SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 75
GLICOCORTICÓIDES
Profa. Msc. Rosangela B. Vasconcelos
Referências
• Corticoterapia e suas repercussões. Damiani, D; et al.
Pediatria (são Paulo) vol. 1 pag. 71-82; 2001.
• Retirada da corticoterapia: Recomendações para a
prática clínica. Alves, C; Robazzi, T.C.V; Mendonça M.
Jornal de Pediatria, vol.84 (3) pag.192-202, 2008.
• Antiinflamatórios hormonais: Glicocorticóides. Anti,
SMA; Giorgi, RDN; Chahade, W.H. Einstein, vol. 6(1)
pg. 159, 2008.
Glicocorticóides
• Produtos naturais ou sintéticos com intensa
atividade antiinflamatória utilizada em todas
especialidades médicas, sendo medicação
fundamental em inúmeras situações clinicas
severas e com efeitos colaterais por vezes
graves o suficiente para causar outras doenças
e até mesmo a morte.
Hormônios do Córtex Adrenal
são derivados do Colesterol.
Três grupos ou famílias
de hormônios:
• Glicocorticóides:
cortisol ou
hidrocortisona
• Mineralocorticóides:
aldosterona
• Esteróides Sexuais:
andrógenos
(DHEA) e estrógenos
Estrutura dos glicocorticóides
C OC OC O
OOO
OHOHOH
CH2OHCHCH22OHOH
HOHOHO
222
111
333
444
555
999
101010
666
777
888
191919
FFF
121212
111111
141414
131313
171717
151515
161616
181818
CH3CHCH33
CH3CHCH33
212121
202020
Núcleo ciclopentanoperidro-
fenantreno;
Grupos essenciais à atividade
antiinflamatória:
- grupo cetônico no
carbono 3
- dupla ligação entre
carbonos 4 e 5
- hidroxila do carbono11
- radical cetônico no
carbono 17
Regulação da Secreção
Outros fatores que regulam a
secreção:
• Ciclo sono vigília
(produção ritmica)
• Ansiedade
• Cirurgia
• Dor excessiva
• Hipovolemia/choque
• ↑ CRH e ACTH ↑cotisol
em 15 a 20x.
CRH
Inibe CRH
e ACTH
Secreção normal do ACTH e cortisol
200200
00
12:0012:00 16:0016:00 20:0020:00 24:0024:00 04:0004:00 08:0008:00 12:0012:00
Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; 32:266Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; 32:266
200200200
180180180
160160160
140140140
120120120
100100100
808080
606060
404040
202020
000
AlmoçoAlmoçoAlmoço LancheLancheLanche JantarJantarJantar LancheLancheLanche LancheLancheLanche Café da manhãCafé da manhãCafé da manhã
12:0012:0012:00 16:0016:0016:00 20:0020:0020:00 24:0024:0024:00 04:0004:0004:00 08:0008:0008:00 12:0012:0012:00
252525
202020
151515
101010
555
000
ACTH(pg/mL)ACTH(ACTH(pgpg//mLmL))
Cortisol(µg/dl)CortisolCortisol((µµg/dl)g/dl)
SonoSono
5050
n = 20 pacientesn = 20 pacientes
Resposta do cortisol ao stress cirúrgico
000 222 444 666 888 111 333 555 777
505050
404040
303030
202020
101010
n = 20 pacientesn = 20 pacientesn = 20 pacientes
Pequena cirurgiaPequena cirurgiaPequena cirurgia
Grande cirurgiaGrande cirurgiaGrande cirurgia
HorasHorasHoras DiasDiasDias
Cortisolplasmático(µg/dl)CortisolplasmáticoCortisolplasmático((µµg/dl)g/dl)
Secreção do cortisol
 Taxa de secreção diária do cortisol em
adultos normais:
10 ± 2,7 mg/24hs (4,5 - 15,5 mg/24hs)
Mecanismo de ação dos glicocorticóides
• Os glicocorticóides ligam-se a receptores
situados no citoplasma de praticamente todas
as células. Após a ligação com os receptores
dos corticóides dentro das células, eles atuam
de três maneiras:
Mecanismo de ação dos glicocorticóides
• 1. Efeito direto no genoma:
• O complexo corticóide-receptor de corticóide
desloca-se para o interior do núcleo celular,
onde se liga ao DNA e promove a transcrição
de certos segmentos de DNA. Podem ocorrer
INDUÇÃO ou SUPRESSÃO DE GENES.
Mecanismo de ação
S
S R R
S R
S
CromatinaCromatina
Transcrição deTranscrição de
mRNAmRNA de alto pesode alto peso
molecularmolecular
CitoplasmaCitoplasma
mRNAmRNA
maduromaduro
ProteínaProteína
RespostaResposta
EsteróideEsteróide
S
R
ERGERG
Mecanismo de ação dos glicocorticóides
• Mecanismos genômicos:
– Transativação: síntese de lipocortina 1, síntese de
proteinas envolvidas na gliconeogênese...
relacionado à maioria dos efeitos colaterais.
- Transrrepressão: diminuição da síntese de
citocinas pró-inflamatórias como fator de necrose
tumoral α (TNF- α), interleucina 6 (IL-6), IL-2 e
prostaglandinas  relacionado à maioria dos
efeitos terapêuticos.
Mecanismo de ação dos glicocorticóides
• 2. Efeito indireto no genoma:
• Interação do corticóide-receptor com outros
fatores de transcrição (Proteína Ativadora AP-
1).
• AP-1 ativada liga-se ao DNA e inibe a
transcrição gênica.
• Inibe transcrição:
– Ciclooxigenase
– Fosfolipase A
– Colagenase
Mecanismo de ação dos glicocorticóides
• 3. Efeito não ligado ao genoma:
Mediadas por receptores de membrana e
alguns receptores citoplasmático
/nucleares;
Ocorrem rapidamente após a
administração;
Essa via de ação do corticóide parece
influenciar diversas funções celulares,
incluindo apoptose, função imune e rápida
Efeitos dos glicocorticóides
no metabolismo
• Carboidratos
• ↓ utilização periférica da glicose
• ↓ ação da insulina
• ↑ neoglicogenese (produção glicose apartir aa).
• Proteínas
• ↑ Degradação proteica (catabolismo)
• Fraqueza muscular e desgaste da matriz óssea.
• Lipídeos
• ↑ lipólise  ↑ Acidos graxos livres
• Redistribuição da gordura corporal  Obesidade centrípeta
Efeitos dos glicocorticóides
no balanço hidríco e eletrolítico
Aumenta excreção de água livre
Aumenta reabsorção de Na no nefron distal
Aumenta excreção urinária de K e H
• Resulta em:
–Expansão do LEC, HAS, Alcalose
hipocalêmica
Efeitos dos glicocorticóides
no balanço de cálcio
–Aumenta excreção renal de Ca
–Diminui absorção intestinal de Ca
–Aumenta secreção de Paratormonio.
• Resulta em risco aumentado de
osteopenia e osteoporose
LANNA, Carla M.M.; MONTENEGRO JR., Renan M.; PAULA, Francisco J.A..
Fisiopatologia da osteoporose induzida por glicocorticóide. Arq Bras Endocrinol
Metab, São Paulo, v. 47, n. 1, Feb. 2003 .
Efeitos colaterais
Farmacocinética dos Glicocorticóides
• 80% ligados a proteínas ligadora de cortisol
• 10% ligados a albumina
• 10% livres
– Análogos sintéticos possuem menos afinidade
