1. JB NEWS
Informativo Nr. 328
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Rio Branco (AC), 22 de julho de 2011
Índice desta sexta-feira (informativo editado em Rio Branco)
1. Almanaque
2. Mestre da Loja ou Venerável Mestre? (Ir. Anatoli Oliynik)
3. O Mestre de Cerimônias
4. Assiduidade do Maçom (Ir. Albano de Castro)
5. Destaques JB
6.
3. 256 - É eleito o Papa Dionísio.
838 - Batalha de Anzen: O imperador bizantino Teófilo é derrotado pelos Abássidas.
1099 - Início do concílio na Igreja do Santo Sepulcro que elege Godofredo de Bulhão
como Protector do Santo Sepulcro.
1298 - Guerra da Independência Escocesa: Batalha de Falkirk - Rei Eduardo I da
Inglaterra e seus arqueiros derrotam William Wallace e seus lanceiros escoceses fora da
cidade.
1456 - Guerras Otomanos-Habsburgos: Cerco de Belgrado - João Corvino, Regente do
Reino da Hungria derrota Mehmet II do Império Otomano.
1839 - Proclamação da República Juliana, em Laguna (Santa Catarina), Brasil, pelos
revolucionários farroupilhas.
1927 - É fundada a Associazione Sportiva Roma.
1942 - Holocausto: começa a deportação sistemática dos judeus do Gueto de Varsóvia.
1961 - É fundado o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal por José Gabriel da
Costa, o Mestre Gabriel.
1969 - O Príncipe Juan Carlos é nomeado como o futuro rei da Espanha pelo General
Franco.
2009 - A Ásia acompanha o maior eclipse do século XXI.
Dia do Cantor Lírico
Dia do Trabalho Doméstico
4. (fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1784:
Decreto do Eleitor da Bavária contra todas as sociedades ou fraternidades
instituídas sem autorização oficial, motivado pelas atividades dos ILLUMINATI.
1874:
A Loja Artista, de Pelotas - RS, repudia projeto do Senador J.M. Figueira de
Mello, propondo a extinção da Maçonaria e perseguição aos Maçons.
1961:
O presidente Ir.'.Jânio Quadros assina um decreto que proíbe espetáculos de
hipnotismo e letargia em locais públicos.
1981:
Fundação da Loja Acácia da Ilha nr. 31, de Florianópolis (GOSC)
2002:
Reerguimento da Grande Loja Simbólica do Rio de Janeiro. Por manobras
judiciais fora impedida de usar o nome a que tinha direito.
2006:
Fundação da Loja Maçônica Obreiros do Cerrado nr. 3789, de Jataí/GO, que
trabalha no Rito Brasileiro, jurisdicionada ao GOEG/GOB
5. O Ir Anatoli Oliynik
é Administrador e Consultor de Empresas,
membro da Academia de Cultura de Curitiba.
e da Academia Paranaense de Letras - Maçônicas.
Membro da Loja Laelia Purpurata (Camboriú) GOB/SC
Contato: anatoli@anatolli.com.br
Há uma questão polêmica na denominação correta do cargo de
presidente de uma loja maçônica simbólica: Mestre da Loja ou
Venerável Mestre?
Para dirimir essa dúvida, vamos fazer algumas ilações a respeito deste
instigante assunto, começando com a definição de seus elementos.
A palavra “Mestre”
A palavra mestre é um substantivo masculino [do francês antigo,
maiestre], que designa aquele que é versado em uma arte ou ciência; o
artífice que dirige outros oficiais; aquele que trabalha por conta própria,
entre outras definições.
Na antiguidade, segundo Nicola Aslan, o título era usado entre os
Talhadores de Pedra para indicar o Companheiro encarregado da direção
de um canteiro de obras. Mais tarde, a Maçonaria especulativa atribuiu o
título à quem presidia as assembléias de uma Loja. A partir de 1725, o
6. termo foi usado para designar, não mais uma função, mas uma
dignidade, e tornou-se a denominação de um terceiro grau.
A palavra “Venerável”
A palavra venerável [do latim venerabile] é um adjetivo que designa
algo ou alguém digno de veneração ou respeito.
Nicola Aslan, define como primeiro oficial e presidente de uma loja
maçônica simbólica. Segundo Castellani, a utilização desta palavra para
designar o presidente de uma loja maçônica, é um “erro crasso”, pois
mesmo quando usada como Venerável Mestre, continua sendo o adjetivo
relativo ao substantivo Mestre.
