1) O documento é um boletim informativo de uma loja maçônica que contém notícias e artigos sobre maçonaria.
2) Um dos artigos resume o simbolismo do Altar dos Juramentos na maçonaria, explicando que é onde os maçons prestam seus juramentos perante as Grandes Luzes.
3) O altar representa o local sagrado onde os maçons se comprometem a seguir os princípios da ordem maçônica de busca pela verdade e perfeição moral.
1. JB NEWS
Informativo Nr. 386
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 21 de setembro de 2011
Índice desta quarta-feira:
1. Almanaque
2. Maçonaria – O Altar dos Juramentos (Ir. Pedro Juk)
3. A Tábua de Esmeralda (Ir. Sergio Luciano Ávila)
4. Leis Eternas ( http://www.eternocaminhante.blogspot.com )
5. Questões sobre Maçonaria – Perguntas e Respostas (Ir.
Pedro Juk)
6. Destaques JB
2. livros Indicados
Museu Maçônico Paranaense
http://www.museumaconicoparanaense.com
RÁDIO SINTONIA 33 E jb news
UMA DOBRADINHA INCRÍVEL
ACESSE: WWW.radiosintonia33.com.br
3. 1621 - Rei Jaime I de Inglaterra cede o Canadá a Sir Alexander Stirling.
1778 - Fundação da cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul.
1792 - É declarada a 1ª República da França.
1863 - A independência da Argentina é reconhecida por Espanha.
1893 - É dirigido pela primeira vez um automóvel movido a gasolina.
1915 - Stonehenge, na Inglaterra, é vendido em leilão por £ 6600.
1915 - Estréia no Rio de Janeiro, a primeira versão (muda e em branco e preto)
do filme A moreninha.
1937 - J.R.R. Tolkien publica "O Hobbit".
1939 - Colinescu é assassinado por legionários da Guarda de Ferro, na Romênia
1942 - Realizado o primeiro vôo do bombardeiro B-29 Superfortress, o maior da
Segunda Guerra Mundial.
1949 - Independência de Taiwan.
1963 - Inauguração da TV Coroados, primeira emissora de TV do interior do
Brasil
1964 - Independência da Malta.
1965 - Cingapura, Gâmbia e Ilhas Maldivas são admitidas como Estados-
Membros da ONU
1971 - Bahrein, Butão e Qatar são admitidos como Estados-Membros da ONU
1974 - A Sonda Mariner 10 passa pela segunda vez perto do planeta Mercúrio
1976 - As Ilhas Seychelles são admitidas como Estado-Membro da ONU.
1979 - José Eduardo dos Santos toma posse como Presidente da República de
Angola.
1981 - Independência do Belize.
1984 - Brunei é admitido como Estado-Membro da ONU
1991 - Há votação na Armênia para decidir se continua na União Soviética.
1992 - Um terremoto de 7,7 graus na escala de Richter abala a Nicarágua.
2005 - Após sofrer denúncias de recebimento de propina, Severino Cavalcanti
renuncia ao mandato e à presidência da Câmara dos Deputados do Brasil.
4. Internacional
Dia internacional da Paz - Criado por Resolução do plenário da ONU.
Dia Mundial da Doença de Alzheimer.
Brasil
Dia da Abelha Rainha.
Dia do Agente Fiscal da Receita Federal.
Dia da árvore.
Dia do fazendeiro.
Dia do radialista.
Dia do adolescente.
Dia de São Mateus, apóstolo e evangelista.
Dia Nacional de luta da pessoa com deficiência.
Aniversário de fundação do município de Corumbá do Estado de Mato Grosso
do Sul
Aniversário de fundação do município de Petrolina no Estado de Pernambuco -
Feriado Local.
Aniversário de fundação do município de São Mateus do Sul no Estado do
Paraná.
Aniversário de fundação do município de São Mateus no Estado do Espírito
Santo.
Aniversário de fundação do município de Rebouças, no Estado do Paraná.
Portugal
Feriado do município de Viseu.
Feriado no município de Sever do Vouga.
Feriado no município de Soure.
Espanha
Feriado do município de Monzón.
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1762:
Data nas Constituições de 1762 atribuídas ao Soberano Conselho dos
Príncipes do Real Segredo, de Bordeaux, França.
Estabeleciam jurisdição também sobre os Graus Simbólicos e Lojas
Simbólicas.
