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São várias as situações em que isso
pode acontecer:
1- no interior das atividades diárias de sala de aula:
calendário, regras de convivência, quadro das tarefas
diárias, programação do dia, projetos de trabalho, etc.;

2- no âmbito da escola: cartazes que são colocados no
pátio, cartas recebidas de outras turmas, recados da
direção da escola, etc.;
3- em comunicações com o exterior da escola:
correspondência vinda de outras escolas, convites
recebidos de membros da comunidade, comunicados de
outras instituições em resposta a alguma informação
pedida, etc.;

4- nas situações em que se busca uma informação
necessária às crianças: descobrir respostas a indagações
feitas, dúvidas sobre algo, ou para satisfazer curiosidades
próprias da idade, etc.;
5- nos momentos em que se deseja fazer algo que exige
uma determinada informação: (a) brincar: ler instruções
de jogos, de brincadeiras, de uso de brinquedos, etc.; (b)
construir algo: ler instruções para montagem de
brinquedos, uma receita para fazer um sanduíche, um
bolo, etc. (c) realizar um projeto: ler as instruções para a
montagem de um terrário, para a fabricação de
fantoches para o teatrinho da sala, etc.;
6- em situações em que as crianças leem para estimular
o imaginário: leitura de poemas e histórias, no canto de
leitura da sala, na biblioteca e em outros espaços da
escola;
7- nos momentos em que é preciso documentar-se: ler
folhetos, enciclopédias, revistas especializadas, etc.
“Toda leitura é um questionamento de texto, isto é, uma
elaboração ativa de significado feita pelo leitor a partir
de indícios diversos, de acordo com o que está
procurando num texto para responder a um de seus
projetos”. (JOLIBERT, 1994, p. 149).
Texto: real, de veiculação social, como cartas, folhetos,
cartazes, poemas, histórias, etc.
Desde o início do processo de aprendizagem – aprender
a questionar textos integrais em vez de decifrá-los sílaba
a sílaba, frase a frase.
Há “dois tipos de sequências cujo aspecto dominante é o
aprendizado”:

• as seqüências de questionamento de texto globais e
complexas, que envolvem o conjunto das
competências necessárias à atividade de leitura de um
texto inteiro;
•

em contrapartida, as sessões de exercício, reforço que
as acompanham e que estão centradas em
competências-instrumentos precisos focalizados, que
se quer ver construídos ou automatizados. (JOLIBERT,
1994, p. 150).
Jolibert e seus colaboradores (1994) utilizam sete
níveis de competências linguísticas, nas sessões de
leitura, como indícios importantes para a construção do
sentido do texto.
Esses níveis, em constante interação entre si, são
“descobertos” pelas crianças, quando elas estão diante
de um escrito para o qual buscam um sentido.
Não se trata, para o aprendiz-leitor, de analisar o texto a
partir desses “sete pontos de vista” linguísticos e,
tampouco, para pedir que sejam analisados como numa
sequência de gramática explícita! Trata-se, para o leitor:
• de localizar no texto as marcas, as pistas, as
manifestações, em suma os indícios deixados no texto
por esses sete níveis de operações linguísticas;
• de coletá-los como informações que o leitor vai
processar para construir o sentido do texto. (JOLIBERT,
1994, p. 144-145).
Cada gênero textual fornece diferentes indícios
linguísticos, nos vários níveis, para a construção do
sentido do texto. Destacamos aqui dois níveis: o da
superestrutura (interna) e o da linguística do texto.
Focalizaremos os gêneros seguintes:

Estrutura: sequência com Equilíbrio inicial, Evento
perturbador (provocação), Ação, Resolução (força
equilibradora) e Equilíbrio final.

Linguística textual: marcas dos diálogos, tempos verbais
da narração, presença dos advérbios (e expressões) de
tempo, adjetivos (caracterização de personagens),
substitutos, marcas da pessoa verbal da narrativa (3ª
pessoa).
Estrutura: Título; informações principais (Quem? O quê?
Quando? [Onde?]); outras informações.

