Ouvir não é uma atitude fácil. Demanda tempo, paciência, perseverança e concentração. O ato de ouvir é uma obra doadora. Quem ouve uma pessoa, doa o seu tempo e a sua atenção. A princípio, quem ouve pode aparentar uma atitude passiva, mas na verdade esta pessoa realiza uma intensa atividade de pensar e de raciocinar. E tratando-se da Palavra de Deus, a atividade intensa de alimentar a própria alma. Então, quando o crente abrir a sua boca para falar, falará de maneira sábia e poderosa. Portanto, as Escrituras nos aconselham a ouvir mais e a falar menos; para quando articularmos as palavras, o fazermos com autoridade e coerência.
6. INTRODUÇÃO
Na lição dessa semana vamos estudar a maneira
adequada de o crente usar um instrumento maravilhoso,
mas ao mesmo tempo, potencialmente perigoso: a fala.
Este assunto está interligado à temática da verdadeira
religião que agrada a Deus.
O fenômeno da fala é uma das fontes de expressão do
pensamento humano, como também é responsável pelo
processo de comunicação e de formação da identidade
cultural de uma sociedade.
As pessoas querem falar às outras àquilo que pensam.
O crente, todavia, tem o compromisso de não apenas
falar o que pensa, mas agir como propõe o Evangelho.
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8. I - PRONTO PARA OUVIR E TARDIO PARA FALAR
(Tg 1.19,20)
1. Pronto para ouvir.
Para alguns crentes, a pessoa sábia é a que sempre tem algo a falar. Ouvir é um
empreendimento trabalhoso e, por isso, ignorado por muitos. Diferentemente,
as Escrituras admoestam-nos a ser prontos para ouvir. No versículo 19, Tiago
introduz o seu ensino sobre o "ouvir" e o "falar" destacando a expressão sabei
isto.
Com essa expressão, ele demonstra a sua preocupação pastoral com os seus
leitores. Outro termo no versículo 19 chama-nos a atenção: pronto. No grego, a
palavra significa "rápido", "ligeiro" e "veloz". Ali, o escritor sacro incentiva-
nos a estar disponíveis a ouvir. É uma atitude que depende de uma disposição e
também da decisão em ouvir o outro.
A exemplo do profeta Samuel, que desde a sua infância foi ensinado a ouvir a
voz divina (1 Sm 3.10; 16.6-13), o povo de Deus deve persistir em escutar os
desígnios do Pai, pois nesses últimos dias têm Ele falado através do seu Filho,
o Verbo Vivo de Deus (Hb 1.1; cf. Jo 1.1).
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10. I - PRONTO PARA OUVIR E TARDIO PARA FALAR
(Tg 1.19,20)
2. Tardio para falar.
Quem ouve com atenção adquire a rara capacidade de opinar acerca de
qualquer assunto. É justamente por isso que a Carta de Tiago exorta-nos a
ser tardios para falar (v.19). Uma palavra dita sem pensar, fora de tempo,
e sem conhecimento dos fatos, pode provocar verdadeiras tragédias.
Quem nunca se arrependeu de ter falado antes de pensar? Diante de
Faraó, o imperador do Egito Antigo, o patriarca José aproveitou
sabiamente um momento ímpar em sua vida. Antes de responder às
perguntas sobre os sonhos do monarca, José as ouviu e refletiu sobre elas.
Em seguida, orientado pelo Senhor, respondeu sabiamente Faraó (Gn
41.16).
Temos de aprender a refletir sobre o que vamos dizer e falar no tempo
certo. Pese bem as palavras, e ore como o rei Davi: "Põe, ó SENHOR,
uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios" (Sl 141.3).
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12. I - PRONTO PARA OUVIR E TARDIO PARA FALAR
(Tg 1.19,20)
3. Controle a sua ira.
Uma terceira admoestação encontrada no versículo 19 da carta de Tiago
expressa o seguinte: tardios para se irar. A ira é um profundo sentimento
de ódio e rancor contra a outra pessoa. Uma vez descontrolada, ela não
produz a justiça de Deus, mas uma justiça segundo o critério da pessoa
que sofreu o dano: a vingança.
A Palavra de Deus não proíbe o crente de ficar indignado contra a
injustiça (Is 58.1,7; Lc 19.45). Contudo, ao mesmo tempo, a Bíblia
estabelece limites para o nosso temperamento não se achar irrefletido,
descontrolado, deixando-nos impulsivamente irados (Ef 4.26; Pv 17.27).
O cristão, templo do Espírito Santo, tem de levar a sua mente cativa a
Cristo (2 Co 10.5) e manifestar o fruto do Santo Espírito: o domínio
próprio (Gl 5.22 - ARA). Fuja da aparência do mal. Tenha autocontrole.
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14. R. Com essa expressão, ele demonstra a sua
preocupação pastoral com os seus leitores.
R. A ira é um profundo sentimento de ódio e
rancor contra a outra pessoa.
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16. II - PRATICANTE E NÃO APENAS OUVINTE DA
PALAVRA (Tg 1.21-25)
1. Enxertai-vos da Palavra (21).
A Palavra de Deus é o guia maior do crente. E para que a
Palavra atinja efetivamente o coração do servo de Deus, este
precisa acolhê-la com pureza e sinceridade.
Isto é, firmar uma posição radical rejeitando toda a
imundícia e a malícia mundana (v.19); recebendo o
Evangelho com mansidão e sobriedade.
Leia os Evangelhos! Persiga em conhecer a mensagem
divina de Cristo Jesus, mas, igualmente, abra o coração para
ouvir a voz do Senhor.
