O documento descreve as tecnologias aplicadas à logística, incluindo sistemas iniciais como EDI e evoluindo para sistemas integrados como ERP e WMS. Também discute conceitos como MRP, VMI e RMI, e como esses sistemas melhoram a comunicação, integração e eficiência nas operações logísticas.
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1. INTRODUÇÃO
Os mais variados sistemas informatizados de gestão surgiram a décadas
buscando preencher lacunas existentes principalmente na comunicação de
informações vitais a organização e para a integração de todos os
participantes da cadeia produtiva.
Raramente na história da Administração de Empresas Brasileiras, uma
onda varreu tão rápida e amplamente o espectro de diferentes portes e
naturezas de empresas como os sistemas integrados de gestão de
recursos, os famosos ERPs. Repentinamente, tornou-se quase uma
obsessão para empresários de grandes e médias empresas e, mais
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obsessão para empresários de grandes e médias empresas e, mais
recentemente, pequenas empresas. Nomes comerciais de sistemas de
informação como SAP/R3, BAAN, Oracle, Peoplesoft, JDEdwards,
Microsiga, Datasul, entre dezenas de outros, passaram a fazer parte do
jargão usual de executivos e até leigos. Atualmente, um grande número
de empresas no Brasil e no exterior, ou já são usuárias, ou estão em
processo de implantação, ou ainda, planejam começar em breve.
Pretendemos no entanto, demonstrar a evolução e aplicação de alguns
sistemas precursores do sistemas integrados (ERP), principalmente no
âmbito de gestão logística, e as mais atuais ¨ferramentas tecnológicas¨ de
suporte as mais variadas atividades e operações produtivas.
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2. EDI (ELECTRONIC DATA INTERCHANGE)
A forma mais remota de troca eletrônica de informações de real eficácia e
aplicabilidade foi o EDI, utilizando plataforma de comunicação
computador-computador entre duas ou mais companhias de tal modo que
as mesmas podem gerar ordens de compra, notas fiscais, etc.
O EDI também capacita empresas a acessar em tempo real sistemas de
informações de fornecedores, clientes e transportadores para determinar
o status do inventário, processamento de pedidos e entregas em
andamento. Em função da simplicidade do sistema (hoje, totalmente via
Internet/Intranet/Extranet) ainda é altamente utilizado.
Algumas inovações ocorreram a partir do EDI, derivando sistemas mais
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RMI (Retailer-Managed Inventory): algumas companhias com grande
quantidade de operações de vendas desenvolveram elaborados
sistemas de informação para acelerar o "check-out" (melhora no
serviço ao cliente) bem como aumentar a eficiência do ressuprimento
de muitos itens oferecidos aos consumidores. Um alto volume de
transações aliado à necessidade de giros constantes no inventário fez
com que varejistas e distribuidores migrassem para o uso de
computadores e processamento de pedidos mais avançados.
VMI (Vendor-Managed Inventory): apesar dos tradicionais sistemas
de ressuprimento gerenciado pelo próprio varejista, há um grande
crescimento de sistemas de informação gerenciados pelos
fornecedores.
Algumas inovações ocorreram a partir do EDI, derivando sistemas mais
complexos e integrados como:
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3. MRP (MATERIALS REQUIREMENTS PLANNING)
O conceito de MRP tem sido aplicado por muitos anos, mas somente a
poucos anos esta metodologia foi formalizada e computadorizada. Um
sistema MRP pode ser definido como:
“ Um sistema computadorizado de produção e controle de inventário cujo
objetivo é a minimização de estoques mantendo os materiais adequados
para o processo de produção da organização. Deste modo, a produção é
sincronizada para atender a demanda de um bem final baseado no lead
time de ressuprimento de cada item ou componente”
O propósito do sistema MRP é assegurar que materiais como peças e
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O propósito do sistema MRP é assegurar que materiais como peças e
componentes individuais estejam disponíveis para que o produto final
possa ser completado de acordo com a programação de produção da
empresa. Apesar de ser difícil conceituar o MRP sem entrar em detalhes
técnicos, podemos adiantar que o MRP é o método mais simples de
previsão das necessidades de cada parte individual de um produto
acabado. As funções mais importantes de um sistema MRP estão
apresentadas a seguir:
Controlar os níveis de inventário
Alocar prioridades aos componentes
Determinar com mais detalhes os requisitos de capacidade
Planejar as atividades de fabricação, cronograma de entrega e
atividades de aquisição.
