1) A cidade de York teve papel fundamental nos primórdios da Maçonaria especulativa na Inglaterra no século XVII.
2) Dois ritos maçônicos principais emergiram na Inglaterra no século XVIII, o Rito de York e o Rito de Londres, gerando conflitos.
3) O Rito de York teve forte influência na implantação da Maçonaria nas colônias americanas e no desenvolvimento de um sistema maçônico particular nos EUA.
1. INTRODUÇÃO
A cidade de York é muito antiga e os registros maçônicos indicam que a mesma foi
edificada pelas "Sociedades dos Construtores” que acompanhavam as legiões
romanas.
A lenda de York faz parte das Constituições de Anderson de 1723 e 1738. Segundo
ela, o Rei Athelstan nomeou o seu filho, o Príncipe Edwin como Chefe ou Grão
Mestre da Confraria de York.
Buscando reconstruir e reparar as destruições causadas pelos incêndios, convocou
todas as Lojas do seu reino para uma Assembleia Geral.
Assim, no ano de 926 D.C. as Lojas redigiram, votaram e aprovaram uma nova
Constituição (Carta de York) como Lei única para governar a Confraria. Esta "Carta"
serviria de base para todas as demais Constituições e Leis posteriormente
formuladas.
2. A cidade de York, por ser na época o maior reduto de organizações operativas de
ofício ficou sendo conhecida como a "capital" das corporações maçônicas da
Inglaterra daí resultando o título "Rito de York".
Este Rito exige a crença em Deus e na imortalidade da alma. Em seus trabalhos há
sempre um momento reservado para uma oração ao Altíssimo.
RITO E RITUAL
Rito (Ritus) é um sistema de organização, método, diretriz, regra, orientação.
Ritual (Ritualis) é o modo como o rito será executado ou então vivenciado.
Corresponde a um conjunto de práticas consagradas pelo uso e normas que devem
ser observadas de modo invariável.
Ritualística (Ritualis + ística) designa tudo o que se relaciona com o ritual.
RITO DE YORK
Um breve estudo sobre os primórdios e sua evolução na Maçonaria Americana.
OS PRIMÓRDIOS DA MAÇONARIA ESPECULATIVA
Pesquisas realizadas por estudiosos maçônicos estimam que a maçonaria em sua
forma Especulativa tenha surgido na Inglaterra por volta do século XVII.
Falar sobre os primórdios da Maçonaria especulativa certamente significa falarmos
sobre a Maçonaria de York.
Ao longo dos séculos XIV a XVI, eram comuns as sociedades de construtores. Estes
agrupamentos promoviam reuniões nos avarandados existentes junto às
construções. Ali eram realizadas cerimônias bem simples onde os ensinamentos
eram transmitidos de "boca a ouvido". Cada agrupamento tinha características
3. próprias e se autogovernavam. Como nestes locais eram também vendidos os
suprimentos com o tempo estes agrupamentos passaram a se chamar de Lojas.
A partir de 16.10.1600 as Sociedades de Construtores também conhecidas como
Grêmio dos Pedreiros de Ofício, passaram a aceitar intelectuais, nobres, homens
que nada tinham a ver com a arte de construir. À medida que o número destes
"aceitos" crescia o local das reuniões deixou de ser o desconfortável canteiro de
obras e os encontros começaram a ocorrer nas tavernas, estalagens onde se podia
comer, beber e conversar.
Um grande incêndio ocorreu em Londres no dia 2 de setembro de 1666. Ele destruiu
oitenta e seis igrejas e milhares de casas (13.000 a 40.000, segundo vários
pesquisadores).
Foi chamado, para proceder à reconstrução da parte da cidade, o arquiteto
Cristopher Wren, com a colaboração de toda a Confraternidade de maçons, o que
lhe valeu, em 1668, a nomeação de arquiteto do rei e da cidade de Londres. Sua
obra prima foi a igreja de São Paulo. Em seu pátio foi fundada a Loja em que foi
iniciado Théophile Désaguliers, responsável pela reunião das quatro Lojas criadoras
da Grande Loja de Londres no dia 24 de junho de 1717. Estas foram reunidas na
Taverna Goose and Gridiron, situada na Praça da Catedral e, segundo palavras de
Anderson, "... acharam por bem se unirem sob um Grão-Mestrado como um centro
de união e de harmonia".
