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I
ORIGENS DA MAÇONARIA E DO RITO
BRASILEIRO
2
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A maçonaria (forma reduzida e usual de francomaçonaria) é uma sociedade
secreta de carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade,
os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento
intelectual,sendo assim uma associação iniciática e filosófica.
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas
por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas)
lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."
Portanto a maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem
livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição
social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e
o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição.
Existem, no mundo, aproximadamente 5,5 milhões de integrantes
espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 - (58%)- nos Estados Unidos - USA, 1,2
-(22%) - no Reino Unido e 1,0(20%) no resto do mundo. No Brasil são
aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4.700 Lojas.
Origens da maçonaria
Os primórdios da Maçonaria são obscuros, bem como parte de sua história.
Segundo a opinião quase unânime dos historiadores sérios que a estudaram , sua
origem é a mais verdadeira e verossímil: ela descende de antigas corporações de
mestres-pedreiros construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas na
idade média.
O vocábulo Maçonaria ( em francês Maçonierie) é derivado do francês maçon,
pedreiro. Qual a relação entre o pedreiro e o Maçon atual?
Desde a antiguidade, os construtores que detinham conhecimentos especiais,
constituíam uma espécie de aristrocacia, em meio das demais profissões. Formavam
como que colégios sacerdotais. Na idade Média, os construtores de catedrais e
palácios eram beneficiados, por parte das autoridades eclesiásticas e seculares com
inúmeros privilégios tais como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a
3
denominação francesa de franc-maçon traduzida como pedreiro-livre. A arquitetura
constituía então, a Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles
que se mostrassem dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como
que um Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante.
Seria o Templo Ideal.
Os pensadores e alquimistas da época, combatidos pelos espíritos menos
esclarecidos, perseguidos, buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de
protegê-los pelos privilégios que tinham. Eram alguns aceitos. Daí a denominação
de Maçons Aceitos em contraposição a Maçons Antigos, os construtores.
Claro que nem todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas
alguns eram admitidos, porém depois de submetidos a uma série de provas que
constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos e respeitar
as regras.
Suas origens são muitas vezes colocadas na Idade Média, quando da
constituição da Grande Loja da Inglaterra; nada mais inexato, sendo historicamente
comprovado que no Antigo Egito já existiam ritos iniciáticos, os de Serapis, Amon,
Horus, Ísis, e os da vida, paixão, morte e ressurreição de Osíris com suas 14
Estações (parodiada pela Igreja Católica Romana) os de Horus e etc., nos quais os
modernos rituais maçônicos obviamente se inspiraram, não faltando pinturas e
murais que atestam essa verdade.
Como também não faltam murais representando, nesses rituais, sacerdotes e
sacerdotisas trabalhando juntos na iniciação e na passagem de grau de candidatos,
todos revestidos de avental.
São fundamentais como histórico das origens da maçonaria os Collegia
Fabrorum de Numa Pompílio, corporação de construtores da antiga Roma.
Colégio de Construtores de pontes e edificações. Que tinham como função dar
apoio aos exercitos romanos na passagem por abismos e desfiladeiros, contruindo
pontes para passagem para o outro lado, e que tinham um ideal filosófico
subjacente, o da construção de pontes entre o homem e seu Criador, a divindade.
Foram assim chamados de Pontífices, parodiados pela Igreja Católica que chama o
4
seu lider máximo de Sumo Pontífice. O que estabelece a ponte entre Deus e os
homens.
Os exercitos romanos se espalharam por todo o mundo ocidental da época.
Onde assentavam seus acampamentos, levavam as Lojas e o culto de Mitra:
Alemanha, Austria, Escócia, Irlanda, Itália, França, Grécia, Inglaterra, Espanha,
Portugal, etc.... Na Inglaterra as cidades cuja terminação é <chester> indicam que ali
houve acampamento romano. Inclusive em York = eboracum, tão ligada às tradições
maçônicas locais. Dai se divulgar erroneamente que a maçonaria tem origem na
Inglaterra, quando isso foi apenas a consequência da ocupação romana.
Iniciado nos mistérios dos Collegia Fabrorum, o Colégio de
Construtores, e tido como Mestre da Loja, Vitrúvio, em seu trabalho no século I,
nos deixou o maior legado da antiga maçonaria. Seus 10 (dez) livros são a reunião
de todo um conjunto de ensinamentos sobre arquitetura, com os princípios
fundamentais dessa majestosa arte, com a localização geomântica dos templos,
cidades e casas, com a aplicação da geometria sagrada e dos princípios herméticos,
onde afirma:
“As diversas partes que compõem um templo devem
estar sujeitas às leis da simetria, e com base na proporção,
exigidas na edificação e observadas na construção do corpo
humano, onde seus muitos membros são proporcionais ao
todo.”
Base do conhecimento hermético, onde Tudo está no Todo e o Todo está em
Tudo. A cidade ideal de Vitrúvio é planejada de forma octogonal, dividida de acordo
com os ventos e as 8 direções do mundo.
No séc. XVI, aumentou consideravelmente o número de Maçons Aceitos, com
predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre eles, Elias Ashmole, alquimista,
que ingressara com um grupo de amigos, teólogos em 1646. A partir daí, por
iniciativa dos novos membros, organizou-se uma sociedade, cujo objetivo era a
construção do Templo de Salomão, templo ideal das ciências.
5
Elias Ashmole obteve permissão para que a sociedade realizasse suas
reuniões no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os elementos precedentes da
Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que presumidamente dedicava-se ao
estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras ciências ocultas) passaram a
preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito de seus símbolos. Alteraram os
rituais, sobretudo a parte referente à iniciação.
Primitivamente havia na hierarquia maçônica apenas os graus de aprendiz e
companheiro, pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma
construção.
Em 1694, foi criado o grau de Mestre por Elias Ashmole, formando assim a
base definitiva das hierarquia maçônica. Posteriormente, a Maçonaria tomou grande
impulso na Inglaterra quando operou-se grande transformação orientada por
Jacques Anderson, presbítero londrino, diplomado em filosofia, e Desagulliers, de
origem francesa, grão mestre inglês, eleito em 1719. A partir de então passou a
Maçonaria a desenvolver tendências para instituição filantrópica.
Elias Ashmole
Elias Ashmole (23 de Maio de 1617–18 de Maio de 1692) foi um antiquário,
político, oficial de armas, e estudante de astrologia e alquimia britânico.
Tendo apoiado a realeza durante a Guerra Civil Inglesa e, na restauração de
Charles II, foi recompensado com vários ofícios lucrativos. Ao longo de sua vida,
tornou-se um ávido colecionador de curiosidades e artefatos. Muitos foram
adquiridos através do viajante, botânico e colecionador John Tradescant, e a maioria
foi doada para a Universidade de Oxford onde criou o Ashmolean Museum. Ele
também doou a sua biblioteca e a sua inestimável coleção de manuscritos para
Oxford.
Aparte aos passatempos por ele colecionandos, Ashmole ilustra o transcurso
da visão mundial pré-científica no século XVII: enquanto ele se imergia em estudos
alquímicos, mágicos e astrológicos, sendo consultado em perguntas astrológicas por
Charles II e sua corte, estes estudos eram essencialmente retrógrados. Embora ele
fosse um dos membros fundadores da Royal Society, uma instituição fundamental
6
no desenvolvimento de ciência experimental, ele nunca chegou a participar
ativamente dela.
Como resultado das invasões bárbaras, os membros do Colégio de
Mestres Construtores de Roma fugiram para a Comacina, ilha fortificada do lago
de Como, tendo resistido por vinte anos ao assédio dos lombardos, que afinal os
subjugaram, porém, os tomaram como arquitetos e assessores da reconstrução. Foi
a partir desse centro que os Mestres Comacinos se espalharam, com poder e
influência, por todo o norte e ocidente da Europa, construindo igrejas, templos,
catedrais, castelos e obras públicas para os governantes dos estados que
apareceram após o Império Romano. Este foi o verdadeiro início histórico da
maçonaria, que vem sendo deturpado como se tivesse tido origem na Inglaterra no
século XVIII.
Em 1723 foi aprovado o Livro das Constituições maçônicas, revisto por
Jacques Anderson. Sendo chamado de Constituição de Anderson, tornou-se em
pouco tempo a Carta da maior parte das lojas. Propagavam uma doutrina sobretudo
humanitária, deísta espiritualista, aberta a todos os cristãos, qualquer que fosse a
sua seita, e leal aos poderes públicos.
Esta origem, ligada aos construtores da era medieval explica o porque da
simbologia maçônica estar toda ela relacionada ao tema construção. Seus símbolos
mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais desatento, são os instrumentos
do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a régua, o nível, etc.
Todo Maçon está imbuído no propósito da construção: construção do templo
da virtude e da verdade, construção de si mesmo, de seu caráter e de sua
personalidade. Construção de um mundo melhor.
Os Landmarks estabelecidos no século XVIII na Inglaterra são uma
iniciativa válida de sistematizar num corpo doutrinário coerente o procedimento
consagrado por usos e costumes de remota origem e consubstanciado na
organização das corporações de ofícios medievais e guildas; mas guardou em si,
inevitavelmente, a marca da época, do lugar e dos preconceitos da civilização
judaico-cristã que considerou a mulher inferior ao homem.
7
LANDMARKS
Os Landmarks são considerados como as mais antigas leis que regem a
Maçonaria universal, pelo que se caracteriza pela sua antiguidade.
Os Regulamentos, Estatutos e outras leis podem ser revogados, modificados
ou anulados. Porém, os Landmarks, jamais poderão sofrer qualquer modificação ou
alteração. Enquanto a Maçonaria existir, os Landmarks serão os mesmos como
eram há séculos.
São, portanto, eternos e imutáveis.
Foram colecionados pelo Poderoso Irmão ALBERTO Galletin MACKEY, os
vinte e cinco Landmarks abaixo, que seguem:
1.º - Os processos de reconhecimento são os mais legítimos e
inquestionáveis de todos os Landmarks. Não admitem mudanças de qualquer
espécie, pois, sempre que isso se deu, funestas conseqüências vieram
demonstrar o erro cometido.
2.º - A divisão da Maçonaria Simbólica em três graus é um Landmark que,
mais do que nenhum, tem sido preservado de alterações, apesar dos esforços
feitos pelo daninho espírito inovador. Certa falta de uniformidade sobre o
ensinamento final da Ordem, no grau de Mestre, foi motivada por não ser o
terceiro grau considerado como finalidade; daí o Real Arco e dos Altos Graus
variarem no modo de conduzirem o neófito à grande finalidade da Maçonaria
Simbólica. Em 1813, a Grande Loja da Inglaterra reivindicou este antigo
Landmark, decretando que a Antiga Instituição Maçônica consistia nos três
primeiros graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre, incluindo o Santo Arco
Real. Apesar de reconhecido por usa antiguidade, como um verdadeiro
Landmark ele continua a ser violado.
3.º - A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade tem
sido respeitada. Nenhum Rito existe na Maçonaria, em qualquer país ou em
qualquer idioma, em que não sejam expostos os elementos essenciais dessa
lenda. As fórmulas escritas podem variar e na verdade, variam; a lenda,
8
porém, do construtor do Templo constitui a essência e a identidade da
Maçonaria. Qualquer Rito, que a excluísse ou a alterasse, materialmente
cessaria, por isso, de ser um Rito Maçônico.
4.º - O governo da Fraternidade por um Oficial que preside, denominado
Grão-Mestre, eleito pelo povo Maçônico, é o quarto Landmark da Ordem.
Muitas pessoas ignorante supõem que a eleição do Grão-Mestre se pratica
em virtude de ser estabelecida em lei ou regulamento da Grande Loja. Nos
anais da Instituição se encontram, porém, Grão-Mestres, muito antes de
existirem Grandes Lojas, e, se o atual sistema de governo legislativo por
Grandes Lojas fosse abolido, sempre seria preciso a existência de um Grão-
Mestre.
5.º - A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir a todas as reuniões
maçônicas, feitas onde e quando se fizeram é o quinto Landmark. É em
virtude desta lei, derivada de antiga usança, e não de qualquer decreto
especial, que o Grão-Mestre ocupa o trono em todas as sessões de qualquer
Loja subordinada, quando se ache presente.
6.º - A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder licença para conferir graus
em tempos anormais, é outro e importantíssimo Landmark. Os estatutos
maçônicos exigem um mês, ou mais, para o tempo em que deva transcorrer
entre a proposta e a recepção de um candidato. O Grão-Mestre, porém, tem o
direito de pôr de lado, ou de dispensar, essa exigência, e permitir a iniciação
imediata.
7.º - A prerrogativa que tem, o Grão-Mestre, de autorização, para fundar e
manter Lojas, é outro importante Landmark. Em virtude dele, pode o Grão-
mestre conceder o número suficiente de Mestres Maçons, o privilégio de se
reunirem e conferirem graus. As Lojas assim constituídas chamam-se “Lojas
Licenciadas”. Criadas pelo Grão-Mestre, só existem enquanto ele não resolva
o contrário, podendo ser dissolvidas por ato seu. Podem viver um dia, um mês
ou seis meses. Qualquer, porém, que seja o tempo de sua existência devem-
na, exclusivamente, à graça do Grão-Mestre.
9
8.º - A prerrogativa do Grão-Mestre, de criar Maçons, por sua deliberação, é
outro Landmark importante, que carece ser explicado, controvertida como tem
sido a sua existência. O verdadeiro e único modo de exercer essa
prerrogativa é o seguinte: O Grão-Mestre convoca em seu auxílio seis
Mestres Maçons, pelo menos; forma uma Loja e, sem nenhuma prova prévia,
confere os graus aos candidatos; findo isso, dissolve a Loja e despede os
Irmãos. As Lojas convocadas por esse meio são chamadas “Lojas
Ocasionais” ou de “Emergência”.
9.º - A necessidade de se congregarem os Maçons em Loja é outro
Landmark. Os Landmarks da Ordem sempre prescreveram que os Maçons
deviam congregar-se, com o fim de se entregarem a tarefas operativas, e que
a essas reuniões fosse dado o nome de “Loja”. Antigamente, eram essas
reuniões extemporâneas, convocadas para assuntos especiais e, logo
dissolvidas, separando-se os Irmãos para, de novo, se reunirem em outros
pontos e em outra épocas, conforme as necessidades e as circunstâncias
exigissem. Cartas Constitutivas, Regulamentos internos, Loja e Oficinas
permanentes e contribuições anuais, são invocações puramente modernas,
de um período relativamente recente.
10.º - O governo da Fraternidade, quando congregado em Loja, por um
Venerável e dois Vigilantes é também um Landmark. Qualquer reunião de
Maçons, congregados sob qualquer outra direção, como, por exemplo, um
presidente e dois vice-presidentes, não seria reconhecida como Loja. A
presença de um Venerável e dois Vigilantes é tão essencial que no dia da
congregação, é considerada como uma Carta Constitutiva.
11.º - A necessidade de estar uma Loja a coberto, quando reunida, é um
importante Landmark que não deve ser descurado. Origina-se do caráter
esotérico da Instituição. O cargo de Guarda do Templo que vela para que o
lugar das reuniões esteja absolutamente vedado à intromissão de profanos,
independe, em absoluto, de quaisquer leis de Grandes Lojas ou de Lojas
subordinadas. E o seu dever, pó este Landmark é guardar a porta do Templo,
evitando que se ouça o que dentro dele se passa.
10
12.º - O direito representativo de cada Irmão, nas reuniões gerais da
Fraternidade, é outro Landmark. Nas reuniões gerais, outrora chamadas
Assembléias Gerais, todos os Irmãos, mesmo os simples Aprendiz, tinham o
direito de tomar parte. Nas Grandes Lojas só tem direito de assistência os
Veneráveis e os Vigilantes, na qualidade, porém, de representantes de todos
os Irmãos das Lojas. Antigamente, cada Irmão se representava por si mesmo.
Hoje, são representados por seu Oficiais. Nem por motivo dessa concessão,
feita em 1717, deixa de existir o direito de representação, firmado por este
Landmark.
13.º - O direito de recurso de cada Maçom das decisões dos seus Irmãos, em
Loja, para a Grande Loja ou Assembléia Geral dos Irmãos, é um Landmark
essencial para a preservação da justiça e para prevenir a opressão.
14.º - O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja, é um
inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado direito de visitar, que
sempre foi reconhecido como um direito inerente que todo Irmão exerce,
quando viaja pelo Universo. É a conseqüência de encarar as Lojas como
meras divisões, por conveniência, da Família Maçônica Universal.
15.º - Nenhum visitante, desconhecido aos Irmãos de uma Loja pode sr
admitido à visita, sem que, antes de tudo, seja examinado, conforme os
antigos costumes. Esse exame só pode ser dispensado se o Maçom for
conhecido de algum Irmão do Quadro, que, por ele se responsabilize.
16.º - Nenhuma Loja pode intrometer-se em assuntos que digam respeito a
outras, nem conferir graus a Irmãos de outros Quadros.
17.º - Todo Maçom está sujeito às leis e Regulamentos da Jurisdição
Maçônica em que residir, mesmo não sendo membro de qualquer Loja. A
inafiliação é já em si uma falta maçônica.
18.º - Por este Landmark os candidatos à iniciação devem ser isentos de
defeitos ou mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma mulher, um
aleijado, ou um escravo, não pode ingressar na Fraternidade.
11
19.º - A crença no Grande Arquiteto do Universo, é um dos mais importantes
Landmarks da Ordem. A negação dessa crença é impedimento absoluto e
insuperável para a iniciação.
20.º - Subsidiariamente a essa crença, é exigida a crença em uma vida
futura.
21.º - É indispensável a existência, no Altar, de um Livro da Lei, o Livro que,
conforme a crença, se supõe conter a verdade revelada pelo Grande
Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas
peculiaridades de fé religiosa dos seus membros, esses Livros podem variar
de acordo com os credos. Exige, por isso, este Landmark, que um “Livro da
Lei” seja parte indispensável dos utensílios de uma Loja.
22.º - Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro da Loja, sem
distinções de prerrogativas profanas, de privilégios, que a sociedade confere.
A Maçonaria a todos nivela nas reuniões maçônicas.
23.º - Este Landmark prescreve a conservação secreta dos conhecimentos
havidos por iniciação, tanto dos métodos de trabalho, como das suas lendas e
tradições que só podem ser comunicadas a outros Irmãos.
24.º - A fundação de uma ciência especulativa, segundo métodos operativos,
o uso simbólico e a explicação dos ditos métodos e dos termos neles
empregados, com propósito de ensinamento moral, constitui outro Landmark.
A preservação da lenda do Templo de Salomão, é outro fundamento deste
Landmark.
25.º - O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores,
nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo
ser-lhes introduzida. Assim como de nossos antecessores os recebemos,
assim os devemos transmitir aos nossos sucessores. NOLONUM LEGES
MUTARI.
Na Inglaterra, Anderson, pastor protestante, preso a condicionamentos
bíblicos sectários, queimou os documentos antigos que atestavam a participação da
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mulher, para que a maçonaria da época ficasse de acordo com seu livro sagrado
dogmático.
Sob o argumento de que é preciso ser livre para ingressar na Ordem
Maçônica -- e sendo na Ilha Britânica, nessa época, a mulher tratada como um
objeto, passível de compra e venda nos mercados de então -- foi a mulher proibida
de participar dos ritos de iniciação. Cumpre salientar que isso não ocorria no
restante da Europa.
Consta mesmo, textualmente, no dito Landmark: "Uma mulher, um
aleijado ou um escravo não podem ingressar na Fraternidade" ... No mesmo fôlego,
a mulher foi equiparada ao aleijado e ao escravo! É simplesmente inacreditável
que um tal postulado ainda seja observado no limiar do Terceiro Milênio, meio
século após a Declaração dos Direitos do Homem, que afirmava sua "fé nos direitos
humanos fundamentais, na dignidade e mérito da pessoa humana, NOS DIREITOS
IGUAIS DE HOMENS E MULHERES, e das nações grandes e pequenas ..."
Meio século se passou desde a emancipação social da mulher ... E dois
séculos decorreram desde a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
proclamada nos idos da Revolução Francesa -- apanágio da atuação da Ordem
Maçônica na história das Liberdades do Homem -- e que dizia expressamente serem
todos os homens nascidos livres e iguais em direito.
Por outro lado, os argumentos de "limitações ritualísticas" à atuação da
mulher são puro sofisma, uma vez que no antigo Egito, nos mistérios gregos, nos
de Zoroastro, de Pitágoras etc., jamais alguém se lembraria de mencionar tais
limitações a uma sacerdotisa de seus cultos, como nos de Osíris e Isis. Cabe
lembrar ainda que as vivências do ritual são simbólicas, valendo exclusivamente
pela experiência esotérica que proporcionam; negá-lo é desconhecer o mais
profundo significado da própria Instituição Maçônica -- instrumento imemorial da
civilização humana, destinado à perpetuação do Conhecimento Hermético de
geração a geração.
13
Discreta Sim Secreta Não
A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma
sociedade secreta. Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser
considerada senão como sendo uma sociedade discreta.
Há realmente, uma grande diferença entre esses dois conceitos. Como
secreta dever-se-ia entender que se encobre na Maçonaria algo que não pode ser
revelado, quando por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que
interessa exclusivamente aqueles que dela participam.
Em realidade, a Maçonaria não é possuidora nem detentora de nenhum
segredo misterioso como tem pretendido alguns. No vocabulário maçônico moderno,
a palavra segredo, deve considerar-se como discrição. Assim o ensina a instrução
de Grande Mestre, quando diz que o segredo dos Mestres é guardado em um cofre
de papel coral, rodeado de marfim - a boca.
Já se foi aquele tempo em que a Maçonaria deveria encobrir toda a sua
atividade sob o mais rigoroso sigilo e de tal forma, que esta reserva devia constituir
ato secreto e até mesmo misterioso.
Era a instituição perseguida pelos poderosos, por aqueles que escravizavam
os povos que não viam com bons olhos a liberdade de consciência, tiranos de todas
as épocas, sanguinários e exploradores da humanidade.
Nos dias em que vivemos é quase dispensada a ação liberatória da
Maçonaria e ela pode trabalhar livremente, dedicando-se mais à evolução intelectual
e à assistência filantrópica.
Conserva porém, como princípio e tradição a sua maneira própria de agir, o
uso de iniciação ritualística, a simbologia universal de suas práticas espiritualísticas
e o seu caráter de organização restrita a seus membros.
Mantendo como uma de suas qualidades, o respeito e acatamento às leis,
aos governos legalmente constituídos, nada tem que ocultar, a não ser as suas
fórmulas ritualísticas, seus sinais, toques e palavras, como meio de reconhecimento
recíproco de seus filiados, espalhados por todos os recantos do mundo.
14
Não se reveste mais a Maçonaria de um secretísmo absoluto, de vez que
seus rituais são impressos e muitas de suas práticas. Tendo divulgação habitual,
são conhecidos e estão ao alcance de muitos estudiosos.
Nesta condição, nada tem a Maçonaria de sociedade secreta. Exigindo
reserva de seus seguidores quanto aos seus trabalhos, cultiva e difunde entre os
Maçons, a virtude da discrição, segue uma tradição milenária e se põe, sempre, em
posição, de em qualquer emergência, para se defender de opressores e manter as
liberdades nacionais e humanas, volver ao passado e prosseguir em sua luta em
defesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
A Maçonaria e a História do Brasil
"Há um capítulo em branco na História do Brasil, e esse capítulo é o que se
refere à Maçonaria, presente em todos os momentos decisivos e importantes de
nossa pátria. Em torno da excepcional contribuição da Maçonaria para a formação
de nossa nacionalidade, é inadmissível qualquer dúvida. De nenhum importante
acontecimento histórico do Brasil, os maçons estiveram ausentes. Da maioria deles,
foram os elementos da Maçonaria os promotores. Não há como honestamente negar
que o Fico, A Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A
Proclamação da República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos
organizados dentro de suas lojas.
Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria empreendia luta
renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os conjurados, sem exceção,
pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Thomas Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da
Costa, Alvarenga Peixoto, e até mesmo o Judas, o traidor Joaquim Silvério dos Reis,
infelizmente também pertencia à ordem.
Há que se ressaltar também a grande contribuição de um maçon ilustre
Francisco Antonio Lisboa, o Aleijadinho. Este grande gênio da humanidade. Maçom
do grau 18, Aleijadinho, autor de obras sacras, fez questão de secretamente
homenagear a Maçonaria em suas esculturas. Ao bom observador e conhecedor da
maçonaria, não passará despercebido, ao conhecer a obra do grande mestre,
detalhes, pequenos que sejam que lembram a instituição maçônica. Os três anjinhos
formando um triangulo, o triangulo maçônico, tornaram-se sua marca registrada.
15
A própria bandeira do estado de Minas Gerais foi inspirada na Maçonaria: o
triangulo no centro da bandeira mineira é o mesmo do delta luminoso, o Olho da
Sabedoria.
A independência do Brasil foi proclamada em 22 de agosto de 1822, no
Grande Oriente do Brasil. O grito de independência foi mera confirmação. Ninguém
ignora também que o Brasil já estava praticamente desligado de Portugal, desde 9
de janeiro de 1822, o dia do Fico. E o Fico foi um grande empreendimento
Maçônico, dirigido por José Joaquim da Rocha, que com um grupo de maçons
patriotas, fundou o Clube da Resistência, o verdadeiro organizador dos episódios de
que resultou a ficada.
A libertação dos escravos no Brasil foi, não há como negar, uma iniciativa de
maçons, um empreendimento da Maçonaria. A Maçonaria, cumprindo sua elevada
missão de lutar pela reivindicação dos direitos do homem, de batalhar pela
liberdade, apanágio sagrado do Homem, empenhou-se sem desfalecimento, sem
temor, indefessamente pela emancipação dos escravos.
Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de
maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de
Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino
Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros.
A proclamação da República, não há dúvidas de que também foi um notável
empreendimento maçônico. O primeiro Ministério da República, sem exceção de um
só ministro, foi constituído de maçons. Mera casualidade? Não. Ele foi organizado
por Quintino Bocaiúva, que havia sido grão-mestre.
Assim foi e tem sido a atuação da Maçonaria com relação ao Brasil, sempre
apoiando e lutando para a concretização dos ideais mais nobres da pátria,
comprometendo-se em favor da liberdade e condenando as injustiças.
Por seus Frutos
É comum no meio maçônico dizer que determinada pessoa sempre fora
Maçom, mesmo antes de ter-se iniciado. Isto porque tal indivíduo é detentor de
16
qualidades e virtudes características de um verdadeiro maçom. Mas quais são essas
marcas que levam alguém a ser considerado um maçom nato? Como se pode
afirmar tal coisa sem risco de se enganar?
O livro sagrado nos dá o caminho. Nele está escrito:
"conhece-se a árvore pelos frutos que produz. É impossível que
uma boa árvore produza maus frutos, assim como é impossível á árvore
ruim produzir bons frutos".
Assim é o homem: se dele advém boas coisas, atitudes corretas, gestos
edificantes, ele é como uma boa árvore que produz bons frutos. Se for o contrário,
se seu caráter for falho, por mais que tente mascarar sua personalidade, não
conseguirá: é uma árvore ruim, que produz frutos ruins. O poeta e filósofo Emerson
disse:
"o que a pessoa é na realidade paira sobre sua cabeça, e brada tão
alto que é impossível ouvir sua voz dizendo o contrário numa vã tentativa
de ludibriar os outros".
Quando o neófito encontra-se à porta do templo e é anunciado , como um
candidato a conhecer os Augustos Mistérios Maçônicos, é perguntado como pode
ele conceber tal propósito. A resposta dada constitui-se na primeira característica
necessária a um Maçom nato: "Porque ele é livre e de bons costumes".
O homem livre é aquele capaz de oferecer-se como causa interna de seus
sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o
forcem e o constranjam a sentir, a fazer e a querer o que quer que seja. A liberdade
não é tanto o poder para escolher entre várias possibilidades, mas o poder para auto
determinar-se, dando a sí mesmo regras de condutas. Portanto, somente é de fato
livre, aquele que é senhor de sí mesmo. O verdadeiro maçom, sabe respeitar a
liberdade alheia , conhece os limites entre o certo e o errado e não se rende às
paixões ignóbeis. Ele tem consciência de que, como afirmou o filósofo Nietszche: "A
ação mais alta da vida livre, é nosso poder para avaliar os valores".
Ser de bons costumes equivale a dizer que ele um homem íntegro, que tem
sua conduta pautada em sólidos princípios éticos e morais, que é um cidadão
17
exemplar, cumpridor de seus deveres, reto em seus compromissos, honesto em
seus negócios, um bom pai de família, respeitador e correto em todos os sentidos.
Na continuidade do processo de iniciação é perguntado se o neófito encontra-
se preparado para ingressar na Sublime Ordem. Eis a resposta: "Sim, pois seu
coração é sensível ao bem". Temos aí a segunda marca de um legítimo Obreiro da
Humanidade: possuir um coração sensível ao bem.
O coração de um maçom não aceita as injustiças e não compactua com o
erro e a maldade. E mais do que isso, ele se inquieta, se revolta e luta contra todo
tipo de injustiça e opressão. Ao longo de toda história da humanidade a Maçonaria
tem-se empenhado em duras batalhas contra a tirania o despotismo e o
obscurantismo, sofrendo com isso conseqüências dolorosas, perseguições
implacáveis que resultaram no flagelo e na morte de vários irmãos. Ela porém jamais
se curvou, jamais abriu mão de seus nobres ideais, nunca se omitiu em sua missão
altruística, em sua luta inglória em favor da Liberdade, da Igualdade, e da
Fraternidade.
Igualmente hoje quando o futuro da raça humana aponta para rumos incertos,
a influencia benéfica e restauradora da Maçonaria se faz necessária. Num momento
em que nossa pátria no olho de uma crise mundial passa por momentos difíceis
devido ao estado fragilizado de sua economia, o que leva a muitos passarem
apertos financeiros, está em voga a prática do salve-se quem puder e do cada um
por si. Muitos são os adeptos da famigerada Lei de Gerson, onde o importante é
levar vantagem em tudo. Quando testemunhamos a importância e a natureza
sagrada da família sendo relegada a segundo plano por motivos fúteis, quando
vemos as drogas, a violência e todo tipo de criminalidade assolando a sociedade,
nós, os pedreiros livres, não podemos nos omitir.
Batalhas, embora não sangrentas como as da Antigüidade, mas igualmente
árduas, esperam por nossa ação. Não mais a espada, mas nossa determinação,
nosso exemplo, nossos propósitos de aperfeiçoamento são nossas armas.
O juramento sagrado proferido pelo maçon com a mão direita sobre o Livro da
Lei (Bíblia Sagrada), é um compromisso assumido com Deus , com os irmãos, mas
18
sobretudo consigo mesmo, compromisso este de, através do auto aperfeiçoamento,
contribuir significativamente para o aprimoramento de toda a humanidade.
Se ali se encontra um incauto, um dissimilado que equivocadamente foi
levado ao processo de iniciação, lamentavelmente tal pessoa não passará de uma
grande decepção. Com certeza, as exigências das práticas maçônicas, pesadas ao
fraco de caráter, se encarregará com o tempo de excluí-lo da Maçonaria.
Mas se ao contrário, o homem postado diante do Altar dos Juramentos, for da
estirpe dos grandes homens, se trouxer consigo as marcas indeléveis que
caracterizam os verdadeiros maçons, estará o mundo ganhando um lutador valioso,
um guerreiro do Bem e da Justiça.
Quisera todos os homens livres e de bons costumes do planeta tivessem a
mesma oportunidade, para que no ambiente propício de uma oficina maçônica,
recebendo a inspiração da Filosofia ali difundida, pudessem direcionar seus esforços
de forma efetiva em prol da construção de um mundo melhor.
O verdadeiro maçom sabe que não há melhor argumento que sua própria
vivência . Ele se impõe no seu ambiente influenciando-o positivamente, não de
forma arrogante ou arbitrária, mas por sua conduta exemplar e inquestionável. Ele é
enérgico porém bondoso. Firme, porém humilde. Sua bondade e humildade residem
no fato de saber que, a despeito de num dado momento de sua vida maçônica ser
simbolicamente denominado mestre, na prática será sempre aprendiz. Aprende-se a
todo instante e de todas as formas. O Maçom é o pedreiro de sí mesmo, e por mais
que a obra esteja adiantada, sempre faltará um retoque, pequeno que seja. E depois
outro, outro, e mais outro, assim infinitamente. Por mais que se saiba, por mais
evoluído que seja, sempre restará algo a aprender, novas lições a assimilar. Na
escola da vida não há formandos, ou formados, apenas eternos alunos em busca do
aperfeiçoamento. Fixemo-nos pois, nas principais características que distinguem o
verdadeiro Maçom e não nos desvirtuemos de nosso objetivo maior. Mantenhamo-
nos livres e firmes na prática dos bons costumes, e que com o auxilio do "Grande
Arquiteto do Universo" nossos corações sejam cada vez mais sensíveis ao bem.
E lembremo-nos sempre: " o que para o profano é um gesto meritório,
para o Maçom é um dever sagrado."
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Grande Arquiteto do Universo
Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal
Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo)
independente de uma crença ou religião específica.
Na Maçonaria, 'Grande Arquiteto do Universo', também chamado de
'G.A.D.U.' ou 'G.A.U.' (na forma abreviada), é o Ser Supremo ou Grande Geômetra,
título dado a Deus. Está para além de qualquer credo religioso, respeitando toda a
sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível nos landmarks, para
que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto
doutrinal.
Como é uma escola de filosofia, moral e bons costumes, e não sendo uma
religião, a maçonaria não pretende concorrer com outras religiões. Permite aos seus
iniciados a crença em qualquer uma das religiões existentes, exigindo apenas a
crença num ser superior, criador de tudo e de todos, que o candidato já acreditasse
antes mesmo de considerar a possibilidade de vir a ser um maçom.
Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.A.D.U.' é uma designação
maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta
abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que
maçons muçulmanos, católicos, budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam
numa mesma loja maçônica.
Para um maçom de origem muçulmana se referiria a Alah, para outro de
católica, seria Jave, de qualquer forma significaria Deus. Assim as reuniões em loja
podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus
conteúdos.
A atividade da Maçonaria em relação ao Grande Arquiteto do Universo -
G.·.A.·.D.·.U.·., envolve estudos filosóficos e não proselitismo.
A Maçonaria
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Esta pergunta é feita diariamente por milhares de pessoas espalhadas pelos
quatro cantos do mundo, quer sejam maçom, ou não. Na verdade pouco se sabe
sobre a origem da maçonaria que se perde na origem da história ocidental.
No Brasil a história da maçonaria se confunde com a própria história do país.
Ao defender e difundir os conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade a
maçonaria plantou nos Brasileiros e nos povos da América conceitos de democracia
e da coisa pública definidos na antiga civilização Grega. Estes conceitos criaram as
repúblicas ocidentais, os sistemas econômicos, a teoria evolucionista, a filosofia
cartesiana, a democracia, enfim as bases estruturais da cultura e do
desenvolvimento ocidental. Por indução da maçonaria e iniciativa de maçons,
ocorreram a inconfidência mineira, a independência, a revolução farroupilha, a lei do
ventre livre, a libertação dos escravos e a criação da republica. Foram maçons,
Álvares Maciel, Padre Feijó, José Bonifácio de Andrada, Dom Pedro I, Duque de
Caxias, Bento Gonçalves, Garibaldi, Barão de Mauá, Marechal Deodoro, Gonçalves
Ledo, Joaquim Nabuco, frei Caneca, Quintino Bocaiúva, dentre tantos outros.
Em uma maneira simplista podemos dizer que a maçonaria é um país dentro
de outro país. Um país onde não há analfabetos, não há fome e onde se cultua a
liberdade de expressão, o livre arbítrio, o conhecimento, a fraternidade e a igualdade
de todos perante a lei. Um país que busca constantemente a verdade na sua forma
direta e objetiva, sem paixões políticas, religiosas ou pré-concebidas. É à busca do
homem em si mesmo. O grande segredo da maçonaria não existe e, pela lógica
cartesiana, não há como divulga-lo. Ao nos irmanamos em busca da verdade e da
liberdade temos como ponto de partida o conhecimento de nós mesmos e
obviamente, este conhecimento próprio é restrito ao indivíduo. Existe um
antiqüíssimo mito no Nilo em que Osíris, que representa a vida universal, morre e
sua irmã Lis o faz engolir o olho do gavião e, mal o olho penetra no cadáver, Osíris
renasce porque nele entra a visão.
Viver é, antes de nada, ver-se a si mesmo. Em síntese ninguém, a não ser
nós mesmos e o criador, nos conhecem. Para se ter uma noção de nossos
princípios, Péricles em 431 anos antes de Cristo disse:
" Somos amantes da beleza sem extravagâncias e amantes da
filosofia sem indolência. Usamos a riqueza mais como uma oportunidade
21
para agir que como motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na
pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evita-la. Ver-
se-á em uma pessoa ao mesmo tempo o interesse em atividades públicas
e privadas, e em outros entre nós que dão atenção principalmente aos
negócios não se verá falta de discernimento em assuntos políticos, pois
olhamos o homem alheio as atividades públicas não como alguém que
cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; .....
decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelos menos nos
esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o
debate que é empecilho á ação, e sim o fato de não estar esclarecido pelo
debate antes de chegar a hora da ação. Consideramo-nos ainda
superiores aos outros homens em outro ponto: somos ousados para agir,
mas ao mesmo tempo gostamos de refletir sobre os riscos que
pretendemos correr; para outros homens, ao contrário, ousadia significa
ignorância e reflexão traz a hesitação. Deveriam ser justamente
considerados mais corajosos aqueles que, percebendo claramente tanto
os sofrimentos quanto ás satisfações inerentes a uma ação, nem por isso
recuam diante do perigo. Mais ainda em nobreza de espírito contrastamos
com a maioria, pois não é por receber favores, mas por faze-los, que
adquirimos amigos. . . .Enfim, somente nos ajudamos aos outros sem
temer as conseqüências, não por mero cálculo de vantagens que
obteríamos, mas pela confiança inerente á liberdade."
Neste sentido a maçonaria sempre constante e presente na luta para
fortalecer o conhecimento individual de tal sorte que ele produza um conhecimento e
uma mobilização coletiva, tem estado presente em todos os rincões do país e do
mundo fazendo prevalecer a máxima do homem como símbolo de pensamento e
bem estar, como obra do Grande Arquiteto do Universo.
Hoje continuamos reféns das encruzilhadas da vida que nos fazem
prisioneiros do nosso próprio desenvolvimento pois, crescemos nos descuidando
dos conceitos de justiça social, de liberdade e de igualdade de oportunidades. Como
disse Marx, na célebre Carta ao Povo:
"O domínio do homem sobre a natureza é cada vez maior; mas, ao
mesmo tempo, o homem se transforma em escravo de outros homens ou
de sua própria infâmia. Até a pura luz da ciência parece só poder brilhar
sobre o fundo da tenebrosa ignorância. Todos os nossos inventos e
progressos parecem dotar de vida intelectual as forças materiais,
enquanto reduzem o ser humano ao nível de uma força material bruta".
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Se o comunismo não prosperou por não criar um mecanismo eficiente de
produção de riquezas, o capitalismo encontra-se em xeque por não conseguir criar
um eficiente mecanismo de distribuição das riquezas produzidas. É perversa a
nossa posição de bem sucedidos em contraponto dos milhares de marginalizados.
Chega a ser uma afronta á nossa inteligência e é absolutamente irracional.
Neste sentido começamos a perceber que isto não conduzirá a humanidade a
um bom lugar. O nosso desafio se consiste em inserirmos todos nas riquezas que as
tecnologias eficientemente conseguem produzir. Hoje já podemos dizer que temos
tecnologia para produzir de modo sustentável riquezas suficientes para saciar todos.
O que nos falta é entendermos que nisto se apoiará á paz, a harmonia e a felicidade
tão necessárias aos indivíduos, quanto imprescindíveis para a humanidade.
O nome "maçonaria" provém do francês maçonnerie, que significa
"construção". O termo maçom (ou maçon), segundo o mesmo Dicionário, provém
do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer “pedreiro”, e do alemão metz,
“cortador de pedra”. O termo maçom portanto é um aportuguesamento do
inglês; maçonaria por extensão significa associação de pedreiros.
Estudiosos e pesquisadores costumam dividir a a origem da maçonaria em
três fases distintas:
1. Maçonaria Primitiva
2. Maçonaria Operativa
3. Maçonaria Especulativa
Maçonaria primitiva
A Maçonaria Primitiva, ou "Pré-Maçonaria", é o periódo que abrange todo o
conhecimento herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da
Maçonaria Operativa. Há quem buscam nas primeiras civilizações a origem
iniciática. Outras buscam no ocultismo, na magia e nas crendices primitivas a origem
do sistema filosófico e doutrinário. Tantas são as controvérsias, que surgiram
variadas correntes dentro da maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria
dos historiadores, é que a Maçonaria Moderna descende dos antigos construtores
23
de igrejas e catedrais, corporações formadas sob a influência da Igreja na Idade
Média.
É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito, envolve a
maçonaria numa penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez
pensando em engrandecê-la, inventem as histórias sobre os primórdios de sua
existência. Há aqueles que ensinam que ela teve início na Mesopotâmia, outros
confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos
maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da
Maçonaria.
O TEMPLO DE SALOMÃO
A história da humanidade encontra-se repleta de fenômenos extraordinários,
construções faraônicas feitas de pedra e outras mitológicas jamais materializadas,
senão pela imaginação dos povos...
Os gregos, egípcios, mesopotâmios e outros povos antigos, nos deixaram
exemplos magníficos de seu fascínio pelo fantástico extraordinário... As “Sete
Maravilhas do Mundo Antigo”, permanecem em nossas almas ou imaginação como
um exemplo da incrível capacidade do homem de se superar, acima de suas
mínimas dimensões. “As Pirâmides do Egito”, “O Farol de Alexandria”, “Os Jardins
Suspensos de Semíramis na Babilônia”, “O Colosso de Rodes”, “A Estátua de
Júpiter Olímpico em Olímpia”, “O Templo de Ártemis em Éfeso” e o “O Túmulo de
Mausolo” em Halicarnasso, e milhares de monumentos colossais que foram
construídos ao longo da história por diferentes civilizações...
Falaremos hoje do Templo de Salomão,
Segundo a Bíblia o Rei Davi recebeu de Deus a incumbência de construir o
Templo. Mas Davi morreu e não conseguiu realizar a obra, a qual seria efetivada por
seu filho e herdeiro, Salomão.
Narra-se que Deus, para testar o equilíbrio de Salomão, a quem atribuíra a
construção do colossal Templo, perguntou-lhe o que ele desejava receber como
dádiva do Senhor...
24
Ao que Salomão pediu com humildade: “Quero ter Sabedoria”...
E assim Salomão se tornou o mais sábio dos homens de seu tempo,
encontrando-se aí a razão de sua fama... O esplendor de seu reinado jamais teria
sido igualado por qualquer outro monarca.
Para a realização da monumental obra Salomão chamou o Rei de Tiro, Hiran I
ou Hiran Abif, conhecido como “O Filho da Viuva”.
O Templo tinha cerca de 60 côvados (31,50m) de comprimento por 20
côvados (10,50m) de largura e 30 côvados (15,75m) de altura, equivalente a um
prédio de 5 andares .
Nele foram colocados símbolos, segundo a tradição, relacionados com o
estimado entre Salomão e Deus... Estes símbolos eram o Arca da Aliança, o
bastão do Patriaca que lembrava o Êxodo, o Candelabro e a mesa dos pães
ritualísticos...
Segundo a grande mestra e papisa da Teosofia, Helena Petrovna Blavatsky,
Hiran Abif é um mito solar e tem grande significado na elucidação da cabala. E o
Templo de Salomão é um relicário esotérico.
Hiran mandou construir à entrada do Templo, uma imponente fachada, à
guisa de Portal ou Átrio, ladeado por duas colunas de bronze, cada uma com cerca
de 10 metros de altura.
A da direita era chamada “J”, símbolo da Sabedoria, representava o poder
masculino e era branca; a da esquerda era chamada “B”, símbolo da inteligência,
representava o poder feminino e era vermelha.
Entre as duas colunas fora colocado o “Kether” (coroa) símbolo das forças
geratrizes, o Pai e das forças genetrizes, a Mãe.
Naturalmente, o Sol e a Lua.
A grande muralha que contornava o Templo ainda existe hoje, embora semi-
destruída, é usada em Jerusalém pelos judeus como o seu “Muro das
Lamentações”...
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A mitologia em torno do Templo de Salomão inspirou os maçons de todos os
tempos que atribuem a Hiran Abif ter sido o primeiro “pedreiro-maçon”, por conta
da construção do Templo e ser personagem do ritual da terceira iniciação
maçônica. O Templo maçônico moderno deve ser orientado de forma que as
colunas “J” e “B” estejam plantadas na direção dos pontos, solsticial norte
(signo de Câncer) e solstícial sul (signo de Capricórnio). Na interseção dessa linha
Norte/Sul encontra-se a linha do equador Leste/Oeste, estando o altar do
Venerável no leste ou Oriente... No teto do Templo o Sol, Lua e Mercúrio, além de
Júpiter e Saturno com os seus respectivos satélites...
Hiram na Bíblia
O nome Hiram Abiff não consta na Bíblia, mas existem referências a pessoas
chamadas Hiram que são:
 Hiram, rei de Tiro, referido em II Samuel 5:11 e em I Reis 5:15-32 por ter
enviado material de construção e um homem para a construção do templo
original de Jerusalém.
 Em I Reis 7:13–14, Hiram é descrito como um homem de Tiro que trabalhava
em bronze, filho de uma viúva da tribo de Neftali.
A Lenda de Hiram Abiff
Nome de origem hebraica, posto os dois Hiram referidos nas Sagradas
Escrituras proviessem do líbano. Temos Hiram ou Hirão rei Tiro e Hiram Abiff, o
artífice que esse Rei enviara a Salomão para o embelezamento do Grande Templo.
Hiram, o arquiteto, era filho de uma mulher da tribo de Dan e de um homem tírio
chamado Ur, que significa "forjador de ferro", consoante o relato bíblico em II
Crônicas, 10; ou filho de uma viúva da tribo de Natfali consoante refere Reis I, 7:13.
O nome Hiram pode ser traduzido como "Vida Elevada".
O SIGNIFICADO DA LENDA:
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O motivo da lenda é A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO, PARA QUE NELE
HABITE O DEUS ÍNTIMO, e ter ele sua completa liberdade de manifestação. O
Templo é o Corpo dominado, educado e guiado por mandatos do Espírito, que são A
VERDADE E A VIRTUDE.
