2. Bobinas / Posicionamento do Paciente:
◦ O cotovelo tipicamente é varrido com o paciente em decúbito
dorsal com braço ao lado do corpo.
◦ Uma bobina de superfície é imperativa para a obtenção de
imagens de alta qualidade.
Obtendo Imagens do Cotovelo
DR. EMANUEL DANTAS
3. Orientação da Imagem:
◦ O cotovelo deve ser varrido iniciando-se cerca de 10 cm
acima da articulação do cotovelo até a tuberosidade
bicipital distalmente.
◦ Por conveniência, a imagem deve ser orientada da
mesma forma que na radiografia convencional.
◦ Ou seja, o úmero no topo da imagem e as estruturas
distais pendendo distalmente.
◦ As imagens axiais devem ser orientadas com a
superfície volar superiormente.
Obtendo Imagens do Cotovelo
DR. EMANUEL DANTAS
4. Seqüências de Pulso / Regiões de Interesse:
◦ A obtenção de imagens axiais permite a avaliação de tendões,
ligamentos, patologia óssea e feixes neurovasculares.
◦ A obtenção de imagens coronais é ideal para avaliar a integridades dos
ligamentos coronais.
◦ As imagens sagitais são úteis para a avaliação dos tendões do bíceps e
do tríceps
◦ Como na maioria dos casos de obtenção de imagens articulares, uma
espessura de corte de 4 mm é razoável, com um intervalo de 10% entre
os cortes.
◦ Contraste: pode fornece informação útil:
◦ Avaliação de processos com origem sinovial
◦ Distinguir massas císticas de massas sóidas nas imediações do cotovelo.
Obtendo Imagens do Cotovelo
DR. EMANUEL DANTAS
5. Ossos – Relações Normais:
◦ A anatomia óssea do cotovelo permite 2 movimentos
complexos:
◦ Flexão – extensão
◦ Pronação – supinação.
◦ O cotovelo é composto de 3 articulações, contidas
dentro de uma cavidade articular comum.
◦ A rádio se articula com o capítulo do úmero e a ulna se
articula com a tróclea do úmero de forma semelhante a
dobradiça.
Normal e Anormal
DR. EMANUEL DANTAS
7. Osteocondrite Dissecante / Doençca de Panner:
◦ Embora a osteocondrite dissecante possa ocorrer tanto no
capítulo do úmero quanto na cabeça do rádio, ela tende a ocorrer
no capítulo do úmero do braço dominante em arremessadores.
◦ A hipótese principal é de que a lesão resulta de uma combinação
de suprimento sangüíneo tênue para o capítulo do úmero e
trauma de repetição na articulação rádio-capitular, resultando em
morte óssea.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
8. Osteocondrite Dissecante / Doençca de Panner:
◦ A RM pode determinar a estabilidade da lesão osteocondral.
◦ Lesões instáveis são caracterizadas por líquido com sinal alto que
circunda o fragmento osteocondral em imagens ponderadas em
T2.
◦ Lesões redondas e císticas podem ser vistas abaixo do fragmento
osteocondral, e sinal alto anormal pode ser visto nas imagens em
T2 dentro do fragmento ósseo.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
9. Osteochondritis dissecans.
Sagittal T2W image shows
irregularity to the
capitellum with low signal
bone marrow edema
(arrowheads). This lesion is
unstable by MRI criteria.
DR. EMANUEL DANTAS
10. Osteocondrite Dissecante / Doençca de Panner:
◦ A cartilagem sobrejacente não se encontra necessariamente
danificada:
◦ Encontra-se intacta nas lesões estáveis → geralmente tratadas
com repouso e imobilização
◦ Lesões instáveis → Cartilagem envolvida → tto cirúrgico.
◦ Obs.: A osteocondrite dissecante deve ser distinguida da Dça de
Panner (uma osteocondrose do úmero), que coincidentemente
ocorre também em arremessadores por trauma.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
11. Osteocondrite Dissecante (OD) / Doençca de Panner (DP):
◦ Idade:
◦ A OD é vista em pcts ligeiramente mais velhos (12 a 16 anos), enquanto a DP é
encontrada numa faixa etária de 5 a 10 anos.
◦ Corpos Livres:
◦ A formação de corpos livres geralmente não é vista na dça de Panner, e o
capítulo do úmero como todo geralmente apresenta sinal alterado (sinal baixo
em T1 e alto em T2), podendo haver contorno irregular do capítulo.
