Livro Voltei (resumo compacto) - Francisco Cândido Xavier
1.
2. Frederico Figner, que no livro adotou o pseudônimo de
“irmão Jacob”, foi diretor da FEB e espírita atuante.
Prometeu escrever do além tão logo lá chegasse.
Quando encarnado, acreditava que a morte era uma
mera libertação do espírito e que seguiria para as
esferas de julgamento de onde voltaria a reencarnar,
caso não se transferisse aos Mundos Felizes.
Mas, conforme seu depoimento, o que aconteceu após
o seu desencarne não foi bem assim. Deixou-nos um
alerta. " Não se acreditem quitados com a Lei,
atendendo pequeninos deveres de solidariedade
humana."
3. 2 – Quando ainda doente, pediu para escrever sobre o que acontece após morte. Recebeu permissão, mas
encontrou dificuldades fluídicas. Ofendeu-se quando foi impedido de se comunicar.
4. 3 - Irmão Andrade, seu o guia espiritual, ajudou no desencarne. Ele sentiu dois corações batendo. A visão
alterava-se. Sentia-se dentro de umnevoeiro enquanto recebia passes. A consciência examinava acertos e
desacertos da vida, buscando justificativas para atenuaras faltas cometidas.
5. 4 - De repente viu-se à frente de tudo que idealizou e realizou na vida. As idéias mais insignificantes e os
mínimos atos desfilavamemuma velocidade vertiginosa. Tentou orarmais não teve coordenação mental.
Chorou quando viu o vulto da filha Marta aconselhando-o a descansar.
6. 5 - Durante o transe, amparado porsua filha Marta, tentou falar e se mexermas os músculos não
obedeceram. Viu-se emduplicata, comfio umprateado ligando-o ao corpo físico. Precisaria de mais tempo
para o desligamento total.
7. 6 - Sua capacidade visual melhorou e divisou duas figuras ao lado da filha Marta: Bezerra de Menezes e o
irmão Andrade. Tentou cumprimentá-los mas não conseguiu se erguer. Continuava imantado aos seus
objetos pessoais. Precisava sairdaquele ambiente para se equilibrar
8. 7 - Importância do Mar. Foi levado para perto do marpara renovar as forças. As dores desapareceram.
Descansou. Teve a sensação de haver rejuvenescido e notou que estava comtrajes impróprios, na ilusão de
encontrar alguémencarnado.
9. 8 – Na volta para casa, vestiu umterno cinza. Uma senhora encarnada que caminhava emdireção a eles
passou semque nada ocorresse de ambos os lados. Recomposto da surpresa foi informado que estão em
dimensões diferentes. No velório, projeções mentais dos presentes provocam-lhe mal-estar e angústia.
10. 9 - No velório Jacob analisou as dificuldades e as lutas de um "morto" que não se preparou. Os comentários
divergentes a seu respeito provocaram-lhe perturbações passageiras. Continuava ligado ao corpo. Bezerra
esclareceu que não é possível libertar os encarnados rapidamente, depende da vida mental e dos ideais
ligados à vida terrestre.
11. 10 - A Conversação. Jacob melhorou e se aproximou de amigos encarnados, mas não do corpo, conforme
orientação recebida. Percebeu entidades menos simpáticas e foi impedido de responder. Decepcionou-se
com comentários de amigos encarnados sobre as despesas do enterro. Não conseguiu suportar estes dardos
mentais.
12. 11 - A prece. Viu círculos de luz emumdos carros. Percebeu orações a seu favore alegrou-se. Assistiu de
longe pois Bezerra informou que enterros muito concorridos impõemgrande perturbações à alma.
Descobriu que quemnão renunciou aos hábitos e sentidos do corpo demora para se desprender.
13. 12 - Entre companheiros. Finalmente liberto do corpo, Jacob visitou seu lar e seu núcleo de trabalho.
Abraçou amigos e seguiu emdireção à praia para se reunir comoutros espíritos recém-desencarnados.
Durante o trajeto ficou preocupado por não lembrarde vidas passadas e pornão saberonde iria morar. Sua
filha garantiu que tudo seria solucionado pouco a pouco.