Até 1717 existiam apenas dois Graus: Entered Aprentice (Aprendiz Admitido) e
Fellow of the Craft (Companheiro de Ofício).
Em 1719 Jean Théophile Désauguiliers assumiu o Grão-Mestrado. Por influência de
seus colegas humanistas da Royal Society resolveu promover um estudo das Old
Charges e determinou mudanças nos procedimentos ritualísticos tornando as
cerimônias mais atraentes a um maior número de membros.
A passagem da Maçonaria Operativa para a Especulativa não estava sendo muito
tranquila, pois a tradição oral fora rompida e ocorreram distorções que repercutiram
nos procedimentos ritualísticos.
4. Payne reassumiu o Grão Mestrado em 1721 e determinou a adoção de um
Regulamento. Confiou-se a redação das Constituições a Anderson, pastor. O Livro
das Constituições publicado em 1723 era decididamente de formatação cristã.
Por volta de 1725 foi concebido e introduzido o terceiro grau criando-se o Ritual do
Templo do Rei Salomão (o Templo já era mencionado nas Old Charges) e
"perdendo-se" a Palavra. Neste Terceiro Grau foram levantados os véus que cobria
os mistérios da iniciação.
Por ocasião da reedição das Constituições de Anderson em 1738 houve
modificações dando por assim dizer uma visão muito mais ecumênica. Passaram a
aceitar maçons de várias religiões.
As modificações propugnadas pelos integrantes desta Grande Loja de Londres
propiciaram a existência de uma estrutura central de coordenação, alterações nos
sinais, toques, nas palavras e na disposição física dos componentes dos Templos.
Igualmente apregoavam o abandono de qualquer conexão com os "operativos" e a
descristianização dos Rituais.
Os conflitos na Inglaterra começaram a surgir com a recusa que os Maçons de York
e os Irlandeses (que haviam imigrado para a Inglaterra), receberam ao seu pedido
de filiação nesta Primeira Grande Loja (de Londres).
Tal fato, como era de se esperar provocou grande descontentamento entre estes
Maçons.
Resolveram então criar, a sua própria Grande Loja em 1751, agora no Condado de
York, a Grande Loja dos Antigos ou Grande Loja de York. O seu Grande Secretário
Laurence Dermott (1720-1791), publicou o livro "Ahiman Rezon" (Ajuda a um Irmão)
no qual afirmava que a criação da Grande Loja de Londres rompera pontos cruciais
da tradição maçônica.
Neste livro ele compilou a Constituição dos Antigos, organizou igualmente modelos
de estatutos para as oficinas, chamou os afiliados da Grande Loja de Londres de
Loja de "Modernos", pejorativamente por terem alterado os rituais e por não
praticarem a verdadeira Maçonaria de York por causa da tradição implícita nas
Antigas Obrigações (Old Charges).
5. Os "Antigos" receberam o apoio da Grande Loja da Irlanda (formada em 1724/25) e
da Grande Loja Escocesa (formada em 1736), as quais assumiram igualmente uma
postura contrária às modificações preconizadas pela Grande Loja de Londres.
Com muitas desavenças, as duas Grandes Lojas Inglesas (Londres e York) foram
convivendo até que nos primórdios de 1800, se aperceberam que esta situação
incômoda tinha que ser solucionada.
Assim criou-se uma "Loja de Reconciliação" das duas Grandes Lojas, que
representadas por uma comissão de notáveis baseando-se no Rito dos Antigos
reescreveu, cortou, emendou e criou um novo ritual, aceitável para ambos os lados,
prevalecendo muito mais a pratica dos Antigos.
O conflito se extinguiu em 27 de dezembro de 1813 com a assinatura de um "Act of
Union" pelo Duque de Kent (Antigos) e o Duque Sussex (Modernos) no qual ocorria
a fusão das duas Grandes Lojas e consequente criação da "Grande Loja Unida da
Inglaterra" cujo procedimento maçônico passa a denominar-se Emulation Rite (Rito
Emulação). Portanto, por força deste Act a denominação Rito de York deixa de
existir, pelo menos formalmente. A nova denominação foi adotada para que não
ficasse caracterizado que a Grande Loja de Londres submeteu-se a Grande Loja de
York cujo rito, até a época da união, denominava-se "Rito de York".