– Pacientes com hipoalbumenia devem receber
dose menor de GC.
Biotransformação e eliminação
• Fígado metabolização:
– redução da dupla ligação
– redução dos grupos cetônicos
– conjugação com ácido glicurônico
• Rim  Eliminação.
•
Glicocorticóides sintéticos
 Certas modificações alteram a reatividade cruzada
do esteróide com o receptor mineralocorticóide,
aumentando ou reduzindo sua atividade
mineralocorticóide
 dexametasona e a betametasona
 Outras alterações aumentam a solubilidade em
água, favorecendo sua administração IV –
 succinato sódico de metilprednisolona.
 Outras alterações formam sais insolúveis, de
absorção lenta dos depósitos IM
 acetato de metilprednisolona
OO
OO
Estrutura molecular de alguns corticosteróides
C OC O
OHOH
CHCH22 OHOH
HOHO
CortisolCortisol
OHOH
CHCH22 OHOH
C OC O
OO
CortisonaCortisona
OHOH
CHCH22 OHOH
C OC O
HOHO
PrednisolonaPrednisolona
OHOH
CHCH22 OHOH
C OC O
PrednisonaPrednisona
OO
OHOH
CHCH22 OHOH
C OC O
HOHO
MetilprednisolonaMetilprednisolona BetametasonaBetametasona
DexametasonaDexametasona
OHOH
CHCH22 OHOH
C OC O
HOHO
TriamcinolonaTriamcinolona
OHOH
CHCH22 OHOH
C OC O
HOHO
FludrocortisonaFludrocortisona
OO
CHCH33
OHOH
CHCH22 OHOH
C OC O
HOHO
CHCH33
FF
OHOH
FF FF
OO
OOOO
OOOO
Metabolismo de Fármacos
Meia-Vida Plasmática:
tempo necessário para reduzir em 50% os níveis
plasmáticos iniciais de um fármaco.
Meia-Vida Biológica:
tempo necessário para um orgão ou tecido
eliminar 50% de uma substância radioativa
administrada. Corresponde ao tempo de
disponibilidade do fármaco ao nível do tecido, e
reflete a duração da sua ação ou efeito
terapêutico.
Glicocorticóides sintéticos
Meia-vida biológica caracteriza a duração
da ação dos GC como:
• Curta: Cortisol e hidrocortisona
• Intermediária: Prednisona, prednisolona,
metilprednisolona
• Prolongada: betametasona, dexametasona.
(efeitos são baseados na duração da supressão
do ACTH após dose única do composto)
Perfil farmacológico dos GC
Tabela de Equivalência
Fármaco Potência Dose
Antiinflamatória Equivalente(mg)
Cortisol (HC) 1 20
Cortisona 0,8 25
Prednisona 4 5
Prednisolona 4 5
Metilprednisolona 5 4
Triamcinolona 5 4
Betametasona 20-30 0,75
Dexametasona 20-30 0,75
Interação dos GC com outros fármacos
Indicação da Corticoterapia
o Incontestável  reposição hormonal
o Por outras ações avaliar risco x benefício
NÃO É CURATIVO  PALIATIVO
anti-inflamatórias,
antialérgicas e
imunossupressoras
Glicocorticóides
Efeito terapêutico ideal de um
corticosteróide:
• máxima atividade antiinflamatória,
antialérgica e imunossupressora
• mínima atividade retentora de sódio e
flúidos, mínimos efeitos no osso,
metabolismo dos carboidratos,
proteinas e lipideos.s.
Considerações a serem feitas
antes do início da Corticoterapia
 Qual a gravidade da doença de base?
 Qual a duração prevista do
tratamento?
 Qual a preparação do glicocorticóide a
ser empregada?
 Qual a dose terapêutica mínima
efetiva?
Considerações a serem feitas
antes do início da Corticoterapia
 Existe predisposição para desenvolver
efeitos colaterais com o produto?
 Há possibilidade de se associar outras
drogas, visando reduzir a dose do
glicocorticóide e seus efeitos
indesejáveis?
 O esquema terapêutico poderá ser
empregado em dias alternados?
Corticoterapia
• Sistêmica: oral, parenteral, pulsoterapia
• Tópica: pele, mucosas, inalatória
• Infiltrativa: intraarticular e outras
Corticosteróides
Ação Anti-inflamatória
 Bloqueio da via de metabolismo do ácido
araquidônico, por inibição da fosfolipase A2
(passo inícial da cadeia):
inibição da formação de prostaglandinas e
leucotrienos, mediadores químicos da
inflamação.
 Inibem COX 2 – monócitos e céls epiteliais
L e u c o tr ie n o s
L ip o o x ig e n a s e
P r o s ta g la n d in a s
C ic lo o x ig e n a s e
C O x
A c id o a r a q u id ô n ic o
F o s fo lip a s e A
L ip íd io s d a m e m b r a n a
n u c le a r
Inibida por
glicocorti-
cóides
Inibida
pelos
AINES
Glicocorticóides
Ação Anti-inflamatória
Redução da produção de:
interleucina 1 (IL-1), interleucina-2 (IL-2),
interleucina-4 (IL-4) e a interleucina-6 (IL-6), o
interferon gama (INF-γ) e o fator de necrose
tumoral alfa (TNF-α)
Corticoterapia sistêmica
1) Reposição Hormonal
2) Doses Farmacológicas/Terapêuticas
em doenças endócrinas ou não
endócrinas
Corticoterapia sistêmica
Uso de GCs como reposição Hormonal:
 Insuficiência adrenocortical primária crônica
(Doença de Addison)
 Pan-hipopituitarismo (Insuficiência adrenal 2ária)
 Hiperplasia adrenal congênita (Def. 21-hidroxilase)
 Status pós-adrenalectomia bilateral
 Insuficiência adrenal aguda (Crise adrenal)
Corticoterapia sistêmica
Doses Farmacológicas
Doenças endócrinas Processos alérgicos
Respiratórias Gastrintestinais
Neurológicas Autoimunes
Colagenoses Renais
Hematológicas Oftalmológicas
Infecções Outras
Corticoterapia sistêmica
Doses Farmacológicas
Doenças Endócrinas
Crise tireotóxica
 Tiroidite subaguda (de Quervain)
 Exoftalmo maligno
Corticoterapia sistêmica Indicações
terapêuticas
Reações e processos alérgicos:
• Asma • Dermatite de
contato
 Picada de insetos (abelhas) • Rinite alérgica
 Edema angioneurótico • Doença do Soro
 Reação a drogas • Urticária
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Vasculares e do Colágeno:
 Arterite de células gigantes •
 Polimialgia reumática • Polimiosite
 Lúpus eritematoso • Artrite
reumatóide
 Doença mista do tecido conectivo
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Oftalmológicas:
 Uveíte aguda
 Conjuntivite alérgica
 Coroidite
 Neurite óptica / retrobulbar
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Pulmonares:
• Asma brônquica
• Pneumonia aspirativa
• Prevenção da síndrome do
desconforto respiratório da criança
• Sarcoidose
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Dermatológicas:
• Dermatite atópica • Dermatoses
• Dermatite seborrêica • Pênfigo
• Micose fungóide • Xerose
• Líquen simples crônico
