O documento discute o propósito das tentações e sofrimentos na vida do cristão. As tentações servem para provar e fortalecer a fé, produzir paciência e levar à perfeição espiritual. Embora venham da fragilidade humana, Deus usa as tentações para amadurecer os crentes.
O propósito das tentações: alcançar a perfeição espiritual
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6. INTRODUÇÃO
Definitivamente, o homem moderno não está preparado para sofrer.
Os membros de muitas igrejas evangélicas, através da Teologia da
Prosperidade, têm se iludido com a filosofia enganosa do "não
sofrimento".
O resultado é que quando o iludido sofre o infortúnio, perde a fé em
"Deus". Mas, que se entenda bem, num "deus" que nada tem com as
Escrituras! A lição dessa semana tem o objetivo de resgatar esse
ensinamento evangélico (Tg 1.2).
Aprenderemos acerca da tentação, do sofrimento e da provação, não
como consequência de uma vida de pecado ou de falta de fé, mas
como o caminho delineado por Deus para o nosso aperfeiçoamento.
Ninguém melhor do que Jesus Cristo, com seu exemplo de vida, para
nos ensinar tal lição (Hb 5.8). O convite do Mestre é um chamado ao
sofrimento por amor do seu nome (Jo 16.33; Mt 5.10-12).
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8. I - O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS
TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
1. O que é tentação.
O termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, massah, quanto no grego,
peirasmos, para tentação, significa "prova", "provação" ou "teste".
A expressão pode estar relacionada também ao conflito moral, isto é, a uma
incitação ao pecado. De fato, como mostram as Escrituras, a tentação é uma
provação, uma espécie de teste. O pecado, por sua vez, já se trata de um ato
imoral consumado. Por isso, a tentação não é, em si mesma, pecado, pois
ninguém peca quando passa pelo processo "probatório".
A própria vida terrena do Senhor Jesus demonstra, com clareza, a distinção entre
tentação e pecado. A Epístola aos Hebreus afirma que Jesus, o nosso Senhor, em
tudo foi tentado. Ele foi provado e testado em todas as coisas. Todavia, o Mestre
não pecou (Hb 4.14-16).
Portanto, confiantes de que Jesus Cristo é o nosso Sumo Sacerdote perfeito,
devemos nos aproximar, com fé, do trono da graça sabendo que Ele conhece as
nossas tentações e pode nos dar a força necessária para resistirmos (1 Co 10.13).
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10. I - O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS
TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
2. Fortalecimento após a tentação (v.2).
Do mesmo modo que o ouro precisa do fogo para ser refinado ou purificado,
o cristão passa pelas tentações para se aperfeiçoar no Reino de Deus (1 Pe
1.7).
Quando tentado, o crente é posto à prova para mostrar-se aprovado tal como
Cristo, que foi conduzido ao deserto para ser tentado por Satanás e embora
debilitado e provado espiritualmente, saiu do deserto vitorioso e fortalecido,
tendo em seguida iniciado seu ministério terreno de pregação a respeito do
Reino de Deus (Lc 4.1-13).
À luz do exemplo de Cristo, compreendemos bem o que Tiago quer dizer
quando exorta-nos a termos "grande gozo quando [cairmos] em várias
tentações". Tal conselho aponta para a certeza de que ao passar pela
tentação, além de paciente e maduro, o crente se sentirá ainda mais
fortalecido pela graça de Deus.
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12. I - O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS
TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
3. Felicidade pela tentação (v.12).
Quando o cristão é submetido às tentações há uma tendência de
ele entregar-se à tristeza e à angústia. Mas atentemos para esta
expressão: "Bem-aventurado o varão que sofre a tentação".
Em outras palavras, como é feliz, realizado ou atingiu a
felicidade aquele crente que é provado, não em uma, mas em
várias tentações (v.2). Ser participantes dos sofrimentos de
Cristo e ao mesmo tempo felizes parece paradoxal.
A Bíblia, porém, orienta-nos a que nos alegremos em Deus
porque a tribulação produz a paciência, e esta, a experiência
que, finalmente, culmina na esperança (Rm 5.3-5).
13. I - O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS
TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
3. Felicidade pela tentação (v.12).
Isto mesmo! Vivemos sob a esperança de receber diretamente
de Jesus a coroa da vida. Uma recompensa preparada de
antemão pelo nosso Senhor para os que o amam.
Você ama ao Senhor? É discípulo dEle? Então, não tema passar
pela tentação. Há uma promessa: Você "receberá a coroa da
vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam".
Alegre-se e regozije-se em ser participante das aflições de
Cristo, pois é justamente nessa condição - de felicidade
verdadeira -, que Ele nos deixará por toda a eternidade quando
da revelação da sua glória (1 Pe 4.12,13)!
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15. R. O termo empregado na Bíblia tanto no
hebraico, massah, quanto no grego, peirasmos,
para tentação, significa "prova", "provação" ou
"teste".
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17. II - A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15)
1. A tentação é humana.
Embora a tentação objetive provar o crente, as Escrituras afirmam
que ela não vem da parte de Deus, mas da fragilidade humana (Tg
1.13). O ser humano é atraído por aquilo que deseja.
A história de Adão e Eva nos mostra o primeiro casal sendo tentado
por aquilo que lhe atraía (Gn 3.2-6). Mesmo sabendo que não
poderiam tocar na árvore no centro do Jardim do Éden, depois de
atraídos pelo desejo, Adão e Eva entregaram-se ao pecado (Gn 3.6-9).