O Templo de Salomão é o modelo do corpo humano. O Templo, como o
corpo humano, se estende do Oriente ao Ocidente e do Norte ao Sul, o que quer
dizer que o homem é uma UNIDADE INDIVISÍVEL como o UNIVERSO. Sua cabeça,
que se eleva em direção a mundos superiores, converte-se, pela Sabedoria
Espiritual, em SALOMÃO, que levanta UM TEMPLO PARA GLÓRIA DO GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO ÍNTIMO
O SIGNIFICADO ESOTÉRICO DA LENDA HIRAMÍTICA
Segundo o mestre historiador Rizzardo da Caminho, em sua obra “Catecismo
Maçônico”, absorvemos os seguintes ensinamentos sobre o tema em questão:
“A busca da Palavra Perdida criou a Liturgia; os Maçons vêem no ato o seu
Grande Trabalho. O primeiro passo que é dado diz respeito à meditação profunda
que o Rito orienta, e que o Grau de Mestre se fixa nos Cinco Pontos.
Adentrando na alegoria da lenda iremos nos encontrar em plena função, em
uma Câmara do Meio onde se desenvolve, no luto e na consternação, o trabalho
maçônico, consequências do assassinato de Hiram; a história cede lugar ao
simbolismo.
No Rito, Hiram se identifica como sendo o Mestre Perfeito, e na lenda ele
personifica a própria Tradição Maçônica.
Nos três Companheiros trucidadores vemos o tríplice flagelo da ignorância,
do fanatismo e da ambição.
A Lenda restringe a três o número dos malfeitores; não devemos, porém,
ignorar que cada um deles personifica um “estado de espírito”, muito presente em
nossos dias.
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A Tradição Maçônica encontra-se em constante perigo, porque, se justiçados
os três maus Companheiros desaparecem, ficando apenas, seus sentidos
materialistas, mas os efeitos perduram. Sabemos que em cada um de nós há traços
indeléveis desses assassinos.
No conjunto sempre crescente de Maçons, há aqueles que não
compreendem que, da Iniciação, surgiram obrigações a cumprir.
Maçons que tiveram as suas arestas atingidas e caídas do bloco, mas que,
“juntaram-nas” e as guardam como relíquias, não querem se desfazer desses
supérfluos. São os aproveitadores, os ambiciosos, os portadores dos mesmos
defeitos encontrados nos Companheiros Jubelos.
São os caçadores de Graus.
Uma vez que não se tem mais fé na Tradição, essa desvanece e tem vida
transitória; é o braseiro cujas brasas estão cobertas e é quando o sopro vital vem.
Quando surge é tarde, porque só restam cinzas.
A Maçonaria não morre, porque é uma Instituição que tem o poder de resistir,
porque o seu trabalho se dirige ao aperfeiçoamento do homem; é um trabalho
autorizado por Deus, e Ele o protege.
Os seus inimigos não se encontram fora da Instituição; os pequenos
temporais são previstos e a Instituição encontra o caminho da resistência e planifica
a vitória; mas as infiltrações, aquelas que trazem consigo os “vírus”, as “infecções”,
os “nocivos”, esses continuam sendo o espírito negativo dos maus Companheiros.
A Igreja, em tempos passados, desejou destruir a Maçonaria como fez com a
Ordem dos Templários. Havia um inimigo visível, muito diferente daqueles três maus
Companheiros.
Hoje, nas portas principais do Templo, estão os “terroristas” da Instituição,
prontos a golpear.
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A Maçonaria não faz mistério quanto ao perigo interno que ameaça não só a
si, mas a toda a Humanidade, porque os Jubelos trazem consigo o germe da morte
e da decomposição.
Os inimigos externos, talvez, possam obstaculizar ou paralisar as atividades
maçônicas, mas não matam. O inimigo interno atua como uma enfermidade: mina a
saúde e arrasta ao túmulo.
Não devemos esquecer que os três Companheiros foram bons Aprendizes,
que colaboraram com eficiência na construção do Templo, que estavam prestes a
alcançar o mestrado!
Os Jubelos podem ser considerados inimigos impessoais, que não se
dirigiram exclusivamente contra Hiram, mas contra a Humanidade e que a finalidade
da Maçonaria é, justamente preservar essa Humanidade da qual todos fazemos
parte.
Mas antes de dirigirmos os nossos olhares para fora da Instituição, cumpre
sanear as nossas próprias searas, combatendo a praga perigosa, curar a nós
próprios, buscando cada um encontrar dentro de si o mau Companheiro, para
eliminá-lo.
Os germes proliferam, quando encontram ambiente propício, assim é, na
Maçonaria; quando surgem os períodos críticos, os maus Maçons proliferam; os
dirigentes, os Mestres cônscios de sua responsabilidade, devem prevenir, na fase
crítica, a tomada pelos germes do campo e, rapidamente, introduzir o medicamento
apropriado.
Essas crises periódicas coincidem com a crise social e econômica de um
país; assim, quando externamente aparecem os sintomas, fácil será planejar para
que os germes não ingressem no Templo.
O trabalho maçônico seria de grande utilidade e poderia influenciar nesses
períodos críticos, se os Maçons fossem todos instruídos, tolerantes,
desinteressados; a influência moral, o exemplo, seriam fatores irresistíveis para
contornar a ação dos maus.
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Embora os assassinos de Hiram tenham surgido de dentro da Instituição,
sem dúvida, receberam a influência negativa de seu meio ambiente externo.
Não basta uma ação higiênica, mas sim uma profilaxia enérgica, constante e
sempre presente para que haja uma real e necessária “imunização”. Sim, o Maçom
deveria estar imune às crises periódicas.
Os assassinos de Hiram foram três, porém esse número é simbólico, pois,
antes de terem sido eliminados, proliferaram junto àqueles que lhes deram abrigo e
proteção. Hoje são em número incontáveis. São os que desconhecem a Maçonaria a
quem criticam e censuram, invocando a necessidade de uma “modernização” para
ajustarem-se aos tempos modernos de tecnologia e progresso social.
Em nome do progresso, procuram destruir tudo o que seja tradição; aplicam
o primeiro golpe com a Régua sobre o ombro de Hiram, paralisando seu braço
direito e impedindo-o de uma reação defensiva.
É a “simplificação”, o intuito de “tirar uma pretensa monotonia” e de
simplificar o Ritual com atos de liturgia “desnecessária”. A conservação íntegra do
Ritual é a garantia da sobrevivência; perdida a tradição, torna-se presa fácil dos
assassinos.
São os Maçons “donos da verdade” que obstaculizam aqueles que não
seguem a sua vontade; são os infalíveis e criadores de dogmas sem poderem
apresentar a origem de suas ideias, fruto de intolerância.
Os maus nem sempre são os piores! Podem ser os ex-dirigentes que,
vencidos em um pleito, para se manterem perpetuamente, no poder, transformam-se
em desagregadores. São os que dão o segundo golpe em Hiram, agora com o
Esquadro e sobre o coração.
Golpeado com a Régua e com o Esquadro, evidentemente, Hiram vacila,
cambaleia, enfraquece e se torna presa fácil.
Assim débil, quem aplicará o golpe final será um membro dos mais
modestos, que sozinho não teria capacidade de destruição.
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É o golpe mortal. Vemos, então, uma Loja Abater Colunas, exigindo grande
esforço para reerguê-las. Frequentemente, apesar de não ser regra geral, os maus
juntam-se e fundam uma nova Loja!
Aparentemente, o trabalho é elogiado, mas ninguém se dá conta de que é
obra de dissensão, dissidência, e quem sofre é a própria Instituição. Ao invés de
uma Loja pujante, surgem várias cambaleantes e inexpressivas; fáceis, porém, de
serem tomadas de assalto por aqueles que foram os inspiradores, permanecendo
ocultos, mas ativos.
A Maçonaria, nas mãos desses, é desviada de seus elevados fins; Hiram
morre; a tradição se apaga; a Palavra está perdida; o maçonarismo perece. O seu
cadáver putrefica-se.
Os verdadeiros discípulos choram, se reúnem, providenciam as exéquias,
descobrem os assassinos, punem-nos e por serem verdadeiros iniciados, os
verdadeiros operários, buscam a ressurreição de Hiram, e, rejuvenescidos, reiniciam
o trabalho.
Para a ressurreição, se faz necessário reconstruir a tradição; juntar os
membros dispersos do cadáver para a recomposição.
A iniciação é reexaminada em todos os seus aspectos e é adequada aos
tempos atuais, à personalidade dos remanescentes e dos novos; retiram-se dela os
vícios e as falhas; a substância da regeneração é alimentada; evolui, fermenta e
cresce com toda a pureza da matriz.
Eis o porquê das viagens dos Maçons remanescentes, para todas as
direções, com a finalidade de encontrar os restos de Hiram.
A dificuldade inicial encontra oposição na busca, porque o primeiro túmulo
que os assassinos, provisoriamente, criaram foi sob os escombros da construção;
sob os materiais imprestáveis, onde ninguém suspeitaria que pudessem abrigar o
Mestre.
Esse primeiro túmulo não é descoberto e os próprios assassinos exumam o
cadáver e na calada da noite o conduzem para a alta montanha; cavam uma nova
31
cova profunda; despem Hiram e o soterram entregando o pó ao pó, a terra à terra e
as cinzas às cinzas. Marcam o local com um ramo de Acácia.
É a primeira manifestação do arrependimento tardio. A homenagem à sua
indefesa Vítima.
Escolhem uma planta que não apodrece, cuja resina conservará o lenho,
num confronto com a matéria que se putrefará.
É o dualismo e o resultado das lições que o próprio Mestre lhes havia
ministrado.
E são os assassinos que transformam a Acácia em um símbolo, numa
comprovação de que do mal pode surgir o bem; as raízes eram boas, mas a
insatisfação, a pressa, a ambição sufocam a bondade.
A lenda apresenta um fato curioso: não há lugar para o perdão aos
assassinos!
É uma situação muito triste, mas real. Mais tarde, o Nazareno, já crucificado,
diria contra os seus algozes: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Mas os assassinos tinham sido iniciados; tinham passado pelo Aprendizado,
conheciam a Régua das 24 Polegadas e o Esquadro; não podiam repudiar o
convívio com os Irmãos. O castigo, embora escolhido por eles próprios, foi incisivo; a
Justiça de Salomão era diferente da justiça do Cristo.
O Rito Escocês Antigo e Aceito comporta as duas Justiças: a Salomônica e a
Cristã. Como devemos agir com os assassinos? Esses que ressurgem como as
cabeças da mitológica Hidra?
Ao ser colocado o ramo de Acácia, os assassinos quiseram simbolizar que
Hiram jamais morreria.
O cadáver é encontrado, recomposto e conduzido, novamente, ao Templo
para ser, carinhosamente, colocado em um local sagrado; não mais sob os
escombros, mas em local de honra e glória.
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Embora essa glória não tenha sido permanente; eis que Nabucodonosor
destrói o Templo, não deixando pedra sobre pedra. Mas... Hiram ressuscita; apenas
seu corpo putrefato foi deposto. Porém, Hiram não ressuscita por si só; não
responde ao primeiro chamado feito à vitalidade que poderia ter conservado, a força
que “Boaz” simboliza.
Em vão tenta-se acordá-lo com o estímulo de um ardor amoroso, “Jaquim”.
A sua vida anterior não revive; é preciso dar-lhe um novo alento: o sopro do
ideal que provém da Iniciação. É o símbolo da “Cadeia Regeneradora”; aqueles que
a formam não ficam apenas na contemplação; reúnem forças, amor e com os mais
fervorosos ideais espargem energia psíquica, espiritual e física que reanimam o
cadáver, que é erguido e se liga aos cinco pontos do Mestrado. É o resultado do
culto do trabalho, dos esforços, da reciprocidade, enfim, da fraternidade.
Nem todos, porém, podem unir-se ao cadáver pelos cinco pontos; um só é
destinado àquela missão; é um trabalho de um só, mas sob os fluidos de todos; é a
soma das forças. O escolhido é o sábio Mestre remanescente.
Mas, a Palavra continua perdida e urge encontrar uma substituta e essa é
composta, tornando-se um grande símbolo.
“A carne se desprende dos ossos”. Não há a compressão das células;
cessou a força centrípeta.
Os ossos, por sua composição química, são imputrescíveis; o cálcio é um
mineral que se eterniza; a carne é volátil; é o espírito que se afasta da matéria, e a
única forma de reuni-los é usar a Palavra Sagrada; se a original se perdeu, uma
nova surge. Sempre surge um novo meio quando houver a necessidade de uma
união!
O segredo de tudo (maçônico) é, sempre, buscar e encontrar um meio de
unir, pois, para a desunião, sobram meios!
A Palavra Perdida, ao final, será encontrada; o Rito é sábio e dá a Palavra
Perdida como prêmio àqueles que perseveram até o fim.
33
A ressurreição é um mito antigo; vamos encontrá-lo nos mistérios Védicos,
quando o Ser Supremo imola a si mesmo para produzir tudo o que existe; vamos
encontrá-lo em Hermes, em Orfeu, em Osíris e, finalmente, em Cristo.
O renascimento é produzido ao ar livre; nos lugares mais elevados, em
contato com a Natureza, porém, é consagrado em Templo.
Nós somos Túmulo e Templo. Hiram apodrece em nós e ressurge em nós.
Dentro de nosso Templo Espiritual, temos, maçonicamente, a presença permanente
de Hiram.
Espiritualmente, temos o Cristo em nós. Somos, sempre, uma “morada”.
A diferença do conteúdo está no continente: ou temos Hiram dentro de nós,
no Túmulo, ou dentro de nós, no Templo.
É preferível tê-lo no Templo!
Os Maçons que não se instruem o têm no Túmulo.
E cada vez mais apodrecido!
Isso reflete em seu comportamento.
Há uma simbiose de Maçonaria e Igreja.
Socialmente temos, como cristãos, em nosso Templo, o Cristo, com as
conseqüências litúrgicas religiosas.
Maçonicamente, temos Hiram em nosso Templo.
O Templo é suficientemente amplo para conter os dois símbolos, compatível
isso, com o dualismo das coisas.
Como Igreja, aspiramos ao Reino de Deus na Terra; como Maçonaria, à
Fraternidade Universal.
Ambos, com sólido fundamento: o Amor fraterno!
Esse amor, felizmente, perdura!”.
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RESUMO DA LENDA
O Templo é o corpo do homem.
A construção do Templo é a evolução e a elevação de esforços para um fim
superior, através do conhecimento da Verdade e a prática da Virtude.
O Templo de Salomão é o Símbolo do corpo físico. Jerusalém (cidade-paz) é
o mundo interno. Os quatro pontos cardeais do templo são:
1. No corpo, a Cabeça, que corresponde ao Oriente,
2. o Baixo-ventre, ao Ocidente,
3. o lado Direito, ao Sul, e
4. o Esquerdo, ao Norte.
Os Construtores do Templo são os átomos construtores no corpo físico. Os
Três Diretores do Templo são: Salomão, que representa o Saber; Hiram, rei de Tiro,
o Poder; e Hiram Abiff, o Fazer. Os três representam, ainda, a FÉ, ESPERANÇA E
CARIDADE.
Os obreiros dividiam-se em três categorias.
1. Os aprendizes trabalham na parte inferior do corpo: o ventre;
2. os companheiros na parte média: o tórax; e
3. os mestres, na parte superior: a cabeça.
As duas colunas do Templo são os dois pólos: o passivo e o positivo,
representados pelas pernas esquerda e direita.
A Câmara do Meio é o "Lugar Secreto", ou o mundo Interno do Homem, no
coração ou peito.
Cada categoria percebia seu salário, relativo ao seu trabalho e à sua palavra
sagrada.
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Os aprendizes recebiam-no segundo a sua FÉ.
Os Companheiros, segundo a sua ESPERANÇA, e
os Mestres, segundo o seu AMOR.
Apesar do grande número de obreiros dentro deste Templo, todos trabalham
silenciosamente, na Obra do Grande Arquiteto, e não se ouve nenhum ruído,
PORQUE ESTE TEMPLO NÃO FOI, NEM É CONSTRUÍDO POR MÃOS
HUMANAS, NEM POR INSTRUMENTOS MATERIAIS E METÁLICOS.
Sete anos durou a construção do Templo, porque o resultado da genuína e
Verdadeira Iniciação se obtém depois de sete anos, que são necessários para a
limpeza dos átomos inferiores e para dar lugar aos átomos superior.
Hiram Abiff, "o filho da viúva", é o Espírito que nasce e se manifesta na
MATÉRIA ou MATER MÃE, sem a vontade da carne. É a Mãe Sempre Virgem,
porque o Eu SOU ENTRA E SAI DELA, e Ela continua sempre Virgem.
O Lugar escolhido para a construção foi o monte MÓRIA, que significa
"Visível ao Senhor", ou "Escolhido do Senhor".
Ao aproximar-se o momento do triunfo final, acometem ao Iniciado as três
tentações no deserto da matéria, que são a ignorância, o fanatismo e a ambição, ou
os três companheiros que querem obter o salário de Mestre.
Cada defeito estava armado com um instrumento.
 A ignorância atacou o lado direito projetor do poder positivo com uma
régua de 24 polegadas, que representa o dia de 24 horas, e, ferindo a
mão de Hiram, inutilizou a obra, ou o instrumento da obra, que é a
mão.
 O fanatismo golpeou o coração com o esquadro, que é o símbolo do
homem inferior, dominado pelo seu fanatismo; o esquadro é a forma
material, é o conhecimento intelectual, que é necessário ao homem,
porém, este, na maioria das vezes, se esquece do COMPASSO, que
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representa a Intuição Divina. Ao golpear o coração, mata nele a
tolerância e o amor.
 A ambição golpeou-lhe a cabeça com a malhête, representando neste
ato a vontade mal dirigida e mal dominada. Uma vez morta a
CONSCIÊNCIA, os três tratam de relegar o fato ao esquecimento,
"sepultando o corpo do Mestre".
Mas as doze faculdades do Espírito, ou os doze Mestres, começam a busca.
Os três primeiros, que são a FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE, eliminam do corpo os
três vícios, e os outros nove exaltam a Luz Interior, sepultada.
Conclusão
Finalmente, temos de reparar que o som M..., tal como o “N” (a níveis
diferentes), sempre esteve, em muitas civilizações e respectivas línguas, associado
à ideia de “Mãe” e “Ancestralidade”, a algo que é primitivo, remontando aos
primórdios do Universo.
Para os hindus, o som “M” é particularmente importante, uma vez que todos
os Mantras dos Chackras terminam com ele: Lam, Vam, Ram, Yam, Ham, Aum...
Em hebraico e aramaico, «Mãe» diz-se AM e AMA, respectivamente. E o
próprio nome hebraico da letra M significa ÁGUA, que em quase todas as mitologias
é considerada a substância primordial, e obviamente o lugar onde toda a Vida
começou. E não esquecer a Deusa Primordial TIAMAT das mitologias suméria e
babilónica, cujo nome significa «Mãe-Vida» ou «VidaMãe» (TI=vida, AMAT=mãe).
Uma máxima mística para os Ir:. refletirem:
“NASCEMOS PARA MORRER, E MORREMOS PARA NASCER”!!
Trata-se do terceiro e último Grau do Simbolismo. Para muitos Irmãos,
principalmente para os adeptos dos três Graus, é o coroamento final do aprendizado
maçônico. Nas Potências ou Obediências Simbólicas é o Grau em que é concedida
ao Iniciado a plenitude dos direitos maçônicos e obviamente a contrapartida dos
deveres maçônicos.
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O Grau é muito esotérico e é dedicado inteiramente ao espírito.
Neste Grau aparece pela primeira vez a pregação de uma doutrina através de
uma lenda. Trata-se da Lenda de Hiram.
Em termos iniciáticos, o Perfeito e Sublime Maçom é aquele que procura a
Palavra Perdida. A lenda do grau diz que esse título foi criado por Salomão
justamente para premiar os Mestres que encontraram a Palavra Sagrada oculta por
Enoque na Abóbada Sagrada.
Ela diz, em resumo, que após a construção e a consagração do templo De
Jerusalém, a maioria dos mestres que fora elevada ao grau de Cavaleiro do Arco
Real, voltou para suas terras. A maçonaria que o Rei Salomão havia desenvolvido
com a construção do Templo de Jerusalém disseminou-se por toda parte e perdeu
qualidade, porque seus segredos foram compartilhados por muitos iniciados sem
mérito.
Várias disputas e cisões acabaram por desvirtuar os ensinamentos da
Irmandade. Somente os eleitos que prometeram e cumpriram o juramento do grau
perseveraram na prática da verdadeira Arte Real e as transmitiram a uns poucos.
Quando o Templo de Jerusalém foi tomado pelas tropas do rei
Nabucodonosor, da Caldéia, foram esses poucos eleitos que defenderam o Altar do
Santo dos Santos, onde o Nome Sagrado estava gravado em uma pedra cúbica.
Por fim quando toda resistência se tornou inútil, eles mesmos penetraram na
Abóbada Sagrada e destruíram a pedra onde esse Nome Inefável fora gravado e
conservado durante 470 anos, 6 meses e 10 dias. Em seguida, sepultaram os
escombros em um buraco de 27 pés de profundidade para que, numa futura
restauração do Templo, ou da Aliança, sua posteridade pudesse recuperá-lo e
continuar a tradição. Destarte, o Nome Sagrado nunca mais foi escrito nem
pronunciado, mas apenas soletrado, letra por letra. E só os Perfeitos e Sublimes
Maçons ficaram conhecendo a grafia e pronúncia correta.
Assim, de uma forma sutil, quase impercebível, todos os graus das chamadas
Lojas de Perfeição exploram temas que tocam nesse assunto, pois o segredo
ritualístico desses graus está na metáfora da procura pela Palavra Perdida.
38
Meus Irmãos; que o G:.A:.D:.U:. cuja sabedoria divina dirige suave e
poderosamente todas as coisas, nos abençoe e nos ilumine para que possamos
passar um pouco do nosso modesto conhecimento a todo irmão que queira fazer
progresso na nossa “Sublime Ordem”.
A Palavra Sagrada é uma palavra peculiar de cada Grau Simbólico e que
deve ser dita baixinho ao ouvido e com muita precaução (N. Aslan).
Segundo Mackey, temos: “termo aplicado à palavra capital ou mais
proeminente de um Grau, indicando assim seu peculiar caráter sagrado, em
contraposição à Palavra de Passe, que é entendida simplesmente como um mero
modo de reconhecimento. Diz-se muitas vezes, por ignorância, “Palavra Secreta”.
Todas as palavras importantes na Maçonaria são secretas. Mas somente algumas
são sagradas”. A transmissão da Palavra Sagrada é uma prática típica do Rito
Escocês Antigo e Aceito, a qual acabou, posteriormente, sendo absorvido, de modo
similar, pelo Rito Brasileiro. O Ritual de Emulação não contém essa prática.
De acordo com Mestre José Castellani, o REAA colocou, ritualisticamente,
dentro dele, a pratica dos canteiros da Idade Média. Eles desbastavam a pedra
bruta, transformando-a em pedra cúbica que devia estar dentro do “esquadro”, ou
seja, seus cantos deviam formar 90 graus. Portanto, o “Nível” (horizontalidade) e o
“Prumo” (verticalidade) eram usados para assegurar a perfeição na construção.
Desse modo, os Vigilantes todo dia de manhã, no início dos trabalhos, e a
tarde, no seu término, verificavam se as medidas estavam corretas e eram passadas
um para o outro, e posteriormente ao Mestre de Obras, dizendo que “Tudo Está
Justo e Perfeito”.
Como foi dito, o REAA colocou de modo similar e ritualisticamente, a
transmissão da Palavra Sagrada, no início e no térmico das Sessões de uma Loja,
indo do Venerável Mestre para o Primeiro Vigilante e para o Segundo Vigilante,
como prova de regularidade e penhor de que o trabalho está sendo bem executado
(Castellani). Obviamente, a palavra é somente transmitida ao Segundo Vigilante sem
que este tenha “posse” da mesma. Portanto, uma Sessão pode ser encerrada, caso
necessário, por golpe de malhete, sem a mínima preocupação.
