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Interpretação Bíblica Básica
1. Hermenêutica e Exegese
 Toda interpretação bíblica tem 2 palavras-chave:
1. Hermenêutica (hêrmeneia; hêrmeneuô; hêrmeneutes): princípios, teoria.
Definição do Dicionário Houaiss:
1. Ciência, técnica que tem por objetivo a interpretação de textos religiosos ou
filosóficos.
2. Interpretação dos textos, do sentido das palavras.
3. Teoria, ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico.
Etimologia: “arte de interpretar, relativo à interpretação, próprio para fazer
compreender, arte de descobrir o sentido exato de um texto, interpretação
do que é simbólico.”
1. Hermenêutica e Exegese
 Toda interpretação bíblica tem 2 palavras-chave:
2. Exegese (exêgesis; exêgeomai): exposição e explicação prática do texto.
Definição do Dicionário Houaiss:
1. Comentário ou dissertação que tem por objetivo esclarecer ou interpretar
minuciosamente um texto ou uma palavra.
2. Interpretação de obra literária, artística etc.
Etimologia: “exposição de fatos históricos, interpretação, comentário,
interpretação de um sonho, tradução, conduzir, guiar, dirigir, governar,
conduzir passo a passo ou até o fim, expor em detalhe, explicar, interpretar,
marchar na frente, conduzir, guiar.”
1. Hermenêutica e Exegese
 Hermenêutica X Exegese
“Hermenêutica é como um livro de receitas, com regras de como fazer um bolo;
exegese é a preparação do bolo; exposição é a entrega do bolo para alguém
comer.” Roy B. Zuck
 Perigo!!! A palavra Exegese significa tirar
o significado do texto bíblico e é
contrária à EisegeseEisegese que é
impor significado ao texto
bíblico, ou, interpretação de um
texto atribuindo-lhe ideias do
próprio leitor.
A importância da interpretação exata
Qual é a importância de querermos obter o
conhecimento correto da palavra de Deus?
Literalmente falando
sabemos que nos últimos
dias estamos passando por
uma situação difícil no que
diz respeito ao ensinamento
ou interpretação da palavra
de Deus
2. Abismo da Interpretação
 Pensemos se realmente levamos em consideração os fatores
agrupados no “abismo” quando lemos a Bíblia:
TempoTempo
IdiomaIdioma
CosmovisãoCosmovisão
LiteraturaLiteratura
GeografiaGeografia
O que é Hermenêutica?
A Hermenêutica é a ciência que
nos encima as leis e os métodos
para a interpretação correta das
escrituras
Devemos ter muito cuidado com a Hermenêutica
Geral
Hermenêutica – Qual é a Regra
Exegese – Aplicar a Regra
O QUE SEGNIFICA
ESSA GRANDE
PONTE E ESSE
GRANDE ABISMO?
Capítulo 2 - O interprete bíblico
Atos 8:26-40
26 - E o anjo do SENHOR falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém
para Gaza, que está deserta.
27 - E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era
superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração,
28 - Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías.
29 - E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro.
30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?
31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse.
32 - E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante
do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca.
33 - Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra.
34 - E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro?
35 - Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.
36 - E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja
batizado?
37 - E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
38 - E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou.
39 - E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu
caminho.
40 - E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.
O objetivo dessa aula é mostrar como o
interprete bíblico deve permitir ser usado por
Deus e o que é necessário que nele se
encontre para que o Espírito possa usa-lo
A questão não é só querer ser usado por Deus para
essa grande obra, mais como é que está a nossa vida
espiritual perante Deus para que Ele possa nos usar?
Qual deve ser o perfil de um interprete
bíblico?
A quatro características que um
interprete deve ter
1º Ser regenerado pelo Espírito
2º Ser obediente as escrituras
3º Ser orientado pelo espírito
4º Ser diligente em seu estudo
Começaremos pela regeneração
I Corintios 2:11
11 - Porque, qual dos homens sabe as
coisas do homem, senão o espírito do
homem, que nele está? Assim também
ninguém sabe as coisas de Deus, senão o
Espírito de Deus.
Isso nos leva a entender que é impossível vislumbrar
qualquer coisa que se passa no coração de Deus, então
eu poderia dar razão a todos que interpretam a bíblia de
acordo com o que pensam.
I Corintios 2:12
12 - Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o
Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos
conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
É por isso que o interprete bíblico precisa ser
regenerado pelo Espírito, porque o interprete
não regenerado está limitado ao seu próprio
entendimento sobre as coisa que são de Deus
Você quer ser um interprete limitado ou
completo?
O interprete não regenerado não aceita
as coisas do Espírito!
I Corintios 2:14
14 - Ora, o homem natural não compreende as
coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente.
Se você se diz espiritual, você teria coragem e
preparo para responder a qualquer um que
venha a colocar em duvida as escrituras
sagradas e negar tudo que estar escrito na
bíblia? Você está preparado para isso?
O interprete espiritual entende que, o que está escrito nas escrituras é real, pois
a defesa que ele faz das escrituras não é passional e irracional, a muitos crentes
que diz que a fé é uma coisa inexplicável mas olha o que diz I Pedro 3:15
15 - Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai
sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que
vos pedir a razão da esperança que há em vós,
2. Abismo da Interpretação
 Todo texto bíblico foi escrito por alguém (Paulo, Salomão, Davi, João,
Lucas, Isaías, etc.) para ouvintes específicos, que se encontravam num
contexto histórico e geográfico específico e com um objetivo específico.
 O conteúdo da Bíblia foi afetado e influenciado pelo meio cultural em que
cada autor humano escreveu.
“Dada a existência de um abismo cultural entre nossa era e os tempos
bíblicos - e como o nosso objetivo na interpretação bíblica é descobrir o
sentido original das Escrituras - é imperativo que nos familiarizemos com a
cultura e os costumes de então.”
2. Abismo da Interpretação
A. O abismo cronológico (tempo)
 Os 5 primeiros livros de Moisés (Pentateuco) foram
compostos aproximadamente 1.400 anos a.C. Já o
Apocalipse, último livro da bíblia, foi escrito por João
90 anos d.C.
