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A MAÇONARIA E OS RELIGIOSOS 
I - A INTERFACE DA RELIGIÃO JUDAICA/CRISTÃ COM A MAÇONARIA 
NOS PRIMORDIOS 
Embora seja muito controvertida a origem moderna da Maçonaria, a maioria dos 
estudiosos datam a época do Rei Salomão (970 a.C) ou o arquiteto egípcio IMHOPTEP 
(3800 A.C). 
Os documentos mais antigos das Lojas Modernas datam de 8 de agosto de 1248 
redigido em latim na cidade de Bolonha na Itália por um procurador do Bispo Local. O 
outro é de 1390 chamado de (Poema Régio). 
Após este período surgiu na Inglaterra em 1681 uma loja fundada pelo judeu 
Elias Asmole. Tal loja era composta por judeus e cristãos (católicos e protestantes), os 
quais eram líderes em suas comunidades religiosas. Essa loja conhecida como (Royal 
Society) prosseguiu os trabalhos até criar em 24 de junho de 1717 a grande Loja da 
Inglaterra. Mas esta Loja precisava de Leis e Rituais, é daí que entra em cena um 
religioso. 
O Reverendo James Anderson James Anderson (1679-1739) foi ministro da 
Igreja da Escócia, foi mestre de uma Loja Maçônica e Grande Oficial da Loja de 
Londres. Publicou em 1723 a Constituição Maçônica Moderna. Ele popularizou a 
ordem e estabeleceu princípios que norteiam a Maçonaria Moderna até os dias de hoje. 
Foi um clérigo presbiteriano da Escócia que criou e difundiu o Rito Escocês Antigo e 
Aceito. 
O elo do clero protestante mais forte se deu nos Estados Unidos, não somente 
com presbiterianos e anglicanos, mas com batistas, metodistas e outras denominações. 
A Independência Americana foi proclamada por líderes maçons e religiosos. O 
líder religioso e maçom de mais destaque foi o Pastor e filósofo calvinista Reverendo 
John Witherspoon. 
John Witherspoon (1723-1794) tornou um defensor das liberdades individuais, e 
foi o único membro do clero a assinar a Declaração de Independência dos Estados 
Unidos. 
Clérigos americanos presbiterianos, metodistas e batistas participaram 
ativamente da Maçonaria. O importante pregador George W. Truett era grau 32 (1867- 
1944), foi presidente da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos entre 1927- 
1929 e também da Aliança Batista Mundial entre 1934-1939. Sobre a Maçonaria, 
disse: 
Dos primórdios das minhas memórias, assentado no colo de meu pai 
que era maçom, ouvindo suas conversas com companheiros maçons, 
ficou gravada em minha impressão, desde a infância, de que a 
fraternidade maçônica era uma das organizações mais conciliadoras e 
preservadora da sociedade humana. Eu nunca vacilei a respeito desta 
minha opinião de infância, pelo contrário, ela permanece inabalável 
dentro de mim através destes ocupados e agitados anos (HORREL: 
1995, p.22). 
Outro maçom de destaque e da Igreja Presbiteriana Americana foi John Theron 
Mackenzie, rico advogado que viveu sua vida em prool de projetos sociais, dentre 
estes a doação para fundação da Escola Americana no Brasil em 1870 que depois 
passou a chamar Mackenzie em homenagem a este maçom ilustre. Também existe
uma Loja Maçônica em sua homenagem na Cidade de São Paulo com o seu nome 
pertencente ao GOB – Grande Oriente do Brasil. 
II - OS MAÇONS DAS IGREJAS NO BRASIL 
CLÉRIGOS: CATÓLICOS E PROTESTANTES MAÇONS NO BRASIL 
A história do Brasil relata de forma vasta a presença de párocos católicos e 
protestantes na maçonaria maçons em eventos e revoluções de grande vulto nacional. O 
clero tendo acesso às novas idéias que germinavam da Europa e dos Estados Unidos, 
alguns encabeçaram grandes revoluções, como: a Inconfidência ou Conjuração Mineira 
em 1789 na pessoa do padre Rolim e cônego Luís Vieira; na revolução pernambucana 
em 1817 na de padre João Ribeiro; na Confederação do Equador em 1824 com o frei 
Caneca: na guerra dos farrapos; e por fim na Regência de Padre Feijó. Haja vista, o 
principal mentor intelectual destas revoluções foi o clero brasileiro. Ademais, a crise 
interna do clero vem desde a inconfidência mineira onde padres mais liberais e 
iluministas participavam do movimento ao mesmo tempo que eram membros da 
maçonaria. 
O historiador brasileiro Júlio Ferreira, (1992, p.84) assim escreveu: 
Paradoxalmente, era do seio da Igreja, a maior inimiga da maçonaria, 
que saiam os mais ardorosos maçons. [...] Durante quase meio século, 
pelo menos de 1790 a 1889, a maçonaria fez proselitismo em todas as 
classes, mas com especialidade na clerical. Por toda parte, onde quer 
que se tratasse de sussurrar, pedir ou protestar contra o confisco e outras 
medidas de arrochos, lá estava um padre ou um frade para reproduzir e 
ampliar as vozes de queixa ou revolta. Era o clero a classe subversiva 
por excelência, enquanto a Igreja, comprometida com a Corôa, defendia 
os privilégios, colocando a fraternidade, a caridade e a justiça social 
acima da disciplina eclesiástica. [...] Se a Igreja detestava a maçonaria, 
faziam-se eles, os padres, pedreiros-livres, levando a Loja para dentro 
da Igreja. Se ela era pelo status quo, eles eram pela mudança, pela 
remoção de tudo aquilo que impedia o bem estar geral e a liberdade 
individual. [...] A maçonaria incrementava o desejo de confraternização 
internacional na proclamação da fé num Ser Supremo, reivindicava o 
direito de cada indivíduo expressar sua opinião, particularmente com a 
liberdade da imprensa; exigia também a separação entre a Igreja e o 
Estado, a generalização da instrução popular, a extinção da pobreza e o 
fim do despotismo monárquico. Encontrou, em conseqüência dessas 
posições, a simpatia em todos os setores que aspiravam às reformas 
políticas. 
O clero brasileiro, especialmente depois da entrada de idéias liberais, iluministas 
e jansenistas, ficou um tanto dividido. "É sabido que a revolução de 1817, em 
Pernambuco, era uma revolução de padres, na qual 60 tomaram parte. Sob o império, 
penetraram na Câmara de Deputados e eram ministros ou membros da oposição" 
(BASTIDE, 1989, p.5). Dentre os 60 pelo menos uma dezena de maçons. 
No movimento autonomista brasileiro, o clero maçom teve uma participação 
fundamental. Este clero, juntamente com militares e deputados liberais foi quem
elaboraram a representação enviada a Dom Pedro I, no evento que ficou conhecido 
como "Dia do Fico". A carta fora elaborada dentro de uma Loja Maçônica e foi redigida 
por Jose Bonifacio. 
A referida representação foi em primeiro lugar assinada pelo venerável bispo D. 
Mateus, um liberal-constitucional, incondicional adepto da regência de D. Pedro e 
propugnador do "dia do fico"; havia também a assinatura do arcebispo da Sé Manuel 
Joaquim Gonçalves de Andrade, do Ouvidor da Comarca José da Costa Carvalho, do 
secretário do Governo Azevedo Coutinho. (OBERACKER JR., 1977, p.201-202). 
Todos eles ligados à maçonaria. 
A revolta que mais marcou por ser liderada por um líder eclesiástico foi a de 
Pernambuco, a qual ficou conhecida como Confederação do Equador em 1824. Ela 
abrangeu a Paraíba, Ceará e Rio grande do Norte. A revolta criou até uma República ou 
simplesmente chamada de Confederação do Equador. Essa revolução foi liderada pelo 
padre Joaquim do Amor Divino Caneca, conhecido simplesmente como frei Caneca. 
Esse frade tinha uma visão política e religiosa totalmente liberal e lutava contra a 
Constituição outorgada em 1824. Seus principais argumentos foram: a Constituição era 
excessivamente centralizadora; o texto Constitucional não era liberal; o texto era 
ilegítimo, pois havia sido criado não por um órgão representativo da nação, e sim pela 
vontade do imperador. Ademais, o substrato do pensamento de Caneca era o princípio 
do Direito Natural, a liberdade, a contradição aos governos absolutistas. O movimento 
de Caneca foi derrotado em novembro de 1824. 
