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Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
Instituto de Ciências Biológicas e Naturais (ICBN) 
Disciplina de Citogenética 
Professoras Roseane Lopes da Silva Grecco e Marly 
Aparecida Spadotto Balarin 
ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS E 
INFERTILIDADE 
Juliana de Morais Palmieri da Silva 
& 
Lais de Melo Valente 
Curso de Biomedicina 
Uberaba - MG 
Novembro/2014
Alterações no cariótipo que podem gerar 
infertilidade ou abortamento de repetição 
Artigo Original
Introdução 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
O que é 
citogenética ?
“Era do Bandamento” 
Introdução 
Técnica que produz bandas horizontais com diferentes 
intensidades de coloração. 
O padrão de bandas é individualmente específico do 
cromossomo e permitiu a identificação de cada cromossomo. 
Tornou-se possível o reconhecimento de anormalidades 
estruturais associadas a síndromes genéticas específicas. 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
 Investigação pré-natal de doenças genéticas 
 Detecção de anormalidades cromossômicas em 
indivíduos que apresentam alterações clínicas 
indicativas de doenças genéticas 
 Problemas de fertilidade e aborto habitual 
Tumoral 
Introdução 
Para a realização do estudo citogenético 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
Fazer uma revisão da literatura 
apresentando os aspectos importantes 
e controversos da citogenética na 
infertilidade. 
Objetivo 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
Metodologia 
Revisão bibliográfica a partir dos dados PubMed, Medline e 
Ensembl; 
 Foram utilizados os seguintes termos: infertilidade, 
abortamento de repetição, heterocromatina e cromossomos; 
Não existiu um critério relevante para o período em que as 
buscas foram realizadas; 
 Foram selecionados aqueles que possuíam um título e resumo 
relevantes com o contexto do trabalho; 
 Foram consultadas as diretrizes da Sociedade Americana de 
Medicina Reprodutiva. 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
Metodologia 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
Heterocromatina 
Heterocromatina constitutiva 
Heterocromatina facultativa
Metodologia 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
Figura 1 – Ideograma dos cromossomos humanos pelo bandamento G.
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
Infertilidade 
É a incapacidade de conseguir uma gravidez 
dentro de um determinado período de tempo ou 
a falha repetida de levar uma gravidez a termo 
Primária 
Secundária 
Metodologia
Dentre as principais causas de infertilidade 
o decréscimo na produção de espermatozoides, 
a obstrução ductal; 
a incapacidade de depositar o esperma na vagina, 
o sêmen anormal; 
fatores imunológicos. 
Fatores femininos 
(cerca de 50%) 
a patologia das trompas de Falópio; 
amenorreia e anovulação; 
distúrbios ovulatórios menores; 
fatores uterinos e cervicais; 
fatores vaginais; 
fatores imunológicos; 
fatores metabólicos e nutricionais. 
Idiopática ou desconhecida (em menos de 10%). 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
Metodologia 
Fatores masculinos 
(cerca de 40%)
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
Metodologia
Metodologia 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
Alterações cromossômicas em casais com 
 50% translocações equilibradas; 
 24% a translocações Robertsonianas; 
 12% a mosaicismo de alterações nos cromossomos 
sexuais 
 E as demais consistiam em inversões e outras alterações 
esporádicas. 
abortamento habitual
Metodologia 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
Discussão 
 Quando são examinadas grandes amostras de indivíduos da mesma 
espécie, é comum observar a presença de variações nos blocos de 
heterocromatina constitutiva. Essas variações são consideradas normais e 
podem ser observadas em até 30% da população. 
 A inversão pericêntrica da região de heterocromatina constitutiva do 
cromossomo 9 é considerada uma variação da normalidade dentro da 
população, uma vez que raramente produz alterações fenotípicas em seus 
portadores. 
 As inversões pericêntricas envolvendo o cromossomo 9 são as mais 
frequentes, correspondendo a mais de 30% de todas as inversões 
cromossômicas encontradas, sendo que apenas aquelas de grandes blocos 
desse cromossomo poderiam apresentar efeitos patológicos como 
infertilidade, abortos recorrentes e malformações congênitas. 
 A inversão do cromossomo 1 corresponde a cerca de 5% das inversões 
encontradas e a do cromossomo 16 a 0,5%, sendo esta última patológica 
e encontrada em casos de leucemia mieloide aguda. 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
 A heterocromatina constitutiva apresenta o mais notável 
heteromorfismo cromossômico devido a variações em seu 
comprimento. 
 Muitos estudos foram realizados com o intuito de relacionar essas 
variações a alterações fenotípicas, ao surgimento de neoplasias, ao 
aumento da incidência de aberrações cromossômicas, a malformações 
congênitas e aos atrasos no desenvolvimento físico e mental, 
produzindo informações contraditórias e mantendo o assunto sem uma 
definição precisa. 
 O mecanismo de origem da inversão do cromossomo 9 é altamente 
complexo28. Sugere-se, então, que tal inversão teria efeito 
intercromossômico, ocasionando uma alta incidência de erros mitóticos 
e aneuploidias, como, por exemplo, a trissomia 21. 
 Com a crescente busca de assistência médica para a identificação e 
correção de problemas de fertilidade, muitos são submetidos ao exame 
citogenético para a avaliação das alterações cromossômicas, e dados 
sobre a relevância dos polimorfismos cromossômicos das regiões de 
heterocromatina constitutiva, consideradas variações normais na 
população, podem ser decisivos para a determinação causal da 
ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR 
INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO 
Conclusão
Mosaicismo incomum de isodissomia uniparental 
materna do cromossomo X com rearranjo 
assimétrico do cromossomo Y
Conceitos Básicos 
Isodissomia: é um dos dois tipos de dissomia (heterodissomia ou 
isodissomia), na qual o par de cromossomos possui uma mesma 
origem, ou seja, é herdado apenas de um dos pais. Na isodissomia ele 
é originado de uma duplicação de apenas um dos cromossomos de um 
dos pais; 
Azoospermia: trata-se da ausência/não detecção de 
espermatozoides no sêmen. Pode ser diagnosticada mediante a 
realização de um espermograma; 
Oligoastenoteratozoospermia: alteração de três variáveis no 
sêmen: 
 Teratospermia é a presença de menos de 4% de 
espermatozoides com morfologia normal; 
 Astenospermia é motilidade menor do que 50% de 
espermatozoides progressivos; 
 Oligospermia trata-se de baixa quantidade de 
espermatozoides no sêmen. 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
Objetivos do artigo 
 Verificar o mosaicismo complexo de cromossomos sexuais; 
 Sugerir hipóteses para explicar a ocorrência do cromossomo Y 
derivativo e da geração de uma linhagem celular mosaica. 
