A radiologia estuda o uso da energia radiante no diagnóstico e tratamento de doenças, utilizando técnicas como raio-X, tomografia computadorizada, ultra-sonografia, ressonância magnética e medicina nuclear. Esses exames permitem identificar estruturas normais e anormais do corpo para reconhecer alterações causadas por doenças e lesões.
1. Radiologia = ciência biomédica que estuda o uso da energia radiante
no diagnóstico e tratamento das doenças.
Anatomia radiológica = estudo da estrutura e função do corpo que
utiliza técnicas de imagens.
Principal objetivo: identificar estruturas normais e anormais visando
identificar e reconhecer alterações causadas por doenças e lesões.
Tipos de exames:
•Radiografia simples;
•Tomografia computadorizada (TC);
•Ultra-sonografia (US);
•Ressonância magnética (RNM);
•Medicina nuclear.
2. Apesar de técnicas diferentes, todas se
baseiam na recepção de feixes atenuados
de energia que atravessaram, foram
refletidos ou gerados pelo tecido do corpo.
Radiografia simples
Raio X: descoberto em 1895 por Wilheln
Roentgen (ganhador do Prêmio Nobel).
Feixe de raios x altamente penetrante
transilumina o paciente, mostrando tecidos
de diferentes densidades de massa no
corpo como imagens de diferentes
intensidades (áreas relativamente claras ou
escuras).
Tecido ou órgão com massa relativamente
densa (radiopacidade) absorve ou reflete
mais raios X do que um tecido menos
denso (radiotransparência).
3.
4.
5. Radiografias são feitas com a parte
do corpo do paciente a ser
estudada próxima ao filme de
raios X ou o detector, para
maximizar a nitidez da imagem e
minimizar artefatos de ampliação.
Nomenclatura radiológica básica:
•Projeções: AP, PA e perfil.
Uso de meios de contraste (líquidos radiopacos, tais como compostos
de iodo ou bário):
Objetivo: estudo de vários órgãos com luz ou vasculares, e de espaços
virtuais ou reais que não são visíveis à radiografia simples.
6. Tomografia computadorizada
Apresentação de imagens radiológicas do corpo que se assemelham a cortes
anatômicos transversais;
Feixe de raios X atravessa o corpo enquanto o tubo de raios X e o detector giram
em torno do eixo do corpo;
Múltiplas absorções de energia radial superpostas são medidas, registradas e
comparadas por um computador para determinar a densidade radiológica de
cada elemento de volume (voxel) do plano do corpo escolhido.
7. A densidade radiológica (quantidade
de radiação absorvida por) de cada
voxel é determinada por fatores que
incluem a quantidade de ar, água,
gordura ou osso naquele elemento;
O computador mapeia os voxels em
uma imagem plana (fatia) que é
exibida em um monitor ou impressão;
Imagens são sempre exibidas como se
o observador estivesse nos pés do
paciente em decúbito dorsal.
8. Ultra-sonografia
Procedimento não invasivo sem uso da radiação;
Visualiza estruturas superficiais ou profundas no corpo pelo registro de pulsos de
ondas ultra-sônicas refletidas pelos tecidos;
Menor custo;
Aparelho portátil;
Capacidade de produzir imagens em tempo real, demonstrando o movimento de
estruturas e o fluxo nos vasos sanguíneos;
Transdutor em contato com a pele gera ondas sonoras de alta frequência que
atravessam o corpo e refletem as interfaces teciduais entre tecidos de diferentes
características.
9. Os ecos do corpo são refletidos para o transdutor e convertidos em energia
elétrica;
Sinais elétricos são registrados e exibidos em um monitor como uma imagem em
corte transversa, que pode ser vista em tempo real e registrada como imagem
única ou vídeo;
US Doppler: modificações de frequência entre ondas ultra-sônicas emitidas e seus
ecos são usadas para medir as velocidades dos objetos em movimento;
SNC e pulmões não são submetidos a US porque ossos refletem quase todas as
ondas e a condução no ar não é boa.