Ainda, segundo Aslan, e Castellani adota a mesma linha de raciocínio, o
título surgiu no século XVII, quando as guildas inglesas começaram a
denominar-se “Worshipful”, isto é, Venerável. A Companhia de
Pedreiros de Londres passou então a chamar-se “The Worshipful
Company of Masons”. Na Inglaterra, o título de “Worship”, significando
veneração ou adoração, foi aplicado primeiro ao Grão-Mestre, depois às
lojas, e mais tarde ao seu Mestre.
Se examinarmos as Constituições dos Franco-Maçons que são o
documento básico da Maçonaria chamada Moderna, também conhecidas
por Constituições de Anderson, de 1723, logo no primeiro título,
constataremos o seguinte:
The
CONSTITUTIONS
OF THE
Free-masons
Containing the
History, Charges, Regulations, &c.
Of that most Ancient and Right
Worshipful FRATERNITY
For the Use of de LODGES
[Tradução]
7. As
CONSTITUIÇÕES dos
FRANCO-MAÇONS
contendo a
História, as Obrigações, Regulamentos, &c.
Dessa mui Antiga e Mui
Venerável FRATERNIDADE
Para o Uso das LOJAS
A palavra “Worshipful” (o grifo é meu) aparece aí colocada como
adjetivo qualificativo do substantivo feminino “Fraternidade”, sendo
utilizada para qualificar a Instituição, no caso, a Premier Grand Lodge.
No preâmbulo da parte histórica do mesmo documento, constata-se o
seguinte:
The
CONSTITUTION,
History, Charges, Regulations, &c.
of the
Right Worshipful FRETERNITY of
Accepted Free MASONS;
Collected
From their general RECORDS, and their
Faithful TRADITIONS of many Ages.
To be read
At the Admission of a New Brother, when the
Master or Warden fhall begin, …
[Tradução]
“A
CONSTITUIÇÃO,
História, Leis, Obrigações Ordens, Regulamentos, e
Usos,
Da
Mui Venerável FRATERNIDADE dos
8. MAÇONS Livres e Aceitos;
Coligidos
De seus ARQUIVOS gerais, e de suas fiéis
TRADIÇÕES de muitas Eras.
para serem lidas
Quando da Admissão de um NOVO IRMÃO, quando o Mestre ou o
Vigilante começara...” Observem que o tratamento ao presidente da Loja
é “Mestre” (o grifo é meu) e não “Venerável” utilizado para designar a
Fraternidade. Isso corrobora que a palavra “Venerável” era utilizada,
inicialmente, apenas para qualificar a Instituição, segundo afirmam
Aslan e Castellani.
Na parte que trata dos Regulamentos Gerais, novamente aparece a
designação “Mui Venerável GRÃO-MESTRE MONTAGU, ...”.
O artigo XII, por exemplo, descreve: “A Grande Loja é formada por
Mestres e Vigilantes de todas as Lojas regulares e particulares
Registradas, ...”.
Observe-se que Anderson refere-se a Mestre para designar o presidente
da Loja, e Venerável, para designar a Fraternidade, no caso, a Grande
Loja. Ele faz isso em todo o documento, sem exceção.
Aqueles que conhecem o Rito de York, mais especificamente o Ritual de
Emulação inglês, encontrarão no Primeiro Grau e também no Ritual de
Cerimônia de Instalação, alusões e referências ao Mestre e não
Venerável Mestre.
Castellani, em seu Dicionário Etimológico faz a seguinte afirmação:
“Em Maçonaria, o termo (Venerável) tem origem inglesa: derivado da
palavra inglesa worship, que significa adoração, culto, reverência (como
forma de tratamento), quando usada como substantivo, e venerar,
idolatrar, adorar, quando usada como verbo transitivo, tem-se o
vocábulo Worshipful, que significa adorador, reverente, ou, como forma
de tratamento, venerável. Assim, o presidente de uma Loja passou a ser
designado como Worshipful Master – normalmente apenas Master –
expressão que significa Venerável Mestre e que seria adotada por todos
os agrupamentos maçônicos, embora o termo Venerável, de princípio,
9. fosse aplicado apenas às corporações (Venerável Ordem, Venerável
Instituição)”.
