Este documento discute o manejo de pacientes odontológicos gestantes, destacando que:
1) Existem muitos mitos sobre o tratamento odontológico de gestantes devido à desinformação;
2) É importante esclarecer estes mitos para fornecer um atendimento seguro e eficaz;
3) Alguns procedimentos como raios-X e alguns medicamentos podem ser usados com segurança durante a gravidez se indicados corretamente.
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Manejo da paciente gestante na odontologia - CO2 - FAMAM - Prof. Ícaro Augusto
1. Bacharelado em Odontologia
Clinica Odontológica II
2012.2
Heron Pinheiro*
Pedro Neiva*
Ícaro Soares**
Samantha Peixoto**
Discentes da Faculdade Maria Milza*
Docentes e orientadores da Faculdade Maria
Milza**
2. MANEJO DE PACIENTES GESTANTE
GOVERNADOR MANGABEIRA-BAHIA
MARÇO/2015
Fonte: http://www.odontoblogia.com.br/wp-content/uploads/2012/02/gestante-dentista.jpg<Acesso
em 11 de Março de 2015>
3. Introdução:
O atendimento odontológico na
gestante é dificultado, devido aos
mitos. A gestação coloca a mulher
no quadro de paciente em
temporário risco odontológico.
O pré-natal odontológico se torna
importante visto a necessidade de
quebra de paradigmas existentes.
4. O cirurgião dentista deve esclarecer
a gestante as alterações hormonais e
bucais, afim de evitar riscos.
A uma grande hesitação por parte do
cirurgião na realização de
procedimentos por diversos fatores.
5.
6. Revisão de Literatura:
Nas décadas de 1950 e 1960 houve
um aumento da incidência de bebes
com mal formação dos membros.
Evitar o risco para os agentes
teratogênicos na fase de
organogênese.
Fonte:http://1.bp.blogspot.com/-
aiwk15LqGUI/ULTztTBJDYI/AAAAAAAAAGE/r2rOds1Pflo/
s1600/bb.jpg<Acesso em 12 de Março/2015>
7. Objetivo:
Possibilitar o esclarecimento
necessário sobre o uso de
medicamentos na fase gestacional e
correlacionado a isso o dever de
esclarecer os mitos sem
fundamentação cientifica o qual
possibilita um atendimento com
eficácia satisfatória.
8. Materiais e métodos:
Artigos acadêmicos publicados
entre os anos de 2010 e 2015 no
Brasil.
Fonte de pesquisa:
Google acadêmico; Scielo; Lilacs.
9. Resultados:
Surgimento de vários mitos
envolvendo o tratamento de
pacientes gestantes.
Alguns mitos são verdadeiros e
outros falsos.
Os mitos surgem da desinformação
das pacientes e da falta de
orientação do cirurgião dentista.
10. Resultados:
Mitos em pacientes gestantes no cuidado
odontológico:
Descuido da saúde bucal;
Perda de cálcio nos dentes;
Tomadas radiográficas odontológicas;
Aumento do número de cáries;
11. Resultados:
Mitos em pacientes gestantes no
cuidado odontológico:
Gengivite;
Doença periodontal;
Anestésicos;
Analgésicos;
Antibióticos;
12. Resultados:
Descuido da saúde bucal;
(verdadeiro)
Gestantes têm problema para
manter adequada higiene oral devido
às náuseas e enjoos matutinos
durante o primeiro trimestre –
gonadotropina coriônica humana e à
hipoglicemia.
Outro fator é o foco da atenção
totalmente voltada para o bebê.
13. Resultados:
Perda de cálcio nos dentes para
formação do bebê; (falso)
O conteúdo mineral dos dentes da
grávida não apresentam diminuição
do teor de cálcio, mesmo que o feto
necessite.
15. Resultados:
A exposição a mais de 10 rads, aumenta os riscos
para o feto. (1 rad = 1.000 milirads)
A quantidade de radiação de uma tomada
radiográfica em odontologia , é de apenas 0,01
milirads, seriam necessários 100 mil raios-X dentários
para que o bebê fosse exposto a 1 rad.
Especialistas recomendam que as gestantes adiem
exames não urgentes para depois do parto.
O melhor período para a realização de um raio x, em
caso de urgência e tratamento extremamente
necessário é entre o 2º e 3 º trimestre de
gestação.
