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2015 Edição Do Autor
Editor: Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico
Produção, Revisão e Capa: Enart
Direitos Autorais: Professor Radamés, transferidos legalmente para
o IBEMAC
______________________________________________________
______________________
Ficha Catalográfica
Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico.
Curso de Místico Rosacruz- SRIA/BR/ IBEMAC/SP, Ed.2013
1.Rosacruz. 2. Ritual. 3. Alchimicus. 4. Grau Onze. I-Título
______________________________________________________
_____________________
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra de qualquer forma
ou de qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de pro-
cessos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permis-
são do Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico, na pessoa do seu edi-
tor (Lei 9.610, de 19-2-98) Todos os direitos desta edição, em língua
portuguesa, reservados pelo Editor. Proibida a tradução sem autori-
zação.
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Introdução - *Atenção! Leia, é de grande importância para você.
A intenção do IBEMAC (Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico) é divulgar
a doutrina dos Rosacruzes principalmente aos não-iniciados, possibilitando
desta forma, que um grande número de pessoas, ainda que não ligados direta-
mente a Ordem Rosacruz, possam conhecer um pouco dos nossos estudos, sem
contudo adentrar aos segredos desta Ordem Secular.
Seguindo este raciocínio, o IBEMAC preparou o “Curso Místico da Rosa-
cruz”, dividido em cinco estágios ou ciclos, que correspondem aos “onze graus
acadêmicos” para o estudo da filosofia Rosacruz.
Os ensinamentos rosacruzes deste curso são baseados nas apostilas de
estudos da Societatis Rosacrucis in Anglia para o Brasil, traduzidas do inglês
para o português e adaptadas para o estudante brasileiro. O IBEMAC é o único
Instituto no Brasil autorizado a divulgar – com exclusividade - esse material im-
presso ou no formato Arquivo PDF.
Ao final de cada uma das lições encontra-se um questionário o qual de-
verá ser respondido e enviado para o IBEMAC para fins de correção e nota;
somente receberá o Certificado de Aprovação e o selo de “apto para o próximo
grau” o aluno que responder as questões e obtiver nota mínima 5,0 (cinco).
Juntamente com as apostilas do curso, ao final de cada grau, o aluno receberá
uma folha avulsa contendo todas as questões, poderá responder nessa folha e
enviá-la para a Caixa Postal do IBEMAC neste endereço: IBEMAC - Caixa Pos-
tal nº 51 Cep 15150-970 Monte Aprazível/SP. A folha de exame corrigida será
devolvida para o candidato com a nota final obtida e o carimbo de aprovado.
Os alunos que optaram pelo curso na modalidade “Arquivo PDF” deverão
fazer uma cópia da folha de questões respondida e enviá-la via e-mail para se-
cretaria@ibemac.com.br
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Preste atenção durante a leitura da lição pois as frases que foram utiliza-
das para formar o questionário estão todas no texto. Ao terminar o Curso Rosa-
cruz o aluno que obtiver nota mínima de 5,0 (cinco) em cada um dos graus, com
média final 5,0 (cinco) será indicado, caso seja de sua vontade, para uma das
Lojas Maçônicas filiadas ao IBEMAC e poderá tornar-se um Aprendiz Maçom,
caso preencha os requisitos básicos para ingresso na Maçonaria.
As Lojas maçônicas filiadas ao IBEMAC todas trabalham com os concei-
tos de maçonaria aliado aos conceitos rosacruzes da Societatis Rosacrucis In
Anglia.
Todo acadêmico regularmente matriculado no IBEMAC pertence a “LOJA
ROSACRUZ JOIA DO NILO” fundada pelos Mestres Rosacruzes do Instituto
Brasileiro de Estudos Maçônico, com a finalidade de atender as necessidades
dos alunos e dirimir as dúvidas que naturalmente surgem durante o período de
estudos.
O Mestre da sua classe sempre atenderá às suas solicitações e durante
o curso manterá contato para orientá-lo da melhor forma possível para a conclu-
são dos estudos. Ele também será o seu padrinho para um futuro e possível
ingresso na Maçonaria ou na SRIA – Societatis Rosacrucis In Anglia para o Bra-
sil.
Todo aluno regularmente matriculado no IBEMAC está autorizado a
se identificar como ROSACRUZ do ramo SRIA - Societatis Rosacrucis In
Anglia para o Brasil, podendo assim se apresentar perante reuniões de tra-
balho, místicas, religiosas, políticas, sociais e outras. Convém que o aluno
informe ao IBEMAC que irá participar de tais reuniões ou que delas já tenha
participado. O aluno faz a sua identificação com a apresentação da sua
Credencial de Rosacruz (Carteira de Estudante) e do Certificado de Conclu-
são do Grau.
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SOCIETATIS ROSACRUCIS IN ANGLIA (SRIA)
Quinto Ciclo
GRAU ONZE (alchimicus)
I ° Zelador : Este é o primeiro ano da Sociedade, onde o aspirante é
recebido em uma cerimônia mais impressionante e colorido e onde
ele é exortado a iniciar a sua busca da verdadeira sabedoria. Todos
os negócios do Colégio são transacionado neste grau.
II ° Theoricus : Como sugere o título, o ritual de admissão é preocu-
pado com os aspectos teóricos da divindade em todas as suas for-
mas. Esta série incorpora uma palestra erudita na cor.
III ° Praticus : O estudo e ritual desta classe tem referência especial
à faceta espiritual da antiga arte da alquimia. A prática da telepatia,
vibroturgia, reconhecimento da aura humana, cura metafísica e sons
místicos (mantras), bem como a preparação para o desdobramento
da consciência ou projeção astral, construção do Sanctum do Lar e
ingresso no Sanctum Celestial é o trabalho que espera o Praticus
nesta apostila e nas próximas do Segundo Ciclo
IV° Philosophus: Neste grau o acadêmico rosacruz terá um encontro
muito especial com os antigos e atuais filósofos e seus raciocínios
que marcaram a humanidade. Aprenderá as formas corretas e cien-
tíficas do raciocínio humano. Terá seu primeiro contato com a mon-
tagem física do seu Sanctum do Lar. Conhecerá as lendas que os
rosacruzes preservam até os dias de hoje.
V° Adeptus Minor: Nesta apostila estudaremos os significados dos
termos esotérico e exotérico e identificaremos a sua utilização correta
dentro do roscacrucianismo; veremos a formação das ondas de pen-
samento predominante e aprenderemos a identificar como e quais
são os nossos pensamentos e quais são aqueles que nos chegam
de fontes externas, ou seja de outras pessoas; aprenderemos a men-
talizar o ingresso no Sanctum Celestial e faremos a nossa primeira
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reunião nessa local sagrado. Aprendermos mais um sinal da cruz,
desta vez a cruz rosacruz feita para o ambiente.
VIº - Adeptus Major: Nesta apostila estudaremos a vida dos grandes
filósofos esotéricos, homens e mulheres que com sua atividade mu-
daram o mundo no qual vivemos. O adeptus major deve conhecer a
fundo esses personagens a ponto de ser inspirado por eles e ao
ponto de poder difundir aos profanos essas biografias de forma a in-
centivar que cada vez mais um maior número de pessoas seja inspi-
rado por esses personagens de modo que possamos manter acesa
a chama que aquelas almas trouxeram para este mundo. Esses gran-
des personagens pertencem a Egrégora da Rosacruz e podem ser
acessados quando o frater ou a soror entram em meditação e se di-
rigiem ao Sanctum Celestial.
VII° - Adeptus Exemptus: Deste ponto em diante o aluno Rosacruz
está em direção ao magistério ou seja “em tornar-se um mago” um
verdadeiro mestre. Para isso deverá estudar e compreender a divisão
do mundo em que vivemos, passando a entender que existem no
mínimo dois mundos: o visível e o invisível. Enquanto o mundo físico
é o mundo do efeito o mundo invisível é o das causas. O homem
transita nesses dois mundos mas a maioria apenas enxerga e sente
o mundo físico, sendo cedo para o invisível. Estudará a região quí-
mica do mundo físico
1 - Mundo de Deus.
2 - Mundo dos Espíritos Virginais.
3 - Mundo do Espírito Divino.
4 - Mundo do Espírito de Vida.
5 - Mundo do Pensamento.
6 - Mundo do Desejo.
7 - Mundo Físico.
O aluno também terá acesso aos diagramas com as explicações e
demonstrações sobre os dois mundos, suas divisões, as importân-
cias de cada uma das divisões e a finalidade de cada uma delas para
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o homem e principalmente para o Rosacruz. Ao final do vasto estudo
será convidado a praticar um exercício excepcional que irá abrir a
sua mente para a clarividência, possibilitando que o outro mundo se
descortine diante dos seus olhos.
VIII° - Magister - Neste estudo o aluno irá se deparar com temas
totalmente desconhecidos para ele e será necessário que dedique
muitas horas de estudos para bem compreender o ensinamento. Te-
mas como “cordão de prata” e suas implicações com a vida e a morte,
bem como a mumificação e cremação; “Purgatório” é um outro tema
de extremo interesse para todos os estudantes de ocultismo pois de-
monstra a existência desse estado e o porquê de termos que passar
por ele: a divisão do homem em “sete corpos” e qual a finalidade de
cada um deles e quando surgem; temas como “lemuria” e “atlântida”
tratamos de forma direta e objetiva realmente impressionam ao estu-
dante. O Grau 8 é de média para grande dificuldade para a maioria
dos estudantes, podemos afirmar que mais de 50% dos alunos não
conseguem transpor essa barreira e isso por vários motivos, princi-
palmente pela dificuldade em entender os temas abordados. Damos
a chave para que o aluno realmente esforçado avance: deixe de lado
os pre-conceitos ou preconceitos sobre tudo o que já ouvir falar ou
leu sobre esses temas; limpe a sua mente para que algo de novo e
de bom possa nela entrar e fazer morada. Dessa forma você vencerá
essa barreira e chegará ao Grau Nove. Espero você por lá. O Mestre
da Sua Classe.
IX° - Neste grau o aluno estudará a evolução dos planetas, enten-
derá como surgiu nosso planeta Terra e as diversas fases que a hu-
manidade passou até chegar ao presente estágio, estudará a forma-
ção da raça humana, sobre a geração hiperbórea, sobre os gigantes
que habitavam a face da terra e muito mais.
X° - Illuminati – É neste grau que o estudante Rosacruz toma consci-
ência definitiva sobre as sociedades secretas que dominam o mundo;
maçonaria, templários, skull and bondes, sociedade tule, sociedade
vril e outras. Aqui são explicados os processos de formação que es-
sas associações utilizam e os meios que empregam para o domínio
da humanidade. É neste grau que o estudante rosacruz recebe as
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chaves para a liberação da sua mente de uma vez por todas, reco-
nhecendo e se libertando do domínio dessas sociedades secretas
pelo simples fato de entende como o mecanismo de dominação delas
funciona. O estudante também será preparado para aceitar ou não
um convite vindo dessas sociedades principalmente dos Illuminati e
no caso de aceitar saberá como utilizar o sistema ao seu favor ao
invés de ser utilizado como mais uma peça no tabuleiro de xadrez.
XIº - Este é o último grau para o estudante Rosacruz. Ele equivale e
supera o Grau XIIº de outras escolas rosacruzes e adentra em al-
guns segredos da Golden Dawn e em uma boa parte do Grau 33º. da
Maçonaria. Neste grau o acadêmico terá contato com as forças da
alquimia e poderá ao final, tornar-se um “alchimicus” (alquimista) ou
não, dependendo da intenção e do preparo e da dedicação de cada
um. Ao terminar este grau o aluno estará apto a prosseguir nos estu-
dos, desta vez com as “iniciações rosacruzes” que é um capítulo à
parte deste curso somente revelada para aqueles que atingem este
grau. As iniciações conferem o título de Grau 12 (artesão) ao estu-
dante que participar do curso; geralmente leva-se cerca de 12 (doze)
meses para concluir o grau 12. O seu Orientador poderá fornecer
maiores detalhes sobre as iniciações.
Nesta Décima Primeira Apostila Geral que é a Única do
Quinto Ciclo você estudará as teorias e práticas do Grau
11º. Alchimicus.
Princípios Essenciais
Nesta apostila que é o Quinto Ciclo dos Ensinamentos Rosacruzes,
Grau 11 chamado de “Grau do Alquimista” o aluno tomará conheci-
mento sobre assuntos os quais a maioria das pessoas encara como
“tabus religiosos ou sociais”, por isso não é permitido divulgar o con-
teúdo desta apostila para “profanos” uma vez que não compreendem
que este estudo é parte de um curso e que o aluno foi devidamente
preparado desde o grau um e que praticou exercícios ritualísticos.
Compreenderá as principais práticas dos alquimistas, conhecerá a
quinta-essência, terá contato e experiência com a energia sexual e
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outras experiências químicas principalmente da transmutação dos
elementos.
Abaixo estão os princípios essenciais dessa Monografia. Releia-os
durante a próxima semana para mantê-los em sua memória.
O aluno terá contato com os seguintes temas:
1. Definição de Alquimia
2. Os três princípios da alquimia
3. A origem da alquimia no mundo
4. Tábua das Esmeraldas
5. Coisa Sútil e Coisa Sólida
6. Enxofre, Mercúrio e Arsênico
7. Os Quatro Elementos
8. O Quinto Elemento
9. Verdadeira Rota da Alquimia
10. Verdadeiro Mercúrio
11. Os símbolos alquímicos
12. Controlando a energia sexual
13. A cura à distância
14. Reunião Psíquica.
Todos esses temas foram ocultados em nossa página no “conteúdo
do curso” justamente para evitar uma propaganda demasiada forte
sobre o assunto e consequentemente atrair um grande número de
“curiosos” que nada somam com o nosso movimento e querem ape-
nas especular sobre aquilo que podemos oferecer.
Os assuntos são muito amplos e abrangentes, por isso tivemos o cui-
dado para sermos o mais objeto possível ao abordar cada um dos
temas. O aluno é livre para buscar em outras fontes a complementa-
ção desses temas, tanto em bons livros quanto através de consultas
no google, a maior fonte de informação (nem sempre segura) que
temos nos dias de hoje.
CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA)
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Outra diferença neste Grau é que o aluno observará que a folha de
questões não tem mais perguntas e respostas no formato assertiva
(marque um X), mas sim no formato descritivo, ou seja, agora o aca-
dêmico é chamado a dar as respostas com as suas palavras demons-
trando aquilo que aprendeu com o estudo do conteúdo do curso. Para
facilitarmos o estudo e resposta das questões fizemos uma marcação
em cada texto utilizado para formular uma pergunta, basta que o
aluno preste atenção na marcação, o texto estará marcado em cor
amarela em toda a sua extensão.
O Aluno receberá um Dicionário de Alquimia em Português que
o auxiliará para entender os termos que são utilizados nesta matéria.
Palavras Iniciais
Mensagem de Perseverança diária e constante
A paciência é um grande teste, e uma das ferramentas favo-
ritas pelas quais o Universo tenta a sua devoção nas chamas da
prática espiritual. Lembre-se de sempre perseverar se você não vir
progresso no início. Não é dado a todos nós avançarmos rapida-
mente, mas com paciência e prática consistente, todos podem
avançar.
Formas	de	Identificação:	Relembre	e	
pratique.	
PAZ PROFUNDA: Esse antigo cumprimento dos rosacruzes é
utilizado ainda hoje no mundo todo pela maioria dos segmentos
da Rosacruz. Dessa forma o estudante poderá se identificar
com outro rosacruz, basta mencionar “Paz Profunda”, essa
forma de identificação é utilizada antes ou logo após o cumpri-
mento normal de cordialidade: bom dia, boa tarde ou boa noite.
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Dentro da Linguagem própria dos Rosacruzes, encontramos
dois termos que são muito utilizados, são eles: Frater – identi-
fica o irmão da rosacruz; Soror – identifica a irmã na rosacruz.
Nas Cartas e nos e-mails, os rosacruzes sempre começam
saudando aos irmãos da seguinte forma: “Saudações nas Três
Pontas do Sagrado Triângulo” e ao final, no encerramento do
documento: “votos de Paz Profunda”.
Salutem Punctis Trianguli – é a saudação Rosacruz mais utili-
zada nas correspondências. Em português ela poderá ser
substituída pela frase Saudações nas Três Pontas do Sagrado
Triângulo.
O Philosuphus se identifica acrescentando em sua assinatura
o símbolo alfa “α “a primeira letra do alfabeto grego que se as-
semelha a nossa letra “a”. Os gregos utilizavam a expressão
“do alfha ao ômega” ( Ω ) para simbolizar o início e o fim de
todas as coisas.
O Adeptus Minor se identifica acrescentando em sua assinatura
as letras Fr. A.M. (Frater Adeptus Minor) ou Sr.A.M. (Soror
Adeptus Minor)
O Adeptus Major se identifica acrescentando em sua assina-
tura as letras Fr. A. M+ (Frater Adeptus Major) ou Sr. A.M+ (So-
ror Adeptus Major), note que acrescentou o sinal de + ao nome
sem que no anterior “Adeptus Minor” não haja necessidade da
utilização do sinal (-).
No terceiro ciclo, o rosacruz se identifica acrescentando em sua
assinatura as letras Fr. A. (7) ou (8) ou (9) conforme o grau que
esteja cursando. A saudação Paz Profunda é trocada entre os
rosacruzes quando se encontram e assim que se dão aos mãos
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e caso não haja o toque de mão a saudação e mencionada le-
vantando-se a mão direita na altura do ombro com a palma
aberta e os dedos esticados apontados para o céu.
No Grau 10 de Illuminati o rosacruz se identifica levantando a
mão direita somente dedo indicador levantado formando a letra
“I” (i) e a mão esquerda para cima somente o polegar e o indi-
cador abertos apontados um para o lado e o outro para cima
formando a letra “L” (l) sendo ambas as letras “i” e “l” as iniciais
de “Illuminati”. Em suas correspondências colocará a frente do
seu nome a letra Fr com três pontinhos invertidos, formando
um triângulo com o vértice para baixo (‘.’)
No Grau 11 de Alchimicus o rosacruz fará a sua identificação
através do formato do “oruborus” ou “oroborus”, este sinal é
feito juntando-se os dedos polegar e indicador da mão direita
com os dedos polegar e indicador formando um círculo. Outra
forma de identificação é demonstrar com as mãos cada um dos
quatro elementos, esse ensinamento está no texto que o aluno
receber agora.
Saudações do Mestre Incógnito da sua Classe
Nós, da Societatis Rosacrucis in Anglia (SRIA), divulgado atra-
vés do convênio com o Instituto Brasileiro de Estudos Maçôni-
cos os recebemos com grande alegria em nossa comunidade.
É nosso desejo sincero que o nosso relacionamento com essa
nova classe aprendizes que se inicia, reflita o verdadeiro espí-
rito de fraternidade e que juntos, com a ajuda do Grande Arqui-
teto do Universo, possamos com tranquilidade estudar e com-
preender os primeiros princípios dos ensinamentos da Rosa-
cruz.
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Começa aqui os ensinamentos do Grau Dez de “ALCHIMI-
CUS”, ele compreende os estudos esotéricos superiores ou
“mistérios maiores” e representa o início e o fim de um ciclo, o
quinto.
Ao final desta apostila o aluno receberá as questões de exame
e desta vez deverá responder por dissertação sobre cada um
dos temas abordados durante este aprendizado.
Antes de iniciar a leitura desta apostila é necessário que o
aluno se submeta ao juramento que está logo abaixo, sem ter
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concluído o juramento o aluno não terá a mente aberta para
compreender os mistérios da alquimia. Qualquer um que tiver
acesso a este estudo, profano ou iniciado, que não tiver jurado
segundo a fórmula antiga, nada conhecerá desses mistérios.
Juramento:
"Eu te faço jurar pelos céus, pela terra, pela luz e pe-
las trevas;
Eu te faço jurar pelo fogo, pelo ar, pela terra e pela
água;
Eu te faço jurar pelo mais alto dos céus, pelas pro-
fundezas da terra
e pelo abismo do tártaro;
Eu te faço jurar por Mercúrio e por Anubis, pelo ru-
gido do dragão Kerkorubos
e pelo latido do cão tricéfalo, Cérbero, guardião do
inferno;
Eu te conjuro pelas três Parcas, pelas três fúrias e
pela espada
a não revelar a pessoa alguma nossas teorias e téc-
nicas"
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Vamos	a	Aula	
Os Três fundamentos que são a base dos objetivos dos alquimistas, ei-
los:
1. Transformar os metais chamados inferiores (principalmente o
mercúrio e o chumbo) em ouro e prata, metais tidos como superi-
ores;
2. Preparar uma panaceia que cure as enfermidades humanas, con-
serve e devolva a juventude e prolongue a vida - a Medicina Uni-
versal ou o Elixir da Longa Vida;
3. Conseguir a transformação espiritual do alquimista, de homem ca-
ído em criatura perfeita.
Parte Um – Conhecimento Específico sobre alquimia.
A palavra alquimia, Al-Khemy, vem do árabe e quer dizer "a química".
A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida é na reali-
dade coisa minúscula diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a
busca do entendimento da natureza, a busca da sabedoria, dos grandes co-
nhecimentos e o estudante de alquimia é um andarilho a percorrer as estradas
da vida. O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio que compreende a
simplicidade do nada absoluto. É capaz de realizar coisas que a ciência e tec-
nologias atuais jamais conseguirão, pois a Alquimia está pautada na energia
espiritual e não somente no materialismo e a ciência a muito tempo perdeu
este caminho. A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de
ser aprendida ou descoberta. Podemos levar anos até começarmos a perceber
que nada sabemos, vamos então começar imediatamente pois o prêmio para
os que conseguirem é o mais alto de todos.
Os quatro elementos. O quinto Elemento. A quintessência.
E papel de todo alquimista ter pleno domínio dos cinco elementos.
O número cinco sempre foi representado como místico, magico e
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essencialmente humano. Basta se lembrar que cinco são os senti-
dos, cinco os dedos da mão e do pé, cinco representa o homem
como estrela, com os braços e pernas abertos dentro do penta-
grama. Lorena de Mantheia (O Ocultismo Sem Mistérios) explica
que "O número cinco tira seu simbolismo do fato de ser: por um
lado a soma do primeiro número par e do primeiro número ímpar
(2+3) e, por outro lado, de estar no meio dos nove primeiros núme-
ros". "E ainda o símbolo do homem (braços abertos, o homem pa-
rece disposto em cinco partes em forma de cruz: os dois braços, o
busto, o centro - abrigo do coração - a cabeça, as duas pernas).