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4. ERP (ENTERPRISE RESOURCES PLANNING)
Diante das mudanças e exigências cada vez maiores pela visibilidade de
informações de todos os níveis no ambiente empresarial, não cabiam as
decisões departamentais isoladas e subseqüentemente, seus sistemas
ilhados e não comportando a necessidade de troca de informações pelos
canais da empresa. Desta forma, uma visão sistêmica e global para o
gerenciamento integrado dos negócios, determinou o surgimento dos
softwares de gestão empresarial (ERPs). Analogicamente, a Logística
Empresarial também exigia tal integração, de forma ainda mais extensa,
para fora da empresa.
Pela grande quantidade e complexidade de informações sobre os mais
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Pela grande quantidade e complexidade de informações sobre os mais
variados módulos surgidos nos últimos 20 anos, auxiliando na tomada de
decisões nas áreas de marketing, vendas, finanças, engenharia, produção
(como vimos), compras, logística, RH, estoques, expedição, pós vendas,
manutenção e governança corporativa, apresentaremos um esquemático
e ilustraremos didaticamente o amplo universo dos ERPs.
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5. WMS (WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM)
O Sistema WMS tem como objetivo controlar toda operação logística da empresa
como entradas, movimentações, inventários, separação, conferência e
rastreabilidade (código de barras, coletores ou RF). Apresentaremos algumas
características e funcionalidades básicas dos softwares de mercado.
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5. WMS (WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM)
O Sistema WMS tem como objetivo controlar toda operação logística da empresa
como entradas, movimentações, inventários, separação, conferência e
rastreabilidade (código de barras, coletores ou RF). Apresentaremos algumas
características e funcionalidades básicas dos softwares de mercado.
5.1- Políticas
Visão operacional integrada: todos dados necessários próprios das operações de
múltiplos armazéns em diferentes plantas compartilham um único banco de
dados, oferecendo condições necessárias à integração operacional. Todas as
ocorrências de um armazém é visível a outro;
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ocorrências de um armazém é visível a outro;
Mapeamento dos armazéns: a subdivisão do armazém em locais pode ser feita
em até cinco níveis. Os locais podem ser segmentados sob diferentes óticas:
uso dos mesmos recursos de movimentação, com a mesma geometria,
similares em rotatividade e acessibilidade, complementares do ponto de vista
dos destinatários e pertençam a mesma região para cálculo de distâncias.
5.2- Materiais
Hierarquia: os materiais são classificados de modo a facilitar a definição das
regras operacionais: as regras definida num nível são herdadas pelos seus
níveis inferiores, a menos que nelas sejam redefinidas;
Comunicação com cliente-proprietário: como intermediário, os operadores
logísticos falam a linguagem de seus clientes, assim, ao código interno, associa-
se também o correspondente código do cliente-proprietário;
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5.3- Controles
Múltiplas Embalagens: tem sido cada vez mais freqüente que a embalagem do
cliente-proprietário seja diferente da embalagem referenciada pelo cliente-
destinatário, o que implica em abrir caixas ou consolidá-las. Este serviço,
transferido aos operadores logísticos, implica em dificuldades operacionais e de
controle, uma vez que embalagens diferentes implicam itens diferentes;
Lote de Fabricação: o controle de estoque por lote de fabricação é
imprescindível para controlar prazo de validade, evitar distribuição fracionada,
seqüênciar a distribuição, bloquear a expedição de lotes sob inspeção e rastrear
a distribuição. Exemplo: tecidos, alimentos etc;
Referência documental:para manter a rastreabilidade do Cliente-proprietário ao
Cliente-destinatário – número da nota fiscal -, controlar as mudanças de estado
documental - ex. BL para Declaração de Importação - e controlar a garantia
comercial -, é necessário que materiais reunidos por um mesmo documento
levem esta referencia, bem com alterações que possam ocorrer com ela;
Número de série: há materiais que exigem controle individual por número de
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levem esta referencia, bem com alterações que possam ocorrer com ela;
Número de série: há materiais que exigem controle individual por número de
série – produtos eletrônicos de precisão, veículos etc. Sendo esta uma
característica do item, o sistema obriga que todos os movimentos referencie o
número de série e todas as funções reflitam esta individualização. Também há
possibilidade de se somente se reconhecer o número de série na saída;
Mapeamento do armazém: uma das decisões gerenciais de maior relevância é
como distribuir geograficamente os materiais no armazém, ou seja, sempre
trabalhando com agrupamentos de materiais e locais, deve-se determinar em
quais classes de locais serão armazenadas as classes de produtos. Esta
resposta está fortemente condicionada à adequação entre a natureza do item e
a do local, bem como fatores derivados da freqüência de saída e da
acessibilidade do local;
Regras operacionais: a independência do sistema em relação à natureza dos
materiais a serem movimentados e armazenados implica categorizá-los
segundo características de controle, armazenamento e picking, uma vez que os
recursos próprios de cada armazém são pré-estabelecidos.