(obs. Uso do colete de chumbo)
16. Resultados:
Durante os 9 meses de gestação,
um bebê é geralmente exposto a
cerca de 100 milirads de radiação
natural do Sol.
Fonte; http://blog.saoluiz.com.br/wp-content/uploads/gravidez_29-semanas_22-jun-08_-104.jpg
17. Resultados:
Aumento do número de cáries
(verdadeiro):
A gravidez geralmente está associada
ao desejo de açúcar e à alimentação
mais frequente.
Regurgitação ou vômitos durante a
gravidez, principalmente nos 3
primeiros meses,quando o ácido
clorídrico da mucosa gástrica ataca o
esmalte do dente.
A saliva da gestante pode se tornar
mais ácida e em menor quantidade.
18. Resultados:
Gengivite (verdadeiro)
gravidez, por si só, não causa gengivite.
Mudanças hormonais - estrógeno e a
progesterona exercem influência sobre os
tecidos periodontais :
- Resposta tecidual à placa
- Alteração da composição da microbiota
-Estímulo a citocinas inflamatórias
(prostraglandinas)
Edema, eritema intenso, certa tendência
hiperplásica e maior tendência ao sangramento
19. Resultados:
Doença periodontal: (verdadeiro)
Deficiência na saúde bucal + gengivite pode
levar a doença periodontal.
Fator de risco potencial para bebês prematuros e
de baixo peso (risco 7 vezes maior)
hipermobilidade dos dentes também ocorre até o
8º mês. A hiperelasticidade do ligamento
periodontal acompanha a de todos os ligamentos
durante a gravidez. (hormonal)
20. Resultados:
Anestésicos
1ª escolha - lidocaína a 2% com vasoconstrictor: epinefrina
na concentração de 1:100.000 ou noradrenalina 1:50.000
Injeção lenta da solução com aspiração prévia.
Utilizar no máximo 2 tubetes (3,6 ml) de anestésico por
sessão de atendimento.
Não usar:
Benzocaína (anestésico tópico)
Prilocaína - diminuem a circulação placentária e
apresentam o risco de metemoglobinemia e hipóxia fetal.
Felipressina (vasoconstrictor) quando em doses elevadas,
pode estimular as contrações uterinas, devido à sua
semelhança estrutural com a ocitocina.
21. Resultados:
Analgésicos – anti-inflamatórios
1ª escolha - paracetamol - dor leve a moderada em
qualquer fase da gestação.
2ª escolha - dipirona sódica - risco de infecções por
agranulocitose, redução de granulócitos no sangue.
Não usar:
Os antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), e ácido
acetilsalicílico (AAS -Aspirina) - tendência de
causarem hemorragias na mãe e no feto.
Prolongamento do trabalho de parto, devido à inibição
da síntese de prostaglandinas relacionadas às
contrações uterinas. (3º trimestre)
Corticosteroides - em pacientes com diabetes melito
ou hipertensão arterial.
22. Resultados:
Antibióticos:
1ª escolha -penicilina – só ataca estruturas
bacterianas, praticamente atóxicas (ex.
amoxicilina e a ampicilina).
2ª escolha - cefalosporinas e macrolídeos -
pacientes alérgicos às penicilinas.
Não usar:
Eritromicina – hepatotóxico
Tetraciclinas – malformações no esmalte
do bebê, retardo no crescimento, anemia
hemolítica ou icterícia no neonato.
23. Conclusão:
É de fundamental importância que se
desenvolva o conhecimento
necessário para prescrição
medicamentosa na fase gestacional,
esclarecendo a gestante a respeito
da correta higiene bucal e através da
anamnese detalhada acompanhar as
possíveis alterações bucais.
24. Referencias:
AMADEI, S. U., CARMO, E. D., PEREIRA, A. C. et al.
Prescrição medicamentosa no tratamento
odontológico de grávidas e lactantes. Rev. Gauch.
Odontol. 2011; 59: 31-7.
OLIVEIRA J. F. M., GONÇALVES P. E. Verdades e
mitos sobre o atendimento odontológico da paciente
gestante. Rev. Port. Estomatol. Cir. Maxilofac. 2009;
50 (3): 165-71.