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Fontes Bíblicas e a Lenda
O relato bíblico tece louvores à habilidade profissional de Hiram, contudo, por
ocasião da consagração do Templo, não é mencionado.
Em torno desse personagem, criou-se a Lenda de Hiram Abiff, que o dá
como tendo sido assassinado por três maus companheiros. Lenda é um relato
fantasioso que parte de um fato verídico; Hiram o arquiteto existiu; a história dos
Hebreus o refere; e ele foi assassinado por três construtores porque ele era o único
que sabia decifrar as escrituras do templo de Salomão, as quais alguns tinham
cobiça. Alguns autores referem que teria sido a Lenda criada para dar sustento
político à casa real dos Stuart.
Simbologia Maçônica
Um dos Landmarks determina que seja observada essa Lenda. Na realidade
ela possui uma simbologia esotérica e toda liturgia iniciática maçônica a envolve.
O Assasinato
Os nomes dos três companheiros que assassinaram a Hiram Abiff seriam
Jubela, Jubelo e Jubelum; deram origem aos sinais (posturas) dos três primeiros
Graus maçônicos, simbolizando o corte da garganta; a extração do coração e a
dilaceração do ventre, forma como Hiram teria sido assassinado, dentro da Lenda de
Hiran Abiff, conhecida como Lenda do Terceiro Grau.
Na lenda de Hiram Abiff, surgem três "Assassinos", que feriram a morte o
Mestre, através de golpes com instrumentos de trabalho, a régua, o esquadro e o
maço. Todos os golpes contribuíram para essa morte e todos os produziram com
excessivo dolo. Diz-se em maçonaria, "Assassino", aquele que "trai" os ideais
maçônicos, pois "destrói" a vida espiritual.
Simbolismo da palavra Abiff
Trata-se de uma palavra composta das iniciais extraído de outras quatro
palavras: Aleph, Beth, Iod e Vav, todas hebraicas. O interesse maçônico diz respeito
a Hiram Abif. Significa "seu pai". É também, um título de respeito. O Rei de Tiro ao
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referir ao seu artífice chama-o de "meu pai Hiram". No Livro de Crônicas, é chamado
de "Seu Pai, Hiram Abiff". O sobrenome resulta em seu título de honra: Hiram, o pai
da construção do Grande Templo.
A sigla M.’. e a Lenda
A sigla é a palavra de passe do grau Mestre na Ordem Maçônica, já que a
palavra original se perdeu com a morte de Hiram Abif. O significado da sigla aparece
na lenda de Hiram Abiff, no momento em que o corpo do Mestre é encontrato, sete
dias após o assassinato.
O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos
filosóficos milenares, que foram adotados por instituições como as "Guildas" (na
Inglaterra), Compagnonnage (na França), Steinmetzen(na Alemanha). O que a
Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que eram abraçados por
instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que
passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.
Versões da Palavra Sagrada M.’.
 Hebreu: MAH-HA-BONE (Mah-Hah-Bone, Mahabone): Significado: «O quê?
O construtor?!». Segundo a Lenda Maçónica, esta foi a frase dita por um dos
companheiros quando descobriram o corpo de Hiram Abiff.
 Hebreu: MAHABONE (forma alternativa de Mah-Ha-Bone): Substitui a
Palavra Perdida, ou o Nome Oculto de Deus (JAH-BUL-ON).
 Hebreu: MAHABEN ou MABENAH: Significado: «O quê? O Filho?!», ou
«Arquiteto» (Construtor, Maçon.)
 Hebreu: MAKBENAH (Macbenah, Mak-Benah, Macbena): Nome de uma
personagem bíblica misteriosa.
 Gaélico: MAC BENACH (Macbenach, Machben, Machbinna): Significado:
«Filho Abençoado», um título que pode estar relacionado com o deus celta
MABON, chamado «o Filho Divino» ou «Filho da Luz».
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 Galês: MABON: Mabon, também chamado Maponos e pelos irlandeses de
Aengus mac Og, estava intimamente associado aos deuses da fertilidade e
dos ritmos de vidamorte-ressurreição (Dioniso, Thamuz / Dumuzi, Osíris, etc),
pelo que é bastante notável a sua íntima relação com a Palavra Sagrada
maçónica. Um dos seus nomes era “Mabon ap Modron” (Grande Filho da
Grande Mãe), da mesma forma que Hiram Abiff, o “deus sacrificado” dos
Maçons, era chamado de Filho da Viúva. É possível que esta “Grande Mãe” e
“Viúva” fosse uma nova versão da Maria Madalena do NT. É também
interessante reparar que tanto o nome de Mabon como o nome da sua mãe,
Modron, começam por “M”. Assim, estamos em presença de um M.’.M.’.
oculto. E não esquecer o nome “wicca” para o Equinócio de Outrono, Mabon.
 Versão de Aleister Crowley: MABN (Mabon): Significado: MA (mãe) + AB
(pai) = BN (filho). O Filho (a Luz) procede do Pai (Phallos) quando este se une
à Mãe (Kteis).
 Hebreu: MOABON (Moab-On): Significado: «Moab» + «On». Esta palavra é
derivada diretamente de duas outras: MOAB, antigo nome de uma região
vizinha de Israel, e ON, um conhecido nome do Deus Sol, Shamash ou
CHEMOSH, que era venerado pelos Moabitas. Segundo Albert Pike, Moab -
On significa “emanação de energia viril”, o que tem lógica tendo em conta que
esta Palavra é transmitida ao novo Mestre quando é erguido da sepultura.
NUN, que significa “Peixe” (IChThUS?!), e que corresponde ao Escorpião
(morte) e à Fénix (ressurreição). Εγειραι και Περιπατει (Egeirai kai Peripatei),
que significa “Levanta-te e anda!”, e que foram as palavras ditas por São
Pedro ao curar um coxo à porta do templo. A este respeito consultar a Bíblia,
Atos 3:1-7. Também a forma grega do nome Hiram (Χειραµ), e a palavra
“imperecível” (Απαραβατος)
 Hebreu: MAKABI (Maccabi, Maccabee): Significado: Notarikon da expressão
“Mai Kamokhah Ba’alim YHWH”, que significa «Quem se assemelha a Ti
entre os fortes, ó Deus?» (Êxodo 15:11).
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 Hebreu / Sânscrito: MUAUM: Significado: A palavra do Neófito, usada na
A.’.A.’. (Argenteum Astrum). Esta palavra é uma modificação da Palavra ou
Som Primordial dos hindus, AUM ou OM,
 Persa: MATHRA (Mathrem, Mathra Spenta): Significado: «Palavra» ou
«Palavra Sagrada». Provavelmente escrito como MThRA ou MThRM. Esta
palavra está intimamente relacionada com o termo sânscrito MANTRA, que
designa uma palavra ou frase sagrada que se acredita possuir poderes
mágicos, ou ser uma ferramenta útil para atingir outros estados de
consciência. MAHRASPAND, ou MATHRA SPENTA (“Palavra Sagrada”), é o
nome do 29° dia nos meses do Calendário Zoroastriano Fasli, dia esse que
está associado aos textos sagrados que conduzem a alma à Perfeição.
Considera-se que o dia Mahraspand é regido pelo Amesha Spenta (Imortal
beneficiente) chamado Spenta Armaiti, ou “Devoção Beneficiente”, que
preside sobre a Terra. MATHRA ou MATHREM é também considerada uma
palavra sagrada por alguns Rosa+Cruzes, à semelhança da palavra M.’. dos
Mestres Maçons. Mathrem especialmente é vista como uma espécie de
Tetragrama Sagrado (MaThReM como um reflexo de INRI e IHVH).
Maçonaria operativa
A origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens
Operativas, ou seja associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha
como ofício a arte de construção de castelos, muralhas etc.
Na Idade Média o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe
do povo. Sendo esta a única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder
suas regalias o segredo deveria ser guardado com bastante zelo.
Após o declínio do Império Romano, os nobres romanos afastaram-se das
antigas cidades e levaram consigo camponeses para proteção mútua para se
proteger dos bárbaros. Dando início ao sistema de produção baseado na
contratação servil Nobre-Povo (Feudalismo)
Ao se fixar em novas terras, Os nobres necessitavam de castelos para sua
habitação e fortificações para proteger o feudo. Como a arte de construção não era
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nobre, deveria advir do povo, e como as atividades agropecuária e de construção
não guardavam nenhuma relação, uma nova classe surgiu: Os construtores,
herdeiros das técnicas romanas e gregas de construção civil.
Outras companhias se formaram: artesão, ferreiro, marceneiros, tecelões
enfim, toda a necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas limitava-
se no entanto às fronteiras do feudo.
Já as guildas dos pedreiros necessitavam mover-se para a construção das
estradas e das novas fortificações dos Templários. Os demais membros do povo
não tinham o direito de ir e vir, direito este que hoje temos e nos é tão cabal. Os
segredos da construção eram guardados com incomensuável zelo, visto que, se
caísse em domínio público às regalias concedidas à categoria, cessariam. Também
não havia interesse em popularizar a profissão de pedreiro, uma vez que o sistema
feudal exigia a atividade agropecuária dos vassalos
A Igreja Católica Apostólica Romana encontra neste sistema o ambiente ideal
para seu progresso. Torna-se uma importante, talvez a maior, proprietária feudal,
por meio da proliferação dos mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior
dos feudos, a igreja detém o poder político, econômico, cultural e científico da
época.
Maçonaria especulativa
A Maçonaria Especulativa corresponde a segunda fase, que utiliza os
moldes de organização dos maçons operativos juntamente com ingredientes
fundamentais como o pensamento iluminista, ruptura com a Igreja Romana e a
reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular.
Com o passar do tempo as construções tornavam-se mais raras. O
feudalismo declinou dando lugar ao mercantilismo. Com consequência o
enfraquecimento da igreja romana. Havendo uma ruptura da unidade cristã advindas
da reforma protestante.
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Superada a tragédia da peste negra que dizimou a população mundial,
particularmente da Europa, teve ínicio o Iluminismo no século XVIII, que enfatizou a
razão e a ciência para explicar o Universo, em contraposição à fé.
A Inglaterra surge como o berço da maçonaria especulativa regular durante a
reconstrução da cidade após um incêndio de grandes propoções em sua capital
Londres em setembro de 1666 que contou com muitos pedreiros para reconstruir a
cidade nos moldes medievais.
Para se manter foram aceitas outras classes de artífices e essas pessoas
formaram paulatinamente agremiações que mantinham os costumes dos pedreiros
nas suas reuniões, o que diz respeito ao reconhecimento dos seus membros por
intermédio dos sinais característicos da agremiação.
Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções
não eram mais guardados a sete chaves, eram estudados publicamente.Todavia o
método de associação era interessante, o método de reconhecimento da maçonaria
operativa era muito útil para o modelo que surgiu posteriomente. Em vez de erguer
edifícios físicos, catedrais ou estradas, o objetivo era outro: erguer o edifício social
ideal.
Guilda
As guildas, corporações artesanais ou corporações de ofício, eram associações
de artesãos de um mesmo ramo, isto é, pessoas que desenvolviam a mesma
atividade profissional que procuravam garantir os interesses de classe. Ocorreram
na Europa, durante a Idade Média e mesmo após. Obs.: Cada cidade tinha sua
própria corporação de ofício. Essas corporações tinham como finalidade proteger
seus integrantes.
História
As primeiras guildas surgiram para direito do trabalhador (o mais antigo
testemunho das guildas chegado a nós data de 779 d. C., mas as fontes não
conseguem confirmar o local onde surgiram). Apesar de a maioria das guildas
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limitar-se às fronteiras da cidade ou comuna, algumas formaram-se sobre espaço
geográfico amplo, por vezes uma nação inteira.
Também havia as associações de mercadores, ou hansas, que monopolizavam
determinados trechos de comércio. O segredo industrial era parte importante da
instituição das guildas. A passagem para o grau de mestre normalmente acontecia
com a revelação destes segredos.
Hierarquia nas guildas
Aprendizes: Os aprendizes iniciavam seu treino ainda na infância, quando
passavam para a tutela de um mestre; com o tempo e longo aprendizado, podiam
chegar a mestres também, se fossem aprovados num exame da corporação (a obra-
prima). Normalmente os aprendizes eram filhos ou parentes do mestre. Eles
trabalhavam recebendo, em troca, comida, moradia, etc.
Mestres: Os mestres eram os donos das oficinas, devidamente licenciados
como sábios na atividade.
Artesãos: Os artesãos eram trabalhadores pagos que embora terminado o
seu aprendizado, não possuiam oficinas próprias.
Jornaleiros: Pessoas que trabalham temporariamente nas oficinas para
ganharem gorjetas.
Estrutura e objetivos da Maçonaria
A maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do pais em que cada
maçom vive e trabalha. Os princípios Maçónicos não podem entrar em conflito com
os deveres que como cidadãos têm os Maçon. Na realidade estes princípios tendem
a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas.
Induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao
contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera
esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a
posterior melhora e progresso da Humanidade. E é por isso que os maçons jamais
participarão de conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos.
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Para um maçom as suas obrigações como cidadão e pai de uma família,
devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto,
não dará nenhuma proteção a quem agir desonestamente ou contra os princípios
morais e legais da sociedade.
Em função disso, os objetivos perseguidos pela maçonaria são:
 Ajudar os homens a reforçarem o seu caráter,
 Melhorar sua bagagem moral e espiritual e
 Aumentar seus horizontes culturais.
A maçonaria universal utiliza o sistema de graus para transmitir os seus
ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação a cada grau e os
ensinamentos são transmitidos através de representações e símbolos.
Obediências Maçônicas
A Maçonaria Simbólica, aquela que reúne os três primeiros graus, se divide
em Obediências Maçônicas designadas de Grande Loja, Grande Oriente ou Ordem,
que são unidades administrativas diferentes, que agrupam diversas Lojas, mas que
propagam os mesmos ideais.
Além da Maçonaria Simbólica, e conforme o rito praticado, existem os Altos
Graus, que se subordinam a outras entidades, sendo comum que os Supremos
Conselhos mantenham relações de reconhecimento entre si, bem como celebrem
tratados com os corpos da Maçonaria Simbólica.
Lojas Maçônicas
Cada Loja Maçónica é composta pelo
 Venerável Mestre (ou Presidente), que preside e orienta as sessões.
 Primeiro Vigilante, que conduz os trabalhos e trata da organização e disciplina
em geral
 Segundo Vigilante, que instrui os aprendizes.
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 Orador, que sumariza os trabalhos e reúne as conclusões é coadjuvado pelo
Secretário
 Secretário, que redige as atas e trata da sua conservação e é responsável
pelas relações administrativas.
 Mestre de Cerimônias, que introduz os irmãos na loja e conduz aos seus
lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação,
 Tesoureiro, que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua
organização financeira.
 Guarda do Templo (que alguns Ritos e lojas é só externo noutros é externo e
interno e ainda noutros ambos são ocupados por irmãos diferentes) e que
vela pela entrada do Templo são outros oficiais igualmente importantes.
Os cargos do Venerável Mestre ao Segundo Vigilante são chamados as luzes da
oficina, os demais cargos são chamados de oficiais.
Ritos Maçônicos
De entre os principais, praticados no Brasil, destacam-se:
 Rito Escocês Antigo e Aceito; mais praticado no Brasil
 Rito Brasileiro; criado em 1904 pelo General Lauro Sodré
 Rito de York; mais praticado no Mundo - Origem Inglesa
 Rito Schröder; Origem Alemã
 Rito Moderno;
 Rito Adonhiramita;
 Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm;
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No mundo, já existiram mais de duzentos ritos, e pouco mais de cinquenta
são praticados atualmente. Os mais utilizados são o Rito de York, o Rito Escocês
Antigo e Aceito e o Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno na
Europa). Juntos, estes três ritos detém como seus praticantes mais de 99% dos
maçons especulativos.
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Derivou-se do rito de heredon. Em 1º de maio de 1786 foram fixadas as
regras e seus fundamentos, composto até hoje de 33 graus. Atualmente é o rito mais
difundido nos países latinos.
A origem do rito escocês antigo e aceito está diretamente ligada as cruzadas.
Devia fazer-se sentir, não só entre os artífices, mas ainda entre os nobres que
também conheceram na palestina, formas de associações novas e, uma vez de volta
a europa constituíram ordens, semelhantes às do oriente, nas quais admitiram logo
outros iniciados. É assim que em 1196, fundou-se na escócia a "ordem dos
cavaleiros do oriente", cujos membros tinham como ornamento uma cruz
entrelaçada por quatro rosas. Dizem que essa ordem trazida da terra senta, pelo ano
de 1188 da era cristã, da qual o rei eduardo i da inglaterra.
O rito escocês antigo e aceito resolveu definitivamente o problema que tinha por
objetivo conservar na maçonaria os ensinamentos filosóficos que, há séculos, se
agruparam em torno do pensamento primitivo e simples, em que a maçonaria está
estabelecida. Cada iniciação evoca a lembrança de uma religião, de uma escola, ou
de alguma instituição da antigüidade. Estão em primeiro lugar as doutrinas judaicas.
Vêem em seguida os ensinamentos baseados no cristianismo e representados,
sobretudo pelos rosa-cruz, esses audazes naturalistas que foram os pais do método
de observação e procura da verdade, de onde saiu a ciência moderna. Portanto, as
iniciações do escocismo reportam-se aos templários, esses cavaleiros hospitalares e
filósofos nos quais os maçons dos altos graus glorificam a liberdade do pensamento
corajosamente praticada numa época de terrorismo sacerdotal.
O RITO BRASILEIRO
49
Alguns estudiosos falam de sua instalação em 1864 no estado de
pernambuco, com o nome de maçonaria especial do rito brasileiro.
Oficialmente tem-se a data de 23 de dezembro de 1944 como de sua criação,
através do decreto Nº 500 do soberano grão-mestre lauro sodré.
Dos diversos ritos praticados pela maçonaria regular, em todos os recantos
da terra, o rito brasileiro é um deles. O rito brasileiro há muito tempo é regular, legal
e legítimo. Acata os landmarks e os demais princípios tradicionais da maçonaria,
podendo ser praticado em qualquer país.
Teria sido o embrião do rito brasileiro o apelo feito por um irmão lusitano, um
cavaleiro rosa cruz, no ano de 1864, dirigido aos orientes lusitano e brasil, no
sentido de que fosse criado um rito novo e independente, mantendo os três graus
simbólicos, de acordo com a tradição maçônica, comum a todos os ritos e, os
demais, altos graus, fossem diferenciados com características nacionais.
Em 1878, em recife surgiu a constituição da maçonaria do especial rito
brasileiro com aval de 838 obreiros, presidido pelo comerciante josé firmo xavier,
para as casas do circulo do grande oriente de pernambuco; esta constituição era
maçonicamente totalmente irregular, pois a mesma além de se assentar sob os
auspícios de sua majestade imperial dom pedro ii, imperador do brasil, da família
imperial e sua santidade sumo pontífice o papa, nela estava incluído vários preceitos
negativos, como por exemplo: a admissão somente de brasileiros natos, e em seu
artigo quarto afirmava que uma das finalidades do rito era defender a religião
católica e sustentar a monarquia brasileira. Evidentemente o rito não prosperou, pois
era irregular.
Atualmente o rito brasileiro é uma realidade vitoriosa. Possui organização e
doutrina bem estruturada, que muito se diferencia da organização e doutrina
incipientemente propostas ao longo de sua história. Solidamente constituído é
praticado por mais de 150 oficinas simbólicas distribuídas por quase todas as
unidades da federação
RITO DE YORK
50
Acredita-se ter sido criado por volta de 1743. Foi levado à inglaterra por volta
de 1777. Inicialmente foi composto de quatro graus, hoje possui 13 e atualmente é o
rito mais difundido no mundo. Até 1744 possuía apenas os três graus simbólicos,
quando foram introduzidos vários graus filosóficos. Em 1813 reestruturou-se o rito
com 03 graus simbólicos mais um grau filosófico o royal arch. A data dessa
unificação foi 27 de dezembro de 1813, dia de são joão evangelista.
No brasil dizemos rito de york ao sistema maçônico que segue estritamente
as práticas inglesas, de um modo particular observando-se as cerimônias
tradicionais que recebem o nome geral de emulation working ("trabalhos de
emulação"). Emulação é o sentimento que nos estimula a superar algo, a sermos
perfeitos.
Em 1813, ao se unirem antigos e modernos, na solene afirmativa do act of
union foi dito, e até hoje é mantido como declaração preliminar no livro das
constituições da grande loja unida da inglaterra, que "a pura e antiga maçonaria
consiste de três graus e não mais, a saber, os de aprendiz registrado, companheiro
do ofício e mestre maçom, incluindo a suprema ordem do santo real arco”.
Fica desse modo bastante claro que, conforme os princípios ingleses (ou pelo
menos da grande loja unida), embora a complexa existência de círculos ou ordens
além do grau três, tais manifestações não são consideradas como puras, nem o arco
real é tido como um grau extra, mas sim uma ordem incluída nos três graus a que se
reduz a dita pura antiga maçonaria.
Paradigma estranho aos brasileiros, à medida que estamos acostumados às
diversas escalas da carreira maçônica ou graus, assim, por exemplo, os prestigiosos
33 graus do rito escocês antigo e aceito (reaa).
RITO SCHRÖEDER:
Criado por frederick louis schoröeder, em 1766 na alemanha, com a idéia de a
maçonaria conter apenas as suas características fundamentais iniciais, sem nenhum
acréscimo. Estudou muito as origens maçônicas para compor este rito.
Os rituais de schröder foram aprovados em 1801 pela assembléia dos
veneráveis mestres da grande loja de hamburgo, alemanha, sendo praticados por
51
alemães e seus descendentes em diversos países. No brasil, com a colonização
germânica no rio grande do sul e em santa catarina, o rito estabeleceu-se
inicialmente no idioma alemão. Mais tarde foi traduzido para o português e hoje é
reconhecido pelas grandes lojas estaduais-cmsb, pelo g. O. B. E pelos grandes
orientes estaduais independentes - comab.
O ir schröder entendia a maçonaria como uma união de virtudes e não, uma
sociedade esotérica. Por isso, enfatizou no seu ritual o ensinamento dos valores
morais e a difusão do puro espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal.
Preservando a importância dos símbolos e resgatando o princípio que afirma ser "a
verdadeira maçonaria a dos três graus de são joão".
Pelo seu trabalho e exemplo, o ir schröder é venerado e respeitado hoje,
como no passado, sendo homenageado pelas antigas lojas alemãs e por lojas e
irmãos de todo o mundo.
O rito schröder apresentou expressivo crescimento a partir de 1995, quando
havia cerca de 14 lojas no brasil.por utilizar um templo simples, com poucos
paramentos e cargos, torna-se muito mais fácil "trabalhar" em uma oficina schröder.
Tudo isso contribui para aumentar o número de oficinas que adotam o rito. Atento a
este movimento, o g. O. B. Criou em 1999 o cargo de grande secretário geral de
orientação ritualística-adjunto para o rito schröder, não por acaso, ocupado por um
dos integrantes do colégio de estudos.
Alguns aspectos principais chamam a atenção de todos os irmãos que entram em
contato com o rito: a simplicidade da liturgia, que em nada diminui sua beleza e
profundidade; as palavras amáveis do v.m. Ao iniciando e aos irmãos; a valorização
das qualidades morais do homem; o estímulo ao autoconhecimento.
RITO FRANCÊS OU MODERNO
A história deste rito se inicia em 1774, com a nomeação de uma comissão
para se reduzir os graus, deixando apenas os simbólicos. No princípio houve uma
forte oposição, então a comissão decidiu deixar quatro dos principais graus
filosóficos. Com o decorrer do tempo, lojas adotaram o rito e hoje em dia é muito
praticado na frança e nos países, que estiveram sob sua influência.