◦ Evolução:
◦ Na DP, observa-se normalização dessas alterações com pouca ou nenhuma
deformidade residual na superfície articular.
◦ A OD pode levar a corpos livres intra-articulares e a deformidade residual
significativa do capítulo do úmero.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
12. Pseudodefeito do capítulo do úmero:
◦ Ocorre porque a porção mais superior do capítulo do
úmero apresenta um declive abrupto.
◦ Uma imagem coronal através do capítulo do úmero
posterior simula um defeito.
◦ O exame dessa área em outro plano e ausência de
edema sugerem o pseudodefeito como a causa da
irregularidade do capítulo do úmero.
◦ Adicionalmente, a OD ocorre na margem anterior do
capítulo do úmero, em vez de posteriormente.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
13. Pseudodefect of capitellum.
Coronal T1W image located
posteriorly shows irregularity
of the capitellum without
surrounding edema.
Knowledge of this
appearance prevents
overdiagnosing
osteochondritis dissecans of
the capitellum.
DR. EMANUEL DANTAS
14. Corpos Livres:
◦ Corpos livres também podem ocorrer por fragmentos
puramente cartilaginosos quebrando-se na articulação
por trauma agudo ou por doença articular degenerativa.
◦ Corpos livres podem se tornar grandes e causar sintomas
mecânicos, limitando a mobilidade da articulação, ou
produzir um sinovite que resulta em derrame e cotovelo
rígido.
◦ Podem ser identificados no compartimento posterior no
atleta arremessador, e são mais fáceis de detectar à RM
quando há a presença de líquido articular.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
15. Corpos Livres:
◦ Ocasionalmente, um corpo livre pode conter medular,
com sinal alto nas imagens em T1.
◦ São identificados à RM como estruturas com sinal baixo
no interior do sinal alto do líquido articular.
◦ Fragmentos pequenos de osso cortical resultam em
avivamento nas seqüências em T2*, o que torná-los
mais visíveis do que em outras seqüências de obtenção
de imagens.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
16. Loose body. A, Coronal T2W image of cartilage shows defect along capitellum (arrows). B, Axial
T2W image shows posteriorly located loose body (arrows).
DR. EMANUEL DANTAS
17. Fraturas:
◦ A RM é útil na avaliação de fraturas radiograficamente
ocultas quando há evidência radiográfica de derrame
articular, mas não há visualização de fratura.
◦ Seqüências com sensibilidade para M.O. (imagens em
T1, STIR e SPIN-ECO rápido com supressão de gordura)
são as mais sensíveis para avaliar fratura e o edema a
ela associado.
Distúrbios Ósseos
DR. EMANUEL DANTAS
18. Occult radial head fracture. A
female patient with a clinical
diagnosis of biceps tendon tear.
Sagittal FSE T2W fat-suppressed
image shows a linear low signal
fracture line along the radial
head (arrow), with surrounding
edema. There was no biceps
tendon tear
DR. EMANUEL DANTAS
19. Os ligamentos do cotovelo são divididos nos complexos:
◦ Ligamentares colaterais lateral (radial)
◦ Ligamentares colaterais medial (ulnar).
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
20. Complexo Ligamento Colateral Radial:
◦ Fornece estabilidade em varo para o cotovelo.
◦ Consiste em:
◦ Ligamento colateral radial (LCR):
◦ Origina-se da margem anterior do epicôndilo lateral e se insere no ligamento anular e na fáscia do músculo
supinador.
◦ Ligamento anular:
◦ Circunda a cabeça do rádio e se origina e se insere nas margens anterior e posterior da incisura sigmóide
menor da ulna.
◦ É o estabilizador primário da articulação rádio-ulnar proximal, e é mais bem visualizado em imagens axiais.
◦ Ligamento colateral acessório
◦ Ligamento colateral póstero-lateral (ulnar lateral) (LCUL).
◦ É o mais posterior e está ausente em 10% dos espécimes anatômicos
◦ Ele é uma continuação mais superficial e posterior do LCR, originando-se do epicôndilo lateral e estendendo-se
ao longo das faces lateral e posterior do rádio proximal para se inserir na ulna na crista do supinador.
