O documento discute os principais conceitos relacionados a derivativos e hedge accounting. Aborda o que são derivativos, os tipos de mercados, participantes do mercado, liquidação financeira, mercado a termo e mercado futuro.
2. ► Apresentação
► O que são derivativos
► Contabilidade de instrumentos financeiros
► Contabilização de derivativos e hedge
► Hedge accounting
► Divulgação e casos de hedge accounting
► Encerramento
2
As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128
4. ► Apresentação
► O que são derivativos
► Contabilidade de instrumentos financeiros
► Contabilização de derivativos e hedge
► Hedge accounting
► Divulgação e casos de hedge accounting
► Encerramento
4
As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128
5. 5
Características:
» preço estabelecido entre as partes
» risco de crédito entre as partes
» dificuldade de fiscalização
» as partes se conhecem
Exemplos:
Ø CDB/RDB
Ø CDI
Ø Câmbio
Ø Debêntures
Ø Ações no lançamento (primário)
Ø Empréstimos
Mercado de Balcão
É o mercado de negociação de ativos diretamente entre as partes.
TIPOS DE MERCADO
7. 7
Mercado de Bolsa
Sistema mais organizado de comercialização, marcado por
códigos de ética e conduta.
Características:
• as partes não se conhecem
• preço definido em condições de mercado
• crédito – bolsa (fundo garantidor) e
• fiscalização dos agentes reguladores
Par&cipantes Corretoras
Bolsa
TIPOS DE MERCADO
7
Fonte: Mark 2 Market
8. 8
Mercado de Bolsa
Vantagens:
• transparência na formação de preços
• facilidade na negociação
• criação de centro de liquidez
• formalização do sistema e
• garantias na realização e liquidação do negócio
TIPOS DE MERCADO
8
Fonte: Mark 2 Market
9. Futuro Termo
Preço Padrão À medida
Volume Padrão À medida
Vencimento Padrão À medida
Liquidez Alta* Baixa
Risco de Crédito Clearing Contraparte
Recompra Operação Inversa Contraparte
Transparência
Publicação de Preços
Assimetria de
Informação
Negociação Corretora Entre as Partes
Ajuste Diário Só no Vencimento
Garantias Depósito de Margem À medida
Liquidação Física ou Financeira Financeira
COMPARATIVO BOLSA X BALCÃO
9Fonte: Mark 2 Market
10. 10
É aquele que faz hedge. Característica de ‘long term investor’.
Compra para depois vender.
Exemplo:
Um produtor rural conhece os elementos de custo do que produz,
mas não conhece o comportamento dos preços de venda. Os
elementos que influenciam os preços de venda não fazem parte dos
negócios do produtor rural, por isso ele procura fazer hedge, que
pode ser uma operação a termo.
PARTICIPANTES DO MERCADO
10
Fonte: Mark 2 Market
12. 12
É aquele que assume o risco. Opera nas suas expectativas,
procurando fazer muitos pequenos lucros e poucos pequenos
prejuízos. Característica de ‘short term investor’. Vende para depois
comprar.
Exemplo:
Um operador procura entender o comportamento dos preços de
venda de produtos agrícolas e opera segundo suas expectativas.
Normalmente leva em consideração:
- Bases históricas
- Variáveis que influenciam o preço
- Cenários para essas variáveis
PARTICIPANTES DO MERCADO
12
Fonte: Mark 2 Market
14. 14
É aquele que aplica seus recursos monetários com objetivo de obter
taxa de juros (rentabilidade).
Exemplos:
Compra de NTN Financia o governo
Compra de CDB Financia o banco
PARTICIPANTES DO MERCADO
14
Fonte: Mark 2 Market
15. 15
Financiador a Termo – Operações de financiamento nos termos do contrato.
Compro NTN spot e vendo NTN a Termo
R$ 100
i=11,5%
R$ 111,50
Taxa
6 meses
13%
9%
PARTICIPANTES DO MERCADO
15
16. 16
Uma loja de automóveis compra um Audi A3 a vista e vende para receber em
180 dias, com uma taxa de financiamento de 14% a.a..
A3 T = 100.000(1+0,14)0,5 = 106.771
R$ 100.000
i=14% a.a.
R$ 106.771
6 meses
O Financiador a Termo é um especulador de taxa de juros.
PARTICIPANTES DO MERCADO
16
17. 17
Arbitrar em Finanças significa realizar uma operação com lucro “sem
correr risco de preço”.
O valor futuro de um ativo está relacionado ao valor presente do
mesmo ativo. Quando essa relação é quebrada, o Arbitrador opera no
mercado a vista e, concomitantemente, no mercado futuro a fim de se
valer de uma distorção momentânea de preços.
PARTICIPANTES DO MERCADO
17
Fonte: Mark 2 Market
18. 18
Singapura Tóquio
O mercado sem possibilidade de arbitragem é o mercado em
equilíbrio, onde ocorre o preço justo do ativo.
PARTICIPANTES DO MERCADO
18
Fonte: Mark 2 Market
20. • Física – Alguns contratos podem ter liquidação ?sica, ou seja,
o a&vo objeto do contrato deve ser efe&vamente entregue
pela contraparte vendedora
– Alguns contratos de commodi&es – Ex: Petróleo
– Alguns contratos de moedas: Ex: Euro
– Alguns contratos de taxas de juros: Ex: Treasuries
• Financeira – Os mais comuns no mercado envolvendo apenas
uma troca financeira que represente os ganhos e perdas das
contrapartes
– No mercado brasileiro as entregas são predominantemente financeiras
TIPOS DE LIQUIDAÇÃO
20
21. 21
Compra a vista (spot)
Cheque = D+1
Câmbio Pronto = ou D+2
Compra a prazo
Aquisição do ativo com pagamento em data posterior.
A&vo
Pagamento
A&vo
Pagamento
D0
Aspectos didá&cos inspirados nas aulas do Prof. José Roberto Securato (FEA – USP)
LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA
21
22. 22
Compra parcelada
Pagamentos parcelados normalmente ocorrem depois do recebimento do ativo.
P P P
ATIVO
É comum termos uma parcela em D0, referente à entrada.
Aspectos didá&cos inspirados nas aulas do Prof. José Roberto Securato (FEA – USP)
LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA
22
23. 23
Compra por encomenda
Compra a termo
Operação nos termos combinados, com pagamento contra entrega.