 Há um imenso abismo temporal que nos separa dos
autores bíblicos.
 Isso gera um grande desafio de voltar no tempo para,
de alguma forma, nos “comunicarmos” com eles e
entender o significado do que escreveram.
Viagens no tempo registradas na Bíblia?
A Bíblia é um livro cheio de histórias e personagens misteriosos. Entre eles, destacamos Melquisedeque. Ele
aparece do nada, para depois desaparecer súbita e misteriosamente.
Hebreus 7:1-3
1 - PORQUE este Melquisedeque, que era rei
de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que
saiu ao encontro de Abraão quando ele
regressava da matança dos reis, e o
abençoou;
2 - A quem também Abraão deu o dízimo de
tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei
de justiça, e depois também rei de Salém, que
é rei de paz;
3 - Sem pai, sem mãe, sem genealogia,
não tendo princípio de dias nem fim de vida,
mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus,
permanece sacerdote para sempre.
1º Não tem Genealogia
2º Sem princípio de dias, nem fim de vida
3º Semelhante a Cristo
4º Sacerdote Eterno
Gn 14: 18-20
Gênesis 14:18-19; Sl 16.2
19 - E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo
Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;
20 - E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os
teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o
dízimo de tudo.
18 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e
vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo.
Hb 7: 1-10
As Escrituras sempre relataram a genealogia de seus personagens, demonstrando com isso,
que eram seres reais, que viveram em determinada época da História, e não seres místicos.
Porém, Melquisedeque aparece do nada, “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo
princípio de dias, nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus”. Como se não
bastasse, lemos que ele “permanece sacerdote para sempre”. O escritor de Hebreus nos leva a
considerar “quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo”. E aqui, “sem
contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior”. E ele arremata, afirmando que
Melquisedeque é “aquele de quem se testifica que vive”.
Ora, diante de todas essas evidências, que alternativa temos, senão admitir que Melquisedeque
é ninguém menos que o próprio Cristo? Alguns teólogos afirmam que Melquisedeque seria uma
espécie de Teofania, uma manifestação de Cristo pré-encarnado. Ora, se isso fosse verdade,
Melquisedeque não surgiria como um ser humano, de carne e osso, e sim, como um espírito.
Creio que Melquisedeque era o próprio Jesus, em carne e osso, trazendo conSigo o DNA de Maria,
Sua mãe terrena. Aquele corpo que segurava o pão e o vinho oferecidos a Abraão, era o mesmo que
segurou o pão e o vinho na noite da Santa Ceia. Como isso seria possível se todavia Jesus não
havia encarnado? Ora, Jesus não encarnou mais de uma vez. Foi na Plenitude dos tempos que Ele
Se fez carne, e habitou entre nós. Apesar disso, afirmo que foi com Cristo que o patriarca Abraão se
encontrou naquele dia. Isso é testificado pelo próprio Jesus, ao declarar: “Vosso pai Abraão exultou
por ver o meu dia; viu-o e alegrou-se”. "Abraão, vosso Pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e
alegrou-se. " (Jo 8.56)
Diante dessa afirmação nos perguntamos, quando Abraão viu Jesus? Existem passagens bíblicas muito interessantes de serem
analisadas.
Mas antes de analisarmos temos que aprender o significado de TEOFANIA.
Teofania é a manifestação de Deus em algum lugar, acontecimento ou pessoa. É uma figura da encarnação do  Senhor - Bíblia
Apologética de Estudo (ICP)
I - A TOCHA;
Há uma tipologia muito interessante:
"E sucedeu que posto o sol, houve muita escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou aquelas metades.
(ARA)"  (Gn 15.17)
Prestaram atenção na tocha? Isso é uma figura de caráter messiânico, ou seja, representa Jesus. Tanto que naquele dia o senhor fez
uma aliança com Abraão. Vamos considerar que o Verbo era Deus. (Jo 1.1)
II - OS TRÊS VARÕES;
"Depois apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, no dia de calor.
E levantou os seus olhos, e eis três varões em pé junto a ele. (ARA)" (Gn 18.1-2)
Trata-se de mais uma manifestação teofânica, pois Abraão disse Meu Senhor. (Gn 18.3)
2. Abismo da Interpretação
B. O abismo geográfico
 Vivemos hoje no ocidente, na América, já
chamada de “o novo mundo”. Isso significa que
estamos a milhares de quilômetros de distância
dos locais onde a Bíblia foi composta.
 O contexto geográfico que vivemos determina
grandemente nossa forma de enxergar o
mundo, sendo que a
cultura se adapta ao ambiente em que se desenvolve.
 Salmo 42 verso 1: “Como a corça anseia pelas águas correntes, minha alma
anseia por ti Senhor.” Somente uma pessoa que já caminhou em um deserto
poderia entender a força desta poesia.
2. Abismo da Interpretação
C. O abismo dos costumes
 É de vital importância conhecermos os
costumes dos povos dos tempos bíblicos.
 Como disse Zuck:
“Quando abrimos a Bíblia é como se
estivéssemos entrando num país estranho. Da
mesma forma que ficamos confusos com a
maneira de agir das pessoas de outros países,
podemos ficar confusos com o que lemos na
Bíblia.”
2. Abismo da Interpretação
C. O abismo dos costumes
 Política: Por que Boaz foi até a porta da cidade
falar com os anciãos sobre o terreno de Noemi
(Rt 4:1)?
 Religião: Qual a razão de Deus ter lançado as
10 pragas sobre o Egito? Por que ele enviou
justamente aquelas pragas em vez de outras
(Êxodo capítulos 8 à 11)?
 Leis: Em Colossenses 1:15 a expressão “o
primogênito de toda a criação” significa que
Cristo não é eterno, mas que foi criado?
 Agricultura: Por que Jesus amaldiçoou a
figueira se nem era época de figos (Mc 11:12-
14)?
Negócios comerciais tipicamente aconteciam às portas da
cidade. Então era natural Boaz falar com o outro remidor
mais próximo naquele local, na presença dos anciões da
comunidade, para fins de julgamento pulblico.
As 10 pragas do Egito e sua relação com as
divindades pagãs egípcias
1. Como se pode aceitar que Jesus amaldiçoasse
uma figueira, fazendo-a secar, só por ela não ter
frutos, se nem sequer era a estação dos figos?