Símbolo igualmente do Universo: dois eixos, um vertical, outro hori-
zontal, passando por um mesmo centro." Além disso, cinco são os
elementos: o éter (elemento imaterial), ar, terra, água e fogo (ele-
mentos materiais). O fato de o éter estar acima dos demais elemen-
tos significa que rege os demais, na realização da mágica.
O Pentagrama
Estrela de cinco pontas, formada por cinco linhas num traço único;
na Antiguidade visto também como penetração quíntupla da pri-
meira letra do alfabeto grego, como pentalfa. Em consonância com
o número cinco, inicialmente símbolo da harmonia cósmica. O pen-
tagrama, utilizado pelos pitagóricos como sinal de saúde e de salva-
ção, tornou-se símbolo médico. No exército bizantino o pentalfa
(=pentagrama) sobre os escudos servia como uma espécie de em-
blema de vitória. O pentagrama refere-se aos cinco elementos: éter,
único elemento que e imaterial e serve para harmonizar os outros
quatro, materiais, que são o ar, o fogo, a terra e a água.
Segundo Eliphas Levi, se invertido o pentagrama, o caminho seria
involutivo, em busca do nada, da mentira etc., no qual não se pode
concordar, uma vez que o melhor entendimento para a referida in-
versão e a aceitação dos aspectos "negativos" do ser, sem o qual a
pessoa continua dividida entre uma parte de si "que gosta" e a ou-
tra parte, "que não gosta". O primeiro passo e aceitar esta parte "de
que não gosta". Por outro lado, pelo simples fato de esta parte ter
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sido sempre reprimida, representa um alto poder magico que pode
transformar a vida do mago na ascensão pelo caminho da matéria.
O alquimista e estudante de hermetismo aprenderão que os quatro
elementos são regidos pelo quinto, éter. É o momento de se obser-
var como este se manifesta através dos demais.
Terra
A Terra é um elemento de polaridade feminina, associado a fertili-
dade, à matéria, à origem do homem como espécie e sua ligação
com a natureza. Os signos astrológicos da terra são touro, capricór-
nio e virgem. Como os signos podem ser cardeais (iniciar uma
ação), fixos (estabilizar o que for realizado) e mutáveis (alterar o
que foi estabilizado), Capricórnio e um signo cardeal, voltado para a
ação material; o Touro e um signo fixo, para acumular bens materi-
ais; e Virgem um signo mutável, para alterar o que aprendeu atra-
vés de suas experiências, para aperfeiçoar.
Características:
Ponto Cardeal : Norte
Sinal do Elemento : set
Príncipe Infernal : Belial
Chakra : básico
Clima : seco e frio
Cor : amarelo
Estação : inverno
Lua : lua negra
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Sentido : Tato
Símbolo: Quadrado
Ativa : fome, alegria da vida, prazer espiritual, germinação de idéias
e objetivos, fortalece o trabalho, atrai rendas , energia física e equilí-
brio.
Fogo
O fogo é um elemento de polaridade masculina, de poder transfor-
mador – ele destrói o que está desgastado para dar lugar ao novo.
Também estimula a intuição a percepção
extra-sensorial, a sexualidade, a vitalidade e o senso de liderança.
Na astrologia, os signos são Aries, cardeal, com ação para firmar
sua identidade; Leão, fixo, a fim de manter sua identidade; e Sagitá-
rio, mutável, com o escopo de alterar ideais, a fim de melhor se ex-
pressar socialmente, através de considerações filosóficas, intelectu-
ais e religiosas. A maior característica de fogo é a Intuição. Anna
Maria relata as qualidades desse elemento: "Entusiasmo, alegria,
otimismo, espontaneidade."
Características
Ponto Cardeal : Sul
Sinal do Elemento : thoum-aesh-neith
Príncipe Infernal : Satã
Chakra : Plexo Solar
Clima : Seco e Quente
Cor : Vermelho
Estação : Verão
Lua : Cheia
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Sentido : Visão
Símbolo : Triângulo
Ativa :Aumento de Energia, Agressividade, Bem-Estar físico,
Queima do que não presta.
Água
A água é um elemento de polaridade feminina, associado às muta-
ções, aos sonhos ao inconsciente e as emoções em geral. O signo
cardeal e o câncer, ligado a ação emocional; o signo fixo e o escor-
pião, no sentido de controlar as emoções; o signo mutável, peixes,
que adapta-se as situações, conforme as suas vivências e percep-
ções emocionais ou psíquicas. Sua característica e o Sentimento,
"percebe as coisas por via emocional, sentindo-se logo bem ou mal
nas situações ou com pessoas" (Anna Maria). "Para água só o sen-
timento e real. Subjetivo, íntimo e profundo.
Características
Ponto Cardeal : Oeste
Sinal do Elemento : auromoth
Príncipe Infernal : Leviatã.
Chakra : Umbilical
Clima : úmido e frio
Cor : Prata
Estação : Outono
Lua : Minguante
Sentido : Paladar
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Símbolo : Meia Lua
Ativa : Tomada de decisões , manipulação de emoções, meditação.
Ar
O signo cardeal é libra, regedor da ação social e intelectual; o signo
fixo e aquário, mantenedor das suas ideias; e o signo mutável e gê-
meos, alterador daquilo que prende social ou intelectualmente. A
característica marcante e o Pensamento, "porque elabora coisas in-
telectualmente, raciocina e relaciona-se com coisas e pessoas. E
abstrato." Tem como qualidades a objetividade, capaz de ver o
ponto de vista do outro mesmo quando zangado, por isso sabe lidar
com as decepções de forma filosófica. Boas maneiras, reflexão e
explicações" (Anna Maria).
Características
Ponto Cardeal : Leste
Sinal do Elemento : shu
Príncipe Infernal : Lúcifer.
Chakra : Cardíaco
Clima : úmido e quente
Cor : Azul
Estação : Primavera
Lua : Crescente
Sentido : Olfato
Símbolo : Círculo
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Ativa : Inteligência Clareza de ideias memória .
Os quatro elementos simbolizados pela mão do alquimista.
Abaixo estão as formas de identificação do grau de alquimista
que são feitas com as tomadas de posição com ambas as
mãos, é necessário que você pratique
Para finalizar o estudo, deve-se descrever o sinal de cada ele-
mento. O fogo é representado pelas mãos juntas na testa, com a
palma para fora, formando um triângulo no espaço vazio entre as
junções dos polegares e indicadores. O ar e representado pelas
mãos espalmadas para cima da cabeça, como se fosse Atlas segu-
rando o globo terrestre. A água, pela mesma junção da do fogo, só
que agora o triângulo e apontado para baixo, com as mãos sobre o
plexo solar. Finalmente, a terra, por uma postura similar à da letra
hebraica Aleph , ou seja, a mão direita espalmada para a frente, por
cima da cabeça, a mão esquerda, espalmada para baixo e recuada,
o pé direito situado a frente do corpo e o esquerdo, atrás.
A ARTE HERMÉTICA
A arte hermética da alquimia já nasceu em lenda e mistério. Mais de dois mil
anos antes do início da nossa era, os babilônios e os egípcios, procuravam ob-
ter ouro artificialmente, interessavam-se pela transformação dos metais em
ouro:
"O chumbo transforma-se em ouro..."Procura-se a pedra de ouro...".
Nessa época, a prática da alquimia era realizada sob o mais absoluto dos se-
gredos, pois era considerada como uma ciência oculta. Sob a influência dessas
ciências no Oriente Médio, os alquimistas passaram a atribuir propriedades so-
brenaturais às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números que eram
usados como amuleto, como o 3, o 4 e o 7.
Pretendia-se, na alquimia, a transformação da matéria, e isto leva a sua putre-
fação, a partir da qual se produz o "negrume". Por isso, o símbolo da alquimia,
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é o corvo, ave que aparece fazendo parte de muitos temas herméticos que os
antigos deixaram consignados em seus monumentais edifícios e catedrais. O
negrume surge devido à presença dominante de Saturno que é considerado
pela tradição astrológica e hermética como planeta maléfico e aparece em céus
escurecidos. Outro símbolo da alquimia é o ORUBORUS ou OROBORUS que
é representado por uma serpente engolindo a si mesma com o significa de que
o Alfa (começo) e o Ômega (final) estão obrigatoriamente unidos e que tudo
está regido pela “Lei do Infinito”.
Saturno preside às depurações e transformações dos metais, especialmente o
chumbo em ouro. O negrume é a fase mais longa no caminho da transforma-
ção da matéria e por isso, quando chega ao momento da consumação, é subs-
tituído por outras fases plenas de claridade e de cor. Segundo as doutrinas her-
méticas, o branco é a cor dos iniciados que conseguiram deixar de ser profa-
nos e portanto, foram capazes de abandonar as trevas e seguir em busca da
luz.Com o branco inicia-se a purificação da matéria.
Os alquimistas usavam fórmulas e recitações mágicas destinadas a invocar de
deuses e demônios favoráveis as operações químicas, por isso muitos acusa-
dos de pacto com o demônio, presos, excomungados e queimados vivos pela
inquisição da Igreja Católica. Por uma questão de sobrevivência, os manuscri-
tos alquímicos foram elaborados em formas de poemas alegóricos, incompre-
ensíveis aos não iniciados.
Introdução:
O ideal alquimista não constitui a descoberta de novos fenômenos, ao contrário
do que procura cada vez mais intensamente a ciência moderna, mas sim reen-
contrar um antigo segredo, que ainda é inacessível e inexplorado para a maio-
ria. Ela não é constituída somente de um caminho material, como por exemplo
a transmutação de qualquer metal em ouro. Antes de tudo a alquimia é uma
arte filosófica, uma maneira diferente de ver o mundo.
Não podemos, no entanto, separar o material do espiritual, uma vez que na
Terra estamos encarnados em um corpo, onde um sofre influência do outro,
pois na realidade tudo é uma coisa só, uma unidade, o ser humano. Na alqui-
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mia ocorre a transmutação da matéria e do espírito ao mesmo tempo. O alqui-
mista adquire conhecimentos irrestritos da natureza, se pondo em um ponto es-
pecial de observação, vendo tudo de maneira diferente. Seria como se uma
pessoa pudesse ver tanto o aspecto físico nos mínimos detalhes bem como as
energias associadas a este corpo. O alquimista estaria em contato total com o
universo, enquanto que para todos nós este contato é apenas superficial.
Na realização da Grande Obra, o alquimista consegue obter a pedra filosofal e
modificar sua aura eliminando a cobiça e a avidez. Descobre que o ouro mate-
rial não tem grande valor quando comparado ao ouro interno, ou seja, o cami-
nho espiritual é infinitamente mais importante que as coisas materiais. Todos
deveriam se contentar com o básico para sobrevivência do corpo e se dedicar
por inteiro a busca de um aperfeiçoamento espiritual. Somente os homens de
coração puro e intenções elevadas serão capazes de realizar a Grande Obra.
Por isso existe um grande segredo em torno da alquimia. A ciência na atuali-
dade se especializou tanto que cada vez mais os cientistas estudam uma parte
menor de determinada área. Acreditam que com isso podem avançar muito
mais em determinada direção. Assim, perdem a visão do todo, tornando-se me-
nos conscientes da utilização de tais pesquisas, quer seja para o bem ou para
mal.
Os cientistas estão mais preocupados com a fama e dinheiro do que com o
próprio sentido da ciência. Eles podem ser comparados a empresários capita-
listas pois para a maioria o caminho é unicamente material. Quando pensam no
aspecto espiritual este se encontra dissociado de tudo o quanto mais acredi-
tam. Eles são os sopradores modernos.
O alquimista é o estudante assíduo da alquimia, aquele que busca o caminho
para a iluminação. O soprador é um mercenário que só se interessa pelo ouro
que ele poderá produzir e o Adepto é o alquimista que realizou a Grande Obra,
ou seja um iluminado.
A alquimia é a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais. Tem
como principal objetivo compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos
para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência. Os alqui-
mistas, em suas práticas de laboratório, tentavam reproduzir a pedra filosofal a
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partir da matéria prima primordial. Com uma pequena parte desta pedra é pos-
sível obter o controle sobre a matéria, transformando metais inferiores em ouro
e também o Elixir da Longa Vida, que é capaz de prolongar a vida indefinida-
mente.
O ouro é considerado o mais perfeito dos metais pois dificilmente se oxida, não
perde o brilho e acredita-se que todos os outros metais evoluem naturalmente
até ele no interior da terra. Portanto, a transmutação é considerada um pro-
cesso natural. Os alquimistas somente aceleram este processo, realizando as
transmutações em seus laboratórios. Este tipo de conhecimento ficou sendo o
mais cobiçado, não pelos alquimistas, mas pelos não iniciados, os sopradores
como eram chamados. Eles buscavam a pedra filosofal, que lhes confeririam
poderes como a invisibilidade, viagens astrais, curas milagrosas, etc.
Esta pedra filosofal não se constituía necessariamente de um objeto, mas sim
energia que pode ser adquirida e controlada. Este conjunto pedra e alquimista
são responsáveis dos poderes alcançados. Um não iniciado poderia possuir a
pedra e dela não desfrutar toda a sua potencialidade conseguindo, quando
muito transformar uma pequena quantidade de chumbo em ouro. A transforma-
ção da matéria-prima na pedra filosofal, juntamente com a transformação do in-
divíduo constitui a Grande Obra.
No laboratório, com experimentos e constantes leituras e releituras, o alqui-
mista nas várias etapas da transformação da matéria, vai gradativamente trans-
formando a própria consciência. Antes do ouro metal, o alquimista deverá en-
contrar o ouro espiritual dentro de si.
Os ideais e poderes pretendidos pelos alquimistas, nos faz correlacioná-los aos
poderes de Cristo, que foi capaz de transmutar água em vinho, multiplicar os
pães, andar sobre a água, curar milagrosamente, dentre outros. Ele sempre di-
zia: "aquele que crê em mim, fará tudo que eu faço e ainda fará coisas maio-
res".
Os alquimistas buscavam esta pureza e compreensão espiritual, conseguindo
assim, realizar estas obras. Portanto, o exemplo de Cristo, além do exemplo
espiritual, constitui-se em um meio de descobrir o poder sobre a matéria. Mui-
tos alquimistas consideram Cristo a pedra filosofal. Encontrar a pedra filosofal
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significa descobrir o segredo da existência, um estado de perfeita harmonia fí-
sica, mental e espiritual, a felicidade perfeita, descobrir os processos da natu-
reza, da vida, e com isso recuperar a pureza primordial do homem, que tanto
se degradou na Terra. Portanto, a Grande Obra eleva o ser a mais alta perfei-
ção: purifica o corpo, ilumina o espírito, desenvolve a inteligência a um ponto
extraordinário e repara o temperamento.
A pedra filosofal era gerada a partir da matéria prima primordial, além de outros
compostos, no Ovo Filosófico que é um recipiente redondo de cristal onde to-
dos estes compostos vão sendo transformados, em várias etapas, sempre utili-
zando o forno. Este processo frequentemente é comparado a uma gestação da
pedra filosofal. Isto seria como reproduzir o que a Natureza fez no princípio,
quando só existia o caos, porém de maneira mais rápida, dando melhores con-
dições para que ocorram as transformações. Portanto, a conclusão da Grande
Obra, ou seja, o entendimento dos segredos alquímicos, significa adquirir os
conhecimentos das leis universais e penetrar em uma dimensão espaço-tempo
sagrada, diferente da do cotidiano de todos.
Origem:
A origem da alquimia se perde no tempo, sendo mais antiga do que a história
da humanidade. Seu verdadeiro início é desconhecido e envolto em obscuri-
dade e mistério. Assim, seu surgimento confunde-se com a origem e evolução
do homem sobre a Terra.
A utilização e o controle do fogo separou o animal irracional do ser humano.
Nos primórdios, não se produzia o fogo, porém ele era controlado e utilizado
para aquecer, iluminar, assar alimentos, além de servir para manejar alguns
materiais, como a madeira. Bem mais tarde conseguiu-se produzir e manufatu-
rar materiais com metal, a partir de metais encontrados na forma livre e posteri-
ormente partindo dos minérios.
Muitos associam a origem da alquimia a herança de conhecimentos de uma
antiga civilização que teria sido extinta. Na Terra, já teriam existido inúmeras
outras civilizações em diversas épocas remotas, dentre elas várias eram mais
evoluídas que a nossa. Estas civilizações tiveram uma existência cíclica, com o
nascimento, desenvolvimento e morte ocorrida provavelmente por meio de
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grandes catástrofes, como a queda de um grande meteoro, inundações, erup-
ções vulcânicas, dentre outras que acabavam por reduzir grandes civilizações
a um número ínfimo de sobreviventes ou mesmo por dizimá-las, fazendo com
que uma nova civilização brotasse das cinzas. Os conhecimentos sobre a al-
quimia estariam impregnados no inconsciente coletivo de todas as civilizações
até hoje ou poderiam ter sido transmitidos pelos poucos sobreviventes, desta
maneira a alquimia teria resistido ao tempo.
Os textos chineses antigos se referem as "ilhas dos bem aventurados" que
eram habitadas por imortais. Acreditava-se que ervas contidas nestas três ilhas
após sofrerem um preparo poderiam produzir a juventude eterna, seria como o
elixir da longa vida da alquimia.
No ocidente, o Egito é considerado o criador da alquimia. O próprio nome é de
origem árabe (Al corresponde ao artigo o), com raiz grega (elkimyâ). Kimyâ de-
riva de Khen (ou chem), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na
antiguidade. Outros acham que se relaciona ao vocábulo grego derivado de
chyma, que se relaciona com a fundição de metais.
Os alquimistas relacionam a sua origem ao deus egípcio Tote, que os gregos
chamavam de Hermes (Hermes Trimegisto). Alguns alquimistas o considerava
como um rei antigo que realmente teria existido, sendo o primeiro sábio e in-
ventor das ciências e do alfabeto. Por causa de Hermes a alquimia também fi-
cou conhecida como arte hermética ou ciência hermética.
Os relatos mais remotos de doutrinas que utilizavam os preceitos alquímicos,
remontam de uma lenda que menciona o seu uso pelos chineses em 4.500
a.C. Ao que parece ela teria aflorado do taoísmo clássico (Tao Chia) e do tao-
ísmo popular, religioso e mágico (Tao Chiao). Porém os textos alquímicos co-
meçaram a surgir na dinastia T'ang, por volta de 600 a.C. Na China, o mais fa-
moso alquimista foi Ko Hung (cujo nome verdadeiro era Pao Pu-tzu, viveu de
249-330 d.C.) que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortali-
dade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos
quais o mais famoso é "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva".
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Teria aprendido a alquimia por volta de 220 d.C com Tso Tzu. O tratado de Ko
Hung, além da alquimia trata também da ciência da alma e das ciências natu-
rais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutação
dos metais. Até então a alquimia chinesa era puramente espiritual e foi Ko
Hung que introduziu o materialismo, provavelmente devido a influências exter-
nas. Ela foi influenciada também pelo I Ching "O livro das Mutações". Posterior-
mente seguiu a escola dos cinco elementos, que mesmo assim permaneceu
quase que completamente mental-espiritual.
Na China a alquimia também ficou vinculada à preparação artificial do cinábrio
(minério do qual se extraía o mercúrio - sulfeto de mercúrio), que era conside-
rado uma substância talismânica associada a manutenção da saúde e a imorta-
lidade. A metalurgia, principalmente o ato da fundição, era um trabalho que de-
veria ser realizado por homens puros conhecedores dos ritos e do ofício. A
transformação espiritual era simbolizada pelo "novo nascimento", associada a
obtenção do metal a partir do minério (cinábrio e mercúrio).
A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanças com a alqui-
mia chinesa, como por exemplo “o soma” cujo conceito assemelhava-se ao do
elixir da longa vida. No Egito a alquimia teria surgido no século III d.C. e de-
monstrava uma influência do sistema filosófico-religioso da época helenística
misturando conhecimentos médicos com metalúrgicos. A cidade de Alexandria
era o reduto dos alquimistas. O alquimista grego mais famoso foi Zózimo (sé-
culo IV), que nasceu em Panópolis e viveu em Alexandria, escreveu uma
grande quantidade de obras. Nesta época, várias mulheres dedicavam-se a al-
quimia, como por exemplo Maria, a judia, que inventou um banho térmico com
água muito utilizado nos laboratórios atualmente, o "banho-maria", Kleopatra
que possivelmente não seria a Rainha Cleópatra, Copta e Teosébia. Os persas
conheciam a medicina, magia e alquimia. A alquimia possuía um pouco da ima-
gem da população de Alexandria, era uma mistura das práticas helenísticas,
caldaicas, egípcias e judaicas.
Alexandre "o Grande" foi quem teria disseminado a alquimia durante suas con-
quistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Árabes. Os árabes, sob a
influência dos egípcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao re-
dor do ano de 950, inicialmente para a Espanha. Construíram-se escolas e bi-
bliotecas que atraiam inúmeros estudiosos. Conta-se que o primeiro europeu a
conhecer a alquimia foi o teólogo e matemático monge Gerbert que mais tarde
tornou-se papa, no período de 999/1003, com o nome de Silvestre II. Na Itália
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Miguel Scott, astrólogo, escreveu uma obra intitulada De Secretis em que a al-
quimia estava constantemente presente. No século X, a alquimia chinesa re-
nunciou a preparação de ouro e se concentrou mais na parte espiritual. Ao in-
vés de fazerem operações alquímicas com metais, a maioria dos alquimistas
realizavam experimentos diretamente sobre seu corpo e espírito. Esta reto-
mada a uma ciência espiritual teve como ponto culminante no século XIII com o
taoísmo budaizante, com as práticas da escola Zen.
A alquimia deixou muitas contribuições para a química, como subproduto de
seus estudos, dentre eles podemos citar: a pólvora, a porcelana, vários ácidos
(ácido sulfúrico), gases (cloro), metais (antimônio), técnicas físico-químicas
(destilação, precipitação e sublimação), além de vários equipamentos de labo-
ratório. Na China produzia-se alumínio no século II e a eletricidade era conhe-
cida pelos alquimistas de Bagdá desde o século II a.C.
Como aprender:
"Ora, lege, lege, relege, labora et invenier" (ore, lê, lê, relê, trabalhe e encontra-
rás). Esta era uma das primeiras grandes lições que o mestre alquimista ensi-
nava a seus discípulos.