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Armazenamento: o aproveitamento de espaço e a aceleração do fluxo quase
sempre são enfoques conflitantes. A escolha do local de armazenamento feita
pelo sistema exige estabelecer vários parâmetros para cada um dos itens:
classes de locais onde potencialmente pode ser armazenado, capacidade de
armazenamento do item para cada classe de local, possibilidade de ser
misturado e tipo de mistura que admite.
Picking: o picking, recolhimento de materiais na área de armazenagem segundo
Ordem de Movimentação, pode ser feita mediante três condicionamentos
básicos: a ordem da retirada (FIFO, LIFO ou NA), o critério da ordem (lote de
fab. ou lote de receb. ou referencia documental) e o local da separação;
Recursos: um dos objetivos centrais dos sistemas é oferecer meios de tornar
mais eficiente o uso dos recursos de produção, principalmente a mão de obra.
Para tanto, grupos de operadores são associados a classes de locais para que as
OMs possam ser automaticamente endereçadas aos operadores sem
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OMs possam ser automaticamente endereçadas aos operadores sem
necessidade de supervisão, estimar o prazo de ondas de picking, antecipar-se a
sobrecarga ou sub-carga de grupo de operadores pelo conhecimento da carga
de trabalho associada a uma onda.
5.4- Recebimento
Interface com Cliente-proprietário – notas fiscais: quanto mais antecipada e
segura for o conhecimento dos materiais enviados pelo Cliente-proprietário,
mais rápida será a operação de recebimento – o ideal é a uma das modalidades
de comunicação EDI ou arquivo pré-formatado. Além de admitir processos
eficientes de recebimento, o sistema é capaz de informar se há capacidade
disponível para o armazenamento, reservar espaço e tratar o excesso de carga.
Recebimento documental: os itens novos são cadastrados, as notas fiscais
inseridas, os locais de armazenamento reservados e as condições de validação
e emissão e etiquetas do recebimento físico são estabelecidas;
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Recebimento físico: os materiais recebidos são conferidos, unitizados,
identificados (Unidade de Movimentação e Estocagem – UME) e
automaticamente endereçados, tornando-se aptos para serem armazenados;
Tratamento das divergências e danos: o confronto entre o recebimento físico e
documental é automático e as divergências são rigorosamente tratadas: a
maior há exigência de nota complementar e bloqueio para expedição; a menor,
há exigência de devolução e materiais danificados são bloqueados e
endereçados classe específica de locais;
Interface com Cliente-proprietário – confirmação do recebimento: o sistema
retorna ao Cliente-proprietário todas as ocorrências do recebimento físico a fim
de que seu sistema corporativo possa completar a operação de transferência e
sinalizando as possíveis diferenças;
Armazenamento: cada Ordem de Movimentação pode conter mais de uma UME
sendo associada a um operador tão logo se inicie o processo de armazenagem.
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sendo associada a um operador tão logo se inicie o processo de armazenagem.
Todos os eventos deste processo são reconhecidos pelo sistema até sua
efetivação, podendo-se avaliar tempos e liberar UME para novos processos;
Pedido de Saída: a decisão de expedição pertence ao Cliente-proprietário:
itens, quantidades, destino e prazo de entrega. Os pedidos de saída são
inseridos manualmente, transmitidas via EDI ou por arquivos pré-formatados.
5.5- Picking
Programação do Picking: a decisão de selecionar os pedidos de saída é
complexo pois implica conhecer a carga de trabalho associada, a disponibilidade
de recursos, o peso/volume de cada rota, o roteiro de entrega para
sequenciamento da carga e o horário de término para carregar os veículos. O
sistema fornece amplo suporte a partir de simulações e critérios de seleção
(data de entrega, rota etc.). Quando da efetiva seleção dos pedidos, o sistema
valida a existência do estoque, impedindo liberação de processos divergentes.
