2. PARAGRAFAÇÃO LONGA
estrutura do gênero
frase tópico apresenta assunto segue diretriz do comando funciona como introdução
2, 3 ou 4 frases seguintes diretriz do comando exposição, ampliação exemplo [provem o q se diz]
fechamento retomada resumida fixa assunto abordado facultativa
locutor de terceira pessoa, objetivo e distanciado
[o que interessa é o assunto não a opinião que se tem sobre ele]
é essencial seguir o comando fornecido na pergunta-tema
NÃO POSSUI TÍTULO
3. PARAGRAFAÇÃO LONGA
um exemplo
“Verde lagarto amarelo”, “Helga”e “O moço do saxofone” são narrativas em primeira pessoa nas
quais se conta uma experiência traumatizante que aterroriza o protagonista e o leva à reflexão
existencial.
Em “Verde lagarto amarelo”, a visita de Eduardo angustia Rodolfo que põe o passado em revista,
conversa com seu irmão e se recorda de ter sido preterido pela mãe e do fato de ela nunca o
haver tocado com amor e carinho. Tal lembrança explica o comportamento arredio, arisco e
distante do protagonista e o porquê de o escritor tratar seu irmão com reserva, parecendo
sentir inveja.
O protagonista de “Helga”, Paulo Silva, cometeu um terrível erro no passado – roubou a perna
mecânica da jovem alemã na noite de núpcias. Por isso, no presente na enunciação, constrói seu
discurso, visando a se redimir da ação cometida no passado. Os elogios, o amor que diz sentir
pela jovem e a prática de boas ações são desdobramentos desse ato cometido na Alemanha,
que o lança num conflito de identidade que o faz renegar sua origem alemã e procurar auxílio
psicológico.
O conto “O moço do saxofone” é narrado por um caminhoneiro que vivenciou uma experiência
trágica numa pensãozinha barata. Tal evento se resume na angústia na tristeza em que
mergulhava o locutor ao ouvir a música do "moço do saxofone", que tocava seu instrumento
toda vez que a mulher ficava sozinha no quarto com um amante. A identificação do narrador-
protagonista com a angústia e a dor vindas da música do saxofone é tamanha que, ao final da
narrativa, ele não consegue concretizar o ato sexual com a esposa do jovem saxofonista.
4. A DISSERTAÇÃO TRADICIONAL
estrutura do gênero
título resumo do texto curto, sintético não é frase!
introdução tema + tese o locutor já se posiciona [em um parágrafo apenas]
desenvolvimento exposição-ampliação discute-se o problema [dois ou mais parágrafos]
conclusão retomada resumida peroração [facultativa] [em apenas um parágrafo]
locutor de terceira pessoa, objetivo e distanciado
[o que interessa é a capacidade de discutir o assunto e se posicionar sobre ele]
alguns tipos de introdução: frase tópico, citação, interrogação, subdivisão
tipos de desenvolvimento: causa e consequência, confronto, subdivisão
tipos de conclusão: advertência, questionamento, sugestão
[explicite articuladores; não copie trechos da coletânea; procure usar a terceira pessoa]
5. DISSERTAÇÃO TRADICIONAL
A ditadura do pensamento único
Parte considerável da mídia brasileira revela-se, por vezes, pouco confiável, na medida em que
se vale do “mito da neutralidade” para impor idéias, comportamentos e costumes e se pôr a
serviço de interesses que não representam o pensamento da maioria da população.
Sabe-se que a neutralidade é uma utopia, pois quem fala sempre o faz de um lugar
extremamente específico. Ao arrogar para si a ideia de que é neutra, de que está acima do bem
e do mal, a mídia acaba por perniciosamente camuflar opiniões, comprometer o nível das
informações a serem transmitidas e, por fim, enganar o leitor.
Nem sempre é fácil perceber, entretanto, com um pouco de acuidade, entrevê-se que a mídia
quase sempre deixa algumas personalidades ou valores em franca exposição, visando a
promovê-los. Isso fica evidente no grande volume de merchandising não só de produtos e
serviços, mas de ideias e, ainda, na exposição maciça que alguns políticos conseguem em alguns
telejornais e na imprensa escrita, tal como ocorreu com o jovem governador de Alagoas em
1989.
Conforme visto anteriormente, apesar de não ser desejável, percebe-se que nem sempre a
mídia se põe a serviço dos interesses do povo, mas é movida pelo desejo de atender a alguns
grupos que, através do poder econômico, acabam por instalar uma ditadura do pensamento
único.