A despeito das revoluções que tinha na sua estrutura clérigos, de paróquia ou 
não, pode se dizer que a modernidade liberal maçônica influenciara este clero de 
maneira a formar convicções profundas de idéias libertárias e iluministas. 
Todo o racionalismo científico, político e religioso circulava 
entre clérigos e leigos, principalmente nas Minas Gerais, onde a 
riqueza constantemente canalizada para a metrópole caracterizava 
revoltante espoliação da colônia e gerava idéias libertárias. [...] 
Nas estantes das [bibliotecas] estavam Locke, Voltaire, 
Rousseau, Montesquieu, a obra galicana de Fleury, Discours sur 
l' histoire eclesistique, assim como boa quantidade de livros de 
física, astronomia, história natural etc. (MENDONÇA, 2002, p. 
65-66). 
O historiador basbaum relata que a igreja tinha o poder mas não usufruia de 
prestígio dentro da maçonaria por ser oficialmente contra esta. Entretanto era fácil 
encontrar no clero, especialmente as mentes mais brilhantes, aqueles que faziam parte 
da confraria. 
Mas a história da Igreja entre nós, não é a história do clero. Este teve 
muito mais influência que a Igreja. Se esta tinha idéias definidas sobre 
a conduta dos seus ministros em nosso país, é difícil sabê-lo. A o 
menos os seus ministros as ignoravam. Apesar dessa relativa 
influência dos sacerdotes, por vezes mais pessoal que por força do 
poder que representavam a irreligiosidade católica do povo, 
principalmente nas cidades, era notória. Atuavam como causas 
principais: a vida livre dos padres seculares que ostensivamente 
tinham família e filhos; muitos eram maçons e poucos crentes; a 
influência do positivismo e das idéias libertárias francesas; o espírito 
escravista de muitos padres e congregações religiosas. Aliás, o 
catolicismo dos brasileiros teve sempre um caráter particular, não
diremos nacionalistas, mas fortemente influenciado pelas religiões e 
superstições africanas. [...] Pelo menos durante o império, em que a 
autoridade moral da Igreja e a própria crença católica muito haviam 
diminuído (BASBAUM, 1957, p.175-176). 
No mesmo período, o clero brasileiro estava também influenciado pelo 
jansenismo europeu, uma espécie de catolicismo mais liberal e contrário à subordinação 
das igrejas nacionais a Roma. 
Os jansenistas do século XVII e XVIII mantiveram o projeto de uma 
maior fidelidade às origens da fé católica, reagindo ao centralismo 
romano resultante do Concílio de Trento, bem como às pretensões da 
Cúria Pontifícia relativas ao controle absoluto da esfera religiosa nos 
diversos países. Nessa mesma linha de salvaguarda das características 
nacionais da fé, o episcopado francês liderado por Bossuet oficializava 
a declaração das liberdades galicanas. A partir de meados do século 
XVIII, parte expressiva do clero francês aderiu à ideologia liberal, 
veiculada pelos enciclopedistas; posteriormente, durante o período 
napoleônico, numerosos membros do clero juraram fidelidade ao 
Estado, afastando-se das diretrizes pontifícias. Esses clérigos 
passaram a ser conhecidos como galicanos. (AZZI, 1994, p.6-7). 
O movimento foi contestador e reivindicava uma reforma nas estruturas do 
catolicismo, tanto doutrinárias como na estrutura política eclesiástica, quase todos 
jansenistas eram maçons. 
O jansenismo foi um antagônico ao galicanismo, e de certa medida lutava por 
uma Igreja Nacional. Idéia principal do Padre Feijó. 
2.1 PADRE FEIJÓ: O CLÉRIGO MAÇOM MAIS IMPORTANTE 
Padre Diogo Antônio Feijó, Deputado de São Paulo (1826), Ministro da Justiça 
(1831), Senador do Rio (1833), e depois Regente do Brasil (1835-1837), não apenas se 
manifestou liberal em medidas governamentais, mas chegou a combater o celibato 
clerical, com uma proposta de lei. Foi sob sua influência e atitude que o governo no 
Brasil fez grandes reformas nas ordens religiosas. Em sua Regência extinguiram-se 
diversas congregações religiosas. Em 7 de setembro de 1830 eram suprimidas a 
Congregação Carmelita e a Franciscana; em 9 de dezembro do mesmo ano, a ordem ou 
a congregação do Oratório e, em 8 de março de 1835, extinguia a ordem Carmelita de 
Sergipe. 
Sacerdote e intelectual, [...] tentou legitimar, pela autoridade, o 
casamento dos padres. Foi particularmente apoiado nesse projeto 
pelos seus compratiotas paulistas: assim em 30 de junho de 1833, 
conseguiu que a Assembléia Provincial solicitasse do bispo da 
diocese, que, aliás, participava da idéia, a autorização do casamento 
dos padres. Dois anos mais tarde, regente, pediu ao Marquês de 
Barbacena, então em Londres, que providenciasse a vinda para o 
Brasil de duas corporações de Irmãos Morávios, que se dedicassem a 
educar nossos indígenas. Os Morávios eram os membros da ínfima 
comunidade protestante que se havia encarregado, desde então, da 
primeira e já importante atividade missionária organizada do
protestantismo. [...] Sabemos que Feijó não parou aqui, e que no 
processo de nomeação do seu amigo Pe. Moura a bispo do Rio levou-o 
a encarar a possibilidade da reunião de um concílio nacional que 
separaria o Brasil de Roma (LÉONARD, 2002, p.45,46). 
Ademais, Feijó não somente procurava uma reforma na Estrutura da Igreja 
brasileira, como também sua separação de Roma. Postulava uma Igreja mais liberal, e 
de certa medida a separação das instâncias religiosas e civis. 
Feijó, além de entender que é ao poder civil, e não ao eclesiástico que 
cabe estabelecer impedimentos matrimoniais, ainda considera o clero 
grego e o protestante melhores que o católico, porque seus ministros 
podem se casar. Filiando-se à corrente do catolicismo de então, que 
fazia distinção no casamento entre contrato civil (de jurisdição civil) e 
sacramento (de jurisdição eclesiástica), admitia que se retirasse aos 
sacerdotes o imenso poder contido no monopólio do casamento 
civilmente válido. Padres de São Paulo apoiaram outra iniciativa da 
Câmara dos Deputados. (RIBEIRO, 1973, p.128). 
2.2 O FREI CANECA1 
Frei Joaquim do Amor Divino Caneca era um homem de origem humilde, mas 
foi educado para se tornar um intelectual típico das Luzes Ibéricas. Embora não tenha se 
formado na Universidade de Coimbra, onde se formou a maior parte da elite luso-brasileira 
que assumiu o poder no Brasil após a Independência, Caneca estudou no 
Seminário de Olinda entrando em contato com a fina estampa do pensamento da época e 
com a idéia de império luso-brasileiro de D. Rodrigo de Souza Coutinho. Saiu de lá 
formado em filosofia, retórica e geometria e passou a dar aulas no Convento do Carmo. 
Caneca tinha grande familiaridade com filósofos iluministas das épocas 
Moderna e Contemporânea. Uma das características mais marcantes de seus textos, está 
no grande número de citações de filósofos como Montesquieu e Locke além de autores 
clássicos como Cícero e Tito Lívio, estando alinhado a um estilo textual próprio dos 
discursos retóricos do liberalismo ilustrado de sua época. Era um homem erudito e um 
artista na arte do discurso de convencer as pessoas. 
Contudo, suas convicções políticas o levariam além da mera arte do 
convencimento e da retórica.Condenado na devassa do movimento pernambucano de 
1817, Caneca ficou preso na Bahia até a anistia de 1821. De volta a Pernambuco, já no 
começo de 1822, Caneca escreve uma Dissertaçãoi, num discurso rico acerca de suas 
considerações sobre pátria e cidadão. As linhas que se seguem pretendem algumas 
reflexões sobre esta obra. 
