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Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 13h 30

Empresas que fabricam a tradicional tubaína ainda
   lutam para transformar os produtos em grifes
Número de pequenas fábricas cai rapidamente e quem sobrevive busca caminhos
     para enfrentar as gigantes do mercado

Renato Jakitas, Estadão PME




Felipe Rau/AE

Marcas regionais de refrigerantes lutam por sua sobrevivência no
     interior do Brasil
Guaraná Cabeça de Bugre, Maçã Don, Etubaína e soda Gengibirra. Praticamente
      desconhecidas do grande público, as marcas regionais de refrigerantes lutam por
      sua sobrevivência no interior do País. Centenário, esse grupo quer deixar para trás a
      sina de ‘refrigereco’ adquirida nos últimos anos para transformar a memória afetiva
      do consumidor em valor real no ponto de venda.

       O desafio da tubaína, como também é chamado o produto, passa por encontrar um
       caminho que afaste o pequeno negócio da sombra de gigantes globais, como Coca-
       Cola e Ambev, recolocando o setor na rota do crescimento sustentável. “Nossa
       categoria tem sofrido baixas nos últimos anos. Em 2000, éramos cerca de 850
       pequenas empresas. Hoje, não passamos de 210”, relata o presidente da
       Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando
       Rodrigues de Bairros.

       Ele destaca a concentração de mercado como responsável pela quebradeira no
       setor. Embora o consumo de refrigerantes tenha crescido 24% nos últimos 15 anos
       – de 63 litros por habitante, em 1996, para 78 litros em 2011 –, a fatia abocanhada
       pela Ambev e Coca-Cola, diz Bairros, avançou com muita velocidade. “Em volume
de vendas, as grandes são donas de 80% do mercado. Em faturamento, chega a
       90%. Em 1990, a fatia das pequenas nas vendas era de 30%.”

Procuradas pela reportagem, tanto a Coca-Cola quanto a Ambev não se pronunciaram
       sobre o assunto. No entanto, além da concentração, há outros motivos para a crise
       das pequenas empresas do segmento: sistemas precários de distribuição, que não
       acompanham as exigências dos grandes varejistas, fábricas antigas e
       tecnologicamente defasadas, além de pequeno investimento em marketing. “Essas
       marcas precisam lutar para sair da briga pelo preço e olhar para vantagens
       competitivas. Há espaço para crescer”, garante Adalberto Viviani, da Concept
       Consultoria, especializada no mercado de bebidas.

É o caso, por exemplo, da Bebidas Don, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A
       empresa investe em reposicionar a marca para enfrentar seus concorrentes. “Eu
       comparo nosso momento com as cervejas artesanais, que exploram o apelo de
       serem produzidas em microcervejarias”, afirma o empresário Reilly Okada, segunda
       geração no comando da empresa.

O principal produto da fábrica, o refrigerante Maçã Don, já conquistou 15% do mercado de
        refrigerantes em Ribeirão Preto e, na competição direta com as marcas menores,
        atinge 65% de participação. “Somos até 20% mais caros do que as demais bebidas
        regionais e mais baratos que a Coca-Cola e o Guaraná Antártica”, afirma o
        empresário. “Distribuímos para trinta mil pontos de venda, com foco no pequeno e
        médio varejo. A política das grandes redes não favorece o regional, mas temos de
        achar um caminho”, analisa.

Encontrar um nicho de mercado é a estratégia adotada pela Bebidas Leonardo Sell, com
       105 anos de história e localizada na cidade de Rancho Queimado, em Santa
       Catarina. E parece que o modelo tem funcionado, afinal, o Guaraná Pureza –
       fabricado desde o início da operação – é tão tradicional na região que chega a
       custar mais caro que a versão da Ambev para o sabor.

“Nosso produto é tratado como o que ele é, um dos refrigerantes mais antigos do Brasil.
       Não temos o mesmo tamanho, claro, dos líderes. Mas, na região de Florianópolis,
       disputamos o segundo lugar com o Kuat, da Coca”, destaca Ricardo Sell, que dirige
       a empresa ao lado do primo Sergio Sell. “Não quero sair da região. O nosso negócio
       não está na linha de produção industrial. Somos uma família que faz o que gosta há
       muito tempo”, garante.