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Ondas de Picking: cada programação de picking pode ser desdobrada em várias
ondas de picking, cada uma delas com sua abrangência (rota, cliente, pedido),
local de separação e doca de saída. O picking libera uma pilha de Ordens de
Movimentação a serem automaticamente conhecidas e atribuídas aos
operadores a partir dos coletores de rádio freqüência ou por Picking List.
Procedimentos especiais de validação asseguram ao sistema a correção do
picking e a segurança em tratar alterações que impliquem facilitar o trabalho.
Todos os estágios de uma Ordem de Movimentação originária de uma onda são
totalmente controlados pelo sistema de modo que se conheça os tempos reais
de execução e o estado de execução da onda;
Paralelismo entre o picking e o armazenamento: todos os volumes separados
são perfeitamente reconhecidos, mesmo aqueles resultantes do fracionamento
de uma UME;
Separação por pedido-cliente: a partir da designação de áreas por cliente-
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Separação por pedido-cliente: a partir da designação de áreas por cliente-
pedido dentro do local de separação, o sistema habilita os operadores a
distribuírem os materiais com total segurança nas respectivas áreas dos
clientes-pedidos. Todos os volumes separados são perfeitamente reconhecidos
mesmo aqueles resultantes do fracionamento de uma UME. O sistema
automaticamente valida o atendimento dos pedidos de saída, garantindo o
pleno e correto atendimento de cada um de seus itens;
Embalagem de transporte: nem sempre a embalagem que o cliente-destinatário
solicita os materiais é a embalagem que serão manuseadas pelo transportador.
O sistema mantém a relação entre o volume e as embalagens nele contidas,
dando condições para emissão do packing list.
5.6- Expedição
Transferência para a doca de saída: os volumes dos clientes-pedido são
transferidos para a doca de saída e ordenados segundo o roteiro
preestabelecido.
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Associação volume-veículo: o sistema mantém a relação entre os volumes e os
veículos de transporte;
Controle do carregamento e saída do veículo: ao se carregar o veículo, o
sistema valida a correção entre cada volume o veículo a fim de impedir sobras e
falta. A data e hora da saída de cada veículo é registrada com a finalidade de
controlar o transit time;
Interface com Transportador – Emissão do Conhecimento e Manifesto: todos os
dados necessários à emissão dos documentos de transporte podem ser
remetidos ao transportador por EDI ou arquivo pré-formatado;
Interface com Cliente-proprietário – atendimento dos pedidos: o sistema
transmite ao Cliente-proprietário os pedidos que estão sendo atendidos, o
horário de saída e o veículo de transportes.
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6. TMS (TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEM)
Um TMS pode ser definido como o software que auxilia no planejamento,
execução, monitoramento e controle das atividades relativas a
consolidação de carga, expedição, emissão de documentos, entregas e
coletas de produtos, rastreabilidade da frota e de produtos, auditoria de
fretes, apoio à negociação, planejamento de rotas e modais,
monitoramento de custos e nível de serviço, e planejamento e execução
de manutenção da frota. Para estruturar a descrição das principais
funcionalidades do TMS, estas serão divididas em três grupos:
Monitoramento e Controle;
Apoio à Negociação e Auditoria de Frete;
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Além dos três grupos de funcionalidades citadas acima, poderíamos citar
mais um: Manutenção da Frota. Como esta funcionalidade é muito
específica ela não será abordada.
Apoio à Negociação e Auditoria de Frete;
Planejamento e Execução.
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11.1- Grupo: Monitoramento e Controle
Possuí a funcionalidade de monitorar os custos e serviços por meio das
informações disponíveis acerca da performance dos transportadores,
modais de transportes, utilização de frete premium, frete retorno, cargas
expedidas, número de veículos utilizados, performance das entregas,
avarias, etc. Os controles de custos podem ser utilizados para realizar
orçamentos, acompanhar a evolução dos custos de transportes (orçado X
realizado) e custos por tonelada quilômetro (R$ / ton * km), os valores
pagos por cada rota (para o caso de rotas fixas) ou até mesmo por cliente
e/ou produto. É possível ainda visualizar a ocorrência de custos adicionais
devido à contratação de veículos extras ou entregas em horários
especiais. O Controle de serviço pode ser observado sobre duas óticas. A
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especiais. O Controle de serviço pode ser observado sobre duas óticas. A
primeira é a visão de quem não possui frota e preocupa-se em monitorar
a performance de entregas. A segunda ótica é a de quem possui frota e
visa monitorar o nível de utilização da frota, buscando otimizar a
utilização de seus ativos. O TMS disponibiliza ambas funcionalidades.