-OBS.: trata-se do primeiro estudo 
confirmatório para verificar a 
origem de um mosaicismo de 
cromossomos sexuais (cromossomos 
X isodissômicos), 46,XX e 45,X com 
um cromossomo Y rearranjado. 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
http://hereditas.com..br
Introdução 
 Causas genéticas de infertilidade masculina: 
 Anormalidades cromossômicas em 6% dos casos; 
 Microdeleções no cromossomo Y: responsáveis por falhas na 
espermatogênese em 5 a 20% dos homens com azoospermia; 
 Anomalias estruturais no cromossomo Y têm sido observadas 
em 10 a 20% dos homens com infertilidade por azoospermia não 
obstrutiva, sendo as mais comuns: 
 Cromossomo Y isodicêntrico (Yidic); 
 Isocromossomo Y (duplicações em Yp e deleções em Yq ou 
vice-versa); 
Homens inférteis com azoospermia comumente apresentam: 
 Microdeleções associadas à região do fator de azoospermia 
(AZF), localizado no cromossomo Y; 
 Mosaicismo dos cromossomos sexuais; 
 Rearranjo dos cromossomos sexuais; 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
 Mosaicismos dos cromossomos sexuais como 45,X, 47,XXY e/ou 
46,XY são frequentemente observados em conjunto com anomalias do 
cromossomo Y, podendo ser originados: 
 Durante a meiose de bivalentes X-Y anormais; 
 Ou como resultado de um erro pós-zigótico 
- OBS.: o cromossomo Y é estruturalmente instável durante a 
divisão celular; 
 Assim, fenótipos clinicamente diferentes são observados como: 
 Síndrome de Turner; 
 Síndrome de Klinefelter; 
 Genitália ambígua; 
 Reversão sexual; 
 Disgenesia gonadal mista; 
 Insuficiência espermatogênica; 
 Fenótipos masculino ou feminino normais. 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Introdução
 Paciente do sexo masculino, de 35 anos de idade, 1,76 m de altura, 
76 kg e IMC de 24,5 kg/m², com fenótipo e inteligência normais; 
Avaliação hormonal: 
 Níveis ⇧ de FSH e LH; 
 Níveis séricos de testosterona e estradiol normais; 
Avaliação andrológica: 
 Volume testicular, em ambos os lados, reduzido para 10 mL 
no TE e 12 mL no TD; 
O mosaicismo descrito nesse estudo é incomum (mosaicismo 
complexo de cromossomos sexuais) e envolve linhagens celulares 
46,XX (isodissômica e predominante) e 45,X com um rearranjo raro 
do cromossomo Y (duplicação-deleção assimétrica); 
O cariótipo (“definitivo”) do paciente estudado foi 46,XX[50]/ 
45,X[25]/46,X,der(Y)(pter→q11.222::p11.2→pter)[25]; 
 O rearranjo raro gerou um cromossomo Y derivativo, com uma 
deleção na região Yq11.222 e uma duplicação na região Yp11.2 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Estudo do caso - paciente
Estudo do caso - paciente 
 Cariótipo “inicial” do paciente: 46,XX [15]/ 45,X [3]/ 46,XY [12]. 
OBS.: o sexo fenotípico e o desenvolvimento sexual dos pacientes 
com mosaicismo de cromossomos sexuais dependem da presença do 
cromossomo Y. 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
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Materiais & Métodos + Resultados 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
1) ANÁLISE CITOGENÉTICA 
 Foram preparados cromossomos de alta resolução (nível de 700 
bandas) a partir de culturas de células sanguíneas; 
 Foram analisadas 100 metáfases do paciente e 20 metáfases de seus 
pais; 
 Técnicas-padrão (convencionais) utilizadas: 
 Bandamento C; 
 Coloração Da/DAPI; 
 Técnica de hibridização fluorescente in situ (FISH) 
 Utilizada em 20 metáfases mediante sondas específicas para o 
cromossomo Y 
 CEP Y Sat III Spectrum Green/ CEP Y Alpha Spectrum 
Orange 
 LSI SRY Spectrum Orange/ CEP X Spectrum Green
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados 
Análise Citogenética - RESULTADOS 
 Determinação do cariótipo real do paciente (46,XX[50]/45,X [25]/ 
46,X,der(Y)(pter→q11.222::p11.2→pter)[25]) mediante a utilização 
de bandamento GTL; 
 Características do cromossomo Y derivativo: 
 Monocêntrico; 
 Sem a região de heterocromatina Yq12; 
 Utilização de sonda de FISH específica para o gene SRY ⇨ sinais 
fluorescentes em ambas as extremidades finais do cromossomo Y 
derivativo = duplicação do gene SRY. 
- OBS.: os cariótipos de ambos os pais do paciente foram normais.