(neurodermatite localizada)
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Neurológicas:
• Edema cerebral (tumores, TCE, infecções)
• Trauma raquemedular
• Esclerose múltipla
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Renais e
Transplantes de Orgãos:
 Síndrome nefrótico
 Prevenção e tratamento da rejeição
(imunossupressão)
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Infecciosas:
• Septicemia por gram-negativos ?
• Meningite tuberculosa e por Hemophilus
influenzae
• Ocasionalmente útil na supressão da
inflamação excessiva de alguns processos
infecciosos: Mononucleose infecciosa
severa
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Hematológicas:
 Anemia hemolítica adquirida
 Anemia hemolítica autoimune
 Púrpura alérgica aguda
 Púrpura trombocitopênica idiopática
 Leucemia
 Mieloma múltiplo
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Doenças Gastrintestinais:
 Doença inflamatória do intestino
 Sprue não tropical (Doença celíaca)
 Necrose hepática subaguda ?
 Hepatite alcoólica
Corticoterapia sistêmica
Indicações terapêuticas
Processos Inflamatórios Ósteoarticulares:
 Artrites
 Bursites
 Teno-sinovites
Corticoterapia sistêmica
Outras indicações terapêuticas:
 Supressão das reações hospedeiro X enxerto,
nos casos de transplante de orgãos ou tecidos
 Doenças neoplásicas do sistema linfóide:
linfomas e leucemias (em associação com a
quimioterapia apropriada)
 Hipercalcemia
Corticoterapia Sistêmica
O uso terapêutico prolongado de
glicocorticóides resulta em:
• Efeitos colaterais sistêmicos
• Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal (HHA)
Efeitos colaterais do tratamento
prolongado
Hipercortisolismo Endógeno X Exógeno
 Sinais e sintomas mais freqüentes na
“Síndrome de Cushing” endógena:
 Hipertensão arterial
 Acne e Hirsutismo
 Irregularidade menstrual
 Estrias
 Equimoses
 Pletora
Hipercortisolismo Endógeno X Exógeno
Sinais e sintomas virtualmente exclusivos da
administração exógena:
 Hipertensão intracraniana
 Glaucoma
 Catarata
 Necrose asséptica de ossos
 Pancreatite
 Paniculite
Hipercortisolismo Endógeno X Exógeno
Sinais e sintomas comuns as duas situações:
 Obesidade
 Osteoporose
 Miopatia
 Intolerância aos carboidratos
 Manifestações psiquiátricas
 Cicatrização difícil
Corticoterapia Sistêmica
Prevenção dos efeitos colaterais
 Cuidados dietéticos (respeitar condições
gerais do paciente e a doença de base):
 Dieta hipocalórica com redução do conteúdo
de lípides e carboidratos
 Aumentar ingestão protéica (suplementação)
 Reduzir conteúdo de sal (NaCl)
 Suplementar cálcio e potássio
Corticoterapia Sistêmica
Prevenção dos efeitos colaterais
 Fisioterapia e atividade física programada
 Medicamentos: hipoglicemiantes orais ou
insulina, anti-hipertensivos, vitamina D,
alendronatos, anabolizantes
Corticoterapia Sistêmica
Prevenção dos efeitos colaterais
Avaliar a presença de fatores de
risco para osteoporose:
• Sexo feminino • Origem caucasiana
• Baixa estatura • Menopausa
• Tabagismo • Sedentarismo
Corticoterapia Sistêmica
Prevenção dos efeitos colaterais
Prevenção e tratamento da
osteoporose, durante tratamento com
glicocorticóides:
 ↑ atividade física • Exercícios
 ↑ ingesta cálcio • Vitamina D
 Estrógenos • Anabolizantes
 Alendronato • Tiazídicos
Corticoterapia sistêmica
A suspensão abrupta da administração
de glicocorticóides pode resultar em:
• Quadro de insuficiência adrenocortical
aguda (crise adrenal aguda)
• “Síndrome da retirada ou deprivação
de corticosteróides”
Corticoterapia sistêmica
Crise adrenal aguda:
• Hipotensão e choque • Hipertermia
 Desidratação • Taquicardia
 Náusea e vômito • Anorexia
 Fraqueza e apatia • Hipoglicemia
 Confusão mental Desorientação
Considerações gerais quanto ao
manuseio dos Corticosteróides
Atenção:
Pacientes com história e/ou estigmas de
uso prolongado de glicocorticóides, devem
receber suplemento de corticóide quando
em situações de stress
Fatores que influenciam na supressão
do Eixo HHA
Considerações gerais quanto ao manuseio
dos Corticosteróides
Tomando como base a Prednisona:
 Doses eqüivalentes a ≥ 40 mg/dia (8 vezes
o nível fisiológico), por mais de uma semana
podem resultar em supressão do eixo HHA;
 Doses < 20 mg/dia promovem supressão do eixo
HHA após 30 dias de uso;
Considerações gerais quanto ao manuseio
dos Corticosteróides
Tomando como base a Prednisona, o tempo
de recuperação do eixo HHA:
• pode variar de 2 meses a 1 ano, se usadas doses
≥ 40 mg/dia, por períodos > 3 meses
• não está bem estabelecido, se usadas doses
< 20 mg/dia, por períodos de 2 a 4 semanas
Planejamento para Suspensão de
Terapia com Corticosteróides
1) Substituir, se for o caso, por GC de ação
intermediária
2) Concentrar a posologia em dose única
matinal
3) Reduzir doses, segundo esquema a ser
visto adiante
4) Passar GC para dias alternados
* Esquema para Retirada de
Terapia com Corticosteróides
Com base na Prednisona, em uso crônico (>
2 meses):
• Reduzir a dose, segundo o esquema:
Dose Alta Dose Média Dose Baixa
(40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d)
1/5 da dose 1/4 da dose 1/4 da dose
por 2 semanas por 2 semanas por 1 semana
• Tentar dias alternados após 1 a 2 meses
* Esquema para Retirada de
Terapia com Corticosteróides
Com base na Prednisona, em uso por
tempo intermediário (2 sem. a 2 meses):
• Reduzir a dose, segundo o esquema:
Dose Alta Dose Média Dose Baixa
(40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d)
1/4 da dose 1/3 da dose 1/3 da dose
por 1 semana por 1 semana por 3 a 4 dias
• Tentar dias alternados após 1 mês, naqueles
com doses altas
* Esquema para Retirada de
Terapia com Corticosteróides
Com base na Prednisona, em uso por
tempo curto (< 2 semanas):
• Reduzir a dose, segundo o esquema:
Dose Alta Dose Média Dose Baixa
(40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d)
1/3 da dose
por 3 a 4 dias redução gradual não necessária

