O documento discute a importância do planejamento estratégico para o sucesso das organizações, destacando que requer paixão pela excelência, habilidade com pessoas, constância de propósitos e um consultor experiente. Também ressalta que a cultura latino-americana tende a querer resultados imediatos ao invés de planejamento de longo prazo e que a maioria das PMEs ainda vê o planejamento estratégico como um mito.
1. Planejamento (e gestão)
Estratégico
Por Federico Amory (*)
Implantar um planejamento e gestão
estratégica numa organização não é
uma tarefa fácil, no mínimo exige:
1) paixão pela excelência na gestão,
2) habilidade com pessoas,
3) constância de propósitos e
determinação e
4) um consultor (ou facilitador interno)
experiente.
Na minha opinião, são estes os quatro pilares que sustentam a implantação do processo
estratégico. As grandes empresas líderes, hoje em dia, já foram pequenas, e foram estes os
pilares que sustentaram seu crescimento em seu ciclo de vida.
Existe um erro primário em nossa cultura latino-americana, típica da Administração tipo
bombeiro (apaga incêndios) que é querer resultados imediatos – pois nunca se tem “tempo”
para preparar um planejamento. Nos países de primeiro mundo, as empresas determinam como
mínimo dois anos somente para preparar e planejar qualquer mudança / melhoria. Depois a
implantação mesmo é rápida – é por isso que Albert Einstein disse “Se tivesse uma hora para
salvar o planeta, usaria 59 minutos para definir o problema e 1 para resolvê-lo”, logo em
seguida vem o processo de melhoria continua, atualização e adequação às permanentes
mudanças (internas e externas) que acontecem a todo instante.
Na maioria das pequenas e medianas empresas o Planejamento estratégico é ainda um mito a
ser desvendado. Algumas organizações tem investido em sua elaboração e até conseguido
alguns resultados, porém a maioria não tem a constância de propósitos, principalmente por
falta de conhecimentos e de recursos – torna-se um tanto que “caro” sua implantação. Por
outro lado, as dificuldades na empresa para sua implantação e implementação, são muitas,
variadas e complexas, dada a sua cultura geralmente imediatista e nível no desenvolvimento da
cultura organizacional e da excelência na gestão do negócio. É principalmente por isso que
algumas acabam desistindo de utilizar esta poderosa ferramenta de gestão, gerando até
frustrações e desânimo. O processo estratégico nas empresas desenvolve-se com o tempo e
para este passar a fazer parte da cultura da organização, é preciso adotar estratégias coerentes
e alinhadas com os recursos existentes, com as habilidades de seus gestores , com as ações de
seus diferentes tipos de concorrentes, com as exigências dos clientes e do mercado atendido,
com as tendências tecnológicas e as condições ambientais em geral. Mas precisa também do
aprimoramento das potencialidades de todas as pessoas que fazem parte da organização,
sendo esta a principal barreira que impede a sua implantação – as mudanças de paradigmas.
Estas mudanças não acontecem pela força e sim através de novos conhecimentos. O consultor
deve fazer um planejamento estratégico para promover, realizar e elevar o nivel de
conhecimentos dos membros da organização, iniciando pelas pessoas que tomam (ou deixam
de tomar) decisões na organização – este trabalho exige tempo.
Não deveria se esperar que a situação ficasse crítica para somente então realizar melhorias (ou
mudanças) no desempenho da organização, como acontece na maioria das empresas do nosso
continente. Lamentavelmente este é o principal motivo pelo qual aproximadamente 60% das
empresas criadas fecham suas portas antes de completar os primeiros cinco anos de vida,
2. segundo pesquisa realizada pelo Sebrae. Isto significa em média a perda de 285.000 empregos
por ano.
Na revista da Universidade Federal de Santa Maria - RS, Emerson e Gilberto falam: “uma
organização que não tiver uma estratégia definida acabará fazendo parte da estratégia de
outrem. Pode parecer catastrófica esse tipo de constatação, mas é a pura e simples
realidade. Convém salientar, entretanto que a simples elaboração de um plano estratégico não
fará nenhum milagre, não trará benefício algum para a organização. Não
adianta desenvolver um trabalho esteticamente perfeito, elaborado com a assessoria dos
melhores consultores do mercado para servir como mero adorno na estante da empresa. Para
alcançar o efeito desejado, o planejamento estratégico necessita do apoio
e comprometimento de todo o corpo funcional da empresa por ocasião da
implementação”
Robert Kaplan, professor da Harvard Business School e criador, ao lado David Norton, do
consagrado Balanced Scorecard - BSC, ferramenta estratégica imprescindível, para uma gestão
(implantação) do planejamento estratégico eficaz dentro das empresas. Kaplan alerta para o
fato de que apenas 54% das empresas têm um processo formal de execução de estratégia.
"Acredito, porém, que esse número seja ainda menor do que este, revelado em pesquisa da
BSCol", disse o professor - isto em EUA, imagine aqui?. Dissem os mestres da gestão que
América latina, incluindo o Brasil, está em média 10 anos atrasado, se comparados com os
países de primeiro mundo. Segundo ele, é necessário, antes de tudo, a elaboração de um mapa
estratégico.