52
O rito, embora criado sob moldes racionais, seguia a orientação dos demais,
em matéria doutrinária e filosófica, baseada, entretanto, na primitiva constituição de
anderson, com tinturas deístas, mas largamente tolerante, no que concerne à
religião.
Em 1815, ocorreria a regressão dogmática, que tanto influiria nos destinos da
maçonaria francesa: a grande loja unida da inglaterra, que surgira em 1813, da
fusão da grande loja dos "modernos" (de 1717) e a dos autodenominados "antigos",
de 1751, alterava a primitiva constituição de anderson, tornando-a absolutamente
dogmática e impositiva.
Ou seja: ao liberalismo e à tolerância da original compilação de anderson,
foram sobrepostos os teísmo pessoal, o dogmatismo e a imposição, incompatíveis
com a liberdade de pensamento e de consciência.
Apesar disso, quando o grande oriente promulgou, em 1839, seus primeiros
"estatutos e regulamentos gerais da ordem", estes conservavam o melhor da
tradição da maçonaria dos aceitos, dentro do espírito da original constituição de
anderson, de 1723.
Em 1872, depois de estudos iniciados em 1867, o grande oriente da bélgica
suprimia, de seus rituais, a invocação do gadu. Essa resolução aboliu a invocação,
mas não a fórmula do gadu, como freqüentemente se afirma. Era a tolerância,
elevada ao máximo, que motivava o grande oriente a rejeitar qualquer afirmação
dogmática, na concretização do respeito à liberdade de consciência e ao livre
arbítrio de todos os maçons.
O grande oriente e a grande loja da frança, porém, doutrinariamente,
continuam a manter a fidelidade àqueles antigos usos, relativos ao respeito à
liberdade absoluta de consciência.
A maçonaria francesa, tendo muitos aristocratas em seus quadros, embora
seu maior contingente fosse da burguesia, que faria a revolta, ao implantar o uso de
espadas em loja, pretendia mostrar que ali todos eram iguais, não havendo nobres
ou plebeus, ricos ou pobres, ficando, as ainda inevitáveis diferenças sociais e
econômicas para lá do limite dos templos.
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  • 1. I ORIGENS DA MAÇONARIA E DO RITO BRASILEIRO
  • 2. 2 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A maçonaria (forma reduzida e usual de francomaçonaria) é uma sociedade secreta de carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual,sendo assim uma associação iniciática e filosófica. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas) lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si." Portanto a maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição. Existem, no mundo, aproximadamente 5,5 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 - (58%)- nos Estados Unidos - USA, 1,2 -(22%) - no Reino Unido e 1,0(20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4.700 Lojas. Origens da maçonaria Os primórdios da Maçonaria são obscuros, bem como parte de sua história. Segundo a opinião quase unânime dos historiadores sérios que a estudaram , sua origem é a mais verdadeira e verossímil: ela descende de antigas corporações de mestres-pedreiros construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas na idade média. O vocábulo Maçonaria ( em francês Maçonierie) é derivado do francês maçon, pedreiro. Qual a relação entre o pedreiro e o Maçon atual? Desde a antiguidade, os construtores que detinham conhecimentos especiais, constituíam uma espécie de aristrocacia, em meio das demais profissões. Formavam como que colégios sacerdotais. Na idade Média, os construtores de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das autoridades eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a
  • 3. 3 denominação francesa de franc-maçon traduzida como pedreiro-livre. A arquitetura constituía então, a Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante. Seria o Templo Ideal. Os pensadores e alquimistas da época, combatidos pelos espíritos menos esclarecidos, perseguidos, buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de protegê-los pelos privilégios que tinham. Eram alguns aceitos. Daí a denominação de Maçons Aceitos em contraposição a Maçons Antigos, os construtores. Claro que nem todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos, porém depois de submetidos a uma série de provas que constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos e respeitar as regras. Suas origens são muitas vezes colocadas na Idade Média, quando da constituição da Grande Loja da Inglaterra; nada mais inexato, sendo historicamente comprovado que no Antigo Egito já existiam ritos iniciáticos, os de Serapis, Amon, Horus, Ísis, e os da vida, paixão, morte e ressurreição de Osíris com suas 14 Estações (parodiada pela Igreja Católica Romana) os de Horus e etc., nos quais os modernos rituais maçônicos obviamente se inspiraram, não faltando pinturas e murais que atestam essa verdade. Como também não faltam murais representando, nesses rituais, sacerdotes e sacerdotisas trabalhando juntos na iniciação e na passagem de grau de candidatos, todos revestidos de avental. São fundamentais como histórico das origens da maçonaria os Collegia Fabrorum de Numa Pompílio, corporação de construtores da antiga Roma. Colégio de Construtores de pontes e edificações. Que tinham como função dar apoio aos exercitos romanos na passagem por abismos e desfiladeiros, contruindo pontes para passagem para o outro lado, e que tinham um ideal filosófico subjacente, o da construção de pontes entre o homem e seu Criador, a divindade. Foram assim chamados de Pontífices, parodiados pela Igreja Católica que chama o
  • 4. 4 seu lider máximo de Sumo Pontífice. O que estabelece a ponte entre Deus e os homens. Os exercitos romanos se espalharam por todo o mundo ocidental da época. Onde assentavam seus acampamentos, levavam as Lojas e o culto de Mitra: Alemanha, Austria, Escócia, Irlanda, Itália, França, Grécia, Inglaterra, Espanha, Portugal, etc.... Na Inglaterra as cidades cuja terminação é <chester> indicam que ali houve acampamento romano. Inclusive em York = eboracum, tão ligada às tradições maçônicas locais. Dai se divulgar erroneamente que a maçonaria tem origem na Inglaterra, quando isso foi apenas a consequência da ocupação romana. Iniciado nos mistérios dos Collegia Fabrorum, o Colégio de Construtores, e tido como Mestre da Loja, Vitrúvio, em seu trabalho no século I, nos deixou o maior legado da antiga maçonaria. Seus 10 (dez) livros são a reunião de todo um conjunto de ensinamentos sobre arquitetura, com os princípios fundamentais dessa majestosa arte, com a localização geomântica dos templos, cidades e casas, com a aplicação da geometria sagrada e dos princípios herméticos, onde afirma: “As diversas partes que compõem um templo devem estar sujeitas às leis da simetria, e com base na proporção, exigidas na edificação e observadas na construção do corpo humano, onde seus muitos membros são proporcionais ao todo.” Base do conhecimento hermético, onde Tudo está no Todo e o Todo está em Tudo. A cidade ideal de Vitrúvio é planejada de forma octogonal, dividida de acordo com os ventos e as 8 direções do mundo. No séc. XVI, aumentou consideravelmente o número de Maçons Aceitos, com predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre eles, Elias Ashmole, alquimista, que ingressara com um grupo de amigos, teólogos em 1646. A partir daí, por iniciativa dos novos membros, organizou-se uma sociedade, cujo objetivo era a construção do Templo de Salomão, templo ideal das ciências.
  • 5. 5 Elias Ashmole obteve permissão para que a sociedade realizasse suas reuniões no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os elementos precedentes da Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que presumidamente dedicava-se ao estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras ciências ocultas) passaram a preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito de seus símbolos. Alteraram os rituais, sobretudo a parte referente à iniciação. Primitivamente havia na hierarquia maçônica apenas os graus de aprendiz e companheiro, pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma construção. Em 1694, foi criado o grau de Mestre por Elias Ashmole, formando assim a base definitiva das hierarquia maçônica. Posteriormente, a Maçonaria tomou grande impulso na Inglaterra quando operou-se grande transformação orientada por Jacques Anderson, presbítero londrino, diplomado em filosofia, e Desagulliers, de origem francesa, grão mestre inglês, eleito em 1719. A partir de então passou a Maçonaria a desenvolver tendências para instituição filantrópica. Elias Ashmole Elias Ashmole (23 de Maio de 1617–18 de Maio de 1692) foi um antiquário, político, oficial de armas, e estudante de astrologia e alquimia britânico. Tendo apoiado a realeza durante a Guerra Civil Inglesa e, na restauração de Charles II, foi recompensado com vários ofícios lucrativos. Ao longo de sua vida, tornou-se um ávido colecionador de curiosidades e artefatos. Muitos foram adquiridos através do viajante, botânico e colecionador John Tradescant, e a maioria foi doada para a Universidade de Oxford onde criou o Ashmolean Museum. Ele também doou a sua biblioteca e a sua inestimável coleção de manuscritos para Oxford. Aparte aos passatempos por ele colecionandos, Ashmole ilustra o transcurso da visão mundial pré-científica no século XVII: enquanto ele se imergia em estudos alquímicos, mágicos e astrológicos, sendo consultado em perguntas astrológicas por Charles II e sua corte, estes estudos eram essencialmente retrógrados. Embora ele fosse um dos membros fundadores da Royal Society, uma instituição fundamental
  • 6. 6 no desenvolvimento de ciência experimental, ele nunca chegou a participar ativamente dela. Como resultado das invasões bárbaras, os membros do Colégio de Mestres Construtores de Roma fugiram para a Comacina, ilha fortificada do lago de Como, tendo resistido por vinte anos ao assédio dos lombardos, que afinal os subjugaram, porém, os tomaram como arquitetos e assessores da reconstrução. Foi a partir desse centro que os Mestres Comacinos se espalharam, com poder e influência, por todo o norte e ocidente da Europa, construindo igrejas, templos, catedrais, castelos e obras públicas para os governantes dos estados que apareceram após o Império Romano. Este foi o verdadeiro início histórico da maçonaria, que vem sendo deturpado como se tivesse tido origem na Inglaterra no século XVIII. Em 1723 foi aprovado o Livro das Constituições maçônicas, revisto por Jacques Anderson. Sendo chamado de Constituição de Anderson, tornou-se em pouco tempo a Carta da maior parte das lojas. Propagavam uma doutrina sobretudo humanitária, deísta espiritualista, aberta a todos os cristãos, qualquer que fosse a sua seita, e leal aos poderes públicos. Esta origem, ligada aos construtores da era medieval explica o porque da simbologia maçônica estar toda ela relacionada ao tema construção. Seus símbolos mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais desatento, são os instrumentos do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a régua, o nível, etc. Todo Maçon está imbuído no propósito da construção: construção do templo da virtude e da verdade, construção de si mesmo, de seu caráter e de sua personalidade. Construção de um mundo melhor. Os Landmarks estabelecidos no século XVIII na Inglaterra são uma iniciativa válida de sistematizar num corpo doutrinário coerente o procedimento consagrado por usos e costumes de remota origem e consubstanciado na organização das corporações de ofícios medievais e guildas; mas guardou em si, inevitavelmente, a marca da época, do lugar e dos preconceitos da civilização judaico-cristã que considerou a mulher inferior ao homem.
  • 7. 7 LANDMARKS Os Landmarks são considerados como as mais antigas leis que regem a Maçonaria universal, pelo que se caracteriza pela sua antiguidade. Os Regulamentos, Estatutos e outras leis podem ser revogados, modificados ou anulados. Porém, os Landmarks, jamais poderão sofrer qualquer modificação ou alteração. Enquanto a Maçonaria existir, os Landmarks serão os mesmos como eram há séculos. São, portanto, eternos e imutáveis. Foram colecionados pelo Poderoso Irmão ALBERTO Galletin MACKEY, os vinte e cinco Landmarks abaixo, que seguem: 1.º - Os processos de reconhecimento são os mais legítimos e inquestionáveis de todos os Landmarks. Não admitem mudanças de qualquer espécie, pois, sempre que isso se deu, funestas conseqüências vieram demonstrar o erro cometido. 2.º - A divisão da Maçonaria Simbólica em três graus é um Landmark que, mais do que nenhum, tem sido preservado de alterações, apesar dos esforços feitos pelo daninho espírito inovador. Certa falta de uniformidade sobre o ensinamento final da Ordem, no grau de Mestre, foi motivada por não ser o terceiro grau considerado como finalidade; daí o Real Arco e dos Altos Graus variarem no modo de conduzirem o neófito à grande finalidade da Maçonaria Simbólica. Em 1813, a Grande Loja da Inglaterra reivindicou este antigo Landmark, decretando que a Antiga Instituição Maçônica consistia nos três primeiros graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre, incluindo o Santo Arco Real. Apesar de reconhecido por usa antiguidade, como um verdadeiro Landmark ele continua a ser violado. 3.º - A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade tem sido respeitada. Nenhum Rito existe na Maçonaria, em qualquer país ou em qualquer idioma, em que não sejam expostos os elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas escritas podem variar e na verdade, variam; a lenda,
  • 8. 8 porém, do construtor do Templo constitui a essência e a identidade da Maçonaria. Qualquer Rito, que a excluísse ou a alterasse, materialmente cessaria, por isso, de ser um Rito Maçônico. 4.º - O governo da Fraternidade por um Oficial que preside, denominado Grão-Mestre, eleito pelo povo Maçônico, é o quarto Landmark da Ordem. Muitas pessoas ignorante supõem que a eleição do Grão-Mestre se pratica em virtude de ser estabelecida em lei ou regulamento da Grande Loja. Nos anais da Instituição se encontram, porém, Grão-Mestres, muito antes de existirem Grandes Lojas, e, se o atual sistema de governo legislativo por Grandes Lojas fosse abolido, sempre seria preciso a existência de um Grão- Mestre. 5.º - A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir a todas as reuniões maçônicas, feitas onde e quando se fizeram é o quinto Landmark. É em virtude desta lei, derivada de antiga usança, e não de qualquer decreto especial, que o Grão-Mestre ocupa o trono em todas as sessões de qualquer Loja subordinada, quando se ache presente. 6.º - A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder licença para conferir graus em tempos anormais, é outro e importantíssimo Landmark. Os estatutos maçônicos exigem um mês, ou mais, para o tempo em que deva transcorrer entre a proposta e a recepção de um candidato. O Grão-Mestre, porém, tem o direito de pôr de lado, ou de dispensar, essa exigência, e permitir a iniciação imediata. 7.º - A prerrogativa que tem, o Grão-Mestre, de autorização, para fundar e manter Lojas, é outro importante Landmark. Em virtude dele, pode o Grão- mestre conceder o número suficiente de Mestres Maçons, o privilégio de se reunirem e conferirem graus. As Lojas assim constituídas chamam-se “Lojas Licenciadas”. Criadas pelo Grão-Mestre, só existem enquanto ele não resolva o contrário, podendo ser dissolvidas por ato seu. Podem viver um dia, um mês ou seis meses. Qualquer, porém, que seja o tempo de sua existência devem- na, exclusivamente, à graça do Grão-Mestre.
  • 9. 9 8.º - A prerrogativa do Grão-Mestre, de criar Maçons, por sua deliberação, é outro Landmark importante, que carece ser explicado, controvertida como tem sido a sua existência. O verdadeiro e único modo de exercer essa prerrogativa é o seguinte: O Grão-Mestre convoca em seu auxílio seis Mestres Maçons, pelo menos; forma uma Loja e, sem nenhuma prova prévia, confere os graus aos candidatos; findo isso, dissolve a Loja e despede os Irmãos. As Lojas convocadas por esse meio são chamadas “Lojas Ocasionais” ou de “Emergência”. 9.º - A necessidade de se congregarem os Maçons em Loja é outro Landmark. Os Landmarks da Ordem sempre prescreveram que os Maçons deviam congregar-se, com o fim de se entregarem a tarefas operativas, e que a essas reuniões fosse dado o nome de “Loja”. Antigamente, eram essas reuniões extemporâneas, convocadas para assuntos especiais e, logo dissolvidas, separando-se os Irmãos para, de novo, se reunirem em outros pontos e em outra épocas, conforme as necessidades e as circunstâncias exigissem. Cartas Constitutivas, Regulamentos internos, Loja e Oficinas permanentes e contribuições anuais, são invocações puramente modernas, de um período relativamente recente. 10.º - O governo da Fraternidade, quando congregado em Loja, por um Venerável e dois Vigilantes é também um Landmark. Qualquer reunião de Maçons, congregados sob qualquer outra direção, como, por exemplo, um presidente e dois vice-presidentes, não seria reconhecida como Loja. A presença de um Venerável e dois Vigilantes é tão essencial que no dia da congregação, é considerada como uma Carta Constitutiva. 11.º - A necessidade de estar uma Loja a coberto, quando reunida, é um importante Landmark que não deve ser descurado. Origina-se do caráter esotérico da Instituição. O cargo de Guarda do Templo que vela para que o lugar das reuniões esteja absolutamente vedado à intromissão de profanos, independe, em absoluto, de quaisquer leis de Grandes Lojas ou de Lojas subordinadas. E o seu dever, pó este Landmark é guardar a porta do Templo, evitando que se ouça o que dentro dele se passa.
  • 10. 10 12.º - O direito representativo de cada Irmão, nas reuniões gerais da Fraternidade, é outro Landmark. Nas reuniões gerais, outrora chamadas Assembléias Gerais, todos os Irmãos, mesmo os simples Aprendiz, tinham o direito de tomar parte. Nas Grandes Lojas só tem direito de assistência os Veneráveis e os Vigilantes, na qualidade, porém, de representantes de todos os Irmãos das Lojas. Antigamente, cada Irmão se representava por si mesmo. Hoje, são representados por seu Oficiais. Nem por motivo dessa concessão, feita em 1717, deixa de existir o direito de representação, firmado por este Landmark. 13.º - O direito de recurso de cada Maçom das decisões dos seus Irmãos, em Loja, para a Grande Loja ou Assembléia Geral dos Irmãos, é um Landmark essencial para a preservação da justiça e para prevenir a opressão. 14.º - O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja, é um inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um direito inerente que todo Irmão exerce, quando viaja pelo Universo. É a conseqüência de encarar as Lojas como meras divisões, por conveniência, da Família Maçônica Universal. 15.º - Nenhum visitante, desconhecido aos Irmãos de uma Loja pode sr admitido à visita, sem que, antes de tudo, seja examinado, conforme os antigos costumes. Esse exame só pode ser dispensado se o Maçom for conhecido de algum Irmão do Quadro, que, por ele se responsabilize. 16.º - Nenhuma Loja pode intrometer-se em assuntos que digam respeito a outras, nem conferir graus a Irmãos de outros Quadros. 17.º - Todo Maçom está sujeito às leis e Regulamentos da Jurisdição Maçônica em que residir, mesmo não sendo membro de qualquer Loja. A inafiliação é já em si uma falta maçônica. 18.º - Por este Landmark os candidatos à iniciação devem ser isentos de defeitos ou mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma mulher, um aleijado, ou um escravo, não pode ingressar na Fraternidade.
  • 11. 11 19.º - A crença no Grande Arquiteto do Universo, é um dos mais importantes Landmarks da Ordem. A negação dessa crença é impedimento absoluto e insuperável para a iniciação. 20.º - Subsidiariamente a essa crença, é exigida a crença em uma vida futura. 21.º - É indispensável a existência, no Altar, de um Livro da Lei, o Livro que, conforme a crença, se supõe conter a verdade revelada pelo Grande Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas peculiaridades de fé religiosa dos seus membros, esses Livros podem variar de acordo com os credos. Exige, por isso, este Landmark, que um “Livro da Lei” seja parte indispensável dos utensílios de uma Loja. 22.º - Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro da Loja, sem distinções de prerrogativas profanas, de privilégios, que a sociedade confere. A Maçonaria a todos nivela nas reuniões maçônicas. 23.º - Este Landmark prescreve a conservação secreta dos conhecimentos havidos por iniciação, tanto dos métodos de trabalho, como das suas lendas e tradições que só podem ser comunicadas a outros Irmãos. 24.º - A fundação de uma ciência especulativa, segundo métodos operativos, o uso simbólico e a explicação dos ditos métodos e dos termos neles empregados, com propósito de ensinamento moral, constitui outro Landmark. A preservação da lenda do Templo de Salomão, é outro fundamento deste Landmark. 25.º - O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores, nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como de nossos antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos sucessores. NOLONUM LEGES MUTARI. Na Inglaterra, Anderson, pastor protestante, preso a condicionamentos bíblicos sectários, queimou os documentos antigos que atestavam a participação da
  • 12. 12 mulher, para que a maçonaria da época ficasse de acordo com seu livro sagrado dogmático. Sob o argumento de que é preciso ser livre para ingressar na Ordem Maçônica -- e sendo na Ilha Britânica, nessa época, a mulher tratada como um objeto, passível de compra e venda nos mercados de então -- foi a mulher proibida de participar dos ritos de iniciação. Cumpre salientar que isso não ocorria no restante da Europa. Consta mesmo, textualmente, no dito Landmark: "Uma mulher, um aleijado ou um escravo não podem ingressar na Fraternidade" ... No mesmo fôlego, a mulher foi equiparada ao aleijado e ao escravo! É simplesmente inacreditável que um tal postulado ainda seja observado no limiar do Terceiro Milênio, meio século após a Declaração dos Direitos do Homem, que afirmava sua "fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e mérito da pessoa humana, NOS DIREITOS IGUAIS DE HOMENS E MULHERES, e das nações grandes e pequenas ..." Meio século se passou desde a emancipação social da mulher ... E dois séculos decorreram desde a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada nos idos da Revolução Francesa -- apanágio da atuação da Ordem Maçônica na história das Liberdades do Homem -- e que dizia expressamente serem todos os homens nascidos livres e iguais em direito. Por outro lado, os argumentos de "limitações ritualísticas" à atuação da mulher são puro sofisma, uma vez que no antigo Egito, nos mistérios gregos, nos de Zoroastro, de Pitágoras etc., jamais alguém se lembraria de mencionar tais limitações a uma sacerdotisa de seus cultos, como nos de Osíris e Isis. Cabe lembrar ainda que as vivências do ritual são simbólicas, valendo exclusivamente pela experiência esotérica que proporcionam; negá-lo é desconhecer o mais profundo significado da própria Instituição Maçônica -- instrumento imemorial da civilização humana, destinado à perpetuação do Conhecimento Hermético de geração a geração.
  • 13. 13 Discreta Sim Secreta Não A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta. Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade discreta. Há realmente, uma grande diferença entre esses dois conceitos. Como secreta dever-se-ia entender que se encobre na Maçonaria algo que não pode ser revelado, quando por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente aqueles que dela participam. Em realidade, a Maçonaria não é possuidora nem detentora de nenhum segredo misterioso como tem pretendido alguns. No vocabulário maçônico moderno, a palavra segredo, deve considerar-se como discrição. Assim o ensina a instrução de Grande Mestre, quando diz que o segredo dos Mestres é guardado em um cofre de papel coral, rodeado de marfim - a boca. Já se foi aquele tempo em que a Maçonaria deveria encobrir toda a sua atividade sob o mais rigoroso sigilo e de tal forma, que esta reserva devia constituir ato secreto e até mesmo misterioso. Era a instituição perseguida pelos poderosos, por aqueles que escravizavam os povos que não viam com bons olhos a liberdade de consciência, tiranos de todas as épocas, sanguinários e exploradores da humanidade. Nos dias em que vivemos é quase dispensada a ação liberatória da Maçonaria e ela pode trabalhar livremente, dedicando-se mais à evolução intelectual e à assistência filantrópica. Conserva porém, como princípio e tradição a sua maneira própria de agir, o uso de iniciação ritualística, a simbologia universal de suas práticas espiritualísticas e o seu caráter de organização restrita a seus membros. Mantendo como uma de suas qualidades, o respeito e acatamento às leis, aos governos legalmente constituídos, nada tem que ocultar, a não ser as suas fórmulas ritualísticas, seus sinais, toques e palavras, como meio de reconhecimento recíproco de seus filiados, espalhados por todos os recantos do mundo.