História. A Fabbri & Cia, fundada há 115 anos na cidade paulista de Bradowsqui, não
       mantém estratégias de crescimento como a Leonardo Sell ou a Don. Os planos da
       empresa passam, basicamente, por intensificar a presença no entorno da cidade de
       20 mil habitantes e, assim, continuar viva.

A Fabbri – hoje tocada por Sheila Fabbri, bisneta do fundador – lançou uma das primeiras
       marcas de guaraná do Brasil, o Cabeça de Bugre, produto que ainda responde por
       80% das vendas. “Esse é um bom negócio, mas que mantemos mais por amor, pela
       história. Temos uma linha com cinco sabores e fabricamos, por mês, 200 mil litros
       de bebidas. Nosso produto só vende aqui na região. E nosso consumidor é aquele
       que nasceu tomando o Cabeça de Bugre”, afirma Sheila, que administra um
       empreendimento com faturamento anual de R$ 4,8 milhões e 60 funcionários.
Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,empresas-que-fabricam-a-tradicional-
tubaina-ainda-lutam-para-transformar-suas-marcas-em-grifes,2265,0.htm Disponível em
29/09/2012



         ESTADÃO PME   » INFORMAÇÃO » NOTÍCIAS

Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 14h 20

Marca regional de tubaína ganha público fiel na capital
Tubaína Bar foi lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta, em São Paulo

RENATO JAKITAS, ESTADÃO PME




JB Neto/AE


Aposta. Verónica fatura com estética da tubaína


O clima nostálgico e a estética das marcas regionais de refrigerantes ajudaram duas
       amigas a estrearem como empresárias na cidade de São Paulo. O Tubaína Bar
       foi lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta e o local permanece
       com boa frequência de público três anos depois da inauguração.

“Eu queria montar um bar e minha sócia oferecer uma carta de tubaínas que, no
       passado, eram refrigerantes de tutti-frutti e, agora, é um termo que serve para
       designar marcas regionais”, explica Verónica Goyzueta sobre a origem do
       negócio.

“Foi quando a gente parou para pensar e percebeu que o nome Tubaína era muito bom
       para o negócio”, conclui. Da logomarca, a tubaína das empresárias desdobrou-
       se para o conceito do espaço, decoração e, finalmente, para o cardápio, de forte
inspiração italiana e peruana, a nacionalidade de Verónica.

       “A tubaína tem uma relação com a comida italiana, já que começou a ser
       produzida por famílias de imigrantes da Itália ainda no final do século 19”,
       destaca a empreendedora, sobre as origens das pequenas fábricas do
       refrigerante em São Paulo.

“Tem gente que senta aqui, pede um refrigerante e até chora quando começa a beber.
      Esse é um produto que tem muita relação com a memória afetiva das pessoas”,
      analisa.

Com 25 rótulos, o bar tem marcas como a carioca Mineirinho, produzida a partir do
      mate chapéu-de-couro e o guaraná Jesus, do Maranhão. Os coquetéis etílicos
      também usam o produto como matéria-prima. No cardápio existe o Mojaína, por
      exemplo, um mojito feito de tubaína de limão.

Logística. Por não existir um sistema de distribuição desses produtos para a cidade de
       São Paulo, Verónica conta com a ajuda de amigos e conhecidos – um grupo que
       viaja com regularidade para as cidades do interior onde essas marcas são
       normalmente comercializadas.

Por isso, o trabalho dos comerciantes que chegam a São Paulo para a Feira da
       Madrugada, tradicional ponto de comércio popular no centro da cidade, é
       importantíssimo para a sobrevivência do bar.

“Eles trazem os produtos nos ônibus e vou até lá bem cedo para retirar as
        encomendas”, conta. Associada a limitação na quantidade de produção das
        marcas, essa estratégia de aquisição dos refrigerantes tem impacto direto nos
        preços cobrados dos clientes. No Tubaína Bar, uma marca alternativa é mais
        cara que a comercial.

Nada que comprometa o negócio, que até inspira alguns fabricantes. “A gente se
      surpreendeu com o resultado do Tubaína. Estudamos uma forma de aproveitar e
      expandir essa demanda”, afirma Reilly Okada, da marca Maçã Don.

Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,marca-regional-de-tubaina-ganha-
publico-fiel-na-capital,2266,0.htm Disponível em 29/09/2012

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Tubainas

  • 1. Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 13h 30 Empresas que fabricam a tradicional tubaína ainda lutam para transformar os produtos em grifes Número de pequenas fábricas cai rapidamente e quem sobrevive busca caminhos para enfrentar as gigantes do mercado Renato Jakitas, Estadão PME Felipe Rau/AE Marcas regionais de refrigerantes lutam por sua sobrevivência no interior do Brasil Guaraná Cabeça de Bugre, Maçã Don, Etubaína e soda Gengibirra. Praticamente desconhecidas do grande público, as marcas regionais de refrigerantes lutam por sua sobrevivência no interior do País. Centenário, esse grupo quer deixar para trás a sina de ‘refrigereco’ adquirida nos últimos anos para transformar a memória afetiva do consumidor em valor real no ponto de venda. O desafio da tubaína, como também é chamado o produto, passa por encontrar um caminho que afaste o pequeno negócio da sombra de gigantes globais, como Coca- Cola e Ambev, recolocando o setor na rota do crescimento sustentável. “Nossa categoria tem sofrido baixas nos últimos anos. Em 2000, éramos cerca de 850 pequenas empresas. Hoje, não passamos de 210”, relata o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros. Ele destaca a concentração de mercado como responsável pela quebradeira no setor. Embora o consumo de refrigerantes tenha crescido 24% nos últimos 15 anos – de 63 litros por habitante, em 1996, para 78 litros em 2011 –, a fatia abocanhada pela Ambev e Coca-Cola, diz Bairros, avançou com muita velocidade. “Em volume
  • 2. de vendas, as grandes são donas de 80% do mercado. Em faturamento, chega a 90%. Em 1990, a fatia das pequenas nas vendas era de 30%.” Procuradas pela reportagem, tanto a Coca-Cola quanto a Ambev não se pronunciaram sobre o assunto. No entanto, além da concentração, há outros motivos para a crise das pequenas empresas do segmento: sistemas precários de distribuição, que não acompanham as exigências dos grandes varejistas, fábricas antigas e tecnologicamente defasadas, além de pequeno investimento em marketing. “Essas marcas precisam lutar para sair da briga pelo preço e olhar para vantagens competitivas. Há espaço para crescer”, garante Adalberto Viviani, da Concept Consultoria, especializada no mercado de bebidas. É o caso, por exemplo, da Bebidas Don, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A empresa investe em reposicionar a marca para enfrentar seus concorrentes. “Eu comparo nosso momento com as cervejas artesanais, que exploram o apelo de serem produzidas em microcervejarias”, afirma o empresário Reilly Okada, segunda geração no comando da empresa. O principal produto da fábrica, o refrigerante Maçã Don, já conquistou 15% do mercado de refrigerantes em Ribeirão Preto e, na competição direta com as marcas menores, atinge 65% de participação. “Somos até 20% mais caros do que as demais bebidas regionais e mais baratos que a Coca-Cola e o Guaraná Antártica”, afirma o empresário. “Distribuímos para trinta mil pontos de venda, com foco no pequeno e médio varejo. A política das grandes redes não favorece o regional, mas temos de achar um caminho”, analisa. Encontrar um nicho de mercado é a estratégia adotada pela Bebidas Leonardo Sell, com 105 anos de história e localizada na cidade de Rancho Queimado, em Santa Catarina. E parece que o modelo tem funcionado, afinal, o Guaraná Pureza – fabricado desde o início da operação – é tão tradicional na região que chega a custar mais caro que a versão da Ambev para o sabor. “Nosso produto é tratado como o que ele é, um dos refrigerantes mais antigos do Brasil. Não temos o mesmo tamanho, claro, dos líderes. Mas, na região de Florianópolis, disputamos o segundo lugar com o Kuat, da Coca”, destaca Ricardo Sell, que dirige a empresa ao lado do primo Sergio Sell. “Não quero sair da região. O nosso negócio não está na linha de produção industrial. Somos