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
26. Normal lateral
ulnar collateral
ligament. Coronal
T2W image with
fat suppression
shows obliquely
oriented lateral
ulnar collateral
ligament
(arrowheads).
DR. EMANUEL DANTAS
27. Ligamentos Colaterais Radiais Anormais:
◦ A ruptura do complexo ligamentar colateral lateral é mais
incomum do que a do complexo colateral ulnar.
◦ Lesões deste complexo está comumente associada a
degeneração do tecido mole do epicôndilo lateral e a
laceração do tendão extensor comum (epicondilite lateral
ou “cotovelo de tenista”).
◦ Uma entorse do complexo ligamentar colateral radial
aparece como um ligamento espessado ou adelgaçado
com sinal alto dentro dele ou ao seu redor.
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
28. Ligamentos Colaterais Radiais Anormais:
◦ Uma laceração completa mostra descontinuidade das
fibras ao longo do LCR ou do LCUL.
◦ O descolamento ou avulsão proximal de sua origem
mostra edema e hemorragia estendendo-se para
dentro do defeito e ausência de fibras do complexo
ligamentar colateral radial.
◦ Quando observados em associação com epicondilite
lateral, edema de M.O. no epicôndilo lateral, assim
como sinal alto no grupo de tendões extensores,
podem ser identificados.
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
29. Radial collateral
ligament tear. Coronal
T2W image with fat
suppression shows
high signal at the
origin of the proximal
aspect of the radial
collateral ligament
(arrow). This
appearance is
compatible with a tear
of the radial collateral
ligament. Note also a
partial tear of the
extensor tendon.
DR. EMANUEL DANTAS
31. Complexo Ligamentar Colateral Ulnar – Ligamentos
Colaterais Ulnares Normais:
◦ Consiste em 3 ligamentos: anterior, posterior e transversal.
◦ Ligamento anterior:
◦ Ligamento espesso e distinto, com fibras paralelas originando-se do epicôndilo
medial no processo coronóide medial
◦ É o mais importante dos 3 ligamentos, melhor visualizados nas imagens
coronais.
◦ Aparência MR:
◦ Estrutura linear de sinal baixo, mais larga proximalmente e adelgaçada distalmente em
todas as seqüências de obtenção de imagens.
◦ É normal visualizar sinal ligeiramente alto na porção alargada proximalmente do feixe
anterior.
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
33. Normal ulnar collateral
ligament. Coronal T2W
image with fat
suppression shows a
normal ulnar collateral
ligament (anterior
bundle) (arrowhead). The
ulnar collateral ligament
adheres tightly to the
olecranon
DR. EMANUEL DANTAS
34. Complexo Ligamentar Colateral Ulnar – Ligamentos
Colaterais Ulnares Normais:
◦ Feixe posterior:
◦ Em forma de leque do LCU é um espessamento da cápsula, mais bem
definido com o cotovelo fletido a 90 graus.
◦ Feixe transversal:
◦ Formado por fibras capsulares orientadas horizontalmente unindo as
margens inferiores dos feixes anterior e posterior.
◦ Obs.:
◦ Os feixes transversal e posterior estão localizados profundamente ao
nervo ulnar e, em conjunto com a cápsula, formam o soalho do túnel
ulnar.
◦ Os feixes posterior e transversal não são bem demonstrados à RM, mas
sua integridade é deduzida com base no soalho do túnel ulnar.
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
35. Ligamentos Colaterais Ulnares Anormais:
◦ Lesões do LCU comumente ocorrem em atletas de
arremesso, e podem acompanhar uma lesão do grupo
dos tendões flexores comuns.
◦ Clínica:
◦ Rupturas agudas: dor súbita com ou sem sensação de
estalido após o arremesso, sendo incapazes de
arremessar novamente.
◦ RM:
◦ Estrutura linear e de sinal baixo do LCU.
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
36. Complete ulnar
collateral ligament
tear. Coronal T2W
image with fat
suppression shows
abnormal high signal
through the
disrupted ulnar
collateral ligament
(arrowhead).
Increased signal also
is noted in common
flexor muscle groups
DR. EMANUEL DANTAS
37. Ligamentos Colaterais Ulnares Anormais:
◦ A degeneração crônica do LCU é caracterizada por
espessamento do ligamento secundariamente a formação de
tecido cicatricial, freqüentemente acompanhado por focos de
calcificação ou osso heterotópico.