Fig. 1. Cariótipo citogenético parcial, com bandas C, e análise por FISH. A Idiograma 
do cromossomo Y normal (à esquerda), cromossomo Y derivativo do paciente com 
bandeamento GTL (no meio) e o idiograma reorganizado (à direita) mostrando a região 
Yp11.2 duplicada e a deleção abaixo da região Yq11.222. B Bandeamento G e C 
bandeamento C, ambos mostrando a localização do centrômero do cromossomo Y 
derivativo (der(Y)) e uma deficiência de heterocromatina no braço longo do 
cromossomo Y (Yq). D Análise por FISH mostrando que o der(Y) possui um 
monocentrômero com sinais vermelhos e uma região Yq12 deletada sem a marcação 
pelo sinal verde (CEP Y Alpha Spectrum Orange/CEP Y Sat II Spectrum Green 
[sondas]). E O cromossomo derivativo Y apresentou o gene SRY duplicado, mostrado 
pelos sinais fluorescentes vermelhos (seta vermelha, LSI SRY Spectrum Orange/CEP X 
Spectrum Green). 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados
Bandeamento GTL 
O bandeamento GTL é um bandeamento G obtido através de 
tratamento com tripsina e coloração com Leishman. 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados
2) ANÁLISE ALÉLICA DOS CROMOSSOMOS X 
 Amostras: DNA genômico extraído de sangue periférico do 
paciente e de seus pais; 
 Foram amplificados produtos de 18 loci dos cromossomos sexuais 
e 12 loci dos cromossomos 13, 18 e 21 ⇨ marcadores de pequenas 
sequências em repetição (STR: short tandem repeat); 
Utilizou-se eletroforese por capilaridade para realizar tal análise. 
 Objetivo da técnica: esclarecer a origem da linhagem celular 
mosaica 46,XX; 
Resultados 
 Detectou-se a isodissomia materna dos cromossomos X; 
 Dos 18 loci de CS, todos os alelos relacionados ao cromossomo 
X do paciente eram concordantes com os alelos maternos; 
 Dentre esses, 4 marcadores de sequências STR com certeza 
tinham origem materna; 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados
Tab.2. Comparação do tamanho dos alelos (em pares de bases) entre o paciente e seus pais, examinados por QF-PCR 
utilizando os produtos de marcadores de microssatélites nos cromossomos 13, 18, 21, X e Y. 
Os marcadores STR em negrito mostram alelos isodissômicos que claramente possuem origem materna. 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
3) ANÁLISE de MICRODELEÇÕES do CROMOSSOMO Y 
 Quatro rodadas de PCR-multiplex: DNA do paciente + controle 
positivo normal do sexo masculino + controle negativo normal do 
sexo feminino; 
 Condições de ciclo da PCR: 
 Desnaturação inicial a 95ºC, por 10 minutos; 
 35 ciclos a 95ºC, por 10 minutos; 
 35 ciclos a 62ºC, por 90 segundos; 
 35 ciclos a 65ºC, por 90 segundos; 
 Extensão final a 65ºC, por 10 minutos 
 Eletroforese em gel de agarose NuSieve® a 3% + iluminação UV 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados
Tabela 1. Resumo de informações dos marcadores das sequências STS (sequence-tagged site) 
e dos primers utilizados para a análise de microdeleções nas regiões do fator de azoospermia 
(AZF). 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados 
Análise de Microdeleção do Cromossomo Y - RESULTADOS 
 Dos 18 loci de CS: 15 eram marcadores de sequências STR no 
cromossomo Y; 
 Dessas 15, 12 loci não detectados nas regiões AZFb e AZFc 
 Indicação: deleção completa desde Yq11.222 até Yq11.223, 
incluindo: 
 Oloci para o gene SRY (sY14); 
Região do fator a de azoospermia (AZFa) (sY86 e sY84); 
 O estabelecimento do real cariótipo do paciente só foi possível 
mediante a união de: 
 Resultados de citogenética; 
 Citogenética molecular; 
 Análise de localização dos loci STS deletados
Fig.2. Análise de PCR-multiplex com os marcadores das sequências STR para 
microdeleções na região do 
fator de azoospermia (AZF). 
A amostra do paciente 
apresentou a eliminação com-pleta 
das regiões dos fatores b 
e c de azoospermia (AZFb e 
AZFc). A amostra do pai do 
paciente não apresentou 
microdeleções para nenhum 
dos sítios/locus testados. Para 
a 
localização dos diferentes 
marcadores da sequência 
STS, consulte a tabela 1. 
L: escala de DNA (marcadores); B: branco; Fe: controle negativo feminino ; M: 
controle positivo masculino; P: paciente; Fa: pai do paciente; ZFX: motivo 
proteico dedo de zinco do cromossomo X. 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados
4) ANÁLISE por HIBRIDIZAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA 
BASEADA em ARRANJO (aCGH ou CGHarray) 
 Essa técnica permite a identificação de alterações cromossômicas 
desbalanceadas por meio da análise de todo o genoma; 
 Objetivo da técnica: regiões duplicadas e deletadas no cromossomo 
Y derivativo rearranjado. 
Resultados 
 ⇧ relativo da proporção de cromossomos X (devido à linhagem 
46,XX); 
 Perda parcial de material do cromossomo Y; 
 Conclusões a respeito do Y(der): 
 Duplicação a partir da região Yp terminal até Yp11.2 - 
~5,65 Mb; 
 Deleção a partir de Yq11.222 até Yq terminal - ~41,95Mb 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados
Fig. 3. O perfil de CGH para o paciente apresenta médias de dados 
altamente combinados e um 
elevado sinal na proporção 
log2 (0-1.0) no eixo Y para o 
cromossomo X devido à alta 
proporção de células da linha-gem 
46,XX (50%) (painéis 
superior e central,setas verme-lhas). 