Dissemos, que a partir de 1725 a palavra Mestre deixou de designar uma
função para designar uma dignidade. Segundo Nicola Aslan, a razão
dessa denominação, parece ter sido o desejo de fazer uma escolha entre
os membros cada vez mais numerosos da associação e de constituir um
“high Order of Masonry”, como o grau de Mestre foi algumas vezes
denominado. O que quer que fosse, este grau representa uma criação
própria da Maçonaria especulativa. Os seus autores que permaneceram
desconhecidos, apelaram para todos os recursos de sua imaginação e
para uma erudição tão vasta quanto incoerente e produziram um monstro
enigmático do qual as pesquisas mais conscienciosas não puderam
descobrir a verdadeira origem.
Conclusão
Assim, o cargo de presidente de uma Loja Maçônica, denominado
Mestre, assume, inexplicavelmente e erroneamente, a denominação de
Venerável Mestre.
Aceitamos que frase Venerável Mestre seja utilizada como um vocativo,
ou forma de tratamento, segundo normas e regras gramaticais da língua
portuguesa, mas não se pode aceitar que o termo designe um cargo.
Por este motivo, no livro O Rito de York, de minha autoria, denomino o
cargo de presidente de uma Loja Maçônica simbólica, como sendo:
Mestre da Loja e não Venerável Mestre.
-Bibliografia
Aslan, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. Rio de Janeiro: Ed.
Artenova, V vol. 1975.
Castellani, José. Dicionário de Termos Maçônicos. Londrina: Ed. A Trolha, 2ª ed., 1995.
Castellani, José. Dicionário Etimológico Maçônico. Londrina: Ed. A Trolha, 1990.
Mellor, Alec. Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons. São Paulo: Ed. Martins
Fontes, 1989.
Oliynik, Anatoli. O Rito de York. Curitiba: Ed. Vicentina, 1997. Reprodução das Constituições dos
Franco-Maçons.
Tradução de João Nery Guimarães. Brasília: Ed. Gráfica do Grande Oriente do Brasil, 1997.
Dicionário Eletrônico Aurélio da Língua Portuguesa.
Dicionário Eletrônico DIC Michaelis.
10. O MESTRE DE CERIMÔNIAS.´.
Ir.´. José Aparecido dos Santos (adaptação)
A.´.R.´.L.´.S.´. Justiça nº 12 – Rito REAA – Oriente de Maringá
Contato: cido_jose@hotmail.com
O Cargo de Mestre de Cerimônias é um dos cargos de real importância
dentro de uma Loja Maçônica. Além das atribuições que lhe são de
Regulamento, ele deverá ser um exímio executor da Ritualística e dos
SSin.´. e PPal.´. dos Graus em que estiver vinculado. Na verdade esse
Oficial deve ter o mais completo domínio do Cerimonial Maçônico,
tanto nas SSess.´. EEcon.´. como nas Sessões Magnas. Por isso é de bom
alvitre que se escolha para esse Cargo, Irmãos de capacidade
comprovada. Esse não é um cargo secundário, não podendo, portanto ser
entregue às mãos menos hábeis de Irmãos inexperientes.
11. Pode caminhar do Norte ao Sul, do Oc.´. ao Or.´., aproximar-se de
qualquer Obreiro independentemente do cargo ou grau. Logicamente o
ir.´. Hospitaleiro também tem essa prerrogativa, porém apenas num
determinado momento da sessão; já com o M.´. de Cer.´. , tal situação
faz parte de sua função e deve ser exercida na maior discrição possível.
Ao levar o livro de presença, para a assinatura dos Irmãos e o
encerramento pelo Venerável. Deve estar atento ao que passa no
momento; é deselegante fazê-lo quando da apresentação de trabalhos ou
durante manifestação de algum irmão. O cumprimento do horário do
início dos trabalhos é também uma tarefa Sua, devendo solicitar aos
irmãos que se paramentem, e se postem nos seus devidos lugares (varia
conforme o Rito) Deve alertar o Venerável quando a Loja está
composta, e zelar para que todos os Obreiros estejam devidamente
paramentados, e com as insígnias dos cargos que ocuparão.
REFORÇANDO: Em primeira instância é o M.´. de Cer.´. que
deve lembrar aos Irmãos que o traje é , TERNO preto (e não um
moleton azul); e que a CAMISA é branca (e não listradinha); que a
GRAVATA é preta (ela não é adereço): MEIAS e SAPATOS pretos
( e não tênis branco com solado vermelho). Lógico que ele deve
compreender que em uma determinada situação, o irmão pode estar
justificadamente fora dos “padrões” desde que isso não se torne um
hábito. Mais importante que a vestimenta é a presença do irmão.
