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ORTOPEDIA – THALITA ZIMERMANN KUMMER MEDPUC68
Conferência 02 – 05/08/14
CONCEITOS EM ORTOPEDIA
Ortopedia: ortos-reto, pedus-criança (criança reta). A ortopedia é fundamentada na Anatomia e tem uma
terminologia própria. O ramo mais conhecido da ortopedia é a traumatologia.
Aumento de volume, eritema na pele  contusão. Trauma contuso (que não é inciso) determinará um trauma na
pele e no subcutâneo,no máximo até a fáscia muscular (superficial da musculatura). É tudo aquilo que faz um trauma
direto sobre parte mole e necessariamente não tem alteração óssea, desenvolvendo um hematoma (uma região de
eritema, que possivelmente vai se tornando arroxeado e depois esverdeado). Pressupõe um trauma direto.
Inversão/eversão do pé  entorse (movimento torsional); o mais comum é o entorse de tornozelo - lesão
ligamentar (o ligamento talo-fibular anterior é o mais envolvido em entorse de tornozelo (é o que determina o edema
nessa região)  inversão do pé), estiramento; a planta do pé tem a tendência de ir para cima.
Lesão ligamentar:  O entorse do joelho pode determinar lesões ligamentares. Ligamentos Colaterais lateral e
medial (de fora do joelho).O ligamento Cruzado Anterior (LCA) é o mais comum (comum entre os jogadores de futebol):
frequente e bastante conhecido.
LUXAÇÃO É DIFERENTE DE CONTUSÃO!
Luxação  Entidade grave, em que há uma perda da congruência articular, podendo ser parcial (subluxação) ou
total. É uma situação emergencial. Subluxação ainda mantém algum contato articular. Deve ser tratada com uma
redução (colocar no lugar, alinhar a articulação); tem risco de perda da integridade da cartilagem articular. A luxação
acima de 6 horas pode levar à lesão da cartilagem articular.
Estiramento muscular  tem uma impressão de contusão: eritema, edema; é feito pelo movimento excessivo
sobre o músculo,muito comum no esporte.Hematoma,lesão parcial ou total de uma musculatura. É uma distensão de
um grupo muscular.Pode ser de apenas pequenas fibras internas do músculo (que causam tbm hematoma), pode ser
com rotura parcial,ou, ainda,com rotura total de fibras;acontece em músculos que não estão alongados e fortalecidos
como o necessário para aquele tipo de movimento.
Rotura tendinosa  é comum que ocorra próximo do local de inserção. Qualquer inserção tendinosa.
o Tendão de Aquiles: compressão da panturrilha leva à elevação do calcanhar (flexão plantar). É a
rotura tendinosa mais comum.
o Dedo em martelo: rotura do extensor do carpo. Tbm bastante comum. Após um trauma direto na
ponta do dedo. O dedo “cai”: fica em flexão devido à falta de continuidade.
Fratura: descontinuidade do segmento do osso.
- Incompleta: Atinge apenas a cortical: fratura de um lado da cortical com o outro lado íntegro (muito
comum em criança que tem periósteo bastante largo, mantém esse lado rompendo apenas um lado).
- Completa: é total na circunferência. Transpassa toda a cortical.
- Simples (dois traços definidos):
 Transversa: perpendicular ao eixo longo do osso.
 Oblíqua: acima de 30 graus em relação ao eixo longo do osso.
 Espiral:fratura em forma espiralada (pressupõe um trauma torsional). Dá a volta ao redor do
osso.
- Complexas (mais do que dois fragmentos):
 Cominutas (ou fx cominutiva): fraturas com vários fragmentos, nas quais não se consegue
enxergar a quantidade de fragmentos. Bastante complexas.
 Segmentar: ocupa um segmento do osso  fx em dois níveis; deixa uma parte segmentar
entre o terço proximal e o terço distal do osso (fratura em asa de borboleta (ou em forma de
cunha) – forma um triângulo solto de ossos).
Descolamento epifisário: tipo de fx que só ocorre em criança (não podendo acontecer em adultos), porque passa
ao entrono da cartilagem de crescimento (onde cresce o osso no sentido longitudinal).
Desvio: falta de alinhamento naquele tipo de lesão (seja numa luxação ou seja numa fx). Quem desvia é o
fragmento distal. Verificar angulação/desvio (lateral/medial; ventral/dorsal). No momento da redução, traz o fragmento
distal p/ proximal.