O perfil para o cromos-somo 
Y derivativo mostra um 
sinal deletado/excluído, exibi-do 
como <0 na trama da pro-porção 
log2, localizado abaixo 
da região Yq11.222 e contendo aproximadamente 41,95 Mb de tamanho 
(41.950 pb) (painéis central e inferior, setas verdes). 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Materiais & Métodos + Resultados
Discussão + Conclusão 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
 Nenhuma doença complexa foi detectada, exceto a azoospermia; 
 Cromossomo Y derivativo 
 Duplicação parcial da região Yp; 
 Duas cópias do gene SRY; 
 Deleção das regiões de AZFb e AZFc inteiras 
 Três linhagens celulares 
 46,XX 
 45,X 
 46,X,der(Y) 
 Mecanismos do cromossomo Y isodicêntrico e isocromossomo Y 
 Envolvidos na ativação de cruzamento (crossover) 
intracromátides ou intercromátides e em vias de não 
cruzamento (não-crossover), sendo a transmissão dessa via por 
meio de genes palíndromos
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
Discussão + Conclusão 
 A repetição de sequências palindrômicas entre cromátides irmãs ou 
cromátides do cromossomo Y derivativo poderia causar: 
 Sinapses 
 Recombinação durante a prófase da meiose I paterna 
 Recombinação somática inadequada na mitose pós-zigótica 
 A dissomia uniparental (DUP) pode resultar de 
 Resgate da trissomia 
 Duplicação da monossomia 
 Complementação gamética 
 Formação do zigoto com isodissomia do cromossomo X 
 Quatro conceptos possíveis 
 46,XY 
 46,X,der(Y) 
 47,XXY 
 47,XX,der(Y)
Fig.4. Representação esquemática da geração 
do cromossomo Y derivativo e da formação de 
uma linhagem celular mosaica. Para o gameta 
paterno, o cromossomo Y derivativo poderia 
ser gerado por meio da sinapse para 
recombinação homóloga entre cromátides 
irmãs ou pela recombinação intracromátide 
durante a prófase da meiose I paterna. A troca 
de cromátides desiguais pode resultar no 
gameta paterno apresentando a duplicação 
segmentar do braço curto do cromossomo Y 
(Yp) e deleção no braço longo do cromossomo 
Y (Yq) (A) Alternativamente, a recombinação 
inadequada pode ocorrer em um zigoto normal 
durante a mitose pós-zigótica, durante o 
desenvolvimento embrionário precoce (C, D). 
Para os gametas maternos, uma não disjunção 
na meiose materna pode resultar em gametas 
23,X ou 24,XX (com dissomia), e assim 
linhagens 46,XX e 45,X podem se originar de 
um zigoto 47,XXY durante a divisão celular 
pós-zigótica. (B, C). Outro mecanismo 
possível é a derivação de um zigoto 
46,X,der(Y) a partir das linhagens 45,X e 
46,XX, após a fertilização (D). 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
Discussão + Conclusão 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 
 Cromossomo X fruto da dissomia uniparental materna ⇨ provável 
origem do efeito de imprinting genômico (certos genes são expressos 
por apenas um do alelos) em mulheres normais; 
 Há possibilidade de alenos menos expressos estarem escondidos 
para os marcadores das sequências STR do cromossomo X; 
 Mecanismo mais plausível para o cariótipo desse paciente 
 Produção do cromossomo Y derivativo na meiose I paterna ou 
no início da embriogênese 
 Seguida da gerãção de uma linhagem 45,X 
 Resultando em uma linhagem 46,XX devido à duplicação 
monossômica ou a uma não disjunção mitótica 
 A expressão do gene SRY duplicado poderia afetar o 
desenvolvimento urológico masculino; 
 A linhagem 46,XX teria menos efeito pois foi gerada em divisões 
pós-zigóticas tardias (após a determinação do sexo genotípico)
 Correlações possíveis 
Discussão + Conclusão 
 Manifestações clínicas ⇨ proporção de células 45,X 
 Possibilidade de isodissomia do cromossomo X ⇨ cariótipo 
46,XX 
- OBS.: a linhagem 45,X deveria elucidar mosaicismo, 
quimerismo e dissomia uniparental (DUP) em casos de MCS 
46,XX 
Proposta 
 Técnica de análise dos fragmentos alélicos ⇨ melhorar a 
confiabilidade da rotina clínica do diagnóstico citogenético 
Conclusão final 
 Rotina citogenética + técnicas moleculares ⇨ determinação da 
origem desse mosaicismo + rearranjo cromossômico 
 Utilidade: reduzir erros diagnósticos durante o 
aconselhamento genético 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
Referências Bibliográficas 
 Disponível em 
<http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/3989/material/Ci 
togen%C3%A9tica%20PdC.pdf>. Acesso em 20/11/2014, 16h49min;; 
 Disponível em 
<http://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=5464>. Acesso 
em 20/11/2014, às 17h41min; 
 Disponível em 
<http://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/2917/1/msc_jopinho.pdf>. Acesso 
em 20/11/2014, às 18h20min ; 
 Disponível em 
<http://www.vidafertil.com.br/index.php?mact=Glossary,cntnt01,show,0&cn 
tnt01term_count=15&cntnt01start=&cntnt01cat=glossario&cntnt01tid=14&c 
ntnt01returnid=57>. Acesso em 22/11/2014, às 18h06min; 
 Disponível em < 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/.../DoutoradoAnaCarolinaLaus.pdf 
>. Acesso em 22/11/2014, às 18h33min; 
MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO 
CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
Referências Bibliográficas 
 Disponível em < 
http://books.google.com.br/books?id=tC9VdBFW0wsC&pg=PA137&lpg=P 
A137&dq=complementa%C3%A7%C3%A3o+de+gameta&source=bl&ots= 
yoyhKr_RcI&sig=LHjjwY_8q20GZ1Kbv3Pi3tbAJ5I&hl=pt- 
BR&sa=X&ei=oPNwVMGhIILksAS14oBQ&ved=0CCMQ6AEwAQ#v=on 
epage&q=complementa%C3%A7%C3%A3o%20de%20gameta&f=false>.A 
cesso em 22/11/2014, às 18h36min; 
 Disponível em <http://files.bvs.br/upload/S/0100- 
7254/2011/v39n2/a2418.pdf> . Acesso em 23/11/2014, às 15h37min; 
 Disponível em < http://books.google.com.br/books?id=w6U-SgjuTH8C& 
pg=PT179&lpg=PT179&dq=isodissomia&source=bl&ots=OLn 
csNPI51&sig=6AJMcU0xlgJ6kZ0iz-fRRI0W-UY&hl=pt- 
BR&sa=X&ei=wUhyVOTAJM7ksASa24HgBw&ved=0CB0Q6AEwAA#v= 
onepage&q=isodissomia&f=false>. Acesso em 23/11/2014, às 18h53min; 
 Disponível em < http://www.orpha.net/consor/cgi-bin/ 
OC_Exp.php?Lng=PT&Expert=1772> Acesso em 23/11/2014, às 
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Aberrações cromossômicas e infertilidade

  • 1. Universidade Federal do Triângulo Mineiro Instituto de Ciências Biológicas e Naturais (ICBN) Disciplina de Citogenética Professoras Roseane Lopes da Silva Grecco e Marly Aparecida Spadotto Balarin ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS E INFERTILIDADE Juliana de Morais Palmieri da Silva & Lais de Melo Valente Curso de Biomedicina Uberaba - MG Novembro/2014
  • 2. Alterações no cariótipo que podem gerar infertilidade ou abortamento de repetição Artigo Original
  • 3. Introdução ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO O que é citogenética ?