  • 14. 14 Não se reveste mais a Maçonaria de um secretísmo absoluto, de vez que seus rituais são impressos e muitas de suas práticas. Tendo divulgação habitual, são conhecidos e estão ao alcance de muitos estudiosos. Nesta condição, nada tem a Maçonaria de sociedade secreta. Exigindo reserva de seus seguidores quanto aos seus trabalhos, cultiva e difunde entre os Maçons, a virtude da discrição, segue uma tradição milenária e se põe, sempre, em posição, de em qualquer emergência, para se defender de opressores e manter as liberdades nacionais e humanas, volver ao passado e prosseguir em sua luta em defesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade. A Maçonaria e a História do Brasil "Há um capítulo em branco na História do Brasil, e esse capítulo é o que se refere à Maçonaria, presente em todos os momentos decisivos e importantes de nossa pátria. Em torno da excepcional contribuição da Maçonaria para a formação de nossa nacionalidade, é inadmissível qualquer dúvida. De nenhum importante acontecimento histórico do Brasil, os maçons estiveram ausentes. Da maioria deles, foram os elementos da Maçonaria os promotores. Não há como honestamente negar que o Fico, A Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A Proclamação da República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos organizados dentro de suas lojas. Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria empreendia luta renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os conjurados, sem exceção, pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Thomas Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto, e até mesmo o Judas, o traidor Joaquim Silvério dos Reis, infelizmente também pertencia à ordem. Há que se ressaltar também a grande contribuição de um maçon ilustre Francisco Antonio Lisboa, o Aleijadinho. Este grande gênio da humanidade. Maçom do grau 18, Aleijadinho, autor de obras sacras, fez questão de secretamente homenagear a Maçonaria em suas esculturas. Ao bom observador e conhecedor da maçonaria, não passará despercebido, ao conhecer a obra do grande mestre, detalhes, pequenos que sejam que lembram a instituição maçônica. Os três anjinhos formando um triangulo, o triangulo maçônico, tornaram-se sua marca registrada.
  • 15. 15 A própria bandeira do estado de Minas Gerais foi inspirada na Maçonaria: o triangulo no centro da bandeira mineira é o mesmo do delta luminoso, o Olho da Sabedoria. A independência do Brasil foi proclamada em 22 de agosto de 1822, no Grande Oriente do Brasil. O grito de independência foi mera confirmação. Ninguém ignora também que o Brasil já estava praticamente desligado de Portugal, desde 9 de janeiro de 1822, o dia do Fico. E o Fico foi um grande empreendimento Maçônico, dirigido por José Joaquim da Rocha, que com um grupo de maçons patriotas, fundou o Clube da Resistência, o verdadeiro organizador dos episódios de que resultou a ficada. A libertação dos escravos no Brasil foi, não há como negar, uma iniciativa de maçons, um empreendimento da Maçonaria. A Maçonaria, cumprindo sua elevada missão de lutar pela reivindicação dos direitos do homem, de batalhar pela liberdade, apanágio sagrado do Homem, empenhou-se sem desfalecimento, sem temor, indefessamente pela emancipação dos escravos. Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros. A proclamação da República, não há dúvidas de que também foi um notável empreendimento maçônico. O primeiro Ministério da República, sem exceção de um só ministro, foi constituído de maçons. Mera casualidade? Não. Ele foi organizado por Quintino Bocaiúva, que havia sido grão-mestre. Assim foi e tem sido a atuação da Maçonaria com relação ao Brasil, sempre apoiando e lutando para a concretização dos ideais mais nobres da pátria, comprometendo-se em favor da liberdade e condenando as injustiças. Por seus Frutos É comum no meio maçônico dizer que determinada pessoa sempre fora Maçom, mesmo antes de ter-se iniciado. Isto porque tal indivíduo é detentor de
  • 16. 16 qualidades e virtudes características de um verdadeiro maçom. Mas quais são essas marcas que levam alguém a ser considerado um maçom nato? Como se pode afirmar tal coisa sem risco de se enganar? O livro sagrado nos dá o caminho. Nele está escrito: "conhece-se a árvore pelos frutos que produz. É impossível que uma boa árvore produza maus frutos, assim como é impossível á árvore ruim produzir bons frutos". Assim é o homem: se dele advém boas coisas, atitudes corretas, gestos edificantes, ele é como uma boa árvore que produz bons frutos. Se for o contrário, se seu caráter for falho, por mais que tente mascarar sua personalidade, não conseguirá: é uma árvore ruim, que produz frutos ruins. O poeta e filósofo Emerson disse: "o que a pessoa é na realidade paira sobre sua cabeça, e brada tão alto que é impossível ouvir sua voz dizendo o contrário numa vã tentativa de ludibriar os outros". Quando o neófito encontra-se à porta do templo e é anunciado , como um candidato a conhecer os Augustos Mistérios Maçônicos, é perguntado como pode ele conceber tal propósito. A resposta dada constitui-se na primeira característica necessária a um Maçom nato: "Porque ele é livre e de bons costumes". O homem livre é aquele capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a fazer e a querer o que quer que seja. A liberdade não é tanto o poder para escolher entre várias possibilidades, mas o poder para auto determinar-se, dando a sí mesmo regras de condutas. Portanto, somente é de fato livre, aquele que é senhor de sí mesmo. O verdadeiro maçom, sabe respeitar a liberdade alheia , conhece os limites entre o certo e o errado e não se rende às paixões ignóbeis. Ele tem consciência de que, como afirmou o filósofo Nietszche: "A ação mais alta da vida livre, é nosso poder para avaliar os valores". Ser de bons costumes equivale a dizer que ele um homem íntegro, que tem sua conduta pautada em sólidos princípios éticos e morais, que é um cidadão
  • 17. 17 exemplar, cumpridor de seus deveres, reto em seus compromissos, honesto em seus negócios, um bom pai de família, respeitador e correto em todos os sentidos. Na continuidade do processo de iniciação é perguntado se o neófito encontra- se preparado para ingressar na Sublime Ordem. Eis a resposta: "Sim, pois seu coração é sensível ao bem". Temos aí a segunda marca de um legítimo Obreiro da Humanidade: possuir um coração sensível ao bem. O coração de um maçom não aceita as injustiças e não compactua com o erro e a maldade. E mais do que isso, ele se inquieta, se revolta e luta contra todo tipo de injustiça e opressão. Ao longo de toda história da humanidade a Maçonaria tem-se empenhado em duras batalhas contra a tirania o despotismo e o obscurantismo, sofrendo com isso conseqüências dolorosas, perseguições implacáveis que resultaram no flagelo e na morte de vários irmãos. Ela porém jamais se curvou, jamais abriu mão de seus nobres ideais, nunca se omitiu em sua missão altruística, em sua luta inglória em favor da Liberdade, da Igualdade, e da Fraternidade. Igualmente hoje quando o futuro da raça humana aponta para rumos incertos, a influencia benéfica e restauradora da Maçonaria se faz necessária. Num momento em que nossa pátria no olho de uma crise mundial passa por momentos difíceis devido ao estado fragilizado de sua economia, o que leva a muitos passarem apertos financeiros, está em voga a prática do salve-se quem puder e do cada um por si. Muitos são os adeptos da famigerada Lei de Gerson, onde o importante é levar vantagem em tudo. Quando testemunhamos a importância e a natureza sagrada da família sendo relegada a segundo plano por motivos fúteis, quando vemos as drogas, a violência e todo tipo de criminalidade assolando a sociedade, nós, os pedreiros livres, não podemos nos omitir. Batalhas, embora não sangrentas como as da Antigüidade, mas igualmente árduas, esperam por nossa ação. Não mais a espada, mas nossa determinação, nosso exemplo, nossos propósitos de aperfeiçoamento são nossas armas. O juramento sagrado proferido pelo maçon com a mão direita sobre o Livro da Lei (Bíblia Sagrada), é um compromisso assumido com Deus , com os irmãos, mas
  • 18. 18 sobretudo consigo mesmo, compromisso este de, através do auto aperfeiçoamento, contribuir significativamente para o aprimoramento de toda a humanidade. Se ali se encontra um incauto, um dissimilado que equivocadamente foi levado ao processo de iniciação, lamentavelmente tal pessoa não passará de uma grande decepção. Com certeza, as exigências das práticas maçônicas, pesadas ao fraco de caráter, se encarregará com o tempo de excluí-lo da Maçonaria. Mas se ao contrário, o homem postado diante do Altar dos Juramentos, for da estirpe dos grandes homens, se trouxer consigo as marcas indeléveis que caracterizam os verdadeiros maçons, estará o mundo ganhando um lutador valioso, um guerreiro do Bem e da Justiça. Quisera todos os homens livres e de bons costumes do planeta tivessem a mesma oportunidade, para que no ambiente propício de uma oficina maçônica, recebendo a inspiração da Filosofia ali difundida, pudessem direcionar seus esforços de forma efetiva em prol da construção de um mundo melhor. O verdadeiro maçom sabe que não há melhor argumento que sua própria vivência . Ele se impõe no seu ambiente influenciando-o positivamente, não de forma arrogante ou arbitrária, mas por sua conduta exemplar e inquestionável. Ele é enérgico porém bondoso. Firme, porém humilde. Sua bondade e humildade residem no fato de saber que, a despeito de num dado momento de sua vida maçônica ser simbolicamente denominado mestre, na prática será sempre aprendiz. Aprende-se a todo instante e de todas as formas. O Maçom é o pedreiro de sí mesmo, e por mais que a obra esteja adiantada, sempre faltará um retoque, pequeno que seja. E depois outro, outro, e mais outro, assim infinitamente. Por mais que se saiba, por mais evoluído que seja, sempre restará algo a aprender, novas lições a assimilar. Na escola da vida não há formandos, ou formados, apenas eternos alunos em busca do aperfeiçoamento. Fixemo-nos pois, nas principais características que distinguem o verdadeiro Maçom e não nos desvirtuemos de nosso objetivo maior. Mantenhamo- nos livres e firmes na prática dos bons costumes, e que com o auxilio do "Grande Arquiteto do Universo" nossos corações sejam cada vez mais sensíveis ao bem. E lembremo-nos sempre: " o que para o profano é um gesto meritório, para o Maçom é um dever sagrado."
  • 19. 19 Grande Arquiteto do Universo Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou religião específica. Na Maçonaria, 'Grande Arquiteto do Universo', também chamado de 'G.A.D.U.' ou 'G.A.U.' (na forma abreviada), é o Ser Supremo ou Grande Geômetra, título dado a Deus. Está para além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível nos landmarks, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto doutrinal. Como é uma escola de filosofia, moral e bons costumes, e não sendo uma religião, a maçonaria não pretende concorrer com outras religiões. Permite aos seus iniciados a crença em qualquer uma das religiões existentes, exigindo apenas a crença num ser superior, criador de tudo e de todos, que o candidato já acreditasse antes mesmo de considerar a possibilidade de vir a ser um maçom. Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.A.D.U.' é uma designação maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos, budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica. Para um maçom de origem muçulmana se referiria a Alah, para outro de católica, seria Jave, de qualquer forma significaria Deus. Assim as reuniões em loja podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos. A atividade da Maçonaria em relação ao Grande Arquiteto do Universo - G.·.A.·.D.·.U.·., envolve estudos filosóficos e não proselitismo. A Maçonaria
  • 20. 20 Esta pergunta é feita diariamente por milhares de pessoas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, quer sejam maçom, ou não. Na verdade pouco se sabe sobre a origem da maçonaria que se perde na origem da história ocidental. No Brasil a história da maçonaria se confunde com a própria história do país. Ao defender e difundir os conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade a maçonaria plantou nos Brasileiros e nos povos da América conceitos de democracia e da coisa pública definidos na antiga civilização Grega. Estes conceitos criaram as repúblicas ocidentais, os sistemas econômicos, a teoria evolucionista, a filosofia cartesiana, a democracia, enfim as bases estruturais da cultura e do desenvolvimento ocidental. Por indução da maçonaria e iniciativa de maçons, ocorreram a inconfidência mineira, a independência, a revolução farroupilha, a lei do ventre livre, a libertação dos escravos e a criação da republica. Foram maçons, Álvares Maciel, Padre Feijó, José Bonifácio de Andrada, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Bento Gonçalves, Garibaldi, Barão de Mauá, Marechal Deodoro, Gonçalves Ledo, Joaquim Nabuco, frei Caneca, Quintino Bocaiúva, dentre tantos outros. Em uma maneira simplista podemos dizer que a maçonaria é um país dentro de outro país. Um país onde não há analfabetos, não há fome e onde se cultua a liberdade de expressão, o livre arbítrio, o conhecimento, a fraternidade e a igualdade de todos perante a lei. Um país que busca constantemente a verdade na sua forma direta e objetiva, sem paixões políticas, religiosas ou pré-concebidas. É à busca do homem em si mesmo. O grande segredo da maçonaria não existe e, pela lógica cartesiana, não há como divulga-lo. Ao nos irmanamos em busca da verdade e da liberdade temos como ponto de partida o conhecimento de nós mesmos e obviamente, este conhecimento próprio é restrito ao indivíduo. Existe um antiqüíssimo mito no Nilo em que Osíris, que representa a vida universal, morre e sua irmã Lis o faz engolir o olho do gavião e, mal o olho penetra no cadáver, Osíris renasce porque nele entra a visão. Viver é, antes de nada, ver-se a si mesmo. Em síntese ninguém, a não ser nós mesmos e o criador, nos conhecem. Para se ter uma noção de nossos princípios, Péricles em 431 anos antes de Cristo disse: " Somos amantes da beleza sem extravagâncias e amantes da filosofia sem indolência. Usamos a riqueza mais como uma oportunidade
  • 21. 21 para agir que como motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evita-la. Ver- se-á em uma pessoa ao mesmo tempo o interesse em atividades públicas e privadas, e em outros entre nós que dão atenção principalmente aos negócios não se verá falta de discernimento em assuntos políticos, pois olhamos o homem alheio as atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; ..... decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelos menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é empecilho á ação, e sim o fato de não estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. Consideramo-nos ainda superiores aos outros homens em outro ponto: somos ousados para agir, mas ao mesmo tempo gostamos de refletir sobre os riscos que pretendemos correr; para outros homens, ao contrário, ousadia significa ignorância e reflexão traz a hesitação. Deveriam ser justamente considerados mais corajosos aqueles que, percebendo claramente tanto os sofrimentos quanto ás satisfações inerentes a uma ação, nem por isso recuam diante do perigo. Mais ainda em nobreza de espírito contrastamos com a maioria, pois não é por receber favores, mas por faze-los, que adquirimos amigos. . . .Enfim, somente nos ajudamos aos outros sem temer as conseqüências, não por mero cálculo de vantagens que obteríamos, mas pela confiança inerente á liberdade." Neste sentido a maçonaria sempre constante e presente na luta para fortalecer o conhecimento individual de tal sorte que ele produza um conhecimento e uma mobilização coletiva, tem estado presente em todos os rincões do país e do mundo fazendo prevalecer a máxima do homem como símbolo de pensamento e bem estar, como obra do Grande Arquiteto do Universo. Hoje continuamos reféns das encruzilhadas da vida que nos fazem prisioneiros do nosso próprio desenvolvimento pois, crescemos nos descuidando dos conceitos de justiça social, de liberdade e de igualdade de oportunidades. Como disse Marx, na célebre Carta ao Povo: "O domínio do homem sobre a natureza é cada vez maior; mas, ao mesmo tempo, o homem se transforma em escravo de outros homens ou de sua própria infâmia. Até a pura luz da ciência parece só poder brilhar sobre o fundo da tenebrosa ignorância. Todos os nossos inventos e progressos parecem dotar de vida intelectual as forças materiais, enquanto reduzem o ser humano ao nível de uma força material bruta".
  • 22. 22 Se o comunismo não prosperou por não criar um mecanismo eficiente de produção de riquezas, o capitalismo encontra-se em xeque por não conseguir criar um eficiente mecanismo de distribuição das riquezas produzidas. É perversa a nossa posição de bem sucedidos em contraponto dos milhares de marginalizados. Chega a ser uma afronta á nossa inteligência e é absolutamente irracional. Neste sentido começamos a perceber que isto não conduzirá a humanidade a um bom lugar. O nosso desafio se consiste em inserirmos todos nas riquezas que as tecnologias eficientemente conseguem produzir. Hoje já podemos dizer que temos tecnologia para produzir de modo sustentável riquezas suficientes para saciar todos. O que nos falta é entendermos que nisto se apoiará á paz, a harmonia e a felicidade tão necessárias aos indivíduos, quanto imprescindíveis para a humanidade. O nome "maçonaria" provém do francês maçonnerie, que significa "construção". O termo maçom (ou maçon), segundo o mesmo Dicionário, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer “pedreiro”, e do alemão metz, “cortador de pedra”. O termo maçom portanto é um aportuguesamento do inglês; maçonaria por extensão significa associação de pedreiros. Estudiosos e pesquisadores costumam dividir a a origem da maçonaria em três fases distintas: 1. Maçonaria Primitiva 2. Maçonaria Operativa 3. Maçonaria Especulativa Maçonaria primitiva A Maçonaria Primitiva, ou "Pré-Maçonaria", é o periódo que abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da Maçonaria Operativa. Há quem buscam nas primeiras civilizações a origem iniciática. Outras buscam no ocultismo, na magia e nas crendices primitivas a origem do sistema filosófico e doutrinário. Tantas são as controvérsias, que surgiram variadas correntes dentro da maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria dos historiadores, é que a Maçonaria Moderna descende dos antigos construtores
  • 23. 23 de igrejas e catedrais, corporações formadas sob a influência da Igreja na Idade Média. É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito, envolve a maçonaria numa penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la, inventem as histórias sobre os primórdios de sua existência. Há aqueles que ensinam que ela teve início na Mesopotâmia, outros confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria. O TEMPLO DE SALOMÃO A história da humanidade encontra-se repleta de fenômenos extraordinários, construções faraônicas feitas de pedra e outras mitológicas jamais materializadas, senão pela imaginação dos povos... Os gregos, egípcios, mesopotâmios e outros povos antigos, nos deixaram exemplos magníficos de seu fascínio pelo fantástico extraordinário... As “Sete Maravilhas do Mundo Antigo”, permanecem em nossas almas ou imaginação como um exemplo da incrível capacidade do homem de se superar, acima de suas mínimas dimensões. “As Pirâmides do Egito”, “O Farol de Alexandria”, “Os Jardins Suspensos de Semíramis na Babilônia”, “O Colosso de Rodes”, “A Estátua de Júpiter Olímpico em Olímpia”, “O Templo de Ártemis em Éfeso” e o “O Túmulo de Mausolo” em Halicarnasso, e milhares de monumentos colossais que foram construídos ao longo da história por diferentes civilizações... Falaremos hoje do Templo de Salomão, Segundo a Bíblia o Rei Davi recebeu de Deus a incumbência de construir o Templo. Mas Davi morreu e não conseguiu realizar a obra, a qual seria efetivada por seu filho e herdeiro, Salomão. Narra-se que Deus, para testar o equilíbrio de Salomão, a quem atribuíra a construção do colossal Templo, perguntou-lhe o que ele desejava receber como dádiva do Senhor...
  • 24. 24 Ao que Salomão pediu com humildade: “Quero ter Sabedoria”... E assim Salomão se tornou o mais sábio dos homens de seu tempo, encontrando-se aí a razão de sua fama... O esplendor de seu reinado jamais teria sido igualado por qualquer outro monarca. Para a realização da monumental obra Salomão chamou o Rei de Tiro, Hiran I ou Hiran Abif, conhecido como “O Filho da Viuva”. O Templo tinha cerca de 60 côvados (31,50m) de comprimento por 20 côvados (10,50m) de largura e 30 côvados (15,75m) de altura, equivalente a um prédio de 5 andares . Nele foram colocados símbolos, segundo a tradição, relacionados com o estimado entre Salomão e Deus... Estes símbolos eram o Arca da Aliança, o bastão do Patriaca que lembrava o Êxodo, o Candelabro e a mesa dos pães ritualísticos... Segundo a grande mestra e papisa da Teosofia, Helena Petrovna Blavatsky, Hiran Abif é um mito solar e tem grande significado na elucidação da cabala. E o Templo de Salomão é um relicário esotérico. Hiran mandou construir à entrada do Templo, uma imponente fachada, à guisa de Portal ou Átrio, ladeado por duas colunas de bronze, cada uma com cerca de 10 metros de altura. A da direita era chamada “J”, símbolo da Sabedoria, representava o poder masculino e era branca; a da esquerda era chamada “B”, símbolo da inteligência, representava o poder feminino e era vermelha. Entre as duas colunas fora colocado o “Kether” (coroa) símbolo das forças geratrizes, o Pai e das forças genetrizes, a Mãe. Naturalmente, o Sol e a Lua. A grande muralha que contornava o Templo ainda existe hoje, embora semi- destruída, é usada em Jerusalém pelos judeus como o seu “Muro das Lamentações”...
  • 25. 25 A mitologia em torno do Templo de Salomão inspirou os maçons de todos os tempos que atribuem a Hiran Abif ter sido o primeiro “pedreiro-maçon”, por conta da construção do Templo e ser personagem do ritual da terceira iniciação maçônica. O Templo maçônico moderno deve ser orientado de forma que as colunas “J” e “B” estejam plantadas na direção dos pontos, solsticial norte (signo de Câncer) e solstícial sul (signo de Capricórnio). Na interseção dessa linha Norte/Sul encontra-se a linha do equador Leste/Oeste, estando o altar do Venerável no leste ou Oriente... No teto do Templo o Sol, Lua e Mercúrio, além de Júpiter e Saturno com os seus respectivos satélites... Hiram na Bíblia O nome Hiram Abiff não consta na Bíblia, mas existem referências a pessoas chamadas Hiram que são:  Hiram, rei de Tiro, referido em II Samuel 5:11 e em I Reis 5:15-32 por ter enviado material de construção e um homem para a construção do templo original de Jerusalém.  Em I Reis 7:13–14, Hiram é descrito como um homem de Tiro que trabalhava em bronze, filho de uma viúva da tribo de Neftali. A Lenda de Hiram Abiff Nome de origem hebraica, posto os dois Hiram referidos nas Sagradas Escrituras proviessem do líbano. Temos Hiram ou Hirão rei Tiro e Hiram Abiff, o artífice que esse Rei enviara a Salomão para o embelezamento do Grande Templo. Hiram, o arquiteto, era filho de uma mulher da tribo de Dan e de um homem tírio chamado Ur, que significa "forjador de ferro", consoante o relato bíblico em II Crônicas, 10; ou filho de uma viúva da tribo de Natfali consoante refere Reis I, 7:13. O nome Hiram pode ser traduzido como "Vida Elevada". O SIGNIFICADO DA LENDA:
  • 26. 26 O motivo da lenda é A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO, PARA QUE NELE HABITE O DEUS ÍNTIMO, e ter ele sua completa liberdade de manifestação. O Templo é o Corpo dominado, educado e guiado por mandatos do Espírito, que são A VERDADE E A VIRTUDE. O Templo de Salomão é o modelo do corpo humano. O Templo, como o corpo humano, se estende do Oriente ao Ocidente e do Norte ao Sul, o que quer dizer que o homem é uma UNIDADE INDIVISÍVEL como o UNIVERSO. Sua cabeça, que se eleva em direção a mundos superiores, converte-se, pela Sabedoria Espiritual, em SALOMÃO, que levanta UM TEMPLO PARA GLÓRIA DO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO ÍNTIMO O SIGNIFICADO ESOTÉRICO DA LENDA HIRAMÍTICA Segundo o mestre historiador Rizzardo da Caminho, em sua obra “Catecismo Maçônico”, absorvemos os seguintes ensinamentos sobre o tema em questão: “A busca da Palavra Perdida criou a Liturgia; os Maçons vêem no ato o seu Grande Trabalho. O primeiro passo que é dado diz respeito à meditação profunda que o Rito orienta, e que o Grau de Mestre se fixa nos Cinco Pontos. Adentrando na alegoria da lenda iremos nos encontrar em plena função, em uma Câmara do Meio onde se desenvolve, no luto e na consternação, o trabalho maçônico, consequências do assassinato de Hiram; a história cede lugar ao simbolismo. No Rito, Hiram se identifica como sendo o Mestre Perfeito, e na lenda ele personifica a própria Tradição Maçônica. Nos três Companheiros trucidadores vemos o tríplice flagelo da ignorância, do fanatismo e da ambição. A Lenda restringe a três o número dos malfeitores; não devemos, porém, ignorar que cada um deles personifica um “estado de espírito”, muito presente em nossos dias.