Em que sentido é Jesus "o primogênito
de toda a criação"?
2. Abismo da Interpretação
D. O abismo dos idiomas
 A bíblia foi escrita primordialmente em
hebraico e grego, com alguns trechos em
aramaico.
 Os manuscritos originais do Antigo
Testamento foram escritos em hebraico
somente com consoantes (ganharam vogais
somente 900 d.C.).
 O exemplo usado por Zuck, representando
em português o problema, é a sequência de
letras TCH. Podemos ler “TOCHA”, “TACHO”,
“TACHA”.
2. Abismo da Interpretação
D. O abismo dos idiomas
EXEMPLO  Origem da tradução JEOVÁ
 YHWH ou
 ADONAI ou
“O QUE EXISTE”
Nome cuja
pronúncia perdeu-se
“SENHOR”
Adaptação dos
judeus que
evitavam
pronunciar YHWH
Y – E – H – O – W – A – H
YHWH + vogais de ADONAI
3. Nem tudo é alegoria
Grande perigo!!!
 O que facilita uma interpretação bíblica livre da Eisegese é a busca pela interpretação inicial mais
literal possível.
 O problema é que a mentalidade brasileira, influenciada pela cultura grega, tem uma facilidade
imensa para a alegorização excessiva dos textos bíblicos.
 Quem nunca ouviu a frase?
“A bíblia tem várias interpretações, que podem ser verdade dependendo da pessoa que lê!”
 Isso parece super espiritual, porém, é um erro gravíssimo. Com certeza existem algumas passagens
bíblicas que podem ter mais de uma interpretação plausível, no entanto, a grande maioria dos textos
não tem mais de uma possibilidade de interpretação.
3. Nem tudo é alegoria
Os gêneros literários
 A Bíblia é um livro rico em gêneros literários. Temos Lei (Pentateuco), Históricos
(Juízes, Samuel, Reis, etc.), Narrativas, Poesias (Salmos, Cantares, Lamentações),
Provérbios, Profecias (Isaías, Jeremias, etc.), Evangelhos (Mateus, Lucas, etc.),
Cartas (Romanos, Hebreus, etc.) e Apocalipse.
 Dentro de cada estilo, temos figuras de linguagens e textos literais, com ideias
diretas. Isso precisa ser observado antes de fazer uma interpretação, pois nem
tudo é figura de linguagem.
4. Passos básicos de interpretação bíblica
Introdução
“A chave para a boa exegese é a habilidade de fazer perguntas certas para o
texto a fim de captar o significado pretendido pelo autor.”
 Existem duas categorias básicas de perguntas que devemos fazer para o texto:
“Por que o autor disse isso?” e “O que foi que o autor quis dizer no texto?”
 “Por que” - temos que entender o contexto histórico-cultural do que foi escrito.
 “Que o autor quis dizer” - temos que entender o significado de suas palavras e o
relacionamento das palavras do autor com o contexto histórico-cultural (“Por
que”) dos seus leitores.
4. Passos básicos de interpretação bíblica
Passo 1  Estudo do contexto histórico geral
 Perguntas-chave: Quem é o autor? Quem são os destinatários? Qual é o
relacionamento entre ambos? Onde os destinatários vivem? Quais são suas
circunstâncias no momento? Que situação histórica levou à composição do
documento? Qual é o propósito do autor? Qual é a preocupação do autor?
 Pesquise em materiais secundários: Manuais bíblicos, Bíblias de estudo,
dicionários bíblicos, livros de Arqueologia Bíblica, introduções ao Antigo
Testamento, introduções ao Novo Testamento, comentários bíblicos, léxicos,
etc., são fontes indispensáveis de pesquisa.
 Leia o livro todo de uma só vez e faça um esboço tentando responder às
perguntas-chave. Não há o que substitua esse passo.
4. Passos básicos de interpretação bíblica
Passo 2  Confirme os limites da passagem
 Verifique se você escolheu para a exegese uma unidade genuína e completa.
Mesmo que você faça a exegese de uma só frase, ela deve ter um lugar no seu
próprio parágrafo.
 Leia toda a passagem em várias traduções e anote principais diferenças (ex.
Almeida Corrigida, Almeida Atualizada, Almeida Séc. 21, NVI, Bíblia na Linguagem
de Hoje, etc.). Veja quais diferenças são apenas sinônimos ou questões de gosto
do tradutor e quais diferenças realmente mudam o sentido da passagem.
 Analise a estrutura das frases e as relações sintáticas. É fundamental que desde
o início da exegese você tenha uma boa noção do fluxo do argumento (ou
narrativa) e que reconheça as estruturas básicas e a sintaxe de cada frase.
4. Passos básicos de interpretação bíblica
Passo 2  Confirme os limites da passagem
Exercício – Colossenses 3:1-4
Fluxograma de frases da passagem Fluxo do argumento
Portanto, Ligação com passagem anterior
...já que vocês ressuscitaram com Cristo, Base das exortações
...procurem as coisas que são do alto, Exortação 1
...onde Cristo está assentado à direita de Deus. Expansão da exortação 1
Mantenham o pensamento nas coisas do alto, Exortação 2
...e não nas coisas terrenas. Contraste da exortação 2
Pois vocês morreram, Razão 1 das exortações
...e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Especificação da razão 1
Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, Base da conclusão
...então vocês também serão manifestados com ele em glória. Conclusão
4. Passos básicos de
interpretação bíblica
Passo 3  Determine a ideia central da passagem
 O que é a ideia central? Pensamento ou conceito organizador da passagem, que
não necessariamente é o tema da passagem. A ideia central normalmente é
apresentada como uma sentença representando a ideia básica do texto.
EXEMPLO  Mateus 28:18-20
Possibilidade de ideia central do texto:
A Missão, segundo Jesus Cristo, tem como base sua autoridade absoluta, consiste
em reproduzir o que somos: discípulos; não tem prazo de validade antes da
consumação; tem como garantia a presença do comissionador.
