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Teresina-Pi
Faculdade Maurício de Nassau
Enfermagem- 7º Período
Profª: Suziane Lemos
Aline Nayra
Ana Carla
Camila Beatrice
Elanny Santos
Fernanda Sávia
Flaviana Mutran
Joana Carolina
Kamyla Sávia
Laíz Alves
Lídia Viana
Componentes:
1.Introdução
 O tracoma continua a ser uma das doenças de maior disseminação no mundo.
A Organização Mundial de Saúde estima a existência de 150 milhões de
pessoas com tracoma no mundo, e dos quais aproximadamente 6 milhões são
cegos.
 O tracoma é reconhecido milenarmente como uma importante causa de
cegueira. Referências a sua ocorrência foram encontradas desde os primeiros
registros humanos, em diferentes civilizações e momentos históricos tais como
na China( século XXVII A.C.), Suméria( século XXI A.C.), Egito( século XIX
A.C.), Grécia( século V A.C.) e Roma(século I A.C.)
 Relata-se que teria sido introduzido no Brasil a partir do século XVIII, no
Nordeste com a deportação dos ciganos que haviam sido expulsos de Portugal
e se estabelecido nas províncias do Ceará e Maranhão, constituindo-se então
nos primeiros “focos” de tracoma no país
2.Desenvolvimento
2.1 O que é o Tracoma?
 Tracoma é uma doença oftalmológica infecciosa,
de etiologia bacteriana, altamente contagiosa, que
compromete a córnea e a conjuntiva, podendo levar à
cegueira.
2.2 Aspectos Epidemiológicos
2.2.3 Agente Etiológico
 O agente etiológico do tracoma é uma bactéria Gram negativa, a
Chlamidia trachomatis, um microorganismo( aproximadamente 200 a
300 milimicra), e um dos menores seres vivos conhecidos, de vida
obrigatoriamente intracelular, com tropismo pelas células epiteliais,
onde se instala e se multiplica, formando inclusões citoplasmáticas.
 A mesma Chlamidia trachomatis, é também responsável por outro tipo
de infecção da conjuntiva, a conjuntivite de inclusão, por quadros de
infecções respiratórias infantis e por outras doenças sexualmente
transmissíveis como: uretrites, vulvovaginites, cervicites e pelo
linfogranuloma venéreo.
2.2 Aspectos Epidemiológicos
2.2.3 Agente Etiológico
 A C. trachomatis tem vários sorotipos: os de A a K são
causadores do tracoma, da conjuntivite de inclusão e das
uretrites e cervicites sexualmente transmissíveis.
 A Chlamidia trachomatis possui 20 sorotipos diferentes já
identificados. Os sorotipos L1,L2e L3 são responsáveis pela
síndrome do linfogranuloma venéreo;os de D a K estão
ligados a outras manifestações sexualmente transmitidas,
sendo que os sorotipos D, E e F são os mais frequentes.
2.2 Aspectos Epidemiológicos
2.2.4 Fonte de Infecção e Reservatório
 A única fonte de infecção é o homem com infecção ativa na
conjuntiva ou outras mucosas.
 Crianças com até 10 anos de idade, com infecção ativa é o
principal reservatório do agente etiológico nas populações
onde o tracoma é endêmico, podendo portar a Clamídia
não apenas na conjuntiva, mas também nos tratos
respiratório e gastrointestinal.
 Não há reservatório do tracoma em animal.
 A Clamídia sobrevive pouco tempo em ambiente externo,
fora do hospedeiro humano.
2.2 Aspectos Epidemiológicos
2.2.5 Modo de Transmissão
 A principal forma de transmissão é a direta de
olho a olho, ou indireta, através de objetos
contaminados( toalhas, lenços, fronhas etc.)
 Alguns insetos como a mosca doméstica(Musca
domestica) e/ou a lambe olhos (Hippelates sp.),
podendo atuar como vetores mecânicos.
 A transmissão só é possível quando existirem as
lesões ativas, sendo maior no início da doença, e
quando existirem infecções bacterianas
associadas.