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosAula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Safia Naser
 
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosAula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosJaqueline Almeida
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Mauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoJaqueline Almeida
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonMauro Cunha Xavier Pinto
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISpauloalambert
 
CorticosteróIdes
CorticosteróIdesCorticosteróIdes
CorticosteróIdeslidypvh
 

Mais procurados (20)

Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosAula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
 
Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides
 
Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos
 
Antiinflamatorios
AntiinflamatoriosAntiinflamatorios
Antiinflamatorios
 
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
Aula -  SNC - AnticonvulsivantesAula -  SNC - Anticonvulsivantes
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
 
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
 
Analgésicos
AnalgésicosAnalgésicos
Analgésicos
 
Drogas que atuam no sistema nervoso central
Drogas que atuam no sistema nervoso centralDrogas que atuam no sistema nervoso central
Drogas que atuam no sistema nervoso central
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivosAula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos anti-hipertensivos
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
 
Agonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgicoAgonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgico
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
 
Antifúngicos
Antifúngicos Antifúngicos
Antifúngicos
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
 
Aula - SNC - Antipsicóticos
Aula -  SNC - AntipsicóticosAula -  SNC - Antipsicóticos
Aula - SNC - Antipsicóticos
 
AINES
AINESAINES
AINES
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 
Aula - SNC - Anestésicos
Aula - SNC - AnestésicosAula - SNC - Anestésicos
Aula - SNC - Anestésicos
 
CorticosteróIdes
CorticosteróIdesCorticosteróIdes
CorticosteróIdes
 

Semelhante a Efeitos dos glicocorticóides

Semelhante a Efeitos dos glicocorticóides (20)

Corticóides
CorticóidesCorticóides
Corticóides
 
Síndrome de Crushing - Farmacologia
Síndrome de Crushing - FarmacologiaSíndrome de Crushing - Farmacologia
Síndrome de Crushing - Farmacologia
 
Aies
AiesAies
Aies
 
Corticoterapia
CorticoterapiaCorticoterapia
Corticoterapia
 
Aula 12 Biomedicina
Aula 12 BiomedicinaAula 12 Biomedicina
Aula 12 Biomedicina
 
corticosteróides 2018 (3).pptx
corticosteróides 2018 (3).pptxcorticosteróides 2018 (3).pptx
corticosteróides 2018 (3).pptx
 
Corticóides uni foa
Corticóides   uni foaCorticóides   uni foa
Corticóides uni foa
 