Ligamentos
DR. EMANUEL DANTAS
38. Os músculos ao redor do cotovelo podem
ser divididos nos compartimentos:
◦Anterior
◦Posterior
◦Medial
◦Lateral
Músculos e Tendões
DR. EMANUEL DANTAS
40. Compartimento Anterior:
◦ Os músculos bíceps e braquial estão localizados anteriormente.
◦ Esses músculos e tendões são mais bem avaliados em imagens
axiais e sagitais.
◦ O braquial se estende ao longo da cápsula articular e se insere na
tuberosidade ulnar.
◦ O tendão é circundado pelo seu músculo, e o tendão do braquial é
muito menor do que o tendão adjacente do bíceps.
◦ O músculo bíceps encontra-se superficialmente ao braquial e tem
um longo segmento de tendão que não é circundado por músculo,
tornando-o mais suscetível a lesões do que o do braquial.
◦ O tendão do bíceps insere-se na tuberosidade radial.
Músculos e Tendões –
Compartimento Anterior
DR. EMANUEL DANTAS
41. Normal muscle and nerve anatomy. T1W axial image just distal to the elbow joint. Long curved black arrow indicates biceps
tendon. Straight arrow indicates brachialis tendon. Short black arrow indicates ulnar nerve. Short curved arrow indicates ulnar artery
and median nerve. Open arrow indicates radial artery and superficial radial nerve. A, anconeus muscle; BR, brachioradialis muscle;
E, extensor carpi radialis longus/brevis muscle; EC, extensor carpi ulnaris muscle; ED, extensor digitorum muscle; FC, flexor carpi
ulnaris muscle; FCR, flexor carpi radialis muscle; FD, flexor digitorum superficialis muscle; FDP, flexor digitorum profundus muscle;
P, pronator teres muscle; PL, palmaris longus muscle; R, radius; S, supinator muscle; U, ulna.
DR. EMANUEL DANTAS
42. Lesão do braquial:
◦ Lesões do músculo braquial são menos comuns do
que as do tendão do bíceps.
◦ O braquial pode ser lesionado em associação com
levantamentos repetidos, hiperextensão, supinação
forçada de repetição ou, ocasionalmente, por
extensão violenta contra uma carga extrínseca de
contração intensa.
◦ O cotovelo do alspinista é definido como uma
distensão do tendão do braquial.
Músculos e Tendões –
Compartimento Anterior
DR. EMANUEL DANTAS
43. Brachialis
strain. A
football player
injured while
tackling an
opponent.
The clinical
concern was
a biceps
tendon injury.
Coronal (fast)
STIR image
shows high
signal in the
brachialis
muscle.
DR. EMANUEL DANTAS
44. Lesão do bíceps:
◦ A ruptura distal do tendão do bíceps é uma lesão incomum, representando
apenas 3% de todas as rupturas do bíceps.
◦ Por outro lado, ele é o tendão do cotovelo mais comumente lacerado (de forma
completa).
◦ A maioria das rupturas distais do tendão do bíceps é completa, embora tenham
sido relatadas rupturas parciais.
◦ As rupturas parciais freqüentemente estão associadas a bursite bicipital, com os
pacientes apresentando uma massa dolorosa.
◦ O mecanismo de lesão é uma sobre carga súbita e forçada do cotovelo próximo
à semiflexão.
◦ O tendão tipicamente é lacerado a partir de sua inserção na tuberosidade radial
como resultado de resistência à flexão do cotovelo.
Músculos e Tendões –
Compartimento Anterior
DR. EMANUEL DANTAS
45. Biceps tendon tear. A, Sagittal T2W image with fat suppression shows biceps tendon
rupture (arrow). B, Axial image shows retracted biceps tendon (arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
47. Lesão do bíceps:
◦ O diagnóstico clínico de laceração do tendão do bíceps
pode ser difícil, pois a aponeurose bicipital pode
permanecer intacta, com retração mínima do músculo.
◦ Lacerações parciais podem ser vistas como
espessamento ou adelgaçamento relativo do tendão,
com ou sem sinal alterado dentro do tendão.
Músculos e Tendões –
Compartimento Anterior
DR. EMANUEL DANTAS
48. Biceps tendon
partial tear. Axial
T2W image with
fat suppression
shows abnormal
signal in biceps
tendon proximal
to insertion
(arrow). Note
adjacent bursitis.