2.2 Aspectos Epidemiológicos
2.2.6 Período de Incubação e Suscetibilidade
 O período de incubação é de 5 a 12 dias.
 Todos os indivíduos sã suscetíveis a doença,
sendo as crianças as mais sensíveis, inclusive
às reinfecções.
 No tracoma observam-se reinfecções
sucessivas da conjuntiva pelo agente
etiológico, pois o indivíduo vive em um meio
onde a doença endêmica, o que favorece a
possibilidade de contínua reinfecção da
conjuntiva.
2.3 Aspectos Clínicos
2.3.1 Manifestação da Doença
 Predominância de
inflamação folicular,
Tracoma folicular- (TF)
 Predominância de
infiltração e
Espessamento difuso da
Conjuntiva, Tracoma
Intenso- (TI)
 Cicatrização
tracomatosa da
Conjuntiva tarsal
Superior- (TS)
 Triquíase Tracomatosa-
2.3 Aspectos Clínicos
2.3.2 Quadro Clínico
 Nas formas clínicas inflamatórias do tracoma( Tracoma
Inflamatório Folicular-TF e Tracoma Inflamatório
Intenso-TI).
 Os sintomas mais comuns são: lacrimejamento,
sensação de corpo estranho no olho, discreta fotofobia(
sensibilidade à luz),prurido e sinais de secreção
purulenta, em pequena quantidade.
 Porém uma proporção de casos de tracoma é
assintomático.
 Nas formas clínica sequelares, especialmente a
Triquíase Tracomatosa-TT e Opacificação Corneana-
CO
 Os sintomas mais comuns são: dor causada pelo atrito
do cílio no globo ocular, fotofobia intensa, olho seco e
2.3 Aspectos Clínicos
2.3.3 Diagnóstico
 O diagnóstico do tracoma é essencialmente
clínico, e geralmente é feito através do exame
oftalmológico externo, utilizando lupa
binocular de 2,5 vezes de aumento.
 No tracoma a inflamação produz
espessamento e opacificação difusa da
conjuntiva na inflamação tracomatosa: os
folículos e a infiltração difusa, que podem
ocorrer simultaneamente .
 Para fins da classificação diagnóstica define-
se graus de inflamação tracomatosa da
conjuntiva:
2.3 Aspectos Clínicos
2.3.4 Diagnóstico Laboratorial
 É utilizado para constatação da circulação do
agente etiológico (Chlamydia trachomatis) no
ambiente e consiste na coleta de raspado
conjuntival da pálpebra superior do olho e
fixação em lâmina específica.
 A técnica mais utilizada, pela facilidade de
recursos, é a Imunofluorescência Direta para
Chlamydia trachomatis.
2.3 Aspectos Clínicos
2.3.5 Prognóstico
 As reinfecções sucessivas da conjuntiva pela
Chlamydia trachomatis, associadas a outras
conjuntivites bacterianas, podem levar a
quadros de tracoma inflamatório intenso.
 Os casos de TI apresentam maior risco de
desenvolverem cicatrizes conjuntivais (TS).
 Os indivíduos com TS tem maior probabilidade
de desenvolverem entrópio, triquíase,
opacificação de córnea e consequentemente
cegueira.
2.4 Tratamento
 Condutas recomendadas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e utilizadas no
Brasil:
 Tetraciclina a 1%- pomada oftálmica usada
duas vezes ao dia durante seis semanas;
 Sulfa- colírio usado quatro vezes ao dia
durante seis semanas que substitui a falta de
tetraciclina ou por hipersensibilidade à mesma
2.4 Tratamento
 Tratamento sistêmico: tratamento seletivo com
antibiótico sistêmico via oral: indicado para
pacientes com Tracoma Intenso (TI) ou casos
de (TF) ou (TI) que não respondam bem ao
medicamento tópico.
 Deve ser usado com critério e
acompanhamento médico devido as possíveis
reações adversas.