3. corticóides 3 março
3. corticóides 3 março3. corticóides 3 março
3. corticóides 3 março
 
Aula 2 Biomedicina
Aula 2 BiomedicinaAula 2 Biomedicina
Aula 2 Biomedicina
 
Palestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em VeterináriaPalestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em Veterinária
 
Aula 6 Cf1
Aula 6 Cf1Aula 6 Cf1
Aula 6 Cf1
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
diabetes
diabetesdiabetes
diabetes
 
Lipostabil
LipostabilLipostabil
Lipostabil
 
Hormonas e metabolismo do etanol
Hormonas e metabolismo do etanolHormonas e metabolismo do etanol
Hormonas e metabolismo do etanol
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicas
 
Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínica
 
Antiinflamatórios esteroidais veterinaria
Antiinflamatórios esteroidais veterinariaAntiinflamatórios esteroidais veterinaria
Antiinflamatórios esteroidais veterinaria
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
 
Imunodep
ImunodepImunodep
Imunodep
 

Mais de Ricardo Alanís

Gerenciamento de resíduos biológicos
Gerenciamento de resíduos biológicosGerenciamento de resíduos biológicos
Gerenciamento de resíduos biológicosRicardo Alanís
 
Acidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantesAcidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantesRicardo Alanís
 
Acidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantesAcidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantesRicardo Alanís
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisRicardo Alanís
 
Farmacologia do sangue anemias
Farmacologia do sangue anemiasFarmacologia do sangue anemias
Farmacologia do sangue anemiasRicardo Alanís
 

Mais de Ricardo Alanís (7)

Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnes Tecnologia de carnes
Tecnologia de carnes
 
Gerenciamento de resíduos biológicos
Gerenciamento de resíduos biológicosGerenciamento de resíduos biológicos
Gerenciamento de resíduos biológicos
 
Acidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantesAcidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantes
 
Acidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantesAcidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantes
 
Epidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveisEpidemiologia das doenças transmissíveis
Epidemiologia das doenças transmissíveis
 
08 codigodeetica
08 codigodeetica08 codigodeetica
08 codigodeetica
 
Farmacologia do sangue anemias
Farmacologia do sangue anemiasFarmacologia do sangue anemias
Farmacologia do sangue anemias
 

Último

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 

Último (11)