O planejamento estratégico não deve ser visto como uma ferramenta de gestão que por si só
vá resolver os problemas da organização, ou então que possa garantir a identificação da melhor
estratégia possível, naquele momento, e sim, como uma ferramenta que orienta melhor à
direção no norte que deve seguir, de acordo com as condições e recursos dominantes daquele
momento, pois é o resultado do análise de todas as variáveis possíveis, com a participação de
todos os envolvidos . Além de ser apenas a primeira etapa do PDCL (no processo de melhoria
continua de toda organização). É bom lembrar de que este deve ser totalmente flexível e se
adequar às permanentes mudanças (externas e internas) que a todo instante acontecem. Por
outro lado, depois do planejamento vem a implantação, onde a grande maioria das empresas
falham (por diversos motivos), mas isto não invalida em nada a importância do planejamento
estratégico. A Execução do Planejamento Estratégico tem a ver com a Gestão Estratégica, que
é outra fase no processo de desenvolvimento da excelência na gestão do negócio. Veja alguns
benefícios:
Maior conhecimento e aproveitamento dos recursos internos e externos, redundando em
diminuição de custos;
Orienta no melhor posicionamento estratégico que a empresa deve trabalhar, ajuda a
identificar o foco;
Ajuda a identificar as potencialidades existentes e carentes na organização;
Possibilita reflexões e análises sobre possíveis acontecimentos futuros;
3. Propicia condições para a empresa conhecer melhor seu ambiente de atuação – onde
estamos?, qual o ambiente?, onde podemos chegar?;
Melhor adequação e aproveitamento das tendências e possíveis mudanças;
Permite uma melhor interação e comunicação com os clientes e o mercado em geral;
Ajuda a desenvolver habilidades gerenciais como: visão estratégica, adequação,
flexibilidade, inovação, criatividade; de acordo com as necessidades dos envolvidos, etc.
Érico da Gama Torres diretor da área de QMSS (Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança)
Corporativa, da Construtora Andrade Gutierrez S/A. diz:
“Reconhecida como de extrema importância em um mundo de mudanças constantes, a
formulação de estratégias não é um processo fácil. Pelo contrário, ele é considerado confuso,
sem regras nítidas que o orientem. É um espaço complexo, envolvendo aspectos mentais,
sociais, demandas do ambiente de negócios, liderança, forças internas das organizações,
formas de implementação e de aprendizado e outros; todos extremamente importantes para o
desempenho empresarial. As estratégias poucas vezes são puramente deliberadas e, para
serem bem-sucedidas, devem associar controle e aprendizado”.
Se o mundo e o mercado mudam muito rápido, é papel da estratégia promover uma mudança
de direção compatível, com a mesma velocidade ou até se anticipar, mantendo o diferencial da
organização. O fator tempo, joga um importantíssimo papel, tanto na criação, como na
permanente adequação as mudanças existentes.
O planejamento não é o desenho dos desejos de uma empresa, mas sim a organização de
aspirações viáveis. Não é um programa ou processo da moda que se possa implantar na
organização, como alguns podem acreditar, mas sim uma etapa importantíssima a ser
vivenciada na busca pela excelência na gestão do negócio. Ele só passa ser real quando muda
ou eleva a visão do negócio e a cultura geral de seus criadores. O principal benefício que se
apresenta é eliminar de vez a famosa “administração tipo bombeiro ou apaga incêndio”, assim
como o comodismo, a inércia e o imediatismo que muitas vezes acaba “afogando” o
empresário. É preciso aprender a diferenciar o que é urgente do que é importante, a
desenvolver uma atitude pró-ativa e uma visão mais a longo prazo; são aspectos
comportamentais que no final exercem uma influência considerável, a final, tudo começa e
termina em pessoas.
Nossa empresa vem desenvolvendo e aprimorando, ao longo dos anos – desde 1987, uma
metodologia, tanto para criação, manutenção, implementação e aprimoramento da estratégia
nas pequenas empresas. As principais virtudes desta metodologia estão sustentadas na sua
flexibilidade, praticidade, simplicidade e retorno do investimento no curto prazo. A partir da
identificação e definição dos principais problemas e dos objetivos a curtíssimo, mediano e longo
prazo; são definidas diferentes etapas, considerando o estágio atual de maturidade, a visão do
empresário ou líder principal, as variáveis externas e a nossa experiência prática em mais de
cem empresas atendidas. Cada etapa é explodida em um mapa estratégico, onde são definidas
as principais dificuldades a serem enfrentadas, os recursos necessários, o tempo estimado e os
benefícios recorrentes. Se você está procurando formas para salvar sua empresa, ou
simplesmente deseja investir em melhoria da qualidade e melhores níveis de rentabilidade, este
é o caminho mais seguro e garantido – cuidado com outras sugestões, pois não existem
fórmulas mágicas ou atalhos!!
Nós temos o conhecimento e a experiência necessária para implantar a cultura do Planejamento
estratégico em sua empresa. Solicite uma proposta pelo telefone ou pelo Fale conosco, sem
compromisso, com certeza, vamos criar uma, de acordo com sua realidade.
4. (*) Federico Amory
Consultor e diretor de Amory Management Consulting
http://www.amory.com.br – Mail to: qex@amory.com.br