Hoje
Negociação:
- caracterís&cas do a&vo
- preço (futuro)
- data da liquidação
- quan&dade
A&vo
Liquidação
Aspectos didá&cos inspirados nas aulas do Prof. José Roberto Securato (FEA – USP)
LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA
23
25. 25
O negócio de Fernando é fazer churrasco. Preocupado com a elevação do
preço da carne nos próximos meses, o que Fernando deveria fazer para
proteger-se desse risco financeiro?
a. Comprar boi no mercado a vista
b. Vender boi no mercado a vista
c. Comprar boi no mercado a termo
d. Vender boi no mercado a termo
X*
X
Se fechasse essa operação* hoje, quais seriam os direitos e as obrigações
de Fernando em relação ao contrato assinado?
Direitos: receber boi no futuro
Obrigações: pagar valor previamente estipulado
LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA
25
26. 26
Em 1/2/2010, com o objetivo de se proteger contra a variação cambial do
dólar americano, uma entidade adquiriu US$ 500,000 a termo, fixando o
preço da moeda em R$ 1,90 na data de 31/12/2010. Em 30/06/2010, com o
dólar cotado a R$ 1,80 no mercado a vista, taxa de mercado em Reais a
12% a.a. e DOL FUT a R$ 1,85, qual deveria ser o valor justo desse
instrumento financeiro?
MERCADO A TERMO
26
27. 27
Em 1/2/2010, com o objetivo de se proteger contra a variação cambial do
dólar americano, uma entidade adquiriu US$ 500,000 a termo, fixando o
preço da moeda em R$ 1,90 na data de 31/12/2010. Em 30/06/2010, com o
dólar cotado a R$ 1,80 no mercado a vista, taxa de mercado em Reais a
12% a.a. e DOL FUT a R$ 1,85, qual deveria ser o valor justo desse
instrumento financeiro?
MERCADO A TERMO
27
28. 28
Dificuldade 1: Operações a termo negociadas
em prazos diferentes são difíceis de serem
comparadas, impactando em dificuldade na
criação de um mercado secundário.
D0
AT=100
60 d
D+1
AT=102
60 d
Dificuldade 2: Não é possível a liquidação por
diferença. No mercado de balcão exige-se a
entrega física.
Dificuldade 3: Quem fixa o preço? Os veículos
de comunicação apresentam diferenças de
preços, inclusive por região.
Dificuldade 4: Como é o boi? A cotação deve
variar de acordo com as características do
animal.
Aspectos didá&cos inspirados nas aulas do Prof. José Roberto Securato (FEA – USP)
PROBLEMAS COMUNS NAS OPERAÇÕES A TERMO
28
29. 29
Cliente Corretora Bolsa Corretora Cliente
- Define as características dos ativos a serem negociados;
- Fixa vencimentos das operações;
- Faz a liquidação por diferença e cria regras para liquidação física, e
- Estabelece critérios para fixar o preço do ativo no vencimento.
A isso dá-se o nome de Mercado Futuro (não mais Termo). Típico mercado
de bolsa.
MERCADO FUTURO
29
Fonte: Mark 2 Market
30. • O sistema de Ajuste Diário é
uma forma de minimizar o
r i s c o d a B o l s a e d a s
Corretoras.
• Para evitar o risco decorrente do início da inadimplência pede-se Margem
Inicial de Garan&a (R$, btulos, ouro, carta de fiança) que cubra de 2 a 3 dias
de ajuste.
MERCADO FUTURO
30
33. 33
Preço futuro
Preço à vista
Preço à vista
Preço futuro
tempo tempo
MERCADO FUTURO
33
Fonte: Aulas Prof. Alexsandro B. Lopes
34. 34
Como as datas são fixadas pelas bolsas, na grande
maioria das vezes não batem com as operações
físicas.
Praticamente não tem entrega física.
Ajuste diário gera necessidade de gestão diária do
caixa.
PROBLEMAS COMUNS NO MERCADO DE FUTUROS
34
35. 35
BM&F
Agronegócio (hedge, posição
física, datas próprias, sem expertise
na gestão de fluxos de caixa)
-AT
+AT
Especuladores
precisam dos seus
iguais
termo
Hedger
Especulador
Aspectos didá&cos inspirados nas aulas do Prof. José Roberto Securato (FEA – USP)
O ECOSSISTEMA DO MERCADO
35
37. 37
Em 01/12/20X6, a Cia. Barreto faz compra a prazo no exterior por
US$ 15.000.000. O pagamento será realizado em 02/01/20X7,
então, a empresa contrata um hedge em 01/12/20X6, comprando
DOL FUT FX7.
1 contrato de DOL FUT = US$ 50.000
Quantos contratos serão necessários?
N = 15.000.000/50.000 =
300 contratos
Em 01/12/20X6, o preço de DOL FUT FX7 é 2.515 => R$/US$ 2,515
FUTURO DÓLAR
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
38. US$ 15.000.000 x R$ 2,55 = R$ 38.250.000Importação =
Derivativo = (R$ 2,55 – R$ 2,515) x 300 x US$ 50.000 = R$ 525.000
Desembolso = R$ 38.250.000 - R$ 525.000 = R$ 37.725.000
R$ 37.725.000 / 15.000.000
= 2,515 = DOL FUT FX7
Em 02/01/20X7, o dólar spot é cotado a R$ 2,55.
FUTURO DÓLAR
38
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
39. T.O.B. = 0,2% do valor transacionado (com base no PAD-1)
Corretora dá desconto de 80% sobre a T.O.B.
Dado => PAD-1 = 2.512 T.O.B. = 0,2% x 300 x 2,512 x 50.000 = 75.360
75.360 x 0,20 = R$ 15.072
Taxa da Bolsa (emolumentos)
US$ 1,50 por contrato (converter usando PTAXD-1= R$ 2,49)
= 300 x US$ 1,5 x R$ 2,49 = R$ 1.120,50
Taxa de registro
5% dos emolumentos = R$ 1.120,50 x 5% = 56,03
Custo total para abrir posição = R$ 16.248,53
FUTURO DÓLAR
39
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
40. T.O.B. = 0,2% do valor transacionado (com base no PAD-1)
Corretora dá desconto de 80% sobre a T.O.B.
