O documento discute a evolução histórica da leitura e escrita, desde as pinturas rupestres até os sistemas hieroglíficos e cuneiformes. Também aborda as práticas de produção de texto na escola, com foco na importância da leitura, dos diferentes gêneros textuais e da correção ortográfica.
1. Professora Roberta SilvaProfessora Roberta Silva
TÉCNICAS DIDÁTICASTÉCNICAS DIDÁTICAS
Produção de textos:Produção de textos:
Reflexões e Práticas na escola.Reflexões e Práticas na escola.
2.
3.
4. Passado e presente dos verbos ler e escreverPassado e presente dos verbos ler e escrever
““Houve uma época, vários séculos atrás,Houve uma época, vários séculos atrás,
em que escrever e ler eram atividadesem que escrever e ler eram atividades
profissionais e aqueles a elas destinadosprofissionais e aqueles a elas destinados
aprendiam-nas como um ofício.”aprendiam-nas como um ofício.”
(E. FERREIRO)(E. FERREIRO)
5. ““Ler e escrever são construções sociais.Ler e escrever são construções sociais.
Cada época e cada circunstância históricaCada época e cada circunstância histórica
dão novos sentidos a esses verbos.” (E.dão novos sentidos a esses verbos.” (E.
Ferreiro)Ferreiro)
Alguns estudiosos sugerem que naAlguns estudiosos sugerem que na
antiguidade a leitura era de domínioantiguidade a leitura era de domínio
público, mas a escrita restrita.público, mas a escrita restrita.
Hoje escrever não é mais uma profissão,Hoje escrever não é mais uma profissão,
mas uma obrigação, e ler não é mais umamas uma obrigação, e ler não é mais uma
marca de sabedoria, mas de cidadania.marca de sabedoria, mas de cidadania.
6. A Magia do Aprisionamento
A Necessidade de Deixar Marcas
13. Código é um sistema que, por convenção prévia, se destina a
representar e a transmitir a informação entre a fonte dos sinais e o
ponto de destino.
14.
15. ““...adquirir um conhecimento apenas técnico,...adquirir um conhecimento apenas técnico,
sem refletir sobre a utilidade de sua aplicaçãosem refletir sobre a utilidade de sua aplicação
ou sobre seu valor estético ou formativo, é umou sobre seu valor estético ou formativo, é um
desperdício da inteligência humana.”desperdício da inteligência humana.”
Salvatore D’OnófrioSalvatore D’Onófrio
17. As práticas educativas devem ser organizadas deAs práticas educativas devem ser organizadas de
maneira a garantir, progressivamente, que os alunosmaneira a garantir, progressivamente, que os alunos
sejam capazes de:sejam capazes de:
• compreender o sentido nas mensagens orais e escritas de
que é destinatário direto ou indireto, desenvolvendo
sensibilidade para reconhecer a intencionalidade implícita
e conteúdos discriminatórios ou persuasivos, especialmente
nas mensagens veiculadas pelos meios de comunicação;
• ler autonomamente diferentes textos dos gêneros previstos
para o ciclo, sabendo identificar aqueles que respondem às
suas necessidades imediatas e selecionar estratégias
adequadas para abordá-los;
• utilizar a linguagem para expressar sentimentos,
experiências e idéias, acolhendo, interpretando e
considerando os das outras pessoas e respeitando os
diferentes modos de falar;
18. • utilizar a linguagem oral com eficácia, começando a adequá-la a
intenções e situações comunicativas que requeiram o domínio de
registros formais, o planejamento prévio do discurso, a coerência
na defesa de pontos de vista e na apresentação de argumentos e o
uso de procedimentos de negociação de acordos necessários ou
possíveis;
• produzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro dos gêneros
previstos para o ciclo, ajustados a objetivos e leitores
determinados;
• escrever textos com domínio da separação em palavras,
estabilidade de palavras de ortografia regular e de irregulares mais
freqüentes na escrita e utilização de recursos do sistema de
pontuação para dividir o texto em frases;
• revisar seus próprios textos a partir de uma primeira versão e,
com ajuda do professor, redigir as versões necessárias até
considerá-lo suficientemente bem escrito para o momento.
19. O que é linguagem?
É o uso da língua como forma
de expressão e comunicação
entre as pessoas. Agora,
a linguagem não é somente um
conjunto de palavras faladas ou
escritas, mas também de gestos
e imagens. Afinal, não nos
comunicamos apenas pela fala
ou escrita, não é verdade?
20.
21. Uma das reações que muitos alunos e até
adultos apresentam quando solicitadas a
escrever textos é o medo de errar.
Quais motivos para esse sentimento
tão frequente?
25. As Primeiras Produções Textuais
LINGUAGEMLINGUAGEM
VERBALVERBAL
ORALORAL
COMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃO
FOFOCAFOFOCA
NARRATIVAS EMNARRATIVAS EM
3ª PESSOA3ª PESSOA
PejorativasPejorativas
1ª PESSOA1ª PESSOA
EnaltecedorEnaltecedor
Gênero Literário
26.
27. GÊNERO TEXTUAL E TIPO TEXTUALGÊNERO TEXTUAL E TIPO TEXTUAL
FUNÇÃO SOCIALFUNÇÃO SOCIAL ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃO
BILHETE
CARTA
NOTÍCIA
BULA
RECEITA
BIOGRAFIA
RELATÓRIO
MANUAL DE INSTRUÇÕES
RESENHA
PROPAGANDA
DISSERTATIVO
NARRATIVO
DESCRITIVO
ARGUMENTATIVO
INJUNTIVO
EXPOSITIVO
CONVERSACIONAL
28.