4. Passos básicos de interpretação bíblica
Passo 4  Considere contextos bíblicos e teológicos amplos
 Reúna todas as suas descobertas e ligue com o contexto mais amplo. Comece a
focalizar na ligação, ou “mensagem”, de sua passagem, você logo desejará
encaixar tudo isso nos contextos bíblicos e teológicos mais amplos.
 Comece a perguntar: Como a passagem funciona dogmaticamente na seção, no
livro, na divisão, no Testamento, na Bíblia? Como ela e seus elementos se
comparam com outras passagens que tratam dos mesmos tipos de questões?
Que outros elementos nas escrituras a ajudam a se tornar compreensível? O que
se perderia, ou como a mensagem do contexto (capítulo, livro, Bíblia) seria
incompleta se essa passagem não existisse? O que a passagem contém que
contribui para a solução de questões doutrinárias, ou que fortalece soluções
oferecidas em outros lugares da Bíblia?
Passo 1  Estudo do contexto histórico geral
 Autor: A autoria do Apóstolo Pedro é bem defendida, somente questionam que
o grego idiomático da carta extrapole a competência de Pedro. Talvez contou
com ajuda de Silvano (5:12).
 Destinatários: Cristãos judeus e gentílicos fora da Palestina.
 Relacionamento entre ambos: Possivelmente estiveram juntos no dia de
Pentecostes, tendo sido dispersos por perseguições.
 Onde os destinatários vivem: Espalhados por boa parte da Ásia Menor – Ponto,
Galácia, Capadócia, Bitínia (1:1).
 Circunstâncias e situação histórica: Perseguição dos cristãos (4:14-16; 5:8-9) que
pode ter se desenvolvido nos tempos de Nero (54-68 d.C.). Segundo a tradição,
Pedro foi martirizado no final desse período.
 Propósito do autor: Encorajamento e testemunho da graça de Deus para os que
estavam longe de sua terra (5:12).
5. Exercício 1Pedro 3:18-20
Passo 1  Esboço do Livro
I. Saudação (1:1-2)
II. Louvor a Deus por sua graça e salvação (1:3-12)
III.Exortação à santidade de vida (1:13 – 5:11)
A. Exigência de santidade (1:13 – 2:3)
B. Posição dos crentes (2:4-12)
1. Uma casa espiritual (2:4-8)
2. Um povo escolhido (2:9-10)
3. Forasteiros e estrangeiros (2:11-12)
A. Submissão à autoridade (2:13 – 3:7)
1. Submissão aos governantes (2:13-17)
2. Submissão aos senhores (2:18-20)
3. O exemplo de Cristo na submissão (2:21-25)
4. Submissão das esposas (3:1-6)
5. Os deveres dos maridos (3:7)
5. Exercício 1Pedro 3:18-20
D. Deveres de todos (3:8-17) - CONTEXTO INICIAL
E.E. Exemplo de Cristo (3:18 – 4:6) – NOSSO TRECHO DE ESTUDOExemplo de Cristo (3:18 – 4:6) – NOSSO TRECHO DE ESTUDO
F. Conduta diante do fim de todas as coisas (4:7-11)
G. Conduta dos que sofrem por Cristo (4:12-19)
H. Conduta dos presbíteros (5:1-4)
I. Conduta dos jovens (5:5-11)
I. O propósito da Carta (5:12)
II. Saudações Finais (5:13-14)
5. Exercício 1Pedro 3:18-20
Passo 2  Confirme os limites da passagem
O mais correto seria fazer a exegese de 3:17 a 4:6, vamos, ao menos, até o 3:22:
O fato de não haver conclusão prova que a ideia central não acabou
Fluxograma de frases da passagem Fluxo do argumento
Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez...
Base da exortação em 3:17 (o
exemplo de Cristo)
...o justo pelos injustos, Autoridade da exortação
...Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito
Preparação para o comentário
explicativo de Pedro
...no qual Ele também foi e pregou aos espíritos em prisão Comentário de Pedro
...que há muito tempo desobedeceram, quando Deus esperava
pacientemente nos dias de Noé, enquanto a Arca era const.
Detalhamento do comentário
...Nela apenas alguma pessoas, a saber, oito, foram salvas... Detalhamento do comentário
...e isso é representado pelo batismo que agora salva vocês – não a
remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso...
Figura de linguagem para
fortalecer o argumento
...por meio da ressurreição de Jesus Cristo, que subiu aos céus e está
à direita de Deus; a Ele estão sujeitos os anjos...
Autoridade do argumento
5. Exercício 1Pedro 3:18-20
Passo 3  Determine a ideia central da passagem
Exemplo de IC:
 Temos deveres com Deus, mesmo em tempos de dificuldade, a exemplo de
Jesus, que sendo Deus, humilhou-se e submeteu-se, sendo obediente mesmo em
tempos de aflição. Assim como Cristo foi honrado de forma máxima por Deus,
seremos honrados por fazer a vontade de Deus de forma agradável a Ele e não
aos homens.
5. Exercício 1Pedro 3:18-20
Passo 4  Considere contextos bíblicos e teológicos amplos
 v17 – Argumento: “é melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de
Deus...”
 No mundo teremos aflições (Jo 16:33), mas devemos seguir o exemplo de
Cristo (Fl 2:5-11) e tentarmos ser perfeitos como Deus o é (Mt 5:48).
 v18 – Devemos estas prontos a sofrer pela prática do bem, assim como Jesus.
 v19 e 20a. – Pedro se interessa em detalhar o assunto e usar algumas figuras
para fortalecer seu argumento.
 Este é um dos versículos de mais difícil interpretação da bíblia, mas vale
ressaltar que não é o cerne da ideia que está sendo desenvolvida, mas sim
um detalhe. Não deve ser o centro da análise exegética, como muitos fazem.
 Continua...
5. Exercício 1Pedro 3:18-20
Passo 4  Considere contextos bíblicos e teológicos amplos
 v19 e 20a. – Possibilidades de interpretação:
 Alguns entendem que Noé era uma figura de Cristo no AT, tendo servido de
exemplo à geração ímpia da época, em obediência ao mandamento de Deus,
mesmo em situações adversas da construção da Arca.