1 Joaquim do Amor Divino nasceu provavelmente em 1774 em Recife no bairro de Fora das Portas. Digo 
provavelmente porque não constam registros de seu nascimento, mas apenas o registro no convento de 
Nossa Senhora do Carmo, onde tomou hábito de frade em e de dezembro de 1796. Seu pai trabalhava 
numa oficina de Tanoeiro, condição que lhe valeu a adoção de Caneca em seu sobrenome. Seus dados 
bibliográficos constam em “Notícia bibliográfica sobre frei Joaquim do Amor Divino Caneca”nas páginas 
introdutórias de Obras políticas e literárias de frei Joaquim do Amor Divino Caneca. Coligidas pelo 
Comendador Antônio Joaquim de Mello. Recife, Tipografia Mercantil do Recife, 1875, (edição fac- 
Símile de 1972). A “Dissertação sobre o que se deve entender por pátria do cidadão e deveres deste para 
com a mesma pátria” encontra-se nas pp.181-221 do v.2 das Obras políticas e literárias de frei Joaquim do 
Amor Divino Caneca.
Uma característica dos escritos de Caneca está nas visíveis apropriações das 
idéias que inspiraram a Revolução Francesa e principalmente a Revolução Americana. 
O contratualismo de Locke e o constitucionalismo de Montesquieu, parecem estar ainda 
mais presentes em boa parte de sua obra. Contudo, podemos identificar também outras 
influências consideráveis como as de Raynal e De Pradt, fonte de discussão de temas 
como soberania nacional, pensamento ilustrado e emancipacionista. 
Frei caneca situa-se como ator político que dialoga com uma sociedade que dava 
seus primeiros passos no campo das discussões públicas e políticas. Nos trâmites desta 
abordagem, entendemos este autor em dois momentos: o primeiro num instante um 
pouco anterior à independência política de 1822, onde Caneca propõe-se a escrever uma 
dissertação para unir portugueses aqui estabelecidos e os brasileiros de nascimento em 
torno de um mesmo compromisso patriótico. Entendemos este posicionamento muito 
condizente com a ausência de elementos que pudessem corporificar um sentimento 
nacional consubstancioso para o Brasil. Em muitos textos contemporâneos a este texto 
de Caneca, o uso da palavra nação apresenta conotação ainda muito ligada à nação 
portuguesa. 
2.3 OUTROS BISPOS, PADRES E AUTORIDADES DA IGREJA CATÓLICA 
2.3.1 Cônego Januário da cunha Barbosa2 
O Cônego Cunha Barboza teve importante papel no cenário político e intelectual 
na primeira metade do século XIX. Atuou como bibliotecário da Biblioteca Publica da 
Corte (Biblioteca Nacional), foi professor de filosofia racional de moral, editou e 
participou de vários periódicos destacando-se o Reverbero Constitucional Fluminense, 
além de fundar juntamente com o Marechal Raimundo José da Cunha Matos o Instituto 
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em 1838. 
Em uma carta narrada em terceira pessoa, Januário faz um extenso relato sobre 
suas contribuições para a independência do Brasil e conta a sua versão deste processo. 
O Cônego tenta realçar o seu papel na constituição e manutenção do Império do Brasil, 
seguindo o modelo retórico celebrizado por Júlio César em seu De Bello Gallico. Chega 
a afirmar que foi sua a sugestão para que D. Pedro I recebesse o título de Imperador do 
Brasil no lugar de apenas rei. Famoso pregador e prócer da Independência do Brasil. 
O Cônego foi iniciado em 1821 na Loja Comercio e Artes, a mesma de 
Gonçalves Ledo, um dos pais da Independência do Brasil. Nesta Loja, foi Orador, 
Primeiro Vigilante e Venerável. Na maçonaria brasileira ocupou vários cargos no 
Grande Oriente da época. Morreu em 1846 com o maior título administrativo da Igreja, 
o de Monsenhor. Cônego Januário da Cunha Barbosa, falando sobre a maçonaria 
diz:“Filha da ciência e mãe da caridade, fossem as sociedades como tu, ó santa 
Maçonaria, e os povos viveriam eternamente numa idade de ouro. Satanás não teria 
mais o que fazer na Terra e Deus teria em cada homem um eleito!” 
2 Uma pesquisa mais abrangente, ver: Relação dos documentos que pertenceram a Januário da Cunha 
Barboza (IHGB), doc. 53, lata 107. Lúcia Maria Pascoal GUIMARÂES. Januário da Cunha Barbosa. In: 
Ronaldo VAINFAS (dir.). Dicionário doBrasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 
394. Sobre as categorias elite brasileira e elite coimbrã , ver José Murilo de CARVALHO. A Construção 
da Ordem. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ; Relume Dumará. 1997, passim. Este documento encontra-se 
no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), lata 49, pasta 13. Existe uma pequena discordância 
entre o trecho citado do Reverbero e o que foi publicado no periódico, a parte alterada assim figura no 
periódico: Sim, Principe, Rasguemos o véo dos Mysterios, rompa-se a nuvem, que encobre o Sol, que 
deve raiar na Esphéra do Brasil. Eleva, eleva o Templo da Liberdade Brasileira; formese nelle o Livro da 
Lei [...] .Reverbero Constitucional Fluminense. Edição Fac-similar. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 
2005, tomo I, p. 303.
2.3.2 Padre Manoel Inácio de Carvalho 
Nasceu no Recife em 1795 e morreu no Rio de Janeiro em 1851. Idealista pela 
liberdade, foi anti-escravagista e anti-imperialista. Fez parte do Governo Provisório de 
Pernambuco em 1821, num momento mais crítico daquela província. 
O Padre Manoel Inácio de Carvalho, após considerar que a Maçonaria era a 
virtude personificada, acrescentou que: “... ela não tem símbolo que não seja a 
aplicação de uma verdade transcendente. Não possui um só mistério que não cubra a 
prática de alguma verdade.” 
2.3.3 Bispo Dom Sebastião Pinto do Rego 
Nasceu em Niteroi no Rio de Janeiro em 1802, e desde cedo começou a se 
interessar por assuntos de filosofia e teologia. Quando jovem iniciara seus estudos e 
logo concluiu o seminário. Foi o oitavo bispo de São Paulo em 1863 a 1868 ano de sua 
morte. Sabe –se que pertenceu a Loja do Rio, sendo ardoroso defensor das causas das 
liberdades individuais e progressistas. 
É notável o entusiasmo dos membros do clero católico para com a instituição tão 
virulentamente atacada pelas autoridades eclesiásticas, mas o Bispo Dom Sebastião 
Pinho do Rego mostrou ainda maior entusiasmo em sua apreciação da Maçonaria: 
“Jesus Cristo instituiu a Caridade. A Maçonaria apoderou-se dela e constituiu-a sua 
mestra. È sob os seus auspícios que não morre a sua Esperança e se robustece a sua 
Fé. Bendita seja esta irmã da Igreja na Virtude!” 
Aqui citamos apenas os clérigos católicos maçons mais importantes da historia 
do Brasil, mas a lista inclui inúmeros outros como: Frei Jose de Santa Rita Durão, Padre 
Jose Pereira Tinoco, Cônego Juliano Faria Lotário, Cônego e a maioria do clero das 
Revoluções. 
2.4 ALGUNS CLÉRIGOS PROTESTANTES 
A Maçonaria especialmente a do Rito Escocês Antigo e Aceito, sempre teve a 
participação ativa de clérigos protestantes, anglicanos e presbiterianos em sua maioria. 
Ademais, a Igreja Anglicana sempre predominou na sociedade inglesa e Pais de Gales, a 
Presbiteriana na Escócia. Esta última com 95% da população, onde a Maçonaria se 
popularizou mesmo no clero mais conservador da Igreja da Escócia, ou simplesmente 
Presbiteriano da Escócia. 
Na Escócia, país que consolidou os primeiros regulamentos e Rito da 
Maçonaria Moderna, foi iniciado naquele país um protestante calvinista sendo este o 
primeiro obreiro da Loja da Inglaterra. Depois dele o Reverendo James Anderson3 
popularizou a ordem e estabeleceu princípios que norteiam a Maçonaria Moderna até os 
dias de hoje. Foi um clérigo presbiteriano da Escócia que criou e dinfundiu o Rito 
Escocês Antigo e Aceito. 
O elo do clero protestante mais forte se deu nos Estados Unidos, não somente 
com presbiterianos e anglicanos, mas com batistas, metodistas e outras denominações. 
A Independência Americana foi proclamada por líderes maçons e religiosos. O 
líder religioso e maçom de mais destaque foi o Pastor e filósofo calvinista Reverendo 
John Witherspoon. 
3 James Anderson (1679-1739) foi ministro da Igreja da Escócia, foi mestre de uma Loja Maçônica e 
Grande Oficial da Loja de Londres. Publicou em 1723 a Constituição Maçônica Moderna.