Dado => PAD-1 =2,55 T.O.B. = 0,2% x 300 x 2,55 x 50.000 = 76.500
76.500 x 0,20 = R$ 15.300
Taxa da Bolsa (emolumentos)
US$ 1,50 por contrato (converter usando PAD-1= R$ 2,55)
= 300 x US$ 1,5 x R$ 2,55 = R$ 1.147,50
Taxa de registro
5% dos emolumentos
= R$ 1.147,50 x 5% = 57,38
Custo total para fechar posição = R$ 16.594,88
Taxa de permanência
R$ 0,015 x 300 x 20 d.u. = R$ 90
FUTURO DÓLAR
40
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
41. Desembolso líquido = R$ 38.250.000 - R$ 525.000 = R$ 37.725.000,00
+ 16.594,88 + 16.248,53 = R$ 37.757.843,41
Quanto teria desembolsado sem o hedge?
R$ 38.250.000
Efeito do hedge = Evitou perda de R$ 38.250.000,00 – R$ 37.757.843,41
= R$ 492.156,59
FUTURO DÓLAR
41
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
43. 43
Calcular o PU do seguinte contrato futuro:
DI1 para m+2 = 12% a.a.
91,128.98
%)121(
000.100
252
42
=
+
=PU
NMFCPAPAAD TTT ×××−= − )]([ 1
252
1
1
)
100
1( −
+= TDI
FC
Valor em BRL de
cada ponto de PU
Número de
contratos
Para ter comparabilidade, o ajuste do
dia anterior é corrigido em 1 dia
DI FUTURO
43
44. 44
O valor do contrato é a diferença entre o valor do ativo e o valor do passivo.
No momento da contratação, o valor do contrato = “zero”
VC = 100.000 - PU0 x (1+iDI)
(1+ipre)
Tendo passivos em CDI, como
proteger-se contra o risco de alta
na taxa de juros?
Comprando taxa
DI FUTURO 1 DIA
44
45. A taxa de cupom cambial (objeto do contrato de DDI) pode ser definida como a
taxa de juros doméstica acima da variação cambial.
1
)var1(
)1(
−
+
+
=
cambial
r
C
Taxa de juros domés&ca em
BRL pelo prazo da operação
Variação % da taxa de câmbio
de BRL/USD no período
Um investidor americano possuía USD
100.000 e os converteu em Reais quando 1
USD = 2 BRL.
O investidor comprou LTN com vencimento em
12 meses à taxa prefixada de 15% a.a.
Após 1 ano, com câmbio de 1 USD = 2,30
BRL, qual o ganho desse investidor?
000.230$)15,1(000.200 RLTN =×=
000.100$
30,2
000.230$
US
R
=
Quanto ele ganhou/perdeu?
Calcule o cupom cambial da operação.
FUTURO DDI
45
46. DDI = Diferencial entre CDI e variação cambial (dólar PTAXd-1)
Cupom
sujo
1 contrato = US$ 50.000
Uma entidade tem ativos em BRL e passivos em USD. Que risco corre essa
entidade?
CDI
USD
Risco = ΔCDI < ΔUSD
FUTURO DDI
46
48. 48
O QUE É UM SWAP
Na falta de uma definição amplamente aceita, vou arriscar a formulação de uma
definição abrangente:
Os contratos de swap são operações de balcão, através das quais os par&cipantes
trocam fluxos de caixa que são corrigidos por moedas e/ou indexadores
diferentes, e são liquidados em uma data futura, pela diferença entre os valores a
pagar e a receber.
49. 49
R$ 1,70 / US$
Empresa A - Balanço Inicial
R$ 8.500.000
(US$ 5.000.000)
R$ 13.500.000
R$ 5.000.000
Empresa B - Balanço Inicial
R$ 8.500.000
(US$ 5.000.000)
R$ 16.500.000
R$ 8.000.000
R$ 2,00 / US$ - R$ 1.500.000 + R$ 1.500.000
R$ 1,50 / US$ + R$ 1.000.000 - R$ 1.000.000
Cenário Resultado A Resultado B
INTRODUÇÃO AO SWAP
49
Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa
50. 50
Off-balance
MÚTUOS
A B
R$ 8.500.000 (US$)
R$ 8.500.000 (R$)
Empresa A - Balanço Final
R$ 8.500.000
(US$ 5.000.000)
R$ 13.500.000
R$ 5.000.000
R$ 8.500.000
R$ 8.500.000
(US$ 5.000.000)
Empresa B - Balanço Final
R$ 8.500.000
(US$ 5.000.000)
R$ 16.500.000
R$ 8.000.000
R$ 8.500.000
R$ 8.500.000
(US$ 5.000.000)
SWAP US$ X R$
INTRODUÇÃO AO SWAP
50
Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa
51. 51
SWAP com valor
base (no]onal) de
$ 100.000
Recebo $ 100.000
corrigido pela moeda
e/ou indexador A
Pago $ 100.000
corrigido pela moeda
e/ou indexador P
A ponta do Swap que
representa o quanto uma
parte recebe na transação
é denominada “ponta
a&va” (A)
A ponta do Swap que
representa o quanto uma
parte paga na transação é
denominada “ponta
passiva” (P)
Em uma data futura, o Swap é liquidado pela diferença entre A e P.
ESQUEMATIZAÇÃO DO SWAP
53. Cenários Baixa (DI=3%) Cenários Alta (DI=9%)
A X
DI
5,7337%
Uma empresa X possui R$ 1.000.000,00 aplicados em uma operação que rende 100% do
DI. A empresa acredita que a taxa de juros vai cair no curto prazo. Para isso, resolve fazer
um swap de DI x Pré a uma taxa de 5,7337% pelo período de 360 dias.
EXEMPLO COM SWAP
Fonte: Mark 2 Market
54. ► Apresentação
► O que são derivativos
► Contabilidade de instrumentos financeiros
► Contabilização de derivativos e hedge
► Hedge accounting
► Divulgação e casos de hedge accounting
► Encerramento
54
As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128
56. Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um a&vo financeiro
para a en&dade e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para outra
en&dade.