Outra funcionalidade é o Tracking. Utilizado para monitorar frota e
produtos, pode agregar valor através da disponibilização de informações
para os clientes sobre o status e localização de seus pedidos. Outro
benefício gerado pelo Tracking é o apoio ao gerenciamento de risco da
carga e do veículo. O TMS pode monitorar e controlar outras variáveis,
como exemplo tempos de carga e descarga. O nível de veracidade e
robustez dos controles que são realizados é diretamente influenciado pela
qualidade dos dados armazenados (parametrização).
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11.2- Grupo: Planejamento e Execução
Existem soluções capazes de determinar as rotas e modais a serem
utilizados, seqüênciar as paradas dos veículos e o tempo estimado de
cada uma delas, preparar os documentos necessários para o despacho
dos veículos e verificar a disponibilidade dos mesmos. A funcionalidade de
roteirização envolve a definição de rotas e a programação dos veículos.
Alguns dos TMSs que possuem estas funcionalidades bem desenvolvidas
chegam a suportar uma série de restrições, tais como:
Pré-determinação do horário de saída e de chegada dos veículos;
Horário especial para entrega de pedidos;
Diferenças de capacidades dos veículos (peso e cubagem);
"Janelas de Tempo" que definem se um veículo realiza as entregas
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"Janelas de Tempo" que definem se um veículo realiza as entregas
até um determinado horário e depois realiza as coletas, ou se realiza
ambas as atividades simultaneamente;
Volumes de cada entrega e coleta;
Velocidades diferentes por localidades (áreas centrais e periféricas), e
em diferentes tipos de transportes (distribuição e de longas
distâncias);
Melhor seqüência de execução das rotas para minimizar a utilização
do número de veículos e;
Tempo de trânsito da rota baseado no limite máximo de horas
trabalhadas continuamente por um motorista.
Neste exemplo, apresentamos alguns parâmetros de sistemas que
agregam as funcionalidades dos roteirizadores de mercado.
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Apesar de ferramentas robustas de otimização de fluxos, ainda é comum
transportadores e embarcadores utilizarem rotas fixas coletas e entregas.
Existem motivos para isto: simplicidade da operação, especialização
naquele roteiro e desconhecimento do potencial dos roteirizadores. O
problema das rotas fixas é que estas não são ajustadas de acordo com as
variações da demanda, ou pelo menos na mesma velocidade. Por este
motivo, o uso de rotas fixas pode tornar deficiente a utilização dos
recursos, contribuindo com o incremento de custos. A determinação do
tamanho da frota é outra funcionalidade disponível nos TMSs como
ferramenta de administração diária das necessidades de transporte. Em
função do aumento ou decréscimo da demanda, o TMS pode indicar uma
maior ou menor necessidade de veículos, respectivamente.
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11.3- Grupo: Apoio a Negociação e Auditoria de Frete
Existe uma base de dados das tarifas de frete praticadas para remunerar
o serviço prestado e para o processo de auditoria. O software compara o
valor cobrado pelo prestador do serviço de transporte e apresenta
eventuais diferenças. O cadastramento de todas as condições comerciais,
por volumes, fracionamento de carga, diferentes custos por modais, frete
por viagem, entre outras particularidades, além de todas as informações
dos transportes realizados (volumes expedidos por modais, tipos de
veículos, rotas, tamanho das cargas e destinos) são a base de dados para
a realização da Auditoria de Fretes. Outra funcionalidade importante é a
de apoio à negociação. Permitem o cadastro de novas tabelas de frete ou
novas condições comerciais para identificar qual será o impacto desta
nova condição sobre o custo de frete.
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7. TECNOLOGIAS MÓVEIS
Com o advento de novas tecnologias digitais móveis (CDMA, TDMA, GSM
e 1XRTT) no Brasil, principalmente em meados de 2002 com a chegada do
GSM (Global System for Mobile Communication), ocorreu uma revolução
comportamental nas corporações nacionais de tecnologia e logística,
buscando alinhar as novas tendências com redução de custos, eficiência
operacional, controle de informações e alto nível de atendimento ao
cliente.
Paralelamente, as tecnologias existentes se aperfeiçoaram ou evoluíram,
mas mantendo uma base extensa de utilização de seus produtos e
serviços.
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serviços.
