O documento descreve um artigo de divulgação científica sobre a luz. A introdução fala sobre como os egípcios antigos viam a luz como o olhar de Deus. A maior parte do texto usa uma metáfora de ondas em uma banheira para explicar de forma acessível como a luz se propaga.
2. O ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
aspectos gerais
3. O ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
aspectos gerais
definição
exposição
rápida
e
transparente
de
assunto
referente
ao
universo
da
ciência
e
da
tecnologia
intencionalidade
aproximar
o
leitor
leigo
do
discurso
hermé:co
da
ciência
tipos textuais
exposição
contexto de circulação
revistas
de
divulgação
cien;fica
[Superinteressante,
Galileu,
Livros,
Língua
Portuguesa
e
outras]
4. CARACTERÍSTICAS
o artigo de divulgação científica
cidadania
tradução
suporte
coloquial?
es3lo
estrutura
5. ESTRUTURA
o artigo de divulgação científica
introdução
sumariamente
apresenta-‐se
o
assunto
e
busca-‐se
prender
a
atenção
ao
assunto
a
ser
exposto;
encaminhamento
apresentação
facilitada
do
assunto;
o
tratamento
vai
depender
da
área
de
interesse
do
ar:go.
7. O OLHAR DE DEUS E A TORNEIRA QUE PINGA
o artigo de divulgação científica
No
Egito
faraônico
dos
tempos
de
Akhenaton,
segundo
uma
religião
monoteísta
agora
ex:nta
que
adorava
o
Sol,
a
luz
era
considerada
o
olhar
de
Deus.
Naqueles
tempos
remotos,
imaginava-‐
se
que
a
visão
fosse
uma
espécie
de
emanação
do
olho.
A
visão
era
parecida
com
um
radar.
Prolongava-‐se
para
fora
do
olho
e
tocava
no
objeto
que
estava
sendo
visto.
O
Sol
–
sem
o
qual
pouco
mais
do
que
as
estrelas
é
visível
–
acariciava,
iluminava
e
aquecia
o
vale
do
Nilo.
Dada
a
Rsica
da
época,
e
uma
geração
que
cultuava
o
Sol,
fazia
sen:do
descrever
a
luz
como
o
olhar
de
Deus.
Três
mil
e
duzentos
anos
mais
tarde,
uma
metáfora
mais
profunda,
embora
muito
mais
prosaica,
nos
propicia
um
melhor
entendimento
da
luz.
Você
está
sentado
em
uma
banheira,
e
a
torneira
está
pingando.
A
cada
segundo,
vamos
supor,
m
pingo
cai
na
banheira.
Gera
uma
pequena
onda
que
se
espalha
ao
redor,
formando
um
belo
círculo
perfeito.
Quando
a:nge
os
lados
da
banheira,
é
refle:da
de
volta.
A
onda
refle:da
é
mais
fraca,
e,
depois
de
uma
ou
mais
reflexões,
você
não
a
consegue
perceber
mais.
Novas
ondas
chegam
à
sua
extremidade
da
banheira,
cada
uma
gerada
por
outro
pingo
de
água.
O
seu
pa:nho
de
borracha
balança
para
cima
e
para
baixo
sempre
que
nova
frente
de
ondas
passa
por
ele.
[...]
SAGAN,
Carl.
Bilhões
e
bilhões;
reflexões
sobre
vida
e
morte
na
virada
do
milênio.
São
Paulo:
Companhia
das
Letras,
1998.
9. O OLHAR DE DEUS E A TORNEIRA QUE PINGA
o artigo de divulgação científica
No
Egito
faraônico
dos
tempos
de
Akhenaton,
segundo
uma
religião
monoteísta
agora
ex:nta
que
adorava
o
Sol,
a
luz
era
considerada
o
olhar
de
Deus.
Naqueles
tempos
remotos,
imaginava-‐
se
que
a
visão
fosse
uma
espécie
de
emanação
do
olho.
A
visão
era
parecida
com
um
radar.
Prolongava-‐se
para
fora
do
olho
e
tocava
no
objeto
que
estava
sendo
visto.
O
Sol
–
sem
o
qual
pouco
mais
do
que
as
estrelas
é
visível
–
acariciava,
iluminava
e
aquecia
o
vale
do
Nilo.
Dada
a
Rsica
da
época,
e
uma
geração
que
cultuava
o
Sol,
fazia
sen:do
descrever
a
luz
como
o
olhar
de
Deus.
Três
mil
e
duzentos
anos
mais
tarde,
uma
metáfora
mais
profunda,
embora
muito
mais
prosaica,
nos
propicia
um
melhor
entendimento
da
luz.
comentário
Parte
do
primeiro
parágrafo
de
Carl
Segan
fala
sobre
o
modo
como
os
egípcios
definiam
a
luz,
3.200
anos
atrás,
para
introduz
a
questão
central
tratada
no
ar:go:
a
definição
cien;fica
da
luz.
O
cien:sta
norteamericano
encontra,
assim,
uma
forma
de
despertar
o
interesse
do
leitor,
ao
mesmo
tempo
que
dirige
sua
atenção
para
o
foco
do
texto.
10. O OLHAR DE DEUS E A TORNEIRA QUE PINGA
o artigo de divulgação científica
Você
está
sentado
em
uma
banheira,
e
a
torneira
está
pingando.
A
cada
segundo,
vamos
supor,
m
pingo
cai
na
banheira.
Gera
uma
pequena
onda
que
se
espalha
ao
redor,
formando
um
belo
círculo
perfeito.
Quando
a:nge
os
lados
da
banheira,
é
refle:da
de
volta.
A
onda
refle:da
é
mais
fraca,
e,
depois
de
uma
ou
mais
reflexões,
você
não
a
consegue
perceber
mais.
Novas
ondas
chegam
à
sua
extremidade
da
banheira,
cada
uma
gerada
por
outro
pingo
de
água.
O
seu
pa:nho
de
borracha
balança
para
cima
e
para
baixo
sempre
que
nova
frente
de
ondas
passa
por
ele.
[...]
comentário
Como
é
caracterís:co
dos
textos
de
divulgação
cien;fica,
Sagan
procura
metáforas
capazes
de
facilitar
a
compreensão
dos
leitores
leigos.
Neste
caso,
como
precisará,
nos
parágrafos
que
se
seguem,
definir
luz
como
uma
espécie
de
onda,
encontra
uma
imagem
capaz
de
ser
facilmente
reconhecida
por
qualquer
um:
as
ondas
criadas
na
superRcie
da
água
pelos
pingos
que
caem
da
torneira
de
uma
banheira.
11. FONTES
o artigo de divulgação científica
ABAURRE,
Maria
Luiza
M.,
ABAURRE,
Maria
Bernadete
M.
Produção
de
texto;
interlocução
e
gêneros.
São
Paulo:
Moderna,
2007.
COSTA,
Sérgio
Roberto.
Dicionário
de
gêneros
textuais.
Belo
Horizonte:
Autên:ca,
2008.