56
DEFINIÇÃO DE INSTRUMENTO FINANCEIRO
57. 57
– A]vo financeiro é qualquer a&vo que seja:
•
• Caixa ou equivalente de caixa
• Títulos patrimoniais de outra en&dade
• Direito contratual de receber ou trocar a&vos financeiros (e.g. swap, CDB, compra de
opção, etc)
• Contrato que será ou poderá vir a ser liquidado em btulos patrimoniais da própria
en&dade
• Exemplos: o dinheiro (moeda local ou estrangeira); aplicações em depósitos
bancários; recebíveis (contas a receber, duplicatas a receber); emprés&mos
concedidos a outras en&dades; inves&mentos em btulos de dívida (debêntures, bonds,
notes) emi&dos por outras en&dades e inves&mentos em btulos patrimoniais de
outras en&dades.
DEFINIÇÃO DE ATIVO FINANCEIRO
58. 58
– Passivo financeiro é qualquer passivo que seja:
• Uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro a&vo financeiro ou de trocar
a&vos ou passivos financeiros sob condições desfavoráveis
• Um contrato que será ou poderá ser liquidado com btulos patrimoniais da própria
en&dade
• Exemplos: contas a pagar, duplicatas a pagar, depósitos recebidos (em ins&tuições
financeiras), emprés&mos ob&dos de outras en&dades e btulos de dívida emi&dos
(debêntures, bonds, notes).
– Instrumento patrimonial é qualquer contrato que estabeleça um interesse residual nos
a&vos de uma en&dade após dedução de todos os seus passivos.
• Exemplos: as ações, quotas de empresas limitadas, bônus de subscrição e opções de
ações emi&das pela própria empresa.
DEFINIÇÕES – PASSIVO FINANCEIRO E INSTR. PATRIMONIAL
62. Emprés0mos e
Recebíveis
Inclui a&vos financeiros com pagamentos fixos ou
determináveis, não cotados em mercado a]vo.
Por exemplo, emprés&mos concedidos e contas a receber de
clientes.
CategoriasdeInstrumentosFinanceiros
62
CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS
63. Ao valor justo
contra resultado
Pode ser subdividida em duas subcategorias: A&vos para
negociação e a&vos designados para esta categoria no
momento de seu registro inicial.
Instrumentos financeiros deriva]vos sempre são enquadrados
nesta categoria, exceto aqueles designados como instrumento
de hedge.
CategoriasdeInstrumentosFinanceiros
63
CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS
64. Man0dos até o
Vencimento
Assim como os emprés&mos e recebíveis, os a&vos man&dos
até o vencimento têm pagamentos fixos ou determináveis, na
data de vencimento.
A en&dade precisa ter intenção e capacidade de manter os
a&vos até o vencimento.
CategoriasdeInstrumentosFinanceiros
Se um a&vo dessa categoria é vendido ou reclassificado, a
en&dade é obrigada a reclassificar todos os demais a&vos e,
durante 2 anos, fica proibida de u&lizar essa categoria.
64
CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS
65. Os a&vos financeiros não classificados em nenhuma das três
categorias anteriores entram na classificação de a&vos
financeiros disponíveis para a venda.
Disponíveis para
a venda
Desde que o a&vo não atenda a definição de valor justo contra
resultado, a en]dade pode designá-lo como Disponível para a
venda no momento inicial.
CategoriasdeInstrumentosFinanceiros
65
CATEGORIAS DE ATIVOS FINANCEIROS
68. Transferido De:
Transferido para:
Ao valor justo
através do
resultado
Emprés]mos e
recebíveis
Man]do até o
vencimento
Disponível para
venda
Ao valor justo
através do
resultado
N/A Não Permi]do Não Permi]do
Permi]do, exceto
para opção de
valor justo
Emprés]mos e
recebíveis
Não Permi]do N/A Não Permi]do Não Permi]do
Man]do até o
vencimento
Não Permi]do Não Permi]do N/A
Mandatório, nos
casos de
reclassificação
Disponível para
Venda
Não Permi]do Pemi]do Pemi]do N/A
68
RECLASSIFICAÇÕES ENTRE CATEGORIAS
71. ► Apresentação
► O que são derivativos
► Contabilidade de instrumentos financeiros
► Contabilização de derivativos e hedge
► Hedge accounting
► Divulgação e casos de hedge accounting
► Encerramento
71
As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128
72. • Instrumento financeiro ou outro contrato com todas as três
características:
• valor altera-se em resposta à alteração na taxa de juros
especificada, preço de instrumento financeiro, preço de
mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas,
avaliação ou índice de crédito, ou outra variável;
• não é necessário qualquer investimento líquido inicial ou
investimento líquido inicial que não seja significativo; e
• é liquidado em data futura.
72
DEFINIÇÃO DO IASB PARA DERIVATIVOS
74. 37.650.000 a
a 37.650.000
Captação Caixa e Bancos
Registre contabilmente a captação realizada pelo Banco Barreto, de US$
15.000.000 em 01/12/20X1, quando o dólar spot estava cotado a R$ 2,51.
74
EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO
75. 1.800.000 b
a 37.650.000 b 1.800.000
Caixa e Bancos Conta de Margem
Para proteger o passivo em dólares, o banco adquiriu 300 contratos de
DOL FUT, e teve que efetuar um depósito de margem de R$ 6.000 por
contrato. Contabilize a saída desse recurso de disponibilidades para a
conta de margem.
75
EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO
76. No fechamento do ano, em 31/12/20X1, contabilize a valorização do
passivo, com o dólar spot cotado a R$ 2,57.
37.650.000 a c 900.000
900.000 c
Captação Resultado com VC
76
EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO
77. Por fim, registre a valorização do contrato de DOL FUT em 31/12/20X1,
sabendo que o preço de ajuste na data era de R$ 2,568 enquanto o preço
de ajuste inicial foi de R$ 2,515.
VJ Ativo (Passivo) = (2,568 - 2,515) x 300 x 50.000 = 795.000,00
d 795.000 795.000 d
Mercado futuro - ajustes
diários - Ativo Resultado contratos futuros
77
EXEMPLO COM DÓLAR FUTURO
81. Em 01/01/20X0 a empresa W realizou uma operação de swap pré x CDI, com
duração de 3 anos e notional de R$ 100 milhões. Pelo contrato, ao final de
cada ano a empresa recebe um pagamento fixo baseado em uma taxa de
16,5% a.a. e paga CDI + 0,5% a.a., com reset no início de cada ano. Os
cálculos são feitos sobre o notional. Em 01/01/20X0 o CDI é de 16% a.a.