 Outros pensam que Cristo, entre sua morte e ressurreição, foi até à prisão
em que os anjos caídos estão, encarnado e ali pregou aos anjos caídos uma
mensagem de vitória pela ressurreição a ocorrer.
 Outros dizem que Jesus, também entre sua morte e ressurreição, foi ao
lugar dos mortos e pregou aos espíritos ímpios da época de Noé, podendo
ter proclamado o evangelho a eles.
 v20b. – Tendo Noé perseverado em obedecer a Deus colheu o fruto de ter sua
vida e família salva, pela perseverança.
 v21 – O dilúvio simboliza o batismo, pois a água trouxe o juízo e o fim do dilúvio
representou a ressurreição da nova vida.
5. Exercício 1Pedro 3:18-20
Omar   interpretação bíblica básica

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Omar interpretação bíblica básica

  • 2. 1. Hermenêutica e Exegese  Toda interpretação bíblica tem 2 palavras-chave: 1. Hermenêutica (hêrmeneia; hêrmeneuô; hêrmeneutes): princípios, teoria. Definição do Dicionário Houaiss: 1. Ciência, técnica que tem por objetivo a interpretação de textos religiosos ou filosóficos. 2. Interpretação dos textos, do sentido das palavras. 3. Teoria, ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico. Etimologia: “arte de interpretar, relativo à interpretação, próprio para fazer compreender, arte de descobrir o sentido exato de um texto, interpretação do que é simbólico.”
  • 3. 1. Hermenêutica e Exegese  Toda interpretação bíblica tem 2 palavras-chave: 2. Exegese (exêgesis; exêgeomai): exposição e explicação prática do texto. Definição do Dicionário Houaiss: 1. Comentário ou dissertação que tem por objetivo esclarecer ou interpretar minuciosamente um texto ou uma palavra. 2. Interpretação de obra literária, artística etc. Etimologia: “exposição de fatos históricos, interpretação, comentário, interpretação de um sonho, tradução, conduzir, guiar, dirigir, governar, conduzir passo a passo ou até o fim, expor em detalhe, explicar, interpretar, marchar na frente, conduzir, guiar.”
  • 4. 1. Hermenêutica e Exegese  Hermenêutica X Exegese “Hermenêutica é como um livro de receitas, com regras de como fazer um bolo; exegese é a preparação do bolo; exposição é a entrega do bolo para alguém comer.” Roy B. Zuck  Perigo!!! A palavra Exegese significa tirar o significado do texto bíblico e é contrária à EisegeseEisegese que é impor significado ao texto bíblico, ou, interpretação de um texto atribuindo-lhe ideias do próprio leitor.
  • 5. A importância da interpretação exata Qual é a importância de querermos obter o conhecimento correto da palavra de Deus? Literalmente falando sabemos que nos últimos dias estamos passando por uma situação difícil no que diz respeito ao ensinamento ou interpretação da palavra de Deus
  • 6. 2. Abismo da Interpretação  Pensemos se realmente levamos em consideração os fatores agrupados no “abismo” quando lemos a Bíblia: TempoTempo IdiomaIdioma CosmovisãoCosmovisão LiteraturaLiteratura GeografiaGeografia
  • 7. O que é Hermenêutica? A Hermenêutica é a ciência que nos encima as leis e os métodos para a interpretação correta das escrituras Devemos ter muito cuidado com a Hermenêutica Geral
  • 8. Hermenêutica – Qual é a Regra Exegese – Aplicar a Regra O QUE SEGNIFICA ESSA GRANDE PONTE E ESSE GRANDE ABISMO?
  • 9. Capítulo 2 - O interprete bíblico Atos 8:26-40 26 - E o anjo do SENHOR falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. 27 - E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. 29 - E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? 31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca. 33 - Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? 35 - Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus. 36 - E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 - E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. 38 - E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. 39 - E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. 40 - E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.
  • 10. O objetivo dessa aula é mostrar como o interprete bíblico deve permitir ser usado por Deus e o que é necessário que nele se encontre para que o Espírito possa usa-lo A questão não é só querer ser usado por Deus para essa grande obra, mais como é que está a nossa vida espiritual perante Deus para que Ele possa nos usar?
  • 11. Qual deve ser o perfil de um interprete bíblico? A quatro características que um interprete deve ter 1º Ser regenerado pelo Espírito 2º Ser obediente as escrituras 3º Ser orientado pelo espírito 4º Ser diligente em seu estudo
  • 12. Começaremos pela regeneração I Corintios 2:11 11 - Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Isso nos leva a entender que é impossível vislumbrar qualquer coisa que se passa no coração de Deus, então eu poderia dar razão a todos que interpretam a bíblia de acordo com o que pensam. I Corintios 2:12 12 - Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. É por isso que o interprete bíblico precisa ser regenerado pelo Espírito, porque o interprete não regenerado está limitado ao seu próprio entendimento sobre as coisa que são de Deus Você quer ser um interprete limitado ou completo?
  • 13. O interprete não regenerado não aceita as coisas do Espírito! I Corintios 2:14 14 - Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Se você se diz espiritual, você teria coragem e preparo para responder a qualquer um que venha a colocar em duvida as escrituras sagradas e negar tudo que estar escrito na bíblia? Você está preparado para isso? O interprete espiritual entende que, o que está escrito nas escrituras é real, pois a defesa que ele faz das escrituras não é passional e irracional, a muitos crentes que diz que a fé é uma coisa inexplicável mas olha o que diz I Pedro 3:15 15 - Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
  • 14. 2. Abismo da Interpretação  Todo texto bíblico foi escrito por alguém (Paulo, Salomão, Davi, João, Lucas, Isaías, etc.) para ouvintes específicos, que se encontravam num contexto histórico e geográfico específico e com um objetivo específico.  O conteúdo da Bíblia foi afetado e influenciado pelo meio cultural em que cada autor humano escreveu. “Dada a existência de um abismo cultural entre nossa era e os tempos bíblicos - e como o nosso objetivo na interpretação bíblica é descobrir o sentido original das Escrituras - é imperativo que nos familiarizemos com a cultura e os costumes de então.”
