André encontra apoio em Tobias e Aniceto para trabalhar no Ministério da Comunicação, onde poderá aprender novas lições. Aniceto explica que o trabalho é realizado de forma coletiva e anônima, visando o bem comum, e convida André a conhecer o Centro de Mensageiros.
2. A atitude de André no momento decisivo de sua vida, quando
viu-se esquecido pela família que amava, foi de compreensão e
auxilio. Pela renovação mental, atitudes no Bem e no Amor que
adotou em seu antigo lar, propiciou-lhe ser um cidadão de
Nosso Lar, abrindo novos caminhos junto aos Mensageiros.
Pensando desta forma, feliz e
renovada, André é levado por
Tobias, seu companheiro de
trabalho nas Câmaras de
Retificação, até Aniceto, para
novas tarefas que viriam....
3. André comunica seus
novos propósitos à
Tobias...
Você possui a quantidade
necessária de horas de trabalho
para justificar o pedido.
Conversarei a respeito com o
Ministro Genésio. Não tenha
dúvidas. Seu desejo é muito
nobre aos nossos olhos.
4. 2.5
Fui procurado por Tobias, que
trouxe-me a aquiescência do
Ministro Genésio... e convidou-
me para conhecer Aniceto.
Aniceto recebeu-nos com extrema
gentileza, o que me causou excelente
impressão...
5. Conhece nosso estimado
Aniceto?
Aniceto - Instrutor no Ministério da
Comunicação. Trabalhara algum tempo na
Regeneração e depois em tarefas sacrificiais no
Ministério do Auxílio. Seus esforços o levaram à
importante função de instrutor na Comunicação,
onde André Luiz aprenderia novas lições.
Ao contrário de Tobias, Aniceto não se
consorciara em "Nosso Lar". Vivia ao lado de
cinco amigos que lhe foram discípulos na Terra,
em edifício confortável encravado entre árvores
frondosas e tranquilas.
6. Aparentava ele a calma refletida do
homem que chegou à idade madura, sem
fantasias da mocidade inexperiente.
Embora lhe transparecesse muita energia
no rosto, revelava o otimismo sadio do
coração cheio de ideais sacrossantos.
Muito sereno, recebeu todas as alegações do meu benfeitor,
dirigindo-me, de quando em vez, olhares amistosos e
indagadores. Tobias falou longamente, comentando minha
posição de ex-médico no plano terráqueo, agora em
reajustamento de valores no plano espiritual.
7. Depois de examinar-me com
atenção, o orientador aduziu:
Não há o que embargar, meu
prezado Tobias.
No entanto é preciso reconhecer
que a solução depende do
candidato...
Sabe você que estamos aqui na
Instituição do Homem Novo
Nosso serviço é variado e rigoroso, aceitamos
somente os cooperadores interessados na
descoberta da felicidade de servir.
8. Aceitando a inscrição de André Luiz, o
instrutor resumiu em poucas palavras as
atividades de seu departamento.
Além dos colaboradores ativos, Aniceto
tinha um quadro suplementar de auxiliares,
com cinquenta lugares para aprendizes,
com três vagas no momento.
Pessoas das mais diferentes profissões
formavam o quadro de aprendizes e cada
uma era aproveitada na sua especialidade
própria.
9. O departamento de trabalho, aceita somente os cooperadores
interessados na descoberta da felicidade de servir.
Comprometemo-nos, mutuamente, a calar toda espécie de
reclamação.
Ninguém exige expressão nominal nas obras realizadas e todos
respondem por qualquer erro. Achamo-nos, aqui, num curso de
extinção das velhas vaidades pessoais, trazidas do mundo carnal.
Dentro do mecanismo nossas obrigações, interessamo-nos tão
somente pelo bem divino. Consideramos que toda possibilidade
construtiva vem de nosso Pai e esta convicção nos auxilia a
esquecer as exigências de nossa personalidade inferior.
10. Em “Nosso Lar”, a ação que nos compete é desdobrada de
maneira coletiva; temos interesse em aproveitar as horas no
limite máximo, não só em beneficio dos que necessitam de nosso
concurso fraternal, como também a favor de nós mesmos, no que
toca à eficiência.