DR. EMANUEL DANTAS
49. Anatomia Normal:
◦ Dentro do compartimento posterior, encontram-se os
músculos tríceps e ancôneo, melhores avaliados em
imagens axiais e sagitais.
◦ O tríceps se insere na porção proximal do olécrano.
◦ No sítio de inserção do tríceps, sinal alto estriado pode
ser identificado tanto em imagens ponderadas em T1
quanto em T2, devido às tiras fibrogordurosas entre as
fibras do tendão.
Músculos e Tendões –
Compartimento Posterior
DR. EMANUEL DANTAS
50. Triceps tendon
striations. Coronal
T1W image showing a
striated appearance to
the triceps tendon
owing to fibrofatty
tissue insinuating
between the tendon
slips. o, olecranon.
DR. EMANUEL DANTAS
51. Anatomia Normal:
◦O ancôneo se origina da face posterior do
epicôndilo lateral e se insere mais distalmente
no olécrano.
◦Um uso real do ancôneo é que a identificação
dessa estrutura auxilia o radiologista a se
orientar quantos às faces radial e ulnar do
cotovelo na obtenção de imagens axiais – o
ancôneo é lateral.
Músculos e Tendões –
Compartimento Posterior
DR. EMANUEL DANTAS
52. Anatomia Anormal:
◦ A ruptura do tendão do tríceps é a menos comum de todas as
rupturas do tendão no corpo, e é uma causa incomum de dor na
região posterior do cotovelo.
◦ Os mecanismos usuais de lesão incluem um trauma direto ao
tendão.
◦ O tendão também pode sofrer degeneração ou erosão em
associação com bursite do olécrano.
◦ A obtenção de imagens axiais e sagitais é necessária para avaliar o
grau de tendinopatia, laceração parcial versus completa e o
tamanho do intervalo associado à laceração.
Músculos e Tendões –
Compartimento Posterior
DR. EMANUEL DANTAS
53. Anatomia Anormal:
◦A maioria das lacerações ocorre na inserção com
o olécrano.
◦Entretanto, tem havido relatos de laceração na
junção musculotendínea.
◦Freqüentemente, há distensão associada da
bolsa do olécrano, com lesão do tendão do
tríceps, observando uma coleção líquida bem
definida em T2 posterior ao tendão do tríceps.
Músculos e Tendões –
Compartimento Posterior
DR. EMANUEL DANTAS
54. Triceps tendon tear.
Coronal T2W image
with fat suppression
shows a completely
torn and retracted
triceps tendon (arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
55. Anatomia Normal:
◦ O compartimento medial inclui:
◦ Tendões pronadores (pronador redondo).
◦ Tendões flexores da mão e do punho:
◦ Palmar longo
◦ Flexor radial do carpo
◦ Flexor ulnar do carpo
◦ Flexor Superficial dos dedos
◦ O tendão flexor comum fornece suporte dinâmico ao LCU
subjacente na resistência ao estresse em valgo.
◦ Essas estruturas são mais bem avaliadas em imagens axiais e
coronais, e são visualizadas como estruturas redondas e ovais, de
sinal uniformemente baixo, que se inserem no epicôndilo medial
em T1 e T2.
Músculos e Tendões –
Compartimento Medial
DR. EMANUEL DANTAS
57. Coronal T2W image with
fat suppression shows
low signal of flexor-
pronator conjoined
tendon as it inserts on the
medial epicondyle
(arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
58. Anatomia Anormal:
◦ Lesões do cotovelo por estresse em valgo de repetição são
comumente visto em lançadores de beisebol (“cotovelo do jogador
da Pequena liga”) e em outros esportes que usam um esporte de
arremesso.
◦ A epicondilite é causada por sobrecarga do grupo muscular flexor-
pronador, que tem sua origem no epicôndilo medial.
◦ O rompimento do grupo muscular flexor-pronador medialmente é
mais comum do que o do grupo muscular extensor lateralmente,
mesmo sendo a epicondilite mais comum na face lateral.
Músculos e Tendões –
Compartimento Medial
DR. EMANUEL DANTAS
59. Anatomia Anormal:
◦ Os achados à RM na epicondilite medial incluem:
◦ Degeneração do tendão
◦ Laceração parcial
◦ Rompimento do tendão
◦ Distensão muscular
◦ A RM mostra sinal alterado com possíveis alterações na espessura
do tendão nas imagens em T2 na degeneração do tendão e na
laceração parcial.