A literatura alquímica produzida pelos iniciados é bastante complexa por estar
em linguagem hermética de difícil compreensão. Portanto para aqueles que
pretendem se aprofundar na alquimia, o primeiro passo é ler os livros gerais
para compreender os fundamentos e começar a familiarizar-se com a interpre-
tação dos textos herméticos. Cada livro deve ser relido até a obtenção de uma
compreensão mais profunda, sendo que as releituras devem ser intercaladas
entre os vários textos. O último livro lido ou relido mostrará o conhecimento de
todos os demais, assim como os primeiros irão ajudar a entender o último. O
estudante deve se fixar principalmente nos livros que mais lhe agrada.
Apesar de tanto estudo, a maior parte do conhecimento ainda ficará incompre-
endida e só clareará na prática diária, ou seja, fazendo experiências em labora-
tório. A paciência é uma grande virtude a ser desenvolvida, pois vários anos de
estudo teóricos e práticos são necessários para alcançar uma melhor compre-
ensão e posteriormente a conclusão da Grande Obra, sendo que no caminho
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muitos fracassos ocorrerão. A maior parte dos que se dedicam a alquimia de-
sistem e muitos, apesar de não desistirem, não a compreendem mesmo du-
rante toda uma vida. Dos poucos que conseguem concluir a Grande Obra, a
maior parte leva mais da metade de sua existência para alcançar.
A iniciação talvez seja um processo semelhante ao da criação da própria pedra
filosofal. Ela é considerada como um novo nascimento, a gênese para aquele
que recebeu a luz e agora pode direcionar-se a caminho de um novo começo,
com uma outra consciência. Constitui a morte dos conceitos errôneos e o re-
nascimento das coisas puras e verdadeiras.
A alquimia é de difícil compreensão porque seus ensinamentos referem-se, ao
mesmo tempo, às operações de laboratório e ao caminho de uma evolução psí-
quica e espiritual. Portanto os ensinamentos devem ser interpretados em todos
os aspectos. A observação mais acurada da natureza de todos os seus fenô-
menos e manifestações deve fazer parte do dia-a-dia do estudante, ou seja, ele
deve sempre estar atento as transformações, aos ciclos astrológicos (do sol, da
lua, dos planetas) e terrestres (da água e dos nutrientes) e aos pequenos deta-
lhes (dos animais, vegetais e minerais), pois todo o conhecimento alquímico,
inclusive sua linguagem, provém destas observações e sabendo interpretá-las
fica mais fácil compreender a alquimia.
A orientação de alguns alquimistas é que o estudante faça seu laboratório em
local isolado, não divulgue para ninguém sua intenção devendo ser perseve-
rante, dedicado, calmo, paciente, honesto, caridoso, acredite em Deus e princi-
palmente que consiga um capital para poder dedicar-se totalmente aos estu-
dos, incluindo além das despesas básicas, livros e equipamentos para o labo-
ratório, ou que consiga uma atividade que possibilite uma grande disponibili-
dade para a dedicação ao estudo. Cada um deve procurar o melhor caminho
para obter tempo e recursos para uma total dedicação.
O encontro com o mestre: (quando o discípulo está pronto o mestre
surge)
Apesar do estudante ter lido inúmeros livros dos iniciados, realizado experi-
mentos em laboratório e possua inteligência suficiente, ainda não será capaz
de atingir o cerne dos segredos "sozinho". A literatura hermética é uma dádiva
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para aqueles que conhecem os segredos e uma tortura para aqueles que não o
conhecem. "Ao que tem, lhe será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe
será tirado". Quando o estudioso de alquimia estiver preparado, ou seja,
quando esgotarem suas possibilidades de estudos teóricos e práticos e os co-
nhecimentos estiverem presentes em seu consciente e inconsciente, ele en-
contrará a figura de um mestre que o conduzirá ao caminho da sabedoria e ilu-
minação, tornando-o um iniciado na arte sagrada podendo assim concluir a
Grande Obra.
Este mestre pode se revelar na forma de anjo ou espírito. Poucos foram os que
encontraram um mestre vivo que lhes passasse os grandes conhecimentos,
pois os alquimistas não revelavam seus segredos nem para seus próprios fi-
lhos, somente para os puros de espírito que estiverem preparados. O estado
de semiconsciência, necessário para obter o sonho ou visão é normalmente
atingido após longas horas de concentração, meditando sobre os livros ou
quando parado no laboratório esperando e observando as transformações den-
tro dos recipientes alquímicos.
Nos relatos do encontro com um mestre, normalmente este é um homem de
meia idade, veste roupas simples, têm cabelos lisos e negros, estatura medi-
ana, magro, rosto pequeno e comprido e não tem barba. Estas são as caracte-
rísticas de Saturno, que é o "sujeito dos Sábios", o velho, o planeta mais longe
da Terra. Podendo designar também a matéria-prima.
Linguagem hermética:
Animais normalmente tem um significado especial, como por exemplo, a repre-
sentação dos quatro elementos. O unicórnio ou o veado representam a terra,
peixes a água, pássaros o ar e a salamandra o fogo. O corvo simboliza a fase
de putrefação do processo, que fica da cor negra. Enquanto que um tonel de
vinho representa a fermentação.
A caverna representa a fase de dissolução, quando a matéria se aprofunda, se
racha e se abre. Em muitos textos os metais estão representados pelos plane-
tas correspondentes (veja os sete metais) pois eram preparados elixires de ou-
tros metais, além do ouro e da prata. A balança representa o ar, a sublimação,
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as proporções naturais. A figura de um andrógino ou de Adão e Eva, represen-
tam a matéria prima, composta do mercúrio e do enxofre.
O anjo simboliza a água - "Espírito da Pedra" A matéria-prima, bem como o
próprio alquimista, podem ser representados pelo bobo, pelo peregrino ou pelo
viajante. A imagem de uma rocha, cavernas, montanhas e outras representa-
ções de grandes blocos de pedra, sob o qual encontram-se tesouros. A cena
ainda pode conter uma árvore, uma nascente, um dragão montando guarda,
mineiros trabalhando, isto tudo evoca a matéria-prima, que também é compa-
rada à virgem, pois ainda não recebeu o princípio masculino, ou com uma pros-
tituta que é capaz de receber todos os princípios masculinos, comparando as-
sim a matéria-prima com a facilidade de unir-se aos metais. Ë capaz de abrigar
dentro de si todos os metais, apesar de não ser metálica. Os alquimistas tam-
bém chamavam a matéria-prima de lobo cinzento.
Uma mendiga ou uma velha representa o aspecto desprezível e repulsivo da
matéria-prima ou raiz metálica. O leite da virgem designa o mercúrio comum ou
primeiro mercúrio por fluir sem cessar de uma coisa a outra, alimentar tudo e
passando de um ser a outro, até mesmo da vida para a morte e vice-versa. O
eixo do mundo ou o eixo do trabalho do alquimista é representado pela árvore
em que a matéria-prima constitui a raiz.
Uma luta entre o dragão alado contra o dragão áptero, de um cão com uma ca-
dela ou da salamandra com a rêmora, representam o combate entre o volátil e
o fixo, o feminino e o masculino, ou o mercúrio e o enxofre, os dois princípios
que estão contidos na matéria. Enquanto que a união entre estes dois princí-
pios é representada pelo casamento do rei e da rainha, do homem de vermelho
com a mulher de branco, do irmão com a irmã (pois eles provêm de uma
mesma matéria mãe), de Apolo e Diana, do sol e da lua ou juntar a vida à vida.
Normalmente a este casamento precede morte e tristeza.
Apanhar um pássaro significa fixar o volátil. O leão verde normalmente é asso-
ciado ao sal. A pessoa iniciável ou a substância inicial (matéria-prima) pode ser
representada pelo filho mais jovem de uma viúva (que representa Isis) ou de
um rei, um soldado que já cumpriu o serviço militar, um aprendiz de ferreiro, um
jovem pastor, o filho de um rei em idade de se casar e outros casos semelhan-
tes. O abismo, um recife e outros perigos de uma viagem representam os cui-
dados ou os perigos que o fogo conduzido inadequadamente podem causar.
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O dissolvente universal tanto é associado ao sal como ao mercúrio normal-
mente é representado por uma fonte, leão verde, água da vida ou da morte,
água ígnea, fogo aquoso, água que não molha as mãos, água benta, vento, es-
pada, lanterna, cervo, um velho, um servidor, o peregrino, o louco, mãe louca,
dragão, serpente, Diana, cão, dentre outros. Os alquimistas utilizam também al-
fabetos secretos, codificados, anagramas e criptografia. Além de simples sinais
que identificam uma operação, substância ou objeto.
Princípios:
Os quatro elementos e os três princípios:
A alquimia além do aspecto espiritual, constituí uma verdadeira ciência que tem
como finalidade compreender a matéria e o cosmo, ou seja, o microcosmo e o
macrocosmo, além de tentar reproduzir de forma mais rápida o que a natureza
leva milênios para conseguir. Como em qualquer área de conhecimento, a al-
quimia possuía uma linguagem própria. Para tentar transmitir conhecimentos
que não haviam palavras específicas para expressar eles utilizaram termos co-
nhecidos, que transmitia uma ideia rudimentar de algum evento. Assim utiliza-
vam os termos Água, Terra, Ar e Fogo para explicar os quatro elementos, cor-
relacionando-os respectivamente com os estados líquido, sólido, gasoso e a
energia. O fogo simbolizava todos os tipos de energia, inclusive a energia ima-
terial dos corpos, o "éter", ou estado "etéreo". O conceito de estado gasoso não
ficou conhecido pelo ocidente até o século XVIII com as pesquisas de Lavoi-
sier. Isto demonstra o quanto os Alquimistas estavam adiantados em relação
aos sábios de seu tempo.
Água - penetrante, dissolvente e nutritiva Terra - solidez que estabiliza a maté-
ria, suporte para o líquido Ar - gasoso, expansivo, volátil Fogo - energia que
acelera o processo, aquece, ilumina A Quintessência - Éter - equilibra e pene-
tra nos corpos, é a força viva A terra e a água constituem estados visíveis, en-
quanto o fogo e o ar são estados invisíveis.
Os quatro elementos porém não eram suficientes para expressar todas as ca-
racterísticas e assim os alquimistas adotaram os termos Enxofre, Mercúrio e o
Sal para expressar os três princípios e, da mesma maneira que os quatro ele-
mentos, não representavam as substâncias mencionadas em si, mas sim as
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suas propriedades materiais que poderiam ser retiradas ou acrescentadas as
substâncias, possivelmente por reações químicas ou transmutações.
Enxofre - princípio fixo - representa as propriedades ativas - combustibilidade,
a ação corrosiva, o poder de atacar os metais, e também o princípio ativo ou
masculino, o movimento, a forma, o quente. É considerado o embrião da pedra
e alimentado pelo mercúrio, pois está contido em seu ventre. Também é consi-
derado a energia animadora e constitui o objetivo da Grande Obra.
Mercúrio - princípio volátil - representava as propriedades passivas - maleabili-
dade, brilho, fusibilidade, a fraca tensão de vapor, o escorregadio que toma vá-
rias formas e o fugidio. Além de designar a matéria, designa também outros as-
pectos como: o princípio passivo ou feminino, o inerte, o frio. O mercúrio tam-
bém pode designar a matéria-prima, é considerado a mãe dos metais ou a
água primitiva que deu origem a todos eles. Este é o mercúrio segundo, mercú-
rio filosófico ou mercúrio duplo que contém os dois princípios, o mercúrio e o
enxofre. O primeiro mercúrio ou mercúrio comum também é chamado de dis-
solvente universal.
O mercúrio é ao mesmo tempo o caminho e o andarilho, com a Grande Obra
representando uma viagem. Estes dois princípios possuem as propriedades
contrárias e a mistura de propriedades contrárias é muito importante na alqui-
mia, ou seja, o dualismo enxofre-mercúrio de todas as coisas.
O mercúrio também é chamado de sal dos metais. Na realidade o mercúrio no
final da obra adquire a tríplice qualidade. Sal - também conhecido por arsênico
- é o meio de união entre as propriedades do Mercúrio e as do Enxofre, como
uma força de interação, muitas vezes associado a energia vital, que une a alma
ao corpo. No ser humano, o enxofre seria o corpo físico; o mercúrio, a alma e o
sal, o espírito mediador. Esse sal normalmente é relatado como sendo um fogo
aquoso ou uma água ígnea e é obtido a partir do mercúrio comum em conjun-
ção com o fogo, obtendo assim a chamada "água que não molha as mãos". As-
sim como o mercúrio, o sal também é relatado como sendo o dissolvente uni-
versal. Na verdade o fixo e o volátil nunca podem estar separados, não existe
mercúrio que não contenha o enxofre, por isso, as vezes o sal aparece com o
nome de um deles dependendo da fase da operação. O sal protege os metais
para que no processo não sejam totalmente destruídos e reste assim a se-
mente, que por seu intermédio nascerá algo novo.
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Os sete metais:
Na natureza, a terra contém "sementes" que dão origem aos metais por um
processo de evolução e aperfeiçoamento. Todos os metais, com o tempo,
transformar-se-ão em ouro que contém o equilíbrio perfeito dos quatro elemen-
tos. Na alquimia não existe matéria morta e todas as substâncias, animal, ve-
getal ou mineral, são dotadas de vida e movimento, ou seja, possuem suas
energias características.
Ouro - representado pelo Sol.
Prata - representado pela Lua.
Mercúrio - representado pelo planeta Mercúrio.
Estanho - representado por Júpiter.
Chumbo - representado por Saturno, por ser considerado pesado e lento.
Cobre - representado por Vênus, maleabilidade, sossego, beleza e prazer.
Ferro - representado por Marte.
A unidade da matéria e do universo:
O mundo é como um grande organismo (macrocosmo), enquanto que o ho-
mem é um pequeno mundo (microcosmo), esta é uma das interpretações da
frase: "O que está em cima é como o que está em baixo". O próprio laboratório
do alquimista é um microcosmo onde ele tenta reproduzir de maneira mais ace-
lerada um processo semelhante ao da criação do mundo.
Toda matéria (por matéria fica entendido tudo que existe no universo, até
mesmo a energia pode estar revestida pela matéria) é constituída de uma
mesma unidade comum a todas as substâncias. A partir desta "semente" pode-
se produzir infinitas combinações e infinitas substâncias. O símbolo alquímico
do ouroboros, que é a figura de uma serpente mordendo a própria calda for-
mando um círculo, representa estas constantes transformações em que nada
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desaparece nem é criado, tudo é transformado como o princípio da conserva-
ção de energia, ou primeira lei da termodinâmica, postulado muito tempo de-
pois.
Portanto, esta unidade da matéria é única e a mesma para todas as coisas, po-
dendo combinar-se produzindo uma variedade infinita de substâncias e ener-
gias. Matéria e energia provém de uma mesma entidade. Einstein unificou a in-
terconversão entre matéria e energia, na equação E=m.c2 (E = energia libe-
rada; m = matéria transformada e c = velocidade da luz).
Os alquimistas procuram reduzir a matéria à unidade comum, que não são os
átomos, para assim poderem reestruturá-la, tornando possível a transmutação.
Esta unidade da matéria constitui tudo que existe, desde os átomos que se
combinam para formar as moléculas e estas irão formar outras substâncias
mais complexas, os organismos até os planetas que formam os sistemas e ga-
láxias. Portanto, todas as coisas possuem a mesma unidade fundamental, este
é o postulado fundamental da alquimia "Omnia in unum" (Tudo em Um).
O caos primordial que deu origem ao universo é comparado no reino mineral à
matéria-prima, que é uma massa em estado de desordem que dará origem à
pedra filosofal.
Deus - o mundo celeste e o terreno:
Tudo o que existe material ou espiritual constitui uma única unidade. O divino é
expresso como sendo "o círculo cujo centro está em toda parte e a circunferên-
cia em parte alguma". Portanto, todas as coisas surgiram do mesmo Criador, o
mundo terreno é constituído pelos mesmos componentes que o mundo celeste.
Um dos grandes problemas de compreensão dos fundamentos da alquimia
consiste na interpretação do espírito que só pode ser compreendido remon-
tando a uma memória muito antiga, da época em que todos os seres do mundo
celeste e do mundo terreno se comunicavam e o espírito circulava livremente
entre todos os seres.
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Muitos alquimistas foram grandes profetas como Nostradamos, Paracelso, den-
tre outros e todos eles acreditavam que em breve, no fim de mais um ciclo ter-
restre, haveria uma grande catástrofe que seria um novo começo para a huma-
nidade. Restaria uma consciência coletiva, a mesma que deu origem a alquimia
em outros ciclos.
O dualismo sexual:
A energia original é criada pela junção dos princípios masculino e feminino (sol
e lua). Muitos alquimistas constituem casais na busca da Grande Obra, porém
para que ocorra uma perfeita união alquímica este casal, ou seja, estas duas
metades devem ser complementares formando um único ser (como a figura al-
química do andrógino). Contudo é muito difícil encontrar um par que produza
uma união tão perfeita.
O Cosmo:
O cosmo é visto como um ser vivo sendo que seus constituintes tem espírito e
propósito definido. As estrelas exalam um campo de energia que pode ser sen-
tido e utilizado pelo homem e assim obter as transformações.
A vida:
Existe uma crença na alquimia da criação artificial de um ser humano, o ho-
múnculo ou Golem, porém estes relatos de alguns alquimistas célebres poderia
referir-se de forma figurada ao processo de fabricação da pedra filosofal, onde
o homúnculo representaria a matéria prima para a fabricação da pedra ou en-
tão uma fase da iniciação em que o homem ressurge após a morte do outro já
degradado.
Na concepção alquímica tudo o que existe é vivo, até mesmo os minerais. Os
metais vivem, crescem, reproduzem-se e evoluem. Portanto quaisquer metáfo-
ras sobre seres vivos podem estar referindo-se também ao reino mineral. A na-
tureza e todos os seus constituintes devem ser respeitados para que a harmo-
nia perfeita possa ser mantida. Esta consciência opõe-se claramente a forma
de encarar a natureza até hoje, em que esta deve ser explorada o máximo pos-
sível e ainda consideram isto a evolução da humanidade. Reaprender a ver,
sentir e ouvir a natureza, significa incorporar-se a ela, para relembrar o remoto
passado quando fazíamos parte dela integralmente.
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O amor:
Todo o conhecimento alquímico está alicerçado no amor e por isso inacessível
aos processos científicos atuais. A união pelo amor está sempre presente em
qualquer obra alquímica representando uma energia que une dois princípios ou
dois materiais, tornado-os um só. De forma figurada é descrita como o casa-
mento do Sol e da Lua, do enxofre e do mercúrio, do Rei e da Rainha, do Céu
e da Terra ou do irmão e da irmã, por terem vindo da mesma raiz ou mesma
substância.
Astrologia:
Na alquimia a astrologia exerce um papel fundamental desde a escolha do mo-
mento certo para o início da obra, da colheita dos materiais utilizados, até o
momento mais propício para o alquimista trabalhar.
Laboratório:
A prática alquímica, de maneira extremamente resumida, consiste em pegar a
prima matéria (matéria-prima primordial) eliminar as suas impurezas (morte e
renascimento), separar seus componentes (mercúrio e enxofre) e reuni-los no-
vamente (por intermédio do sal) fixando os elementos voláteis, formando assim
a pedra filosofal. Seria como "libertar o espírito por meio da matéria e a própria
matéria por meio do espírito", ou ainda, fazer do fixo, volátil e do volátil, o fixo,
onde não se pode fazer cada etapa independentemente.
O alquimista é uma peça fundamental nos experimentos e não somente um
simples observador. O experimento e o experimentador constituem uma única
coisa na alquimia. Este ponto de vista do experimentador como participante
está agora sendo retomado pela física quântica, alterando o termo observador
para participante. Portanto, mesmo tendo o conhecimento prático do processo,
se tiver perdido a pureza do espírito, a Grande Obra não poderá ser concluída.
Vários alquimistas relatam doze processos, em três etapas ou três obras, para
a realização da Grande Obra que, contudo, não correspondem literalmente aos
nomes conhecidos. São eles: Calcinação - constitui a purificação do primeiro
material pelo fogo, sem contudo diminuir seu teor de água. Solução ou dissolu-
ção - a parte sólida é dissolvida na água, porém é relatado que esta água não
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molha a mão. A água pode ser o próprio mercúrio. Esta é uma "dissolução filo-
sófica" em que o solvente mata os metais, portanto esta fase é um símbolo da
morte para os três reinos.
Separação - o mercúrio é separado do enxofre. Fornecendo um calor externo
adequado, o mercúrio que contém o enxofre interno coagula a si mesmo gra-
ças a um artificio que constitui um segredo, o secretum secretorum, que é uma
marca divisória entre a alquimia e a química. Este artifício consiste, metaforica-
mente, em capturar um raio de sol, condensá-lo, aprisioná-lo em um frasco her-
meticamente fechado e alimentá-lo com o fogo. A terra fica em baixo enquanto
o espírito sobe. Esta etapa completa a primeira obra e quando concluída corre-
tamente pode se ver a formação de uma estrela dentro do frasco.
Conjunção - o mercúrio e o enxofre são novamente unidos. Toda a operação
deve ser realizada no mesmo recipiente, sendo que nesta fase o frasco é her-
meticamente fechado.
Putrefação - o calor mata os corpos e a putrefação ocorre. Aparece uma colo-
ração escura, enegrecida. Congelamento - nesta fase aparece uma coloração
esbranquiçada, um calor brando é quem promove esta mudança. Cibação - à
matéria seca deve ser adicionado os componentes necessários para alimentá-
la.
Sublimação - fase em que o corpo torna-se espiritual e o espírito corporal, ou
seja, volatilizar o fixo e fixar o volátil, sendo que um processo depende do outro
e não é possível fixar um sem volatilizar o outro. Para esta fase é relatado uma
duração de quarenta dias. Porém, todo esse processo que se encerra com a
sublimação teve início na conjunção e constitui a segunda obra. Fermentação -
adiciona-se ouro para tornar o já existente mais ativo.
Exaltação - processo semelhante a sublimação, seria uma ressublimação.
Multiplicação - uma quantidade maior de energia é acrescida nesta etapa, po-
rém não é necessariamente a matéria que aumenta. Projeção - teste final da
pedra em seus usos normais, como a transmutação. O agente da dissolução é
convertido em paciente que sofre a operação na fase da coagulação. Por isso a
operação é comparada a brincadeira de criança de "pular carniça" em que ora
um pula o outro e ora é pulado.
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A matéria-prima:
Esta primeira matéria que dará origem a pedra filosofal constitui um dos gran-
des segredos da alquimia. Normalmente é descrita como algo desprezado, in-
ferior e sem valor. Pode ser encontrado em todos os lugares, é conhecido por
todos, é varrido para fora de casa, as crianças brincam com ele, porém possui
o poder de derrubar soberanos.