John Witherspoon (1723-1794) tornou um defensor das liberdades individuais, e 
foi o único membro do clero a assinar a Declaração de Independência dos Estados 
Unidos. 
Clérigos americanos presbiterianos, metodistas e batistas participaram 
ativamente da Maçonaria. O importante pregador George W. Truett era grau 32 (1867- 
1944), foi presidente da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos entre 1927- 
1929 e também da Aliança Batista Mundial entre 1934-1939. Sobre a Maçonaria, 
disse: 
Dos primórdios das minhas memórias, assentado no colo de meu pai 
que era maçom, ouvindo suas conversas com companheiros maçons, 
ficou gravada em minha impressão, desde a infância, de que a 
fraternidade maçônica era uma das organizações mais conciliadoras e 
preservadora da sociedade humana. Eu nunca vacilei a respeito desta 
minha opinião de infância, pelo contrário, ela permanece inabalável 
dentro de mim através destes ocupados e agitados anos (HORREL: 
1995, p.22). 
No Brasil clérigos presbiterianos e batistas sempre estiveram nas fileiras 
da maçonaria, principalmente antes da República. 
Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou 
ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, 
cerca de 700 alemães dentre estes, maçons e protestantes. Sem ter onde reuni-los, 
Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – 
aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua 
loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. 
O presbiteriano maçom Athos Vieira de Andrade (2006, p.8-9)4, relaciona os 
mais importantes religiosos maçons da historia de sua denominação. Descreve: 
Rev. Álvaro Reis (ibid), Rev. Zacarias de Miranda, conhecido como 
“pena de ouro” da Igreja, respeitável líder presbiteriano que marcou a 
trajetória do seu ministério na tradicional Igreja de Sorocaba, SP. 
Fundador das Igrejas de Tiête, Laranjal Paulista e outras. Muitas vezes 
embarcou no trem em Sorocaba, levando também o seu cavalo, e, 
iniciava um longo itinerário pregando com destemor a Palavra de Deus, 
enfrentando dificuldades e perseguições. Rev. Pascoal Pita missionário 
em Portugal. Rev. Eudaldo Silva Lima; Rev. Jader Coelho; Presbítero e 
professor Júlio César Ribeiro; os presbíteros Francisco Martins, Horace 
Lane, Jairo Boy de Vasconcelos, este autor do livro “A Fantástica 
História da Maçonaria”, e os pastores Aristeu Pires, Armando Ferreira, 
Galdino Moreira e Jorge Buarque Lira, este último, renomado escritor, 
membro da Academia de Letras de São Paulo, autor de várias obras, 
dentre as quais se destaca: “A Maçonaria e o Cristianismo”. [...] 
Relacionamos apenas alguns nomes, daqueles que já se foram para vida 
eterna, [...] pois o rol de presbiterianos maçons que dedicaram suas vidas 
à causa do Evangelho é muito extenso. 
Outro presbiteriano de grande destaque na vida ministerial e maçônica é 
Miguel Rizzo Junior. Ele foi maçom atuante e também foi moderador da Assembléia 
4 Refere-se ao “Manifesto Presbiteriano” escrito por Atos Vieira por ocasião do Supremo Concilio da 
IPB em 2006.
geral da Igreja Presbiteriana em 1932. Depois de Rizzo, a Igreja Presbiteriana teve um 
importante nome na Maçonaria que foi o presbítero Paulo Breda Filho (1924-1991)5. 
Este por muitos anos freqüentou Loja em São Paulo e na França sendo mestre atuante 
nas oficinas de Lojas. 
Outro maçom de destaque e da Igreja Presbiteriana Americana foi John Theron 
Mackenzie, rico advogado que viveu sua vida em prool de projetos sociais, dentre 
estes a doação para fundação da Escola Americana no Brasil em 1870 que depois 
passou a chamar Mackenzie em homenagem a este maçom ilustre. Também existe 
uma Loja Maçônica em sua homenagem na Cidade de São Paulo com o seu nome 
pertencente ao GOB – Grande Oriente do Brasil. 
Há registros nos EUA de que o pai e um irmão de Simonton fundador da Igreja 
Presbiteriana do Brasil foram maçons do real arco, uma maçonaria de tradição Inglesa. 
Com referência a Jose Manoel da Conceição, há opiniões de muitos 
historiadores que o ex padre e depois ministro presbiteriano embora não pertencia à 
ordem, teve uma relação próxima, devido seus parentes, tios e tios avós serem da fileira 
progressista de Feijó e alguns deles na Maçonaria junto com o próprio Padre. 
Segundo Atos Vieira em uma entrevista concedida por ocasião do Suprem 
concilio de sua Igreja em 2002, afirmou que existiram muitos nomes que já morreram 
que por não se revelarem publicamente sua condição de maçom e nem autorizar seus 
descendentes ou a família, não poderam ser citados nos seus escritos. Dentre estes 
relatou mais 6 presidentes do Supremo Concilio e inúmeros pastores, presbíteros e 
diáconos da denominação alem de Álvaro Reis e Paulo Breda que foi Grão Mestre do 
GOB/SÃO PAULO. 
Os batistas do Brasil não foram diferentes de seus antecessores americanos. 
As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil 
são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se 
estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses 
pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja 
Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a 
reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de 
Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor 
que o consagrou eram maçons. 
5 Presb. Dr. Paulo Breda Filho era Advogado, filósofo e também empresário. Foi o primeiro Chanceler 
e Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Presidente da Igreja Presbiteriana do Brasil por 
oito anos.
i 
ESTE TEXTO FOI PRODUZIDO POR MIM. É UM PROJETO FUTURO DE UM LIVRO A SER 
PUBLICADO: “MAÇONARIA E RELIGIÃO”. 
BIBLIOGRAFIA 
ANDRADE, Athos Vieira de. O Evangelho e a Maçonaria: Uma parceria que deu certo no 
Brasil. Contagem: Lithera Maciel, 2004 
_________________________. Manifesto Presbiteriano, Belo Horizonte, 2006. 
CALMON, Pedro. História Social do Brasil, vol.1, 2 e 3. Coleção- Temas Brasileiros. São Paulo: 
Martins Fontes, 1995. 
FERREIRA, Julio Andrade. Religião no Brasil. Campinas: Editora Luz Para o Caminho, 1992 
GOMES, Antônio Máspoli de Araújo. Religião, Educação e Progresso. São Paulo: Editora 
Mackenzie, 2000. 
JAMES ANDERSON e sua Constituição: Fonte: Anderson's Constitutions, Constitutions 
d'Anderson 1723, texte anglais de l'édition de 1723, introduction, traduction et notes par Daniel 
Ligou, Paris, Lauzeray International, 1978 
MENDONÇA, Antonio Gouvêa. O Celeste Porvir: A inserção do Protestantismo no Brasil. São 
Paulo: ASTE, 1995. 
MORETTI, Fernando. Maçonaria nas Américas. São Paulo: Editora Escala, 2010 
OBERACKER JR., Carlos H.. O Movimento Autonomista no Brasil. Lisboa: Edições Cosmos, 
1977. 
OLIVEIRA, Jaime Balbino de. A Origem da Maçonaria. Prancha em pdf, Curitiba, 1998
PUSCH, Jaime. ABC do Aprendiz, 1994 
RIBEIRO, Boanerges. Protestantismo no Brasil Monárquico. São Paulo: Editora Pioneira, 1973. 
RUSSEL, Jeffrey. O Diabo na Idade Média, São Paulo: Editora Madras, 2005. 
Sites: Recanto das letras, Templeofmagic, wikpedia.org, Estudodabiblia, Urantia.org. 
VIEIRA, David Gueiros. O Protestantismo, a Maçonaria e a Questão Religiosa no Brasil. 
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1980. 
VILLAÇA, Antonio Carlos. História da Questão Religiosa no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco 
Alves Editora, 1974. 
AUTOR 
Mauro Ferreira de Souza: Bacharel em filosofia, em teologia (Universidade 
Mackenzie), Especialista em Filosofia Contemporânea e Historia pela 
(Universidade Metodista) e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade
Mackenzie São Paulo. 
Currículo CNPQ: http://lattes.cnpq.br/6652104071439857 
FOTOS:
Foto tirada no dia 02 de março de 2005 no Templo da Igreja Aglicana, em Caxias do Sul- RS. 