Não sejamos exagerados como numa academia de imortais, mas
jamais deveremos ser relaxados como numa agremiação de bairro,
e nos vestirmos como se fossemos à praia, clubes, baile e sim
devemos estar trajados a caráter, como se estivéssemos em uma
Sessão Magna.
Nas circulações e devidas paradas, a única observação é que ELE não
deve, NUNCA dar as costas para o Or.´. , em sinal de respeito. Ao
anunciar o resultado das votações, deve apenas dizer se foi aprovado ou
não (dizer que foi aprovado por unanimidade ou maioria é adjetivar a
situação). ADJETIVAR é qualificar uma resolução da Assembléia da
Loja, que deve ser sempre, justa e perfeita, não cabendo louvores ou
12. questionamentos. É dele, a responsabilidade de colher dos Irmãos
visitantes, a palavra semestral ou de convivência; afinal ele é o único
que recebeu a PALAVRA duas vezes, e a confirmou ao Venerável
Mestre. Vale ressaltar que esta função pode não ser dele conforme a
Potência e o Rito praticados pela Loja. Outro aspecto que varia muito é
seu instrumento de trabalho. Para alguns, é o bastão com as Jóias do
Cargo, outros usam espadas, ou ainda, um cajado reto ou curvo, mas
todos, tem a simbologia do GUIA, ou Pastor (aquele que vai à frente). È
fácil compreender o Simbolismo do GUIAR, quando comparamos um
rebanho de ovelhas com uma manada de bois. O Pastor via à frente
guiando as ovelhas, já o Boiadeiro, vai atrás tocando a boiada. Como o
Mestre de Cerimônias é o GUIA, deve ele ir à frente dos irmãos. Para
despertarem os irmãos a pesquisarem sobre este valioso Cargo, peço que
observem a disposição dos bastões do DDIAC.´. com a do M.´. de
Cer.´.; vejam que o do mestre de cerimônias está entre eles; os três
devidamente perfilados. Dois são “fixos” e o outro circula pela Loja.
Em duas situações eles se encontram, e formam uma estrutura muito
interessante e para o trabalho ser Justo e Perfeito.
Nota-se por tudo o que foi exposto, que o Mestre de Cerimônias é um
Oficial importantíssimo na Administração de uma Loja, devendo ser um
perfeito conhecedor da Ritualística e possuir suficiente desembaraço
para não truncar o correto desenvolvimento de uma Sessão. Ele é tão
importante que tem o direito de, estando Entre Colunas, pedir a Palavra
diretamente ao Venerável, através de uma simples pancada com as
palmas das mãos...
Tão importante é o Mestre de Cerimônias, que já se disse, e com muita
propriedade, que a gestão de um Venerável depende, primordialmente,
do Secretário e do Mestre de Cerimônias, pois desses dois Oficiais,
dependem, respectivamente, o bom rendimento administrativo e o
correto desenvolvimento das Sessões.
Observação de Disciplina: Em tempos atrás tive a grata satisfação
de ter uma palestra de um nobre e querido irmão, onde este cita
13. com ênfase sobre a catástrofe ocorrido no Japão e a conduta moral
de disciplina de educação que este povo tem em sua criação e a
recuperação é rápida, sem reclamações e com regras de conduta
moral e disciplinar em seguir o que lhes é colocado. E diante desta
colocação em disciplina, será que também nós homens livres e de
bons costumes, não poderíamos seguir a doutrina de disciplina que
nos foi colocada em nossa iniciação e através de nossos padrinhos e
dar seguimento ao plano maçônico??!!
Pensemos e façamos o ato de reflexão de nosso dia à dia e como
devemos proceder tanto dentro e fora de nosso Templo Fixo e Humano.
IrAlbano de Castro
Contato: castro00@gmail.com
.
ASSIDUIDADE DO MAÇOM
"Assiduidade, pontualidade e postura do maçom"; são atributos
importantíssimos, que deve ter o verdadeiro maçom, sendo que a
"assiduidade" é de vital importância, pois dele depende a sobrevivência
da loja, senão, como entender o funcionamento de uma loja, se seus
membros não comparecem aos trabalhos?
Quem abrirá o templo?
14. Quem o adornará?
Quem preparará as ferramentas?
Deter-nos-emos com mais vagar neste primeiro atributo, mais
abrangente e os outros só existem em função deste.
