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ASCIDADESQUEFORMAM OPOLO
TURÍSTICOCIRCUITODAS FRUTAS:
Produtores investem em ações de marketing para atrair visitantes e vender os seus rótulos
Os produtores rurais de São
Paulo querem ganhar espaço
no gosto dos apreciadores de
vinhos. Eles apostam na me-
lhoria do produto, em ações
de marketing e no turismo ru-
ral.
O Circuito das Frutas será
oferecido como um dos desti-
nos turísticos do Interior pau-
lista durante a Copa do Mun-
do de 2014. O presidente da
Associação de Vitiviniculto-
res de Valinhos (Aviva), Nival-
do Tordin, afirma que as be-
bidas de uvas comuns são as
que mais agradam o paladar
dos consumidores brasileiros
- embora tenha notado um
crescimento na parcela de
consumidores interessados
em vinhos de uvas finas.
“A associação tem hoje 40
participantes e abrange 12
municípios da região de Cam-
pinas. Metade dos associa-
dos produz uva e vinho e a
outra apenas vinho. Eu te-
nho uma adega que fabrica
10 mil litros por ano. Come-
cei a produzir em 2004”, con-
ta.
O preço médio da garrafa
de 750 mililitros dos rótulos
Villa Tordin varia de R$ 12,00
a R$ 15,00. Seus rótulos le-
vam a assinatura Villa Tordin
e têm embalagens especiais.
Ele acrescenta que outro
produto muito demandado
pelos turistas - cujo número
vem crescendo nos últimos
anos - é o suco de uva. O viti-
vinicultor afirma que o Cir-
cuito das Frutas será traba-
lhado como um destino no
Estado de São Paulo durante
a Copa do Mundo.
“O Sebrae (Serviço Brasilei-
ro de Apoio às Micro e Peque-
nas Empresas) está preparan-
do um catálogo mostrando
as propriedades que ofere-
cem turismo rural dentro da
área do Circuito das Frutas.
Ele é um parceiro importan-
te para dar suporte aos nos-
sos negócios”, afirma.
O Sítio Santa Rita, coman-
dado por Daniel Miqueletto
e Luis Antônio dos Santos,
em Louveira, produz vinho
com a uva syrah. Os agriculto-
res decidiram sofisticar as be-
bidas oferecidas aos visitan-
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“São duas safras por ano.
Temos uma colheita no inver-
no, quando as condições pa-
ra a produção da uva que se-
rá usada na fabricação dos vi-
nhos é melhor. A concentra-
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preço médio da garrafa, que
leva o rótulo Vinhos Michelet-
to, é de R$ 45,00.
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nhos de uva comum - mas
nesse caso, as frutas são com-
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ceiros da vinícola. “Nós co-
meçamos produzindo vinho
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mos aprimorando. Gradativa-
mente, fomos aliando a pro-
dução rural ao turismo. Hoje,
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ano”, diz.
Com a ampliação da fabri-
cação, os agricultores investi-
ram em equipamentos mo-
dernos para elevar a capaci-
dade da vinícola. “Só vende-
mos na propriedade. Não dis-
tribuímos o nosso vinho no
mercado”, comenta. (Adria-
na Leite /Da Agência Anhan-
guera)
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Agronômico
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pesquisa uvas
Bela lição
Enoturismo é outra arma da região
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nômico de Campinas (IAC), Jo-
sé Luiz Hernandes, afirma que a
instituição realiza um trabalho
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Hernandes pontua que o se-
tor vem introduzindo novas es-
pécies aos cultivares locais para
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paulista. “A produção de vinho
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res europeus. Antigamente, o vi-
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carte das uvas de mesa. Hoje, a
bebida é preparada com uvas se-
lecionadas. Os agricultores es-
tão aprendendo que podem ge-
rar renda com o vinho artesa-
nal”.
O IAC criou quatro cultivares
(dois tintos e dois brancos). Ele
reforça que, além de precisar
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tores esbarram em outros obstá-
culos para aumentar a produ-
ção de vinho em São Paulo. “A
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lhar no campo prejudica a ex-
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bém encarece a produção”. (AL/
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Algum dia, vão escrever, em
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Jorge Paulo Lemann, Marcel
Herrmann Telles, e Carlos Al-
berto Sicupira - o trio origi-
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Não por causa das histó-
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Não se veem muitas decla-
rações deles na imprensa.
Nenhum gosta muito de apa-
recer, ao contrário de um Ei-
ke Batista, por exemplo, que
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mo arma de conquista de
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Também não se fala mui-
to deles fora dos círculos
mais estreitos dos grandes
negócios - e grandes, aqui,
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des - coisas como Ambev,
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mais recentemente, a Heinz.