6. A CARTA ARGUMENTATIVA
estrutura do gênero
local e data lugar referido na coletânea ou onde se faz a prova alinhado à direita
vocativo cargo do interlocutor [Caros colunistas] vírgula ou dois pontos
introdução apresenta assunto contextualiza a proposta o que deu origem ao texto?
desenvolvimento expõe-amplia discute-se o problema semelhante à dissertação
conclusão retomada resumida peroração [facultativa] semelhante à dissertação
despedida e assinatura despedida, 1 linha isolada não se assina! pode-se usar sigla
é inevitável o locutor de primeira pessoa [singular ou plural]
atende a inúmeros objetivos: reclamar, solicitar, cumprimentar, comentar, informar...
ao leitor [público alvo genérico] x do leitor [público alvo específico]
7. A CARTA ARGUMENTATIVA
um exemplo
Caro Leitor,
Eu disse no mês passado que as novidades que marcam nosso aniversário de 15 anos não
tinham se encerrado na edição extra de setembro — capa “Diabete” — e na caixa de CDS com a
coleção completa da SUPER — dois produtaços que estão nas bancas. E é verdade. Tem muita
coisa bacana vindo por aí. Livros, DVDS, um almanaque maravilhoso. Mais a possibilidade de
assinar já as 12 edições mensais de Mundo estranho e seis edições especiais da SUPER para
2003. Enfim: prepare o seu coração para tudo que a gente está aprontando para você.
Diretor de Redação
Adaptado de: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622004000200006
8. A CARTA ABERTA
estrutura do gênero
título nome do gênero textual destinatário da carta pode apresentar assunto
introdução apresenta assunto contextualiza a proposta o que deu origem ao texto?
desenvolvimento expõe-amplia discute-se o problema semelhante à dissertação
conclusão retomada resumida peroração [facultativa] semelhante à dissertação
despedida e assinatura despedida, palavra d ordem assina-se representa-se um grupo
local e data lugar referido na coletânea ou onde se faz a prova alinhado à direita
é inevitável o locutor de primeira pessoa
visa a denunciar problemas e cobrar uma solução das autoridades
chama-se aberta pq normalmente é publicada em jornais, revistas ou internet
10. MANIFESTO
estrutura do gênero
título nome do gênero textual apresenta o assunto curto, sintético
introdução apresenta assunto contextualiza a proposta o que deu origem ao texto?
desenvolvimento expõe-amplia discute-se o problema análise do problema
conclusão p q solucionar o problema? palavra de ordem em um só parágrafo
local e data lugar referido na coletânea ou onde se faz a prova uma linha
despedida e assinatura despedida, palavra d ordem assina-se representa-se um grupo
é inevitável o locutor de primeira pessoa
o objetivo discursivo é tornar de conhecimento público um assunto
é esperado o uso de estratégias q visem a sensibilizar o leitor e torná-lo cúmplice do locutor
11. MANIFESTO
Manifesto à nação em defesa do jornalismo, da sociedade e da democracia no Brasil
A sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à
informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o Recurso Extraordinário (RE) 511961
que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus
pilares: a obrigatoriedade do diploma em Curso Superior de Jornalismo para o seu exercício. Vai
tornar possível que qualquer pessoa, mesmo a que não tenha concluído nem o ensino
fundamental, exerça as atividades jornalísticas.
A exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que
modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.
Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de
Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em
que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses
outros que não o do real compromisso com a função social da mídia. [...]
É falacioso o argumento de que a obrigatoriedade do diploma ameaça as liberdades de
expressão e de imprensa, como apregoam os que tentam derrubá-la. A profissão regulamentada
não é impedimento para que pessoas – especialistas, notáveis ou anônimos – se expressem por
meio dos veículos de comunicação. O exercício profissional do Jornalismo é, na verdade, a
garantia de que a diversidade de pensamento e opinião presentes na sociedade esteja também
presente na mídia.
12. MANIFESTO
Manifesto à nação em defesa do jornalismo, da sociedade e da democracia no Brasil
A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da
profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o
direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.
Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem
pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos destes interesses particulares. Os
brasileiros e, neste momento específico, os Ministros do STF, não podem permitir que se volte a
um período obscuro em que existiam donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas
e, por conseqüência, de todos os cidadãos!
FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas
Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil
Disponível em: http://www.fenaj.org.br/diploma/manifesto.doc
13. O ARTIGO DE OPINIÃO
estrutura do gênero
título resumo do texto curto, sintético não é frase!
introdução tema breve notícia apresenta o assunto
desenvolvimento exposição-ampliação discute-se o problema [dois ou mais parágrafos]
conclusão retomada resumida peroração [facultativa] [em apenas um parágrafo]
locutor de primeira pessoa [elidido no verbo]; não use: eu, nós, eu acho, eu penso
o objetivo discursivo é expor o ponto de vista do autor sobre um assunto relevante
o que o artigo faz é uma análise da notícia de assuntos relevantes para a sociedade
lembre-se de que é proibido assinar a prova de redação em MG!
14. ARTIGO DE OPINIÃO
Desinformação ajuda Serra, Gilberto Dimenstein
Se alguém quiser saber a relação entre eleições e escolaridade, basta ler o artigo publicado por
Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Segundo seu artigo, se os eleitores fossem mais informados, a eleição presidencial já estaria
empatada – com Dilma e Serra em torno de 37%.
Chega-se a essa conclusão a partir de uma informação: o número de eleitores que votariam,
com certeza, num candidato indicado por Lula. Ocorre que uma percentagem deles não sabe
que Dilma é candidata de Lula --isso depois de tantas imagens dos dois juntos, bombardeadas
há tanto tempo.
Daí se vê como é difícil, devido à baixa escolaridade, ter debates mais profundos. Se uma parte
do eleitorado nem sabe que Dilma é a candidata do Lula (outros, aliás, nem sabem que ela é
candidata), imagine quantos estarão informados para entender e acompanhar os debates sobre
o futuro do país.
Isso ajuda a fazer das campanhas basicamente shows, com poucos debates --e cada candidato
tenta tirar maior proveito da desinformação.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u670425.shtml
15. A PROPAGANDA
estrutura do gênero
título apresenta o produto curto, sintético chamativo
introdução tema apresentação do assunto parágrafo ou frase
desenvolvimento estratégias persuasivas linguagem chamativa apresentação criativa
conclusão não é necessária reforça características fixa a imagem do produto
o locutor pode ser de terceira ou de primeira pessoa
o objetivo é persuadir, influenciar
[política, moral, ideologica ou comercialmente]
pode-se representar a figura do interlocutor
a propaganda costuma se apropriar de outras linguagens, tais quais a literária
normalmente apresenta desenhos e o nome da marca registrada
16.
17. Papel e tinta. Uma das formas mais simples e populares de se comunicar. No entanto, não é a
mais rápida e eficiente. Por isso, você precisa de um telefone celular Ericsson. O único que lhe
oferece a tecnologia mais avançada em comunicação celular, com uma linha de telefones fácil e
prática de usar.Tão fácil como usar o telefone de sua casa. Tão prática que facilita o uso com
somente uma das mãos. Porque na hora de falar, você quer simplesmente se expressar.
18. O EDITORIAL
estrutura do gênero
título resumo do texto curto, sintético pode ter verbo conjugado
introdução contextualiza a questão fato noticioso comentário
desenvolvimento argumentos sustentam a análise refutam ideias contrárias
conclusão define a opinião fim da interlocução posicionamento final
locutor de terceira pessoa
é enfático, equilibrado e argumentativo [aproxima-se do artigo de opinião]
o objetivo discursivo é manifestar a opinião de um órgão da imprensa sobre fato relevante
19. O EDITORIAL
Limites a Chávez, Folha de S.Paulo
A inabilidade inicial da oposição, que em 2002 patrocinou um golpe de Estado fracassado contra
Chávez e depois boicotou eleições, abriu caminho para a marcha autoritária; as receitas
extraordinárias do petróleo a impulsionaram. Como num populismo de manual, o dinheiro fluiu
copiosamente para as ações sociais do presidente, garantindo-lhe a base de sustentação.
Nada de novo, porém, foi produzido na economia da Venezuela, tampouco na sua teia de
instituições políticas; Chávez apenas a fragilizou ao concentrar poder. A política e a economia
naquele país continuam simplórias -e expostas às oscilações cíclicas do preço do petróleo.
O parasitismo exercido por Chávez nas finanças do petróleo e do Estado foi tão profundo que a
inflação disparou na Venezuela antes mesmo da vertiginosa inversão no preço do combustível.
Com a reviravolta na cotação, restam ao governo populista poucos recursos para evitar uma
queda sensível e rápida no nível de consumo dos venezuelanos.
Nesse contexto, e diante de uma oposição revigorada e ativa, é provável que o conforto de Hugo
Chávez diminua bastante daqui para a frente, a despeito da vitória de domingo.