O que é assiduidade? Consultando o dicionário, deparamo-nos com a
definição de que é a qualidade ou caráter de assíduo; e assíduo é o que
comparece com regularidade e exatidão ao lugar onde tem de
desempenhar seus deveres ou função.
São deveres do maçom, entre outros, o de "freqüentar assiduamente os
trabalhos da loja e corpos a que pertencer.
Aliás, nós, hoje aprendizes, companheiros ou mestres, ao preenchermos
nosso pedido de ingresso nesta Sublime Instituição, nos comprometemos
a freqüentá-la com assiduidade e à pergunta do sindicante sobre o
mesmo assunto, afirmamos ter disponibilidade de tempo para freqüentar
os trabalhos semanalmente.
E reafirmamos este propósito, às perguntas do Venerável Mestre,
durante a solenidade de iniciação, quando recebemos a LUZ.
Meus irmãos, tudo o que dissemos até agora, refere-se simplesmente aos
aspectos legais, necessários e essenciais ao bom funcionamento de toda
e qualquer instituição, organização, sociedade e também da maçonaria.
Mas o aspecto que vamos abordar, embora não se divorcie do legal,
reveste-se de sentimento de amor, de solidariedade, de fraternidade, de
irmandade.
Lembremo-nos do Livro da Lei, ao abrimos os nossos trabalhos, nos
exorta à união, ao declamar o salmo 133 "Oh! Quão bom e suave é que
os irmãos vivam em união".
É esse bom viver entre os irmãos que nos animam, nos confortam nos
fortalecem, nos alegram.
Falamos de esse bom viver que aqui, semanalmente, nós
experimentamos e compartilhamos com os que estão aqui conosco e
queremos dividir com mais irmãos.
Conta-se que em uma pequena cidade no interior da Inglaterra, havia um
pastor que conhecia praticamente todos os seus habitantes; nos cultos
dominicais, era comum que algumas pessoas se sentassem
sistematicamente nos bancos da frente; entre essas pessoas, havia um
15. senhor muito conhecido e respeitado naquela localidade que se sentava
sempre no mesmo banco.
Num determinado domingo, o pastor observou que aquele banco estava
vazio; não se preocupou, porque era normal que alguns irmãos, por
algum motivo tivessem faltado àquele domingo.
Na semana seguinte o banco continuou vazio; o pastor começou a ficar
preocupado, começando a especular-se sobre o fato.
Na terceira semana, repetiu o episódio, novamente o banco continuava
vazio.
Terminado o trabalho religioso, o pastor resolveu ir à casa do irmão para
saber do motivo de suas ausências.
O irmão argüiu que já freqüentava o culto há muitos anos, sabia de cor e
salteado o que o pastor iria pregar, conhecia todos os livros da bíblia, os
cultos já estavam se tornando enfadonhos, cansativos, repetitivos, enfim,
não via mais nenhum atrativo para ali se dirigir.
Então o pastor nada disse; foi até a lareira, retirou de lá uma brasa e
colocou-a em cima do parapeito da janela. Sentou-se e esperou. Dentro
de poucos minutos, a brasa começou a apagar-se.
Passados alguns instantes de silêncio entre os dois, o irmão faltoso disse
ao pastor: pastor, compreendi a sua mensagem. E voltou a freqüentar o
culto, como sempre o fizera.
Moral da história: uma brasa sozinha perde o seu calor muito
rapidamente.
O que aconteceu com o irmão dessa história é bem parecido com o que
acontece hoje com nossas lojas, de modo geral.
Muitos irmãos não comparecem às reuniões, alegando motivos vários,
parecidos com os da história; ora porque não tem tempo, ou que as
reuniões não têm motivação e são demoradas ou que tem compromissos
mais importantes, que os temas abordados não tem interesse, ou são
enfadonhos, cansativos, repetitivos; que para ouvir simplesmente o bater
de malhete, melhor seria ficar em casa, etc., etc., etc.
É fácil reconhecer um maçom desinteressado: é aquele que está sempre
reclamando que a sessão está demorando muito e que precisa ir embora
por um motivo ou outro; aquele que sempre encontra razões para não
colaborar com os afazeres da Loja.
16. Que esses irmãos não nos sirvam de lição; que não o imitemos; antes,
porém que sejamos com eles tolerantes, não coniventes; que o
incentivemos, que o apoiemos, enfim que com ele dialoguemos como
irmãos e amigos, propiciando assim, a formação de uma corrente
positiva, a que chamamos EGRÉGORA MAÇÔNICA, tão necessária
durante os nossos trabalhos.