◦ A descontinuidade das fibras é vista na ruptura completa.
Músculos e Tendões –
Compartimento Medial
DR. EMANUEL DANTAS
60. Medial
epicondylosis. A
male golfer
presented with
medial elbow
pain. Coronal
T2W image with
fat suppression
shows abnormal
high signal at the
insertion site of
the flexor tendon
group
(arrowhead).
DR. EMANUEL DANTAS
61. Anatomia Normal:
◦ As estruturas do compartimento lateral consistem:
◦ Supinador
◦ Braquiorradial
◦ Extensores da mão e do punho que se originam por tendão
extensor comum:
◦ Extensor dos dedos
◦ Extensor do dedo mínimo
◦ Extensor radial curto e longo do carpo
◦ Extensor ulnar do carpo
◦ Assim como no compartimento medial, essas estruturas
são mais bem avaliadas em imagens axiais e coronais.
Músculos e Tendões –
Compartimento Lateral
DR. EMANUEL DANTAS
62. Normal lateral
tendon. A, Axial
T1W image
shows low signal
around a tendon
inserting onto the
lateral epicondyle
(arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
63. B, Coronal T2W image with fat
suppression shows the
extensor-supinator conjoined
tendon as it inserts onto the
lateral epicondyle (arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
64. Anatomia Anormal:
◦ A face lateral do cotovelo é a localização mais comum de dor no
cotovelo na população geral (ocorre de 7-20 vezes mais freqüente
do que a epicondilite lateral).
◦ A epicondilite lateral é uma tendinopatia crônica dos músculos
extensores, primariamente o extensor radial curto do carpo,
causado por uso excessivo (intensidade ou duração aumentada).
◦ Degeneração e laceração do tendão extensor comum causam os
sintomas de epicondilite lateral ou “cotovelo do tenista”.
◦ Tipicamente, o tendão do extensor radial curto do carpo é
parcialmente arrancado do epicôndilo lateral.
Músculos e Tendões –
Compartimento Lateral
DR. EMANUEL DANTAS
66. Lateral epicondylosis. A male
patient with symptoms of tennis
elbow. A, Coronal FSE T2W
image shows high signal
replacing the extensor tendon.
DR. EMANUEL DANTAS
67. , Axial FSE T2W image shows high signal in the expected location of the extensor carpi
radialis brevis tendon. The tendon was completely torn.
DR. EMANUEL DANTAS
68. Anatomia Anormal:
◦ As lacerações parciais ou a tendinopatia são
caracterizadas por espessamento ou adelgaçamento
do tendão, com sinal alto em T2 no tendão ou ao seu
redor.
◦ Lacerações completas podem ser diagnosticadas à RM
pela identificação de um intervalo preenchido por
líquido separando o tendão do seu sítio ósseo de
fixação adjacente.
Músculos e Tendões –
Compartimento Lateral
DR. EMANUEL DANTAS
69. Complete tear of the
common extensor tendon. A
female patient with clinically
suspected chronic lateral
epicondylitis. Coronal FSE
T2W, fat-suppressed image
shows abnormal high signal in
the expected location of the
extensor tendon group
(straight arrow). Note also
disruption of the radial
collateral ligament (curved
arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
70. Os nervos nas proximidades do cotovelo são:
◦ Ulnar
◦ Mediano
◦ Radial
Os achados de neuropatias à RM incluem:
◦ Sinal aumentado do nervo em imagens T2;
◦ Fascículos indistintos
◦ Aumento do nervo e líquido (edema) circundando o nervo.
◦ O espessamento do nervo pode ser focal ou fusiforme.
Os nervos são mais bem avaliados em imagens axiais.
O encarceramento (compressão) de um nervo próximo ao cotovelo pode, assim,
causar sinal aumentado dentro dos músculos inervados pelo nervo em imagens
T2.
Essas alterações podem ser seguidas por resolução ou atrofia e infiltração
gordurosa com sinal alto no músculo em imagens T1.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
72. Nervo Ulnar Normal:
◦ O nervo ulnar é muito superficial, especialmente no túnel ulnar.
◦ Ele é mais bem visualizado em imagens axiais.