  • 4. “Era do Bandamento” Introdução Técnica que produz bandas horizontais com diferentes intensidades de coloração. O padrão de bandas é individualmente específico do cromossomo e permitiu a identificação de cada cromossomo. Tornou-se possível o reconhecimento de anormalidades estruturais associadas a síndromes genéticas específicas. ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
  • 5.  Investigação pré-natal de doenças genéticas  Detecção de anormalidades cromossômicas em indivíduos que apresentam alterações clínicas indicativas de doenças genéticas  Problemas de fertilidade e aborto habitual Tumoral Introdução Para a realização do estudo citogenético ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
  • 6. Fazer uma revisão da literatura apresentando os aspectos importantes e controversos da citogenética na infertilidade. Objetivo ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
  • 7. Metodologia Revisão bibliográfica a partir dos dados PubMed, Medline e Ensembl;  Foram utilizados os seguintes termos: infertilidade, abortamento de repetição, heterocromatina e cromossomos; Não existiu um critério relevante para o período em que as buscas foram realizadas;  Foram selecionados aqueles que possuíam um título e resumo relevantes com o contexto do trabalho;  Foram consultadas as diretrizes da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
  • 8. Metodologia ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO Heterocromatina Heterocromatina constitutiva Heterocromatina facultativa
  • 9. Metodologia ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO Figura 1 – Ideograma dos cromossomos humanos pelo bandamento G.
  • 10. ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO Infertilidade É a incapacidade de conseguir uma gravidez dentro de um determinado período de tempo ou a falha repetida de levar uma gravidez a termo Primária Secundária Metodologia
  • 11. Dentre as principais causas de infertilidade o decréscimo na produção de espermatozoides, a obstrução ductal; a incapacidade de depositar o esperma na vagina, o sêmen anormal; fatores imunológicos. Fatores femininos (cerca de 50%) a patologia das trompas de Falópio; amenorreia e anovulação; distúrbios ovulatórios menores; fatores uterinos e cervicais; fatores vaginais; fatores imunológicos; fatores metabólicos e nutricionais. Idiopática ou desconhecida (em menos de 10%). ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO Metodologia Fatores masculinos (cerca de 40%)
  • 12. ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO Metodologia
  • 13. Metodologia ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO Alterações cromossômicas em casais com  50% translocações equilibradas;  24% a translocações Robertsonianas;  12% a mosaicismo de alterações nos cromossomos sexuais  E as demais consistiam em inversões e outras alterações esporádicas. abortamento habitual
  • 14. Metodologia ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
  • 15. Discussão  Quando são examinadas grandes amostras de indivíduos da mesma espécie, é comum observar a presença de variações nos blocos de heterocromatina constitutiva. Essas variações são consideradas normais e podem ser observadas em até 30% da população.  A inversão pericêntrica da região de heterocromatina constitutiva do cromossomo 9 é considerada uma variação da normalidade dentro da população, uma vez que raramente produz alterações fenotípicas em seus portadores.  As inversões pericêntricas envolvendo o cromossomo 9 são as mais frequentes, correspondendo a mais de 30% de todas as inversões cromossômicas encontradas, sendo que apenas aquelas de grandes blocos desse cromossomo poderiam apresentar efeitos patológicos como infertilidade, abortos recorrentes e malformações congênitas.  A inversão do cromossomo 1 corresponde a cerca de 5% das inversões encontradas e a do cromossomo 16 a 0,5%, sendo esta última patológica e encontrada em casos de leucemia mieloide aguda. ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
  • 16.  A heterocromatina constitutiva apresenta o mais notável heteromorfismo cromossômico devido a variações em seu comprimento.  Muitos estudos foram realizados com o intuito de relacionar essas variações a alterações fenotípicas, ao surgimento de neoplasias, ao aumento da incidência de aberrações cromossômicas, a malformações congênitas e aos atrasos no desenvolvimento físico e mental, produzindo informações contraditórias e mantendo o assunto sem uma definição precisa.  O mecanismo de origem da inversão do cromossomo 9 é altamente complexo28. Sugere-se, então, que tal inversão teria efeito intercromossômico, ocasionando uma alta incidência de erros mitóticos e aneuploidias, como, por exemplo, a trissomia 21.  Com a crescente busca de assistência médica para a identificação e correção de problemas de fertilidade, muitos são submetidos ao exame citogenético para a avaliação das alterações cromossômicas, e dados sobre a relevância dos polimorfismos cromossômicos das regiões de heterocromatina constitutiva, consideradas variações normais na população, podem ser decisivos para a determinação causal da ALTERAÇÕES NO CARIÓTIPO QUE PODEM GERAR INFERTILIDADE OU ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO Conclusão