Assim a paz espiritual resultante da união, voltou a reinar e fez com que fosse
aperfeiçoado o Ritual de Emulação, onde Peter W. Gilkes (1765-1833) teve papel
importante. O princípio fundamental do Rito é que ninguém tem o direito de modificar
o Ritual, seja em relação ao texto ou ao uso.
A Emulation Lodge Of Improvement (Loja Emulação de Melhoramento) mais
prestigiosa hoje do que nunca, zela pela estrita observância deste Rito, sendo, além
disso, uma espécie de escola onde preceptores explicam e efetuam o treinamento e
detalhadamente do ritual.
RITO DE YORK: SUA INSERÇÃO E EVOLUÇÃO NAS COLÔNIAS NORTE
AMERICANAS
6. A maçonaria foi introduzida na América pelos imigrantes colonizadores.
Registros indicam que os primeiros imigrantes francos-maçons chegaram em 1682,
na então colônia inglesa.
À medida que iam se instalando nos novos territórios agrupavam-se formando as
primeiras Lojas. Organizavam-se segundo as “Antigas Tradições” (Old Charges),
não possuíam Dispensas (UD) ou Cartas Constitutivas (Charter) de qualquer
natureza.
As Lojas militares tiveram um papel significativo na implantação e desenvolvimento
da futura maçonaria norte-americana.
A primeira Loja Militar norte-americana foi a St. John’s Lodge fundada em 24 de
julho de 1775 com o aval dos “Modernos”.
A mais conhecida Loja Militar fundada com o aval dos “Antigos” em 15 de fevereiro
de 1776 foi a American Union Lodge nº 1 de Connecticut.
As Lojas Militares Eram verdadeiras “Lojas móveis” constituídas por integrantes dos
regimentos militares britânicos em sua grande maioria. Ao se deslocarem levavam
junto os ornamentos e paramentos maçônicos. Sua existência propiciava um clima
de entendimento nos diversos escalões, unindo oficiais e praças.
A atividade maçônica expandiu-se rapidamente. Criaram-se várias Grandes Lojas
Provinciais.
As novas Lojas recebiam suas Cartas Constitutivas de uma das quatro obediências:
Grande Loja da Irlanda, da Escócia, dos “Antigos” e dos “Modernos”,
A história antiga da Maçonaria nas colônias que se tornaram os Estados Unidos da
América do Norte inegavelmente está relacionada com a de Nova York,
Massachusetts e Pensilvânia.
Benjamin Franklin em 1734 publicou a primeira edição americana do Livro das
Constituições de Anderson.
A atividade maçônica expandiu-se rapidamente.
7. A Franco-maçonaria americana começou a buscar a sua autonomia bem antes do
Ato de União (Act of Union), firmado pelas Grandes Lojas Inglesas.
Os conflitos que ocorriam na Inglaterra entre os "Antigos" e os "Modernos" teve suas
repercussões nas suas colônias e de modo especial na América.
A luta pela criação do Estado americano independente, também pode ser apontada
como fator para o desenvolvimento peculiar da maçonaria naquele País.
Os "Modernos" e especialmente os seus dirigentes, eram partidários do regime
inglês. Já os "Antigos", ligados aos colonos, eram considerados os impulsores da
Independência. Nas Lojas dos Antigos foi sonhada e se concretizou a ideia da União
Americana.
Registros confirmam que em oito de março de 1777, em plena Guerra da
Independência, a Grande Loja Provincial, localizada em Massachussetts, desligou-se
da Grande Loja dos Antigos. Motivadas por este exemplo, as demais colônias, na
sequência, constituíram em cada uma delas a sua Grande Loja.
Os Estados Unidos deixaram de ser colônia após sangrenta revolução liderada pelo
Irmão George Washington e seus companheiros.
53 dos 56 signatários da declaração de Independência em quatro de julho de 1776
eram maçons.
Washington havia sido iniciado em 1752 e sempre teve ativa participação na
maçonaria.
George Washington em 1789 foi eleito o primeiro presidente dos Estados Unidos e
seu juramento foi feito sobre a Bíblia da Loja de St. Johns Grand Lodge de Boston.
Esta Loja foi a primeira Grande Loja norte-americana criada em 1733 com carta
constitutiva emitida pela Grande Loja dos “Modernos” que lhe outorgaram jurisdição
sobre a América do Norte, Canadá e Antilhas.
George Washington em 1793 ao colocar a pedra fundamental do Capitólio portava
as insígnias de Venerável Mestre de sua Loja.