Angulação: está para a parte lateral: ângulo em varo; para a parte interior/medial: ângulo em valgo.
Fx exposta: Contaminação do foco da fratura do meio interno pelo meio externo. Toda vez em que houver ferida
que se comunicou com osso, há uma exposição do foco de fratura.
Tratamento conservador: predispõe que não utilizemos nenhum método invasivo com o pct. Não há abertura do
foco da fx, sem transpassar esse foco com pinos. A fixação percutânea ou a redução aberta não são ttos
conservadores.
Se a fx foi alinhada e foi colocado um gesso,por exemplo,continua sendo um tto conservador.Tto conservador não
quer dizer, portanto, que deixaremos o osso torto.
o Gesso, tala, órtese, etc.
o Tala gessada: por exemplo, uma criança que fez um descolamento epifisário.
o Tração cutânea: fratura de fêmur em criança de baixa idade.
o Tração esquelética: não é encontrado com frequência. Apesar de levar o pct ao centro cirúrgico, não
há acesso à fx. Tração transesquelética p/tto de fratura de fêmur em criança;o pino é passado dentro
do osso; ela era muito utilizada p/ fratura de fêmur. Hoje as crianças de mais idade estão sendo
operadas.
o Redução:colocar a fx no lugar. Age invasivamente no foco da lesão; colocar os desvios da fratura na
posição mais anatômica possível (para deixar anatômico mesmo só com cx).
Redução Incruenta: não aberta. Não abro o foco da fratura.
Redução Cruenta: aberta/ acesso cirúrgico necessariamente.
Material de síntese óssea: toda vez que for unir o osso, alinhar o osso - material cirúrgico utilizado para
estabilizar/fixar uma fratura. Ex.
o Placa e parafuso.
o Haste intramedular:mais utilizada hoje para tto de fxs de MMII. Passa dentro da medular do osso para
estabilizar uma fratura.
o Fixador externo: muito comum p/fratura exposta de diáfise.Usa-se uma haste externa presa a pinos,
que mantém o alinhamento da fx.
Pseudoartrose: ausência de consolidação (não união) = pseudoarticulação. Ocorre por alguns fatores,
principalmente por falta de estabilidade ou de vascularização. Não há dor.
PRÓTESE É DIFERENTE DE ÓRTESE (CUIDADO!):
Prótese: substituição de articulação ou segmento do corpo. Cuidado para não confundir com material de
síntese! Prótese de MMII é utilizada quando há amputação, por exemplo.
Órtese: aparelho que dá sustentação de um segmento do corpo; auxílio na estabilidade – articulação ou
membro. É tbm chamada de tala, como a “botinha”.
Osteotomias: corte ósseo de forma cirúrgica – serra cirúrgica – para correção de deformidades ósseas
(consolidação óssea inadequada  abre-se a região, faz-se um corte no osso e alinha-o).
Osteomielite: infecção óssea. Osteoartrite (artrite séptica) – infecção de osso próximo à articulação.
Calo ósseo: reparo do tecido ósseo.
Planos de corte do corpo humano
o Frontal: divide a parte anterior da parte posterior.
o Sagital: divide a parte medial da parte lateral.
o Transverso/horizontal: define o que é cefálico e o que é caudal.
Nomenclatura regional
o Proximal/distal: em relação ao tronco (seja ao tórax ou à pelve).
o Medial (interna)/ lateral (externa) – quando chega no antebraço, essa nomenclatura torna-se mais
complicada (devido ao fato de a pessoa estar de frente com as palmas da mão para cima ou para
baixo), devendo ser chamada de radial (o que fica perto do rádio)/ ulnar (o que fica perto da ulna).
o Anterior (flexão em MMSS e extensão em MMII) /posterior (extensão em MMSS e flexão em MMII)
Movimentos articulares
o Abdução (abertura)/ adução (fechamento)
o Flexão (dobrar) /extensão (esticar)
o Rotação interna/ rotação externa
Alinhamento
o Valgo (“quem tem valgo não cavalga”  ângulo interno)/ varo (ângulo externo)
 Varo no quadril: ângulo cérvico-diafisário.
o Inversão (planta do pé com tendência a ficar para cima)/ eversão (o dorso do pé tem a tendência de
ficar para baixo)
o Pé plano: queda do arco longitudinal medial, transversal.
o Pé cavo: excesso de angulação.
o Pronação: a do pé está ligada ao valgo.
o Supinação: a do pé está ligada ao varo.
o Antebraço:
 Supinação/pronação:a gente costuma falar desvio ulnar ou radial para evitar medial e lateral.
o Plano sagital: retrocurvado (hiperextensão do joelho, por exemplo) /antecurvado.
o Alinhamento rotacional:
 Quadril: anteversão/retroversão de fêmur
 Tíbia: torção interna/externa.
