O documento discute os processos de limpeza de materiais cirúrgicos e arrumação de caixas cirúrgicas. Ele classifica os artigos em críticos, semi-críticos e não críticos, e descreve os processos de limpeza, desinfecção e esterilização necessários para cada tipo. Também explica como organizar e embalar corretamente os instrumentais dentro das caixas cirúrgicas antes da esterilização.
7. Artigos críticos - são aqueles que penetram nos tecidos sub-epiteliais da
pele e mucosa, sistema vascular ou outros órgãos isentos de microbiota
própria. Ex.: instrumentos de corte ou ponta; outros artigos cirúrgicos
(pinças, afastadores, fios de sutura, catéteres, drenos etc.); soluções
injetáveis.
processo: esterilização.
Artigos semi-críticos - são aqueles que entram em contato com a mucosa
íntegra e/ou pele não íntegra. Ex.: material para exame clínico (pinça,
sonda e espelho); condensadores; moldeiras; porta-grampos.
processo: esterilização ou desinfecção de alto nível.
Artigos não críticos - são aqueles que entram em contato com a pele
íntegra ou não entram em contato direto com o paciente. Ex.: termômetro;
equipo odontológico; superfícies de armários e bancadas; aparelho de
raios X.
processo: esterilização de nível intermediário.
8. Limpeza é a remoção de
sujidade visível (orgânica e
inorgânica) de objetos e
superfícies por meio de:
atividade manual (fricção) ou
mecânica (ultra-som,
lavadoras) usando água com
detergentes ou produtos
enzimáticos.
9. Definição de Limpeza Segundo RDC 15/2012 XIII
Limpeza: remoção de sujidades orgânicas e
inorgânicas,redução da carga microbiana presente nos
produtos para saúde, utilizando água, detergentes,
produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação
mecânica (manual ou automatizada), atuando em
superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a
tornar o produto seguro para manuseio e preparado
para desinfecção ou esterilização.
Segundo RDC 55/2012 X – limpeza de dispositivos
médicos: é a remoção de sujidade clínica de objetos e
superfícies por meio de atividade manual ou mecânica.
10. A Limpeza depende de três pontos:
Água,
Detergentes,
Produtos e acessórios de limpeza,
Por meio de ação:
Mecânica (manual ou automatizada),
Atuando em superfícies internas (lúmen) e
externas, de forma a tornar o produto seguro
para manuseio e preparado para desinfecção
ou esterilização.
15. A palavra detergente procede do latim detergere.
Significa limpar.
Os detergentes são produtos sintéticos destinados a
remover detritos de superfícies sólidas, lisas ou
porosas.
Os detergentes ajudam a umedecer melhor os objetos
e quebram as parículas de gordura, impedindo que se
reaglutinem.
O detergente deixa a água mais “molhada” porque,
em pequenos grupos de moléculas, ela penetra
melhor na superfície suja.
16. RDC 55 de14 de novembro de 2012
1º Regulamento Brasileiro sobre Detergentes Enzimáticos.
É específico para Serviços de Saúde.
Detergente enzimático para limpeza de dispositivos
médicos: produto cuja formulação contém, além de um
tensoativo, pelo menos uma enzima hidrolítica da subclasse
das proteases EC 3.4, podendo ser acrescida de outra
enzima da subclasse das amilases EC 3.2 e demais
componentes complementares da formulação, inclusive de
enzimas de outras subclasses, tendo como finalidade
remover a sujidade clínica e evitar a formação de compostos
insolúveis na superfície desses dispositivos.
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18. LAVADORA ULTRASSÔNICA: Converte ondas sonoras
de ultra-alta frequência em vibrações mecânicas, que se
movem na água criando bolhas microscópicas. Ideal
para artigos de conformação complexa.(Lúmen inferior à
5mm ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis
para fricção direta, reentrâncias ou válvulas).
LAVADORA TERMODESINFECTADORA: Limpa e
desinfecta por meio térmico (detergente é aplicado sob
pressão por meio de bicos ou braços rotativos).
21. A secagem dos artigos tem por
objetivo evitar a interferência da
umidade no processo e
aumentar a sua eficácia, deve
ser feita após a lavagem.
22. Nessa etapa, é verificada a
eficácia do processo de
limpeza e as condições de
integridade do artigo.