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18. II - PRATICANTE E NÃO APENAS OUVINTE DA
PALAVRA (Tg 1.21-25)
2. Praticai a Palavra (22-24).
O escritor sacro não tem interesse em que o leitor da epístola apenas
acolha a Palavra no coração, antes deseja que o crente a pratique (v.22).
Não pode haver incoerência entre o que se "diz" e o que se "faz" para
quem é discípulo de Jesus. Se amar a Deus e ao próximo são os maiores
dos mandamentos, então, devemos porfiar em vivê-los.
Quem acolhe a Palavra rejeita tudo o que é imundo, maligno, perverso,
injusto, dissimulado, insincero. Não apenas isso, mas igualmente abre a
porta do coração para "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo
o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa
fama" (Fp 4.8).
Do contrário, seremos identificados com o homem que contempla a própria
imagem no espelho e depois se retira esquecendo-se completamente dela.
Há pessoas que olham para o Evangelho e ouvem, mas sem memória e
perseverança, não dão nenhuma resposta ou sequência ao chamado de
Jesus Cristo (vv.23,24). Deus nos livre desse engodo!
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20. II - PRATICANTE E NÃO APENAS OUVINTE DA
PALAVRA (Tg 1.21-25)
3. Persevere ouvindo e agindo (v.25).
Tiago conclui este ponto da epístola da seguinte maneira: Quem é
cuidadoso para com a lei, nela persevera; não apenas ouvindo-a
negligentemente, mas praticando-a zelosamente.
Felicidade plena em tudo é a promessa para quem ousa viver o
Evangelho cônscio das implicações espirituais e das consequências
materiais. Alguém, um dia, disse que os evangélicos são poderosos
no discurso, mas fracos na prática do mesmo discurso. Falamos, mas
não vivemos! Precisamos analisar nossa vida em amor e sinceridade.
Entremos na presença de Deus com o rosto descoberto, coração
rasgado e alma despida. No tempo em que vivemos não dá para
passar despercebidos na dissimulação, ou seja, fingindo ser algo que
na verdade não somos.
24. III - A RELIGIÃO PURA E VERDADEIRA (Tg
1.26,27)
1. A falsa religiosidade.
Apesar de algumas pessoas se considerarem religiosas por frequentarem
um templo, as Escrituras revelam o significado da verdadeira religião. Ela
reprova todo o ativismo religioso feito em "nome de Deus", mas em
detrimento do próximo. Aqui, a língua do crente tem um papel importante.
Tiago diz que é possível enganar o próprio coração quando deixamos de
refrear a nossa língua. Ora, o coração é a sede dos desejos, dos
sentimentos e das vontades. E a boca só fala daquilo que o coração está
cheio (Mt 12.34). É incompatível com o Evangelho, viver a graça de Deus
sem mergulhar no Reino dEle.
Quem não se entrega inteiramente ao Senhor pratica uma religião vã e
falsa. Não podemos ser como a pessoa capaz de fazer uma belíssima
oração por um faminto, e depois despedi-lo sem lhe dar um único grão de
arroz.
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26. III - A RELIGIÃO PURA E VERDADEIRA (Tg
1.26,27)
2. A verdadeira religião (v.27).
A religião pura, santa e imaculada, de acordo com o autor sacro, é
suprir a necessidade do próximo: "Visitar os órfãos e as viúvas
nas suas tribulações". O problema hoje é que a nossa atenção,
quase sempre, está voltada para o prazer pessoal.
Temos os olhos fechados para os necessitados que na maioria das
vezes cultuam a Deus, assentados, ao nosso lado. Lembremo-nos
da vida de Jesus Cristo! Ele não apenas olhou para os
marginalizados, mas foi até eles e os acolheu em amor (Mt 25.35-
45).
A religião que agrada a Deus é aquela cujos discípulos professam
e bendizem o seu nome, visitando e acolhendo os necessitados
nas aflições.
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28. III - A RELIGIÃO PURA E VERDADEIRA (Tg
1.26,27)
3. Guardando-se da corrupção (v.27).
Além de recomendar a obrigatoriedade de visitarmos os
órfãos e as viúvas, a Epístola de Tiago menciona outro
aspecto da verdadeira religião: guardar-se da corrupção
do mundo.
A religião falsa está mergulhada no egoísmo, na
corrupção e nos interesses maléficos do sistema
pecaminoso.
A igreja deve manter-se longe da corrupção. Estamos no
mundo, mas não fazemos parte do seu sistema! O
Evangelho nada tem com os seus valores e preceitos
29.
30. R. Quem não se entrega inteiramente ao
Senhor pratica uma religião vã e falsa.
R. A religião que agrada a Deus é aquela cujos
discípulos professam e bendizem o seu nome, visitando
e acolhendo os necessitados nas suas aflições.
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33. CONCLUSÃO
Nessa semana aprendemos sobre o cuidado que
devemos ter com o ouvir e o falar. Estudamos também
acerca da religião pura e imaculada que alegra a Deus:
visitar os órfãos e as viúvas nas tribulações e
guardarmo-nos da corrupção do mundo.
Que os nossos ouvidos estejam prontos para ouvir, a
nossa língua para falar sabiamente e a nossa vida para
praticar tudo quanto aprendemos do Evangelho.
Embora estejamos em um mundo turbulento, devemos
exalar o bom perfume de Cristo por onde formos (2
Co 2.15).
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35. ACESSE O NOSSO SITE
www.escola-dominical.com
www.proaviva.blogspot.com
Produção dos slides
Ev. Ismael Pereira de Oliveira
&
Ismael Isidio