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 

Efeitos dos glicocorticóides

  • 2. Referências • Corticoterapia e suas repercussões. Damiani, D; et al. Pediatria (são Paulo) vol. 1 pag. 71-82; 2001. • Retirada da corticoterapia: Recomendações para a prática clínica. Alves, C; Robazzi, T.C.V; Mendonça M. Jornal de Pediatria, vol.84 (3) pag.192-202, 2008. • Antiinflamatórios hormonais: Glicocorticóides. Anti, SMA; Giorgi, RDN; Chahade, W.H. Einstein, vol. 6(1) pg. 159, 2008.
  • 3. Glicocorticóides • Produtos naturais ou sintéticos com intensa atividade antiinflamatória utilizada em todas especialidades médicas, sendo medicação fundamental em inúmeras situações clinicas severas e com efeitos colaterais por vezes graves o suficiente para causar outras doenças e até mesmo a morte.
  • 4. Hormônios do Córtex Adrenal são derivados do Colesterol. Três grupos ou famílias de hormônios: • Glicocorticóides: cortisol ou hidrocortisona • Mineralocorticóides: aldosterona • Esteróides Sexuais: andrógenos (DHEA) e estrógenos
  • 5. Estrutura dos glicocorticóides C OC OC O OOO OHOHOH CH2OHCHCH22OHOH HOHOHO 222 111 333 444 555 999 101010 666 777 888 191919 FFF 121212 111111 141414 131313 171717 151515 161616 181818 CH3CHCH33 CH3CHCH33 212121 202020 Núcleo ciclopentanoperidro- fenantreno; Grupos essenciais à atividade antiinflamatória: - grupo cetônico no carbono 3 - dupla ligação entre carbonos 4 e 5 - hidroxila do carbono11 - radical cetônico no carbono 17
  • 6. Regulação da Secreção Outros fatores que regulam a secreção: • Ciclo sono vigília (produção ritmica) • Ansiedade • Cirurgia • Dor excessiva • Hipovolemia/choque • ↑ CRH e ACTH ↑cotisol em 15 a 20x. CRH Inibe CRH e ACTH
  • 7. Secreção normal do ACTH e cortisol 200200 00 12:0012:00 16:0016:00 20:0020:00 24:0024:00 04:0004:00 08:0008:00 12:0012:00 Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; 32:266Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; 32:266 200200200 180180180 160160160 140140140 120120120 100100100 808080 606060 404040 202020 000 AlmoçoAlmoçoAlmoço LancheLancheLanche JantarJantarJantar LancheLancheLanche LancheLancheLanche Café da manhãCafé da manhãCafé da manhã 12:0012:0012:00 16:0016:0016:00 20:0020:0020:00 24:0024:0024:00 04:0004:0004:00 08:0008:0008:00 12:0012:0012:00 252525 202020 151515 101010 555 000 ACTH(pg/mL)ACTH(ACTH(pgpg//mLmL)) Cortisol(µg/dl)CortisolCortisol((µµg/dl)g/dl) SonoSono
  • 8. 5050 n = 20 pacientesn = 20 pacientes Resposta do cortisol ao stress cirúrgico 000 222 444 666 888 111 333 555 777 505050 404040 303030 202020 101010 n = 20 pacientesn = 20 pacientesn = 20 pacientes Pequena cirurgiaPequena cirurgiaPequena cirurgia Grande cirurgiaGrande cirurgiaGrande cirurgia HorasHorasHoras DiasDiasDias Cortisolplasmático(µg/dl)CortisolplasmáticoCortisolplasmático((µµg/dl)g/dl)
  • 9. Secreção do cortisol  Taxa de secreção diária do cortisol em adultos normais: 10 ± 2,7 mg/24hs (4,5 - 15,5 mg/24hs)
  • 10. Mecanismo de ação dos glicocorticóides • Os glicocorticóides ligam-se a receptores situados no citoplasma de praticamente todas as células. Após a ligação com os receptores dos corticóides dentro das células, eles atuam de três maneiras:
  • 11. Mecanismo de ação dos glicocorticóides • 1. Efeito direto no genoma: • O complexo corticóide-receptor de corticóide desloca-se para o interior do núcleo celular, onde se liga ao DNA e promove a transcrição de certos segmentos de DNA. Podem ocorrer INDUÇÃO ou SUPRESSÃO DE GENES.
  • 12. Mecanismo de ação S S R R S R S CromatinaCromatina Transcrição deTranscrição de mRNAmRNA de alto pesode alto peso molecularmolecular CitoplasmaCitoplasma mRNAmRNA maduromaduro ProteínaProteína RespostaResposta EsteróideEsteróide S R ERGERG
  • 13. Mecanismo de ação dos glicocorticóides • Mecanismos genômicos: – Transativação: síntese de lipocortina 1, síntese de proteinas envolvidas na gliconeogênese... relacionado à maioria dos efeitos colaterais. - Transrrepressão: diminuição da síntese de citocinas pró-inflamatórias como fator de necrose tumoral α (TNF- α), interleucina 6 (IL-6), IL-2 e prostaglandinas  relacionado à maioria dos efeitos terapêuticos.
  • 14. Mecanismo de ação dos glicocorticóides • 2. Efeito indireto no genoma: • Interação do corticóide-receptor com outros fatores de transcrição (Proteína Ativadora AP- 1). • AP-1 ativada liga-se ao DNA e inibe a transcrição gênica. • Inibe transcrição: – Ciclooxigenase – Fosfolipase A – Colagenase
  • 15.
  • 16. Mecanismo de ação dos glicocorticóides • 3. Efeito não ligado ao genoma: Mediadas por receptores de membrana e alguns receptores citoplasmático /nucleares; Ocorrem rapidamente após a administração; Essa via de ação do corticóide parece influenciar diversas funções celulares, incluindo apoptose, função imune e rápida
  • 17. Efeitos dos glicocorticóides no metabolismo • Carboidratos • ↓ utilização periférica da glicose • ↓ ação da insulina • ↑ neoglicogenese (produção glicose apartir aa). • Proteínas • ↑ Degradação proteica (catabolismo) • Fraqueza muscular e desgaste da matriz óssea. • Lipídeos • ↑ lipólise  ↑ Acidos graxos livres • Redistribuição da gordura corporal  Obesidade centrípeta
  • 18. Efeitos dos glicocorticóides no balanço hidríco e eletrolítico Aumenta excreção de água livre Aumenta reabsorção de Na no nefron distal Aumenta excreção urinária de K e H • Resulta em: –Expansão do LEC, HAS, Alcalose hipocalêmica
  • 19. Efeitos dos glicocorticóides no balanço de cálcio –Aumenta excreção renal de Ca –Diminui absorção intestinal de Ca –Aumenta secreção de Paratormonio. • Resulta em risco aumentado de osteopenia e osteoporose
  • 20. LANNA, Carla M.M.; MONTENEGRO JR., Renan M.; PAULA, Francisco J.A.. Fisiopatologia da osteoporose induzida por glicocorticóide. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 47, n. 1, Feb. 2003 .
  • 21.
  • 22.
  • 24. Farmacocinética dos Glicocorticóides • 80% ligados a proteínas ligadora de cortisol • 10% ligados a albumina • 10% livres – Análogos sintéticos possuem menos afinidade – Pacientes com hipoalbumenia devem receber dose menor de GC.
  • 25. Biotransformação e eliminação • Fígado metabolização: – redução da dupla ligação – redução dos grupos cetônicos – conjugação com ácido glicurônico • Rim  Eliminação. •