  • 17. Mosaicismo incomum de isodissomia uniparental materna do cromossomo X com rearranjo assimétrico do cromossomo Y
  • 18. Conceitos Básicos Isodissomia: é um dos dois tipos de dissomia (heterodissomia ou isodissomia), na qual o par de cromossomos possui uma mesma origem, ou seja, é herdado apenas de um dos pais. Na isodissomia ele é originado de uma duplicação de apenas um dos cromossomos de um dos pais; Azoospermia: trata-se da ausência/não detecção de espermatozoides no sêmen. Pode ser diagnosticada mediante a realização de um espermograma; Oligoastenoteratozoospermia: alteração de três variáveis no sêmen:  Teratospermia é a presença de menos de 4% de espermatozoides com morfologia normal;  Astenospermia é motilidade menor do que 50% de espermatozoides progressivos;  Oligospermia trata-se de baixa quantidade de espermatozoides no sêmen. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 19. Objetivos do artigo  Verificar o mosaicismo complexo de cromossomos sexuais;  Sugerir hipóteses para explicar a ocorrência do cromossomo Y derivativo e da geração de uma linhagem celular mosaica. -OBS.: trata-se do primeiro estudo confirmatório para verificar a origem de um mosaicismo de cromossomos sexuais (cromossomos X isodissômicos), 46,XX e 45,X com um cromossomo Y rearranjado. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y http://hereditas.com..br
  • 20. Introdução  Causas genéticas de infertilidade masculina:  Anormalidades cromossômicas em 6% dos casos;  Microdeleções no cromossomo Y: responsáveis por falhas na espermatogênese em 5 a 20% dos homens com azoospermia;  Anomalias estruturais no cromossomo Y têm sido observadas em 10 a 20% dos homens com infertilidade por azoospermia não obstrutiva, sendo as mais comuns:  Cromossomo Y isodicêntrico (Yidic);  Isocromossomo Y (duplicações em Yp e deleções em Yq ou vice-versa); Homens inférteis com azoospermia comumente apresentam:  Microdeleções associadas à região do fator de azoospermia (AZF), localizado no cromossomo Y;  Mosaicismo dos cromossomos sexuais;  Rearranjo dos cromossomos sexuais; MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 21.  Mosaicismos dos cromossomos sexuais como 45,X, 47,XXY e/ou 46,XY são frequentemente observados em conjunto com anomalias do cromossomo Y, podendo ser originados:  Durante a meiose de bivalentes X-Y anormais;  Ou como resultado de um erro pós-zigótico - OBS.: o cromossomo Y é estruturalmente instável durante a divisão celular;  Assim, fenótipos clinicamente diferentes são observados como:  Síndrome de Turner;  Síndrome de Klinefelter;  Genitália ambígua;  Reversão sexual;  Disgenesia gonadal mista;  Insuficiência espermatogênica;  Fenótipos masculino ou feminino normais. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Introdução
  • 22.  Paciente do sexo masculino, de 35 anos de idade, 1,76 m de altura, 76 kg e IMC de 24,5 kg/m², com fenótipo e inteligência normais; Avaliação hormonal:  Níveis ⇧ de FSH e LH;  Níveis séricos de testosterona e estradiol normais; Avaliação andrológica:  Volume testicular, em ambos os lados, reduzido para 10 mL no TE e 12 mL no TD; O mosaicismo descrito nesse estudo é incomum (mosaicismo complexo de cromossomos sexuais) e envolve linhagens celulares 46,XX (isodissômica e predominante) e 45,X com um rearranjo raro do cromossomo Y (duplicação-deleção assimétrica); O cariótipo (“definitivo”) do paciente estudado foi 46,XX[50]/ 45,X[25]/46,X,der(Y)(pter→q11.222::p11.2→pter)[25];  O rearranjo raro gerou um cromossomo Y derivativo, com uma deleção na região Yq11.222 e uma duplicação na região Yp11.2 MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Estudo do caso - paciente
  • 23. Estudo do caso - paciente  Cariótipo “inicial” do paciente: 46,XX [15]/ 45,X [3]/ 46,XY [12]. OBS.: o sexo fenotípico e o desenvolvimento sexual dos pacientes com mosaicismo de cromossomos sexuais dependem da presença do cromossomo Y. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y http://fabiologicamente.blogspot.com.br/
  • 24. Materiais & Métodos + Resultados MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y 1) ANÁLISE CITOGENÉTICA  Foram preparados cromossomos de alta resolução (nível de 700 bandas) a partir de culturas de células sanguíneas;  Foram analisadas 100 metáfases do paciente e 20 metáfases de seus pais;  Técnicas-padrão (convencionais) utilizadas:  Bandamento C;  Coloração Da/DAPI;  Técnica de hibridização fluorescente in situ (FISH)  Utilizada em 20 metáfases mediante sondas específicas para o cromossomo Y  CEP Y Sat III Spectrum Green/ CEP Y Alpha Spectrum Orange  LSI SRY Spectrum Orange/ CEP X Spectrum Green
  • 25. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados Análise Citogenética - RESULTADOS  Determinação do cariótipo real do paciente (46,XX[50]/45,X [25]/ 46,X,der(Y)(pter→q11.222::p11.2→pter)[25]) mediante a utilização de bandamento GTL;  Características do cromossomo Y derivativo:  Monocêntrico;  Sem a região de heterocromatina Yq12;  Utilização de sonda de FISH específica para o gene SRY ⇨ sinais fluorescentes em ambas as extremidades finais do cromossomo Y derivativo = duplicação do gene SRY. - OBS.: os cariótipos de ambos os pais do paciente foram normais.