8. Com todas estas vertentes influenciando, a Maçonaria americana foi adquirindo
traços muito peculiares, rumo próprio.
Por ocasião da assinatura do Act of Union entre as Grandes Lojas dos Modernos e
dos Antigos criando a Grande Loja Unida da Inglaterra em vinte e sete de dezembro
de 1813, os maçons americanos já praticavam um sistema maçônico particular,
baseando-se nos seus fundamentos, em procedimentos herdados da antiga
maçonaria de York.
Ao serem criados os Estados Unidos, as Grandes Lojas Provinciais britânicas
tornaram-se Grandes Lojas Estaduais americanas.
Começa a brilhar então o mais famoso ritualista americano: Thomas Smith Webb
(1771-1819). Contou com a colaboração de John Hanmer, maçom inglês e de seu
seguidor Jeremy Cross (fundador da Maçonaria Críptica), em princípios de 1800.
Thomas S. Webb inspirando-se nas conferências realizadas por William Preston
(Illustrations of Masonry) organizou e publicou "The Freemasons Monitor" obra na
qual simplificava e tornava mais práticas as cerimônias nas Lojas maçônicas
americanas.
Pode-se afirmar que o trabalho de Webb, o reorganizador dos rituais americanos, é
um Rito Inglês Retificado, a partir dos praticados pelos “Antigos”. Podemos inclusive
afirmar que é o Rito de Emulação ligeiramente modificado.
Como curiosidade e para afirmar o caráter cristão do trabalho de Webb em seu
monitor, ele depois da Constituição dos Knight Templars apresenta as "regras para a
orientação dos maçons cristãos" (Rules for the Guidance of Cristian Freemasons).
A aceitação deste Ritual foi muito grande entre os maçons americanos e hoje,
mesmo havendo pequenas diferenças, diz-se que as Lojas Simbólicas praticam seus
rituais à moda Webb (Craft Degrees).
As Lojas simbólicas nos Estados Unidos são chamadas de Lojas Azuis e
relacionam-se com a Grande Loja de seu Estado.
9. Estrutura do Rito de York
A MAÇONARIA DE YORK NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Autores consagrados costumam dividir a Maçonaria na América do Norte em três
grandes agrupamentos. Dentro destes grupos, segundo o "Educational Bureau
General Grand Chapter", o Rito de York americano está dividido em quatro partes:
I - Maçonaria Instrumental: constituída pelos graus simbólicos de Aprendiz,
Companheiro e Mestre e que são conferidos segundo o Rito Antigo York (“Blue
Lodges”). Cada Estado possui a sua Grande Loja Simbólica.
Primeira Parte – Lojas Azuis
Loja Simbólica
10. As Lojas Simbólicas, também chamadas de "Lojas Azuis" (Blue Lodges) são os
Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom. Esses formam a base de
ingresso na Maçonaria.
1 – Aprendiz Admitido (Entered Apprentice)
2 – Companheiro de Ofício (Fellowcraft)
3 – Mestre Maçom (Master Mason)
II - Maçonaria Científica: devemos considerar o Rito York e o Rito Escocês Antigo e
Aceito.
O Rito York é constituído pelo Real Arco e Graus Crípticos. Suas corporações são
dirigidas em cada Estado por Grandes Capítulos de Maçons do Real Arco e por
Grandes Conselhos de Maçons Crípticos.
Há dois Supremos Grandes Conselhos do Rito Escocês Antigo e Aceito, únicos para
toda a Nação. Um com jurisdição para os Estados do Norte e outro para os do Sul.
Os Supremos Conselhos legislam do grau 4º ao 32º e não se envolvem em assuntos
do Simbolismo.