Dentre os não iniciados, cada um aposta em um tipo de material tanto do reino
animal, vegetal como mineral. Vários utilizaram minérios (especialmente os de
chumbo, o cinabre que contém enxofre e mercúrio, o stibine um raro mineral
sulfuroso, a galena que é magnética), cinzas, fezes, barro, sangue, cabelos. A
maioria deles emprega a própria terra, recolhida em local preservado. A terra
estaria impregnada de energia cósmica, com a água que contém.
Esta matéria não está somente no reino do psiquismo, como afirmava Jung, ela
tem também sua expressão no reino material através de um mineral que possui
propriedades vegetativas. Descobrir a matéria-prima não é o principal, mas sim
erguê-la a um ponto privilegiado para as operações subsequentes. Esta abor-
dagem só será conseguida quando o alquimista deixa de lado a fronteira fictícia
entre os elementos constitutivos de sua personalidade (física e espiritual) e o
universo.
Ela normalmente é relacionada ao caos da gênese, a base de todo o processo,
que tanto é material como imaterial. Para descobrir a matéria-prima mineral o
operador e o objeto, observador e o observado, devem estar unidos. Isto signi-
fica se abstrair da visão lógica e desenvolver uma visão intuitiva. Esta visão
pode aparecer após um longo período de reflexão sobre os impasses insolú-
veis da alquimia, após um estímulo externo como o barulho do vento, das on-
das do mar, do trovão e outros. Caso contrário ela permanecerá escondida por
uma roupagem ou uma casca como o ovo.
O orvalho:
O orvalho normalmente é utilizado para umedecer (banhar e nutrir) a matéria-
prima. Como se condensa lentamente e desce da atmosfera está impregnado
da energia cósmica. A melhor época de recolher o orvalho vai do equinócio de
primavera ao solstício de verão, pois possui uma maior energia. Normalmente
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é recolhido com lençóis estendidos sobre vegetação rasteira sem, no entanto,
tocá-la.
As cores da Grande Obra:
Nas várias etapas do processo a matéria vai mudando de cor, primeiro apare-
cendo uma massa enegrecida, que passa a esbranquiçada e finalmente aver-
melhada. A cor negra seria a cor da fase da putrefação, a cor branca se inicia
na fase de dissolução e a cor vermelha constitui a fase final do processo, ou
seja, a pedra filosofal. Podem também aparecer cores intermediárias como o
amarelo e mesmo as cores do arco-íris, também chamadas de cores da cauda
do pavão. A observação destas cores é muito importante para saber se a obra
está evoluindo de maneira correta. Outro indício da conclusão constitui na jun-
ção de cristais em forma de estrela na superfície do líquido, ou um som pare-
cido com o canto de cisnes.
A Temperatura:
A temperatura do forno em cada etapa do trabalho deve ser rigorosamente
controlada. O aquecimento deve ser aumentado de forma gradual e bem lenta.
A primeira etapa (putrefação) pode durar quarenta dias e a temperatura desta é
compara a do ventre ou do seio materno. Aquecendo-se muito corre o risco de
fracasso ou mesmo de explosão.
Os dois caminhos:
Via úmida:
A via úmida, como o próprio nome já indica, é realizada com água (do orvalho).
Esta via é muito lenta, podendo durar meses ou anos e oferece menores ris-
cos. As temperaturas nas várias etapas são consideravelmente menores, tendo
em vista que a água ferve a 100ºC (cem graus). O recipiente utilizado é um ba-
lão de vidro ou cristal (também chamado de ovo filosófico, por seu formato) que
suporta bem as temperaturas requeridas nesta via. Nunca se deve deixar fer-
ver, pois pode haver uma explosão devido ao aprisionamento de gases no reci-
piente hermeticamente fechado.
Via seca:
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Esta via é bem mais rápida, dura apenas sete dias, porém é bem mais perigosa
pois pode haver explosão. Tudo é feito em um cadinho, pequeno recipiente de
porcelana aberto em cima com a aparência de um copo, que resiste a altíssi-
mas temperaturas. Não há adição de água. É raramente relatada e praticada,
porém os alquimistas que a praticaram a consideram com muito mais chances
de obter sucesso.
Uma outra via seca também relatada é a diretíssima, que seria quase instantâ-
nea durando apenas três dias. Esta seria realizada a partir da emanação de um
tipo de energia na forma de raio diretamente no cadinho e no corpo do alqui-
mista. Porém seria extremamente perigosa podendo até mesmo fazer desapa-
recer o corpo do alquimista.
Conclusão:
Os sábios alquimistas deixaram escrito nos textos sagrados, afirmaram que a
obtenção do ouro resultou num fracasso pela falta de concentração e prepara-
ção espiritual daqueles que realizaram as experiências.
O significado mais puro da alquimia consiste em transmutar a própria natureza
humana e libertar as pessoas dos desejos que as afligem.
Os preceitos e axiomas alquímicos encontram-se condenados na misteriosa
"Tábua Esmeraldina"- A esmeralda era considerada como a pedra preciosa
mais formosa e mais cheia de simbolismo.
Era a flor do céu- Um dos quarenta e dois livros da doutrina hermética atribuí-
dos `a Hermes Trimegisto, no qual se recolhe a quinta essência da alquimia.
"O que está em baixo é como o que está em cima
e o que está em cima é como o que está em baixo"
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PARTE DOIS CONHECIMENTO ESPIRITUAL
Sucubus e Incubus
O Alquimista não pode desconhecer que muito da alquimia, da transfor-
mação da realidade em abstrato e vice e versa se processa enquanto
dorme, principalmente durante o sonho ou melhor dizendo dentro do so-
nho; a mente confusa do profano não consegue distinguir o trabalho de
alquimia no sonho com os pesadelos comuns. Um dos inimigos que o al-
quimista deve aprender a reconhecer e enfrentar são os Sucubus e Incu-
bus. Neles reside todo o mal pois conhecem a fraqueza humana pelo sexo
e exploram isso até levar o ser humano a loucura ou a que seja seu es-
cravo.
“É um fato de domínio público e que muitos afirmam havê-lo experimentado ou
escutado pessoas autorizadas que tenham experiência disso, que os Silvanos
e os Faunos, vulgarmente chamados íncubus, tem atormentado com frequên-
cia às mulheres e saciado suas paixões. Além disto, são tantos e de tal peso os
que afirmam que certos demônios chamados pelos Gauleses, Dusios, intenta-
ram e executaram essa animalidade que, negá-lo parece imprudência.” - Santo
Agostinho, livro 15 Cap. 23 em DE CIVITATE DEI
Ao se tratar de íncubos e súcubos, o que é mais popularmente conhecido, é o
mito como citado acima por Santo Agostinho que viveu nos longínquos séculos
IV e V da nossa era cristã.
Embora, séculos se passaram, ainda hoje, Íncubos e Súcubos são conhecidos
como demônios que atacam suas vítimas enquanto essas se encontram “dor-
mindo”. O intuito do ataque é ter relações sexuais com elas e, por meio disso,
drenar suas energias para assim se alimentarem, na maioria das vezes dei-
xando-as vivas, mas em condições muito frágeis, por esse motivo, também es-
tão relacionados aos vampiros.
Os Íncubos são demônios masculinos que atacam as mulheres, já os súcubos
são demônios femininos que atacam os homens. Numa pesquisa no Wikipedia,
temos a informação de que o prefixo in- “sobre”, da palavra íncubos, dá o signi-
ficado de alguém que está em cima de outra pessoa. De acordo com o livro “O
Martelo das Bruxas” (Malleus Maleficarum) da idade média, a palavra “succu-
bus” vem de uma alteração do antigo latim succuba significando prostituta. A
palavra é derivada do prefixo “sub-“, em latim, que significa “em baixo-por
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baixo”, e da forma verbal “cubo“, ou seja, “eu me deito”. Assim, o súcubo é al-
guém que se deita por baixo de outra pessoa, e o íncubo (do latim, in-, “sobre”)
é alguém que está em cima de outra pessoa.
Apesar de as descrições acima do “modus operandi” desses seres serem dis-
tintas entre si, segundo os relatos das vítimas, eles atacam de forma muito se-
melhante, como uma pressão muito forte sobre o peito, os imobilizando e
ainda, com intensa conotação sexual.
De aparência muito sedutora e magnética, esses demônios são descritos algu-
mas vezes com asas de morcego e também com outras características demo-
níacas, como chifres e cascos. O súcubos atraem o sexo masculino e, em al-
guns casos, o homem “apaixona-se” por ela. Mesmo fora do sonho, ela não sai
da sua mente, por esse motivo, ela permanece lentamente a sugar-lhe energia
até à sua morte por exaustão. Outras fontes dizem que o demônio irá roubar a
alma do homem através de relações sexuais. Para Dominar os sucubus e os
incubus o alquimista tem que conhecer e saber dominar a energia sexual que é
o próximo capítulo.
Após conhecer a existência dos Sucubus i Incubus, o alquimista precisa
aprender a lidar com a energia sexual. Veja abaixo:
Parte Três: Projeção Astral e transformação do abstrato em
concreto através da prática de manipulação, acumulação e ex-
pansão da energia sexual.
ENERGIA SEXUAL – Técnicas e práticas.
Este é um método de gerar e projetar energia sexual. É um meio de dirigir um
orgasmo aos planos astrais. Esta é uma catapulta para exaltar a consciência
para qualquer estado que seja. Este método foi testado pelo Mestre da Sua
Classe, por isso o texto está, em partes, descrito de forma narrativa direta e
não na terceira pessoa.
As sensações físicas do sexo são causadas pela acumulação, movimento ou
liberação de Energia. O Controle é um ato de Vontade, a visualização é o meio
para a magia (k ) e a Árvore da Vida é um sistema coordenado, útil na descri-
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ção da ocorrência mágicka. Assim como em cima, também embaixo ...Uma im-
plicação de que todos os pontos do Macrocosmo são imediatamente acessíveis
através do microcosmo; i.e, a aura.
Quase toda a informação que você terá de outras realidades são transpostas
sob forma simbólica. Os parâmetros (limitações) com os quais você realmente
trabalha em suas magias(K) pessoais permaneceram fiéis a esses trabalhos
sexuais. O sistema de símbolos com o qual você trabalha e pensa determinará
a natureza de suas observações. Você poderá ter revelações e aprender mui-
tas coisas novas, mas apenas coisas que se adequem através de sua própria
janela ou sub-realidade particular. Eu considero o sistema da Árvore da Vida
extremamente útil, mas qualquer glifo completo do universo será eficiente. Es-
colha seus símbolos cuidadosamente- eles são seus pensamentos.
A Técnica Projetiva
1) Gere e acumule energia sexual.
2) Formule a energia como uma forma astral dentro de seu corpo, nítida e bri-
lhante.
3) Movimente a forma de energia para a base da espinha, materialize-a com a
sua consciência, oriente e aspire ao "local" de trabalho.
4) Libere a energia através da espinha, direcionada e consagrada pela Von-
tade.
Gerar e acumular energia não é problema algum, já que qualquer método de
estimulação sexual será suficiente. Alguns meios são mais apropriados para al-
guns tipos específicos de trabalho que outros. Todos os numerosos meios de
causar excitação que as pessoas encontraram podem ser atribuídas a Árvore
da Vida. Essas considerações devem ajudá-lo em seu trabalho. Ao inflamar a
mente com os símbolos ou ideias que caracterizam o trabalho, é possível atin-
gir o portal de qualquer dos planos astrais apenas através da técnica projetiva.
Se você deseja permanecer em um plano astral tempo o suficiente para fazer a
sua Vontade, você precisa ter afinidade com as formas desse plano, ou então
você cairá de volta em seu corpo.
Uma forma simples de engendrar essa afinidade é escrever, de seu próprio pu-
nho, todas as atribuições e correspondências que puder encontrar concernen-
tes ao plano em que deseja trabalhar. Leia essa lista cinco ou seis vezes por
dia (no mínimo) e permita que essas imagens ajam por si só em sua consciên-
cia. Execute esse exercício durante uma semana antes de iniciar o Trabalho.
Suas percepções ficarão sintonizadas às forças envolvidas, e tornar-se-ão apa-
rentes na sua vida cotidiana. Por exemplo, se você deseja trabalhar Netzach,
você aspira observar a Força Dela sob formas normalmente obscurecidas pela
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justaposição de todas as Sephirot. A Obra (ambientação, postura mental) deve
ser evocativa de Netzach em todos os aspectos. Quanto à geração de energia,
alguns meios seriam mais alinhados com Netzach que outros. Sacerdote e Sa-
cerdotisa seriam perfeitos para tal situação, enquanto para Hod seria melhor
que o Sacerdote ou a Sacerdotisa executassem o trabalho sozinhos.
Durante o congresso sexual, ou seu equivalente, a energia sexual é percebida
como sensação. O corpo animal vê o sexo meramente como uma função cor-
poral. Não é acumulada mais energia do que a necessária para desencadear
um orgasmo. Geralmente isso não é o suficiente para se trabalhar. Precisa ha-
ver controle para acumular essa energia e criar o "montante". Precisamos tam-
bém condicionar o corpo energético a lidar com um poder maior.
Para controle, você deve antes de tudo ter um grau maior de consciência. Você
deve estar acuradamente ciente de cada uma de suas sensações físicas. Onde
é o ponto de sensação máxima, sua extensão áurea, sua intensidade relativa,
sua profundidade no corpo e assim por diante. Você deve aspirar atingir a
consciência total e a habilidade de descrevê-la completa e acuradamente.
Torne-se absolutamente consciente de seus limites cenestésicos e onde a sen-
sação está localizada neles. Visualize a sensação como luz. Você deve criar
uma analogia visual para tudo o que sente. De início, luz branca é o mais ade-
quado. Não tente ainda nenhuma manipulação, apenas sinta e veja a luz. En-
tão, cubra seu corpo com essa visão. Ela deve ser mais brilhante onde a sen-
sação é mais intensa, esmaecendo nas extremidades. Essa visão deve seu
uma qualidade integral, feita sem esforço. Deve haver uma identificação total
entre visão e sensação- como quando se coloca a mão sobre a chama de uma
vela. Todo orgasmo deve ser monitorado e visualizado. Mantenha um diário,
sem, no entanto, ficar obcecado. Você terá mais chances de sucesso se isso
for feito em um espírito de diversão, apesar do fato de que este é um rito deve-
ras sagrado.
Na acumulação de energia, você deverá notar que a luz torna-se cada vez
mais brilhante e concentrada à medida que você se aproxima do êxtase. A téc-
nica aqui é alcançar o ponto de êxtase e permanecer equilibrado ali, permitindo
que o campo de energia se intensifique e se expanda. a formulação da forma
astral requer toda a concentração de seu controle. Quando concentrada e limi-
tada pela Vontade, essa forma de energia torna-se uma espécie de objeto só-
lido. Quando o controle é abandonado, torna-se uma espécie de energia ou luz
e é muito mais difícil de ser governada.
Criar uma esfera na luz branca é talvez uma das mais simples e eficazes for-
mas, já que apresenta a mesma aparência seja qual for a sua perspectiva. As
cores virão espontaneamente à medida que sua habilidade e percepção au-
mentarem. Quando você for competente na técnica, você poderá moldar essa
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forma de qualquer jeito que quiser, mas, mais útil ainda, é projetar a sua cons-
ciência nessa forma. Isso é feito enquanto a energia está sendo concentrada
no campo do deleite pré-orgásmico.
As sensações construídas com a continuação da estimulação.. A energia é li-
mita-se a área genital. A acumulação ali na verdade restringirá a corrente de
certa forma como ao colocar um carregador de baterias em uma bateria com-
pletamente carregada- nenhum lucro. Nós, portanto, movemos a esfera de luz
para a base da espinha e a mantemos ali. O posicionamento permite que mais
energia seja gerada, fluindo do chakra Sexual (mudhalahara) através dos geni-
tais, e devidamente fixa a esfera para a eventual liberação de energia através
da coluna. É na base da espinha que transferimos a consciência para a forma
astral. Mas apenas a inspiração pode guiar o magista. Você deve estar absolu-
tamente certo daquilo que aspira, pois quando a flecha é solta corre direta-
mente para seu alvo.
Mesmo enquanto você começa a formular as sensações, é melhor que marque
o local de sua aspiração. Aqui retornamos ao conceito de Macro/microcosmo.
Formule a Árvore da Vida em sua aura de modo que Kether fique posto sobre o
Chakra da Coroa e Malkuth na base da espinha. Isso fornece um mapa astral,
especialmente útil ao se trabalhar com caminhos não diretamente posicionados
no pilar do meio. Então, se eu desejo trabalhar em Chesed, devo fixar uma es-
trela azul no ombro direito, guarnecida pelo sigilo de Júpiter. Isso é fixado na
aura para persistir de sua própria maneira.
Ao transferir a consciência para a base da espinha, nossa perspectiva muda ra-
dicalmente. É comum vivenciar a experiência de estar num campo de estrelas
ou numa estrela em si. Sua percepção de seu corpo físico permanecerá, mas
de outra forma. O sigilo que você estabeleceu (como no exemplo acima) está
agora a uma vasta distância de você, provavelmente longe do alcance de vista,
mas sua aspiração o leva a ele assim como a agulha de uma bússola aponta o
Norte.
O orgasmo agora chega a um ponto inevitável. Apenas mantendo a forma as-
tral você conseguirá prolongar esse estado. Você deve manter-se equilibrado
no próprio limiar, escorregando, mas lutando por permanecer ali, pois o deleite
aumenta mais e mais. O corpo animal derrama energia abundantemente sobre
os genitais, ameaçando desencadear o orgasmo. No aprendizado, será mais
fácil para você e seu parceiro revezarem entre ser o ativo e o passivo, permi-
tindo que o parceiro ativo controle os movimentos. Segure-se firme ao ápice! á
medida que sua habilidade em prolongar este estado aumenta, maior será a
duração e intensidade de seus orgasmos. As formas astrais que você cria se-
rão como objetos discretos.
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O carregamento de energia sexual também poderá ser feito de forma individual
sem a necessidade de um parceiro, recomenda-se inclusive que as primeiras
experiências sejam realizadas de forma isolada pois, muitas vezes, um parceiro
inadequado não permitirá que o alquimista equilibre a energia sexual de forma
correta e quase sempre impedira de atingir o auge necessário para a execução
das tarefas alquímicas.
Quando o magista concebe força suficiente para o trabalho, há apenas a ne-
cessidade de recordar a imagem do sigilo (sigilo aqui temo significado de um
símbolo ou a imagem daquilo que se deseja ardentemente) e relaxar o con-
trole. A energia é acumulada através do deleite e é liberada através do deleite
também. O deleite é ofuscante, violento em sua ação. A força do orgasmo pro-
jeta a forma astral, na qual a consciência foi colocada, para o sigilo. A experiên-
cia pode parecer estranha no início, apesar de agradável. A sensação física
através do corpo é sentida plenamente, mas há também uma sensação de pre-
cipitar-se através do espaço. Você pode ver também a energia mover-se atra-
vés de seu corpo como se você estivesse fora dele. Se isso não é confuso o
bastante, é comum ter visões ao trabalhar com os chakras superiores. En-
quanto isso acontece, não há confusão: as percepções, enquanto distintas e
separadas, são também integradas.
Este é o método básico de projeção. É o suficiente para levá-lo para qualquer
coordenada astral que escolha, mas isso não confere o alcance de nenhum
plano. Isso é estritamente uma questão de Conhecimento, experiência prática,
e, mais importantemente, a habilidade de fazer sua Vontade lá.
Antes de proceder com as escolhas de ação nos planos, um pouco mais deve
ser dito sobre a técnica.
Neste aprendizado, tome seu tempo e não tente apressar-se para chegar ao
próximo passo. Trabalhe sobre um aspecto de cada vez, apenas acrescen-
tando o próximo quando estiver realmente competente. As sensações físicas
lhe garantirão o conhecimento certo de seu progresso. Elas mover-se-ão pelo
seu corpo, e o que você apenas sentira nos quadris será sentido em outros lu-
gares. Por exemplo, não há como confundir um orgasmo vindo do chakra do
coração. A intensidade de seus orgasmos será devastadora.
Essa prolongação do estado pré-orgásmico não pode ser suficientemente enfa-
tizada. é nesse mesmo ápice que a energia é erigida. Você deve ser capaz de
prolongar esse estado no mínimo por 20-30 segundos. Se liberada muito cedo,
você não terá ímpeto suficiente para atingir os centros mais altos.
Antes que seu controle esteja perfeitamente estabelecido, você poderá achar
que seu orgasmo perde-se ocasionalmente. A energia foi reabsorvida pela
aura. É quase como se ela tivesse sido arrebatada de seu alcance. Após um
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breve descanso, você pode começar novamente. Se isso se tornar um pro-
blema recorrente, pode ser que seu controle exceda a habilidade do corpo
energético de lidar com a energia que surge. Prática contínua resolverá esse
problema assim como exercícios permitem que o levantador de pesos levante
mais peso. Às vezes você pode simplesmente errar o alvo, ou perdê-lo, por
falta de concentração adequada, ao tentar manter as formas astrais. Por isso, a
familiaridade total com os chakras e a Árvore da Vida é a única solução. A visu-
alização da forma de energia, dos chakras, e da árvore da Vida deve ser com-
pletamente automática e sem esforço. Você deve guardar a sua concentração
para o trabalho em si. Se isso não ocorrer, faça uma pausa a partir da aplica-
ção e utilize técnicas meditativas para fortalecer sua base.
A forma de energia é a base da técnica. Comece a construí-la assim que suas
sensações começarem a surgir. Durante os estágios iniciais, é meramente uma
cintilação. Não há porque tentar apressar o processo ou consolidá-lo antes que
esteja suficientemente intenso para fazê-lo. A experiência é o único guia verda-
deiro. Os 20-30 segundos ou mais de deleite pre-orgasmico são onde a verda-
deira necessidade é definir e concentrar a energia.
Ao mover a forma de energia para a base ganhamos tempo para trabalhar e
também mais energia. Na prática, essa forma astral pode tornar-se tão grande
a ponto de circundar completamente os chakras inferiores. Isso permite um
controle melhor para atá-la em um corpo mais discreto. Abandoná-la indistinta-
mente normalmente leva a uma corrente mais generalizada, que não é real-
mente canalizada pela espinha. Esses resultados em uma mera superfície car-
regam a aura ao invés de se um brilho focado. A movimentação dessa energia
é baseada na identificação da visão e sensação. É muito mais fácil construir
uma forma astral do que algo tênue como a sensação. Essa é uma chave, lem-
bre-se bem disso.