Linguística textual: presença da 3ª pessoa verbal;
pontuação; as formas do verbo.
Estrutura: título e estrofes.
Linguística textual: presença dos versos expressos por
linhas curtas, com rimas ou não, pontuação (às vezes
ausente).
Estrutura: elementos (em lista) e instruções (modo de
fazer).
Linguística textual: presença de substantivos concretos e
numerais (nos elementos); verbos no modo imperativo
ou infinitivo (nas instruções); presença dos advérbios de
modo (lentamente, cuidadosamente, etc.) e de
expressões temporais (depois, até que, etc.).
Estrutura: título; dois blocos de texto (condições nas
quais se realiza o experimento e descrição do processo
observado); figuras (que podem ou não acompanhar o
relatório).
Linguística textual: presença de advérbios de tempo e de
numerais ordinais (exemplos: antes de, depois de, em
primeiro lugar, etc.); indícios dos tempos e pessoas
verbais (comumente a primeira do plural).
Estrutura: mensagem central incluindo texto e imagem;
disposição gráfica linear ou não.

Linguística textual: presença de “nós, vocês”; verbos no
imperativo (quando há um apelo ao leitor); figuras.
Estrutura: uma sequência com data, destinatário/
cumprimento, corpo da carta, fórmula de despedida e
assinatura.
Linguística textual: marcas de oralidade: frases
inconclusas, perguntas voltadas ao destinatário, pontos
de
exclamação
(expressões
de
alegrias,
preocupações,etc.); eventual presença de diminutivos e
aumentativos; adjetivos qualificativos; repetições;
interjeições (manifestação da subjetividade do autor).
Estrutura: uma sequência com remetente, data,
destinatário, interpelação, corpo da carta, fórmula de
polidez, assinatura. Corpo da carta com dois blocos: (1)
determina o que o solicitante pretende; (2) condições
que ele reúne para alcançar o que pretende.
Linguística textual: presença de fórmulas convencionais
(Dirijo-me a V. Sª. ; Atenciosamente; Os abaixoassinados; ...com votos de estima e consideração, etc.);
indícios de uso de primeira ou terceira pessoa; presença
de conectores que expressam causa, consequências,
condições.
Textos de base:
1- KAUFMAN, A. M. e RODRÍGUEZ, M. E. Escola,
leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
2- JOLIBERT, J. (Org.) Formando crianças leitoras.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. vol. 1.