  • 27. 27 A Tradição Maçônica encontra-se em constante perigo, porque, se justiçados os três maus Companheiros desaparecem, ficando apenas, seus sentidos materialistas, mas os efeitos perduram. Sabemos que em cada um de nós há traços indeléveis desses assassinos. No conjunto sempre crescente de Maçons, há aqueles que não compreendem que, da Iniciação, surgiram obrigações a cumprir. Maçons que tiveram as suas arestas atingidas e caídas do bloco, mas que, “juntaram-nas” e as guardam como relíquias, não querem se desfazer desses supérfluos. São os aproveitadores, os ambiciosos, os portadores dos mesmos defeitos encontrados nos Companheiros Jubelos. São os caçadores de Graus. Uma vez que não se tem mais fé na Tradição, essa desvanece e tem vida transitória; é o braseiro cujas brasas estão cobertas e é quando o sopro vital vem. Quando surge é tarde, porque só restam cinzas. A Maçonaria não morre, porque é uma Instituição que tem o poder de resistir, porque o seu trabalho se dirige ao aperfeiçoamento do homem; é um trabalho autorizado por Deus, e Ele o protege. Os seus inimigos não se encontram fora da Instituição; os pequenos temporais são previstos e a Instituição encontra o caminho da resistência e planifica a vitória; mas as infiltrações, aquelas que trazem consigo os “vírus”, as “infecções”, os “nocivos”, esses continuam sendo o espírito negativo dos maus Companheiros. A Igreja, em tempos passados, desejou destruir a Maçonaria como fez com a Ordem dos Templários. Havia um inimigo visível, muito diferente daqueles três maus Companheiros. Hoje, nas portas principais do Templo, estão os “terroristas” da Instituição, prontos a golpear.
  • 28. 28 A Maçonaria não faz mistério quanto ao perigo interno que ameaça não só a si, mas a toda a Humanidade, porque os Jubelos trazem consigo o germe da morte e da decomposição. Os inimigos externos, talvez, possam obstaculizar ou paralisar as atividades maçônicas, mas não matam. O inimigo interno atua como uma enfermidade: mina a saúde e arrasta ao túmulo. Não devemos esquecer que os três Companheiros foram bons Aprendizes, que colaboraram com eficiência na construção do Templo, que estavam prestes a alcançar o mestrado! Os Jubelos podem ser considerados inimigos impessoais, que não se dirigiram exclusivamente contra Hiram, mas contra a Humanidade e que a finalidade da Maçonaria é, justamente preservar essa Humanidade da qual todos fazemos parte. Mas antes de dirigirmos os nossos olhares para fora da Instituição, cumpre sanear as nossas próprias searas, combatendo a praga perigosa, curar a nós próprios, buscando cada um encontrar dentro de si o mau Companheiro, para eliminá-lo. Os germes proliferam, quando encontram ambiente propício, assim é, na Maçonaria; quando surgem os períodos críticos, os maus Maçons proliferam; os dirigentes, os Mestres cônscios de sua responsabilidade, devem prevenir, na fase crítica, a tomada pelos germes do campo e, rapidamente, introduzir o medicamento apropriado. Essas crises periódicas coincidem com a crise social e econômica de um país; assim, quando externamente aparecem os sintomas, fácil será planejar para que os germes não ingressem no Templo. O trabalho maçônico seria de grande utilidade e poderia influenciar nesses períodos críticos, se os Maçons fossem todos instruídos, tolerantes, desinteressados; a influência moral, o exemplo, seriam fatores irresistíveis para contornar a ação dos maus.
  • 29. 29 Embora os assassinos de Hiram tenham surgido de dentro da Instituição, sem dúvida, receberam a influência negativa de seu meio ambiente externo. Não basta uma ação higiênica, mas sim uma profilaxia enérgica, constante e sempre presente para que haja uma real e necessária “imunização”. Sim, o Maçom deveria estar imune às crises periódicas. Os assassinos de Hiram foram três, porém esse número é simbólico, pois, antes de terem sido eliminados, proliferaram junto àqueles que lhes deram abrigo e proteção. Hoje são em número incontáveis. São os que desconhecem a Maçonaria a quem criticam e censuram, invocando a necessidade de uma “modernização” para ajustarem-se aos tempos modernos de tecnologia e progresso social. Em nome do progresso, procuram destruir tudo o que seja tradição; aplicam o primeiro golpe com a Régua sobre o ombro de Hiram, paralisando seu braço direito e impedindo-o de uma reação defensiva. É a “simplificação”, o intuito de “tirar uma pretensa monotonia” e de simplificar o Ritual com atos de liturgia “desnecessária”. A conservação íntegra do Ritual é a garantia da sobrevivência; perdida a tradição, torna-se presa fácil dos assassinos. São os Maçons “donos da verdade” que obstaculizam aqueles que não seguem a sua vontade; são os infalíveis e criadores de dogmas sem poderem apresentar a origem de suas ideias, fruto de intolerância. Os maus nem sempre são os piores! Podem ser os ex-dirigentes que, vencidos em um pleito, para se manterem perpetuamente, no poder, transformam-se em desagregadores. São os que dão o segundo golpe em Hiram, agora com o Esquadro e sobre o coração. Golpeado com a Régua e com o Esquadro, evidentemente, Hiram vacila, cambaleia, enfraquece e se torna presa fácil. Assim débil, quem aplicará o golpe final será um membro dos mais modestos, que sozinho não teria capacidade de destruição.
  • 30. 30 É o golpe mortal. Vemos, então, uma Loja Abater Colunas, exigindo grande esforço para reerguê-las. Frequentemente, apesar de não ser regra geral, os maus juntam-se e fundam uma nova Loja! Aparentemente, o trabalho é elogiado, mas ninguém se dá conta de que é obra de dissensão, dissidência, e quem sofre é a própria Instituição. Ao invés de uma Loja pujante, surgem várias cambaleantes e inexpressivas; fáceis, porém, de serem tomadas de assalto por aqueles que foram os inspiradores, permanecendo ocultos, mas ativos. A Maçonaria, nas mãos desses, é desviada de seus elevados fins; Hiram morre; a tradição se apaga; a Palavra está perdida; o maçonarismo perece. O seu cadáver putrefica-se. Os verdadeiros discípulos choram, se reúnem, providenciam as exéquias, descobrem os assassinos, punem-nos e por serem verdadeiros iniciados, os verdadeiros operários, buscam a ressurreição de Hiram, e, rejuvenescidos, reiniciam o trabalho. Para a ressurreição, se faz necessário reconstruir a tradição; juntar os membros dispersos do cadáver para a recomposição. A iniciação é reexaminada em todos os seus aspectos e é adequada aos tempos atuais, à personalidade dos remanescentes e dos novos; retiram-se dela os vícios e as falhas; a substância da regeneração é alimentada; evolui, fermenta e cresce com toda a pureza da matriz. Eis o porquê das viagens dos Maçons remanescentes, para todas as direções, com a finalidade de encontrar os restos de Hiram. A dificuldade inicial encontra oposição na busca, porque o primeiro túmulo que os assassinos, provisoriamente, criaram foi sob os escombros da construção; sob os materiais imprestáveis, onde ninguém suspeitaria que pudessem abrigar o Mestre. Esse primeiro túmulo não é descoberto e os próprios assassinos exumam o cadáver e na calada da noite o conduzem para a alta montanha; cavam uma nova
  • 31. 31 cova profunda; despem Hiram e o soterram entregando o pó ao pó, a terra à terra e as cinzas às cinzas. Marcam o local com um ramo de Acácia. É a primeira manifestação do arrependimento tardio. A homenagem à sua indefesa Vítima. Escolhem uma planta que não apodrece, cuja resina conservará o lenho, num confronto com a matéria que se putrefará. É o dualismo e o resultado das lições que o próprio Mestre lhes havia ministrado. E são os assassinos que transformam a Acácia em um símbolo, numa comprovação de que do mal pode surgir o bem; as raízes eram boas, mas a insatisfação, a pressa, a ambição sufocam a bondade. A lenda apresenta um fato curioso: não há lugar para o perdão aos assassinos! É uma situação muito triste, mas real. Mais tarde, o Nazareno, já crucificado, diria contra os seus algozes: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Mas os assassinos tinham sido iniciados; tinham passado pelo Aprendizado, conheciam a Régua das 24 Polegadas e o Esquadro; não podiam repudiar o convívio com os Irmãos. O castigo, embora escolhido por eles próprios, foi incisivo; a Justiça de Salomão era diferente da justiça do Cristo. O Rito Escocês Antigo e Aceito comporta as duas Justiças: a Salomônica e a Cristã. Como devemos agir com os assassinos? Esses que ressurgem como as cabeças da mitológica Hidra? Ao ser colocado o ramo de Acácia, os assassinos quiseram simbolizar que Hiram jamais morreria. O cadáver é encontrado, recomposto e conduzido, novamente, ao Templo para ser, carinhosamente, colocado em um local sagrado; não mais sob os escombros, mas em local de honra e glória.
  • 32. 32 Embora essa glória não tenha sido permanente; eis que Nabucodonosor destrói o Templo, não deixando pedra sobre pedra. Mas... Hiram ressuscita; apenas seu corpo putrefato foi deposto. Porém, Hiram não ressuscita por si só; não responde ao primeiro chamado feito à vitalidade que poderia ter conservado, a força que “Boaz” simboliza. Em vão tenta-se acordá-lo com o estímulo de um ardor amoroso, “Jaquim”. A sua vida anterior não revive; é preciso dar-lhe um novo alento: o sopro do ideal que provém da Iniciação. É o símbolo da “Cadeia Regeneradora”; aqueles que a formam não ficam apenas na contemplação; reúnem forças, amor e com os mais fervorosos ideais espargem energia psíquica, espiritual e física que reanimam o cadáver, que é erguido e se liga aos cinco pontos do Mestrado. É o resultado do culto do trabalho, dos esforços, da reciprocidade, enfim, da fraternidade. Nem todos, porém, podem unir-se ao cadáver pelos cinco pontos; um só é destinado àquela missão; é um trabalho de um só, mas sob os fluidos de todos; é a soma das forças. O escolhido é o sábio Mestre remanescente. Mas, a Palavra continua perdida e urge encontrar uma substituta e essa é composta, tornando-se um grande símbolo. “A carne se desprende dos ossos”. Não há a compressão das células; cessou a força centrípeta. Os ossos, por sua composição química, são imputrescíveis; o cálcio é um mineral que se eterniza; a carne é volátil; é o espírito que se afasta da matéria, e a única forma de reuni-los é usar a Palavra Sagrada; se a original se perdeu, uma nova surge. Sempre surge um novo meio quando houver a necessidade de uma união! O segredo de tudo (maçônico) é, sempre, buscar e encontrar um meio de unir, pois, para a desunião, sobram meios! A Palavra Perdida, ao final, será encontrada; o Rito é sábio e dá a Palavra Perdida como prêmio àqueles que perseveram até o fim.
  • 33. 33 A ressurreição é um mito antigo; vamos encontrá-lo nos mistérios Védicos, quando o Ser Supremo imola a si mesmo para produzir tudo o que existe; vamos encontrá-lo em Hermes, em Orfeu, em Osíris e, finalmente, em Cristo. O renascimento é produzido ao ar livre; nos lugares mais elevados, em contato com a Natureza, porém, é consagrado em Templo. Nós somos Túmulo e Templo. Hiram apodrece em nós e ressurge em nós. Dentro de nosso Templo Espiritual, temos, maçonicamente, a presença permanente de Hiram. Espiritualmente, temos o Cristo em nós. Somos, sempre, uma “morada”. A diferença do conteúdo está no continente: ou temos Hiram dentro de nós, no Túmulo, ou dentro de nós, no Templo. É preferível tê-lo no Templo! Os Maçons que não se instruem o têm no Túmulo. E cada vez mais apodrecido! Isso reflete em seu comportamento. Há uma simbiose de Maçonaria e Igreja. Socialmente temos, como cristãos, em nosso Templo, o Cristo, com as conseqüências litúrgicas religiosas. Maçonicamente, temos Hiram em nosso Templo. O Templo é suficientemente amplo para conter os dois símbolos, compatível isso, com o dualismo das coisas. Como Igreja, aspiramos ao Reino de Deus na Terra; como Maçonaria, à Fraternidade Universal. Ambos, com sólido fundamento: o Amor fraterno! Esse amor, felizmente, perdura!”.
  • 34. 34 RESUMO DA LENDA O Templo é o corpo do homem. A construção do Templo é a evolução e a elevação de esforços para um fim superior, através do conhecimento da Verdade e a prática da Virtude. O Templo de Salomão é o Símbolo do corpo físico. Jerusalém (cidade-paz) é o mundo interno. Os quatro pontos cardeais do templo são: 1. No corpo, a Cabeça, que corresponde ao Oriente, 2. o Baixo-ventre, ao Ocidente, 3. o lado Direito, ao Sul, e 4. o Esquerdo, ao Norte. Os Construtores do Templo são os átomos construtores no corpo físico. Os Três Diretores do Templo são: Salomão, que representa o Saber; Hiram, rei de Tiro, o Poder; e Hiram Abiff, o Fazer. Os três representam, ainda, a FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE. Os obreiros dividiam-se em três categorias. 1. Os aprendizes trabalham na parte inferior do corpo: o ventre; 2. os companheiros na parte média: o tórax; e 3. os mestres, na parte superior: a cabeça. As duas colunas do Templo são os dois pólos: o passivo e o positivo, representados pelas pernas esquerda e direita. A Câmara do Meio é o "Lugar Secreto", ou o mundo Interno do Homem, no coração ou peito. Cada categoria percebia seu salário, relativo ao seu trabalho e à sua palavra sagrada.
  • 35. 35 Os aprendizes recebiam-no segundo a sua FÉ. Os Companheiros, segundo a sua ESPERANÇA, e os Mestres, segundo o seu AMOR. Apesar do grande número de obreiros dentro deste Templo, todos trabalham silenciosamente, na Obra do Grande Arquiteto, e não se ouve nenhum ruído, PORQUE ESTE TEMPLO NÃO FOI, NEM É CONSTRUÍDO POR MÃOS HUMANAS, NEM POR INSTRUMENTOS MATERIAIS E METÁLICOS. Sete anos durou a construção do Templo, porque o resultado da genuína e Verdadeira Iniciação se obtém depois de sete anos, que são necessários para a limpeza dos átomos inferiores e para dar lugar aos átomos superior. Hiram Abiff, "o filho da viúva", é o Espírito que nasce e se manifesta na MATÉRIA ou MATER MÃE, sem a vontade da carne. É a Mãe Sempre Virgem, porque o Eu SOU ENTRA E SAI DELA, e Ela continua sempre Virgem. O Lugar escolhido para a construção foi o monte MÓRIA, que significa "Visível ao Senhor", ou "Escolhido do Senhor". Ao aproximar-se o momento do triunfo final, acometem ao Iniciado as três tentações no deserto da matéria, que são a ignorância, o fanatismo e a ambição, ou os três companheiros que querem obter o salário de Mestre. Cada defeito estava armado com um instrumento.  A ignorância atacou o lado direito projetor do poder positivo com uma régua de 24 polegadas, que representa o dia de 24 horas, e, ferindo a mão de Hiram, inutilizou a obra, ou o instrumento da obra, que é a mão.  O fanatismo golpeou o coração com o esquadro, que é o símbolo do homem inferior, dominado pelo seu fanatismo; o esquadro é a forma material, é o conhecimento intelectual, que é necessário ao homem, porém, este, na maioria das vezes, se esquece do COMPASSO, que
  • 36. 36 representa a Intuição Divina. Ao golpear o coração, mata nele a tolerância e o amor.  A ambição golpeou-lhe a cabeça com a malhête, representando neste ato a vontade mal dirigida e mal dominada. Uma vez morta a CONSCIÊNCIA, os três tratam de relegar o fato ao esquecimento, "sepultando o corpo do Mestre". Mas as doze faculdades do Espírito, ou os doze Mestres, começam a busca. Os três primeiros, que são a FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE, eliminam do corpo os três vícios, e os outros nove exaltam a Luz Interior, sepultada. Conclusão Finalmente, temos de reparar que o som M..., tal como o “N” (a níveis diferentes), sempre esteve, em muitas civilizações e respectivas línguas, associado à ideia de “Mãe” e “Ancestralidade”, a algo que é primitivo, remontando aos primórdios do Universo. Para os hindus, o som “M” é particularmente importante, uma vez que todos os Mantras dos Chackras terminam com ele: Lam, Vam, Ram, Yam, Ham, Aum... Em hebraico e aramaico, «Mãe» diz-se AM e AMA, respectivamente. E o próprio nome hebraico da letra M significa ÁGUA, que em quase todas as mitologias é considerada a substância primordial, e obviamente o lugar onde toda a Vida começou. E não esquecer a Deusa Primordial TIAMAT das mitologias suméria e babilónica, cujo nome significa «Mãe-Vida» ou «VidaMãe» (TI=vida, AMAT=mãe). Uma máxima mística para os Ir:. refletirem: “NASCEMOS PARA MORRER, E MORREMOS PARA NASCER”!! Trata-se do terceiro e último Grau do Simbolismo. Para muitos Irmãos, principalmente para os adeptos dos três Graus, é o coroamento final do aprendizado maçônico. Nas Potências ou Obediências Simbólicas é o Grau em que é concedida ao Iniciado a plenitude dos direitos maçônicos e obviamente a contrapartida dos deveres maçônicos.
  • 37. 37 O Grau é muito esotérico e é dedicado inteiramente ao espírito. Neste Grau aparece pela primeira vez a pregação de uma doutrina através de uma lenda. Trata-se da Lenda de Hiram. Em termos iniciáticos, o Perfeito e Sublime Maçom é aquele que procura a Palavra Perdida. A lenda do grau diz que esse título foi criado por Salomão justamente para premiar os Mestres que encontraram a Palavra Sagrada oculta por Enoque na Abóbada Sagrada. Ela diz, em resumo, que após a construção e a consagração do templo De Jerusalém, a maioria dos mestres que fora elevada ao grau de Cavaleiro do Arco Real, voltou para suas terras. A maçonaria que o Rei Salomão havia desenvolvido com a construção do Templo de Jerusalém disseminou-se por toda parte e perdeu qualidade, porque seus segredos foram compartilhados por muitos iniciados sem mérito. Várias disputas e cisões acabaram por desvirtuar os ensinamentos da Irmandade. Somente os eleitos que prometeram e cumpriram o juramento do grau perseveraram na prática da verdadeira Arte Real e as transmitiram a uns poucos. Quando o Templo de Jerusalém foi tomado pelas tropas do rei Nabucodonosor, da Caldéia, foram esses poucos eleitos que defenderam o Altar do Santo dos Santos, onde o Nome Sagrado estava gravado em uma pedra cúbica. Por fim quando toda resistência se tornou inútil, eles mesmos penetraram na Abóbada Sagrada e destruíram a pedra onde esse Nome Inefável fora gravado e conservado durante 470 anos, 6 meses e 10 dias. Em seguida, sepultaram os escombros em um buraco de 27 pés de profundidade para que, numa futura restauração do Templo, ou da Aliança, sua posteridade pudesse recuperá-lo e continuar a tradição. Destarte, o Nome Sagrado nunca mais foi escrito nem pronunciado, mas apenas soletrado, letra por letra. E só os Perfeitos e Sublimes Maçons ficaram conhecendo a grafia e pronúncia correta. Assim, de uma forma sutil, quase impercebível, todos os graus das chamadas Lojas de Perfeição exploram temas que tocam nesse assunto, pois o segredo ritualístico desses graus está na metáfora da procura pela Palavra Perdida.
  • 38. 38 Meus Irmãos; que o G:.A:.D:.U:. cuja sabedoria divina dirige suave e poderosamente todas as coisas, nos abençoe e nos ilumine para que possamos passar um pouco do nosso modesto conhecimento a todo irmão que queira fazer progresso na nossa “Sublime Ordem”. A Palavra Sagrada é uma palavra peculiar de cada Grau Simbólico e que deve ser dita baixinho ao ouvido e com muita precaução (N. Aslan). Segundo Mackey, temos: “termo aplicado à palavra capital ou mais proeminente de um Grau, indicando assim seu peculiar caráter sagrado, em contraposição à Palavra de Passe, que é entendida simplesmente como um mero modo de reconhecimento. Diz-se muitas vezes, por ignorância, “Palavra Secreta”. Todas as palavras importantes na Maçonaria são secretas. Mas somente algumas são sagradas”. A transmissão da Palavra Sagrada é uma prática típica do Rito Escocês Antigo e Aceito, a qual acabou, posteriormente, sendo absorvido, de modo similar, pelo Rito Brasileiro. O Ritual de Emulação não contém essa prática. De acordo com Mestre José Castellani, o REAA colocou, ritualisticamente, dentro dele, a pratica dos canteiros da Idade Média. Eles desbastavam a pedra bruta, transformando-a em pedra cúbica que devia estar dentro do “esquadro”, ou seja, seus cantos deviam formar 90 graus. Portanto, o “Nível” (horizontalidade) e o “Prumo” (verticalidade) eram usados para assegurar a perfeição na construção. Desse modo, os Vigilantes todo dia de manhã, no início dos trabalhos, e a tarde, no seu término, verificavam se as medidas estavam corretas e eram passadas um para o outro, e posteriormente ao Mestre de Obras, dizendo que “Tudo Está Justo e Perfeito”. Como foi dito, o REAA colocou de modo similar e ritualisticamente, a transmissão da Palavra Sagrada, no início e no térmico das Sessões de uma Loja, indo do Venerável Mestre para o Primeiro Vigilante e para o Segundo Vigilante, como prova de regularidade e penhor de que o trabalho está sendo bem executado (Castellani). Obviamente, a palavra é somente transmitida ao Segundo Vigilante sem que este tenha “posse” da mesma. Portanto, uma Sessão pode ser encerrada, caso necessário, por golpe de malhete, sem a mínima preocupação.