Símbolo da Igreja Ortodoxa e da Maçonaria
Bíblia com Símbolo da Maçonaria 
O Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil em 20 de dezembro de 2007 entrega homenagem 
ao Padre Erverson Faria de Melo, pároco de Trindade GO. A homenagem aconteceu na Loja 
Maçônica.
O Livro da lei – Bíblia Sagrada no centro de uma Loja 
Publicação do Livro Maçonaria e Igreja Católica 
FOTOS DE MAÇONS RELIGIOSOS
Católicos: 
Frei Caneca Padre Feijó Cônego Cunha Barbosa 
Maçons Presbiterianos: 
Rev. Álvaro Reis Rev. Zacarias de Miranda 
Rev. Miguel Rizzo Jr Dr. John Theron Mackenzie
Dr. Horace Lane Presb. Julio Ribeiro Presb. Paulo Breda 
Maçons Batistas Pioneiros: 
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Maçonaria e religião nos primórdios

  • 1. A MAÇONARIA E OS RELIGIOSOS I - A INTERFACE DA RELIGIÃO JUDAICA/CRISTÃ COM A MAÇONARIA NOS PRIMORDIOS Embora seja muito controvertida a origem moderna da Maçonaria, a maioria dos estudiosos datam a época do Rei Salomão (970 a.C) ou o arquiteto egípcio IMHOPTEP (3800 A.C). Os documentos mais antigos das Lojas Modernas datam de 8 de agosto de 1248 redigido em latim na cidade de Bolonha na Itália por um procurador do Bispo Local. O outro é de 1390 chamado de (Poema Régio). Após este período surgiu na Inglaterra em 1681 uma loja fundada pelo judeu Elias Asmole. Tal loja era composta por judeus e cristãos (católicos e protestantes), os quais eram líderes em suas comunidades religiosas. Essa loja conhecida como (Royal Society) prosseguiu os trabalhos até criar em 24 de junho de 1717 a grande Loja da Inglaterra. Mas esta Loja precisava de Leis e Rituais, é daí que entra em cena um religioso. O Reverendo James Anderson James Anderson (1679-1739) foi ministro da Igreja da Escócia, foi mestre de uma Loja Maçônica e Grande Oficial da Loja de Londres. Publicou em 1723 a Constituição Maçônica Moderna. Ele popularizou a ordem e estabeleceu princípios que norteiam a Maçonaria Moderna até os dias de hoje. Foi um clérigo presbiteriano da Escócia que criou e difundiu o Rito Escocês Antigo e Aceito. O elo do clero protestante mais forte se deu nos Estados Unidos, não somente com presbiterianos e anglicanos, mas com batistas, metodistas e outras denominações. A Independência Americana foi proclamada por líderes maçons e religiosos. O líder religioso e maçom de mais destaque foi o Pastor e filósofo calvinista Reverendo John Witherspoon. John Witherspoon (1723-1794) tornou um defensor das liberdades individuais, e foi o único membro do clero a assinar a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Clérigos americanos presbiterianos, metodistas e batistas participaram ativamente da Maçonaria. O importante pregador George W. Truett era grau 32 (1867- 1944), foi presidente da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos entre 1927- 1929 e também da Aliança Batista Mundial entre 1934-1939. Sobre a Maçonaria, disse: Dos primórdios das minhas memórias, assentado no colo de meu pai que era maçom, ouvindo suas conversas com companheiros maçons, ficou gravada em minha impressão, desde a infância, de que a fraternidade maçônica era uma das organizações mais conciliadoras e preservadora da sociedade humana. Eu nunca vacilei a respeito desta minha opinião de infância, pelo contrário, ela permanece inabalável dentro de mim através destes ocupados e agitados anos (HORREL: 1995, p.22). Outro maçom de destaque e da Igreja Presbiteriana Americana foi John Theron Mackenzie, rico advogado que viveu sua vida em prool de projetos sociais, dentre estes a doação para fundação da Escola Americana no Brasil em 1870 que depois passou a chamar Mackenzie em homenagem a este maçom ilustre. Também existe
  • 2. uma Loja Maçônica em sua homenagem na Cidade de São Paulo com o seu nome pertencente ao GOB – Grande Oriente do Brasil. II - OS MAÇONS DAS IGREJAS NO BRASIL CLÉRIGOS: CATÓLICOS E PROTESTANTES MAÇONS NO BRASIL A história do Brasil relata de forma vasta a presença de párocos católicos e protestantes na maçonaria maçons em eventos e revoluções de grande vulto nacional. O clero tendo acesso às novas idéias que germinavam da Europa e dos Estados Unidos, alguns encabeçaram grandes revoluções, como: a Inconfidência ou Conjuração Mineira em 1789 na pessoa do padre Rolim e cônego Luís Vieira; na revolução pernambucana em 1817 na de padre João Ribeiro; na Confederação do Equador em 1824 com o frei Caneca: na guerra dos farrapos; e por fim na Regência de Padre Feijó. Haja vista, o principal mentor intelectual destas revoluções foi o clero brasileiro. Ademais, a crise interna do clero vem desde a inconfidência mineira onde padres mais liberais e iluministas participavam do movimento ao mesmo tempo que eram membros da maçonaria. O historiador brasileiro Júlio Ferreira, (1992, p.84) assim escreveu: Paradoxalmente, era do seio da Igreja, a maior inimiga da maçonaria, que saiam os mais ardorosos maçons. [...] Durante quase meio século, pelo menos de 1790 a 1889, a maçonaria fez proselitismo em todas as classes, mas com especialidade na clerical. Por toda parte, onde quer que se tratasse de sussurrar, pedir ou protestar contra o confisco e outras medidas de arrochos, lá estava um padre ou um frade para reproduzir e ampliar as vozes de queixa ou revolta. Era o clero a classe subversiva por excelência, enquanto a Igreja, comprometida com a Corôa, defendia os privilégios, colocando a fraternidade, a caridade e a justiça social acima da disciplina eclesiástica. [...] Se a Igreja detestava a maçonaria, faziam-se eles, os padres, pedreiros-livres, levando a Loja para dentro da Igreja. Se ela era pelo status quo, eles eram pela mudança, pela remoção de tudo aquilo que impedia o bem estar geral e a liberdade individual. [...] A maçonaria incrementava o desejo de confraternização internacional na proclamação da fé num Ser Supremo, reivindicava o direito de cada indivíduo expressar sua opinião, particularmente com a liberdade da imprensa; exigia também a separação entre a Igreja e o Estado, a generalização da instrução popular, a extinção da pobreza e o fim do despotismo monárquico. Encontrou, em conseqüência dessas posições, a simpatia em todos os setores que aspiravam às reformas políticas. O clero brasileiro, especialmente depois da entrada de idéias liberais, iluministas e jansenistas, ficou um tanto dividido. "É sabido que a revolução de 1817, em Pernambuco, era uma revolução de padres, na qual 60 tomaram parte. Sob o império, penetraram na Câmara de Deputados e eram ministros ou membros da oposição" (BASTIDE, 1989, p.5). Dentre os 60 pelo menos uma dezena de maçons. No movimento autonomista brasileiro, o clero maçom teve uma participação fundamental. Este clero, juntamente com militares e deputados liberais foi quem
  • 3. elaboraram a representação enviada a Dom Pedro I, no evento que ficou conhecido como "Dia do Fico". A carta fora elaborada dentro de uma Loja Maçônica e foi redigida por Jose Bonifacio. A referida representação foi em primeiro lugar assinada pelo venerável bispo D. Mateus, um liberal-constitucional, incondicional adepto da regência de D. Pedro e propugnador do "dia do fico"; havia também a assinatura do arcebispo da Sé Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade, do Ouvidor da Comarca José da Costa Carvalho, do secretário do Governo Azevedo Coutinho. (OBERACKER JR., 1977, p.201-202). Todos eles ligados à maçonaria. A revolta que mais marcou por ser liderada por um líder eclesiástico foi a de Pernambuco, a qual ficou conhecida como Confederação do Equador em 1824. Ela abrangeu a Paraíba, Ceará e Rio grande do Norte. A revolta criou até uma República ou simplesmente chamada de Confederação do Equador. Essa revolução foi liderada pelo padre Joaquim do Amor Divino Caneca, conhecido simplesmente como frei Caneca. Esse frade tinha uma visão política e religiosa totalmente liberal e lutava contra a Constituição outorgada em 1824. Seus principais argumentos foram: a Constituição era excessivamente centralizadora; o texto Constitucional não era liberal; o texto era ilegítimo, pois havia sido criado não por um órgão representativo da nação, e sim pela vontade do imperador. Ademais, o substrato do pensamento de Caneca era o princípio do Direito Natural, a liberdade, a contradição aos governos absolutistas. O movimento