  • 26. Fig. 1. Cariótipo citogenético parcial, com bandas C, e análise por FISH. A Idiograma do cromossomo Y normal (à esquerda), cromossomo Y derivativo do paciente com bandeamento GTL (no meio) e o idiograma reorganizado (à direita) mostrando a região Yp11.2 duplicada e a deleção abaixo da região Yq11.222. B Bandeamento G e C bandeamento C, ambos mostrando a localização do centrômero do cromossomo Y derivativo (der(Y)) e uma deficiência de heterocromatina no braço longo do cromossomo Y (Yq). D Análise por FISH mostrando que o der(Y) possui um monocentrômero com sinais vermelhos e uma região Yq12 deletada sem a marcação pelo sinal verde (CEP Y Alpha Spectrum Orange/CEP Y Sat II Spectrum Green [sondas]). E O cromossomo derivativo Y apresentou o gene SRY duplicado, mostrado pelos sinais fluorescentes vermelhos (seta vermelha, LSI SRY Spectrum Orange/CEP X Spectrum Green). MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados
  • 27. Bandeamento GTL O bandeamento GTL é um bandeamento G obtido através de tratamento com tripsina e coloração com Leishman. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados
  • 28. 2) ANÁLISE ALÉLICA DOS CROMOSSOMOS X  Amostras: DNA genômico extraído de sangue periférico do paciente e de seus pais;  Foram amplificados produtos de 18 loci dos cromossomos sexuais e 12 loci dos cromossomos 13, 18 e 21 ⇨ marcadores de pequenas sequências em repetição (STR: short tandem repeat); Utilizou-se eletroforese por capilaridade para realizar tal análise.  Objetivo da técnica: esclarecer a origem da linhagem celular mosaica 46,XX; Resultados  Detectou-se a isodissomia materna dos cromossomos X;  Dos 18 loci de CS, todos os alelos relacionados ao cromossomo X do paciente eram concordantes com os alelos maternos;  Dentre esses, 4 marcadores de sequências STR com certeza tinham origem materna; MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados
  • 29. Tab.2. Comparação do tamanho dos alelos (em pares de bases) entre o paciente e seus pais, examinados por QF-PCR utilizando os produtos de marcadores de microssatélites nos cromossomos 13, 18, 21, X e Y. Os marcadores STR em negrito mostram alelos isodissômicos que claramente possuem origem materna. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 30. 3) ANÁLISE de MICRODELEÇÕES do CROMOSSOMO Y  Quatro rodadas de PCR-multiplex: DNA do paciente + controle positivo normal do sexo masculino + controle negativo normal do sexo feminino;  Condições de ciclo da PCR:  Desnaturação inicial a 95ºC, por 10 minutos;  35 ciclos a 95ºC, por 10 minutos;  35 ciclos a 62ºC, por 90 segundos;  35 ciclos a 65ºC, por 90 segundos;  Extensão final a 65ºC, por 10 minutos  Eletroforese em gel de agarose NuSieve® a 3% + iluminação UV MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados
  • 31. Tabela 1. Resumo de informações dos marcadores das sequências STS (sequence-tagged site) e dos primers utilizados para a análise de microdeleções nas regiões do fator de azoospermia (AZF). MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 32. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados Análise de Microdeleção do Cromossomo Y - RESULTADOS  Dos 18 loci de CS: 15 eram marcadores de sequências STR no cromossomo Y;  Dessas 15, 12 loci não detectados nas regiões AZFb e AZFc  Indicação: deleção completa desde Yq11.222 até Yq11.223, incluindo:  Oloci para o gene SRY (sY14); Região do fator a de azoospermia (AZFa) (sY86 e sY84);  O estabelecimento do real cariótipo do paciente só foi possível mediante a união de:  Resultados de citogenética;  Citogenética molecular;  Análise de localização dos loci STS deletados
  • 33. Fig.2. Análise de PCR-multiplex com os marcadores das sequências STR para microdeleções na região do fator de azoospermia (AZF). A amostra do paciente apresentou a eliminação com-pleta das regiões dos fatores b e c de azoospermia (AZFb e AZFc). A amostra do pai do paciente não apresentou microdeleções para nenhum dos sítios/locus testados. Para a localização dos diferentes marcadores da sequência STS, consulte a tabela 1. L: escala de DNA (marcadores); B: branco; Fe: controle negativo feminino ; M: controle positivo masculino; P: paciente; Fa: pai do paciente; ZFX: motivo proteico dedo de zinco do cromossomo X. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados
  • 34. 4) ANÁLISE por HIBRIDIZAÇÃO GENÔMICA COMPARATIVA BASEADA em ARRANJO (aCGH ou CGHarray)  Essa técnica permite a identificação de alterações cromossômicas desbalanceadas por meio da análise de todo o genoma;  Objetivo da técnica: regiões duplicadas e deletadas no cromossomo Y derivativo rearranjado. Resultados  ⇧ relativo da proporção de cromossomos X (devido à linhagem 46,XX);  Perda parcial de material do cromossomo Y;  Conclusões a respeito do Y(der):  Duplicação a partir da região Yp terminal até Yp11.2 - ~5,65 Mb;  Deleção a partir de Yq11.222 até Yq terminal - ~41,95Mb MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados
  • 35. Fig. 3. O perfil de CGH para o paciente apresenta médias de dados altamente combinados e um elevado sinal na proporção log2 (0-1.0) no eixo Y para o cromossomo X devido à alta proporção de células da linha-gem 46,XX (50%) (painéis superior e central,setas verme-lhas). O perfil para o cromos-somo Y derivativo mostra um sinal deletado/excluído, exibi-do como <0 na trama da pro-porção log2, localizado abaixo da região Yq11.222 e contendo aproximadamente 41,95 Mb de tamanho (41.950 pb) (painéis central e inferior, setas verdes). MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Materiais & Métodos + Resultados