◦ O teto do túnel ulnar é formado pela aponeurose do flexor ulnar do
carpo distalmente e pelo retináculo do túnel ulnar proximalmente.
◦ O túnel ulnar é normalmente uma estrutura fibrosa delgada que se
estende ao olécrano ao epicôndilo medial; essa estrutura pode ser
completa, parcial ou ausente.
◦ Essa estrutura também pode ser chamada de ligamento arqueado.
◦ A cápsula do cotovelo e as porções posterior e transversal do
ligamento colateral medial formam o soalho do túnel ulnar.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
74. Nervo Ulnar Anormal:
◦ O nervo ulnar é o nervo mais freqüentemente lesionado no cotovelo.
◦ Tanto fatores anatômicos quanto fisiológicos podem resultam em
fricção e tração do nervo do nervo.
◦ A neuropatia mais comum é a sd do túnel ulnar.
◦ O nervo ulnar é bem visualizado em imagens RM axiais, porque é
circundado por gordura, especialmente ao passar através do túnel ulnar,
localizado superficialmente.
◦ O retináculo pode estar espessado, resultando em compressão
dinâmica do nervo ulnar durante a flexão.
◦ O espessamento do ligamento colateral ulnar e a formação medial de
esporões ósseos a partir da ulna pode enfraquecer o soalho do túnel
ulnar, resultando em neuropatia ulnar.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
75. Ulnar neuropathy. A female patient with symptoms of ulnar neuritis. A, Sagittal FSE
T2W image shows high signal with fusiform swelling in the ulnar nerve (arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
76. Axial FSE T2W image shows fusiform swelling and abnormal high signal in the ulnar
nerve (arrow).
DR. EMANUEL DANTAS
77. Os sintomas iniciais de sd do túnel ulnar são:
◦ Parestesias dos dedos anular e mínimo;
◦ Graus variados de perda sensorial e motora nos
músculos da mão ao longo da distribuição do nervo
ulnar.
◦ A Sd do túnel ulnar deve ser diferenciada clinicalmente
de outros locais de compressão do nervo ulnar, tais
como a região distal do úmero (sd do processo
supracondilar), o canal de Guyon no puno e a palma da
mão.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
78. Nervo Mediano Normal:
◦ O nervo mediano é mais bem avaliado com a obtenção de imagens axiais, mas é
mais bem visualizado posicionando-se o antebraço em pronação.
◦ Essa posição permite a presença de mais gordura ao redor do nervo,
possibilitando identificação mais fácil dessa pequena estrutura.
◦ Ele está localizado, no cotovelo, superficialmente atrás do aponeurose bicipital a
anteriormente ao músculo braquial.
◦ À medida que deixa a fossa ulnar, o nervo mediano passa entre as cabeças ulnar
e umeral do pronador redondo.
◦ Os neros interósseos anteriores deixam o nervo mediano em íntima proximidad
com a bifurcação da artéria braquial, e então cursam sobre a membrana
interóssea na direção do punho.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
80. Nervo Mediano Anormal:
◦ A causa comum de encarceramento do nervo mediano é a sd do pronador,
que pode se apresentar como dor na região anterior do cotovelo, com ou sem
dormência na distribuição do nervo.
◦ É resultado de compressão do nervo mediano entre as duas cabeças do
músculo pronador redondo à pronação, ou pelo arco fibroso do músculo flexor
superficial dos dedos, a aponeurose bicipital, ou por um processo
supracondilar (efeito expansivo por esporão ósseo ou ligamento).
◦ A causa mais freqüente é a compressão dinâmica pelo músculo pronador
redondo.
◦ O nervo encarcerado entre a cabeça umeral, superficial, e a cabeça ulnar,
profunda.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
81. Nervo Mediano Anormal:
◦ A aponeurose bicipital origina-se do tendão do bíceps e cursa
obliquamente sobre o grupo muscular flexor-pronador para se
inserir na fáscia antebraquial.
◦ Uma aponeurose bicipital incomumente espessa pode produzir
compressão do músculo pronador e do nervo mediano.
◦ Bursite bicipitorradial e lacerações parciais do tendão do bíceps
podem causar irritação do nervo mediano adjacente, complicando
os achados clínicos.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
82. Nervo Radial Normal:
◦ O nervo radial está localizado entre os músculos braquial e
braquiorradial, anteriormente ao epicôndilo lateral.