Segunda Parte – Capítulos do Real Arco
Capítulo do Real Arco
Os Graus Capitulares, conhecidos como Maçonaria do Real Arco. Os Capítulos
conferem 4 graus: Mestre de Marca, Past Master (virtual), Mui Excelente Mestre e
Maçom do Real Arco;
4 – Mestre da Marca (Mark Master)
11. 5 – Mestre Passado (Paster Master)
6 – Mui Excelente Mestre (Most Excellent Master)
7 – Maçom do Real Arco (Royal Arch Mason)
Terceira Parte – Conselho de Mestres Reais e Escolhidos (Maçonaria Críptica ou
secreta)
Conselho Críptico
O Conselho Críptico ou Conselho de Mestres Reais e Eleitos conferem os graus de
Mestre Real, Mestre Eleito e Super Excelente Mestre;
8 – Mestre Real (Royal Master)
9 – Mestre Escolhido (Select Master)
10 – Excelente Mestre (Super Excellent Master)
III - Maçonaria Filosófica: constituída pelos Cavaleiros Templários formando as
Comendas, Nas Comendas são conferidas as Ordens da Cruz Vermelha, Cruz de
Malta e do Templo. Embora conferidas como Ordens na realidade sejam
efetivamente Graus da Maçonaria Cavaleiresca.
Quarta Parte – Conselho dos Cavaleiros Templários
12. Comanderia Templária
Comanderia Templária, ou Ordem dos Cavaleiros Templários. A Comanderia
confere Ordens, ao invés dos usuais graus e essas Ordens são: Ordem da Cruz
Vermelha, Ordem de Malta e Ordem do Templo.
11– Ordem da Cruz Vermelha (Order of Red Cross)
12– Ordem de Malta (Order of Malta)
13– Ordem do Templo (Order of the Temple)
13.
14. A Grande Loja Unida da Inglaterra confere apenas os denominados Graus
Simbólicos, ou seja, Aprendiz ("Apprentice"), Companheiro ("Fellow Craft") e Mestre
Maçom ("Master Mason"). Existem também os Capítulos ("Chapters") do Sagrado
Real Arco ("Holy Royal Arch"). Este não se trata de um quarto Grau, mas, sim, de
uma extensão do Grau de Mestre.
Na vertente francesa (REAA), o Grau de Mestre não se completa dentro dos
denominados Graus Simbólicos, pois há uma então ignorada palavra perdida, que
só é descoberta em um dos denominados Graus Filosóficos. O sistema inglês é
diferente. Quando os Mestres recebem a extensão caracterizadora do "Sagrado
Real Arco" (no respectivo Capítulo), transmites-lhes a almejada palavra. Essa
transmissão faz com que fique completo o Terceiro Grau ("Third Degree").
Atualmente, há 157 Grandes Lojas no mundo, das quais a Grande Loja Unida da
Inglaterra reconhece 107. As 50 Grandes Lojas não reconhecidas, não são
consideradas espúrias ou irregulares - simplesmente, não são reconhecidas.
15. Há, aproximadamente, 50 mil lojas em jurisdições reconhecidas pela Grande Loja
Unida da Inglaterra.
A Inglaterra com cerca de 48 milhões de habitantes e perto de 700 mil maçons, é a
maior jurisdição, com 8.578 Lojas.
Na Capital - LONDRES -, com 7 milhões de habitantes na área metropolitana,
existem cerca de 1.648 lojas maçônicas, com 150 mil maçons, aproximadamente.
Os EUA possuem 50 Grandes Lojas, com aproximadamente, 15 mil Lojas
Maçônicas e 4 milhões de Maçons.
Com 50 jurisdições os Estados Unidos contam com cerca de metade de todas as
Grandes Lojas reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra, Irlanda e
Escócia.
Dos 4 milhões de maçons dos Estados Unidos, 3 milhões são do Rito de York, ou
seja 75%. Entretanto, é oportuno frisar que o Rito de York praticado nos Estados
Unidos difere do praticado na Inglaterra.
Curiosidades:
Origem do REAA. A resposta mais prudente seria: “Depende!” Pois, nesse caso,
tudo depende do que você considera por “origem”. Se você responder que a origem
do REAA é escocesa, você não estará de todo errado. A base do Rito é tida como
levada pelos Stuarts e sua corte, quando exilados na França. Todos eram de
famílias escocesas. Já se você responder que a origem do REAA é francesa, isso
não será um equívoco. O rito só criou forma na França, onde foi batizado como “Rito
de Heredom”, possuindo 25 graus, e a partir de onde foi difundido. Por último, se
você responder que a origem do REAA é americana, não terá como desmenti-lo. Foi
nos EUA que surgiu o termo “Rito Escocês Antigo e Aceito” para denominar o
sistema composto pelos 25 graus do Heredom e mais os 08 graus lá criados,
formando o sistema de 33 graus como é praticado hoje. Nos EUA nasceu o 1º
Supremo Conselho do REAA no mundo, em 1801.