29. RECONTO DE HISTÓRIASRECONTO DE HISTÓRIAS
TEREZATEREZA
BICUDABICUDA
OUVIROUVIR
RECONTARRECONTAR
REESCREVERREESCREVER
30. A Prática de Leitura precede a Prática de produção de texto
Durante todo o processo de escrita o professor deveDurante todo o processo de escrita o professor deve
ser mediador entre o produtor e a produção, com fimser mediador entre o produtor e a produção, com fim
de garantir que:de garantir que:
31.
32.
33.
34. Gêneros adequados para o trabalho com a linguagem
escrita:
• cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões (de
aniversário, de Natal, etc.), convites, diários (pessoais, da
classe, de viagem, etc.); quadrinhos, textos de jornais,
revistas e suplementos infantis: títulos, lides, notícias,
resenhas, classificados, etc.;
• anúncios, slogans, cartazes, folhetos;
• parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas, trava-
línguas, piadas;
35. • contos (de fadas, de assombração, etc.), mitos e lendas
populares,folhetos de cordel, fábulas;
• textos teatrais;
• relatos históricos, textos de enciclopédia, verbetes de
dicionário, textos expositivos de diferentes fontes
(fascículos, revistas, livros de consulta, didáticos, etc.),
textos expositivos de outras áreas e textos normativos, tais
como estatutos, declarações de direitos, etc.
36. • Produção de textos considerando o destinatário, a sua
finalidade e as características do gênero.
• Aspectos notacionais durante a leitura de textos com os
alunos:
divisão do texto em frases por meio de recursos do sistema de
pontuação: maiúscula inicial e ponto final (exclamação,
interrogação e reticências); e reunião das frases em parágrafos;
separação, no texto, entre discurso direto e indireto e entre os
turnos do diálogo, utilizando travessão e dois pontos, ou aspas;
indicação, por meio de vírgulas, das listas e enumerações no
texto;
estabelecimento das regularidades ortográficas (inferência das
regras, inclusive as da acentuação) e constatação de
irregularidades (ausência de regras);
acentuação das palavras: regras gerais relacionadas à
tonicidade.
• emprego de regência verbal e concordância verbal e nominal.
• Utilização da escrita como recurso de estudo:
37. • tomar notas a partir de exposição oral;
• compor textos coerentes a partir de trechos oriundos de
diferentes fontes;
• fazer resumos.
• Utilização de dicionário e outras fontes escritas para resolver
dúvidas ortográficas.
• Produção de textos utilizando estratégias de escrita: planejar o
texto, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação.
• Controle da legibilidade do escrito.
• Aspectos discursivos:
• organização das idéias de acordo com as características
textuais de cada gênero;
• utilização de recursos coesivos oferecidos pelo sistema de
pontuação e pela introdução de conectivos mais adequados à
linguagem escrita, expressões que marcam temporalidade e
causalidade, substituições lexicais, manutenção do tempo verbal,
etc.;
38. Correção de textosCorreção de textos
É importante que as estratégias didáticas para oÉ importante que as estratégias didáticas para o
ensino da ortografia se articulem em torno de dois eixosensino da ortografia se articulem em torno de dois eixos
básicos:básicos:
•• o da distinção entre o que é “produtivo” e oo da distinção entre o que é “produtivo” e o
que é “reprodutivo” na notação da ortografia da língua,que é “reprodutivo” na notação da ortografia da língua,
permitindo no primeiro caso o descobrimento explícitopermitindo no primeiro caso o descobrimento explícito
de regras geradoras de notações corretas e, quandode regras geradoras de notações corretas e, quando
não, a consciência de que não há regras que justifiquemnão, a consciência de que não há regras que justifiquem
as formas corretas fixadas pela norma; eas formas corretas fixadas pela norma; e
•• a distinção entre palavras de uso frequente ea distinção entre palavras de uso frequente e
infrequente na linguagem escrita impressa.infrequente na linguagem escrita impressa.
39. O ensino da ortografia deveria organizar-se de modo a favorecer:O ensino da ortografia deveria organizar-se de modo a favorecer:
•• a inferência dos princípios de geração da escritaa inferência dos princípios de geração da escrita
convencional, a partir da explicitação das regularidadesconvencional, a partir da explicitação das regularidades
do sistema ortográfico (isso é possível utilizando comodo sistema ortográfico (isso é possível utilizando como
ponto de partida a exploração ativa e a observaçãoponto de partida a exploração ativa e a observação
dessas regularidades: é preciso fazer com que osdessas regularidades: é preciso fazer com que os
alunos explicitem suas suposições de como sealunos explicitem suas suposições de como se
escrevem as palavras, reflitam sobre possíveisescrevem as palavras, reflitam sobre possíveis
alternativas de grafia, comparem com a escritaalternativas de grafia, comparem com a escrita
convencional e tomem progressiva-mente consciênciaconvencional e tomem progressiva-mente consciência
do funcionamento da ortografia);do funcionamento da ortografia);
•• a tomada de consciência de que existem palavras cujaa tomada de consciência de que existem palavras cuja
ortografia não é definida por regras e exigem, portanto,ortografia não é definida por regras e exigem, portanto,
a consulta a fontes autorizadas e o esforço dea consulta a fontes autorizadas e o esforço de
memorização.memorização.
40. BOA NOITE E ATÉ MAIS...BOA NOITE E ATÉ MAIS...