  • 26. Glicocorticóides sintéticos  Certas modificações alteram a reatividade cruzada do esteróide com o receptor mineralocorticóide, aumentando ou reduzindo sua atividade mineralocorticóide  dexametasona e a betametasona  Outras alterações aumentam a solubilidade em água, favorecendo sua administração IV –  succinato sódico de metilprednisolona.  Outras alterações formam sais insolúveis, de absorção lenta dos depósitos IM  acetato de metilprednisolona
  • 27. OO OO Estrutura molecular de alguns corticosteróides C OC O OHOH CHCH22 OHOH HOHO CortisolCortisol OHOH CHCH22 OHOH C OC O OO CortisonaCortisona OHOH CHCH22 OHOH C OC O HOHO PrednisolonaPrednisolona OHOH CHCH22 OHOH C OC O PrednisonaPrednisona OO OHOH CHCH22 OHOH C OC O HOHO MetilprednisolonaMetilprednisolona BetametasonaBetametasona DexametasonaDexametasona OHOH CHCH22 OHOH C OC O HOHO TriamcinolonaTriamcinolona OHOH CHCH22 OHOH C OC O HOHO FludrocortisonaFludrocortisona OO CHCH33 OHOH CHCH22 OHOH C OC O HOHO CHCH33 FF OHOH FF FF OO OOOO OOOO
  • 28. Metabolismo de Fármacos Meia-Vida Plasmática: tempo necessário para reduzir em 50% os níveis plasmáticos iniciais de um fármaco. Meia-Vida Biológica: tempo necessário para um orgão ou tecido eliminar 50% de uma substância radioativa administrada. Corresponde ao tempo de disponibilidade do fármaco ao nível do tecido, e reflete a duração da sua ação ou efeito terapêutico.
  • 29. Glicocorticóides sintéticos Meia-vida biológica caracteriza a duração da ação dos GC como: • Curta: Cortisol e hidrocortisona • Intermediária: Prednisona, prednisolona, metilprednisolona • Prolongada: betametasona, dexametasona. (efeitos são baseados na duração da supressão do ACTH após dose única do composto)
  • 31. Tabela de Equivalência Fármaco Potência Dose Antiinflamatória Equivalente(mg) Cortisol (HC) 1 20 Cortisona 0,8 25 Prednisona 4 5 Prednisolona 4 5 Metilprednisolona 5 4 Triamcinolona 5 4 Betametasona 20-30 0,75 Dexametasona 20-30 0,75
  • 32. Interação dos GC com outros fármacos
  • 33. Indicação da Corticoterapia o Incontestável  reposição hormonal o Por outras ações avaliar risco x benefício NÃO É CURATIVO  PALIATIVO anti-inflamatórias, antialérgicas e imunossupressoras
  • 34. Glicocorticóides Efeito terapêutico ideal de um corticosteróide: • máxima atividade antiinflamatória, antialérgica e imunossupressora • mínima atividade retentora de sódio e flúidos, mínimos efeitos no osso, metabolismo dos carboidratos, proteinas e lipideos.s.
  • 35. Considerações a serem feitas antes do início da Corticoterapia  Qual a gravidade da doença de base?  Qual a duração prevista do tratamento?  Qual a preparação do glicocorticóide a ser empregada?  Qual a dose terapêutica mínima efetiva?
  • 36. Considerações a serem feitas antes do início da Corticoterapia  Existe predisposição para desenvolver efeitos colaterais com o produto?  Há possibilidade de se associar outras drogas, visando reduzir a dose do glicocorticóide e seus efeitos indesejáveis?  O esquema terapêutico poderá ser empregado em dias alternados?
  • 37. Corticoterapia • Sistêmica: oral, parenteral, pulsoterapia • Tópica: pele, mucosas, inalatória • Infiltrativa: intraarticular e outras
  • 38. Corticosteróides Ação Anti-inflamatória  Bloqueio da via de metabolismo do ácido araquidônico, por inibição da fosfolipase A2 (passo inícial da cadeia): inibição da formação de prostaglandinas e leucotrienos, mediadores químicos da inflamação.  Inibem COX 2 – monócitos e céls epiteliais
  • 39. L e u c o tr ie n o s L ip o o x ig e n a s e P r o s ta g la n d in a s C ic lo o x ig e n a s e C O x A c id o a r a q u id ô n ic o F o s fo lip a s e A L ip íd io s d a m e m b r a n a n u c le a r Inibida por glicocorti- cóides Inibida pelos AINES
  • 40. Glicocorticóides Ação Anti-inflamatória Redução da produção de: interleucina 1 (IL-1), interleucina-2 (IL-2), interleucina-4 (IL-4) e a interleucina-6 (IL-6), o interferon gama (INF-γ) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α)
  • 41. Corticoterapia sistêmica 1) Reposição Hormonal 2) Doses Farmacológicas/Terapêuticas em doenças endócrinas ou não endócrinas
  • 42. Corticoterapia sistêmica Uso de GCs como reposição Hormonal:  Insuficiência adrenocortical primária crônica (Doença de Addison)  Pan-hipopituitarismo (Insuficiência adrenal 2ária)  Hiperplasia adrenal congênita (Def. 21-hidroxilase)  Status pós-adrenalectomia bilateral  Insuficiência adrenal aguda (Crise adrenal)
  • 43. Corticoterapia sistêmica Doses Farmacológicas Doenças endócrinas Processos alérgicos Respiratórias Gastrintestinais Neurológicas Autoimunes Colagenoses Renais Hematológicas Oftalmológicas Infecções Outras
  • 44. Corticoterapia sistêmica Doses Farmacológicas Doenças Endócrinas Crise tireotóxica  Tiroidite subaguda (de Quervain)  Exoftalmo maligno
  • 45. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Reações e processos alérgicos: • Asma • Dermatite de contato  Picada de insetos (abelhas) • Rinite alérgica  Edema angioneurótico • Doença do Soro  Reação a drogas • Urticária
  • 46. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Vasculares e do Colágeno:  Arterite de células gigantes •  Polimialgia reumática • Polimiosite  Lúpus eritematoso • Artrite reumatóide  Doença mista do tecido conectivo
  • 47. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Oftalmológicas:  Uveíte aguda  Conjuntivite alérgica  Coroidite  Neurite óptica / retrobulbar
  • 48. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Pulmonares: • Asma brônquica • Pneumonia aspirativa • Prevenção da síndrome do desconforto respiratório da criança • Sarcoidose
  • 49. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Dermatológicas: • Dermatite atópica • Dermatoses • Dermatite seborrêica • Pênfigo • Micose fungóide • Xerose • Líquen simples crônico (neurodermatite localizada)
  • 50. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Neurológicas: • Edema cerebral (tumores, TCE, infecções) • Trauma raquemedular • Esclerose múltipla
  • 51. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Renais e Transplantes de Orgãos:  Síndrome nefrótico  Prevenção e tratamento da rejeição (imunossupressão)
  • 52. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Infecciosas: • Septicemia por gram-negativos ? • Meningite tuberculosa e por Hemophilus influenzae • Ocasionalmente útil na supressão da inflamação excessiva de alguns processos infecciosos: Mononucleose infecciosa severa