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sileiros fizeram - e ainda fa-
zem. Jogam o jogo lindamen-
te, e até agora, sempre ven-
cem. Mais do que isso, jo-
gam o jogo limpamente, al-
go extraordinariamente raro
de se ver, e mais ainda no
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Lemann e seus sócios
não gostam de aparecer -
mas isso não os faz menos
brilhantes. O tino para negó-
cios do trio é algo ainda a
ser classificado. Mas seu sis-
tema de trabalho, suas re-
gras de gestão, essas já são
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E o mais engraçado é que
não foram eles que inventa-
ram nem uma nem outra - o
mérito, nesse caso, cabe aos
romanos, praticantes primei-
ros da meritocracia. Lemann
e associados simplesmente fi-
zeram levar a sério o concei-
to.
Pode parecer simples,
mas não é. Toda empresa ju-
ra de pés juntos que a merito-
cracia é o que a norteia; qual-
quer promoção é por mereci-
mento, qualquer reconheci-
mento é por justiça, qual-
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Bom, a realidade passa
um tanto longe disso. Sem-
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rente do dono, o amigão do
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e toda uma vasta fauna de
outros seres que tais que, in-
variavelmente, levarão um
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ceberão um salário ao qual
não fazem jus e serão promo-
vidos sem nada terem feito
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Lemann e seus sócios, po-
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ra este tipo de corrosão cor-
porativa, pelo menos até on-
de se sabe. Os funcionários
das empresas compradas
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presa que muda de mãos:
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rando padrões de qualida-
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E não apenas se mantém
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lhores. Os novos donos não
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ção. Isso dá uma isenção fe-
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to, o domínio daquilo que
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Conhecer os dados das
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se sentirá irremediavelmen-
te atraído por esses dados,
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Esta talvez seja a maior li-
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O custo dos vinhos
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Carlos Sousa Ramos/AAN
helio paschoal
MERCADO ||| VINHOS
Santos, do Sítio Santa Rita: investimento na uva syrah para sofisticar o vinho feito no local e conquistar o consumidor mais exigente
Circuito das Frutas
já está de olho na
Copa do Mundo
ECONOMIA CORREIO POPULAR B3
Campinas, domingo, 26 de maio de 2013
I I Helio Paschoal é Editor de Economia
do Correio Popular
E-mail: helio@rac.com.br

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Instituto agornômico também pesquisa uvas

  • 1. ASCIDADESQUEFORMAM OPOLO TURÍSTICOCIRCUITODAS FRUTAS: Produtores investem em ações de marketing para atrair visitantes e vender os seus rótulos Os produtores rurais de São Paulo querem ganhar espaço no gosto dos apreciadores de vinhos. Eles apostam na me- lhoria do produto, em ações de marketing e no turismo ru- ral. O Circuito das Frutas será oferecido como um dos desti- nos turísticos do Interior pau- lista durante a Copa do Mun- do de 2014. O presidente da Associação de Vitiviniculto- res de Valinhos (Aviva), Nival- do Tordin, afirma que as be- bidas de uvas comuns são as que mais agradam o paladar dos consumidores brasileiros - embora tenha notado um crescimento na parcela de consumidores interessados em vinhos de uvas finas. “A associação tem hoje 40 participantes e abrange 12 municípios da região de Cam- pinas. Metade dos associa- dos produz uva e vinho e a outra apenas vinho. Eu te- nho uma adega que fabrica 10 mil litros por ano. Come- cei a produzir em 2004”, con- ta. O preço médio da garrafa de 750 mililitros dos rótulos Villa Tordin varia de R$ 12,00 a R$ 15,00. Seus rótulos le- vam a assinatura Villa Tordin e têm embalagens especiais. Ele acrescenta que outro produto muito demandado pelos turistas - cujo número vem crescendo nos últimos anos - é o suco de uva. O viti- vinicultor afirma que o Cir- cuito das Frutas será traba- lhado como um destino no Estado de São Paulo durante a Copa do Mundo. “O Sebrae (Serviço Brasilei- ro de Apoio às Micro e Peque- nas Empresas) está preparan- do um catálogo mostrando as propriedades que