A tabela a seguir resume os resultados da operação, ao longo dos 3 anos:
Data CDI
Leg ativa
16,5% a.a.
Leg passiva
CDI + 0,5%
Diferencial
a receber
(pagar)
%
Diferencial
a receber
(pagar)
$ Valor justo
Variação
Valor Justo
01/01/2010 16,00% 16,50% 16,50% 0,000000% - - N/A
01/01/2011 16,10% 16,50% 16,60% -0,100000% 100.000- 160.321- 160.321-
01/01/2012 16,30% 16,50% 16,80% -0,300000% 300.000- 257.954- 97.633-
01/01/2013 17,10% 16,50% 17,60% -1,100000% 1.100.000- - 257.954
81
EXEMPLO DE SWAP COM RESET
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
82. a. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/20X1.
b. Reconheça o valor justo da operação.
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 160.321 b
b 160.321
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
100.000 a a 100.000 160.321 b
82
EXEMPLO DE SWAP COM RESET
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
83. c. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/20X2.
d. Reconheça o valor justo da operação.
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 160.321 b
300.000 c b 160.321
c 300.000
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 160.321 b
300.000 c b 160.321 97.633 d
c 300.000
d 97.633
83
EXEMPLO DE SWAP COM RESET
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
84. e. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/20X3.
f. Reconheça o valor justo da operação.
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a A 100.000 160.321 b
300.000 c b 160.321 97.633 d
1.100.000 e C 300.000
D 97.633
E 1.100.000
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 257.954 f f 257.954 160.321 b
300.000 c b 160.321 97.633 d
1.100.000 e c 300.000
d 97.633
1.500.000 e 1.100.000 - -
1.500.000
84
EXEMPLO DE SWAP COM RESET
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
89. ► Apresentação
► O que são derivativos
► Contabilidade de instrumentos financeiros
► Contabilização de derivativos e hedge
► Hedge accounting
► Divulgação e casos de hedge accounting
► Encerramento
89
As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128
90. Hedge Accoun]ng
Hedge
Também chamado de hedge
econômico, é uma estratégia
u]lizada para proteger a]vos,
passivos ou fluxos de caixa.
É um critério contábil opcional
que permite relacionar o
instrumento de hedge com o
item protegido, de forma que
as DFs reflitam de maneira
mais precisa o regime de
competência. Só é possível
quando existe uma estratégia
de hedge econômico.
90
HEDGE ACCOUNTING
92. Objeto de Hedge
Ø ou grupos das operações mencionadas acima (macro hedge)
Ø ou partes das operações mencionadas acima
Ativo Reconhecido
Passivo Reconhecido
Compromisso Firme
Investimento líquido no
exterior
Fluxo de Caixa previsto
92
OBJETO DE HEDGE
O objeto de hedge se refere ao item protegido, sobre o qual existe uma
exposição a risco. Nos instrumentos financeiros, os principais riscos protegidos
são: risco de taxa de juros, risco de variação em moeda estrangeira, risco de
crédito e risco de preço. Nos a&vos e passivos não financeiros, em geral
protege-se o risco total ou o risco de variação em moeda estrangeira (risco
cambial).
93. Não podem ser
Objeto de Hedge
93
• A&vos financeiros man&dos até o vencimento;
• Inves&mentos líquidos em a&vos e passivos
(exceto se forem exposições em inves&mentos
líquidos man&dos no exterior);
• Compromisso firme de aquisição de um negócio;
• A&vos, passivos ou fluxos de caixa com
contraparte que faça parte do mesmo grupo
econômico.
OBJETO DE HEDGE
94. Instrumento de
Hedge
Ø É um derivativo ou ativo ou passivo financeiro não derivativo em que se espera que o
valor justo ou fluxos de caixa compense as alterações no valor justo ou nos fluxos de
caixa de um objeto de hedge.
Ø Instrumento financeiro não derivativo só pode ser designado como instrumento de
hedge no caso de proteção de risco cambial.
Ø Operações entre empresas do grupo não podem ser usadas como instrumento de
proteção.
Swap de Taxa de Juros
Swap de Moeda
Opção Compradas
DI Futuro
Contas a Receber em EUR
(risco cambial)
Exemplos
94
INSTRUMENTO DE HEDGE
95. Hedge de valor
justo
Hedge de fluxo de
caixa
Hedge de
inves]mento
líquido no exterior
• Preços de ativos e passivos
• Ativos financeiros prefixados
• Ativos financeiros pós-fixados
• Fluxos de caixa previstos ou compromissos firmes
• Hedge de investimentos líquidos (Ativos – Passivos) em
entidades situadas em países estrangeiros.
95
CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING
96. Instrumento de Hedge
Valor Justo
Objeto de Hedge
Valor justo
com respeito ao risco
sendo mi]gado
Mudança de valor justo
impacta a DRE
• O risco sendo mitigado é a mudança no valor justo (Fair Value Hedge)
96
HEDGE DE VALOR JUSTO
Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa
97. Instrumento de Hedge
Valor Justo
Objeto de Hedge
Não muda base
de contabilização
Mudanças no
Valor justo
Patrimônio
Mudanças no
Valor justo
Resultado
parte
efe]va
parte
inefe]va
• O risco sendo mitigado é a potencial volatilidade dos fluxos de caixa
futuros (Cash Flow Hedge).
97
HEDGE DE FLUXO DE CAIXA
Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa
98. Instrumento de Hedge
Valor Justo
Objeto de Hedge
Não muda base
de contabilização
Mudanças no
Valor justo
Patrimônio
Mudanças no
Valor justo
Resultado
parte
efe]va
parte
inefe]va
Consolidação
98
HEDGE DE INVESTIMENTO LÍQUIDO NO EXTERIOR
99. Um derivativo designado como instrumento de cobertura é sempre
mensurado pelo valor justo
Um derivativo não designado como instrumento de cobertura é
sempre mensurado pelo valor justo
Um não-derivativo pode ser designado como instrumento de
hedge somente para cobertura de risco cambial
A parcela inefetiva de um instrumento de hedge de valor justo é
contabilizada no PL, sendo evidenciada na DRA (Demonstração
de Resultados Abrangentes)
( F )
( V )
( V )
( V )
99
ASSINALE “V” OU “F”
100. • Exposição deve no final impactar o resultado
• Transação prevista deve ser altamente provável
• O hedge deve se manter altamente efetivo
• Efetividade deve ser medida de forma confiável
• Relação de Hedge deve ser formalmente documentada
• Externalização dos riscos
100
REQUERIMENTOS PARA HEDGE ACCOUNTING
• Politica de hedge formalmente definida, incluindo o uso do
hedge accounting e suas implicações.