  • 39. 39 Fontes Bíblicas e a Lenda O relato bíblico tece louvores à habilidade profissional de Hiram, contudo, por ocasião da consagração do Templo, não é mencionado. Em torno desse personagem, criou-se a Lenda de Hiram Abiff, que o dá como tendo sido assassinado por três maus companheiros. Lenda é um relato fantasioso que parte de um fato verídico; Hiram o arquiteto existiu; a história dos Hebreus o refere; e ele foi assassinado por três construtores porque ele era o único que sabia decifrar as escrituras do templo de Salomão, as quais alguns tinham cobiça. Alguns autores referem que teria sido a Lenda criada para dar sustento político à casa real dos Stuart. Simbologia Maçônica Um dos Landmarks determina que seja observada essa Lenda. Na realidade ela possui uma simbologia esotérica e toda liturgia iniciática maçônica a envolve. O Assasinato Os nomes dos três companheiros que assassinaram a Hiram Abiff seriam Jubela, Jubelo e Jubelum; deram origem aos sinais (posturas) dos três primeiros Graus maçônicos, simbolizando o corte da garganta; a extração do coração e a dilaceração do ventre, forma como Hiram teria sido assassinado, dentro da Lenda de Hiran Abiff, conhecida como Lenda do Terceiro Grau. Na lenda de Hiram Abiff, surgem três "Assassinos", que feriram a morte o Mestre, através de golpes com instrumentos de trabalho, a régua, o esquadro e o maço. Todos os golpes contribuíram para essa morte e todos os produziram com excessivo dolo. Diz-se em maçonaria, "Assassino", aquele que "trai" os ideais maçônicos, pois "destrói" a vida espiritual. Simbolismo da palavra Abiff Trata-se de uma palavra composta das iniciais extraído de outras quatro palavras: Aleph, Beth, Iod e Vav, todas hebraicas. O interesse maçônico diz respeito a Hiram Abif. Significa "seu pai". É também, um título de respeito. O Rei de Tiro ao
  • 40. 40 referir ao seu artífice chama-o de "meu pai Hiram". No Livro de Crônicas, é chamado de "Seu Pai, Hiram Abiff". O sobrenome resulta em seu título de honra: Hiram, o pai da construção do Grande Templo. A sigla M.’. e a Lenda A sigla é a palavra de passe do grau Mestre na Ordem Maçônica, já que a palavra original se perdeu com a morte de Hiram Abif. O significado da sigla aparece na lenda de Hiram Abiff, no momento em que o corpo do Mestre é encontrato, sete dias após o assassinato. O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares, que foram adotados por instituições como as "Guildas" (na Inglaterra), Compagnonnage (na França), Steinmetzen(na Alemanha). O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício. Versões da Palavra Sagrada M.’.  Hebreu: MAH-HA-BONE (Mah-Hah-Bone, Mahabone): Significado: «O quê? O construtor?!». Segundo a Lenda Maçónica, esta foi a frase dita por um dos companheiros quando descobriram o corpo de Hiram Abiff.  Hebreu: MAHABONE (forma alternativa de Mah-Ha-Bone): Substitui a Palavra Perdida, ou o Nome Oculto de Deus (JAH-BUL-ON).  Hebreu: MAHABEN ou MABENAH: Significado: «O quê? O Filho?!», ou «Arquiteto» (Construtor, Maçon.)  Hebreu: MAKBENAH (Macbenah, Mak-Benah, Macbena): Nome de uma personagem bíblica misteriosa.  Gaélico: MAC BENACH (Macbenach, Machben, Machbinna): Significado: «Filho Abençoado», um título que pode estar relacionado com o deus celta MABON, chamado «o Filho Divino» ou «Filho da Luz».
  • 41. 41  Galês: MABON: Mabon, também chamado Maponos e pelos irlandeses de Aengus mac Og, estava intimamente associado aos deuses da fertilidade e dos ritmos de vidamorte-ressurreição (Dioniso, Thamuz / Dumuzi, Osíris, etc), pelo que é bastante notável a sua íntima relação com a Palavra Sagrada maçónica. Um dos seus nomes era “Mabon ap Modron” (Grande Filho da Grande Mãe), da mesma forma que Hiram Abiff, o “deus sacrificado” dos Maçons, era chamado de Filho da Viúva. É possível que esta “Grande Mãe” e “Viúva” fosse uma nova versão da Maria Madalena do NT. É também interessante reparar que tanto o nome de Mabon como o nome da sua mãe, Modron, começam por “M”. Assim, estamos em presença de um M.’.M.’. oculto. E não esquecer o nome “wicca” para o Equinócio de Outrono, Mabon.  Versão de Aleister Crowley: MABN (Mabon): Significado: MA (mãe) + AB (pai) = BN (filho). O Filho (a Luz) procede do Pai (Phallos) quando este se une à Mãe (Kteis).  Hebreu: MOABON (Moab-On): Significado: «Moab» + «On». Esta palavra é derivada diretamente de duas outras: MOAB, antigo nome de uma região vizinha de Israel, e ON, um conhecido nome do Deus Sol, Shamash ou CHEMOSH, que era venerado pelos Moabitas. Segundo Albert Pike, Moab - On significa “emanação de energia viril”, o que tem lógica tendo em conta que esta Palavra é transmitida ao novo Mestre quando é erguido da sepultura. NUN, que significa “Peixe” (IChThUS?!), e que corresponde ao Escorpião (morte) e à Fénix (ressurreição). Εγειραι και Περιπατει (Egeirai kai Peripatei), que significa “Levanta-te e anda!”, e que foram as palavras ditas por São Pedro ao curar um coxo à porta do templo. A este respeito consultar a Bíblia, Atos 3:1-7. Também a forma grega do nome Hiram (Χειραµ), e a palavra “imperecível” (Απαραβατος)  Hebreu: MAKABI (Maccabi, Maccabee): Significado: Notarikon da expressão “Mai Kamokhah Ba’alim YHWH”, que significa «Quem se assemelha a Ti entre os fortes, ó Deus?» (Êxodo 15:11).
  • 42. 42  Hebreu / Sânscrito: MUAUM: Significado: A palavra do Neófito, usada na A.’.A.’. (Argenteum Astrum). Esta palavra é uma modificação da Palavra ou Som Primordial dos hindus, AUM ou OM,  Persa: MATHRA (Mathrem, Mathra Spenta): Significado: «Palavra» ou «Palavra Sagrada». Provavelmente escrito como MThRA ou MThRM. Esta palavra está intimamente relacionada com o termo sânscrito MANTRA, que designa uma palavra ou frase sagrada que se acredita possuir poderes mágicos, ou ser uma ferramenta útil para atingir outros estados de consciência. MAHRASPAND, ou MATHRA SPENTA (“Palavra Sagrada”), é o nome do 29° dia nos meses do Calendário Zoroastriano Fasli, dia esse que está associado aos textos sagrados que conduzem a alma à Perfeição. Considera-se que o dia Mahraspand é regido pelo Amesha Spenta (Imortal beneficiente) chamado Spenta Armaiti, ou “Devoção Beneficiente”, que preside sobre a Terra. MATHRA ou MATHREM é também considerada uma palavra sagrada por alguns Rosa+Cruzes, à semelhança da palavra M.’. dos Mestres Maçons. Mathrem especialmente é vista como uma espécie de Tetragrama Sagrado (MaThReM como um reflexo de INRI e IHVH). Maçonaria operativa A origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas, ou seja associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção de castelos, muralhas etc. Na Idade Média o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe do povo. Sendo esta a única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder suas regalias o segredo deveria ser guardado com bastante zelo. Após o declínio do Império Romano, os nobres romanos afastaram-se das antigas cidades e levaram consigo camponeses para proteção mútua para se proteger dos bárbaros. Dando início ao sistema de produção baseado na contratação servil Nobre-Povo (Feudalismo) Ao se fixar em novas terras, Os nobres necessitavam de castelos para sua habitação e fortificações para proteger o feudo. Como a arte de construção não era
  • 43. 43 nobre, deveria advir do povo, e como as atividades agropecuária e de construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classe surgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas romanas e gregas de construção civil. Outras companhias se formaram: artesão, ferreiro, marceneiros, tecelões enfim, toda a necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas limitava- se no entanto às fronteiras do feudo. Já as guildas dos pedreiros necessitavam mover-se para a construção das estradas e das novas fortificações dos Templários. Os demais membros do povo não tinham o direito de ir e vir, direito este que hoje temos e nos é tão cabal. Os segredos da construção eram guardados com incomensuável zelo, visto que, se caísse em domínio público às regalias concedidas à categoria, cessariam. Também não havia interesse em popularizar a profissão de pedreiro, uma vez que o sistema feudal exigia a atividade agropecuária dos vassalos A Igreja Católica Apostólica Romana encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso. Torna-se uma importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da proliferação dos mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior dos feudos, a igreja detém o poder político, econômico, cultural e científico da época. Maçonaria especulativa A Maçonaria Especulativa corresponde a segunda fase, que utiliza os moldes de organização dos maçons operativos juntamente com ingredientes fundamentais como o pensamento iluminista, ruptura com a Igreja Romana e a reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular. Com o passar do tempo as construções tornavam-se mais raras. O feudalismo declinou dando lugar ao mercantilismo. Com consequência o enfraquecimento da igreja romana. Havendo uma ruptura da unidade cristã advindas da reforma protestante.
  • 44. 44 Superada a tragédia da peste negra que dizimou a população mundial, particularmente da Europa, teve ínicio o Iluminismo no século XVIII, que enfatizou a razão e a ciência para explicar o Universo, em contraposição à fé. A Inglaterra surge como o berço da maçonaria especulativa regular durante a reconstrução da cidade após um incêndio de grandes propoções em sua capital Londres em setembro de 1666 que contou com muitos pedreiros para reconstruir a cidade nos moldes medievais. Para se manter foram aceitas outras classes de artífices e essas pessoas formaram paulatinamente agremiações que mantinham os costumes dos pedreiros nas suas reuniões, o que diz respeito ao reconhecimento dos seus membros por intermédio dos sinais característicos da agremiação. Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções não eram mais guardados a sete chaves, eram estudados publicamente.Todavia o método de associação era interessante, o método de reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo que surgiu posteriomente. Em vez de erguer edifícios físicos, catedrais ou estradas, o objetivo era outro: erguer o edifício social ideal. Guilda As guildas, corporações artesanais ou corporações de ofício, eram associações de artesãos de um mesmo ramo, isto é, pessoas que desenvolviam a mesma atividade profissional que procuravam garantir os interesses de classe. Ocorreram na Europa, durante a Idade Média e mesmo após. Obs.: Cada cidade tinha sua própria corporação de ofício. Essas corporações tinham como finalidade proteger seus integrantes. História As primeiras guildas surgiram para direito do trabalhador (o mais antigo testemunho das guildas chegado a nós data de 779 d. C., mas as fontes não conseguem confirmar o local onde surgiram). Apesar de a maioria das guildas
  • 45. 45 limitar-se às fronteiras da cidade ou comuna, algumas formaram-se sobre espaço geográfico amplo, por vezes uma nação inteira. Também havia as associações de mercadores, ou hansas, que monopolizavam determinados trechos de comércio. O segredo industrial era parte importante da instituição das guildas. A passagem para o grau de mestre normalmente acontecia com a revelação destes segredos. Hierarquia nas guildas Aprendizes: Os aprendizes iniciavam seu treino ainda na infância, quando passavam para a tutela de um mestre; com o tempo e longo aprendizado, podiam chegar a mestres também, se fossem aprovados num exame da corporação (a obra- prima). Normalmente os aprendizes eram filhos ou parentes do mestre. Eles trabalhavam recebendo, em troca, comida, moradia, etc. Mestres: Os mestres eram os donos das oficinas, devidamente licenciados como sábios na atividade. Artesãos: Os artesãos eram trabalhadores pagos que embora terminado o seu aprendizado, não possuiam oficinas próprias. Jornaleiros: Pessoas que trabalham temporariamente nas oficinas para ganharem gorjetas. Estrutura e objetivos da Maçonaria A maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do pais em que cada maçom vive e trabalha. Os princípios Maçónicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçon. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas. Induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da Humanidade. E é por isso que os maçons jamais participarão de conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos.
  • 46. 46 Para um maçom as suas obrigações como cidadão e pai de uma família, devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto, não dará nenhuma proteção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da sociedade. Em função disso, os objetivos perseguidos pela maçonaria são:  Ajudar os homens a reforçarem o seu caráter,  Melhorar sua bagagem moral e espiritual e  Aumentar seus horizontes culturais. A maçonaria universal utiliza o sistema de graus para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação a cada grau e os ensinamentos são transmitidos através de representações e símbolos. Obediências Maçônicas A Maçonaria Simbólica, aquela que reúne os três primeiros graus, se divide em Obediências Maçônicas designadas de Grande Loja, Grande Oriente ou Ordem, que são unidades administrativas diferentes, que agrupam diversas Lojas, mas que propagam os mesmos ideais. Além da Maçonaria Simbólica, e conforme o rito praticado, existem os Altos Graus, que se subordinam a outras entidades, sendo comum que os Supremos Conselhos mantenham relações de reconhecimento entre si, bem como celebrem tratados com os corpos da Maçonaria Simbólica. Lojas Maçônicas Cada Loja Maçónica é composta pelo  Venerável Mestre (ou Presidente), que preside e orienta as sessões.  Primeiro Vigilante, que conduz os trabalhos e trata da organização e disciplina em geral  Segundo Vigilante, que instrui os aprendizes.
  • 47. 47  Orador, que sumariza os trabalhos e reúne as conclusões é coadjuvado pelo Secretário  Secretário, que redige as atas e trata da sua conservação e é responsável pelas relações administrativas.  Mestre de Cerimônias, que introduz os irmãos na loja e conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação,  Tesoureiro, que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira.  Guarda do Templo (que alguns Ritos e lojas é só externo noutros é externo e interno e ainda noutros ambos são ocupados por irmãos diferentes) e que vela pela entrada do Templo são outros oficiais igualmente importantes. Os cargos do Venerável Mestre ao Segundo Vigilante são chamados as luzes da oficina, os demais cargos são chamados de oficiais. Ritos Maçônicos De entre os principais, praticados no Brasil, destacam-se:  Rito Escocês Antigo e Aceito; mais praticado no Brasil  Rito Brasileiro; criado em 1904 pelo General Lauro Sodré  Rito de York; mais praticado no Mundo - Origem Inglesa  Rito Schröder; Origem Alemã  Rito Moderno;  Rito Adonhiramita;  Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm;
  • 48. 48 No mundo, já existiram mais de duzentos ritos, e pouco mais de cinquenta são praticados atualmente. Os mais utilizados são o Rito de York, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno na Europa). Juntos, estes três ritos detém como seus praticantes mais de 99% dos maçons especulativos. RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO Derivou-se do rito de heredon. Em 1º de maio de 1786 foram fixadas as regras e seus fundamentos, composto até hoje de 33 graus. Atualmente é o rito mais difundido nos países latinos. A origem do rito escocês antigo e aceito está diretamente ligada as cruzadas. Devia fazer-se sentir, não só entre os artífices, mas ainda entre os nobres que também conheceram na palestina, formas de associações novas e, uma vez de volta a europa constituíram ordens, semelhantes às do oriente, nas quais admitiram logo outros iniciados. É assim que em 1196, fundou-se na escócia a "ordem dos cavaleiros do oriente", cujos membros tinham como ornamento uma cruz entrelaçada por quatro rosas. Dizem que essa ordem trazida da terra senta, pelo ano de 1188 da era cristã, da qual o rei eduardo i da inglaterra. O rito escocês antigo e aceito resolveu definitivamente o problema que tinha por objetivo conservar na maçonaria os ensinamentos filosóficos que, há séculos, se agruparam em torno do pensamento primitivo e simples, em que a maçonaria está estabelecida. Cada iniciação evoca a lembrança de uma religião, de uma escola, ou de alguma instituição da antigüidade. Estão em primeiro lugar as doutrinas judaicas. Vêem em seguida os ensinamentos baseados no cristianismo e representados, sobretudo pelos rosa-cruz, esses audazes naturalistas que foram os pais do método de observação e procura da verdade, de onde saiu a ciência moderna. Portanto, as iniciações do escocismo reportam-se aos templários, esses cavaleiros hospitalares e filósofos nos quais os maçons dos altos graus glorificam a liberdade do pensamento corajosamente praticada numa época de terrorismo sacerdotal. O RITO BRASILEIRO
  • 49. 49 Alguns estudiosos falam de sua instalação em 1864 no estado de pernambuco, com o nome de maçonaria especial do rito brasileiro. Oficialmente tem-se a data de 23 de dezembro de 1944 como de sua criação, através do decreto Nº 500 do soberano grão-mestre lauro sodré. Dos diversos ritos praticados pela maçonaria regular, em todos os recantos da terra, o rito brasileiro é um deles. O rito brasileiro há muito tempo é regular, legal e legítimo. Acata os landmarks e os demais princípios tradicionais da maçonaria, podendo ser praticado em qualquer país. Teria sido o embrião do rito brasileiro o apelo feito por um irmão lusitano, um cavaleiro rosa cruz, no ano de 1864, dirigido aos orientes lusitano e brasil, no sentido de que fosse criado um rito novo e independente, mantendo os três graus simbólicos, de acordo com a tradição maçônica, comum a todos os ritos e, os demais, altos graus, fossem diferenciados com características nacionais. Em 1878, em recife surgiu a constituição da maçonaria do especial rito brasileiro com aval de 838 obreiros, presidido pelo comerciante josé firmo xavier, para as casas do circulo do grande oriente de pernambuco; esta constituição era maçonicamente totalmente irregular, pois a mesma além de se assentar sob os auspícios de sua majestade imperial dom pedro ii, imperador do brasil, da família imperial e sua santidade sumo pontífice o papa, nela estava incluído vários preceitos negativos, como por exemplo: a admissão somente de brasileiros natos, e em seu artigo quarto afirmava que uma das finalidades do rito era defender a religião católica e sustentar a monarquia brasileira. Evidentemente o rito não prosperou, pois era irregular. Atualmente o rito brasileiro é uma realidade vitoriosa. Possui organização e doutrina bem estruturada, que muito se diferencia da organização e doutrina incipientemente propostas ao longo de sua história. Solidamente constituído é praticado por mais de 150 oficinas simbólicas distribuídas por quase todas as unidades da federação RITO DE YORK
  • 50. 50 Acredita-se ter sido criado por volta de 1743. Foi levado à inglaterra por volta de 1777. Inicialmente foi composto de quatro graus, hoje possui 13 e atualmente é o rito mais difundido no mundo. Até 1744 possuía apenas os três graus simbólicos, quando foram introduzidos vários graus filosóficos. Em 1813 reestruturou-se o rito com 03 graus simbólicos mais um grau filosófico o royal arch. A data dessa unificação foi 27 de dezembro de 1813, dia de são joão evangelista. No brasil dizemos rito de york ao sistema maçônico que segue estritamente as práticas inglesas, de um modo particular observando-se as cerimônias tradicionais que recebem o nome geral de emulation working ("trabalhos de emulação"). Emulação é o sentimento que nos estimula a superar algo, a sermos perfeitos. Em 1813, ao se unirem antigos e modernos, na solene afirmativa do act of union foi dito, e até hoje é mantido como declaração preliminar no livro das constituições da grande loja unida da inglaterra, que "a pura e antiga maçonaria consiste de três graus e não mais, a saber, os de aprendiz registrado, companheiro do ofício e mestre maçom, incluindo a suprema ordem do santo real arco”. Fica desse modo bastante claro que, conforme os princípios ingleses (ou pelo menos da grande loja unida), embora a complexa existência de círculos ou ordens além do grau três, tais manifestações não são consideradas como puras, nem o arco real é tido como um grau extra, mas sim uma ordem incluída nos três graus a que se reduz a dita pura antiga maçonaria. Paradigma estranho aos brasileiros, à medida que estamos acostumados às diversas escalas da carreira maçônica ou graus, assim, por exemplo, os prestigiosos 33 graus do rito escocês antigo e aceito (reaa). RITO SCHRÖEDER: Criado por frederick louis schoröeder, em 1766 na alemanha, com a idéia de a maçonaria conter apenas as suas características fundamentais iniciais, sem nenhum acréscimo. Estudou muito as origens maçônicas para compor este rito. Os rituais de schröder foram aprovados em 1801 pela assembléia dos veneráveis mestres da grande loja de hamburgo, alemanha, sendo praticados por
  • 51. 51 alemães e seus descendentes em diversos países. No brasil, com a colonização germânica no rio grande do sul e em santa catarina, o rito estabeleceu-se inicialmente no idioma alemão. Mais tarde foi traduzido para o português e hoje é reconhecido pelas grandes lojas estaduais-cmsb, pelo g. O. B. E pelos grandes orientes estaduais independentes - comab. O ir schröder entendia a maçonaria como uma união de virtudes e não, uma sociedade esotérica. Por isso, enfatizou no seu ritual o ensinamento dos valores morais e a difusão do puro espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal. Preservando a importância dos símbolos e resgatando o princípio que afirma ser "a verdadeira maçonaria a dos três graus de são joão". Pelo seu trabalho e exemplo, o ir schröder é venerado e respeitado hoje, como no passado, sendo homenageado pelas antigas lojas alemãs e por lojas e irmãos de todo o mundo. O rito schröder apresentou expressivo crescimento a partir de 1995, quando havia cerca de 14 lojas no brasil.por utilizar um templo simples, com poucos paramentos e cargos, torna-se muito mais fácil "trabalhar" em uma oficina schröder. Tudo isso contribui para aumentar o número de oficinas que adotam o rito. Atento a este movimento, o g. O. B. Criou em 1999 o cargo de grande secretário geral de orientação ritualística-adjunto para o rito schröder, não por acaso, ocupado por um dos integrantes do colégio de estudos. Alguns aspectos principais chamam a atenção de todos os irmãos que entram em contato com o rito: a simplicidade da liturgia, que em nada diminui sua beleza e profundidade; as palavras amáveis do v.m. Ao iniciando e aos irmãos; a valorização das qualidades morais do homem; o estímulo ao autoconhecimento. RITO FRANCÊS OU MODERNO A história deste rito se inicia em 1774, com a nomeação de uma comissão para se reduzir os graus, deixando apenas os simbólicos. No princípio houve uma forte oposição, então a comissão decidiu deixar quatro dos principais graus filosóficos. Com o decorrer do tempo, lojas adotaram o rito e hoje em dia é muito praticado na frança e nos países, que estiveram sob sua influência.
  • 52. 52 O rito, embora criado sob moldes racionais, seguia a orientação dos demais, em matéria doutrinária e filosófica, baseada, entretanto, na primitiva constituição de anderson, com tinturas deístas, mas largamente tolerante, no que concerne à religião. Em 1815, ocorreria a regressão dogmática, que tanto influiria nos destinos da maçonaria francesa: a grande loja unida da inglaterra, que surgira em 1813, da fusão da grande loja dos "modernos" (de 1717) e a dos autodenominados "antigos", de 1751, alterava a primitiva constituição de anderson, tornando-a absolutamente dogmática e impositiva. Ou seja: ao liberalismo e à tolerância da original compilação de anderson, foram sobrepostos os teísmo pessoal, o dogmatismo e a imposição, incompatíveis com a liberdade de pensamento e de consciência. Apesar disso, quando o grande oriente promulgou, em 1839, seus primeiros "estatutos e regulamentos gerais da ordem", estes conservavam o melhor da tradição da maçonaria dos aceitos, dentro do espírito da original constituição de anderson, de 1723. Em 1872, depois de estudos iniciados em 1867, o grande oriente da bélgica suprimia, de seus rituais, a invocação do gadu. Essa resolução aboliu a invocação, mas não a fórmula do gadu, como freqüentemente se afirma. Era a tolerância, elevada ao máximo, que motivava o grande oriente a rejeitar qualquer afirmação dogmática, na concretização do respeito à liberdade de consciência e ao livre arbítrio de todos os maçons. O grande oriente e a grande loja da frança, porém, doutrinariamente, continuam a manter a fidelidade àqueles antigos usos, relativos ao respeito à liberdade absoluta de consciência. A maçonaria francesa, tendo muitos aristocratas em seus quadros, embora seu maior contingente fosse da burguesia, que faria a revolta, ao implantar o uso de espadas em loja, pretendia mostrar que ali todos eram iguais, não havendo nobres ou plebeus, ricos ou pobres, ficando, as ainda inevitáveis diferenças sociais e econômicas para lá do limite dos templos.