamente inconscientes
serão seus opostos.
20. • Leitura da página 94 e 95.
• Teste de personalidade – Quati
21. • Interações entre os sistemas da personalidade:
• Os vários sistemas e as atitudes e funções se
interagem de três maneiras diferentes: um
sistema pode compensar a fraqueza de outro
sistema, pode se opor a outro ou mais sistemas
podem se unir para formar uma síntese.
• Função extroversão e introversão; ego consciente
e inconsciente pessoal.
• Em geral, todos os conteúdos da mente
consciente são compensados pelos conteúdos da
mente inconsciente.
22. • Jung dizia que a personalidade precisa basear-se
no princípio da oposição ou do conflito, porque
as tensões criadas por elementos conflitantes
são a própria essência da vida. Sem tensão não
haveria energia e conseqüentemente nenhuma
personalidade.
• Além dos elementos se oporem uns aos outros
eles também se atraem o que Jung chamou de
Função transcendente. A operação dessa função
resulta na síntese de sistemas contrários
formando uma personalidade equilibrada cujo
centro é o Self
23. A DINÂMICA DA PERSONALIDADE
• A personalidade é um sistema de energia parcialmente
fechado pois, está sujeito a influências e modificações
de fontes externas. Isso significa que a personalidade
não pode atingir um estado de perfeita estabilização, o
que aconteceria se fosse fechado.
• Energia Psíquica: Origina-se dos processos metabólicos
do corpo. A energia psíquica encontra sua expressão
concreta na forma de forças reais ou potenciais. Desejar,
querer, sentir, prestar atenção e buscar são exemplos de
forças reais na personalidade; disposições, aptidões,
tendências, inclinações e atitudes são exemplos de
forças potenciais.
24. • Quantidade de energia = valor
• Quando falamos que atribuímos um grande valor
a uma determinada idéia ou sentimento,
queremos dizer que a idéia ou sentimento exerce
uma considerável força instigadora e orientadora
do comportamento. Uma pessoa que valoriza a
verdade gastará muita energia na busca da
verdade.
• O poder constelador de um Complexo: Três
métodos: 1- observação direta mais deduções
analíticas; 2- os indicadores de complexo e 3- a
intensidade da expressão emocional.
25. • Um indicador de complexo é qualquer
perturbação de comportamento, indicando a
presença de um complexo. Ex. Lapso, bloqueios
de memórias, etc.
• O teste de associações de palavras.
• Psicodinâmica: princípio da equivalência: se for
gasta energia para provocar uma determinada
condição, a quantidade gasta aparecerá em
outro lugar do sistema.
• O rebaixamento de um valor necessariamente
significa a elevação de outro.
26. • Desta forma, a desenergização de ego consciente
é acompanhada pela energização do
inconsciente.
• A energia está continuamente fluindo de um
sistema da personalidade para outro. Essas
redistribuições de energia constituem a dinâmica
da personalidade.
• Como a personalidade não é um sistema
totalmente fechado, existe a elevação e
subtração de energia de fontes externas. Como
alimentação e prática de exercícios.
27. • Princípio da Entropia: Busca de um equilíbrio de
forças. A dinâmica da personalidade busca um
perfeito equilíbrio de forças (Self). Isto não é
possível porque existe a entrada e saída de
energia para o meio externo.
• O desenvolvimento unilateral da personalidade
gera conflitos, pressão e tensão e um
desenvolvimento equilibrado gera harmonia.
• A entropia completa seria o fim de tensões e
conseqüentemente o fim da energia e o fim da
personalidade.
28. • A energia é utilizada para a manutenção da vida
e propagação da espécie e o restante para
atividades culturais e espirituais.
• Para Jung, os humanos estão buscando sempre a
progressão, tendo como meta a auto-realização,
ou seja, a diferenciação e a fusão harmoniosa
mais plenas e completas de todos os aspectos de
uma personalidade humana total. Para isso
desenvolvemos o Self que substituiu o Ego como
centro da personalidade.
29. • Causalidade: Os eventos presentes são os efeitos
ou conseqüências de condições ou causas
antecedentes.
• Teleologia: Existência de uma meta que orienta o
destino humano.
• Modos arbitrários de pensamento, não existe na
natureza.
30. • O processo de Individuação:
• A meta suprema é a realização da condição de
ser si mesmo. Para isso, faz-se necessário que os
vários sistemas da personalidade se tornem
completamente diferenciados e inteiramente
desenvolvidos. Se alguma parte for negligenciada
e menos desenvolvidos agirão como centros de
resistências que tentarão capturar energia de
sistemas mais desenvolvidos. Atingir a
diferenciação, desenvolvimento e expressão dos
sistemas é o processo de Individuação.
31. • A Função transcendente:Qdo a diversidade for
atingida (Individuação) os sistemas são
integrados pela função transcedente que buscar
unir as tendências opostas dos vários sistemas e
de buscar a meta ideal de integralidade perfeita.
32. • Sublimação e Repressão: A sublimação é
progressiva; a repressão é regressiva. A
sublimação faz a psique avançar; a repressão a
faz retroceder. A sublimação é interativa; a
repressão é desintegrativa. Mas já que as
repressão é regressiva, ela pode permitir que os
indivíduos encontrem as respostas para seus
problemas em seus inconscientes e assim
avançar novamente.