1871:
Fundação da Grande Loja da Columbia Britânica, no Canadá.
1981:
Fundação da Loja Elias Gabriel nr. 2128, de Goiânia, GOEG/GOB
5. MAÇONARIA – O ALTAR DOS JURAMENTOS
Ir Pedro Juk - MM (Morretes-PR)
INTRODUÇÃO.
O objetivo desta lauda é o de apresentar de forma
sintetizada e objetiva, alguns conceitos concernentes ao
simbolismo do Altar dos Juramentos – parte importante do
mobiliário de uma Loja Maçônica - assim como algumas
razões históricas relacionadas a ele desde os primórdios da
Francomaçonaria até a Moderna Maçonaria.
ETIMOLOGIA
ALTAR – Substantivo masculino (do latim:
altare), designa a pedra cujo destino é a da celebração dos
sacrifícios oferecidos a uma divindade; no catolicismo é
também a mesa destinada a celebração de uma missa. De uma
forma geral, nos templos pagãos, os altares possuíam o
formado de um pedestal – quadrado, retangular, ou redondo –
construídos em granito, ou mesmo de ricos metais. No
catolicismo, de raiz cristã, o altar possui a forma de um
sepulcro antigo, sendo que nos primórdios da Igreja, existia
propriamente apenas um altar em cada templo, de tal maneira
que a sua posição levasse ao sacerdote celebrante ficar
voltado para o Oriente. Posteriormente, com o aparecimento
de outros altares, o altar principal passou a se denominar
como altar-mor. Na mesma posição que este altar, no Oriente,
tal qual o Santo dos Santos do templo de Jerusalém,
considerando-se aí uma espécie de arquétipo de um templo
maçônico, fica o Altar ocupado pelo Venerável Mestre, ou
Mestre da Loja, onde nos tempos da primitiva Maçonaria
6. (costume praticado até hoje em muitos ritos), eram tomados
os compromissos, ou juramentos.
JURAMENTO – Substantivo masculino (do latim:
juramentum), indica o ato de jurar. É também a forma mais ou
menos solene com que se presta um juramento, prometendo,
ou afirmando algo tomando Deus por testemunha, ou mesmo
invocando o nome de alguma coisa que se julgue sagrada, no
intuito de confirmar a verdade, ou mesmo a sinceridade.
Em Maçonaria, o juramento maçônico existe em
todos os graus e toma o “Grande Arquiteto do Universo” como
testemunha, cuja finalidade é de mostrar a sinceridade do
maçom perante a obediência às leis, ao sigilo e as práticas
internas da Ordem.
EXPOSIÇÃO.
O ALTAR DOS JURAMENTOS NA MAÇONARIA –
Em primeira análise, na autêntica Maçonaria, existe apenas
um Altar, o qual fica localizado diante do Venerável Mestre e,
em especial, na Maçonaria Inglesa, diante do Mestre da Loja,
cujo pequeno móvel, ou pedestal ficam depositadas as Três
Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria – o Livro da Lei, o
Esquadro e o Compasso.
Tomando o juramento maçônico como um ato
solene, estes sempre são prestados no Altar colocado no
Oriente sob o dossel, considerado como a parte mais íntima
de um templo maçônico, o que corresponde ao Santo dos
Santos do templo de Jerusalém e por extensão ao altar-mor
das Igrejas.
De certa forma, segundo bons historiadores, este
procedimento vem ocorrendo desde os primórdios da
moderna Maçonaria em todos os ritos, já que no período
operativo não existiam nem ritos e nem templos maçônicos –
embora a tomada dos compromissos, ou juramentos tenham
sempre existido de forma imemorial e na presença do Livro
da Lei, do Esquadro e do Compasso.
7. A guisa de esclarecimento, pelo seu caráter
imemorial, a presença do Livro da Lei, do Esquadro e do
Compasso em Loja aberta, acabou sendo classificada como um
dos Landmarks da Ordem.
No sentido de se prestar o juramento diante do
Altar, só recentemente, já no século XX é que alguns ritos
passaram a colocar à frente do Altar, como extensão deste,
uma pequena mesa que, por conseguinte acabou sendo
chamada de “Altar dos Juramentos”, sendo que,
posteriormente, algumas Obediências acabaram por leva-lo
para o centro do templo, acabando com isso, por tirar-lhe o
verdadeiro sentido simbólico.