 Eritromicina- 250 mg quatro vezes ao dia
durante três semanas (50mg/kg de peso ao
dia)
 Tetraciclina- 250 mg quatro vezes ao dia
durante três semanas (somente para maiores
de dez anos)
 Doxaciclina- 100mg/dia duas vezes ao dia
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Tracoma

  • 1. Teresina-Pi Faculdade Maurício de Nassau Enfermagem- 7º Período Profª: Suziane Lemos
  • 2. Aline Nayra Ana Carla Camila Beatrice Elanny Santos Fernanda Sávia Flaviana Mutran Joana Carolina Kamyla Sávia Laíz Alves Lídia Viana Componentes:
  • 3. 1.Introdução  O tracoma continua a ser uma das doenças de maior disseminação no mundo. A Organização Mundial de Saúde estima a existência de 150 milhões de pessoas com tracoma no mundo, e dos quais aproximadamente 6 milhões são cegos.  O tracoma é reconhecido milenarmente como uma importante causa de cegueira. Referências a sua ocorrência foram encontradas desde os primeiros registros humanos, em diferentes civilizações e momentos históricos tais como na China( século XXVII A.C.), Suméria( século XXI A.C.), Egito( século XIX A.C.), Grécia( século V A.C.) e Roma(século I A.C.)  Relata-se que teria sido introduzido no Brasil a partir do século XVIII, no Nordeste com a deportação dos ciganos que haviam sido expulsos de Portugal e se estabelecido nas províncias do Ceará e Maranhão, constituindo-se então nos primeiros “focos” de tracoma no país
  • 4. 2.Desenvolvimento 2.1 O que é o Tracoma?  Tracoma é uma doença oftalmológica infecciosa, de etiologia bacteriana, altamente contagiosa, que compromete a córnea e a conjuntiva, podendo levar à cegueira.
  • 5. 2.2 Aspectos Epidemiológicos 2.2.3 Agente Etiológico  O agente etiológico do tracoma é uma bactéria Gram negativa, a Chlamidia trachomatis, um microorganismo( aproximadamente 200 a 300 milimicra), e um dos menores seres vivos conhecidos, de vida obrigatoriamente intracelular, com tropismo pelas células epiteliais, onde se instala e se multiplica, formando inclusões citoplasmáticas.  A mesma Chlamidia trachomatis, é também responsável por outro tipo de infecção da conjuntiva, a conjuntivite de inclusão, por quadros de infecções respiratórias infantis e por outras doenças sexualmente transmissíveis como: uretrites, vulvovaginites, cervicites e pelo linfogranuloma venéreo.
  • 6. 2.2 Aspectos Epidemiológicos 2.2.3 Agente Etiológico  A C. trachomatis tem vários sorotipos: os de A a K são causadores do tracoma, da conjuntivite de inclusão e das uretrites e cervicites sexualmente transmissíveis.  A Chlamidia trachomatis possui 20 sorotipos diferentes já identificados. Os sorotipos L1,L2e L3 são responsáveis pela síndrome do linfogranuloma venéreo;os de D a K estão ligados a outras manifestações sexualmente transmitidas, sendo que os sorotipos D, E e F são os mais frequentes.
  • 7. 2.2 Aspectos Epidemiológicos 2.2.4 Fonte de Infecção e Reservatório  A única fonte de infecção é o homem com infecção ativa na conjuntiva ou outras mucosas.  Crianças com até 10 anos de idade, com infecção ativa é o principal reservatório do agente etiológico nas populações onde o tracoma é endêmico, podendo portar a Clamídia não apenas na conjuntiva, mas também nos tratos respiratório e gastrointestinal.  Não há reservatório do tracoma em animal.  A Clamídia sobrevive pouco tempo em ambiente externo, fora do hospedeiro humano.
  • 8. 2.2 Aspectos Epidemiológicos 2.2.5 Modo de Transmissão  A principal forma de transmissão é a direta de olho a olho, ou indireta, através de objetos contaminados( toalhas, lenços, fronhas etc.)  Alguns insetos como a mosca doméstica(Musca domestica) e/ou a lambe olhos (Hippelates sp.), podendo atuar como vetores mecânicos.  A transmissão só é possível quando existirem as lesões ativas, sendo maior no início da doença, e quando existirem infecções bacterianas associadas.