A Maçonaria visa à mudança do homem em seu interior, tendo como
objetivo a sua evolução interior, contribuindo assim, para a evolução não
só dos maçons em particular, mas de toda uma sociedade.
Os irmãos que desejam verdadeiramente evoluir em seu íntimo devem
fazê-lo, mudando inicialmente sua maneira de pensar.
Devemos perguntar-nos, a exemplo do Presidente Kennedy em seu
discurso de Posse, não o que a Maçonaria poderia fazer por mim, mas o
que eu posso fazer para a Maçonaria?
PONTUALIDADE DO MAÇOM
Superado esse primeiro atributo, o da assiduidade, deparamo-nos com o
segundo, também de suma importância para que nossos trabalhos
possam ser considerados justos e perfeitos:
A Pontualidade.
O que será essa pontualidade? Consultando ainda mais uma vez o
dicionário, constatamos que é a qualidade de pontual; exatidão no
cumprimento dos deveres ou compromissos; rigor, donde pontual é o
que chega parte ou cumpre as obrigações à hora marcada.
Assim, deve o maçom, sempre que possível, estar presente pelo menos
quinze minutos antes da hora marcada de adentrar o templo,
oportunando com isso um melhor congraçamento na sala dos passos
perdidos, sem estar sujeito ao rigor e à solenidade ritualística de que se
revestem as nossas sessões. Bem é estarem unidos os irmãos.
Um segundo enfoque para essa pontualidade está prescrito,
precisamente, quando diz que são deveres do maçom, satisfazer, com
pontualidade, contribuições pecuniárias ordinárias e extraordinárias que
lhe forem cometidas.
Um irmão zeloso de seus deveres e de suas obrigações, não deve esperar
que o irmão tesoureiro o procure para saldar suas contribuições, antes,
porém de ser procurado, nivelará seus metais junto à tesouraria. Esse é o
17. comportamento de um verdadeiro maçom.
POSTURA DO MAÇOM
Por fim, passemos a tecer algumas considerações sobre o terceiro
atributo, a Postura que junto com os demais, formam uma das mais
marcantes e principais características do maçom.
Ensina-nos o Mestre Aurélio que Postura é a posição do corpo; aspecto
físico; atitude.
A primeira instrução que o aprendiz maçom tem, após ter recebido a luz
é: quando de pé, deveis estar perfeitamente eretos, isto é, aprumado,
direito, pois é assim, nesta posição que se comunicam as instruções do
grau; quando assentado, também deveis estar com o tronco ereto, tendo
as mãos apoiadas sobre os joelhos, em posição confortável e propícia a
receber e absorver todos os eflúvios emanados dos irmãos.
Num outro sentido, não físico, a postura significa atitude, conjunto de
conceitos, principalmente de cunho moral, de que deve estar revestido o
maçom. A melhor forma de o maçom demonstrar sua postura maçônica
é pelo exemplo; palavra, discurso, intenção, nada substitui o exemplo,
que deve ser o de um homem livre e de bons costumes.
O mais importante é que os irmãos criem em seu viver diário, o salutar
hábito da prática do bem, não como mero cumprimento dos deveres e
obrigações, mas imbuídos dos mais puros propósitos maçônicos,
nascidos espontaneamente do coração.
Tomara possamos ter a capacidade de absorver e adotar como prática em
nossa vida maçônica e profana a assiduidade a pontualidade e a postura;
se assim o fizermos, certamente nos tornaremos verdadeiramente
obreiros úteis e dedicados.
__,_._,___
18. SESSÃO DE EXALTAÇÃO
A Loja Aldo Linhares Sobrinho nr. 93 realizou na quarta-feira Sessão
Magna de Exaltação do Ir. Kleber Coelho, tendo sido prestigiada por
vários Veneráveis Mestres da jurisdição. O registro fotográfico é do Ir.
Édio Coan.
20. Templo que abriga as Lojas Acácia Pomerana nr. 60 (GLSC) e Loja Artífices
da Sabedoria nr. 81 (GOSC) em Pomerode-SC. Foto registrada à época da
construção do Templo. Decoração elaborada pelo Ir. Clair S. Muller, de
Camaquã - RS.
21. Relíquia: Panorâmica do alto da Ponte Hercílio Luz (Florianópolis) no início
da década de 1960.