  • 15. 2. Abismo da Interpretação A. O abismo cronológico (tempo)  Os 5 primeiros livros de Moisés (Pentateuco) foram compostos aproximadamente 1.400 anos a.C. Já o Apocalipse, último livro da bíblia, foi escrito por João 90 anos d.C.  Há um imenso abismo temporal que nos separa dos autores bíblicos.  Isso gera um grande desafio de voltar no tempo para, de alguma forma, nos “comunicarmos” com eles e entender o significado do que escreveram.
  • 16. Viagens no tempo registradas na Bíblia? A Bíblia é um livro cheio de histórias e personagens misteriosos. Entre eles, destacamos Melquisedeque. Ele aparece do nada, para depois desaparecer súbita e misteriosamente. Hebreus 7:1-3 1 - PORQUE este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 - A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3 - Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. 1º Não tem Genealogia 2º Sem princípio de dias, nem fim de vida 3º Semelhante a Cristo 4º Sacerdote Eterno Gn 14: 18-20 Gênesis 14:18-19; Sl 16.2 19 - E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; 20 - E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. 18 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. Hb 7: 1-10
  • 17. As Escrituras sempre relataram a genealogia de seus personagens, demonstrando com isso, que eram seres reais, que viveram em determinada época da História, e não seres místicos. Porém, Melquisedeque aparece do nada, “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias, nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus”. Como se não bastasse, lemos que ele “permanece sacerdote para sempre”. O escritor de Hebreus nos leva a considerar “quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo”. E aqui, “sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior”. E ele arremata, afirmando que Melquisedeque é “aquele de quem se testifica que vive”. Ora, diante de todas essas evidências, que alternativa temos, senão admitir que Melquisedeque é ninguém menos que o próprio Cristo? Alguns teólogos afirmam que Melquisedeque seria uma espécie de Teofania, uma manifestação de Cristo pré-encarnado. Ora, se isso fosse verdade, Melquisedeque não surgiria como um ser humano, de carne e osso, e sim, como um espírito. Creio que Melquisedeque era o próprio Jesus, em carne e osso, trazendo conSigo o DNA de Maria, Sua mãe terrena. Aquele corpo que segurava o pão e o vinho oferecidos a Abraão, era o mesmo que segurou o pão e o vinho na noite da Santa Ceia. Como isso seria possível se todavia Jesus não havia encarnado? Ora, Jesus não encarnou mais de uma vez. Foi na Plenitude dos tempos que Ele Se fez carne, e habitou entre nós. Apesar disso, afirmo que foi com Cristo que o patriarca Abraão se encontrou naquele dia. Isso é testificado pelo próprio Jesus, ao declarar: “Vosso pai Abraão exultou por ver o meu dia; viu-o e alegrou-se”. "Abraão, vosso Pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. " (Jo 8.56)
  • 18. Diante dessa afirmação nos perguntamos, quando Abraão viu Jesus? Existem passagens bíblicas muito interessantes de serem analisadas. Mas antes de analisarmos temos que aprender o significado de TEOFANIA. Teofania é a manifestação de Deus em algum lugar, acontecimento ou pessoa. É uma figura da encarnação do  Senhor - Bíblia Apologética de Estudo (ICP) I - A TOCHA; Há uma tipologia muito interessante: "E sucedeu que posto o sol, houve muita escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou aquelas metades. (ARA)"  (Gn 15.17) Prestaram atenção na tocha? Isso é uma figura de caráter messiânico, ou seja, representa Jesus. Tanto que naquele dia o senhor fez uma aliança com Abraão. Vamos considerar que o Verbo era Deus. (Jo 1.1) II - OS TRÊS VARÕES; "Depois apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, no dia de calor. E levantou os seus olhos, e eis três varões em pé junto a ele. (ARA)" (Gn 18.1-2) Trata-se de mais uma manifestação teofânica, pois Abraão disse Meu Senhor. (Gn 18.3)
  • 19. 2. Abismo da Interpretação B. O abismo geográfico  Vivemos hoje no ocidente, na América, já chamada de “o novo mundo”. Isso significa que estamos a milhares de quilômetros de distância dos locais onde a Bíblia foi composta.  O contexto geográfico que vivemos determina grandemente nossa forma de enxergar o mundo, sendo que a cultura se adapta ao ambiente em que se desenvolve.  Salmo 42 verso 1: “Como a corça anseia pelas águas correntes, minha alma anseia por ti Senhor.” Somente uma pessoa que já caminhou em um deserto poderia entender a força desta poesia.
  • 20. 2. Abismo da Interpretação C. O abismo dos costumes  É de vital importância conhecermos os costumes dos povos dos tempos bíblicos.  Como disse Zuck: “Quando abrimos a Bíblia é como se estivéssemos entrando num país estranho. Da mesma forma que ficamos confusos com a maneira de agir das pessoas de outros países, podemos ficar confusos com o que lemos na Bíblia.”
  • 21. 2. Abismo da Interpretação C. O abismo dos costumes  Política: Por que Boaz foi até a porta da cidade falar com os anciãos sobre o terreno de Noemi (Rt 4:1)?  Religião: Qual a razão de Deus ter lançado as 10 pragas sobre o Egito? Por que ele enviou justamente aquelas pragas em vez de outras (Êxodo capítulos 8 à 11)?  Leis: Em Colossenses 1:15 a expressão “o primogênito de toda a criação” significa que Cristo não é eterno, mas que foi criado?  Agricultura: Por que Jesus amaldiçoou a figueira se nem era época de figos (Mc 11:12- 14)? Negócios comerciais tipicamente aconteciam às portas da cidade. Então era natural Boaz falar com o outro remidor mais próximo naquele local, na presença dos anciões da comunidade, para fins de julgamento pulblico. As 10 pragas do Egito e sua relação com as divindades pagãs egípcias 1. Como se pode aceitar que Jesus amaldiçoasse uma figueira, fazendo-a secar, só por ela não ter frutos, se nem sequer era a estação dos figos? Em que sentido é Jesus "o primogênito de toda a criação"?
  • 22. 2. Abismo da Interpretação D. O abismo dos idiomas  A bíblia foi escrita primordialmente em hebraico e grego, com alguns trechos em aramaico.  Os manuscritos originais do Antigo Testamento foram escritos em hebraico somente com consoantes (ganharam vogais somente 900 d.C.).  O exemplo usado por Zuck, representando em português o problema, é a sequência de letras TCH. Podemos ler “TOCHA”, “TACHO”, “TACHA”.