No tocante ao juramento maçônico e o Altar como
lugar de sacrifício, seu nome parece um tanto quanto mal
escolhido, já que nenhum ato simbólico na Loja exprime a
idéia de um sacrifício, porém implica em um aspecto de
compromisso de mudança e purificação interna daquele que
se compromete com os desígnios da Sublime Instituição.
Muito embora a dialética agressiva do perjuro,
mesmo de forma simbólica, pareça um sacrifício, ela na
verdade estimula no protagonista um sentido de mudança já
que existe uma relação entre o Sinal do Grau e o compromisso
como forma de lembrança do fiel cumprimento do dever
aceito. Diga-se de passagem, que muitas Obediências, a
exemplo da Inglesa, já tenham abolido a descrição de
qualquer penalidade simbólica durante a prestação do
juramento, ou compromisso, restringindo-se esta apenas a
uma explicação posterior com o sentido de instruir o neófito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Em síntese, dadas as considerações, o simbolismo do
Altar dos Juramentos, pelo seu valor, exprime a idéia
particular daquilo que o homem venera, sobretudo pela
devoção que por ela tem.
O elo entre o Altar e o Juramento, ou
Compromisso, é de que o Altar é o local, ou suporte onde
estão depositadas as Três Luzes Maiores da Maçonaria, onde o
8. Livro da Lei expressa o código de Fé que anima a Verdade
relacionada a razão da existência do próprio Homem. O
Esquadro como símbolo de retidão, ordena de um lado a ação
do Homem sobre a matéria e de outro, a ação do Homem
sobre si mesmo, o que significa que a retidão da sua conduta e
da sua ação resultará na perfeição da Obra. Quanto ao
Compasso, também como instrumento indispensável para as
construções sólidas e perfeitas, implica que a justa medida é
caráter essencial para que o homem possa se transformar
aplicando as suas obras e o conhecimento adquirido na
construção social, moral e virtuosa.
Esta disposição sobre o Altar, que só se apresenta
em Loja aberta, exprime, sobretudo a união dos utensílios
imprescindíveis para a construção com a fé que governa e
anima, traduzindo-se em um símbolo de sacrifício sim, porém
não material, mas das ignóbeis paixões.
Ante o Altar, o juramento se constitui em um
símbolo de solicitude com que se pretende conservar a
natureza no coração e extinguir as manchas lodosas dos vícios
pela constante ação da virtude, revelando-se em um
movimento harmônico no cosmos, cuja Luz Divina ilumina e
dá vida, exortando sentimentos natos de respeito ao Criador,
conduzindo o Maçom a se tornar o operário trabalhador e
consciente, cujo labor de aperfeiçoamento moral e espiritual,
resultará no engrandecimento da Ordem em geral e para o
bem estar de toda a Humanidade em particular.
Finalizando, o Altar e o Juramento são partes
integrantes do Iniciado. O primeiro como o local de magnitude
e suporte das Grandes Luzes que regem pelo resto da vida
aquele que se compromete, enquanto que o segundo revela o
compromisso do Maçom para com a Instituição e para consigo
mesmo, portanto, não há como se confundir o Altar e o ato do
Juramento com qualquer devoção religiosa, pois a Maçonaria
não interfere na crença pessoal dos homens, bastando que
para tal o Maçom creia no Ente Supremo, que de modo
conciliatório entre os povos e civilizações, denomina-se de
“Grande Arquiteto do Universo”.
9. ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO:
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de – DICIONÁRIO DE MAÇONARIA – Editora
Pensamento, São Paulo, 1998.
CASTELLANI, José – DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO MAÇÔNICO/M, N, O, P, Q
– Editora Maçônica A Trôlha, Londrina, 1991.
- DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO MAÇÔNICO/A, B, C – Editora Maçônica A Trôlha,
Londrina, 1990.
JUK, Pedro – O ALTAR DOS JURAMENTOS – Ensaios, 1999, Curitiba.
_____ - A FILOSOFIA DO JURAMENTO MAÇÔNICO – Ensaios, 2.002, Curitiba.
VAROLI F.º, Theobaldo – CURSO DE MAÇONARIA SIMBÓLICA – TOMO I , A
Gazeta Maçônica, São Paulo, 1.987.
CARVALHO, Francisco de Assis – SÍMBOLOS MAÇÔNICOS E SUAS ORIGENS –
Editora Maçônica A Trôlha, Londrina, 1990.