Quanto a transferir sua consciência- Vontade de estar lá. Ao estar completa-
mente consciente das sensações e suas analogias visuais, e extrair a informa-
ção sensorial, você estará lá. Sua consciência estará onde suas percepções
estiverem centradas. Isto também é uma chave. Você sentirá seu corpo físico
através do seu corpo astral. Porque sua consciência está envolta em uma es-
fera de sensação, quando a sensação de energia se mover, sua consciência
também se moverá.
Uma variante da técnica projetiva é a invocação. A Invocação de uma entidade
ou forma Deus/a permite ao magista o acesso a um poder maior ou mais refi-
nado do que é normalmente possível. Como no método projetivo, é melhor gas-
tar uma grande quantidade de esforço antes do trabalho, impregnando-se das
ideias e sentimentos associados com a força que deseja invocar. Medite sobre
o sigilo dessa força constantemente até que sua visualização seja sólida e bri-
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  • 1. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 1 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br 2ª. EDIÇÃO 20152ª. EDIÇÃO 20152ª. EDIÇÃO 20152ª. EDIÇÃO 2015 IBEMACIBEMACIBEMACIBEMAC SÃO PAULOSÃO PAULOSÃO PAULOSÃO PAULO
  • 2. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 2 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br 2015 Edição Do Autor Editor: Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico Produção, Revisão e Capa: Enart Direitos Autorais: Professor Radamés, transferidos legalmente para o IBEMAC ______________________________________________________ ______________________ Ficha Catalográfica Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico. Curso de Místico Rosacruz- SRIA/BR/ IBEMAC/SP, Ed.2013 1.Rosacruz. 2. Ritual. 3. Alchimicus. 4. Grau Onze. I-Título ______________________________________________________ _____________________ Proibida a reprodução total ou parcial desta obra de qualquer forma ou de qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de pro- cessos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permis- são do Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico, na pessoa do seu edi- tor (Lei 9.610, de 19-2-98) Todos os direitos desta edição, em língua portuguesa, reservados pelo Editor. Proibida a tradução sem autori- zação.
  • 3. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 3 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Introdução - *Atenção! Leia, é de grande importância para você. A intenção do IBEMAC (Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico) é divulgar a doutrina dos Rosacruzes principalmente aos não-iniciados, possibilitando desta forma, que um grande número de pessoas, ainda que não ligados direta- mente a Ordem Rosacruz, possam conhecer um pouco dos nossos estudos, sem contudo adentrar aos segredos desta Ordem Secular. Seguindo este raciocínio, o IBEMAC preparou o “Curso Místico da Rosa- cruz”, dividido em cinco estágios ou ciclos, que correspondem aos “onze graus acadêmicos” para o estudo da filosofia Rosacruz. Os ensinamentos rosacruzes deste curso são baseados nas apostilas de estudos da Societatis Rosacrucis in Anglia para o Brasil, traduzidas do inglês para o português e adaptadas para o estudante brasileiro. O IBEMAC é o único Instituto no Brasil autorizado a divulgar – com exclusividade - esse material im- presso ou no formato Arquivo PDF. Ao final de cada uma das lições encontra-se um questionário o qual de- verá ser respondido e enviado para o IBEMAC para fins de correção e nota; somente receberá o Certificado de Aprovação e o selo de “apto para o próximo grau” o aluno que responder as questões e obtiver nota mínima 5,0 (cinco). Juntamente com as apostilas do curso, ao final de cada grau, o aluno receberá uma folha avulsa contendo todas as questões, poderá responder nessa folha e enviá-la para a Caixa Postal do IBEMAC neste endereço: IBEMAC - Caixa Pos- tal nº 51 Cep 15150-970 Monte Aprazível/SP. A folha de exame corrigida será devolvida para o candidato com a nota final obtida e o carimbo de aprovado. Os alunos que optaram pelo curso na modalidade “Arquivo PDF” deverão fazer uma cópia da folha de questões respondida e enviá-la via e-mail para se- cretaria@ibemac.com.br
  • 4. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 4 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Preste atenção durante a leitura da lição pois as frases que foram utiliza- das para formar o questionário estão todas no texto. Ao terminar o Curso Rosa- cruz o aluno que obtiver nota mínima de 5,0 (cinco) em cada um dos graus, com média final 5,0 (cinco) será indicado, caso seja de sua vontade, para uma das Lojas Maçônicas filiadas ao IBEMAC e poderá tornar-se um Aprendiz Maçom, caso preencha os requisitos básicos para ingresso na Maçonaria. As Lojas maçônicas filiadas ao IBEMAC todas trabalham com os concei- tos de maçonaria aliado aos conceitos rosacruzes da Societatis Rosacrucis In Anglia. Todo acadêmico regularmente matriculado no IBEMAC pertence a “LOJA ROSACRUZ JOIA DO NILO” fundada pelos Mestres Rosacruzes do Instituto Brasileiro de Estudos Maçônico, com a finalidade de atender as necessidades dos alunos e dirimir as dúvidas que naturalmente surgem durante o período de estudos. O Mestre da sua classe sempre atenderá às suas solicitações e durante o curso manterá contato para orientá-lo da melhor forma possível para a conclu- são dos estudos. Ele também será o seu padrinho para um futuro e possível ingresso na Maçonaria ou na SRIA – Societatis Rosacrucis In Anglia para o Bra- sil. Todo aluno regularmente matriculado no IBEMAC está autorizado a se identificar como ROSACRUZ do ramo SRIA - Societatis Rosacrucis In Anglia para o Brasil, podendo assim se apresentar perante reuniões de tra- balho, místicas, religiosas, políticas, sociais e outras. Convém que o aluno informe ao IBEMAC que irá participar de tais reuniões ou que delas já tenha participado. O aluno faz a sua identificação com a apresentação da sua Credencial de Rosacruz (Carteira de Estudante) e do Certificado de Conclu- são do Grau.
  • 5. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 5 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br SOCIETATIS ROSACRUCIS IN ANGLIA (SRIA) Quinto Ciclo GRAU ONZE (alchimicus) I ° Zelador : Este é o primeiro ano da Sociedade, onde o aspirante é recebido em uma cerimônia mais impressionante e colorido e onde ele é exortado a iniciar a sua busca da verdadeira sabedoria. Todos os negócios do Colégio são transacionado neste grau. II ° Theoricus : Como sugere o título, o ritual de admissão é preocu- pado com os aspectos teóricos da divindade em todas as suas for- mas. Esta série incorpora uma palestra erudita na cor. III ° Praticus : O estudo e ritual desta classe tem referência especial à faceta espiritual da antiga arte da alquimia. A prática da telepatia, vibroturgia, reconhecimento da aura humana, cura metafísica e sons místicos (mantras), bem como a preparação para o desdobramento da consciência ou projeção astral, construção do Sanctum do Lar e ingresso no Sanctum Celestial é o trabalho que espera o Praticus nesta apostila e nas próximas do Segundo Ciclo IV° Philosophus: Neste grau o acadêmico rosacruz terá um encontro muito especial com os antigos e atuais filósofos e seus raciocínios que marcaram a humanidade. Aprenderá as formas corretas e cien- tíficas do raciocínio humano. Terá seu primeiro contato com a mon- tagem física do seu Sanctum do Lar. Conhecerá as lendas que os rosacruzes preservam até os dias de hoje. V° Adeptus Minor: Nesta apostila estudaremos os significados dos termos esotérico e exotérico e identificaremos a sua utilização correta dentro do roscacrucianismo; veremos a formação das ondas de pen- samento predominante e aprenderemos a identificar como e quais são os nossos pensamentos e quais são aqueles que nos chegam de fontes externas, ou seja de outras pessoas; aprenderemos a men- talizar o ingresso no Sanctum Celestial e faremos a nossa primeira
  • 6. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 6 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br reunião nessa local sagrado. Aprendermos mais um sinal da cruz, desta vez a cruz rosacruz feita para o ambiente. VIº - Adeptus Major: Nesta apostila estudaremos a vida dos grandes filósofos esotéricos, homens e mulheres que com sua atividade mu- daram o mundo no qual vivemos. O adeptus major deve conhecer a fundo esses personagens a ponto de ser inspirado por eles e ao ponto de poder difundir aos profanos essas biografias de forma a in- centivar que cada vez mais um maior número de pessoas seja inspi- rado por esses personagens de modo que possamos manter acesa a chama que aquelas almas trouxeram para este mundo. Esses gran- des personagens pertencem a Egrégora da Rosacruz e podem ser acessados quando o frater ou a soror entram em meditação e se di- rigiem ao Sanctum Celestial. VII° - Adeptus Exemptus: Deste ponto em diante o aluno Rosacruz está em direção ao magistério ou seja “em tornar-se um mago” um verdadeiro mestre. Para isso deverá estudar e compreender a divisão do mundo em que vivemos, passando a entender que existem no mínimo dois mundos: o visível e o invisível. Enquanto o mundo físico é o mundo do efeito o mundo invisível é o das causas. O homem transita nesses dois mundos mas a maioria apenas enxerga e sente o mundo físico, sendo cedo para o invisível. Estudará a região quí- mica do mundo físico 1 - Mundo de Deus. 2 - Mundo dos Espíritos Virginais. 3 - Mundo do Espírito Divino. 4 - Mundo do Espírito de Vida. 5 - Mundo do Pensamento. 6 - Mundo do Desejo. 7 - Mundo Físico. O aluno também terá acesso aos diagramas com as explicações e demonstrações sobre os dois mundos, suas divisões, as importân- cias de cada uma das divisões e a finalidade de cada uma delas para
  • 7. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 7 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br o homem e principalmente para o Rosacruz. Ao final do vasto estudo será convidado a praticar um exercício excepcional que irá abrir a sua mente para a clarividência, possibilitando que o outro mundo se descortine diante dos seus olhos. VIII° - Magister - Neste estudo o aluno irá se deparar com temas totalmente desconhecidos para ele e será necessário que dedique muitas horas de estudos para bem compreender o ensinamento. Te- mas como “cordão de prata” e suas implicações com a vida e a morte, bem como a mumificação e cremação; “Purgatório” é um outro tema de extremo interesse para todos os estudantes de ocultismo pois de- monstra a existência desse estado e o porquê de termos que passar por ele: a divisão do homem em “sete corpos” e qual a finalidade de cada um deles e quando surgem; temas como “lemuria” e “atlântida” tratamos de forma direta e objetiva realmente impressionam ao estu- dante. O Grau 8 é de média para grande dificuldade para a maioria dos estudantes, podemos afirmar que mais de 50% dos alunos não conseguem transpor essa barreira e isso por vários motivos, princi- palmente pela dificuldade em entender os temas abordados. Damos a chave para que o aluno realmente esforçado avance: deixe de lado os pre-conceitos ou preconceitos sobre tudo o que já ouvir falar ou leu sobre esses temas; limpe a sua mente para que algo de novo e de bom possa nela entrar e fazer morada. Dessa forma você vencerá essa barreira e chegará ao Grau Nove. Espero você por lá. O Mestre da Sua Classe. IX° - Neste grau o aluno estudará a evolução dos planetas, enten- derá como surgiu nosso planeta Terra e as diversas fases que a hu- manidade passou até chegar ao presente estágio, estudará a forma- ção da raça humana, sobre a geração hiperbórea, sobre os gigantes que habitavam a face da terra e muito mais. X° - Illuminati – É neste grau que o estudante Rosacruz toma consci- ência definitiva sobre as sociedades secretas que dominam o mundo; maçonaria, templários, skull and bondes, sociedade tule, sociedade vril e outras. Aqui são explicados os processos de formação que es- sas associações utilizam e os meios que empregam para o domínio da humanidade. É neste grau que o estudante rosacruz recebe as
  • 8. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 8 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br chaves para a liberação da sua mente de uma vez por todas, reco- nhecendo e se libertando do domínio dessas sociedades secretas pelo simples fato de entende como o mecanismo de dominação delas funciona. O estudante também será preparado para aceitar ou não um convite vindo dessas sociedades principalmente dos Illuminati e no caso de aceitar saberá como utilizar o sistema ao seu favor ao invés de ser utilizado como mais uma peça no tabuleiro de xadrez. XIº - Este é o último grau para o estudante Rosacruz. Ele equivale e supera o Grau XIIº de outras escolas rosacruzes e adentra em al- guns segredos da Golden Dawn e em uma boa parte do Grau 33º. da Maçonaria. Neste grau o acadêmico terá contato com as forças da alquimia e poderá ao final, tornar-se um “alchimicus” (alquimista) ou não, dependendo da intenção e do preparo e da dedicação de cada um. Ao terminar este grau o aluno estará apto a prosseguir nos estu- dos, desta vez com as “iniciações rosacruzes” que é um capítulo à parte deste curso somente revelada para aqueles que atingem este grau. As iniciações conferem o título de Grau 12 (artesão) ao estu- dante que participar do curso; geralmente leva-se cerca de 12 (doze) meses para concluir o grau 12. O seu Orientador poderá fornecer maiores detalhes sobre as iniciações. Nesta Décima Primeira Apostila Geral que é a Única do Quinto Ciclo você estudará as teorias e práticas do Grau 11º. Alchimicus. Princípios Essenciais Nesta apostila que é o Quinto Ciclo dos Ensinamentos Rosacruzes, Grau 11 chamado de “Grau do Alquimista” o aluno tomará conheci- mento sobre assuntos os quais a maioria das pessoas encara como “tabus religiosos ou sociais”, por isso não é permitido divulgar o con- teúdo desta apostila para “profanos” uma vez que não compreendem que este estudo é parte de um curso e que o aluno foi devidamente preparado desde o grau um e que praticou exercícios ritualísticos. Compreenderá as principais práticas dos alquimistas, conhecerá a quinta-essência, terá contato e experiência com a energia sexual e
  • 9. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 9 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br outras experiências químicas principalmente da transmutação dos elementos. Abaixo estão os princípios essenciais dessa Monografia. Releia-os durante a próxima semana para mantê-los em sua memória. O aluno terá contato com os seguintes temas: 1. Definição de Alquimia 2. Os três princípios da alquimia 3. A origem da alquimia no mundo 4. Tábua das Esmeraldas 5. Coisa Sútil e Coisa Sólida 6. Enxofre, Mercúrio e Arsênico 7. Os Quatro Elementos 8. O Quinto Elemento 9. Verdadeira Rota da Alquimia 10. Verdadeiro Mercúrio 11. Os símbolos alquímicos 12. Controlando a energia sexual 13. A cura à distância 14. Reunião Psíquica. Todos esses temas foram ocultados em nossa página no “conteúdo do curso” justamente para evitar uma propaganda demasiada forte sobre o assunto e consequentemente atrair um grande número de “curiosos” que nada somam com o nosso movimento e querem ape- nas especular sobre aquilo que podemos oferecer. Os assuntos são muito amplos e abrangentes, por isso tivemos o cui- dado para sermos o mais objeto possível ao abordar cada um dos temas. O aluno é livre para buscar em outras fontes a complementa- ção desses temas, tanto em bons livros quanto através de consultas no google, a maior fonte de informação (nem sempre segura) que temos nos dias de hoje.
  • 10. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 10 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Outra diferença neste Grau é que o aluno observará que a folha de questões não tem mais perguntas e respostas no formato assertiva (marque um X), mas sim no formato descritivo, ou seja, agora o aca- dêmico é chamado a dar as respostas com as suas palavras demons- trando aquilo que aprendeu com o estudo do conteúdo do curso. Para facilitarmos o estudo e resposta das questões fizemos uma marcação em cada texto utilizado para formular uma pergunta, basta que o aluno preste atenção na marcação, o texto estará marcado em cor amarela em toda a sua extensão. O Aluno receberá um Dicionário de Alquimia em Português que o auxiliará para entender os termos que são utilizados nesta matéria. Palavras Iniciais Mensagem de Perseverança diária e constante A paciência é um grande teste, e uma das ferramentas favo- ritas pelas quais o Universo tenta a sua devoção nas chamas da prática espiritual. Lembre-se de sempre perseverar se você não vir progresso no início. Não é dado a todos nós avançarmos rapida- mente, mas com paciência e prática consistente, todos podem avançar. Formas de Identificação: Relembre e pratique. PAZ PROFUNDA: Esse antigo cumprimento dos rosacruzes é utilizado ainda hoje no mundo todo pela maioria dos segmentos da Rosacruz. Dessa forma o estudante poderá se identificar com outro rosacruz, basta mencionar “Paz Profunda”, essa forma de identificação é utilizada antes ou logo após o cumpri- mento normal de cordialidade: bom dia, boa tarde ou boa noite.
  • 11. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 11 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Dentro da Linguagem própria dos Rosacruzes, encontramos dois termos que são muito utilizados, são eles: Frater – identi- fica o irmão da rosacruz; Soror – identifica a irmã na rosacruz. Nas Cartas e nos e-mails, os rosacruzes sempre começam saudando aos irmãos da seguinte forma: “Saudações nas Três Pontas do Sagrado Triângulo” e ao final, no encerramento do documento: “votos de Paz Profunda”. Salutem Punctis Trianguli – é a saudação Rosacruz mais utili- zada nas correspondências. Em português ela poderá ser substituída pela frase Saudações nas Três Pontas do Sagrado Triângulo. O Philosuphus se identifica acrescentando em sua assinatura o símbolo alfa “α “a primeira letra do alfabeto grego que se as- semelha a nossa letra “a”. Os gregos utilizavam a expressão “do alfha ao ômega” ( Ω ) para simbolizar o início e o fim de todas as coisas. O Adeptus Minor se identifica acrescentando em sua assinatura as letras Fr. A.M. (Frater Adeptus Minor) ou Sr.A.M. (Soror Adeptus Minor) O Adeptus Major se identifica acrescentando em sua assina- tura as letras Fr. A. M+ (Frater Adeptus Major) ou Sr. A.M+ (So- ror Adeptus Major), note que acrescentou o sinal de + ao nome sem que no anterior “Adeptus Minor” não haja necessidade da utilização do sinal (-). No terceiro ciclo, o rosacruz se identifica acrescentando em sua assinatura as letras Fr. A. (7) ou (8) ou (9) conforme o grau que esteja cursando. A saudação Paz Profunda é trocada entre os rosacruzes quando se encontram e assim que se dão aos mãos
  • 12. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 12 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br e caso não haja o toque de mão a saudação e mencionada le- vantando-se a mão direita na altura do ombro com a palma aberta e os dedos esticados apontados para o céu. No Grau 10 de Illuminati o rosacruz se identifica levantando a mão direita somente dedo indicador levantado formando a letra “I” (i) e a mão esquerda para cima somente o polegar e o indi- cador abertos apontados um para o lado e o outro para cima formando a letra “L” (l) sendo ambas as letras “i” e “l” as iniciais de “Illuminati”. Em suas correspondências colocará a frente do seu nome a letra Fr com três pontinhos invertidos, formando um triângulo com o vértice para baixo (‘.’) No Grau 11 de Alchimicus o rosacruz fará a sua identificação através do formato do “oruborus” ou “oroborus”, este sinal é feito juntando-se os dedos polegar e indicador da mão direita com os dedos polegar e indicador formando um círculo. Outra forma de identificação é demonstrar com as mãos cada um dos quatro elementos, esse ensinamento está no texto que o aluno receber agora. Saudações do Mestre Incógnito da sua Classe Nós, da Societatis Rosacrucis in Anglia (SRIA), divulgado atra- vés do convênio com o Instituto Brasileiro de Estudos Maçôni- cos os recebemos com grande alegria em nossa comunidade. É nosso desejo sincero que o nosso relacionamento com essa nova classe aprendizes que se inicia, reflita o verdadeiro espí- rito de fraternidade e que juntos, com a ajuda do Grande Arqui- teto do Universo, possamos com tranquilidade estudar e com- preender os primeiros princípios dos ensinamentos da Rosa- cruz.