  • 23. 2. Abismo da Interpretação D. O abismo dos idiomas EXEMPLO  Origem da tradução JEOVÁ  YHWH ou  ADONAI ou “O QUE EXISTE” Nome cuja pronúncia perdeu-se “SENHOR” Adaptação dos judeus que evitavam pronunciar YHWH Y – E – H – O – W – A – H YHWH + vogais de ADONAI
  • 24. 3. Nem tudo é alegoria Grande perigo!!!  O que facilita uma interpretação bíblica livre da Eisegese é a busca pela interpretação inicial mais literal possível.  O problema é que a mentalidade brasileira, influenciada pela cultura grega, tem uma facilidade imensa para a alegorização excessiva dos textos bíblicos.  Quem nunca ouviu a frase? “A bíblia tem várias interpretações, que podem ser verdade dependendo da pessoa que lê!”  Isso parece super espiritual, porém, é um erro gravíssimo. Com certeza existem algumas passagens bíblicas que podem ter mais de uma interpretação plausível, no entanto, a grande maioria dos textos não tem mais de uma possibilidade de interpretação.
  • 25. 3. Nem tudo é alegoria Os gêneros literários  A Bíblia é um livro rico em gêneros literários. Temos Lei (Pentateuco), Históricos (Juízes, Samuel, Reis, etc.), Narrativas, Poesias (Salmos, Cantares, Lamentações), Provérbios, Profecias (Isaías, Jeremias, etc.), Evangelhos (Mateus, Lucas, etc.), Cartas (Romanos, Hebreus, etc.) e Apocalipse.  Dentro de cada estilo, temos figuras de linguagens e textos literais, com ideias diretas. Isso precisa ser observado antes de fazer uma interpretação, pois nem tudo é figura de linguagem.
  • 26. 4. Passos básicos de interpretação bíblica Introdução “A chave para a boa exegese é a habilidade de fazer perguntas certas para o texto a fim de captar o significado pretendido pelo autor.”  Existem duas categorias básicas de perguntas que devemos fazer para o texto: “Por que o autor disse isso?” e “O que foi que o autor quis dizer no texto?”  “Por que” - temos que entender o contexto histórico-cultural do que foi escrito.  “Que o autor quis dizer” - temos que entender o significado de suas palavras e o relacionamento das palavras do autor com o contexto histórico-cultural (“Por que”) dos seus leitores.
  • 27. 4. Passos básicos de interpretação bíblica Passo 1  Estudo do contexto histórico geral  Perguntas-chave: Quem é o autor? Quem são os destinatários? Qual é o relacionamento entre ambos? Onde os destinatários vivem? Quais são suas circunstâncias no momento? Que situação histórica levou à composição do documento? Qual é o propósito do autor? Qual é a preocupação do autor?  Pesquise em materiais secundários: Manuais bíblicos, Bíblias de estudo, dicionários bíblicos, livros de Arqueologia Bíblica, introduções ao Antigo Testamento, introduções ao Novo Testamento, comentários bíblicos, léxicos, etc., são fontes indispensáveis de pesquisa.  Leia o livro todo de uma só vez e faça um esboço tentando responder às perguntas-chave. Não há o que substitua esse passo.
  • 28. 4. Passos básicos de interpretação bíblica Passo 2  Confirme os limites da passagem  Verifique se você escolheu para a exegese uma unidade genuína e completa. Mesmo que você faça a exegese de uma só frase, ela deve ter um lugar no seu próprio parágrafo.  Leia toda a passagem em várias traduções e anote principais diferenças (ex. Almeida Corrigida, Almeida Atualizada, Almeida Séc. 21, NVI, Bíblia na Linguagem de Hoje, etc.). Veja quais diferenças são apenas sinônimos ou questões de gosto do tradutor e quais diferenças realmente mudam o sentido da passagem.  Analise a estrutura das frases e as relações sintáticas. É fundamental que desde o início da exegese você tenha uma boa noção do fluxo do argumento (ou narrativa) e que reconheça as estruturas básicas e a sintaxe de cada frase.
  • 29. 4. Passos básicos de interpretação bíblica Passo 2  Confirme os limites da passagem Exercício – Colossenses 3:1-4 Fluxograma de frases da passagem Fluxo do argumento Portanto, Ligação com passagem anterior ...já que vocês ressuscitaram com Cristo, Base das exortações ...procurem as coisas que são do alto, Exortação 1 ...onde Cristo está assentado à direita de Deus. Expansão da exortação 1 Mantenham o pensamento nas coisas do alto, Exortação 2 ...e não nas coisas terrenas. Contraste da exortação 2 Pois vocês morreram, Razão 1 das exortações ...e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Especificação da razão 1 Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, Base da conclusão ...então vocês também serão manifestados com ele em glória. Conclusão
  • 30. 4. Passos básicos de interpretação bíblica Passo 3  Determine a ideia central da passagem  O que é a ideia central? Pensamento ou conceito organizador da passagem, que não necessariamente é o tema da passagem. A ideia central normalmente é apresentada como uma sentença representando a ideia básica do texto. EXEMPLO  Mateus 28:18-20 Possibilidade de ideia central do texto: A Missão, segundo Jesus Cristo, tem como base sua autoridade absoluta, consiste em reproduzir o que somos: discípulos; não tem prazo de validade antes da consumação; tem como garantia a presença do comissionador.
  • 31. 4. Passos básicos de interpretação bíblica Passo 4  Considere contextos bíblicos e teológicos amplos  Reúna todas as suas descobertas e ligue com o contexto mais amplo. Comece a focalizar na ligação, ou “mensagem”, de sua passagem, você logo desejará encaixar tudo isso nos contextos bíblicos e teológicos mais amplos.  Comece a perguntar: Como a passagem funciona dogmaticamente na seção, no livro, na divisão, no Testamento, na Bíblia? Como ela e seus elementos se comparam com outras passagens que tratam dos mesmos tipos de questões? Que outros elementos nas escrituras a ajudam a se tornar compreensível? O que se perderia, ou como a mensagem do contexto (capítulo, livro, Bíblia) seria incompleta se essa passagem não existisse? O que a passagem contém que contribui para a solução de questões doutrinárias, ou que fortalece soluções oferecidas em outros lugares da Bíblia?