Se necessário, proceder
novamente à limpeza ou
substituição do artigo.
23. Para ser esterilizado em autoclave, o material
rigorosamente limpo e seco deve ser acondicionado em
pacotes, os quais devem ser feitos com materiais que
permitam a passagem do vapor, o mais recomendado é
o papel grau cirúrgico. Antes de ser esterilizado, o
material deverá ser embalado e identificado.
Nessa etapa, é importante a utilização de indicadores
químicos, que irão avaliar a presença dos parâmetros
críticos da esterilização a vapor: tempo, temperatura e
presença de vapor. Esses indicadores químicos (fitas)
são colocados no interior de cada pacote antes da
esterilização e após esterilizados, alteram sua cor.
25. As atividades realizadas na área de preparo do
material tem como finalidade:
Revisar,
Selecionar,
Preparar,
Acondicionar.
26. Os materiais para serem, posteriormente,
esterilizado, necessitam desse olhar.
Um cuidado importante executado na área de
preparo de material, é a conservação de pinças e
tesouras, dentre outros instrumentos, que
necessitam de lubrificação periódica em suas
articulações. O silicone líquido é muito utilizado
para isso, mas os lubrificantes hidrossolúveis são
mais adequados.
27. Vários cuidados devem ser tomados para
acondicioná-lo adequadamente. Dentre esses
cuidados, destacamos:
Escolher o envoltório apropriado ao tipo e volume
do material, assim como ao método de
esterilização a que será submetido;
Observar se o material está rigorosamente limpo;
preparar e acondicionar o material, de acordo com
a técnica padronizada, cujo objetivo básico e
atender aos princípios de assepsia.
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29.
30. As caixas cirúrgicas podem ou não ser padronizadas nos
hospitais ou ainda serem divididas conforme os tipos de cirurgias.
Geralmente existem as caixas básicas, de pequena cirurgia, de
laparotomia exploradora, de ortopedia e as demais caixas
específicas por especialidade.
O instrumentador cirúrgico deve conhecer a listagem de cada
caixa, para que possa escolher a caixa adequada ao procedimento
cirúrgico que irá participar. As caixas específicas devem ser trazidas
pela equipe cirúrgica ou então solicitadas à reserva para o hospital.
A montagem da caixa cirúrgica é de responsabilidade do
profissional de enfermagem que trabalha na central de materiais
esterilizados, mas o instrumentador cirúrgico deve saber montá-la,
pois assim, poderá preparar as suas próprias caixas.
31. As caixas devem estar limpas e preparadas de forma que o vapor
da esterilização penetre na caixa e passe por todos os
instrumentais.
Esta caixa deve ser perfurada e embalada com campo duplo
confeccionado em não tecido 100% polipropileno (TNT) tecnologia
SMS, hidro / hemorrepelente, atóxico, não inflamável, resistente ao
rasgo e a tração, oferecendo um BFE (Eficiência de Filtração
Bacteriana) superior a 95%. Processos compatíveis de
esterilização: Auto clave a vapor, Oxido de Etileno, Plasma de
Peróxido de Hidrogênio, promovendo uma maior segurança na
manutenção na esterilidade do artigo.
Os instrumentais podem ficar presos para facilitar sua organização
e conferência antes do início da cirurgia, mais precisamente na
montagem da mesa cirúrgica.
32.
33.
34. Uma boa limpeza, depende muito de você.
Dos produtos detergentes enzimáticos, das
lavadoras.
Secadoras.
Inspeção visual.
Cuidado na manutenção e reparo.
Arrumação dos instrumentais, de acorda com
listagem de cada cirurgia especifica.
Então uma boa esterilização e sucesso como
intrumentador (a).
35.
36. ANVISA /Ministério da Saúde.RDC 15
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03
_2012.html
ANVISA / Ministério da Saúde. RDC 55
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125745/4132364/ResoluuoRDC
55.pdf
SOBECC (Sociedade Brasileira de Esterilização, Central de Material e
Centro Cirúrgico).
Portal da Educação.
http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/16947/tecnica-de-
montagem-de-caixas-
Classificação dos Artigos, Segundo SPAULDING
cirurgicashttp://zecaalves.no.comunidades.net/classificacao-
dos-artigos-segundo-spaulding
Site Sou Enfermagem.
https://souenfermagem.com.br/artigo/processamento-de-
artigos-hospitalares