TECIDO ÓSSEO: HISTOLOGIA
 Osteócito: células que ocupam espaço na matriz óssea mineralizada.
 Osteoblasto: sintetizam a matriz orgânica. Célula inicial da formação do osso.
 Osteoclastos: reabsorvem o tecido ósseo.
No processo de crescimento ao longo de toda a vida, há uma constante formação e reabsorção óssea,
determinadas pelos sinalizadores que os próprios osteoclastos,que são células de reabsorção, vão fazer para
que haja ou não estimulação dos osteoblastos.
 Matriz óssea:
o Orgânica: 95%. Colágeno + mucopolissacarídeos e fibras reticulares.
o Inorgânica: 15%. Ca, P, Mg, Na, K e citratos.
ANATOMIA ÓSSEA
 Estrutura:
o Cortical: lamelas concêntricas (osso da cortical da diáfise).
o Esponjoso:finas trabéculas (nas metáfises e nas epífises  grande celularidade e vascularização).
Há uma grande diferença no tto de fxs de diáfises, metáfises e epífises, exatamente devido a essa estrutura.
 Forma:
o Longos: fêmur
o Curtos: escafoide
o Chatos: escápula.
OBS: o músculo exerce tensão sobre osso.Tensão essa necessária para sua integridade.Sua ausência leva a
um comprometimento ósseo.
CRESCIMENTO ÓSSEO
 Comprimento: ossificação endocondral, cartilagem de crescimento.
 Regiões/zonas de região epifisária: CRIANÇA
o Germinativa
o Proliferativa
o Hipertrófica – é o local de maior fragilidade,porque é onde existem células maiores e mais vulneráveis
à fratura. É onde ocorre o descolamento epifisário.
o Calcificada
 Espessura: ossificação membranácea periósteo (é o mesmo tipo de ossificação de ossos curtos)
Os ossos não têm o mesmo crescimento nas porções proximal e distal,o que pode alterar o prognóstico em casos
de fxs.
ARTICULAÇÕES:
 Sinartroses: falsa articulação, pouco movimento.
o Sindesmose: entre a ulna e a fíbula.
o Sincondrose
o Sinostose
o Sínfise
 Diartrose: articulação verdadeira, cartilagem hialina, membrana sinovial.

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Se a fx foi alinhada e foi colocado um gesso,por exemplo,continua sendo um tto conservador.Tto conservador não quer dizer, portanto, que deixaremos o osso torto. o Gesso, tala, órtese, etc. o Tala gessada: por exemplo, uma criança que fez um descolamento epifisário. o Tração cutânea: fratura de fêmur em criança de baixa idade. o Tração esquelética: não é encontrado com frequência. Apesar de levar o pct ao centro cirúrgico, não há acesso à fx. Tração transesquelética p/tto de fratura de fêmur em criança;o pino é passado dentro do osso; ela era muito utilizada p/ fratura de fêmur. Hoje as crianças de mais idade estão sendo operadas. o Redução:colocar a fx no lugar. Age invasivamente no foco da lesão; colocar os desvios da fratura na posição mais anatômica possível (para deixar anatômico mesmo só com cx). Redução Incruenta: não aberta. Não abro o foco da fratura. Redução Cruenta: aberta/ acesso cirúrgico necessariamente. Material de síntese óssea: toda vez que for unir o osso, alinhar o osso - material cirúrgico utilizado para estabilizar/fixar uma fratura. Ex. o Placa e parafuso.