◦ No cotovelo, ele se divide em um ramo motor profundo (nervo
interósseo posterior) e uma ramo superficial (sensorial).
◦ O nervo interósseo posterior ganha acesso ao compartimento
posterior através das cabeças superficial e profunda do músculo
supinador.
◦ O ramo superficial passa entre os músculos supinador e
braquiorradial.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
84. Nervo Radial Anormal:
◦ A lesão do nervo radial acima do cotovelo está associada
freqüentemente a traumatismo, tal como:
◦ Fratura com luxação da diáfise do úmero
◦ Uso inapropriado de muletas.
◦ Aplicação prolongada de torniquete
◦ Injeção intramuscular lateral ou posterior.
◦ O espessamento da arcada de Frohse (arco fibroso) ao longo do
bordo proximal do músculo supinador pode levar a sd do nervo
interósseo posterior ou a sd do supinador.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
85. Nervo Radial Anormal:
◦ O nervo interósseo posterior se ramifica a partir do nervo radial no
capítulo do úmero e prossegue para o músculo supinador.
◦ O arco fibroso limita o espaço para o nervo interósseo posterior.
◦ Efeito expansivo por fratura ou luxação do rádio proximal, neoplasias ou
sinovite proliferativa podem comprometer ainda mais o túnel.
◦ Sinal alto alterado pode ser identificado nos músculos do compartimento
posterior do antebraço como uma alteração prolongada do nervo
interósseo posterior.
◦ Pelo fato da sd interóssea posterior poder coexistir ou simular
epicondilite lateral, a RM se torna extremamente útil para fazer o
diagnóstico em casos refratários de cotovelo do tenista.
Nervos
DR. EMANUEL DANTAS
87. Algumas artropatias apresentam uma propensão
para afetar o cotovelo, tais como:
◦ Artrite reumatóide,
◦ Osteoartrite,
◦ Dça por deposição de cristais,
◦ Artrite séptica
◦ Osteocondromatose sinovial
Distúrbios Articulares
DR. EMANUEL DANTAS
88. Artrite Reumatóide:
◦ Apresenta envolvimento do punho e das mãos se o cotovelo for
envolvido. Além disso, é um processo bilateral.
◦ A proliferação sinovial ocorre nessa artropatia, assim como em várias
artrites.
◦ Para pesquisar proliferação sinovial, a RM pode ser utilizada para
monitorizar o tto através da obtenção de imagens realçadas por
contraste.
◦ Cistos subcondrais ou erosões com edema de M.O. podem ocorrer em
qualquer das artrites.
Distúrbios Articulares
DR. EMANUEL DANTAS
90. After contrast enhancement
and fat suppression, synovial
enhancement is present
around the periphery of the
effusion. Note the more
uniformly enhancing pannus
around the proximal radius
DR. EMANUEL DANTAS
91. A obtenção de imagens com gradiente-eco pode ser útil
na identificação de corpos livres.
As propriedades de suscetibilidade magnética da
obtenção de imagens com gradiente-eco causam
vivacidade das porções corticais dos corpos livres, que
podem ser vistos na:
◦ Osteocondromatose primária (corpos de tamanho igual);
◦ Osteocondromatose secundários (corpos de tamanho
secundário).
Distúrbios Articulares
DR. EMANUEL DANTAS
92. Os corpos livres são visualizados como estruturas de
sinal baixo dentro do líquido articular de sinal alto,
freqüentemente múltiplos.
Além de avaliar corpos livres, a obtenção de imagens
com gradiente-eco também pode identificar a
propriedade de vivacidade da hemossiderina, que é
vista na sinovite vilonodular pigmentada e na
hemofilia.
Distúrbios Articulares
DR. EMANUEL DANTAS
93. Synovial
chondromatosis. Axial
T2W image with fat
suppression shows
conglomerate
intermediate signal
loose bodies that are
similar in size (arrows).
This is consistent with
primary synovial
chondromatosis
DR. EMANUEL DANTAS
94. Pigmented villonodular
synovitis. A male patient with
elbow pain and fullness. A,
Coronal T1W image shows
erosions involving ulna and
radius. Note low signal
elements (arrows).
DR. EMANUEL DANTAS
95. Axial T2W image
with fat
suppression
shows
intermediate signal
within joint and low
signal areas
compatible with
hemosiderin
(arrows).
DR. EMANUEL DANTAS