de Caneca foi derrotado em novembro de 1824. A despeito das revoluções que tinha na sua estrutura clérigos, de paróquia ou não, pode se dizer que a modernidade liberal maçônica influenciara este clero de maneira a formar convicções profundas de idéias libertárias e iluministas. Todo o racionalismo científico, político e religioso circulava entre clérigos e leigos, principalmente nas Minas Gerais, onde a riqueza constantemente canalizada para a metrópole caracterizava revoltante espoliação da colônia e gerava idéias libertárias. [...] Nas estantes das [bibliotecas] estavam Locke, Voltaire, Rousseau, Montesquieu, a obra galicana de Fleury, Discours sur l' histoire eclesistique, assim como boa quantidade de livros de física, astronomia, história natural etc. (MENDONÇA, 2002, p. 65-66). O historiador basbaum relata que a igreja tinha o poder mas não usufruia de prestígio dentro da maçonaria por ser oficialmente contra esta. Entretanto era fácil encontrar no clero, especialmente as mentes mais brilhantes, aqueles que faziam parte da confraria. Mas a história da Igreja entre nós, não é a história do clero. Este teve muito mais influência que a Igreja. Se esta tinha idéias definidas sobre a conduta dos seus ministros em nosso país, é difícil sabê-lo. A o menos os seus ministros as ignoravam. Apesar dessa relativa influência dos sacerdotes, por vezes mais pessoal que por força do poder que representavam a irreligiosidade católica do povo, principalmente nas cidades, era notória. Atuavam como causas principais: a vida livre dos padres seculares que ostensivamente tinham família e filhos; muitos eram maçons e poucos crentes; a influência do positivismo e das idéias libertárias francesas; o espírito escravista de muitos padres e congregações religiosas. Aliás, o catolicismo dos brasileiros teve sempre um caráter particular, não
  • 4. diremos nacionalistas, mas fortemente influenciado pelas religiões e superstições africanas. [...] Pelo menos durante o império, em que a autoridade moral da Igreja e a própria crença católica muito haviam diminuído (BASBAUM, 1957, p.175-176). No mesmo período, o clero brasileiro estava também influenciado pelo jansenismo europeu, uma espécie de catolicismo mais liberal e contrário à subordinação das igrejas nacionais a Roma. Os jansenistas do século XVII e XVIII mantiveram o projeto de uma maior fidelidade às origens da fé católica, reagindo ao centralismo romano resultante do Concílio de Trento, bem como às pretensões da Cúria Pontifícia relativas ao controle absoluto da esfera religiosa nos diversos países. Nessa mesma linha de salvaguarda das características nacionais da fé, o episcopado francês liderado por Bossuet oficializava a declaração das liberdades galicanas. A partir de meados do século XVIII, parte expressiva do clero francês aderiu à ideologia liberal, veiculada pelos enciclopedistas; posteriormente, durante o período napoleônico, numerosos membros do clero juraram fidelidade ao Estado, afastando-se das diretrizes pontifícias. Esses clérigos passaram a ser conhecidos como galicanos. (AZZI, 1994, p.6-7). O movimento foi contestador e reivindicava uma reforma nas estruturas do catolicismo, tanto doutrinárias como na estrutura política eclesiástica, quase todos jansenistas eram maçons. O jansenismo foi um antagônico ao galicanismo, e de certa medida lutava por uma Igreja Nacional. Idéia principal do Padre Feijó. 2.1 PADRE FEIJÓ: O CLÉRIGO MAÇOM MAIS IMPORTANTE Padre Diogo Antônio Feijó, Deputado de São Paulo (1826), Ministro da Justiça (1831), Senador do Rio (1833), e depois Regente do Brasil (1835-1837), não apenas se manifestou liberal em medidas governamentais, mas chegou a combater o celibato clerical, com uma proposta de lei. Foi sob sua influência e atitude que o governo no Brasil fez grandes reformas nas ordens religiosas. Em sua Regência extinguiram-se diversas congregações religiosas. Em 7 de setembro de 1830 eram suprimidas a Congregação Carmelita e a Franciscana; em 9 de dezembro do mesmo ano, a ordem ou a congregação do Oratório e, em 8 de março de 1835, extinguia a ordem Carmelita de Sergipe. Sacerdote e intelectual, [...] tentou legitimar, pela autoridade, o casamento dos padres. Foi particularmente apoiado nesse projeto pelos seus compratiotas paulistas: assim em 30 de junho de 1833, conseguiu que a Assembléia Provincial solicitasse do bispo da diocese, que, aliás, participava da idéia, a autorização do casamento dos padres. Dois anos mais tarde, regente, pediu ao Marquês de Barbacena, então em Londres, que providenciasse a vinda para o Brasil de duas corporações de Irmãos Morávios, que se dedicassem a educar nossos indígenas. Os Morávios eram os membros da ínfima comunidade protestante que se havia encarregado, desde então, da primeira e já importante atividade missionária organizada do
  • 5. protestantismo. [...] Sabemos que Feijó não parou aqui, e que no processo de nomeação do seu amigo Pe. Moura a bispo do Rio levou-o a encarar a possibilidade da reunião de um concílio nacional que separaria o Brasil de Roma (LÉONARD, 2002, p.45,46). Ademais, Feijó não somente procurava uma reforma na Estrutura da Igreja brasileira, como também sua separação de Roma. Postulava uma Igreja mais liberal, e de certa medida a separação das instâncias religiosas e civis. Feijó, além de entender que é ao poder civil, e não ao eclesiástico que cabe estabelecer impedimentos matrimoniais, ainda considera o clero grego e o protestante melhores que o católico, porque seus ministros podem se casar. Filiando-se à corrente do catolicismo de então, que fazia distinção no casamento entre contrato civil (de jurisdição civil) e sacramento (de jurisdição eclesiástica), admitia que se retirasse aos sacerdotes o imenso poder contido no monopólio do casamento civilmente válido. Padres de São Paulo apoiaram outra iniciativa da Câmara dos Deputados. (RIBEIRO, 1973, p.128). 2.2 O FREI CANECA1 Frei Joaquim do Amor Divino Caneca era um homem de origem humilde, mas foi educado para se tornar um intelectual típico das Luzes Ibéricas. Embora não tenha se formado na Universidade de Coimbra, onde se formou a maior parte da elite luso-brasileira que assumiu o poder no Brasil após a Independência, Caneca estudou no Seminário de Olinda entrando em contato com a fina estampa do pensamento da época e com a idéia de império luso-brasileiro de D. Rodrigo de Souza Coutinho. Saiu de lá formado em filosofia, retórica e geometria e passou a dar aulas no Convento do Carmo. Caneca tinha grande familiaridade com filósofos iluministas das épocas Moderna e Contemporânea. Uma das características mais marcantes de seus textos, está no grande número de citações de filósofos como Montesquieu e Locke além de autores clássicos como Cícero e Tito Lívio, estando alinhado a um estilo textual próprio dos discursos retóricos do liberalismo ilustrado de sua época. Era um homem erudito e um artista na arte do discurso de convencer as pessoas. Contudo, suas convicções políticas o levariam além da mera arte do convencimento e da retórica.Condenado na devassa do movimento pernambucano de 1817, Caneca ficou preso na Bahia até a anistia de 1821. De volta a Pernambuco, já no começo de 1822, Caneca escreve uma Dissertaçãoi, num discurso rico acerca de suas considerações sobre pátria e cidadão. As linhas que se seguem pretendem algumas reflexões sobre esta obra. 1 Joaquim do Amor Divino nasceu provavelmente em 1774 em Recife no bairro de Fora das Portas. Digo provavelmente porque não constam registros de seu nascimento, mas apenas o registro no convento de Nossa Senhora do Carmo, onde tomou hábito de frade em e de dezembro de 1796. Seu pai trabalhava numa oficina de Tanoeiro, condição que lhe valeu a adoção de Caneca em seu sobrenome. Seus dados bibliográficos constam em “Notícia bibliográfica sobre frei Joaquim do Amor Divino Caneca”nas páginas introdutórias de Obras políticas e literárias de frei Joaquim do Amor Divino Caneca. Coligidas pelo Comendador Antônio Joaquim de Mello. Recife, Tipografia Mercantil do Recife, 1875, (edição fac- Símile de 1972). A “Dissertação sobre o que se deve entender por pátria do cidadão e deveres deste para com a mesma pátria” encontra-se nas pp.181-221 do v.2 das Obras políticas e literárias de frei Joaquim do Amor Divino Caneca.