10. Ressonância Magnética
Imagens do corpo semelhantes à TC,
porém com melhor diferenciação
tecidual;
Paciente é posicionado num scanner com
forte campo magnético e o corpo recebe
pulsos de onde de rádio;
Sinais emitidos pelos tecidos do paciente
são armazenados em um computador e
reconstruídos em várias imagens do
corpo;
Aparência dos tecidos nas imagens
geradas pode variar de acordo com a
forma de envio e recepção dos pulsos de
radiofrequência;
Computadores associados aos scanners
de RM têm a capacidade de reconstruir
tecidos em qualquer plano (transverso,
mediano, sagital, frontal e oblíquos) a
partir dos dados adquiridos.
11. Imagem de Medicina Nuclear
Fornecem informações sobre a
distribuição ou concentração de pequenas
quantidades de substâncias radioativas
introduzidas no corpo;
Imagens mostram órgãos específicos pós
injeção intravenosa (IV) de pequena dose
de material radioativo;
PET (tomografia por emissão de prótons):
usada na avaliação da função fisiológica
de órgãos de forma dinâmica;
SPECT (tomografia por emissão de fóton
único): visualização de imagens de todo o
órgão ou de cortes transversais.
12. ANATOMIA DO CRÂNIO
Camadas que envolvem o encéfalo e o tronco cerebral:
•Couro cabeludo:
Rica irrigação, podendo suas lacerações levar a sangramentos
importantes, principalmente em crianças.
•Crânio:
Abóboda (recobre o encéfalo), mais fina na região temporal
(frequente envolvimento nas fraturas de crânio);
Base (firme e áspera) – ocasiona lesões por meio de movimentos de
aceleração e desaceleração;
13. ANATOMIA
•Meninges (revestimento mais interno):
Dura-máter: constituída por dois folhetos de tecido
conjuntivo denso, um em contato com o periósteo
craniano e outro com a aracnóide .
Aracnóide: formada por camada frouxamente aderida à
dura-máter, apresentando prolongamentos digitiformes
que se comunicam com a pia-máter, a camada mais
interna.
Pia-máter: camada mais interna.
14. Fraturas da calvária
•Convexidade distribui e minimiza
efeitos de golpes sobre a cabeça;
Fraturas com afundamento:
golpes fortes em áreas finas
(depressão do osso com
compressão do encéfalo);
Fraturas lineares da calvária:
ocorrem no ponto de impacto
com irradiação para um ou mais
lugares.
15. Fraturas da calvária
Fraturas cominutivas: fratura
em vários pedaços;
Fratura por contragolpe:
acomete o lado oposto do
crânio.
Em áreas espessas, no local do
impacto, pode ocorrer somente
afundamento ou uma fratura
numa área adjacente mais fina.
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19.
20.
21. Fratura do ptério
Pode ser fatal por estar sobre os ramos anteriores da artéria
meníngea;
Hematoma resultante exerce pressão sobre o córtex cerebral
subjacente;
Hemorragia pode causar morte em poucas horas.
22. Fratura do ptério
Pode ser fatal por estar sobre os ramos anteriores da artéria
meníngea;
Hematoma resultante exerce pressão sobre o córtex cerebral
subjacente;
Hemorragia pode causar morte em poucas horas.
23.
24. Fraturas da maxila e ossos
associados
Classificação do
Dr. Léon-Clement Le Fort
Le Fort I: grande variedade de
fraturas horizontais das maxilas,
seguindo superiormente ao
processo alveolar maxilar,
cruzando a parte óssea do
septo nasal e, possivelmente, as
lâminas dos processos
pterigoides do esfenoide.
25. Fraturas da maxila e ossos
associados
Classificação do
Dr. Léon-Clement Le Fort
Le Fort II: segue das partes
póstero-laterais dos seios
maxilares (cavidades nas
maxilas) súpero-medialmente.