Fonte: Ronaldo Dias e Ivan Nacsa
101. ü identificação do instrumento de hedge;
ü identificação do objeto de hedge;
ü natureza do risco a ser coberto; e
ü forma como a entidade vai avaliar a
efetividade.
A documentação de hedge deve conter:
101
DOCUMENTAÇÃO DO HEDGE ACCOUNTING
102. Teste Prospectivo Desempenho Futuro
Teste Retrospectivo Desempenho Passado
102
A efe&vidade do hedge mede o grau em que a mudança no valor justo ou no fluxo
de caixa do item objeto de hedge atribuível ao risco protegido é compensada pela
mudança no valor justo ou no fluxo de caixa do instrumento de hedge.
A demonstração da efe&vidade do hedge é um dos grandes desafios no
enquadramento de uma operação dentro da metodologia de hedge accoun&ng.
O método selecionado para cálculo da efe&vidade deve ser documentado no
início da operação, e aplicado de maneira consistente no decorrer do seu prazo,
sendo que, para ser considerado eficiente, o hedge deve ter efe&vidade no
intervalo de 80% a 125%.
HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE
103. 103
Um hedge é considerado como sendo altamente efe]vo somente se ambas as
condições são a&ngidas:
- Na data de designação e subsequentemente, espera-se que o hedge seja
altamente efe]vo em compensar as variações no valor justo ou fluxo de caixa
atribuíveis ao risco protegido durante o período para o qual o hedge foi
designado. Tal expecta&va pode ser demonstrada de várias maneiras, incluindo
uma comparação de variações passadas no valor justo ou no fluxo de caixa do
objeto de hedge com as variações passadas no valor justo ou no fluxo de caixa do
instrumento de hedge, ou demonstrando uma alta correlação esta}s]ca entre o
valor justo ou fluxo de caixa do objeto de hedge e do instrumento de hedge;
- Os resultados reais do hedge estão dentro do intervalo de 80-125%.
A eficácia deve ser avaliada, no mínimo, no momento em que a en&dade prepara
as suas demonstrações financeiras anuais ou intercalares.
HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE
104. Efetividade =
Fair Value Objeto de Hedge
Fair Value Instrumento de Hedge
Efe]vo se
80% < Ef < 125%
104
Ra]o-Analysis (RA) ou Dollar offset method:
HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE
Alguns dos métodos u&lizados para a avaliação da efe&vidade de forma
prospec&va são: correlação, variabilidade reduzida e regressão. Na avaliação
retrospec&va normalmente é u&lizado o método RaQo-Analysis.
Esse método é bastante simples, e baseia-se na comparação entre as alterações
realizadas no valor justo do instrumento de hedge e as variações realizadas no
valor justo do objeto de hedge. Pode ser aplicado por períodos ou de forma
acumulada.
Fonte: Exemplos adaptados do livro Manual de Contabilidade e Tributação de Instrumentos Financeiros e Derivativos, de
Alexsandro B. Lopes. Fernando Galdi e Iran S. Lima., Editora Atlas.
105. 105
HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE
Correlação matemá]ca:
A correlação também é um critério u&lizado para testar a eficiência das estruturas de hedge.
O método consiste em correlacionar as variações no valor justo do item de hedge com o
instrumento de hedge.
O coeficiente de correlação é uma grandeza que varia de -1 a +1, valores estes que traduzem
a correlação perfeita entre a variação de uma variável em relação à variação de outra. A
correlação indica o grau de associação linear entre duas variáveis. A correlação será
mensurada com base nas alterações no valor justo do instrumento de hedge em relação ao
objeto de hedge. Correlações entre 0 e -1 demonstram uma relação inversamente
proporcional entre as variáveis enquanto que entre 0 e +1, uma relação diretamente
proporcional. Correlação igual a zero demonstram independência entre as variáveis.
Correlações que demonstrem forte associação histórica entre as variações no valor justo do
objeto e do instrumento de hedge são evidências de uma possível eficácia do hedge. Pode-
se dizer que há um indica&vo da eficácia do hedge quando esta correlação es&ver entre 0,8
e 1 ou entre -1 e -0,8.
106. 106
∑
∑
=
=
−
−= n
i
i
n
i
ii
y
yx
VR
1
2
1
2
)(
1
Esse método não considera que muitas vezes a relação 1:1 entre instrumento e
objeto de hedge não é a ideal. Portanto, deve ser u&lizado somente, quando
temos o mesmo volume de objeto e instrumento de hedge.
É calculado através da fórmula:
Onde:
n= tamanho da amostra;
xi = variação no valor justo do instrumento de hedge do
período i;
yi = variação no valor justo do objeto de hedge do período i.
Em uma operação de Hedge 1:1 perfeito teremos uma variação no valor justo do
objeto de hedge que anule variação no valor justo do instrumento de hedge,
fazendo com que seja igual a 0, e consequentemente, VR=1. Assim, devemos
considerar que há evidência de eficáfia do hedge, se VR≥0,8.
Variabilidade reduzida:
HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE
107. 107
Nesse método, primeiramente deve-se fazer a regressão linear entre o valor justo
do objeto de hedge (variável dependente) e o valor justo do instrumento de
hedge (variável independente). A regressão linear consiste em determinar a reta
do plano cartesiano que passa mais próxima dos pares formados pelos valores das
duas variáveis citadas anteriormente, e será ob&da através da seguinte fórmula:
Regressão:
HEDGE ACCOUNTING - EFETIVIDADE
ii xbaY ×+=
∑
∑
=
=
−
−×−
= n
i
i
n
i
ii
xx
yyxx
b
1
2
1
)(
)()(
xbya ×−=
ix
iy
x
y
= alterações no valor justo do objeto de hedge no instantei;
= alterações no valor justo do instrumento de hedge no instante i;
= médias das alterações no valor justo do objeto de hedge;
= médias das alterações no valor justo do instrumento de hedge.