  • 13. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 13 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br GRAU ONZE – ALCHIMICUS Começa aqui os ensinamentos do Grau Dez de “ALCHIMI- CUS”, ele compreende os estudos esotéricos superiores ou “mistérios maiores” e representa o início e o fim de um ciclo, o quinto. Ao final desta apostila o aluno receberá as questões de exame e desta vez deverá responder por dissertação sobre cada um dos temas abordados durante este aprendizado. Antes de iniciar a leitura desta apostila é necessário que o aluno se submeta ao juramento que está logo abaixo, sem ter
  • 14. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 14 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br concluído o juramento o aluno não terá a mente aberta para compreender os mistérios da alquimia. Qualquer um que tiver acesso a este estudo, profano ou iniciado, que não tiver jurado segundo a fórmula antiga, nada conhecerá desses mistérios. Juramento: "Eu te faço jurar pelos céus, pela terra, pela luz e pe- las trevas; Eu te faço jurar pelo fogo, pelo ar, pela terra e pela água; Eu te faço jurar pelo mais alto dos céus, pelas pro- fundezas da terra e pelo abismo do tártaro; Eu te faço jurar por Mercúrio e por Anubis, pelo ru- gido do dragão Kerkorubos e pelo latido do cão tricéfalo, Cérbero, guardião do inferno; Eu te conjuro pelas três Parcas, pelas três fúrias e pela espada a não revelar a pessoa alguma nossas teorias e téc- nicas"
  • 15. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 15 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Vamos a Aula Os Três fundamentos que são a base dos objetivos dos alquimistas, ei- los: 1. Transformar os metais chamados inferiores (principalmente o mercúrio e o chumbo) em ouro e prata, metais tidos como superi- ores; 2. Preparar uma panaceia que cure as enfermidades humanas, con- serve e devolva a juventude e prolongue a vida - a Medicina Uni- versal ou o Elixir da Longa Vida; 3. Conseguir a transformação espiritual do alquimista, de homem ca- ído em criatura perfeita. Parte Um – Conhecimento Específico sobre alquimia. A palavra alquimia, Al-Khemy, vem do árabe e quer dizer "a química". A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida é na reali- dade coisa minúscula diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a busca do entendimento da natureza, a busca da sabedoria, dos grandes co- nhecimentos e o estudante de alquimia é um andarilho a percorrer as estradas da vida. O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio que compreende a simplicidade do nada absoluto. É capaz de realizar coisas que a ciência e tec- nologias atuais jamais conseguirão, pois a Alquimia está pautada na energia espiritual e não somente no materialismo e a ciência a muito tempo perdeu este caminho. A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de ser aprendida ou descoberta. Podemos levar anos até começarmos a perceber que nada sabemos, vamos então começar imediatamente pois o prêmio para os que conseguirem é o mais alto de todos. Os quatro elementos. O quinto Elemento. A quintessência. E papel de todo alquimista ter pleno domínio dos cinco elementos. O número cinco sempre foi representado como místico, magico e
  • 16. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 16 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br essencialmente humano. Basta se lembrar que cinco são os senti- dos, cinco os dedos da mão e do pé, cinco representa o homem como estrela, com os braços e pernas abertos dentro do penta- grama. Lorena de Mantheia (O Ocultismo Sem Mistérios) explica que "O número cinco tira seu simbolismo do fato de ser: por um lado a soma do primeiro número par e do primeiro número ímpar (2+3) e, por outro lado, de estar no meio dos nove primeiros núme- ros". "E ainda o símbolo do homem (braços abertos, o homem pa- rece disposto em cinco partes em forma de cruz: os dois braços, o busto, o centro - abrigo do coração - a cabeça, as duas pernas). Símbolo igualmente do Universo: dois eixos, um vertical, outro hori- zontal, passando por um mesmo centro." Além disso, cinco são os elementos: o éter (elemento imaterial), ar, terra, água e fogo (ele- mentos materiais). O fato de o éter estar acima dos demais elemen- tos significa que rege os demais, na realização da mágica. O Pentagrama Estrela de cinco pontas, formada por cinco linhas num traço único; na Antiguidade visto também como penetração quíntupla da pri- meira letra do alfabeto grego, como pentalfa. Em consonância com o número cinco, inicialmente símbolo da harmonia cósmica. O pen- tagrama, utilizado pelos pitagóricos como sinal de saúde e de salva- ção, tornou-se símbolo médico. No exército bizantino o pentalfa (=pentagrama) sobre os escudos servia como uma espécie de em- blema de vitória. O pentagrama refere-se aos cinco elementos: éter, único elemento que e imaterial e serve para harmonizar os outros quatro, materiais, que são o ar, o fogo, a terra e a água. Segundo Eliphas Levi, se invertido o pentagrama, o caminho seria involutivo, em busca do nada, da mentira etc., no qual não se pode concordar, uma vez que o melhor entendimento para a referida in- versão e a aceitação dos aspectos "negativos" do ser, sem o qual a pessoa continua dividida entre uma parte de si "que gosta" e a ou- tra parte, "que não gosta". O primeiro passo e aceitar esta parte "de que não gosta". Por outro lado, pelo simples fato de esta parte ter
  • 17. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 17 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br sido sempre reprimida, representa um alto poder magico que pode transformar a vida do mago na ascensão pelo caminho da matéria. O alquimista e estudante de hermetismo aprenderão que os quatro elementos são regidos pelo quinto, éter. É o momento de se obser- var como este se manifesta através dos demais. Terra A Terra é um elemento de polaridade feminina, associado a fertili- dade, à matéria, à origem do homem como espécie e sua ligação com a natureza. Os signos astrológicos da terra são touro, capricór- nio e virgem. Como os signos podem ser cardeais (iniciar uma ação), fixos (estabilizar o que for realizado) e mutáveis (alterar o que foi estabilizado), Capricórnio e um signo cardeal, voltado para a ação material; o Touro e um signo fixo, para acumular bens materi- ais; e Virgem um signo mutável, para alterar o que aprendeu atra- vés de suas experiências, para aperfeiçoar. Características: Ponto Cardeal : Norte Sinal do Elemento : set Príncipe Infernal : Belial Chakra : básico Clima : seco e frio Cor : amarelo Estação : inverno Lua : lua negra
  • 18. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 18 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Sentido : Tato Símbolo: Quadrado Ativa : fome, alegria da vida, prazer espiritual, germinação de idéias e objetivos, fortalece o trabalho, atrai rendas , energia física e equilí- brio. Fogo O fogo é um elemento de polaridade masculina, de poder transfor- mador – ele destrói o que está desgastado para dar lugar ao novo. Também estimula a intuição a percepção extra-sensorial, a sexualidade, a vitalidade e o senso de liderança. Na astrologia, os signos são Aries, cardeal, com ação para firmar sua identidade; Leão, fixo, a fim de manter sua identidade; e Sagitá- rio, mutável, com o escopo de alterar ideais, a fim de melhor se ex- pressar socialmente, através de considerações filosóficas, intelectu- ais e religiosas. A maior característica de fogo é a Intuição. Anna Maria relata as qualidades desse elemento: "Entusiasmo, alegria, otimismo, espontaneidade." Características Ponto Cardeal : Sul Sinal do Elemento : thoum-aesh-neith Príncipe Infernal : Satã Chakra : Plexo Solar Clima : Seco e Quente Cor : Vermelho Estação : Verão Lua : Cheia
  • 19. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 19 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Sentido : Visão Símbolo : Triângulo Ativa :Aumento de Energia, Agressividade, Bem-Estar físico, Queima do que não presta. Água A água é um elemento de polaridade feminina, associado às muta- ções, aos sonhos ao inconsciente e as emoções em geral. O signo cardeal e o câncer, ligado a ação emocional; o signo fixo e o escor- pião, no sentido de controlar as emoções; o signo mutável, peixes, que adapta-se as situações, conforme as suas vivências e percep- ções emocionais ou psíquicas. Sua característica e o Sentimento, "percebe as coisas por via emocional, sentindo-se logo bem ou mal nas situações ou com pessoas" (Anna Maria). "Para água só o sen- timento e real. Subjetivo, íntimo e profundo. Características Ponto Cardeal : Oeste Sinal do Elemento : auromoth Príncipe Infernal : Leviatã. Chakra : Umbilical Clima : úmido e frio Cor : Prata Estação : Outono Lua : Minguante Sentido : Paladar
  • 20. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 20 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Símbolo : Meia Lua Ativa : Tomada de decisões , manipulação de emoções, meditação. Ar O signo cardeal é libra, regedor da ação social e intelectual; o signo fixo e aquário, mantenedor das suas ideias; e o signo mutável e gê- meos, alterador daquilo que prende social ou intelectualmente. A característica marcante e o Pensamento, "porque elabora coisas in- telectualmente, raciocina e relaciona-se com coisas e pessoas. E abstrato." Tem como qualidades a objetividade, capaz de ver o ponto de vista do outro mesmo quando zangado, por isso sabe lidar com as decepções de forma filosófica. Boas maneiras, reflexão e explicações" (Anna Maria). Características Ponto Cardeal : Leste Sinal do Elemento : shu Príncipe Infernal : Lúcifer. Chakra : Cardíaco Clima : úmido e quente Cor : Azul Estação : Primavera Lua : Crescente Sentido : Olfato Símbolo : Círculo
  • 21. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 21 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Ativa : Inteligência Clareza de ideias memória . Os quatro elementos simbolizados pela mão do alquimista. Abaixo estão as formas de identificação do grau de alquimista que são feitas com as tomadas de posição com ambas as mãos, é necessário que você pratique Para finalizar o estudo, deve-se descrever o sinal de cada ele- mento. O fogo é representado pelas mãos juntas na testa, com a palma para fora, formando um triângulo no espaço vazio entre as junções dos polegares e indicadores. O ar e representado pelas mãos espalmadas para cima da cabeça, como se fosse Atlas segu- rando o globo terrestre. A água, pela mesma junção da do fogo, só que agora o triângulo e apontado para baixo, com as mãos sobre o plexo solar. Finalmente, a terra, por uma postura similar à da letra hebraica Aleph , ou seja, a mão direita espalmada para a frente, por cima da cabeça, a mão esquerda, espalmada para baixo e recuada, o pé direito situado a frente do corpo e o esquerdo, atrás. A ARTE HERMÉTICA A arte hermética da alquimia já nasceu em lenda e mistério. Mais de dois mil anos antes do início da nossa era, os babilônios e os egípcios, procuravam ob- ter ouro artificialmente, interessavam-se pela transformação dos metais em ouro: "O chumbo transforma-se em ouro..."Procura-se a pedra de ouro...". Nessa época, a prática da alquimia era realizada sob o mais absoluto dos se- gredos, pois era considerada como uma ciência oculta. Sob a influência dessas ciências no Oriente Médio, os alquimistas passaram a atribuir propriedades so- brenaturais às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números que eram usados como amuleto, como o 3, o 4 e o 7. Pretendia-se, na alquimia, a transformação da matéria, e isto leva a sua putre- fação, a partir da qual se produz o "negrume". Por isso, o símbolo da alquimia,
  • 22. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 22 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br é o corvo, ave que aparece fazendo parte de muitos temas herméticos que os antigos deixaram consignados em seus monumentais edifícios e catedrais. O negrume surge devido à presença dominante de Saturno que é considerado pela tradição astrológica e hermética como planeta maléfico e aparece em céus escurecidos. Outro símbolo da alquimia é o ORUBORUS ou OROBORUS que é representado por uma serpente engolindo a si mesma com o significa de que o Alfa (começo) e o Ômega (final) estão obrigatoriamente unidos e que tudo está regido pela “Lei do Infinito”. Saturno preside às depurações e transformações dos metais, especialmente o chumbo em ouro. O negrume é a fase mais longa no caminho da transforma- ção da matéria e por isso, quando chega ao momento da consumação, é subs- tituído por outras fases plenas de claridade e de cor. Segundo as doutrinas her- méticas, o branco é a cor dos iniciados que conseguiram deixar de ser profa- nos e portanto, foram capazes de abandonar as trevas e seguir em busca da luz.Com o branco inicia-se a purificação da matéria. Os alquimistas usavam fórmulas e recitações mágicas destinadas a invocar de deuses e demônios favoráveis as operações químicas, por isso muitos acusa- dos de pacto com o demônio, presos, excomungados e queimados vivos pela inquisição da Igreja Católica. Por uma questão de sobrevivência, os manuscri- tos alquímicos foram elaborados em formas de poemas alegóricos, incompre- ensíveis aos não iniciados. Introdução: O ideal alquimista não constitui a descoberta de novos fenômenos, ao contrário do que procura cada vez mais intensamente a ciência moderna, mas sim reen- contrar um antigo segredo, que ainda é inacessível e inexplorado para a maio- ria. Ela não é constituída somente de um caminho material, como por exemplo a transmutação de qualquer metal em ouro. Antes de tudo a alquimia é uma arte filosófica, uma maneira diferente de ver o mundo. Não podemos, no entanto, separar o material do espiritual, uma vez que na Terra estamos encarnados em um corpo, onde um sofre influência do outro, pois na realidade tudo é uma coisa só, uma unidade, o ser humano. Na alqui-
  • 23. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 23 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br mia ocorre a transmutação da matéria e do espírito ao mesmo tempo. O alqui- mista adquire conhecimentos irrestritos da natureza, se pondo em um ponto es- pecial de observação, vendo tudo de maneira diferente. Seria como se uma pessoa pudesse ver tanto o aspecto físico nos mínimos detalhes bem como as energias associadas a este corpo. O alquimista estaria em contato total com o universo, enquanto que para todos nós este contato é apenas superficial. Na realização da Grande Obra, o alquimista consegue obter a pedra filosofal e modificar sua aura eliminando a cobiça e a avidez. Descobre que o ouro mate- rial não tem grande valor quando comparado ao ouro interno, ou seja, o cami- nho espiritual é infinitamente mais importante que as coisas materiais. Todos deveriam se contentar com o básico para sobrevivência do corpo e se dedicar por inteiro a busca de um aperfeiçoamento espiritual. Somente os homens de coração puro e intenções elevadas serão capazes de realizar a Grande Obra. Por isso existe um grande segredo em torno da alquimia. A ciência na atuali- dade se especializou tanto que cada vez mais os cientistas estudam uma parte menor de determinada área. Acreditam que com isso podem avançar muito mais em determinada direção. Assim, perdem a visão do todo, tornando-se me- nos conscientes da utilização de tais pesquisas, quer seja para o bem ou para mal. Os cientistas estão mais preocupados com a fama e dinheiro do que com o próprio sentido da ciência. Eles podem ser comparados a empresários capita- listas pois para a maioria o caminho é unicamente material. Quando pensam no aspecto espiritual este se encontra dissociado de tudo o quanto mais acredi- tam. Eles são os sopradores modernos. O alquimista é o estudante assíduo da alquimia, aquele que busca o caminho para a iluminação. O soprador é um mercenário que só se interessa pelo ouro que ele poderá produzir e o Adepto é o alquimista que realizou a Grande Obra, ou seja um iluminado. A alquimia é a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais. Tem como principal objetivo compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência. Os alqui- mistas, em suas práticas de laboratório, tentavam reproduzir a pedra filosofal a
  • 24. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 24 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br partir da matéria prima primordial. Com uma pequena parte desta pedra é pos- sível obter o controle sobre a matéria, transformando metais inferiores em ouro e também o Elixir da Longa Vida, que é capaz de prolongar a vida indefinida- mente. O ouro é considerado o mais perfeito dos metais pois dificilmente se oxida, não perde o brilho e acredita-se que todos os outros metais evoluem naturalmente até ele no interior da terra. Portanto, a transmutação é considerada um pro- cesso natural. Os alquimistas somente aceleram este processo, realizando as transmutações em seus laboratórios. Este tipo de conhecimento ficou sendo o mais cobiçado, não pelos alquimistas, mas pelos não iniciados, os sopradores como eram chamados. Eles buscavam a pedra filosofal, que lhes confeririam poderes como a invisibilidade, viagens astrais, curas milagrosas, etc. Esta pedra filosofal não se constituía necessariamente de um objeto, mas sim energia que pode ser adquirida e controlada. Este conjunto pedra e alquimista são responsáveis dos poderes alcançados. Um não iniciado poderia possuir a pedra e dela não desfrutar toda a sua potencialidade conseguindo, quando muito transformar uma pequena quantidade de chumbo em ouro. A transforma- ção da matéria-prima na pedra filosofal, juntamente com a transformação do in- divíduo constitui a Grande Obra. No laboratório, com experimentos e constantes leituras e releituras, o alqui- mista nas várias etapas da transformação da matéria, vai gradativamente trans- formando a própria consciência. Antes do ouro metal, o alquimista deverá en- contrar o ouro espiritual dentro de si. Os ideais e poderes pretendidos pelos alquimistas, nos faz correlacioná-los aos poderes de Cristo, que foi capaz de transmutar água em vinho, multiplicar os pães, andar sobre a água, curar milagrosamente, dentre outros. Ele sempre di- zia: "aquele que crê em mim, fará tudo que eu faço e ainda fará coisas maio- res". Os alquimistas buscavam esta pureza e compreensão espiritual, conseguindo assim, realizar estas obras. Portanto, o exemplo de Cristo, além do exemplo espiritual, constitui-se em um meio de descobrir o poder sobre a matéria. Mui- tos alquimistas consideram Cristo a pedra filosofal. Encontrar a pedra filosofal
  • 25. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 25 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br significa descobrir o segredo da existência, um estado de perfeita harmonia fí- sica, mental e espiritual, a felicidade perfeita, descobrir os processos da natu- reza, da vida, e com isso recuperar a pureza primordial do homem, que tanto se degradou na Terra. Portanto, a Grande Obra eleva o ser a mais alta perfei- ção: purifica o corpo, ilumina o espírito, desenvolve a inteligência a um ponto extraordinário e repara o temperamento. A pedra filosofal era gerada a partir da matéria prima primordial, além de outros compostos, no Ovo Filosófico que é um recipiente redondo de cristal onde to- dos estes compostos vão sendo transformados, em várias etapas, sempre utili- zando o forno. Este processo frequentemente é comparado a uma gestação da pedra filosofal. Isto seria como reproduzir o que a Natureza fez no princípio, quando só existia o caos, porém de maneira mais rápida, dando melhores con- dições para que ocorram as transformações. Portanto, a conclusão da Grande Obra, ou seja, o entendimento dos segredos alquímicos, significa adquirir os conhecimentos das leis universais e penetrar em uma dimensão espaço-tempo sagrada, diferente da do cotidiano de todos. Origem: A origem da alquimia se perde no tempo, sendo mais antiga do que a história da humanidade. Seu verdadeiro início é desconhecido e envolto em obscuri- dade e mistério. Assim, seu surgimento confunde-se com a origem e evolução do homem sobre a Terra. A utilização e o controle do fogo separou o animal irracional do ser humano. Nos primórdios, não se produzia o fogo, porém ele era controlado e utilizado para aquecer, iluminar, assar alimentos, além de servir para manejar alguns materiais, como a madeira. Bem mais tarde conseguiu-se produzir e manufatu- rar materiais com metal, a partir de metais encontrados na forma livre e posteri- ormente partindo dos minérios. Muitos associam a origem da alquimia a herança de conhecimentos de uma antiga civilização que teria sido extinta. Na Terra, já teriam existido inúmeras outras civilizações em diversas épocas remotas, dentre elas várias eram mais evoluídas que a nossa. Estas civilizações tiveram uma existência cíclica, com o nascimento, desenvolvimento e morte ocorrida provavelmente por meio de
  • 26. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 26 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br grandes catástrofes, como a queda de um grande meteoro, inundações, erup- ções vulcânicas, dentre outras que acabavam por reduzir grandes civilizações a um número ínfimo de sobreviventes ou mesmo por dizimá-las, fazendo com que uma nova civilização brotasse das cinzas. Os conhecimentos sobre a al- quimia estariam impregnados no inconsciente coletivo de todas as civilizações até hoje ou poderiam ter sido transmitidos pelos poucos sobreviventes, desta maneira a alquimia teria resistido ao tempo. Os textos chineses antigos se referem as "ilhas dos bem aventurados" que eram habitadas por imortais. Acreditava-se que ervas contidas nestas três ilhas após sofrerem um preparo poderiam produzir a juventude eterna, seria como o elixir da longa vida da alquimia. No ocidente, o Egito é considerado o criador da alquimia. O próprio nome é de origem árabe (Al corresponde ao artigo o), com raiz grega (elkimyâ). Kimyâ de- riva de Khen (ou chem), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na antiguidade. Outros acham que se relaciona ao vocábulo grego derivado de chyma, que se relaciona com a fundição de metais. Os alquimistas relacionam a sua origem ao deus egípcio Tote, que os gregos chamavam de Hermes (Hermes Trimegisto). Alguns alquimistas o considerava como um rei antigo que realmente teria existido, sendo o primeiro sábio e in- ventor das ciências e do alfabeto. Por causa de Hermes a alquimia também fi- cou conhecida como arte hermética ou ciência hermética. Os relatos mais remotos de doutrinas que utilizavam os preceitos alquímicos, remontam de uma lenda que menciona o seu uso pelos chineses em 4.500 a.C. Ao que parece ela teria aflorado do taoísmo clássico (Tao Chia) e do tao- ísmo popular, religioso e mágico (Tao Chiao). Porém os textos alquímicos co- meçaram a surgir na dinastia T'ang, por volta de 600 a.C. Na China, o mais fa- moso alquimista foi Ko Hung (cujo nome verdadeiro era Pao Pu-tzu, viveu de 249-330 d.C.) que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortali- dade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos quais o mais famoso é "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva".