ofere- cem turismo rural dentro da área do Circuito das Frutas. Ele é um parceiro importan- te para dar suporte aos nos- sos negócios”, afirma. O Sítio Santa Rita, coman- dado por Daniel Miqueletto e Luis Antônio dos Santos, em Louveira, produz vinho com a uva syrah. Os agriculto- res decidiram sofisticar as be- bidas oferecidas aos visitan- tes da propriedade rural. “São duas safras por ano. Temos uma colheita no inver- no, quando as condições pa- ra a produção da uva que se- rá usada na fabricação dos vi- nhos é melhor. A concentra- ção de açúcar é maior do que a uva do período de chuvas”, explica Daniel Miqueleto. Ele comenta que foram realizados testes com diver- sas variedades, até se chegar à que melhor se adaptou às condições locais - a syrah. O preço médio da garrafa, que leva o rótulo Vinhos Michelet- to, é de R$ 45,00. O sítio também oferece vi- nhos de uva comum - mas nesse caso, as frutas são com- pradas de quatro sítios par- ceiros da vinícola. “Nós co- meçamos produzindo vinho com uva comum e depois fo- mos aprimorando. Gradativa- mente, fomos aliando a pro- dução rural ao turismo. Hoje, produzimos 30 mil litros por ano”, diz. Com a ampliação da fabri- cação, os agricultores investi- ram em equipamentos mo- dernos para elevar a capaci- dade da vinícola. “Só vende- mos na propriedade. Não dis- tribuímos o nosso vinho no mercado”, comenta. (Adria- na Leite /Da Agência Anhan- guera) Instituto Agronômico também pesquisa uvas Bela lição Enoturismo é outra arma da região Custo dos chamados ‘finos’ impede maior popularização O pesquisador do Instituto Agro- nômico de Campinas (IAC), Jo- sé Luiz Hernandes, afirma que a instituição realiza um trabalho de agregação de valor à cadeia de cultivo da uva. “A ideia é elevar o rendimen- to das propriedades rurais. Com o fenômeno do turismo rural, é importante para os agricultores oferecer mais produtos além das frutas in natura”, ressalta. Ele salienta que a região tem adegas tradicionais que estão aprimorando a tecnologia de produção. “A vitivinicultura tem mais de 100 anos na região”, afirma. Hernandes pontua que o se- tor vem introduzindo novas es- pécies aos cultivares locais para melhorar a qualidade do vinho paulista. “A produção de vinho é feita com uvas de mesa co- muns, como niagara, isabel e bordô, trazidas da região Sul do País. Mas agora já começam a surgir produtos de variedades fi- nas. Nós introduzimos cultiva- res europeus. Antigamente, o vi- nho era produzido com o des- carte das uvas de mesa. Hoje, a bebida é preparada com uvas se- lecionadas. Os agricultores es- tão aprendendo que podem ge- rar renda com o vinho artesa- nal”. O IAC criou quatro cultivares (dois tintos e dois brancos). Ele reforça que, além de precisar melhorar o produto, os agricul- tores esbarram em outros obstá- culos para aumentar a produ- ção de vinho em São Paulo. “A falta de mão de obra para traba- lhar no campo prejudica a ex- pansão do plantio de uva e tam- bém encarece a produção”. (AL/ AAN) Algum dia, vão escrever, em detalhes, a história do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles, e Carlos Al- berto Sicupira - o trio origi- nal do grupo 3G Capital. Não por causa das histó- rias pessoais de cada um de- les (embora todas valessem belas biografias), mas por causa da visão de gestão de negócios que norteia a em- presa - e que tem a marca mais forte de Lemann, que foi quem, afinal, começou com tudo. Não se veem muitas decla- rações deles na imprensa. Nenhum gosta muito de apa- recer, ao contrário de um Ei- ke Batista, por exemplo, que usa o marketing pessoal co- mo arma de conquista de mercado. Também não se fala mui- to deles fora dos círculos mais estreitos dos grandes negócios - e grandes, aqui, significam realmente gran- des - coisas como Ambev, Burguer King, Budweiser e, mais recentemente, a Heinz. É incrível o que esses bra- sileiros fizeram - e ainda fa- zem. Jogam o jogo lindamen- te, e até agora, sempre ven- cem. Mais do que isso, jo- gam o jogo limpamente, al- go extraordinariamente raro de se ver, e mais ainda no Brasil. Lemann e seus sócios não gostam de aparecer - mas isso não os faz menos brilhantes. O tino para negó- cios do trio é algo ainda a ser classificado. Mas seu sis- tema de trabalho, suas re- gras de gestão, essas já são bastante conhecidas. E o mais engraçado é que não foram eles que inventa- ram nem uma nem outra - o mérito, nesse caso, cabe aos romanos, praticantes primei- ros da meritocracia. Lemann e associados simplesmente fi- zeram levar a sério o concei- to. Pode parecer simples, mas não é. Toda empresa ju- ra de pés juntos que a merito- cracia