Em seguida, deve-se calcular o coeficiente de determinação da regressão, dada por R2, através da fórmula:
Onde:
∑
∑
=
=
−
−
= n
i
i
n
i
i
yy
yY
R
1
2
1
2
2
)(
)(
Há evidências de efe&vidade prospec&va do hedge se, além de o coeficiente
angular da correlação (b) for nega&vo e próximo de –1, indicando que as variáveis
x e y são inversamente proporcionais, R2 for maior ou igual a 0,7, o que representa
uma correlação superior a 80% entre as duas variáveis (R2 = 64%).
112. ü o instrumento de hedge expirar ou for vendido, terminado ou exercido;
ü o hedge deixar de sa]sfazer os critérios para contabilidade de hedge;
ü a en]dade revogar a designação.
A estratégia de hedge accounting deverá ser descontinuada
prospectivamente se:
112
DESCONTINUAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE HEDGE ACCOUNTING
113. Classifique as transações seguintes em:
(a) derivativos ao valor justo pelo resultado;
(b) hedge de valor justo;
(c) hedge de fluxo de caixa; e
(d) hedge de investimento líquido no exterior.
(b) Contrato de swap no qual pago CDI e recebo uma taxa prefixada utilizado
para proteger uma dívida prefixada.
(c) Contrato de venda de dólar a termo para proteger uma venda projetada de
barris de petróleo no mercado externo.
(c) Contrato de venda de DI futuro para proteger uma aplicação financeira
indexada ao CDI.
(b) Opção de venda de ações PETR3 para proteger uma carteira de ações da
Petrobrás.
113
EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING
114. Classifique as transações seguintes em:
(a) derivativos ao valor justo pelo resultado;
(b) hedge de valor justo;
(c) hedge de fluxo de caixa; e
(d) hedge de investimento líquido no exterior.
(c) Proteção de um Contas a Receber em dólar com a venda de dólares a termo.
(d) Hedge do patrimônio líquido de uma controlada situada em Cayman
(b) Contrato de venda futura de café para proteção do estoque.
(c) Swap de moeda contratado para proteger uma dívida que será emitida no
próximo mês.
114
EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING
115. ► Apresentação
► O que são derivativos
► Contabilidade de instrumentos financeiros
► Contabilização de derivativos e hedge
► Hedge accounting
► Divulgação e casos de hedge accounting
► Encerramento
115
As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128
116. apresentar a relevância dos instrumentos financeiros para a
empresa, as estratégias e gestão de riscos u&lizadas, bem como os
impactos financeiros relacionados as posições em risco man&das na
carteira.
Obje]vo
Abordagem
CPC 40
SIGNIFICÂNCIA DOS
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
Balanço Patrimonial
DRE
Outras divulgações
NATUREZA E
EXTENÇÃO DOS
RISCOS
Informações
qualita&vas
Informações
quan&ta&vas
Fonte: Thiago Escrivão, 2011
DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7
117. AtivosFinanceiros
valor justo através do resultado
mantidos até o vencimento
Intenção de geração de
resultado no curto prazo,
derivativos ou Fair Value Option
Intenção e capacidade
financeira de manter até o
vencimento
Inexistência de mercado ativo
Não se enquadrar em nenhuma
das categorias
Empréstimos e recebíveis
PassivosFinanceiros
Fair Value Option
Demais passivos cobertos no
escopo do IAS 39
Valor justo através do resultado
Mensurados pelo custo amortizado
disponível para venda
Fonte: Thiago Escrivão, 2011
DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7
120. • Identificação da exposição ao risco
• Estrutura organizacional
• Estratégias, objetivos, políticas e processos
• Metodologias de mensuração
Informações
qualita]vas
Geral
• Sumarização das exposições ao risco
• Concentração ao risco
Risco de Crédito
• Valor da exposição e qualidade do crédito
• Garantias
• Ativos vencidos (valor e prazo)
Risco de Liquidez
• Fluxo de vencimento do passivo
Informaçõesquan]ta]vas
Risco de Mercado
• VaR (Value at Risk)
• Análise de sensibilidade
Fonte: Thiago Escrivão, 2011
DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7
121. 121
A entidade deve divulgar separadamente os itens a seguir para cada tipo de hedge
descrito no Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração (isto é, hedge de valor justo, hedge de fluxo de
caixa e hedge de investimento realizado no exterior):
(a) descrição de cada tipo de hedge;
(a) descrição dos instrumentos 4inanceiros designados como instrumentos de
hedge e seus valores justos na data das demonstrações contábeis; e
(a) a natureza dos riscos que estão sendo objeto do hedge.
DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7
122. 122
Para hedges de fluxo de caixa, a entidade deve divulgar:
• os períodos em que se espera que o 4luxo de caixa irá ocorrer e quando
espera-se que eles afetarão o resultado;
• uma descrição de qualquer operação prevista em que foi utilizada a
contabilidade de hedge, mas que já não se espera que ocorra;
• o montante que tenha sido reconhecido em outros resultados abrangentes
durante o período;
• a quantia que tenha sido reclassi:icada do patrimônio líquido para o
resultado do período, mostrando o montante incluído em cada item da
demonstração do resultado abrangente; e
• o montante que tenha sido removido do patrimônio líquido durante o
período e incluído no custo inicial ou outro valor contábil de ativo não
:inanceiro ou passivo não :inanceiro cuja aquisição ou incorrência tenha
sido um hedge de operação prevista e altamente provável.
DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7
123. 123
A entidade deve divulgar separadamente:
a. em hedges de valor justo, ganhos ou perdas:
i. sobre o instrumento de hedge; e
ii. sobre o objeto de hedge atribuído ao risco coberto;
b. a ine:icácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de
:luxo de caixa; e
c. a ine:icácia do hedge reconhecida no resultado que decorre de hedges de
investimentos líquidos em operações no exterior.