14. 13 - A professora. Minutos depois, respeitável senhora chegou acompanhada de benfeitores e saudou a
todos. Jacob viu uma luz irradiando de seu tórax e sentiu inveja. Marta o repreendeu. Bezerra fez uma
preleção informando que aqueles que não tiveremserenidade terão dificuldades no caminho que será
percorrido até a colônia espiritual. Volitaram.
15. 14 - Viagempelas regiões Umbralinas. A caravana seguiu sobre vasto abismo de trevas, numa região
vulcânica. Formas monstruosas surgiamespaçadamente. Bezerra pediu silêncio, calma, prece e decisão,
sobretudo esquecimento de falta grave do passado para não criar sintonias perigosas.
16. 15 - A ponte. Uma luz multicolor varreu o céu emocionando a todos. Ao menor sinal de falta de sintonia de
um espírito presente no grupo, vozes lúgubres ressoaram. Bezerra sereno, exaltou a todos à sintonia no
bem. Pediu que Jacob fizesse uma prece para recompor sua energia. O grupo voltou a levitar passando pela
ponte.
17. 16 - Paisagemdiferente. A paisagemse modificou após a ponte. A atmosfera se tornou leve e marginada de
flores, algumas delas emitiamluz. Amigos ligados a alguns do grupo chegaramcomtochas acesas entoando
cânticos jubilosos. Umgrupo de crianças, tal como aves, vieram buscara professora para outra esfera.
18. 17 - Velhos amigos. O agrupamento prosseguiu volitando. Apareceramespaçosas moradias. Alguns amigos
chamaramseu nome e Jacob os reviu comalegria. Deu notícias de amigos comuns que ficaramna Terra.
Guillon interrompeu alegando que teriamtempo para conversar. De momento, era preciso repousar.
19. 18 - Emrepouso. Jacob ingressou numa casa acolhedora. O ambiente doméstico era perfeito. Retratos
pendiamnas paredes construídas de substância semiluminosa. Reencontrou Mãe Frida semreconhecê-la.
Tentou conversar mais, mas o cansaço o impediu. Andrade o conduziu a seu quarto para descansar e dormir.
20. 19 - Ao despertar, perguntou para Andrade porque a travessia da ponte não foi realizada flutuando a uma
grande altura já que não tocava comos pés no chão e porque não conseguiu lembrardo passado? Andrade
respondeu que se o grupo dominasse plenamente a volitação, não haveria a necessidade da ponte. Quanto ao
passado seria melhor lembrar aos poucos.
21. 20 – Na nova moradia espiritual, Jacob mostrou desejo de trabalhar. Asseguram-lhe que isto iria acontecer
embreve. Perguntou sobre os tribunais de julgamento e esclareceramque não existem, só na consciência
de cada um. Marta fez umrelato sobre parentes e seus destinos. Tocou piano e informou que Beethoven
está emesfera superior.
22. 21 – Jacob passeou pelos arredores e se surpreendeu. As Casas se distanciavambastante entre si, indicando
planejamento prévio. Marta disse que ele recebeu permissão para morar comela. Jacob reparou nos halos de
luz de sua filha e de Andrade e teve de lutar para não cair emdesânimo.
23. 22 - A Escola. Jacob se impressionava com tudo. Marta explicou detalhes sobre encarnação e
desencarnação dos jovens e das crianças.
24. 23 - A Cidade. Jacob viu instituições consagradas ao bemcoletivo. Não viu pessoas comexpressão de aflição
ou desânimo. É uma colônia espiritual de emergência, situada emplanos menos elevados, mas todos temque
guardar serenidade, conforme recomendações. Pensou emse dirigirimediatamente ao Templo, mas isso só
foi possível mais tarde.
25. 24 - Na segunda noite recebeu a visita de Guillon e Cairbar. Estavam remoçados e disseram que não viviam
naquela colônia. Quanto a Bezerra, Sayão e Bittencourt Sampaio optaram por ficar junto aos infelizes da
Terra, embora já pudessemalçar vôos para planos superiores. Convidaram-no a irao RJ.