ASLAN, Nicola – GRANDE DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MAÇONARIA E
SIMBOLOGIA – VOL. I , Editora Maçônica A Trôlha, Londrina, 1.996.
MELLOR, Alec – DICIONÁRIO DA FRANCO-MAÇONARIA E DOS FRANCO-
MAÇONS – Martins Fontes, Sociedade das Ciências Antigas, São Paulo,
1.979.
Ir. Sergio Luciano Ávila
Loja Templários da Nova Era – Florianópolis
Introdução
Hermes Trismegistos é o nome grego dado ao deus egípcio
Thoth, considerado o inventor da escrita e de todas as
ciências, inclusive a medicina, a astronomia e a magia. O nome
‘Hermes Trismegisto’ significa ‘Três Vezes Poderoso Hermes’.
A tradução dos escritos atribuídos ao deus Hermes pode ser
dividido em dois tipos principais: o hermetismo “popular”,
10. que trata da Astrologia e das Ciências Ocultas; e o hermetismo
para os “cultos”, que trata de Teologia e de Filosofia.
Nesta peça de arquitetura trataremos especificamente de
apenas um escrito atribuído a Hermes, a saber, a Tábua de
Esmeralda. Esta obra, que seria um diálogo de Hermes
consigo mesmo, fundaria a Ciência e a Filosofia.
Desenvolvimento
Atrevo-me aqui, como desenvolvimento desta peça de
arquitetura, a comentar uma possível tradução da Tábua de
Esmeralda. Ressalto, possível tradução!
“ É verdade, certo e muito verdadeiro:
Três vezes!!
Que o que está embaixo é semelhante ao que está em cima e o que está em cima
é semelhante ao que está embaixo, para realizar os milagres de uma única
coisa.
Yin-yang?!? Mas tudo é um!
E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas nasceram
desta única coisa, por adaptação.
Referência explícita ao G.:A.:D.:U.:
O Sol é o pai, a mãe é a Lua, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua
ama;
O sol no oriente, a lua no ocidente e estamos no ventre do templo, nosso chão.
O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.
Telesma é substância da qual, segundo os alquimistas, se formaram todas as
coisas.
Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.
Separarás a terra do fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.
Inteligência e razão?!
Sobe da terra para o céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das
coisas superiores e inferiores.
Macro e microcosmo?!
Desse modo obterás a glória do mundo.
Virtudes?!
E se afastarão de ti todas as trevas.
Vícios?!
11. Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: que vencerá todas as coisas
sutis e penetrará em tudo o que é sólido.
Assim o mundo foi criado.
Esta é a fonte das admiráveis adaptações e seu mecanismo é este aqui indicado.
Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegistos, pois possuo as três partes
da filosofia universal.
O que eu disse da Obra Solar é completo.”
Três partes da filosofia universal?!
Conclusão
O esoterismo maçônico, com a sua tradução em rituais,
símbolos e alegorias, é criação de pesquisadores e estudiosos
das culturas da antiguidade. Elias Ashmole, Desaguilliers e
Francis Bacon foram alguns destes homens. Eles foram
grandes conhecedores do hermetismo. Eles introduziram na
Maçonaria os mesmos conceitos filosóficos, utilizando os
instrumentos da arte de construir, como símbolos da
regeneração e do aperfeiçoamento moral e espiritual do
Homem.
Sobre o texto agora lido, precisa-se obviamente e por
primeiro, respeitar todas as imperfeições das traduções ao
longo dos séculos e séculos bem como a eterna e produtiva
desconfiança sobre as fontes utilizadas. Mas, apesar de todas
as desconfianças, o texto nos faz perceber com clareza três
naturezas: a natureza humana (corpo e mente), a natureza
cósmica (mundo natural, mundo humano, mundo divino) e o
texto finaliza com a natureza divina (energia-vida). Esta
trindade, homem x natureza x divino, nos remete a muitos
conceitos que embasam a Maçonaria. Deixo, por fim, uma
última reflexão:
“A parte é algo diferente do todo; mas é também o mesmo que
o todo é; a substância é o todo e a parte.”
Heráclito de Éfeso (540 a.C.-470 a.C.)
Bibliografia
“2ª. Instrução e seus Complementos do Grau de Companheiro-Maçom,” GLSC,
2006.
12. “Rituais dos Graus de Aprendiz-Maçon e de Companheiro-Maçom”, GLSC, 2007.