Através dos forames infra-
orbitais, dos lacrimais ou
etmoide até a ponte do nariz.
Toda a parte central da face,
incluindo o palato duro e os
processos alveolares é separada
do restante do crânio.
26. Fraturas da maxila e ossos
associados
Classificação do
Dr. Léon-Clement Le Fort
Le Fort III: fratura horizontal
que atravessa as fissuras
orbitais superiores e os ossos
etmoide e nasais e estende-se
lateralmente através das asas
maiores do esfenoide e das
suturas frontozigomáticas. A
fratura associada dos arcos
zigomáticos causa separação da
maxila e dos ossos zigomáticos
do restante do crânio.
27. Fratura da mandíbula
•Geralmente envolve duas fraturas, que frequentemente ocorrem em lados opostos
da mandíbula (se for observada uma fratura deve ser procurada outra).
Fraturas dos processos coronóides: raras e geralmente únicas (A);
Fraturas no colo da mandíbula: geralmente transversais e podem estar
associadas à luxação da ATM (B);
Fraturas do ângulo da mandíbula: oblíquas e podem envolver a cavidade óssea
ou alvéolo do 3º molar (C);
Fraturas do corpo da mandíbula: atravessam a cavidade de um dente canino (D).
28. Fraturas da órbita
•Golpes fortes e impacto direto
comprometem as suturas;
•Devido à pequena espessura das paredes
medial e inferior, um golpe no olho pode
causar fratura das paredes orbitais, porém
com manutenção intacta da margem.
Fratura em explosão: lesão traumática
indireta que desloca as paredes
orbitais;
Fraturas da parede medial: envolvem
seios etmoidal e esfenoidal;
Fraturas da parede inferior: envolvem
seio maxilar;
Parede superior é fina e pode ser
atravessada por artefato pérfuro-
cortante;
Fraturas da órbita podem resultar em
hemorragia intra-orbital, que exerce
pressão no bulbo do olho gerando
exoftalmia.
29. Radiografia do crânio
Projeções: lateral, AP, PA e axial;
Identificar compatibilidade do tamanho do crânio com a idade;
Calvária e base do crânio são frequentemente examinadas com a
projeção lateral;
Em adultos, esqueleto facial forma metade do crânio. Espessura
cranial varia de 3 a 8mm (mais espesso na protuberância occipital
externa);
Exame das órbitas, da região nasal e de alguns seios paranasais
pode ser realizado em AP.
30. Normalmente os seios frontais direito e esquerdo não possuem o
mesmo tamanho;
Visualização das artérias do encéfalo é realizada através de injeção
de contraste radiopaco na artéria carótida e posterior exame de
radiografia, gerando a arteriografia carotídea. Utilizada para
detecção de aneurismas cerebrais e malformações arteriovenosas.
Tomografia computadorizada
Utilizada para avaliação de traumatismo craniano;
Útil nas pessoas com instabilidade neurológica ou clínica, não-
cooperativas ou claustrofóbicas, com marca-passos ou implantes
metálicos.
31. Ressonância Magnética
Mais lenta e dispendiosa em relação à TC, porém com maior
detalhes das partes moles;
Possui capacidade multiplanar, a qual fornece informações
tridimensionais e relações que não são tão facilmente obtidas com
a TC;
Também pode mostrar o fluxo sanguíneo e do LCE;
Angiografia por ressonância magnética é útil para determinar a
permeabilidade dos vasos do círculo arterial cerebral;
Oclusões agudas de grandes vasos neste círculo e da artéria basilar
podem ser detectadas, mas a oclusão de pequenos ramos não é
facilmente observada.
32. Ultra-sonografia
Devido à lâmina quase contínua de osso localizado perifericamente,
a ultra-sonografia não é usada com frequência para avaliação da
cabeça após a ossificação dos fontículos;
Útil na avaliação de hemorragia em prematuros de alto risco e no
acompanhamento em caso de possível desenvolvimento posterior
da hidrocefalia.