  • 32. Passo 1  Estudo do contexto histórico geral  Autor: A autoria do Apóstolo Pedro é bem defendida, somente questionam que o grego idiomático da carta extrapole a competência de Pedro. Talvez contou com ajuda de Silvano (5:12).  Destinatários: Cristãos judeus e gentílicos fora da Palestina.  Relacionamento entre ambos: Possivelmente estiveram juntos no dia de Pentecostes, tendo sido dispersos por perseguições.  Onde os destinatários vivem: Espalhados por boa parte da Ásia Menor – Ponto, Galácia, Capadócia, Bitínia (1:1).  Circunstâncias e situação histórica: Perseguição dos cristãos (4:14-16; 5:8-9) que pode ter se desenvolvido nos tempos de Nero (54-68 d.C.). Segundo a tradição, Pedro foi martirizado no final desse período.  Propósito do autor: Encorajamento e testemunho da graça de Deus para os que estavam longe de sua terra (5:12). 5. Exercício 1Pedro 3:18-20
  • 33. Passo 1  Esboço do Livro I. Saudação (1:1-2) II. Louvor a Deus por sua graça e salvação (1:3-12) III.Exortação à santidade de vida (1:13 – 5:11) A. Exigência de santidade (1:13 – 2:3) B. Posição dos crentes (2:4-12) 1. Uma casa espiritual (2:4-8) 2. Um povo escolhido (2:9-10) 3. Forasteiros e estrangeiros (2:11-12) A. Submissão à autoridade (2:13 – 3:7) 1. Submissão aos governantes (2:13-17) 2. Submissão aos senhores (2:18-20) 3. O exemplo de Cristo na submissão (2:21-25) 4. Submissão das esposas (3:1-6) 5. Os deveres dos maridos (3:7) 5. Exercício 1Pedro 3:18-20
  • 34. D. Deveres de todos (3:8-17) - CONTEXTO INICIAL E.E. Exemplo de Cristo (3:18 – 4:6) – NOSSO TRECHO DE ESTUDOExemplo de Cristo (3:18 – 4:6) – NOSSO TRECHO DE ESTUDO F. Conduta diante do fim de todas as coisas (4:7-11) G. Conduta dos que sofrem por Cristo (4:12-19) H. Conduta dos presbíteros (5:1-4) I. Conduta dos jovens (5:5-11) I. O propósito da Carta (5:12) II. Saudações Finais (5:13-14) 5. Exercício 1Pedro 3:18-20
  • 35. Passo 2  Confirme os limites da passagem O mais correto seria fazer a exegese de 3:17 a 4:6, vamos, ao menos, até o 3:22: O fato de não haver conclusão prova que a ideia central não acabou Fluxograma de frases da passagem Fluxo do argumento Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez... Base da exortação em 3:17 (o exemplo de Cristo) ...o justo pelos injustos, Autoridade da exortação ...Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito Preparação para o comentário explicativo de Pedro ...no qual Ele também foi e pregou aos espíritos em prisão Comentário de Pedro ...que há muito tempo desobedeceram, quando Deus esperava pacientemente nos dias de Noé, enquanto a Arca era const. Detalhamento do comentário ...Nela apenas alguma pessoas, a saber, oito, foram salvas... Detalhamento do comentário ...e isso é representado pelo batismo que agora salva vocês – não a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso... Figura de linguagem para fortalecer o argumento ...por meio da ressurreição de Jesus Cristo, que subiu aos céus e está à direita de Deus; a Ele estão sujeitos os anjos... Autoridade do argumento 5. Exercício 1Pedro 3:18-20
  • 36. Passo 3  Determine a ideia central da passagem Exemplo de IC:  Temos deveres com Deus, mesmo em tempos de dificuldade, a exemplo de Jesus, que sendo Deus, humilhou-se e submeteu-se, sendo obediente mesmo em tempos de aflição. Assim como Cristo foi honrado de forma máxima por Deus, seremos honrados por fazer a vontade de Deus de forma agradável a Ele e não aos homens. 5. Exercício 1Pedro 3:18-20
  • 37. Passo 4  Considere contextos bíblicos e teológicos amplos  v17 – Argumento: “é melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus...”  No mundo teremos aflições (Jo 16:33), mas devemos seguir o exemplo de Cristo (Fl 2:5-11) e tentarmos ser perfeitos como Deus o é (Mt 5:48).  v18 – Devemos estas prontos a sofrer pela prática do bem, assim como Jesus.  v19 e 20a. – Pedro se interessa em detalhar o assunto e usar algumas figuras para fortalecer seu argumento.  Este é um dos versículos de mais difícil interpretação da bíblia, mas vale ressaltar que não é o cerne da ideia que está sendo desenvolvida, mas sim um detalhe. Não deve ser o centro da análise exegética, como muitos fazem.  Continua... 5. Exercício 1Pedro 3:18-20
  • 38. Passo 4  Considere contextos bíblicos e teológicos amplos  v19 e 20a. – Possibilidades de interpretação:  Alguns entendem que Noé era uma figura de Cristo no AT, tendo servido de exemplo à geração ímpia da época, em obediência ao mandamento de Deus, mesmo em situações adversas da construção da Arca.  Outros pensam que Cristo, entre sua morte e ressurreição, foi até à prisão em que os anjos caídos estão, encarnado e ali pregou aos anjos caídos uma mensagem de vitória pela ressurreição a ocorrer.  Outros dizem que Jesus, também entre sua morte e ressurreição, foi ao lugar dos mortos e pregou aos espíritos ímpios da época de Noé, podendo ter proclamado o evangelho a eles.  v20b. – Tendo Noé perseverado em obedecer a Deus colheu o fruto de ter sua vida e família salva, pela perseverança.  v21 – O dilúvio simboliza o batismo, pois a água trouxe o juízo e o fim do dilúvio representou a ressurreição da nova vida. 5. Exercício 1Pedro 3:18-20