uma família que faz o que gosta há muito tempo”, garante. História. A Fabbri & Cia, fundada há 115 anos na cidade paulista de Bradowsqui, não mantém estratégias de crescimento como a Leonardo Sell ou a Don. Os planos da empresa passam, basicamente, por intensificar a presença no entorno da cidade de 20 mil habitantes e, assim, continuar viva. A Fabbri – hoje tocada por Sheila Fabbri, bisneta do fundador – lançou uma das primeiras marcas de guaraná do Brasil, o Cabeça de Bugre, produto que ainda responde por 80% das vendas. “Esse é um bom negócio, mas que mantemos mais por amor, pela história. Temos uma linha com cinco sabores e fabricamos, por mês, 200 mil litros de bebidas. Nosso produto só vende aqui na região. E nosso consumidor é aquele que nasceu tomando o Cabeça de Bugre”, afirma Sheila, que administra um empreendimento com faturamento anual de R$ 4,8 milhões e 60 funcionários.
  • 3. Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,empresas-que-fabricam-a-tradicional- tubaina-ainda-lutam-para-transformar-suas-marcas-em-grifes,2265,0.htm Disponível em 29/09/2012 ESTADÃO PME » INFORMAÇÃO » NOTÍCIAS Estratégia| 28 de setembro de 2012 | 14h 20 Marca regional de tubaína ganha público fiel na capital Tubaína Bar foi lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta, em São Paulo RENATO JAKITAS, ESTADÃO PME JB Neto/AE Aposta. Verónica fatura com estética da tubaína O clima nostálgico e a estética das marcas regionais de refrigerantes ajudaram duas amigas a estrearem como empresárias na cidade de São Paulo. O Tubaína Bar foi lançado em 2009 nas proximidades da Rua Augusta e o local permanece com boa frequência de público três anos depois da inauguração. “Eu queria montar um bar e minha sócia oferecer uma carta de tubaínas que, no passado, eram refrigerantes de tutti-frutti e, agora, é um termo que serve para designar marcas regionais”, explica Verónica Goyzueta sobre a origem do negócio. “Foi quando a gente parou para pensar e percebeu que o nome Tubaína era muito bom para o negócio”, conclui. Da logomarca, a tubaína das empresárias desdobrou- se para o conceito do espaço, decoração e, finalmente, para o cardápio, de forte
  • 4. inspiração italiana e peruana, a nacionalidade de Verónica. “A tubaína tem uma relação com a comida italiana, já que começou a ser produzida por famílias de imigrantes da Itália ainda no final do século 19”, destaca a empreendedora, sobre as origens das pequenas fábricas do refrigerante em São Paulo. “Tem gente que senta aqui, pede um refrigerante e até chora quando começa a beber. Esse é um produto que tem muita relação com a memória afetiva das pessoas”, analisa. Com 25 rótulos, o bar tem marcas como a carioca Mineirinho, produzida a partir do mate chapéu-de-couro e o guaraná Jesus, do Maranhão. Os coquetéis etílicos também usam o produto como matéria-prima. No cardápio existe o Mojaína, por exemplo, um mojito feito de tubaína de limão. Logística. Por não existir um sistema de distribuição desses produtos para a cidade de São Paulo, Verónica conta com a ajuda de amigos e conhecidos – um grupo que viaja com regularidade para as cidades do interior onde essas marcas são normalmente comercializadas. Por isso, o trabalho dos comerciantes que chegam a São Paulo para a Feira da Madrugada, tradicional ponto de comércio popular no centro da cidade, é importantíssimo para a sobrevivência do bar. “Eles trazem os produtos nos ônibus e vou até lá bem cedo para retirar as encomendas”, conta. Associada a limitação na quantidade de produção das marcas, essa estratégia de aquisição dos refrigerantes tem impacto direto nos preços cobrados dos clientes. No Tubaína Bar, uma marca alternativa é mais cara que a comercial. Nada que comprometa o negócio, que até inspira alguns fabricantes. “A gente se surpreendeu com o resultado do Tubaína. Estudamos uma forma de aproveitar e expandir essa demanda”, afirma Reilly Okada, da marca Maçã Don. Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,marca-regional-de-tubaina-ganha- publico-fiel-na-capital,2266,0.htm Disponível em 29/09/2012