  • 27. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 27 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Teria aprendido a alquimia por volta de 220 d.C com Tso Tzu. O tratado de Ko Hung, além da alquimia trata também da ciência da alma e das ciências natu- rais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutação dos metais. Até então a alquimia chinesa era puramente espiritual e foi Ko Hung que introduziu o materialismo, provavelmente devido a influências exter- nas. Ela foi influenciada também pelo I Ching "O livro das Mutações". Posterior- mente seguiu a escola dos cinco elementos, que mesmo assim permaneceu quase que completamente mental-espiritual. Na China a alquimia também ficou vinculada à preparação artificial do cinábrio (minério do qual se extraía o mercúrio - sulfeto de mercúrio), que era conside- rado uma substância talismânica associada a manutenção da saúde e a imorta- lidade. A metalurgia, principalmente o ato da fundição, era um trabalho que de- veria ser realizado por homens puros conhecedores dos ritos e do ofício. A transformação espiritual era simbolizada pelo "novo nascimento", associada a obtenção do metal a partir do minério (cinábrio e mercúrio). A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanças com a alqui- mia chinesa, como por exemplo “o soma” cujo conceito assemelhava-se ao do elixir da longa vida. No Egito a alquimia teria surgido no século III d.C. e de- monstrava uma influência do sistema filosófico-religioso da época helenística misturando conhecimentos médicos com metalúrgicos. A cidade de Alexandria era o reduto dos alquimistas. O alquimista grego mais famoso foi Zózimo (sé- culo IV), que nasceu em Panópolis e viveu em Alexandria, escreveu uma grande quantidade de obras. Nesta época, várias mulheres dedicavam-se a al- quimia, como por exemplo Maria, a judia, que inventou um banho térmico com água muito utilizado nos laboratórios atualmente, o "banho-maria", Kleopatra que possivelmente não seria a Rainha Cleópatra, Copta e Teosébia. Os persas conheciam a medicina, magia e alquimia. A alquimia possuía um pouco da ima- gem da população de Alexandria, era uma mistura das práticas helenísticas, caldaicas, egípcias e judaicas. Alexandre "o Grande" foi quem teria disseminado a alquimia durante suas con- quistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Árabes. Os árabes, sob a influência dos egípcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao re- dor do ano de 950, inicialmente para a Espanha. Construíram-se escolas e bi- bliotecas que atraiam inúmeros estudiosos. Conta-se que o primeiro europeu a conhecer a alquimia foi o teólogo e matemático monge Gerbert que mais tarde tornou-se papa, no período de 999/1003, com o nome de Silvestre II. Na Itália
  • 28. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 28 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Miguel Scott, astrólogo, escreveu uma obra intitulada De Secretis em que a al- quimia estava constantemente presente. No século X, a alquimia chinesa re- nunciou a preparação de ouro e se concentrou mais na parte espiritual. Ao in- vés de fazerem operações alquímicas com metais, a maioria dos alquimistas realizavam experimentos diretamente sobre seu corpo e espírito. Esta reto- mada a uma ciência espiritual teve como ponto culminante no século XIII com o taoísmo budaizante, com as práticas da escola Zen. A alquimia deixou muitas contribuições para a química, como subproduto de seus estudos, dentre eles podemos citar: a pólvora, a porcelana, vários ácidos (ácido sulfúrico), gases (cloro), metais (antimônio), técnicas físico-químicas (destilação, precipitação e sublimação), além de vários equipamentos de labo- ratório. Na China produzia-se alumínio no século II e a eletricidade era conhe- cida pelos alquimistas de Bagdá desde o século II a.C. Como aprender: "Ora, lege, lege, relege, labora et invenier" (ore, lê, lê, relê, trabalhe e encontra- rás). Esta era uma das primeiras grandes lições que o mestre alquimista ensi- nava a seus discípulos. A literatura alquímica produzida pelos iniciados é bastante complexa por estar em linguagem hermética de difícil compreensão. Portanto para aqueles que pretendem se aprofundar na alquimia, o primeiro passo é ler os livros gerais para compreender os fundamentos e começar a familiarizar-se com a interpre- tação dos textos herméticos. Cada livro deve ser relido até a obtenção de uma compreensão mais profunda, sendo que as releituras devem ser intercaladas entre os vários textos. O último livro lido ou relido mostrará o conhecimento de todos os demais, assim como os primeiros irão ajudar a entender o último. O estudante deve se fixar principalmente nos livros que mais lhe agrada. Apesar de tanto estudo, a maior parte do conhecimento ainda ficará incompre- endida e só clareará na prática diária, ou seja, fazendo experiências em labora- tório. A paciência é uma grande virtude a ser desenvolvida, pois vários anos de estudo teóricos e práticos são necessários para alcançar uma melhor compre- ensão e posteriormente a conclusão da Grande Obra, sendo que no caminho
  • 29. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 29 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br muitos fracassos ocorrerão. A maior parte dos que se dedicam a alquimia de- sistem e muitos, apesar de não desistirem, não a compreendem mesmo du- rante toda uma vida. Dos poucos que conseguem concluir a Grande Obra, a maior parte leva mais da metade de sua existência para alcançar. A iniciação talvez seja um processo semelhante ao da criação da própria pedra filosofal. Ela é considerada como um novo nascimento, a gênese para aquele que recebeu a luz e agora pode direcionar-se a caminho de um novo começo, com uma outra consciência. Constitui a morte dos conceitos errôneos e o re- nascimento das coisas puras e verdadeiras. A alquimia é de difícil compreensão porque seus ensinamentos referem-se, ao mesmo tempo, às operações de laboratório e ao caminho de uma evolução psí- quica e espiritual. Portanto os ensinamentos devem ser interpretados em todos os aspectos. A observação mais acurada da natureza de todos os seus fenô- menos e manifestações deve fazer parte do dia-a-dia do estudante, ou seja, ele deve sempre estar atento as transformações, aos ciclos astrológicos (do sol, da lua, dos planetas) e terrestres (da água e dos nutrientes) e aos pequenos deta- lhes (dos animais, vegetais e minerais), pois todo o conhecimento alquímico, inclusive sua linguagem, provém destas observações e sabendo interpretá-las fica mais fácil compreender a alquimia. A orientação de alguns alquimistas é que o estudante faça seu laboratório em local isolado, não divulgue para ninguém sua intenção devendo ser perseve- rante, dedicado, calmo, paciente, honesto, caridoso, acredite em Deus e princi- palmente que consiga um capital para poder dedicar-se totalmente aos estu- dos, incluindo além das despesas básicas, livros e equipamentos para o labo- ratório, ou que consiga uma atividade que possibilite uma grande disponibili- dade para a dedicação ao estudo. Cada um deve procurar o melhor caminho para obter tempo e recursos para uma total dedicação. O encontro com o mestre: (quando o discípulo está pronto o mestre surge) Apesar do estudante ter lido inúmeros livros dos iniciados, realizado experi- mentos em laboratório e possua inteligência suficiente, ainda não será capaz de atingir o cerne dos segredos "sozinho". A literatura hermética é uma dádiva
  • 30. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 30 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br para aqueles que conhecem os segredos e uma tortura para aqueles que não o conhecem. "Ao que tem, lhe será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado". Quando o estudioso de alquimia estiver preparado, ou seja, quando esgotarem suas possibilidades de estudos teóricos e práticos e os co- nhecimentos estiverem presentes em seu consciente e inconsciente, ele en- contrará a figura de um mestre que o conduzirá ao caminho da sabedoria e ilu- minação, tornando-o um iniciado na arte sagrada podendo assim concluir a Grande Obra. Este mestre pode se revelar na forma de anjo ou espírito. Poucos foram os que encontraram um mestre vivo que lhes passasse os grandes conhecimentos, pois os alquimistas não revelavam seus segredos nem para seus próprios fi- lhos, somente para os puros de espírito que estiverem preparados. O estado de semiconsciência, necessário para obter o sonho ou visão é normalmente atingido após longas horas de concentração, meditando sobre os livros ou quando parado no laboratório esperando e observando as transformações den- tro dos recipientes alquímicos. Nos relatos do encontro com um mestre, normalmente este é um homem de meia idade, veste roupas simples, têm cabelos lisos e negros, estatura medi- ana, magro, rosto pequeno e comprido e não tem barba. Estas são as caracte- rísticas de Saturno, que é o "sujeito dos Sábios", o velho, o planeta mais longe da Terra. Podendo designar também a matéria-prima. Linguagem hermética: Animais normalmente tem um significado especial, como por exemplo, a repre- sentação dos quatro elementos. O unicórnio ou o veado representam a terra, peixes a água, pássaros o ar e a salamandra o fogo. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo, que fica da cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação. A caverna representa a fase de dissolução, quando a matéria se aprofunda, se racha e se abre. Em muitos textos os metais estão representados pelos plane- tas correspondentes (veja os sete metais) pois eram preparados elixires de ou- tros metais, além do ouro e da prata. A balança representa o ar, a sublimação,
  • 31. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 31 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br as proporções naturais. A figura de um andrógino ou de Adão e Eva, represen- tam a matéria prima, composta do mercúrio e do enxofre. O anjo simboliza a água - "Espírito da Pedra" A matéria-prima, bem como o próprio alquimista, podem ser representados pelo bobo, pelo peregrino ou pelo viajante. A imagem de uma rocha, cavernas, montanhas e outras representa- ções de grandes blocos de pedra, sob o qual encontram-se tesouros. A cena ainda pode conter uma árvore, uma nascente, um dragão montando guarda, mineiros trabalhando, isto tudo evoca a matéria-prima, que também é compa- rada à virgem, pois ainda não recebeu o princípio masculino, ou com uma pros- tituta que é capaz de receber todos os princípios masculinos, comparando as- sim a matéria-prima com a facilidade de unir-se aos metais. Ë capaz de abrigar dentro de si todos os metais, apesar de não ser metálica. Os alquimistas tam- bém chamavam a matéria-prima de lobo cinzento. Uma mendiga ou uma velha representa o aspecto desprezível e repulsivo da matéria-prima ou raiz metálica. O leite da virgem designa o mercúrio comum ou primeiro mercúrio por fluir sem cessar de uma coisa a outra, alimentar tudo e passando de um ser a outro, até mesmo da vida para a morte e vice-versa. O eixo do mundo ou o eixo do trabalho do alquimista é representado pela árvore em que a matéria-prima constitui a raiz. Uma luta entre o dragão alado contra o dragão áptero, de um cão com uma ca- dela ou da salamandra com a rêmora, representam o combate entre o volátil e o fixo, o feminino e o masculino, ou o mercúrio e o enxofre, os dois princípios que estão contidos na matéria. Enquanto que a união entre estes dois princí- pios é representada pelo casamento do rei e da rainha, do homem de vermelho com a mulher de branco, do irmão com a irmã (pois eles provêm de uma mesma matéria mãe), de Apolo e Diana, do sol e da lua ou juntar a vida à vida. Normalmente a este casamento precede morte e tristeza. Apanhar um pássaro significa fixar o volátil. O leão verde normalmente é asso- ciado ao sal. A pessoa iniciável ou a substância inicial (matéria-prima) pode ser representada pelo filho mais jovem de uma viúva (que representa Isis) ou de um rei, um soldado que já cumpriu o serviço militar, um aprendiz de ferreiro, um jovem pastor, o filho de um rei em idade de se casar e outros casos semelhan- tes. O abismo, um recife e outros perigos de uma viagem representam os cui- dados ou os perigos que o fogo conduzido inadequadamente podem causar.
  • 32. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 32 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br O dissolvente universal tanto é associado ao sal como ao mercúrio normal- mente é representado por uma fonte, leão verde, água da vida ou da morte, água ígnea, fogo aquoso, água que não molha as mãos, água benta, vento, es- pada, lanterna, cervo, um velho, um servidor, o peregrino, o louco, mãe louca, dragão, serpente, Diana, cão, dentre outros. Os alquimistas utilizam também al- fabetos secretos, codificados, anagramas e criptografia. Além de simples sinais que identificam uma operação, substância ou objeto. Princípios: Os quatro elementos e os três princípios: A alquimia além do aspecto espiritual, constituí uma verdadeira ciência que tem como finalidade compreender a matéria e o cosmo, ou seja, o microcosmo e o macrocosmo, além de tentar reproduzir de forma mais rápida o que a natureza leva milênios para conseguir. Como em qualquer área de conhecimento, a al- quimia possuía uma linguagem própria. Para tentar transmitir conhecimentos que não haviam palavras específicas para expressar eles utilizaram termos co- nhecidos, que transmitia uma ideia rudimentar de algum evento. Assim utiliza- vam os termos Água, Terra, Ar e Fogo para explicar os quatro elementos, cor- relacionando-os respectivamente com os estados líquido, sólido, gasoso e a energia. O fogo simbolizava todos os tipos de energia, inclusive a energia ima- terial dos corpos, o "éter", ou estado "etéreo". O conceito de estado gasoso não ficou conhecido pelo ocidente até o século XVIII com as pesquisas de Lavoi- sier. Isto demonstra o quanto os Alquimistas estavam adiantados em relação aos sábios de seu tempo. Água - penetrante, dissolvente e nutritiva Terra - solidez que estabiliza a maté- ria, suporte para o líquido Ar - gasoso, expansivo, volátil Fogo - energia que acelera o processo, aquece, ilumina A Quintessência - Éter - equilibra e pene- tra nos corpos, é a força viva A terra e a água constituem estados visíveis, en- quanto o fogo e o ar são estados invisíveis. Os quatro elementos porém não eram suficientes para expressar todas as ca- racterísticas e assim os alquimistas adotaram os termos Enxofre, Mercúrio e o Sal para expressar os três princípios e, da mesma maneira que os quatro ele- mentos, não representavam as substâncias mencionadas em si, mas sim as
  • 33. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 33 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br suas propriedades materiais que poderiam ser retiradas ou acrescentadas as substâncias, possivelmente por reações químicas ou transmutações. Enxofre - princípio fixo - representa as propriedades ativas - combustibilidade, a ação corrosiva, o poder de atacar os metais, e também o princípio ativo ou masculino, o movimento, a forma, o quente. É considerado o embrião da pedra e alimentado pelo mercúrio, pois está contido em seu ventre. Também é consi- derado a energia animadora e constitui o objetivo da Grande Obra. Mercúrio - princípio volátil - representava as propriedades passivas - maleabili- dade, brilho, fusibilidade, a fraca tensão de vapor, o escorregadio que toma vá- rias formas e o fugidio. Além de designar a matéria, designa também outros as- pectos como: o princípio passivo ou feminino, o inerte, o frio. O mercúrio tam- bém pode designar a matéria-prima, é considerado a mãe dos metais ou a água primitiva que deu origem a todos eles. Este é o mercúrio segundo, mercú- rio filosófico ou mercúrio duplo que contém os dois princípios, o mercúrio e o enxofre. O primeiro mercúrio ou mercúrio comum também é chamado de dis- solvente universal. O mercúrio é ao mesmo tempo o caminho e o andarilho, com a Grande Obra representando uma viagem. Estes dois princípios possuem as propriedades contrárias e a mistura de propriedades contrárias é muito importante na alqui- mia, ou seja, o dualismo enxofre-mercúrio de todas as coisas. O mercúrio também é chamado de sal dos metais. Na realidade o mercúrio no final da obra adquire a tríplice qualidade. Sal - também conhecido por arsênico - é o meio de união entre as propriedades do Mercúrio e as do Enxofre, como uma força de interação, muitas vezes associado a energia vital, que une a alma ao corpo. No ser humano, o enxofre seria o corpo físico; o mercúrio, a alma e o sal, o espírito mediador. Esse sal normalmente é relatado como sendo um fogo aquoso ou uma água ígnea e é obtido a partir do mercúrio comum em conjun- ção com o fogo, obtendo assim a chamada "água que não molha as mãos". As- sim como o mercúrio, o sal também é relatado como sendo o dissolvente uni- versal. Na verdade o fixo e o volátil nunca podem estar separados, não existe mercúrio que não contenha o enxofre, por isso, as vezes o sal aparece com o nome de um deles dependendo da fase da operação. O sal protege os metais para que no processo não sejam totalmente destruídos e reste assim a se- mente, que por seu intermédio nascerá algo novo.
  • 34. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 34 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Os sete metais: Na natureza, a terra contém "sementes" que dão origem aos metais por um processo de evolução e aperfeiçoamento. Todos os metais, com o tempo, transformar-se-ão em ouro que contém o equilíbrio perfeito dos quatro elemen- tos. Na alquimia não existe matéria morta e todas as substâncias, animal, ve- getal ou mineral, são dotadas de vida e movimento, ou seja, possuem suas energias características. Ouro - representado pelo Sol. Prata - representado pela Lua. Mercúrio - representado pelo planeta Mercúrio. Estanho - representado por Júpiter. Chumbo - representado por Saturno, por ser considerado pesado e lento. Cobre - representado por Vênus, maleabilidade, sossego, beleza e prazer. Ferro - representado por Marte. A unidade da matéria e do universo: O mundo é como um grande organismo (macrocosmo), enquanto que o ho- mem é um pequeno mundo (microcosmo), esta é uma das interpretações da frase: "O que está em cima é como o que está em baixo". O próprio laboratório do alquimista é um microcosmo onde ele tenta reproduzir de maneira mais ace- lerada um processo semelhante ao da criação do mundo. Toda matéria (por matéria fica entendido tudo que existe no universo, até mesmo a energia pode estar revestida pela matéria) é constituída de uma mesma unidade comum a todas as substâncias. A partir desta "semente" pode- se produzir infinitas combinações e infinitas substâncias. O símbolo alquímico do ouroboros, que é a figura de uma serpente mordendo a própria calda for- mando um círculo, representa estas constantes transformações em que nada
  • 35. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 35 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br desaparece nem é criado, tudo é transformado como o princípio da conserva- ção de energia, ou primeira lei da termodinâmica, postulado muito tempo de- pois. Portanto, esta unidade da matéria é única e a mesma para todas as coisas, po- dendo combinar-se produzindo uma variedade infinita de substâncias e ener- gias. Matéria e energia provém de uma mesma entidade. Einstein unificou a in- terconversão entre matéria e energia, na equação E=m.c2 (E = energia libe- rada; m = matéria transformada e c = velocidade da luz). Os alquimistas procuram reduzir a matéria à unidade comum, que não são os átomos, para assim poderem reestruturá-la, tornando possível a transmutação. Esta unidade da matéria constitui tudo que existe, desde os átomos que se combinam para formar as moléculas e estas irão formar outras substâncias mais complexas, os organismos até os planetas que formam os sistemas e ga- láxias. Portanto, todas as coisas possuem a mesma unidade fundamental, este é o postulado fundamental da alquimia "Omnia in unum" (Tudo em Um). O caos primordial que deu origem ao universo é comparado no reino mineral à matéria-prima, que é uma massa em estado de desordem que dará origem à pedra filosofal. Deus - o mundo celeste e o terreno: Tudo o que existe material ou espiritual constitui uma única unidade. O divino é expresso como sendo "o círculo cujo centro está em toda parte e a circunferên- cia em parte alguma". Portanto, todas as coisas surgiram do mesmo Criador, o mundo terreno é constituído pelos mesmos componentes que o mundo celeste. Um dos grandes problemas de compreensão dos fundamentos da alquimia consiste na interpretação do espírito que só pode ser compreendido remon- tando a uma memória muito antiga, da época em que todos os seres do mundo celeste e do mundo terreno se comunicavam e o espírito circulava livremente entre todos os seres.
  • 36. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 36 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Muitos alquimistas foram grandes profetas como Nostradamos, Paracelso, den- tre outros e todos eles acreditavam que em breve, no fim de mais um ciclo ter- restre, haveria uma grande catástrofe que seria um novo começo para a huma- nidade. Restaria uma consciência coletiva, a mesma que deu origem a alquimia em outros ciclos. O dualismo sexual: A energia original é criada pela junção dos princípios masculino e feminino (sol e lua). Muitos alquimistas constituem casais na busca da Grande Obra, porém para que ocorra uma perfeita união alquímica este casal, ou seja, estas duas metades devem ser complementares formando um único ser (como a figura al- química do andrógino). Contudo é muito difícil encontrar um par que produza uma união tão perfeita. O Cosmo: O cosmo é visto como um ser vivo sendo que seus constituintes tem espírito e propósito definido. As estrelas exalam um campo de energia que pode ser sen- tido e utilizado pelo homem e assim obter as transformações. A vida: Existe uma crença na alquimia da criação artificial de um ser humano, o ho- múnculo ou Golem, porém estes relatos de alguns alquimistas célebres poderia referir-se de forma figurada ao processo de fabricação da pedra filosofal, onde o homúnculo representaria a matéria prima para a fabricação da pedra ou en- tão uma fase da iniciação em que o homem ressurge após a morte do outro já degradado. Na concepção alquímica tudo o que existe é vivo, até mesmo os minerais. Os metais vivem, crescem, reproduzem-se e evoluem. Portanto quaisquer metáfo- ras sobre seres vivos podem estar referindo-se também ao reino mineral. A na- tureza e todos os seus constituintes devem ser respeitados para que a harmo- nia perfeita possa ser mantida. Esta consciência opõe-se claramente a forma de encarar a natureza até hoje, em que esta deve ser explorada o máximo pos- sível e ainda consideram isto a evolução da humanidade. Reaprender a ver, sentir e ouvir a natureza, significa incorporar-se a ela, para relembrar o remoto passado quando fazíamos parte dela integralmente.
  • 37. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 37 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br O amor: Todo o conhecimento alquímico está alicerçado no amor e por isso inacessível aos processos científicos atuais. A união pelo amor está sempre presente em qualquer obra alquímica representando uma energia que une dois princípios ou dois materiais, tornado-os um só. De forma figurada é descrita como o casa- mento do Sol e da Lua, do enxofre e do mercúrio, do Rei e da Rainha, do Céu e da Terra ou do irmão e da irmã, por terem vindo da mesma raiz ou mesma substância. Astrologia: Na alquimia a astrologia exerce um papel fundamental desde a escolha do mo- mento certo para o início da obra, da colheita dos materiais utilizados, até o momento mais propício para o alquimista trabalhar. Laboratório: A prática alquímica, de maneira extremamente resumida, consiste em pegar a prima matéria (matéria-prima primordial) eliminar as suas impurezas (morte e renascimento), separar seus componentes (mercúrio e enxofre) e reuni-los no- vamente (por intermédio do sal) fixando os elementos voláteis, formando assim a pedra filosofal. Seria como "libertar o espírito por meio da matéria e a própria matéria por meio do espírito", ou ainda, fazer do fixo, volátil e do volátil, o fixo, onde não se pode fazer cada etapa independentemente. O alquimista é uma peça fundamental nos experimentos e não somente um simples observador. O experimento e o experimentador constituem uma única coisa na alquimia. Este ponto de vista do experimentador como participante está agora sendo retomado pela física quântica, alterando o termo observador para participante. Portanto, mesmo tendo o conhecimento prático do processo, se tiver perdido a pureza do espírito, a Grande Obra não poderá ser concluída. Vários alquimistas relatam doze processos, em três etapas ou três obras, para a realização da Grande Obra que, contudo, não correspondem literalmente aos nomes conhecidos. São eles: Calcinação - constitui a purificação do primeiro material pelo fogo, sem contudo diminuir seu teor de água. Solução ou dissolu- ção - a parte sólida é dissolvida na água, porém é relatado que esta água não
  • 38. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 38 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br molha a mão. A água pode ser o próprio mercúrio. Esta é uma "dissolução filo- sófica" em que o solvente mata os metais, portanto esta fase é um símbolo da morte para os três reinos. Separação - o mercúrio é separado do enxofre. Fornecendo um calor externo adequado, o mercúrio que contém o enxofre interno coagula a si mesmo gra- ças a um artificio que constitui um segredo, o secretum secretorum, que é uma marca divisória entre a alquimia e a química. Este artifício consiste, metaforica- mente, em capturar um raio de sol, condensá-lo, aprisioná-lo em um frasco her- meticamente fechado e alimentá-lo com o fogo. A terra fica em baixo enquanto o espírito sobe. Esta etapa completa a primeira obra e quando concluída corre- tamente pode se ver a formação de uma estrela dentro do frasco. Conjunção - o mercúrio e o enxofre são novamente unidos. Toda a operação deve ser realizada no mesmo recipiente, sendo que nesta fase o frasco é her- meticamente fechado. Putrefação - o calor mata os corpos e a putrefação ocorre. Aparece uma colo- ração escura, enegrecida. Congelamento - nesta fase aparece uma coloração esbranquiçada, um calor brando é quem promove esta mudança. Cibação - à matéria seca deve ser adicionado os componentes necessários para alimentá- la. Sublimação - fase em que o corpo torna-se espiritual e o espírito corporal, ou seja, volatilizar o fixo e fixar o volátil, sendo que um processo depende do outro e não é possível fixar um sem volatilizar o outro. Para esta fase é relatado uma duração de quarenta dias. Porém, todo esse processo que se encerra com a sublimação teve início na conjunção e constitui a segunda obra. Fermentação - adiciona-se ouro para tornar o já existente mais ativo. Exaltação - processo semelhante a sublimação, seria uma ressublimação. Multiplicação - uma quantidade maior de energia é acrescida nesta etapa, po- rém não é necessariamente a matéria que aumenta. Projeção - teste final da pedra em seus usos normais, como a transmutação. O agente da dissolução é convertido em paciente que sofre a operação na fase da coagulação. Por isso a operação é comparada a brincadeira de criança de "pular carniça" em que ora um pula o outro e ora é pulado.