DIVULGAÇÃO OBRIGATÓRIA CPC 40 / IFRS 7
124. divulgação de informações quan&ta&vas e qualita&vas dos
instrumentos financeiros, segregados por instrumentos
especula&vos e hedges. Obje]vo
Abordagem
Análise de sensibilidade
• Evidenciar o efeito da análise por fator de risco de mercado
• Descrever as metodologias e premissas u&lizadas nos cenários
(três)
Operações de hedge
• Apresentar o objeto de hedge e o instrumento financeiro
derivativo utilizado
• Mostrar a efe&vidade do hedge na análise de sensibilidade
Fonte: Thiago Escrivão, 2011
INSTRUÇÃO CVM 475 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
126. ► Apresentação
► O que são derivativos
► Contabilidade de instrumentos financeiros
► Contabilização de derivativos e hedge
► Hedge accounting
► Divulgação e casos de hedge accounting
► Encerramento
126
As respostas dos principais exercícios se encontram no final do material, a partir do slide 128
127. Professor Eric Barreto
eric.barreto@m2msaber.com.br
ESPERAMOS ENCONTRÁ-LOS EM BREVE
(11) 4302-5926
www.m2msaber.com.br
Av. Brig. Faria Lima, 1685, 4º andar
Direitos autorais: Os autores permitem a u&lização total ou parcial deste material, desde que a fonte seja citada conforme abaixo:
BARRETO, Eric; ALMEIDA, Diana. Contabilização de deriva&vos e accoun&ng. Disponível em: m2msaber.com.br, 2015.
130. 37.650.000 a
a 37.650.000
Captação Caixa e Bancos
Registre contabilmente a captação realizada pelo Banco Barreto, de US$
15.000.000 em 01/12/2006, quando o dólar spot estava cotado a R$ 2,51.
130
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR
131. 1.800.000 b
a 37.650.000 b 1.800.000
Caixa e Bancos Conta de Margem
Para proteger o passivo em dólares, o banco adquiriu 300 contratos de
DOL FUT, e teve que efetuar um depósito de margem de R$ 6.000 por
contrato. Contabilize a saída desse recurso de disponibilidades para a
conta de margem.
131
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR
132. No fechamento do ano, em 31/12/2006, contabilize a valorização do
passivo, com o dólar spot cotado a R$ 2,57.
37.650.000 a c 900.000
900.000 c
Captação Resultado com VC
132
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR
133. Por fim, registre a valorização do contrato de DOL FUT em 31/12/2006,
sabendo que o preço de ajuste na data era de R$ 2,568 enquanto o preço
de ajuste inicial foi de R$ 2,515.
VJ Ativo (Passivo) = (2,568 - 2,515) x 300 x 50.000 = 795.000,00
d 795.000 795.000 d
Mercado futuro - ajustes
diários - Ativo Resultado contratos futuros
133
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – FUTURO DÓLAR
134. Em 01/01/2010 a empresa W realizou uma operação de swap pré x CDI, com
duração de 3 anos e notional de R$ 100 milhões. Pelo contrato, ao final de
cada ano a empresa recebe um pagamento fixo baseado em uma taxa de
16,5% a.a. e paga CDI + 0,5% a.a., com reset no início de cada ano. Os
cálculos são feitos sobre o notional. Em 01/01/2010 o CDI é de 16% a.a.
A tabela a seguir resume os resultados da operação, ao longo dos 3 anos:
Data CDI
Leg ativa
16,5% a.a.
Leg passiva
CDI + 0,5%
Diferencial
a receber
(pagar)
%
Diferencial
a receber
(pagar)
$ Valor justo
Variação
Valor Justo
01/01/2010 16,00% 16,50% 16,50% 0,000000% - - N/A
01/01/2011 16,10% 16,50% 16,60% -0,100000% 100.000- 160.321- 160.321-
01/01/2012 16,30% 16,50% 16,80% -0,300000% 300.000- 257.954- 97.633-
01/01/2013 17,10% 16,50% 17,60% -1,100000% 1.100.000- - 257.954
134
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET
135. a. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/2011.
b. Reconheça o valor justo da operação.
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 160.321 b
b 160.321
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
100.000 a a 100.000 160.321 b
135
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET
136. c. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/2012.
d. Reconheça o valor justo da operação.
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 160.321 b
300.000 c b 160.321
c 300.000
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 160.321 b
300.000 c b 160.321 97.633 d
c 300.000
d 97.633
136
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET
137. e. Registre contabilmente o diferencial recebido/pago em 01/01/2013.
f. Reconheça o valor justo da operação.
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a A 100.000 160.321 b
300.000 c b 160.321 97.633 d
1.100.000 e C 300.000
D 97.633
E 1.100.000
Disponibilidades
Despesas em
operações com
derivativos
Swap
(diferencial a
pagar)
100.000 a a 100.000 257.954 f f 257.954 160.321 b
300.000 c b 160.321 97.633 d
1.100.000 e c 300.000
d 97.633
1.500.000 e 1.100.000 - -
1.500.000
137
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – SWAP RESET
138. Um derivativo designado como instrumento de cobertura é sempre
mensurado pelo valor justo
Um derivativo não designado como instrumento de cobertura é
sempre mensurado pelo valor justo
Um não-derivativo pode ser designado como instrumento de
hedge somente para cobertura de risco cambial
A parcela inefetiva de um instrumento de hedge de valor justo é
contabilizada no PL, sendo evidenciada na DRA (Demonstração
de Resultados Abrangentes)
( F )
( V )
( V )
( V )
138
RESPOSTAS DE ATIVIDADES DO CURSO – V OU F
139. Classifique as transações seguintes em:
(a) derivativos ao valor justo pelo resultado;
(b) hedge de valor justo;
(c) hedge de fluxo de caixa; e
(d) hedge de investimento líquido no exterior.
(b) Contrato de swap no qual pago CDI e recebo uma taxa prefixada utilizado
para proteger uma dívida prefixada.
(c) Contrato de venda de dólar a termo para proteger uma venda projetada de
barris de petróleo no mercado externo.
(c) Contrato de venda de DI futuro para proteger uma aplicação financeira
indexada ao CDI.
(b) Opção de venda de ações PETR3 para proteger uma carteira de ações da
Petrobrás.
139
EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING
140. Classifique as transações seguintes em:
(a) derivativos ao valor justo pelo resultado;
(b) hedge de valor justo;
(c) hedge de fluxo de caixa; e
(d) hedge de investimento líquido no exterior.
(c) Proteção de um Contas a Receber em dólar com a venda de dólares a termo.
(d) Hedge do patrimônio líquido de uma controlada situada em Cayman
(b) Contrato de venda futura de café para proteção do estoque.
(c) Swap de moeda contratado para proteger uma dívida que será emitida no
próximo mês.
140
EXERCÍCIO - CATEGORIAS DE HEDGE ACCOUNTING