26. 25 - Volta ao Rio. Amparado porGuillon e Cairbar, sentiu que estavamvolitando emlinha reta, mais rápido e
mais alto. Viu a ponte já conhecida. Descobriu que há rotas espirituais que favorecemo deslocamento. Jacob
sentiu desejo de se materializaremplena avenida para dar testemunho e Guillon riu.
27. 26 - Envolvimento inferior. Jacob viu que o número de encarnados acompanhados por espíritos benignos ou
sinais luminosos era bemmenordo que os acompanhados de entidades inferiores. Guillon disse que é
possível identificar o vício de cada um, após umbreve exame. Essas pessoas vagamassimsemrumo até o
dia emque resolverem modificar-se para o bem.
28. 27 - O serviço não para. Assistiu o início dos trabalhos de socorro emrespeitável instituição. Jacob reparou
comcerta mágoa que existia entre ele e os companheiros visível diferença quanto à luminosidade. Sentiu-se
envergonhado. Alguns espíritos reconheceram Jacob e perguntaramsobre sua luz. Guillon disse que ela
viria mais tarde.
29. 28 - A homenagem. No 30° dia de seu desencarne, Jacob recebeu permissão para irao Templo, encontrando
vários amigos. Após a prece de Bezerra, surgiu Bittencourt Sampaio. Jacob surpreendido e envergonhado,
confessou emprantos que não era digno dessas homenagens e que deveria ser julgado como réu. Bittencourt
garantiu-lhe que só Jesus passou ileso.
30. 1 - Cada espírito atende às causas que criou no curso do
tempo, gravitando em torno das Leis que regem a vida.
2 - Dois terços das criaturas humanas encarnadas
demoram-se entre a Irracionalidade e a Razão.
3 - Um terço está em trânsito da Razão para a
Humanidade.
4 - Fora do corpo bilhões de seres evoluem nas mesmas
condições.
5 - Em esferas mais elevadas outros bilhões caminham
da Humanidade para a Angelitude.
6 - O processo de educação do Ser tem sua base no
reencarnacionismo e no trabalho incessante.
31. 7 O instituto das compensações funciona igualmente para todos.
8 Ninguém ilude as Leis Universais.
9 Os recursos de dignificação da criatura estão à disposição
nas diversas escolas religiosas da Terra. Ainda que diferentes
no culto exterior, têm a mesma essência na fonte da Verdade
Eterna.
10 Jesus é o Ministro do Absoluto junto às coletividades
terrestres. Os Grandes Instrutores do mundo, são mensageiros
d’Ele.
11 Toda a criatura humana possui consigo as sementes da
Sabedoria e do Amor, quando ambientar estes germes dentro
de si mesmo, através dos séculos incessantes, conquistará as
qualidades do Sábio e do Anjo.
32. 31 - O Bar. A equipe de aprendizado precisava praticar as lições teóricas recebidas. Jacob e outro aluno
sugeriramatividades de socorro e doutrinação. Encontraramumobsessornumbarsuburbano e Ornelas
advertiu que era preciso usar recursos diferentes daqueles controlados pela mediunidade. Era uma triste
figura de vampiro.
33. 32 - Ao perceber a aproximação, o vampiro arremessou forças perturbadoras contra Jacob que estremeceu
face a tanta agressividade. Tentou desistir. Ornelas interveio impondo a mão sobre Jacob que doutrinou
seguro e emocionado dizendo que já era tempo de libertar o amigo doente.
34. 33 - O verdugo não reconheceu autoridade emJacob para conselhos. Disse que sempre seguiu seus passos e
que ele não fazia o que pregava. Jacob retrucou que não repousará enquanto não afinarações comideais
pregados. Após relutância conseguiu que ambos orasseme recebessempasses.
35. 34 - Iluminação própria. Buscando acrescentar qualidade às boas obras, Jacob passou a visitarespíritos
endurecidos e sofredores. Por mais de 200 dias ouviu referências às suas antigas faltas, erros da mocidade,
asperezas e promessas não cumpridas, proferidas por espíritos inimigos do bem. Orou...trabalhou.
Conseguiu sua luz.