  • 39. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 39 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br A matéria-prima: Esta primeira matéria que dará origem a pedra filosofal constitui um dos gran- des segredos da alquimia. Normalmente é descrita como algo desprezado, in- ferior e sem valor. Pode ser encontrado em todos os lugares, é conhecido por todos, é varrido para fora de casa, as crianças brincam com ele, porém possui o poder de derrubar soberanos. Dentre os não iniciados, cada um aposta em um tipo de material tanto do reino animal, vegetal como mineral. Vários utilizaram minérios (especialmente os de chumbo, o cinabre que contém enxofre e mercúrio, o stibine um raro mineral sulfuroso, a galena que é magnética), cinzas, fezes, barro, sangue, cabelos. A maioria deles emprega a própria terra, recolhida em local preservado. A terra estaria impregnada de energia cósmica, com a água que contém. Esta matéria não está somente no reino do psiquismo, como afirmava Jung, ela tem também sua expressão no reino material através de um mineral que possui propriedades vegetativas. Descobrir a matéria-prima não é o principal, mas sim erguê-la a um ponto privilegiado para as operações subsequentes. Esta abor- dagem só será conseguida quando o alquimista deixa de lado a fronteira fictícia entre os elementos constitutivos de sua personalidade (física e espiritual) e o universo. Ela normalmente é relacionada ao caos da gênese, a base de todo o processo, que tanto é material como imaterial. Para descobrir a matéria-prima mineral o operador e o objeto, observador e o observado, devem estar unidos. Isto signi- fica se abstrair da visão lógica e desenvolver uma visão intuitiva. Esta visão pode aparecer após um longo período de reflexão sobre os impasses insolú- veis da alquimia, após um estímulo externo como o barulho do vento, das on- das do mar, do trovão e outros. Caso contrário ela permanecerá escondida por uma roupagem ou uma casca como o ovo. O orvalho: O orvalho normalmente é utilizado para umedecer (banhar e nutrir) a matéria- prima. Como se condensa lentamente e desce da atmosfera está impregnado da energia cósmica. A melhor época de recolher o orvalho vai do equinócio de primavera ao solstício de verão, pois possui uma maior energia. Normalmente
  • 40. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 40 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br é recolhido com lençóis estendidos sobre vegetação rasteira sem, no entanto, tocá-la. As cores da Grande Obra: Nas várias etapas do processo a matéria vai mudando de cor, primeiro apare- cendo uma massa enegrecida, que passa a esbranquiçada e finalmente aver- melhada. A cor negra seria a cor da fase da putrefação, a cor branca se inicia na fase de dissolução e a cor vermelha constitui a fase final do processo, ou seja, a pedra filosofal. Podem também aparecer cores intermediárias como o amarelo e mesmo as cores do arco-íris, também chamadas de cores da cauda do pavão. A observação destas cores é muito importante para saber se a obra está evoluindo de maneira correta. Outro indício da conclusão constitui na jun- ção de cristais em forma de estrela na superfície do líquido, ou um som pare- cido com o canto de cisnes. A Temperatura: A temperatura do forno em cada etapa do trabalho deve ser rigorosamente controlada. O aquecimento deve ser aumentado de forma gradual e bem lenta. A primeira etapa (putrefação) pode durar quarenta dias e a temperatura desta é compara a do ventre ou do seio materno. Aquecendo-se muito corre o risco de fracasso ou mesmo de explosão. Os dois caminhos: Via úmida: A via úmida, como o próprio nome já indica, é realizada com água (do orvalho). Esta via é muito lenta, podendo durar meses ou anos e oferece menores ris- cos. As temperaturas nas várias etapas são consideravelmente menores, tendo em vista que a água ferve a 100ºC (cem graus). O recipiente utilizado é um ba- lão de vidro ou cristal (também chamado de ovo filosófico, por seu formato) que suporta bem as temperaturas requeridas nesta via. Nunca se deve deixar fer- ver, pois pode haver uma explosão devido ao aprisionamento de gases no reci- piente hermeticamente fechado. Via seca:
  • 41. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 41 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br Esta via é bem mais rápida, dura apenas sete dias, porém é bem mais perigosa pois pode haver explosão. Tudo é feito em um cadinho, pequeno recipiente de porcelana aberto em cima com a aparência de um copo, que resiste a altíssi- mas temperaturas. Não há adição de água. É raramente relatada e praticada, porém os alquimistas que a praticaram a consideram com muito mais chances de obter sucesso. Uma outra via seca também relatada é a diretíssima, que seria quase instantâ- nea durando apenas três dias. Esta seria realizada a partir da emanação de um tipo de energia na forma de raio diretamente no cadinho e no corpo do alqui- mista. Porém seria extremamente perigosa podendo até mesmo fazer desapa- recer o corpo do alquimista. Conclusão: Os sábios alquimistas deixaram escrito nos textos sagrados, afirmaram que a obtenção do ouro resultou num fracasso pela falta de concentração e prepara- ção espiritual daqueles que realizaram as experiências. O significado mais puro da alquimia consiste em transmutar a própria natureza humana e libertar as pessoas dos desejos que as afligem. Os preceitos e axiomas alquímicos encontram-se condenados na misteriosa "Tábua Esmeraldina"- A esmeralda era considerada como a pedra preciosa mais formosa e mais cheia de simbolismo. Era a flor do céu- Um dos quarenta e dois livros da doutrina hermética atribuí- dos `a Hermes Trimegisto, no qual se recolhe a quinta essência da alquimia. "O que está em baixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está em baixo"
  • 42. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 42 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br PARTE DOIS CONHECIMENTO ESPIRITUAL Sucubus e Incubus O Alquimista não pode desconhecer que muito da alquimia, da transfor- mação da realidade em abstrato e vice e versa se processa enquanto dorme, principalmente durante o sonho ou melhor dizendo dentro do so- nho; a mente confusa do profano não consegue distinguir o trabalho de alquimia no sonho com os pesadelos comuns. Um dos inimigos que o al- quimista deve aprender a reconhecer e enfrentar são os Sucubus e Incu- bus. Neles reside todo o mal pois conhecem a fraqueza humana pelo sexo e exploram isso até levar o ser humano a loucura ou a que seja seu es- cravo. “É um fato de domínio público e que muitos afirmam havê-lo experimentado ou escutado pessoas autorizadas que tenham experiência disso, que os Silvanos e os Faunos, vulgarmente chamados íncubus, tem atormentado com frequên- cia às mulheres e saciado suas paixões. Além disto, são tantos e de tal peso os que afirmam que certos demônios chamados pelos Gauleses, Dusios, intenta- ram e executaram essa animalidade que, negá-lo parece imprudência.” - Santo Agostinho, livro 15 Cap. 23 em DE CIVITATE DEI Ao se tratar de íncubos e súcubos, o que é mais popularmente conhecido, é o mito como citado acima por Santo Agostinho que viveu nos longínquos séculos IV e V da nossa era cristã. Embora, séculos se passaram, ainda hoje, Íncubos e Súcubos são conhecidos como demônios que atacam suas vítimas enquanto essas se encontram “dor- mindo”. O intuito do ataque é ter relações sexuais com elas e, por meio disso, drenar suas energias para assim se alimentarem, na maioria das vezes dei- xando-as vivas, mas em condições muito frágeis, por esse motivo, também es- tão relacionados aos vampiros. Os Íncubos são demônios masculinos que atacam as mulheres, já os súcubos são demônios femininos que atacam os homens. Numa pesquisa no Wikipedia, temos a informação de que o prefixo in- “sobre”, da palavra íncubos, dá o signi- ficado de alguém que está em cima de outra pessoa. De acordo com o livro “O Martelo das Bruxas” (Malleus Maleficarum) da idade média, a palavra “succu- bus” vem de uma alteração do antigo latim succuba significando prostituta. A palavra é derivada do prefixo “sub-“, em latim, que significa “em baixo-por
  • 43. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 43 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br baixo”, e da forma verbal “cubo“, ou seja, “eu me deito”. Assim, o súcubo é al- guém que se deita por baixo de outra pessoa, e o íncubo (do latim, in-, “sobre”) é alguém que está em cima de outra pessoa. Apesar de as descrições acima do “modus operandi” desses seres serem dis- tintas entre si, segundo os relatos das vítimas, eles atacam de forma muito se- melhante, como uma pressão muito forte sobre o peito, os imobilizando e ainda, com intensa conotação sexual. De aparência muito sedutora e magnética, esses demônios são descritos algu- mas vezes com asas de morcego e também com outras características demo- níacas, como chifres e cascos. O súcubos atraem o sexo masculino e, em al- guns casos, o homem “apaixona-se” por ela. Mesmo fora do sonho, ela não sai da sua mente, por esse motivo, ela permanece lentamente a sugar-lhe energia até à sua morte por exaustão. Outras fontes dizem que o demônio irá roubar a alma do homem através de relações sexuais. Para Dominar os sucubus e os incubus o alquimista tem que conhecer e saber dominar a energia sexual que é o próximo capítulo. Após conhecer a existência dos Sucubus i Incubus, o alquimista precisa aprender a lidar com a energia sexual. Veja abaixo: Parte Três: Projeção Astral e transformação do abstrato em concreto através da prática de manipulação, acumulação e ex- pansão da energia sexual. ENERGIA SEXUAL – Técnicas e práticas. Este é um método de gerar e projetar energia sexual. É um meio de dirigir um orgasmo aos planos astrais. Esta é uma catapulta para exaltar a consciência para qualquer estado que seja. Este método foi testado pelo Mestre da Sua Classe, por isso o texto está, em partes, descrito de forma narrativa direta e não na terceira pessoa. As sensações físicas do sexo são causadas pela acumulação, movimento ou liberação de Energia. O Controle é um ato de Vontade, a visualização é o meio para a magia (k ) e a Árvore da Vida é um sistema coordenado, útil na descri-
  • 44. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 44 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br ção da ocorrência mágicka. Assim como em cima, também embaixo ...Uma im- plicação de que todos os pontos do Macrocosmo são imediatamente acessíveis através do microcosmo; i.e, a aura. Quase toda a informação que você terá de outras realidades são transpostas sob forma simbólica. Os parâmetros (limitações) com os quais você realmente trabalha em suas magias(K) pessoais permaneceram fiéis a esses trabalhos sexuais. O sistema de símbolos com o qual você trabalha e pensa determinará a natureza de suas observações. Você poderá ter revelações e aprender mui- tas coisas novas, mas apenas coisas que se adequem através de sua própria janela ou sub-realidade particular. Eu considero o sistema da Árvore da Vida extremamente útil, mas qualquer glifo completo do universo será eficiente. Es- colha seus símbolos cuidadosamente- eles são seus pensamentos. A Técnica Projetiva 1) Gere e acumule energia sexual. 2) Formule a energia como uma forma astral dentro de seu corpo, nítida e bri- lhante. 3) Movimente a forma de energia para a base da espinha, materialize-a com a sua consciência, oriente e aspire ao "local" de trabalho. 4) Libere a energia através da espinha, direcionada e consagrada pela Von- tade. Gerar e acumular energia não é problema algum, já que qualquer método de estimulação sexual será suficiente. Alguns meios são mais apropriados para al- guns tipos específicos de trabalho que outros. Todos os numerosos meios de causar excitação que as pessoas encontraram podem ser atribuídas a Árvore da Vida. Essas considerações devem ajudá-lo em seu trabalho. Ao inflamar a mente com os símbolos ou ideias que caracterizam o trabalho, é possível atin- gir o portal de qualquer dos planos astrais apenas através da técnica projetiva. Se você deseja permanecer em um plano astral tempo o suficiente para fazer a sua Vontade, você precisa ter afinidade com as formas desse plano, ou então você cairá de volta em seu corpo. Uma forma simples de engendrar essa afinidade é escrever, de seu próprio pu- nho, todas as atribuições e correspondências que puder encontrar concernen- tes ao plano em que deseja trabalhar. Leia essa lista cinco ou seis vezes por dia (no mínimo) e permita que essas imagens ajam por si só em sua consciên- cia. Execute esse exercício durante uma semana antes de iniciar o Trabalho. Suas percepções ficarão sintonizadas às forças envolvidas, e tornar-se-ão apa- rentes na sua vida cotidiana. Por exemplo, se você deseja trabalhar Netzach, você aspira observar a Força Dela sob formas normalmente obscurecidas pela
  • 45. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 45 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br justaposição de todas as Sephirot. A Obra (ambientação, postura mental) deve ser evocativa de Netzach em todos os aspectos. Quanto à geração de energia, alguns meios seriam mais alinhados com Netzach que outros. Sacerdote e Sa- cerdotisa seriam perfeitos para tal situação, enquanto para Hod seria melhor que o Sacerdote ou a Sacerdotisa executassem o trabalho sozinhos. Durante o congresso sexual, ou seu equivalente, a energia sexual é percebida como sensação. O corpo animal vê o sexo meramente como uma função cor- poral. Não é acumulada mais energia do que a necessária para desencadear um orgasmo. Geralmente isso não é o suficiente para se trabalhar. Precisa ha- ver controle para acumular essa energia e criar o "montante". Precisamos tam- bém condicionar o corpo energético a lidar com um poder maior. Para controle, você deve antes de tudo ter um grau maior de consciência. Você deve estar acuradamente ciente de cada uma de suas sensações físicas. Onde é o ponto de sensação máxima, sua extensão áurea, sua intensidade relativa, sua profundidade no corpo e assim por diante. Você deve aspirar atingir a consciência total e a habilidade de descrevê-la completa e acuradamente. Torne-se absolutamente consciente de seus limites cenestésicos e onde a sen- sação está localizada neles. Visualize a sensação como luz. Você deve criar uma analogia visual para tudo o que sente. De início, luz branca é o mais ade- quado. Não tente ainda nenhuma manipulação, apenas sinta e veja a luz. En- tão, cubra seu corpo com essa visão. Ela deve ser mais brilhante onde a sen- sação é mais intensa, esmaecendo nas extremidades. Essa visão deve seu uma qualidade integral, feita sem esforço. Deve haver uma identificação total entre visão e sensação- como quando se coloca a mão sobre a chama de uma vela. Todo orgasmo deve ser monitorado e visualizado. Mantenha um diário, sem, no entanto, ficar obcecado. Você terá mais chances de sucesso se isso for feito em um espírito de diversão, apesar do fato de que este é um rito deve- ras sagrado. Na acumulação de energia, você deverá notar que a luz torna-se cada vez mais brilhante e concentrada à medida que você se aproxima do êxtase. A téc- nica aqui é alcançar o ponto de êxtase e permanecer equilibrado ali, permitindo que o campo de energia se intensifique e se expanda. a formulação da forma astral requer toda a concentração de seu controle. Quando concentrada e limi- tada pela Vontade, essa forma de energia torna-se uma espécie de objeto só- lido. Quando o controle é abandonado, torna-se uma espécie de energia ou luz e é muito mais difícil de ser governada. Criar uma esfera na luz branca é talvez uma das mais simples e eficazes for- mas, já que apresenta a mesma aparência seja qual for a sua perspectiva. As cores virão espontaneamente à medida que sua habilidade e percepção au- mentarem. Quando você for competente na técnica, você poderá moldar essa
  • 46. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 46 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br forma de qualquer jeito que quiser, mas, mais útil ainda, é projetar a sua cons- ciência nessa forma. Isso é feito enquanto a energia está sendo concentrada no campo do deleite pré-orgásmico. As sensações construídas com a continuação da estimulação.. A energia é li- mita-se a área genital. A acumulação ali na verdade restringirá a corrente de certa forma como ao colocar um carregador de baterias em uma bateria com- pletamente carregada- nenhum lucro. Nós, portanto, movemos a esfera de luz para a base da espinha e a mantemos ali. O posicionamento permite que mais energia seja gerada, fluindo do chakra Sexual (mudhalahara) através dos geni- tais, e devidamente fixa a esfera para a eventual liberação de energia através da coluna. É na base da espinha que transferimos a consciência para a forma astral. Mas apenas a inspiração pode guiar o magista. Você deve estar absolu- tamente certo daquilo que aspira, pois quando a flecha é solta corre direta- mente para seu alvo. Mesmo enquanto você começa a formular as sensações, é melhor que marque o local de sua aspiração. Aqui retornamos ao conceito de Macro/microcosmo. Formule a Árvore da Vida em sua aura de modo que Kether fique posto sobre o Chakra da Coroa e Malkuth na base da espinha. Isso fornece um mapa astral, especialmente útil ao se trabalhar com caminhos não diretamente posicionados no pilar do meio. Então, se eu desejo trabalhar em Chesed, devo fixar uma es- trela azul no ombro direito, guarnecida pelo sigilo de Júpiter. Isso é fixado na aura para persistir de sua própria maneira. Ao transferir a consciência para a base da espinha, nossa perspectiva muda ra- dicalmente. É comum vivenciar a experiência de estar num campo de estrelas ou numa estrela em si. Sua percepção de seu corpo físico permanecerá, mas de outra forma. O sigilo que você estabeleceu (como no exemplo acima) está agora a uma vasta distância de você, provavelmente longe do alcance de vista, mas sua aspiração o leva a ele assim como a agulha de uma bússola aponta o Norte. O orgasmo agora chega a um ponto inevitável. Apenas mantendo a forma as- tral você conseguirá prolongar esse estado. Você deve manter-se equilibrado no próprio limiar, escorregando, mas lutando por permanecer ali, pois o deleite aumenta mais e mais. O corpo animal derrama energia abundantemente sobre os genitais, ameaçando desencadear o orgasmo. No aprendizado, será mais fácil para você e seu parceiro revezarem entre ser o ativo e o passivo, permi- tindo que o parceiro ativo controle os movimentos. Segure-se firme ao ápice! á medida que sua habilidade em prolongar este estado aumenta, maior será a duração e intensidade de seus orgasmos. As formas astrais que você cria se- rão como objetos discretos.
  • 47. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 47 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br O carregamento de energia sexual também poderá ser feito de forma individual sem a necessidade de um parceiro, recomenda-se inclusive que as primeiras experiências sejam realizadas de forma isolada pois, muitas vezes, um parceiro inadequado não permitirá que o alquimista equilibre a energia sexual de forma correta e quase sempre impedira de atingir o auge necessário para a execução das tarefas alquímicas. Quando o magista concebe força suficiente para o trabalho, há apenas a ne- cessidade de recordar a imagem do sigilo (sigilo aqui temo significado de um símbolo ou a imagem daquilo que se deseja ardentemente) e relaxar o con- trole. A energia é acumulada através do deleite e é liberada através do deleite também. O deleite é ofuscante, violento em sua ação. A força do orgasmo pro- jeta a forma astral, na qual a consciência foi colocada, para o sigilo. A experiên- cia pode parecer estranha no início, apesar de agradável. A sensação física através do corpo é sentida plenamente, mas há também uma sensação de pre- cipitar-se através do espaço. Você pode ver também a energia mover-se atra- vés de seu corpo como se você estivesse fora dele. Se isso não é confuso o bastante, é comum ter visões ao trabalhar com os chakras superiores. En- quanto isso acontece, não há confusão: as percepções, enquanto distintas e separadas, são também integradas. Este é o método básico de projeção. É o suficiente para levá-lo para qualquer coordenada astral que escolha, mas isso não confere o alcance de nenhum plano. Isso é estritamente uma questão de Conhecimento, experiência prática, e, mais importantemente, a habilidade de fazer sua Vontade lá. Antes de proceder com as escolhas de ação nos planos, um pouco mais deve ser dito sobre a técnica. Neste aprendizado, tome seu tempo e não tente apressar-se para chegar ao próximo passo. Trabalhe sobre um aspecto de cada vez, apenas acrescen- tando o próximo quando estiver realmente competente. As sensações físicas lhe garantirão o conhecimento certo de seu progresso. Elas mover-se-ão pelo seu corpo, e o que você apenas sentira nos quadris será sentido em outros lu- gares. Por exemplo, não há como confundir um orgasmo vindo do chakra do coração. A intensidade de seus orgasmos será devastadora. Essa prolongação do estado pré-orgásmico não pode ser suficientemente enfa- tizada. é nesse mesmo ápice que a energia é erigida. Você deve ser capaz de prolongar esse estado no mínimo por 20-30 segundos. Se liberada muito cedo, você não terá ímpeto suficiente para atingir os centros mais altos. Antes que seu controle esteja perfeitamente estabelecido, você poderá achar que seu orgasmo perde-se ocasionalmente. A energia foi reabsorvida pela aura. É quase como se ela tivesse sido arrebatada de seu alcance. Após um
  • 48. CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 48 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br breve descanso, você pode começar novamente. Se isso se tornar um pro- blema recorrente, pode ser que seu controle exceda a habilidade do corpo energético de lidar com a energia que surge. Prática contínua resolverá esse problema assim como exercícios permitem que o levantador de pesos levante mais peso. Às vezes você pode simplesmente errar o alvo, ou perdê-lo, por falta de concentração adequada, ao tentar manter as formas astrais. Por isso, a familiaridade total com os chakras e a Árvore da Vida é a única solução. A visu- alização da forma de energia, dos chakras, e da árvore da Vida deve ser com- pletamente automática e sem esforço. Você deve guardar a sua concentração para o trabalho em si. Se isso não ocorrer, faça uma pausa a partir da aplica- ção e utilize técnicas meditativas para fortalecer sua base. A forma de energia é a base da técnica. Comece a construí-la assim que suas sensações começarem a surgir. Durante os estágios iniciais, é meramente uma cintilação. Não há porque tentar apressar o processo ou consolidá-lo antes que esteja suficientemente intenso para fazê-lo. A experiência é o único guia verda- deiro. Os 20-30 segundos ou mais de deleite pre-orgasmico são onde a verda- deira necessidade é definir e concentrar a energia. Ao mover a forma de energia para a base ganhamos tempo para trabalhar e também mais energia. Na prática, essa forma astral pode tornar-se tão grande a ponto de circundar completamente os chakras inferiores. Isso permite um controle melhor para atá-la em um corpo mais discreto. Abandoná-la indistinta- mente normalmente leva a uma corrente mais generalizada, que não é real- mente canalizada pela espinha. Esses resultados em uma mera superfície car- regam a aura ao invés de se um brilho focado. A movimentação dessa energia é baseada na identificação da visão e sensação. É muito mais fácil construir uma forma astral do que algo tênue como a sensação. Essa é uma chave, lem- bre-se bem disso. Quanto a transferir sua consciência- Vontade de estar lá. Ao estar completa- mente consciente das sensações e suas analogias visuais, e extrair a informa- ção sensorial, você estará lá. Sua consciência estará onde suas percepções estiverem centradas. Isto também é uma chave. Você sentirá seu corpo físico através do seu corpo astral. Porque sua consciência está envolta em uma es- fera de sensação, quando a sensação de energia se mover, sua consciência também se moverá. Uma variante da técnica projetiva é a invocação. A Invocação de uma entidade ou forma Deus/a permite ao magista o acesso a um poder maior ou mais refi- nado do que é normalmente possível. Como no método projetivo, é melhor gas- tar uma grande quantidade de esforço antes do trabalho, impregnando-se das ideias e sentimentos associados com a força que deseja invocar. Medite sobre o sigilo dessa força constantemente até que sua visualização seja sólida e bri-