E, dirigindo-se a Tobias, acrescentou:
– Encaminhe o nosso amigo, amanhã cedo, ao Centro de
Mensageiros. Lá estaremos em estudo ativo e providenciarei
para que André seja bonificado pelas tabelas da
Comunicação.
Agradecemos, satisfeitos, e, logo em seguida a Tobias,
despedi-me, alimentando novas esperanças.
11. Trabalho: valor supremo
“O prestimoso companheiro deixou-me num mar de
contentamento indefinível. Comecei a compreender o valor do
trabalho. A amizade de Narcisa e Tobias era tesouro de
inapreciável grandeza, que o espírito de serviço me havia
descortinado ao coração.
(…) Além disso, certo da minha volta à carne, em futuro
talvez não distante, a providência constituiria realização de
profundo interesse ao meu aproveitamento geral.
12. Trabalho: valor supremo
Misteriosa alegria dominava-me todo, sublimada esperança
iluminava-me os sentimentos. Aquele desejo ardente de colaborar
em benefício dos outros, que Narcisa me acendera no Intimo,
parecia encher, agora, a taça vazia do meu coração.
Trabalharia, sim.
Conheceria a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade
alheia. Procuraria a prodigiosa luz da fraternidade, através do
serviço às criaturas.”
13. 674. A necessidade do trabalho é Lei da Natureza?
O trabalho é Lei da Natureza, por isso mesmo que constitui
uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar
mais, porque lhe aumenta as necessidades.
675. Por trabalho só se devem entender as ocupações
materiais?
Não; o Espirito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação
útil é trabalho.
(Livro dos Espíritos Parte 3, cap. III, Da lei do Trabalho)
Trabalho: valor supremo
14. 679. Achar-se-á isento da lei do trabalho o homem que
possua bens suficientes para lhe assegurarem a
existência?
“Do trabalho material, talvez; não, porém, da obrigação de
tornar-se útil, conforme aos meios de que disponha, nem
de aperfeiçoar a sua inteligência ou a dos outros ,o que
também é trabalho. Aquele a quem Deus facultou a posse
de bens suficientes a lhe garantirem a existência não está,
é certo, constrangido a alimentar-se com o suor do seu
rosto, mas tanto maior lhe é a obrigação de ser útil aos
seus semelhantes, quanto mais ocasiões de praticar o bem
lhe proporciona o adiantamento que lhe foi feito.”
15. 229 –Como entender o trabalho de purificação nos ambientes
do mundo?
-A purificação na Terra ainda é qual o lírio alvo, nascendo do
lodo das amarguras e das paixões. Todos os Espíritos
encarnados, porém, devem considerar que se encontram no
planeta como em poderoso cadinho de acrisolamento e
regeneração, sendo indispensável cultivar a flor da iluminação
íntima, na angústia da vida humana, no círculo da família, ou da
comunidade social, através da maior severidade para consigo
mesmo e da maior tolerância com os outros, fazendo cada qual,
da sua existência, um apostolado de educação, onde o maior
beneficiado seja o seu próprio espírito.
16. 19
230 –Como iniciar o trabalho de iluminação da nossa própria
alma?
-Esse esforço individual deve começar com o autodomínio, com a
disciplina dos sentimentos, com o trabalho silencioso da criatura
por transformar as próprias paixões. Nesse particular, não
podemos prescindir do conhecimento adquirido por outras almas
que nos precederam nas lutas da Terra, com as suas experiências
santificantes – água pura de consolação e de esperança, que
poderemos beber nas páginas de suas memórias ou nos
testemunhos de sacrifício que deixaram no mundo.
17. Todavia, o conhecimento é a porta amiga que nos
conduzirá aos raciocínios mais puros, porquanto, na
reforma definitiva de nosso íntimo, é indispensável a ação
própria, no sentido de modelarmos o nosso santuário
interior, na sagrada iluminação da vida.
Trabalho no bem em prol dos outros, e de si mesmo, em
consequência, significa valor eterno adquirido pelo espirito.
Trabalho é meio nobre de encher corações vazios. Meio de
ascender a luz intima da fraternidade através do serviço às
criaturas.