“Do Meio-Dia à Meia-Noite – Vade-Mécum Maçônico,” M.: I.: João Ivo Girardi,
Ed. Nova Letra, Blumenau, 2008;
Informativo JB News, editorado pelo M.: I.: Jeronimo Borges, 2011.
Vários sítios profanos;
Postado em 06.08.11 pelo Ir.
Fabiano Machado da Loja Liberdade e Harmonia nr. 81 (GLSC) no seu
Blog http://www.eternocaminhante.blogspot.com
Leis Eternas
Existe uma predisposição em nós, humanos providos de livre-
arbítrio, para fazermos o bem ao invés do mal? Vamos refletir:
como nos sentimos ao fazermos o bem e como nos sentimos
ao fazermos o mal? Partindo do pressuposto que sim, que
somos “feitos” para fazer o bem e que sentimos os efeitos
contrários quando fazemos o mal, de onde vem esta
imposição natural?
Eis aí a busca pela compreensão das Leis Eternas, leis que sem
estarem escritas existem e atuam desde as brumas do tempo e
continuarão até o longínquo infinito, por estarem conduzindo
a Criação para seu fim último, que por mais que não saibamos
13. seus detalhes, podemos dizer que se trata do equilíbrio e
evolução desta Criação. O que determinam e nos dizem estas
Leis? Acredito que nos apontam o caminho acertado, nos
beneficiando em nossos acertos e nos sancionando nos erros.
Algumas destas Leis podemos já conhecer frente aos
conhecimentos e experiências que nossa humanidade já
adquiriu, tal como a Evolução que é e si uma lei que se impõe
à natureza e ao homem, ou a Causa e Efeito que muito além
de servir apenas à física também se mostra aplicável nas
atitudes dos homens ao longo da história e mesmo nas
pequenas coisas de nossa vida pessoal.
Filósofos como Sócrates e Platão afirmavam que devíamos
escolher o caminho das virtudes, da justiça e do bem, e nos
apartarmos da ignorância e do mal, e isto nos mostra como as
mentes observadoras e sensíveis captam os pressupostos das
Leis Eternas. Também na filosofia hermética encontram-se
muitas referências e estas Leis, tal como nos ensinamentos
atribuídos a Hermes Trismegistos contidos no livro intitulado
“O Caibalion”, aonde podemos encontrar sete princípios que
seriam tal como as Leis Eternas, sendo que dentre estes
princípios estão os de Mentalismo, Correspondência, Vibração,
Polaridade, Ritmo, Causa e Efeito, Gênero.
Acredito particularmente que a Grande Inteligência Universal
é justa e perfeita, e sendo assim a partícula divina que há em
nós, nosso espírito, sendo consubstancial ao que lhe deu
origem, seja por isto atraído por esta força de justiça e
perfeição, tal como a agulha da bússola é atraída para o norte,
e isto é o que nos faz pressentir o que é o bem e o que é o mal,
nos incumbindo de desbravar os obstáculos rumo à conquista
deste fim, vencendo a ignorância e os erros, na medida em que
se reflete no aperfeiçoamento da nossa forma de pensar e de
agir, no maior acerto das escolhas que fazemos. Destas forma
as Leis Eternas, como mantenedoras da harmonia, equilíbrio e
evolução de toda a Criação, traçam a rota para que a nossa
partícula divina, tendo partido de sua origem, possa também
alcançar seu fim e fazer-se digna do Todo.
14. O Ir. Pedro Juk responde:
Questão apresentada pelo Respeitável
Irmão Aécio Speck Neves, Loja Nereu de
Oliveira Ramos, Rito Escocês Antigo e
Aceito, GOB, Oriente de Florianópolis,
Estado de Santa Catarina.
aeciospeckneves@hotmail.com
Sobre o mesmo caso tenho várias dúvidas, peço a fineza de
um esclarecimento. É um mal a ser evitado.