  • 6. Uma característica dos escritos de Caneca está nas visíveis apropriações das idéias que inspiraram a Revolução Francesa e principalmente a Revolução Americana. O contratualismo de Locke e o constitucionalismo de Montesquieu, parecem estar ainda mais presentes em boa parte de sua obra. Contudo, podemos identificar também outras influências consideráveis como as de Raynal e De Pradt, fonte de discussão de temas como soberania nacional, pensamento ilustrado e emancipacionista. Frei caneca situa-se como ator político que dialoga com uma sociedade que dava seus primeiros passos no campo das discussões públicas e políticas. Nos trâmites desta abordagem, entendemos este autor em dois momentos: o primeiro num instante um pouco anterior à independência política de 1822, onde Caneca propõe-se a escrever uma dissertação para unir portugueses aqui estabelecidos e os brasileiros de nascimento em torno de um mesmo compromisso patriótico. Entendemos este posicionamento muito condizente com a ausência de elementos que pudessem corporificar um sentimento nacional consubstancioso para o Brasil. Em muitos textos contemporâneos a este texto de Caneca, o uso da palavra nação apresenta conotação ainda muito ligada à nação portuguesa. 2.3 OUTROS BISPOS, PADRES E AUTORIDADES DA IGREJA CATÓLICA 2.3.1 Cônego Januário da cunha Barbosa2 O Cônego Cunha Barboza teve importante papel no cenário político e intelectual na primeira metade do século XIX. Atuou como bibliotecário da Biblioteca Publica da Corte (Biblioteca Nacional), foi professor de filosofia racional de moral, editou e participou de vários periódicos destacando-se o Reverbero Constitucional Fluminense, além de fundar juntamente com o Marechal Raimundo José da Cunha Matos o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em 1838. Em uma carta narrada em terceira pessoa, Januário faz um extenso relato sobre suas contribuições para a independência do Brasil e conta a sua versão deste processo. O Cônego tenta realçar o seu papel na constituição e manutenção do Império do Brasil, seguindo o modelo retórico celebrizado por Júlio César em seu De Bello Gallico. Chega a afirmar que foi sua a sugestão para que D. Pedro I recebesse o título de Imperador do Brasil no lugar de apenas rei. Famoso pregador e prócer da Independência do Brasil. O Cônego foi iniciado em 1821 na Loja Comercio e Artes, a mesma de Gonçalves Ledo, um dos pais da Independência do Brasil. Nesta Loja, foi Orador, Primeiro Vigilante e Venerável. Na maçonaria brasileira ocupou vários cargos no Grande Oriente da época. Morreu em 1846 com o maior título administrativo da Igreja, o de Monsenhor. Cônego Januário da Cunha Barbosa, falando sobre a maçonaria diz:“Filha da ciência e mãe da caridade, fossem as sociedades como tu, ó santa Maçonaria, e os povos viveriam eternamente numa idade de ouro. Satanás não teria mais o que fazer na Terra e Deus teria em cada homem um eleito!” 2 Uma pesquisa mais abrangente, ver: Relação dos documentos que pertenceram a Januário da Cunha Barboza (IHGB), doc. 53, lata 107. Lúcia Maria Pascoal GUIMARÂES. Januário da Cunha Barbosa. In: Ronaldo VAINFAS (dir.). Dicionário doBrasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 394. Sobre as categorias elite brasileira e elite coimbrã , ver José Murilo de CARVALHO. A Construção da Ordem. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ; Relume Dumará. 1997, passim. Este documento encontra-se no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), lata 49, pasta 13. Existe uma pequena discordância entre o trecho citado do Reverbero e o que foi publicado no periódico, a parte alterada assim figura no periódico: Sim, Principe, Rasguemos o véo dos Mysterios, rompa-se a nuvem, que encobre o Sol, que deve raiar na Esphéra do Brasil. Eleva, eleva o Templo da Liberdade Brasileira; formese nelle o Livro da Lei [...] .Reverbero Constitucional Fluminense. Edição Fac-similar. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2005, tomo I, p. 303.
  • 7. 2.3.2 Padre Manoel Inácio de Carvalho Nasceu no Recife em 1795 e morreu no Rio de Janeiro em 1851. Idealista pela liberdade, foi anti-escravagista e anti-imperialista. Fez parte do Governo Provisório de Pernambuco em 1821, num momento mais crítico daquela província. O Padre Manoel Inácio de Carvalho, após considerar que a Maçonaria era a virtude personificada, acrescentou que: “... ela não tem símbolo que não seja a aplicação de uma verdade transcendente. Não possui um só mistério que não cubra a prática de alguma verdade.” 2.3.3 Bispo Dom Sebastião Pinto do Rego Nasceu em Niteroi no Rio de Janeiro em 1802, e desde cedo começou a se interessar por assuntos de filosofia e teologia. Quando jovem iniciara seus estudos e logo concluiu o seminário. Foi o oitavo bispo de São Paulo em 1863 a 1868 ano de sua morte. Sabe –se que pertenceu a Loja do Rio, sendo ardoroso defensor das causas das liberdades individuais e progressistas. É notável o entusiasmo dos membros do clero católico para com a instituição tão virulentamente atacada pelas autoridades eclesiásticas, mas o Bispo Dom Sebastião Pinho do Rego mostrou ainda maior entusiasmo em sua apreciação da Maçonaria: “Jesus Cristo instituiu a Caridade. A Maçonaria apoderou-se dela e constituiu-a sua mestra. È sob os seus auspícios que não morre a sua Esperança e se robustece a sua Fé. Bendita seja esta irmã da Igreja na Virtude!” Aqui citamos apenas os clérigos católicos maçons mais importantes da historia do Brasil, mas a lista inclui inúmeros outros como: Frei Jose de Santa Rita Durão, Padre Jose Pereira Tinoco, Cônego Juliano Faria Lotário, Cônego e a maioria do clero das Revoluções. 2.4 ALGUNS CLÉRIGOS PROTESTANTES A Maçonaria especialmente a do Rito Escocês Antigo e Aceito, sempre teve a participação ativa de clérigos protestantes, anglicanos e presbiterianos em sua maioria. Ademais, a Igreja Anglicana sempre predominou na sociedade inglesa e Pais de Gales, a Presbiteriana na Escócia. Esta última com 95% da população, onde a Maçonaria se popularizou mesmo no clero mais conservador da Igreja da Escócia, ou simplesmente Presbiteriano da Escócia. Na Escócia, país que consolidou os primeiros regulamentos e Rito da Maçonaria Moderna, foi iniciado naquele país um protestante calvinista sendo este o primeiro obreiro da Loja da Inglaterra. Depois dele o Reverendo James Anderson3 popularizou a ordem e estabeleceu princípios que norteiam a Maçonaria Moderna até os dias de hoje. Foi um clérigo presbiteriano da Escócia que criou e dinfundiu o Rito Escocês Antigo e Aceito. O elo do clero protestante mais forte se deu nos Estados Unidos, não somente com presbiterianos e anglicanos, mas com batistas, metodistas e outras denominações. A Independência Americana foi proclamada por líderes maçons e religiosos. O líder religioso e maçom de mais destaque foi o Pastor e filósofo calvinista Reverendo John Witherspoon. 3 James Anderson (1679-1739) foi ministro da Igreja da Escócia, foi mestre de uma Loja Maçônica e Grande Oficial da Loja de Londres. Publicou em 1723 a Constituição Maçônica Moderna.