A Epístola de Tiago aplica o termo "gerar", utilizado no versículo 15,
à ideia de que ninguém peca sem desejar o pecado. Assim, antes de
ser efetivamente consumada, a transgressão passa por um processo de
gestação interior no ser humano. Portanto, a origem da tentação está
nos desejos humanos e jamais no Altíssimo, "porque Deus [...] a
ninguém tenta".
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19. II - A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15)
2. Atração pela própria concupiscência.
O texto bíblico é claro ao dizer que "cada um é tentado, quando
atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (v.14).
A tentação exterioriza o vício, os desejos, a malignidade da
natureza humana, isto é, a concupiscência. Ser tentado é sentir-
se aliciado pela própria malícia ou os sentimentos mais reclusos
de nossa natureza má.
Você tem ouvido o ressoar das suas malícias? Elas te atraem?
Ouça a Epístola de Tiago! Não dê vazão às pulsões interiores,
antes procure imitar Jesus afastando-se do pecado. Assim, não
darás luz ao pecado e viverás.
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21. II - A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15)
3. Deus nos fortalece na tentação.
Embora a tentação seja fruto da fragilidade humana, quando
ouvimos o Espírito Santo, Deus nos dá o escape em tempo
oportuno: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas
fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis,
antes com a tentação dará também o escape, para que a possais
suportar" (1 Co 10.13).
O Santo Espírito nos fará lembrar a Palavra de Deus para não
pecarmos contra o nosso Senhor Altíssimo (Is 30.21; Jo 14.26).
Todavia, para que isso seja uma realidade em nossa vida,
precisamos cultivar a Palavra de Deus em nossos corações (Sl
119.11).
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23. R. Os desejos humanos. O ser humano é
atraído por aquilo que deseja.
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25. III - O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12)
1. Para provar a nossa fé (v.3).
Na época de Tiago, os cristãos estavam desanimados por passarem
duras provas de perseguição. No versículo três, o meio-irmão do
Senhor utiliza então o termo "sabendo", o qual se deriva do verbo
grego ginosko e significa saber, reconhecer ou compreender, para
encorajá-los a compreenderem o propósito das lutas enfrentadas na lida
cristã: Deus prova a nossa fé (Tg 1.12).
À semelhança do aluno que estuda e pesquisa para submeter-se a uma
prova e, em seguida, ser aprovado e diplomado, os filhos de Deus são
testados para amadurecer a fé uma vez dada aos santos (Jo 16.33; Jd 3).
O capítulo 11 da epístola aos Hebreus lista inúmeras pessoas que
tiveram sua fé provada, porém, terminaram vitoriosas e aprovadas. Por
isso o referido texto bíblico é conhecido como a "galeria dos heróis da
fé".
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27. III - O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12)
2. Produzir a paciência (vv.3,4).
No grego, "paciência" deriva de hupomone e denota a capacidade de
perseverar, ser constante, ser firme, suportar as circunstâncias difíceis.
A palavra aparece em o Novo Testamento ao lado de "tribulações" (Rm
5.3), aflições (2 Co 6.4) e perseguições (2 Ts 1.4). Mas também está
ligada à esperança (Rm 5.3-5; 15.4,5; 1 Ts 1.3), à alegria (Cl 1.11) e,
frequentemente, à vida eterna (Lc 21.19; Rm 2.7; Hb 10.36).
O termo ilustra a capacidade de uma pessoa permanecer firme em meio
à alguma pressão, pois quem é portador da paciência bíblica não
desiste facilmente, mesmo sob as circunstâncias das provas extremas
(Jó 1.13-22; 2.10).
Tiago encoraja-nos então a alegrarmo-nos diante do enfrentamento das
várias tentações (v.1), pois a paciência é resultado da prova da nossa fé.
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29. III - O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12)
3. Chegar à perfeição.
A habilidade de perseverar ou desenvolver a paciência não
acontece da noite para o dia. Envolve tempo, experiência e
maturidade.
O meio-irmão do Senhor destaca na epístola a paciência para
que o leitor seja estimulado a chegar à perfeição e,
consequentemente, à completude da vida cristã, que se dará na
eternidade.
A expressão "obra perfeita" traz a ideia de algo gradual, em
desenvolvimento constante, com vistas à maturidade espiritual.
O motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para
que persevere na vida cristã e atinja o modelo de perfeição
segundo Cristo Jesus (Sl 119.67; Hb 5.8; Ef 4.13).
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31. R. A expressão "obra perfeita" traz a ideia de algo gradual,
em desenvolvimento constante, com vistas à maturidade
espiritual.
R. O motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão
para que persevere na vida cristã e atinja o modelo de
perfeição segundo Cristo Jesus (Sl 119.67; Hb 5.8; Ef 4.13).
R. Cada tentação vencida pelo crente, significa um avanço rumo
ao amadurecimento espiritual.
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33. CONCLUSÃO
Sabemos que todo cristão passa por aflições e tentações ao
longo da vida. Talvez você esteja vivendo tal situação. Lembre-
se de que o nosso Senhor Jesus passou por inúmeras tribulações
e tentações, mas venceu todas, tornando-se o maior exemplo de
vida para os seus seguidores.
Cada tentação vencida pelo crente, significa um avanço rumo
ao amadurecimento espiritual. Um dia ele atingirá a estatura de
varão perfeito à medida da estatura de Cristo (Ef 4.13). Este é o
nosso objetivo na jornada cristã! Deus nos recompensará!
Estejamos firmes no Senhor Jesus, pois Ele já venceu por nós e
por isso somos mais que vencedores.