  • 53. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Hematológicas:  Anemia hemolítica adquirida  Anemia hemolítica autoimune  Púrpura alérgica aguda  Púrpura trombocitopênica idiopática  Leucemia  Mieloma múltiplo
  • 54. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Doenças Gastrintestinais:  Doença inflamatória do intestino  Sprue não tropical (Doença celíaca)  Necrose hepática subaguda ?  Hepatite alcoólica
  • 55. Corticoterapia sistêmica Indicações terapêuticas Processos Inflamatórios Ósteoarticulares:  Artrites  Bursites  Teno-sinovites
  • 56. Corticoterapia sistêmica Outras indicações terapêuticas:  Supressão das reações hospedeiro X enxerto, nos casos de transplante de orgãos ou tecidos  Doenças neoplásicas do sistema linfóide: linfomas e leucemias (em associação com a quimioterapia apropriada)  Hipercalcemia
  • 57. Corticoterapia Sistêmica O uso terapêutico prolongado de glicocorticóides resulta em: • Efeitos colaterais sistêmicos • Supressão do eixo hipotálamo-hipófise- adrenal (HHA)
  • 58. Efeitos colaterais do tratamento prolongado
  • 59. Hipercortisolismo Endógeno X Exógeno  Sinais e sintomas mais freqüentes na “Síndrome de Cushing” endógena:  Hipertensão arterial  Acne e Hirsutismo  Irregularidade menstrual  Estrias  Equimoses  Pletora
  • 60. Hipercortisolismo Endógeno X Exógeno Sinais e sintomas virtualmente exclusivos da administração exógena:  Hipertensão intracraniana  Glaucoma  Catarata  Necrose asséptica de ossos  Pancreatite  Paniculite
  • 61. Hipercortisolismo Endógeno X Exógeno Sinais e sintomas comuns as duas situações:  Obesidade  Osteoporose  Miopatia  Intolerância aos carboidratos  Manifestações psiquiátricas  Cicatrização difícil
  • 62. Corticoterapia Sistêmica Prevenção dos efeitos colaterais  Cuidados dietéticos (respeitar condições gerais do paciente e a doença de base):  Dieta hipocalórica com redução do conteúdo de lípides e carboidratos  Aumentar ingestão protéica (suplementação)  Reduzir conteúdo de sal (NaCl)  Suplementar cálcio e potássio
  • 63. Corticoterapia Sistêmica Prevenção dos efeitos colaterais  Fisioterapia e atividade física programada  Medicamentos: hipoglicemiantes orais ou insulina, anti-hipertensivos, vitamina D, alendronatos, anabolizantes
  • 64. Corticoterapia Sistêmica Prevenção dos efeitos colaterais Avaliar a presença de fatores de risco para osteoporose: • Sexo feminino • Origem caucasiana • Baixa estatura • Menopausa • Tabagismo • Sedentarismo
  • 65. Corticoterapia Sistêmica Prevenção dos efeitos colaterais Prevenção e tratamento da osteoporose, durante tratamento com glicocorticóides:  ↑ atividade física • Exercícios  ↑ ingesta cálcio • Vitamina D  Estrógenos • Anabolizantes  Alendronato • Tiazídicos
  • 66. Corticoterapia sistêmica A suspensão abrupta da administração de glicocorticóides pode resultar em: • Quadro de insuficiência adrenocortical aguda (crise adrenal aguda) • “Síndrome da retirada ou deprivação de corticosteróides”
  • 67. Corticoterapia sistêmica Crise adrenal aguda: • Hipotensão e choque • Hipertermia  Desidratação • Taquicardia  Náusea e vômito • Anorexia  Fraqueza e apatia • Hipoglicemia  Confusão mental Desorientação
  • 68. Considerações gerais quanto ao manuseio dos Corticosteróides Atenção: Pacientes com história e/ou estigmas de uso prolongado de glicocorticóides, devem receber suplemento de corticóide quando em situações de stress
  • 69. Fatores que influenciam na supressão do Eixo HHA
  • 70. Considerações gerais quanto ao manuseio dos Corticosteróides Tomando como base a Prednisona:  Doses eqüivalentes a ≥ 40 mg/dia (8 vezes o nível fisiológico), por mais de uma semana podem resultar em supressão do eixo HHA;  Doses < 20 mg/dia promovem supressão do eixo HHA após 30 dias de uso;
  • 71. Considerações gerais quanto ao manuseio dos Corticosteróides Tomando como base a Prednisona, o tempo de recuperação do eixo HHA: • pode variar de 2 meses a 1 ano, se usadas doses ≥ 40 mg/dia, por períodos > 3 meses • não está bem estabelecido, se usadas doses < 20 mg/dia, por períodos de 2 a 4 semanas
  • 72. Planejamento para Suspensão de Terapia com Corticosteróides 1) Substituir, se for o caso, por GC de ação intermediária 2) Concentrar a posologia em dose única matinal 3) Reduzir doses, segundo esquema a ser visto adiante 4) Passar GC para dias alternados
  • 73. * Esquema para Retirada de Terapia com Corticosteróides Com base na Prednisona, em uso crônico (> 2 meses): • Reduzir a dose, segundo o esquema: Dose Alta Dose Média Dose Baixa (40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d) 1/5 da dose 1/4 da dose 1/4 da dose por 2 semanas por 2 semanas por 1 semana • Tentar dias alternados após 1 a 2 meses
  • 74. * Esquema para Retirada de Terapia com Corticosteróides Com base na Prednisona, em uso por tempo intermediário (2 sem. a 2 meses): • Reduzir a dose, segundo o esquema: Dose Alta Dose Média Dose Baixa (40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d) 1/4 da dose 1/3 da dose 1/3 da dose por 1 semana por 1 semana por 3 a 4 dias • Tentar dias alternados após 1 mês, naqueles com doses altas
  • 75. * Esquema para Retirada de Terapia com Corticosteróides Com base na Prednisona, em uso por tempo curto (< 2 semanas): • Reduzir a dose, segundo o esquema: Dose Alta Dose Média Dose Baixa (40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d) 1/3 da dose por 3 a 4 dias redução gradual não necessária

Notas do Editor

  1. A oxidrila do carbono 11 é fundamental para o efeito corticosteróide. A prednisona e a cortisona tem um O no carbono 11, devendo ser ativadas ( o hepatócito faz a transformação em oxidrila) para serem ativas, transformando-as respectivamente em prednisolona e hidrocortisona.
  2. O ACTH é secretado em maiores quantidades a partir das 23 horas, de modo que os valores séricos de cortisol são maiores pela manhã que pela tarde. Essa variação é alterada se o ciclo sono-vigília for modificado
  3. Em situação de stress emocional, cirurgico e outros os valores de cortisol elevam-se até 10 vezes.
  4. A acne e o hirsutismo são mais evidentes na S. de Cushing, devido a produção aumentada de andrógenos.