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Sessões de questionamento

  • 1.
  • 2.
  • 3. São várias as situações em que isso pode acontecer: 1- no interior das atividades diárias de sala de aula: calendário, regras de convivência, quadro das tarefas diárias, programação do dia, projetos de trabalho, etc.; 2- no âmbito da escola: cartazes que são colocados no pátio, cartas recebidas de outras turmas, recados da direção da escola, etc.;
  • 4. 3- em comunicações com o exterior da escola: correspondência vinda de outras escolas, convites recebidos de membros da comunidade, comunicados de outras instituições em resposta a alguma informação pedida, etc.; 4- nas situações em que se busca uma informação necessária às crianças: descobrir respostas a indagações feitas, dúvidas sobre algo, ou para satisfazer curiosidades próprias da idade, etc.;
  • 5. 5- nos momentos em que se deseja fazer algo que exige uma determinada informação: (a) brincar: ler instruções de jogos, de brincadeiras, de uso de brinquedos, etc.; (b) construir algo: ler instruções para montagem de brinquedos, uma receita para fazer um sanduíche, um bolo, etc. (c) realizar um projeto: ler as instruções para a montagem de um terrário, para a fabricação de fantoches para o teatrinho da sala, etc.; 6- em situações em que as crianças leem para estimular o imaginário: leitura de poemas e histórias, no canto de leitura da sala, na biblioteca e em outros espaços da escola;
  • 6. 7- nos momentos em que é preciso documentar-se: ler folhetos, enciclopédias, revistas especializadas, etc.
  • 7. “Toda leitura é um questionamento de texto, isto é, uma elaboração ativa de significado feita pelo leitor a partir de indícios diversos, de acordo com o que está procurando num texto para responder a um de seus projetos”. (JOLIBERT, 1994, p. 149). Texto: real, de veiculação social, como cartas, folhetos, cartazes, poemas, histórias, etc.
  • 8. Desde o início do processo de aprendizagem – aprender a questionar textos integrais em vez de decifrá-los sílaba a sílaba, frase a frase.
  • 9. Há “dois tipos de sequências cujo aspecto dominante é o aprendizado”: • as seqüências de questionamento de texto globais e complexas, que envolvem o conjunto das competências necessárias à atividade de leitura de um texto inteiro; • em contrapartida, as sessões de exercício, reforço que as acompanham e que estão centradas em competências-instrumentos precisos focalizados, que se quer ver construídos ou automatizados. (JOLIBERT, 1994, p. 150).
  • 10. Jolibert e seus colaboradores (1994) utilizam sete níveis de competências linguísticas, nas sessões de leitura, como indícios importantes para a construção do sentido do texto. Esses níveis, em constante interação entre si, são “descobertos” pelas crianças, quando elas estão diante de um escrito para o qual buscam um sentido.
  • 11. Não se trata, para o aprendiz-leitor, de analisar o texto a partir desses “sete pontos de vista” linguísticos e, tampouco, para pedir que sejam analisados como numa sequência de gramática explícita! Trata-se, para o leitor: • de localizar no texto as marcas, as pistas, as manifestações, em suma os indícios deixados no texto por esses sete níveis de operações linguísticas; • de coletá-los como informações que o leitor vai processar para construir o sentido do texto. (JOLIBERT, 1994, p. 144-145).
  • 12. Cada gênero textual fornece diferentes indícios linguísticos, nos vários níveis, para a construção do sentido do texto. Destacamos aqui dois níveis: o da superestrutura (interna) e o da linguística do texto.
  • 13. Focalizaremos os gêneros seguintes: Estrutura: sequência com Equilíbrio inicial, Evento perturbador (provocação), Ação, Resolução (força equilibradora) e Equilíbrio final. Linguística textual: marcas dos diálogos, tempos verbais da narração, presença dos advérbios (e expressões) de tempo, adjetivos (caracterização de personagens), substitutos, marcas da pessoa verbal da narrativa (3ª pessoa).
  • 14. Estrutura: Título; informações principais (Quem? O quê? Quando? [Onde?]); outras informações. Linguística textual: presença da 3ª pessoa verbal; pontuação; as formas do verbo.
  • 15. Estrutura: título e estrofes. Linguística textual: presença dos versos expressos por linhas curtas, com rimas ou não, pontuação (às vezes ausente).
  • 16. Estrutura: elementos (em lista) e instruções (modo de fazer). Linguística textual: presença de substantivos concretos e numerais (nos elementos); verbos no modo imperativo ou infinitivo (nas instruções); presença dos advérbios de modo (lentamente, cuidadosamente, etc.) e de expressões temporais (depois, até que, etc.).
  • 17. Estrutura: título; dois blocos de texto (condições nas quais se realiza o experimento e descrição do processo observado); figuras (que podem ou não acompanhar o relatório). Linguística textual: presença de advérbios de tempo e de numerais ordinais (exemplos: antes de, depois de, em primeiro lugar, etc.); indícios dos tempos e pessoas verbais (comumente a primeira do plural).
  • 18. Estrutura: mensagem central incluindo texto e imagem; disposição gráfica linear ou não. Linguística textual: presença de “nós, vocês”; verbos no imperativo (quando há um apelo ao leitor); figuras.
  • 19. Estrutura: uma sequência com data, destinatário/ cumprimento, corpo da carta, fórmula de despedida e assinatura. Linguística textual: marcas de oralidade: frases inconclusas, perguntas voltadas ao destinatário, pontos de exclamação (expressões de alegrias, preocupações,etc.); eventual presença de diminutivos e aumentativos; adjetivos qualificativos; repetições; interjeições (manifestação da subjetividade do autor).
  • 20. Estrutura: uma sequência com remetente, data, destinatário, interpelação, corpo da carta, fórmula de polidez, assinatura. Corpo da carta com dois blocos: (1) determina o que o solicitante pretende; (2) condições que ele reúne para alcançar o que pretende. Linguística textual: presença de fórmulas convencionais (Dirijo-me a V. Sª. ; Atenciosamente; Os abaixoassinados; ...com votos de estima e consideração, etc.); indícios de uso de primeira ou terceira pessoa; presença de conectores que expressam causa, consequências, condições.
  • 21. Textos de base: 1- KAUFMAN, A. M. e RODRÍGUEZ, M. E. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 2- JOLIBERT, J. (Org.) Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. vol. 1.