  • 9. 2.2 Aspectos Epidemiológicos 2.2.6 Período de Incubação e Suscetibilidade  O período de incubação é de 5 a 12 dias.  Todos os indivíduos sã suscetíveis a doença, sendo as crianças as mais sensíveis, inclusive às reinfecções.  No tracoma observam-se reinfecções sucessivas da conjuntiva pelo agente etiológico, pois o indivíduo vive em um meio onde a doença endêmica, o que favorece a possibilidade de contínua reinfecção da conjuntiva.
  • 10. 2.3 Aspectos Clínicos 2.3.1 Manifestação da Doença  Predominância de inflamação folicular, Tracoma folicular- (TF)  Predominância de infiltração e Espessamento difuso da Conjuntiva, Tracoma Intenso- (TI)  Cicatrização tracomatosa da Conjuntiva tarsal Superior- (TS)  Triquíase Tracomatosa-
  • 11. 2.3 Aspectos Clínicos 2.3.2 Quadro Clínico  Nas formas clínicas inflamatórias do tracoma( Tracoma Inflamatório Folicular-TF e Tracoma Inflamatório Intenso-TI).  Os sintomas mais comuns são: lacrimejamento, sensação de corpo estranho no olho, discreta fotofobia( sensibilidade à luz),prurido e sinais de secreção purulenta, em pequena quantidade.  Porém uma proporção de casos de tracoma é assintomático.  Nas formas clínica sequelares, especialmente a Triquíase Tracomatosa-TT e Opacificação Corneana- CO  Os sintomas mais comuns são: dor causada pelo atrito do cílio no globo ocular, fotofobia intensa, olho seco e
  • 12. 2.3 Aspectos Clínicos 2.3.3 Diagnóstico  O diagnóstico do tracoma é essencialmente clínico, e geralmente é feito através do exame oftalmológico externo, utilizando lupa binocular de 2,5 vezes de aumento.  No tracoma a inflamação produz espessamento e opacificação difusa da conjuntiva na inflamação tracomatosa: os folículos e a infiltração difusa, que podem ocorrer simultaneamente .  Para fins da classificação diagnóstica define- se graus de inflamação tracomatosa da conjuntiva:
  • 13. 2.3 Aspectos Clínicos 2.3.4 Diagnóstico Laboratorial  É utilizado para constatação da circulação do agente etiológico (Chlamydia trachomatis) no ambiente e consiste na coleta de raspado conjuntival da pálpebra superior do olho e fixação em lâmina específica.  A técnica mais utilizada, pela facilidade de recursos, é a Imunofluorescência Direta para Chlamydia trachomatis.
  • 14. 2.3 Aspectos Clínicos 2.3.5 Prognóstico  As reinfecções sucessivas da conjuntiva pela Chlamydia trachomatis, associadas a outras conjuntivites bacterianas, podem levar a quadros de tracoma inflamatório intenso.  Os casos de TI apresentam maior risco de desenvolverem cicatrizes conjuntivais (TS).  Os indivíduos com TS tem maior probabilidade de desenvolverem entrópio, triquíase, opacificação de córnea e consequentemente cegueira.
  • 15. 2.4 Tratamento  Condutas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e utilizadas no Brasil:  Tetraciclina a 1%- pomada oftálmica usada duas vezes ao dia durante seis semanas;  Sulfa- colírio usado quatro vezes ao dia durante seis semanas que substitui a falta de tetraciclina ou por hipersensibilidade à mesma
  • 16. 2.4 Tratamento  Tratamento sistêmico: tratamento seletivo com antibiótico sistêmico via oral: indicado para pacientes com Tracoma Intenso (TI) ou casos de (TF) ou (TI) que não respondam bem ao medicamento tópico.  Deve ser usado com critério e acompanhamento médico devido as possíveis reações adversas.
  • 17.  Eritromicina- 250 mg quatro vezes ao dia durante três semanas (50mg/kg de peso ao dia)  Tetraciclina- 250 mg quatro vezes ao dia durante três semanas (somente para maiores de dez anos)  Doxaciclina- 100mg/dia duas vezes ao dia durante três semanas (somente para maiores de dez anos)  Sulfa- dois tabletes ao dia durante três semanas