18. “Sabe você que estamos aqui na instituição do Homem Novo”
O homem novo é aquele reformado intimamente e que
vislumbrou a luz de servir de acordo com o evangelho do
Cristo; é aquele que já despertou para a realidade divina e não
mais se apega aos vícios e ilusões da carne. Não é
necessariamente já um espirito elevado, mas sim um espirito
disposto a renovar-se cada vez mais trabalhando para o bem.
Homem Novo
19. Quais as condições necessárias para tornar-se um
aprendiz do auxílio, junto ao instrutor Aniceto?
Dispor-se a calar reclamações
Renunciar a elogios
Admitir que a responsabilidade é coletiva
Não perder tempo na melhoria e educação
de si mesmo
Consideramos que toda possibilidade construtiva
vem de nosso Pai, e esta convicção nos auxilia a
esquecer as exigências descabidas de nossa
personalidade inferior.
20. 23
Sob o ponto de vista espírita, a mediunidade é uma iniciação
religiosa das mais sérias; é um mandato que nos é outorgado
pela Espiritualidade Superior, a fim de ser fielmente
desempenhado.
Dessa forma o aspirante à mediunidade, à luz da Doutrina
Espírita, deve partir da conscientização de seus
ensinamentos e esforçar-se desde o início de sua formação e
informação mediúnica, por ser um ESPÍRITA-CRISTÃO.
21. 24
O ESPÍRITA-CRISTÃO é o Espírito-Espírita, cujas caracteristicas
são as do homem de bem. Reconhece-se o verdadeiro
espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços
que faz para domar as suas más inclinações .
“Revisão e reconstrução dos hábitos, permutando os vícios por
virtudes legitimamente cristãs que são as únicas que
sobreviverão eternamente e que nos abrirão as portas de
planos mais elevados que os atuais”.
22. 25
Dentro destes critérios de desenvolvimento da mediunidade,
mesmo que nenhuma faculdade venha desabrochar,
tenhamos certeza de que nós estaremos desenvolvendo
espiritualmente e capacitando-nos para verdadeira
mediunidade com Jesus — a Mediunidade do Bem.
23. 26
AIIan Kardec
“Livro dos Médiuns”
2ª. parte, cap. Vll, itens
208,209,211,217 e 218
Livro dos Espíritos
Q. 229, 230, 674, 675, 679
24. Definição:
Envoltório semimaterial do Espírito. Nos
encarnados, serve de intermediário entre
o Espírito e a Matéria; nos Espíritos
desencarnados, constitui o Corpo
Espiritual.
Finalidade: É o laço que une a alma ao
corpo. Semimaterial, isto é de natureza
intermediária entre o Espírito e o Corpo. É
preciso que seja assim para que os dois
possam comunicar um com o outro. Por
Complexo Humano
(homem encarnado)
composto de: Espírito,
Perispírito e Corpo Físico
25. Propriedades do Perispírito: O Espírito forma seu perispírito segundo
os fluídos presentes do mundo onde encarna. A constituição do
perispírito não é idêntica em todos os espíritos (encarn. e desen.).
O perispírito se modifica com o progresso moral que o Espírito realiza
em cada encarnação. Recebe de modo direto e permanente a
impressão dos pensamentos, guardando suas qualidades boas ou más,
se depurando, ou se adensando.
Os atos infelizes destroem os tecidos sutis do perispírito que, se
ressentindo do desconcerto, deixam matrizes na futura forma física, na
qual se manifestarão as deficiências purificadoras. Pela sua união
íntima com o corpo, o perispírito assimila com facilidade os fluidos que
podem ser positivos ou nocivos, reagindo sobre o organismo material.
26. É assim, que, nos serviços de passe,
os fluídos manipulados alcançam o
perispírito e se manifestam no corpo
físico, promovendo as curas, o
fortalecimento e o equilíbrio do Ser.
O perispírito tem um papel
preponderante nas manifestações
mediúnicas em função da sua
natureza fluídica, podendo assimilar
os fluidos espirituais presentes no
fenômeno mediúnico.
Leitura complementar: A Gênese.
Allan Kardec, cap. 14