Como se deve proceder quando um profano que se conhece como
mau elemento é indicado para ser iniciado na Loja em que se é
obreiro? Em geral só se toma conhecimento do caso quando a
proposta é colocada no Saco de Propostas e Informações. São
feitas três leituras, em quaisquer desses dias poder-se-á fazer a
objeção publicamente? Ou somente no dia da votação, antes de
ocorrer o escrutínio? Se a objeção for feita logo na primeira leitura
não se corre o risco do padrinho retirar a indicação? Aí o indicado
poderia ser proposto em outra Loja, não? E nesse caso, se o
15. indicado for realmente nocivo, não seria melhor que tivesse ocorrido
o escrutínio, na esperança que houvesse bolas pretas o suficiente
para barrar de vez com a pretensão – livro negro? Afinal, se é
nocivo para uma Oficina de São João, justa e regular, ter em seu
Quadro um sujeito ruim, também o é em quaisquer outras Lojas! O
que fazer?
Resposta:
Qualquer proposta de admissão dependerá de deliberação
prévia de uma Loja da Federação (Art. 4º do RGF). Isso se
traduz no seguinte: não se entrega qualquer proposta de
admissão a candidato sem que antes a Loja esteja de acordo.
Para tanto, o maçom interessado em apresentar um candidato
deverá preencher o formulário de prévia e posteriormente
entrega-lo ao Venerável Mestre, que manterá em sigilo o
nome do proponente. Tal formulário com os dados básicos de
identificação do candidato será lida na sessão subsequente em
grau de aprendiz (Inciso I do Art. 4º do RGF). Após ter sido
feita a competente leitura em Loja uma via do formulário será
fixada no quadro da Loja, omitido o nome do proponente
(Inciso II do Art. º 4 do RGF). No máximo trinta dias da
apresentação do candidato o Venerável fará a leitura do
formulário a ele relacionado, colocando na Ordem do Dia a
matéria em discussão e votação com o objetivo de entrega ou
não da proposta (Inciso III do Art. 4º do RGF). Caso seja
negada a entrega da proposta, o pedido será arquivado, cujo
fato será registrado no Livro Amarelo da Loja e
imediatamente comunicado ao Grande Oriente Estadual ou do
Distrito Federal, bem como à Secretaria Geral da Guarda dos
Selos. Em caso contrário, sendo autorizada a entrega da
proposta, a mesma será feita pelo Venerável ao proponente
(Inciso IV, Art. 4º do RGF).
É salutar também lembrar que o proponente deverá ser um
Mestre Maçom e com frequência mínima da cinquenta por
cento nos últimos doze meses.
Como se pode notar a entrega da proposta depende
indistintamente de aprovação prévia do candidato. Da mesma
forma é bom observar que a Loja deve manter o Livro
16. Amarelo (e também o Negro se for o caso). No caso de rejeição
do candidato a comunicação aos destinos competentes é
primordial, pois assim, no caso do mesmo ser proposto
sorrateiramente em outra Loja da Obediência, ele será
descoberto e impugnado.
Obviamente, essa matéria tem que ser votada em Loja cujo
resultado por maioria dará o direito ao andamento do
processo, sendo que ao contrário este fica imediatamente
estagnado sem a entrega oficial da proposta em cujos trâmites
não chegarão ao escrutínio secreto.
A continuidade do processo está claramente explicitada no
diploma lega (RGF) nos Artigos 5º e seguintes (recomento a
leitura).
Em se seguindo os trâmites legais, pelo menos na Obediência
que tramita o processo de ingresso do candidato, este só
receberá a autorização para ser iniciado (placet de iniciação)
se todas as exigências hábeis e legais forem cumpridas. Daí é
de muito boa geometria o conhecimento das nossas Leis
através da Constituição e Regulamento Geral da Federação,
cujo Guarda da Lei deve ter perfeito conhecimento dos
respectivos conteúdos.
Sob essa óptica, não vejo como melhor forma se chegar ao
escrutínio para se barrar um mau elemento. A prévia de
admissão já é o suficiente, todavia, se este for aprovado, ainda
existem as sindicâncias e por fim o escrutínio. Agora, em
sendo esse elemento nocivo e ele chegar aos trâmites finais,
alguma coisa está errada, ou com o proponente, ou com o
Mestre que abona, ou mesmo com os sindicantes. Nesse
sentido não sei quem seria o pior – o elemento que ainda não
entrou, ou aqueles que insistem em coloca-lo para com ele se
ombrear lado a lado.
Quanto ao padrinho (proponente) retirar a proposta é um ato
ilegal e não está previsto no Regulamento. Entendo que o
mínimo que um proponente deve fazer é evitar esse tipo de
elemento e, se passível de engano, pedir desculpas à Loja e
dar destino ao Livro competente.