é o que a norteia; qual- quer promoção é por mereci- mento, qualquer reconheci- mento é por justiça, qual- quer aumento no salário é por rendimento. Bom, a realidade passa um tanto longe disso. Sem- pre haverá o cupincha, o pa- rente do dono, o amigão do diretor, o puxa-saco eficiente e toda uma vasta fauna de outros seres que tais que, in- variavelmente, levarão um crédito que não merecem, re- ceberão um salário ao qual não fazem jus e serão promo- vidos sem nada terem feito de concreto para embasar sua ascenção. Lemann e seus sócios, po- rém, não deixam brechas pa- ra este tipo de corrosão cor- porativa, pelo menos até on- de se sabe. Os funcionários das empresas compradas por eles sempre tiveram a mesma reação de qualquer funcionário de qualquer em- presa que muda de mãos: medo de demissão em mas- sa, medo de mudanças radi- cais no gerenciamento, me- do de injustiças e toda uma série de outros temores. No entanto, o que se vê nas companhias adquiridas pela 3G? Que se saiba, nada de demissões em massa - ao contrário, valoriza-se quem sabe fazer o seu trabalho; não há lógica em dispensar um funcionário que domina sua arte para substituí-lo por outro, ainda imaturo, apenas porque a empresa mudou de mãos. Pode ter passado para ou- tros donos, mas continuará fabricando os mesmos pro- dutos - e se seu nome já es- tá consolidado no mercado, mais importante ainda é mantê-lo assim. Mudanças, aqui, só se for para ganhar ainda mais projeção - e isso se faz mantendo ou melho- rando padrões de qualida- de. E não apenas se mantém os bons funcionários, como ainda se promovem os me- lhores. Os novos donos não conhecem ninguém, salvo um ou outro integrante da cúpula, e portanto não tem compromisso com qualquer pessoa dentro da organiza- ção. Isso dá uma isenção fe- nomenal na hora de mexer no organograma, porque a única coisa que vai contar é a qualidade do trabalho, o rendimento, o conhecimen- to, o domínio daquilo que se faz. Premia-se quem faz mais e melhor, quem se compromete a avançar, quem não teme a mudança. Premia-se por mérito, e ape- nas por mérito - e isso é me- ritocracia em seu estado mais puro. Se funciona? Basta olhar os números das compa- nhias adquiridas por Le- mann e seus sócios depois que eles as assumiram. To- das, sem exceção, melhora- ram; nenhum, sem exceção, o fez às custas de demissões ou enxugamentos. Claro, houve trocas de pessoal em cargos-chave - mas também esses estão nessas funções por mereci- mento, que conquistaram junto a seus superiores, nu- ma cadeia que chega até o trio principal, que não se in- teressa em promover gente acomodada, cheia de empá- fia mas oca de capacidade. Mas dispensas em gran- de número, essas até hoje não se viu nas empresas da 3G.Pode ser que em algum momento isso até aconteça - mas não será por princí- pio; gente que pensa como pensa esse trio não gosta da ideia de andar para trás - e demitir pessoal a rodo é fa- zê-lo a passos largos. Conhecer os dados das empresas controladas pela 3G é conhecer um pouco do pensamento de seus funda- dores. E qualquer um que goste de gestão empresarial se sentirá irremediavelmen- te atraído por esses dados, querendo descobrir como é que eles foram atingidos. Esta talvez seja a maior li- ção de todas em um mundo onde muito se fala, muito se prega, mas pouco se faz de fato: é possível, ora veja, fa- zer muito - e sem precisar de tambores nem trombetas. Admirável. o O custo dos vinhos finos brasileiros ainda é um empecilho para a bebida chegar às mesas dos consumidores. O sommelier do restaurante Bellini, Antonio Carlos Ferraz, afirma que o estabelecimento trabalha muito com vinhos argentinos e chilenos. “Os vinhos do Novo Mundo também ganham espaço no mercado, com produtos fabricados na Nova Zelândia, Austrália e África. Eles são mais leves e frutados”, diz. O especialista comenta que a maioria das vinícolas brasileiras está na região Sul. “As propriedades são pequenas e há vinhos tão bons quanto os chilenos e italianos. O problema é o custo. Quando oferecemos um produto nacional de alta qualidade para os clientes do restaurante, uma boa parte deles recusa o produto, alegando que o preço é elevado”, pontua. A carta de vinhos do Bellini tem duas opções nacionais. (AL/AAN) Carlos Sousa Ramos/AAN helio paschoal MERCADO ||| VINHOS Santos, do Sítio Santa Rita: investimento na uva syrah para sofisticar o vinho feito no local e conquistar o consumidor mais exigente Circuito das Frutas já está de olho na Copa do Mundo ECONOMIA CORREIO POPULAR B3 Campinas, domingo, 26 de maio de 2013 I I Helio Paschoal é Editor de Economia do Correio Popular E-mail: helio@rac.com.br