  • 2. o Haste intramedular:mais utilizada hoje para tto de fxs de MMII. Passa dentro da medular do osso para estabilizar uma fratura. o Fixador externo: muito comum p/fratura exposta de diáfise.Usa-se uma haste externa presa a pinos, que mantém o alinhamento da fx. Pseudoartrose: ausência de consolidação (não união) = pseudoarticulação. Ocorre por alguns fatores, principalmente por falta de estabilidade ou de vascularização. Não há dor. PRÓTESE É DIFERENTE DE ÓRTESE (CUIDADO!): Prótese: substituição de articulação ou segmento do corpo. Cuidado para não confundir com material de síntese! Prótese de MMII é utilizada quando há amputação, por exemplo. Órtese: aparelho que dá sustentação de um segmento do corpo; auxílio na estabilidade – articulação ou membro. É tbm chamada de tala, como a “botinha”. Osteotomias: corte ósseo de forma cirúrgica – serra cirúrgica – para correção de deformidades ósseas (consolidação óssea inadequada  abre-se a região, faz-se um corte no osso e alinha-o). Osteomielite: infecção óssea. Osteoartrite (artrite séptica) – infecção de osso próximo à articulação. Calo ósseo: reparo do tecido ósseo. Planos de corte do corpo humano o Frontal: divide a parte anterior da parte posterior. o Sagital: divide a parte medial da parte lateral. o Transverso/horizontal: define o que é cefálico e o que é caudal. Nomenclatura regional o Proximal/distal: em relação ao tronco (seja ao tórax ou à pelve). o Medial (interna)/ lateral (externa) – quando chega no antebraço, essa nomenclatura torna-se mais complicada (devido ao fato de a pessoa estar de frente com as palmas da mão para cima ou para baixo), devendo ser chamada de radial (o que fica perto do rádio)/ ulnar (o que fica perto da ulna). o Anterior (flexão em MMSS e extensão em MMII) /posterior (extensão em MMSS e flexão em MMII) Movimentos articulares o Abdução (abertura)/ adução (fechamento) o Flexão (dobrar) /extensão (esticar) o Rotação interna/ rotação externa Alinhamento o Valgo (“quem tem valgo não cavalga”  ângulo interno)/ varo (ângulo externo)  Varo no quadril: ângulo cérvico-diafisário. o Inversão (planta do pé com tendência a ficar para cima)/ eversão (o dorso do pé tem a tendência de ficar para baixo) o Pé plano: queda do arco longitudinal medial, transversal. o Pé cavo: excesso de angulação. o Pronação: a do pé está ligada ao valgo. o Supinação: a do pé está ligada ao varo. o Antebraço:  Supinação/pronação:a gente costuma falar desvio ulnar ou radial para evitar medial e lateral. o Plano sagital: retrocurvado (hiperextensão do joelho, por exemplo) /antecurvado. o Alinhamento rotacional:  Quadril: anteversão/retroversão de fêmur  Tíbia: torção interna/externa. TECIDO ÓSSEO: HISTOLOGIA  Osteócito: células que ocupam espaço na matriz óssea mineralizada.  Osteoblasto: sintetizam a matriz orgânica. Célula inicial da formação do osso.  Osteoclastos: reabsorvem o tecido ósseo. No processo de crescimento ao longo de toda a vida, há uma constante formação e reabsorção óssea, determinadas pelos sinalizadores que os próprios osteoclastos,que são células de reabsorção, vão fazer para que haja ou não estimulação dos osteoblastos.  Matriz óssea: o Orgânica: 95%. Colágeno + mucopolissacarídeos e fibras reticulares. o Inorgânica: 15%. Ca, P, Mg, Na, K e citratos. ANATOMIA ÓSSEA  Estrutura: o Cortical: lamelas concêntricas (osso da cortical da diáfise). o Esponjoso:finas trabéculas (nas metáfises e nas epífises  grande celularidade e vascularização). Há uma grande diferença no tto de fxs de diáfises, metáfises e epífises, exatamente devido a essa estrutura.  Forma: o Longos: fêmur o Curtos: escafoide o Chatos: escápula. OBS: o músculo exerce tensão sobre osso.Tensão essa necessária para sua integridade.Sua ausência leva a um comprometimento ósseo. CRESCIMENTO ÓSSEO  Comprimento: ossificação endocondral, cartilagem de crescimento.  Regiões/zonas de região epifisária: CRIANÇA
  • 3. o Germinativa o Proliferativa o Hipertrófica – é o local de maior fragilidade,porque é onde existem células maiores e mais vulneráveis à fratura. É onde ocorre o descolamento epifisário. o Calcificada  Espessura: ossificação membranácea periósteo (é o mesmo tipo de ossificação de ossos curtos) Os ossos não têm o mesmo crescimento nas porções proximal e distal,o que pode alterar o prognóstico em casos de fxs. ARTICULAÇÕES:  Sinartroses: falsa articulação, pouco movimento. o Sindesmose: entre a ulna e a fíbula. o Sincondrose o Sinostose o Sínfise  Diartrose: articulação verdadeira, cartilagem hialina, membrana sinovial.