17. Entendo perfeitamente que errar é humano e ninguém traz a
identificação de homem probo na testa, todavia, se verificados
os fatos e constatados de forma justa e imparcial que esse
alguém não é elemento digno, o melhor mesmo é abortar o
plantio, já que a colheita sempre é feita conforme a
semeadura.
Finalizando, devo dizer que a responsabilidade maior é do
padrinho. Em muitas Obediências estrangeiras esse
procedimento é deveras levado a sério. Lá, sem muitas
delongas, artigos, incisos e parágrafos, o proponente é o
primeiro a ser punido se o seu afilhado não se comportar
dignamente nas lides maçônicas. Tudo é muito simples. É só
uma questão de responsabilidade.
T.F.A.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com
Set/2011.
Envie suas perguntas para
jbnews@floripa.com.br
mencionando nome completo,
Loja, Oriente, Rito praticado
e Obediência.
O Irmão receberá a resposta
diretamente do Ir Pedro Juk,
e através do JB News.
18. Palestra
O Ir. Hercule Spoladore, da Loja de Pesquisas Maçônicas
Brasil, de Londrina, encerra na noite desta quarta-feira (21) o
seu ciclo de palestra por Florianópolis. Falará sobre “Análise
dos Antigos Manuscritos” No Sublime Grande Capítulo
Adonhiramita de Santa Catarina, em Sessão Ordinária em
Grau 8 – Aprendiz Escocês ou Pequeno Arquiteto.
Dose dupla em São Pedro de Alcântara
Sábado, dia 24, no Templo localizado na Fazenda Paraíso da
Serra, em São Pedro de Alcântara, duas importantes Sessões:
Às 10h00 tem Sessão da Loja União Adonhiramita nr. 3129 em
Grau de Aprendiz Maçom. E, às 14h00,Na Loja de Perfeição
Logo nr. 0541 (GOB/SC) haverá Sessão de Elevação ao 7º.
Grau dos Irmãos Edeson Rosar; Eduardo Lange Fontes; Eduardo
Lobo; João Luis Martins Amorim; Luiz Gustavo de Almeida Lima; Marco
Antonio Cunha Ramos; Claudio Vicente de Souza e Fabiano Wolinger.
20. Visita do Ir Aleksandro Aita ( ARLS Jack Matl Nº 49 de
Rio Negrinho - GLSC) na Loja Bonne Foi –
Saint Germain en Laye – França
Templo
Ágape após a Sessão
21. O Ir Adilson Zotovici da
ARLS Chequer Nassif-169, que trabalha no REAA,
é um admirador do Rito Adonhiramita, talvez o mais
esotérico de todos. Para brindá-lo, compôs os seguintes
versos, com exclusividade para o JB News:
SIMBÓLICA...ADONHIRAMITA
Impecável terno preto, tal qual brilhantes
sapatos !
Cinto e meias iguais, com vistosa camisa
branca
Com avental e alvas luvas , completando os
aparatos
Corpo ereto, pensamento puro e alma
franca
Pronto o obreiro, como os utensílios
correlatos !
22. O cobridor, com as chaves, vai à porta e a
tranca !
Livre de insensatos ou quiçá,
despreparados,
Conclama o mestre de cerimônias com
energia :
“Que vistam as brancas luvas, os
acostumados,
A manter as mãos, puras e limpas, dia a
dia ,
Que não sejam quaisquer, daqueles
dissimulados !
Pois, ao contrario, estar entre nós, é utopia
“ !
Avante, inocente e puro, denotado no
avental
Segue o aprendiz, buscando lapidar
Tudo aquilo que, ainda, informe material
!
Em algo que, trabalhado, o faça caminhar
A novos conhecimentos, em contexto
espiritual
23. Para adestrado companheiro, então, se
elevar !
Tudo bem elaborado, bem definido !
Dissipadas todas ansiedades e preocupações
Após bem incensados, o grupo unido,
Passa a sentir, as tão boas vibrações
Aguçando pois, cada purificado sentido,
Necessários à prática das juradas obrigações
!
Quem sabe, hoje, haja grande
oportunidade !?
De ver luzir intensa luz, n’algum obreiro
Em sua própria gravata, alva, tal a
claridade !
De alvenéu, que do amor fraterno, é
useiro,
Destarte, com “Vivas” externar-se-á
felicidade
Por ter brotado “bom mestre”, num livre-
pedreiro !