  • 36. Discussão + Conclusão MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y  Nenhuma doença complexa foi detectada, exceto a azoospermia;  Cromossomo Y derivativo  Duplicação parcial da região Yp;  Duas cópias do gene SRY;  Deleção das regiões de AZFb e AZFc inteiras  Três linhagens celulares  46,XX  45,X  46,X,der(Y)  Mecanismos do cromossomo Y isodicêntrico e isocromossomo Y  Envolvidos na ativação de cruzamento (crossover) intracromátides ou intercromátides e em vias de não cruzamento (não-crossover), sendo a transmissão dessa via por meio de genes palíndromos
  • 37. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y Discussão + Conclusão  A repetição de sequências palindrômicas entre cromátides irmãs ou cromátides do cromossomo Y derivativo poderia causar:  Sinapses  Recombinação durante a prófase da meiose I paterna  Recombinação somática inadequada na mitose pós-zigótica  A dissomia uniparental (DUP) pode resultar de  Resgate da trissomia  Duplicação da monossomia  Complementação gamética  Formação do zigoto com isodissomia do cromossomo X  Quatro conceptos possíveis  46,XY  46,X,der(Y)  47,XXY  47,XX,der(Y)
  • 38. Fig.4. Representação esquemática da geração do cromossomo Y derivativo e da formação de uma linhagem celular mosaica. Para o gameta paterno, o cromossomo Y derivativo poderia ser gerado por meio da sinapse para recombinação homóloga entre cromátides irmãs ou pela recombinação intracromátide durante a prófase da meiose I paterna. A troca de cromátides desiguais pode resultar no gameta paterno apresentando a duplicação segmentar do braço curto do cromossomo Y (Yp) e deleção no braço longo do cromossomo Y (Yq) (A) Alternativamente, a recombinação inadequada pode ocorrer em um zigoto normal durante a mitose pós-zigótica, durante o desenvolvimento embrionário precoce (C, D). Para os gametas maternos, uma não disjunção na meiose materna pode resultar em gametas 23,X ou 24,XX (com dissomia), e assim linhagens 46,XX e 45,X podem se originar de um zigoto 47,XXY durante a divisão celular pós-zigótica. (B, C). Outro mecanismo possível é a derivação de um zigoto 46,X,der(Y) a partir das linhagens 45,X e 46,XX, após a fertilização (D). MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 39. MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 40. Discussão + Conclusão MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y  Cromossomo X fruto da dissomia uniparental materna ⇨ provável origem do efeito de imprinting genômico (certos genes são expressos por apenas um do alelos) em mulheres normais;  Há possibilidade de alenos menos expressos estarem escondidos para os marcadores das sequências STR do cromossomo X;  Mecanismo mais plausível para o cariótipo desse paciente  Produção do cromossomo Y derivativo na meiose I paterna ou no início da embriogênese  Seguida da gerãção de uma linhagem 45,X  Resultando em uma linhagem 46,XX devido à duplicação monossômica ou a uma não disjunção mitótica  A expressão do gene SRY duplicado poderia afetar o desenvolvimento urológico masculino;  A linhagem 46,XX teria menos efeito pois foi gerada em divisões pós-zigóticas tardias (após a determinação do sexo genotípico)
  • 41.  Correlações possíveis Discussão + Conclusão  Manifestações clínicas ⇨ proporção de células 45,X  Possibilidade de isodissomia do cromossomo X ⇨ cariótipo 46,XX - OBS.: a linhagem 45,X deveria elucidar mosaicismo, quimerismo e dissomia uniparental (DUP) em casos de MCS 46,XX Proposta  Técnica de análise dos fragmentos alélicos ⇨ melhorar a confiabilidade da rotina clínica do diagnóstico citogenético Conclusão final  Rotina citogenética + técnicas moleculares ⇨ determinação da origem desse mosaicismo + rearranjo cromossômico  Utilidade: reduzir erros diagnósticos durante o aconselhamento genético MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 42. Referências Bibliográficas  Disponível em <http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/3989/material/Ci togen%C3%A9tica%20PdC.pdf>. Acesso em 20/11/2014, 16h49min;;  Disponível em <http://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=5464>. Acesso em 20/11/2014, às 17h41min;  Disponível em <http://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/2917/1/msc_jopinho.pdf>. Acesso em 20/11/2014, às 18h20min ;  Disponível em <http://www.vidafertil.com.br/index.php?mact=Glossary,cntnt01,show,0&cn tnt01term_count=15&cntnt01start=&cntnt01cat=glossario&cntnt01tid=14&c ntnt01returnid=57>. Acesso em 22/11/2014, às 18h06min;  Disponível em < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/.../DoutoradoAnaCarolinaLaus.pdf >. Acesso em 22/11/2014, às 18h33min; MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y
  • 43. Referências Bibliográficas  Disponível em < http://books.google.com.br/books?id=tC9VdBFW0wsC&pg=PA137&lpg=P A137&dq=complementa%C3%A7%C3%A3o+de+gameta&source=bl&ots= yoyhKr_RcI&sig=LHjjwY_8q20GZ1Kbv3Pi3tbAJ5I&hl=pt- BR&sa=X&ei=oPNwVMGhIILksAS14oBQ&ved=0CCMQ6AEwAQ#v=on epage&q=complementa%C3%A7%C3%A3o%20de%20gameta&f=false>.A cesso em 22/11/2014, às 18h36min;  Disponível em <http://files.bvs.br/upload/S/0100- 7254/2011/v39n2/a2418.pdf> . Acesso em 23/11/2014, às 15h37min;  Disponível em < http://books.google.com.br/books?id=w6U-SgjuTH8C& pg=PT179&lpg=PT179&dq=isodissomia&source=bl&ots=OLn csNPI51&sig=6AJMcU0xlgJ6kZ0iz-fRRI0W-UY&hl=pt- BR&sa=X&ei=wUhyVOTAJM7ksASa24HgBw&ved=0CB0Q6AEwAA#v= onepage&q=isodissomia&f=false>. Acesso em 23/11/2014, às 18h53min;  Disponível em < http://www.orpha.net/consor/cgi-bin/ OC_Exp.php?Lng=PT&Expert=1772> Acesso em 23/11/2014, às 19h07min MOSAICISMO INCOMUM DE ISODISSOMIA UNIPARENTAL MATERNA DO CROMOSSOMO X COM REARRANJO ASSIMÉTRICO DO CROMOSSOMO Y