12.1- Histórico
Abaixo, apresentamos a ordem cronológica da utilização das tecnologias
no cenário brasileiro:
Código de Barras: ~1985
GPS: ~1985
Radio Frequency (RF): ~1990
WAP: 2001
SMS: 2001
GSM: 2002
RFID: 2002
GPRS: 2003
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7.1- Código de Barras (Bar Code)
A organização que padronizou e ainda decide a codificação de produtos e
materiais a nível mundial é a UPC/EAN (década de 70). O Código de
Barras não foi comercializado até 1966. A Associação Nacional da Cadeia
de Alimentos (NAFC) solicitou aos desenvolvedores que criassem sistemas
que permitissem o check-out de forma mais rápida. Após experiências
mal sucedidas, a LOGICON desenvolveu o UGPIC (Universal Grocery
Products identification Code) em 1970 . Três anos mais tarde, o Comitê
Norte Americano adotou a simbologia UPC/EAN, que é utilizado até nossos
dias.
O código de barras é uma forma de representar a numeração, que
viabiliza a captura automática dos dados por meio de leitura óptica nas
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viabiliza a captura automática dos dados por meio de leitura óptica nas
operações automatizadas. O Sistema EAN.UCC reconhece três simbologias
de código de barras para representar as estruturas de numeração
padronizada: EAN/UPC; ITF-14 e UCC/EAN-128.
O código de barras linear numérico, representa os 13 dígitos do GTIN
EAN/UCC-13; os 12 dígitos do GTIN UCC-12 e os 8 dígitos do GTIN
EAN/UCC-8. Pode ser interpretado por toda cadeia de suprimentos sendo
a simbologia mais utilizada para captura de dados na frente de loja do
varejo. Não é qualquer scanner que consegue ler qualquer tipo de código
de barras; os leitores ópticos devem estar habilitados para leitura a fim de
poderem interpretar um código de barras. Desta forma, o Sistema
EAN.UCC indica os tipos de simbologias, que podem ser reconhecidas nos
diferentes ambientes.
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7.2- Radio Frequency
É um sistema de mobilidade para automação de processos através de
coletores de dados com comunicação por meio de ondas de rádio (2400
GHz) através de pontos de acesso (Acess Points) instalados em pontos da
empresa que permitam abrangência de cobertura. As aplicações vão
desde automação da força de vendas à controle e gerenciamento de
estoques. Utilizam uma plataforma de interface com sistemas legados
(Middleware) que gerencia a troca de dados com os coletores RF, quando
o sistema nativo não possuí o módulo de RF.
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7.3- GPS (Global Positioning System)
Módulo veicular (modais: rodoviário e ferroviário) embarcado para
posicionamento via satélite através de coordenadas para rastreamento e
gestão de risco de cargas. Utiliza-se de uma infra-estrutura pesada de
suporte, dividida em: aplicativo (monitoração e controle), rastreamento e
comunicação de dados (via satélite ou celular: SMS e GPRS).
Gateway de
mensagens, central de
Atendimento
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Monitoramento pela Web
Controle e
monitoração
de
dispositivos
Localização via satélite
Rede celular
ERP
WEB
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7.4- RFID (Radio Frequency Identification)
As operações de rastreamento de produtos, monitoramento de estoques
para reposição automática, localização de produtos para “recall”,
consolidação de pedidos, despacho e recebimento de cargas e
rastreamento de ativos são extremamente beneficiadas com a introdução
da tecnologia RFID nas empresas e provedores de serviços logísticos.
A Identificação por Radiofreqüência RFID, é uma tecnologia de
identificação que utiliza ondas eletromagnéticas (sinais de rádio) para
transmitir dados armazenados em um microchip.
A TAG é composta por pelo menos um chip e uma antena, mas pode
incluir outras funcionalidades:
• Memória (permanente e/ou regravável);
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• Memória (permanente e/ou regravável);
• Fonte própria de energia (bateria);
• Leitura sem a necessidade de visualizar o TAG (ativo);
• Diversos formatos e dimensões;
• Diferentes distâncias de operação;
• Freqüências de operação adequáveis aos ambientes de uso.
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Os leitores são aparelhos que emitem e recebem sinais eletromagnéticos
para identificar a presença de um TAG e seu conteúdo, dentro de sua área
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para identificar a presença de um TAG e seu conteúdo, dentro de sua área
de cobertura e podem ter as seguintes características:
Multi-freqüência de operação;
Diferentes distâncias de operação;
Vários formatos e dimensões;
Diferentes aplicações.