  • 8. John Witherspoon (1723-1794) tornou um defensor das liberdades individuais, e foi o único membro do clero a assinar a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Clérigos americanos presbiterianos, metodistas e batistas participaram ativamente da Maçonaria. O importante pregador George W. Truett era grau 32 (1867- 1944), foi presidente da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos entre 1927- 1929 e também da Aliança Batista Mundial entre 1934-1939. Sobre a Maçonaria, disse: Dos primórdios das minhas memórias, assentado no colo de meu pai que era maçom, ouvindo suas conversas com companheiros maçons, ficou gravada em minha impressão, desde a infância, de que a fraternidade maçônica era uma das organizações mais conciliadoras e preservadora da sociedade humana. Eu nunca vacilei a respeito desta minha opinião de infância, pelo contrário, ela permanece inabalável dentro de mim através destes ocupados e agitados anos (HORREL: 1995, p.22). No Brasil clérigos presbiterianos e batistas sempre estiveram nas fileiras da maçonaria, principalmente antes da República. Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães dentre estes, maçons e protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. O presbiteriano maçom Athos Vieira de Andrade (2006, p.8-9)4, relaciona os mais importantes religiosos maçons da historia de sua denominação. Descreve: Rev. Álvaro Reis (ibid), Rev. Zacarias de Miranda, conhecido como “pena de ouro” da Igreja, respeitável líder presbiteriano que marcou a trajetória do seu ministério na tradicional Igreja de Sorocaba, SP. Fundador das Igrejas de Tiête, Laranjal Paulista e outras. Muitas vezes embarcou no trem em Sorocaba, levando também o seu cavalo, e, iniciava um longo itinerário pregando com destemor a Palavra de Deus, enfrentando dificuldades e perseguições. Rev. Pascoal Pita missionário em Portugal. Rev. Eudaldo Silva Lima; Rev. Jader Coelho; Presbítero e professor Júlio César Ribeiro; os presbíteros Francisco Martins, Horace Lane, Jairo Boy de Vasconcelos, este autor do livro “A Fantástica História da Maçonaria”, e os pastores Aristeu Pires, Armando Ferreira, Galdino Moreira e Jorge Buarque Lira, este último, renomado escritor, membro da Academia de Letras de São Paulo, autor de várias obras, dentre as quais se destaca: “A Maçonaria e o Cristianismo”. [...] Relacionamos apenas alguns nomes, daqueles que já se foram para vida eterna, [...] pois o rol de presbiterianos maçons que dedicaram suas vidas à causa do Evangelho é muito extenso. Outro presbiteriano de grande destaque na vida ministerial e maçônica é Miguel Rizzo Junior. Ele foi maçom atuante e também foi moderador da Assembléia 4 Refere-se ao “Manifesto Presbiteriano” escrito por Atos Vieira por ocasião do Supremo Concilio da IPB em 2006.
  • 9. geral da Igreja Presbiteriana em 1932. Depois de Rizzo, a Igreja Presbiteriana teve um importante nome na Maçonaria que foi o presbítero Paulo Breda Filho (1924-1991)5. Este por muitos anos freqüentou Loja em São Paulo e na França sendo mestre atuante nas oficinas de Lojas. Outro maçom de destaque e da Igreja Presbiteriana Americana foi John Theron Mackenzie, rico advogado que viveu sua vida em prool de projetos sociais, dentre estes a doação para fundação da Escola Americana no Brasil em 1870 que depois passou a chamar Mackenzie em homenagem a este maçom ilustre. Também existe uma Loja Maçônica em sua homenagem na Cidade de São Paulo com o seu nome pertencente ao GOB – Grande Oriente do Brasil. Há registros nos EUA de que o pai e um irmão de Simonton fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil foram maçons do real arco, uma maçonaria de tradição Inglesa. Com referência a Jose Manoel da Conceição, há opiniões de muitos historiadores que o ex padre e depois ministro presbiteriano embora não pertencia à ordem, teve uma relação próxima, devido seus parentes, tios e tios avós serem da fileira progressista de Feijó e alguns deles na Maçonaria junto com o próprio Padre. Segundo Atos Vieira em uma entrevista concedida por ocasião do Suprem concilio de sua Igreja em 2002, afirmou que existiram muitos nomes que já morreram que por não se revelarem publicamente sua condição de maçom e nem autorizar seus descendentes ou a família, não poderam ser citados nos seus escritos. Dentre estes relatou mais 6 presidentes do Supremo Concilio e inúmeros pastores, presbíteros e diáconos da denominação alem de Álvaro Reis e Paulo Breda que foi Grão Mestre do GOB/SÃO PAULO. Os batistas do Brasil não foram diferentes de seus antecessores americanos. As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons. 5 Presb. Dr. Paulo Breda Filho era Advogado, filósofo e também empresário. Foi o primeiro Chanceler e Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Presidente da Igreja Presbiteriana do Brasil por oito anos.
  • 10. i ESTE TEXTO FOI PRODUZIDO POR MIM. É UM PROJETO FUTURO DE UM LIVRO A SER PUBLICADO: “MAÇONARIA E RELIGIÃO”. BIBLIOGRAFIA ANDRADE, Athos Vieira de. O Evangelho e a Maçonaria: Uma parceria que deu certo no Brasil. Contagem: Lithera Maciel, 2004 _________________________. Manifesto Presbiteriano, Belo Horizonte, 2006. CALMON, Pedro. História Social do Brasil, vol.1, 2 e 3. Coleção- Temas Brasileiros. São Paulo: Martins Fontes, 1995. FERREIRA, Julio Andrade. Religião no Brasil. Campinas: Editora Luz Para o Caminho, 1992 GOMES, Antônio Máspoli de Araújo. Religião, Educação e Progresso. São Paulo: Editora Mackenzie, 2000. JAMES ANDERSON e sua Constituição: Fonte: Anderson's Constitutions, Constitutions d'Anderson 1723, texte anglais de l'édition de 1723, introduction, traduction et notes par Daniel Ligou, Paris, Lauzeray International, 1978 MENDONÇA, Antonio Gouvêa. O Celeste Porvir: A inserção do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1995. MORETTI, Fernando. Maçonaria nas Américas. São Paulo: Editora Escala, 2010 OBERACKER JR., Carlos H.. O Movimento Autonomista no Brasil. Lisboa: Edições Cosmos, 1977. OLIVEIRA, Jaime Balbino de. A Origem da Maçonaria. Prancha em pdf, Curitiba, 1998
  • 11. PUSCH, Jaime. ABC do Aprendiz, 1994 RIBEIRO, Boanerges. Protestantismo no Brasil Monárquico. São Paulo: Editora Pioneira, 1973. RUSSEL, Jeffrey. O Diabo na Idade Média, São Paulo: Editora Madras, 2005. Sites: Recanto das letras, Templeofmagic, wikpedia.org, Estudodabiblia, Urantia.org. VIEIRA, David Gueiros. O Protestantismo, a Maçonaria e a Questão Religiosa no Brasil. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1980. VILLAÇA, Antonio Carlos. História da Questão Religiosa no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves Editora, 1974. AUTOR Mauro Ferreira de Souza: Bacharel em filosofia, em teologia (Universidade Mackenzie), Especialista em Filosofia Contemporânea e Historia pela (Universidade Metodista) e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade
  • 12. Mackenzie São Paulo. Currículo CNPQ: http://lattes.cnpq.br/6652104071439857 FOTOS:
  • 13. Foto tirada no dia 02 de março de 2005 no Templo da Igreja Aglicana, em Caxias do Sul- RS. Símbolo da Igreja Ortodoxa e da Maçonaria
  • 14. Bíblia com Símbolo da Maçonaria O Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil em 20 de dezembro de 2007 entrega homenagem ao Padre Erverson Faria de Melo, pároco de Trindade GO. A homenagem aconteceu na Loja Maçônica.
  • 15. O Livro da lei – Bíblia Sagrada no centro de uma Loja Publicação do Livro Maçonaria e Igreja Católica FOTOS DE MAÇONS RELIGIOSOS
  • 16. Católicos: Frei Caneca Padre Feijó Cônego Cunha Barbosa Maçons Presbiterianos: Rev. Álvaro Reis Rev. Zacarias de Miranda Rev. Miguel Rizzo Jr Dr. John Theron Mackenzie
  • 17. Dr. Horace Lane Presb. Julio Ribeiro Presb. Paulo Breda Maçons Batistas Pioneiros: Pr. Antonio T. Alburquerque Pr. Salomão Ginsburg Pr. William Buck Bagby
  • 18. Primeiro Templo Maçônico do mundo moderno-1789 Londres Foto tirada dentro da capela existente na Quinta da Regaleira em Portugal Simbolismo católico tomado da Maçonaria
  • 19. Templo de Salomão: Planta baixa e Enquetes