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Santa Casa de Misericórdia do  Rio de Janeiro Curso de Instrumentação Cirúrgica Ana Maria Barthel
Instrumental II ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ESTERILIZAÇÃO
C M E ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
EPIs
Esterilização por vapor saturado
 
 
Fitas Indicadoras de Processos para Autoclave A fita indicadora de processo permite a identificação e lacre dos pacotes embalados com não-tecido e outros descartáveis.  As tiras mudam de cor quando exposta ao vapor, identificando a exposição ao processo sem precisar abrir os pacotes ou checagem dos registros, podendo também identificar os itens processados dos não-processados de forma rápida e fácil. Fabricado em papel crepe tratado e incorporando um adesivo extra forte para aderir em embalagens descartáveis. Importante: Essa fita não é recomendada para uso em têxteis, pois pode deixar resíduo.
01 - Lacre os pacotes/caixas embalados com SMS ou papel crepado, com no mínimo 10 cm de fita.
02 - Finalizado o ciclo de esterilização, as listras sofrerão alteração da cor original (clara) para preto/negro.
Controles Biológicos Auto-Contidos Para uso em esterilização à vapor Browne Os Controles Biológicos Browne contém uma determinada quantidade de esporos incubados em um filtro de papel situado em um tubo de cultivo de plástico. Este tubo de plástico contém uma ampola de cristal com um meio de cultura. Para os CICLOS DE VAPOR onde se utilizam esporos de Geobacillus Stearothermophilus, o indicador químico, situado na etiqueta externa da ampola, mudará da cor azul para preto, depois da exposição ao agente esterilizante.
Indicador Biológico   01  - Anote na etiqueta do tubo: data, número da autoclave e do ciclo. 02  - Monte um pacote com campos de algodão e posicione o Indicador Biológico no centro...
03  - ...ou embale-o em papel grau cirúrgico. 04  - Finalize o pacote com mais um campo de algodão e lacre-o com fita adesiva.
05  - Posicione o pacote com o I.B. junto com uma carga a esterilizar, no ponto mais crítico (dreno). 06  - Inicie o ciclo padronizado para esterilização de artigos.
07  - Finalizado o ciclo, retire o pacote com o I.B., deixe esfriar antes de coloca-lo na incubadora. 08  - Encaixe o I.B. em uma cavidade da incubadora e desloque-o levemente para quebrar a ampola, que contém o meio de cultura.
09  - Repita o passo anterior, utilizando um I.B. "não processado", como piloto e programe a leitura final do resultado para 24 horas. 10  - Efetue leituras em 4, 8, 12 e 24 horas (leitura final). Quando não ocorrer alteração da cor original (roxo/púrpura) indica resultado negativo = ciclo bem sucedido. Alteração para cor amarela indica resultado positivo.
11  - Retire a etiqueta do tubo e documente em seus registros.
Indicador Químico Multivariável – Classe 4 Cód. 2551 Não-Tóxico:  Os indicadores consistem em tinta termo-sensível, impressa sobre uma lâmina de papel. Sofrem uma nítida mudança de cor - bege para preto - indicando exposição aos parâmetros requeridos no ciclo de esterilização. Coloca – se um indicador no centro de cada pacote a ser esterilizado, depois do processamento, verifique se toda a coluna de tinta impressa no indicador alterou para preto/negro, indicando um resultado correto. Se isto não ocorrer, o conteúdo do pacote deve ser considerado suspeito e deverá ser reesterilizado, usando um novo indicador. O indicador MVI pode ser arquivado em prontuário de paciente, como registro comprobatório de esterilização. Indicador Químico Multivariável
Indicador químico TST São integradores de Controle TST utilizados em ciclos de esterilização a vapor, a fim de monitorar todos os parâmetros que podem afetar o processo de esterilização, incluindo: penetração do vapor, temperatura, tempo de exposição do vapor, ocorrências de bolhas de ar, evacuação do ar, gases não-condensáveis, super-aquecimento e vapor supersaturado. Consiste de uma tira, contendo um círculo com tinta amarela impressa sobre papel laminado sensível a esterilização a vapor e outro círculo na cor azul que será utilizado como referência para a leitura do resultado da esterilização. Após o Integrador ser submetido ao ciclo de esterilização, o círculo impresso na cor amarela deve passar para azul, a fim de comprovar se a esterilização foi bem sucedida.
Passo a passo Integrador TST  01 - Coloque o integrador dentro de caixas, pacotes, containers e outros, juntamente com os instrumentais e materiais a serem esterilizados e com a face voltada para cima.
02 - Feche a caixa com embalagem apropriada.
03 - Se for com SMS ou papel crepado, utilize uma fita adesiva indicadora de processo especial (vide passo a passo - Fita Azul). 04 - Inicie o ciclo padronizado para esterilização de artigos.
05 - Finalizado o ciclo, retire a carga e encaminhe ao arsenal ou centro cirúrgico. 06 - Quando da utilização dos materiais, abra as caixas/pacotes, ...
07 - ...localize o integrador químico TST Classe 6 e... 08 - ...retire o integrador e faça a leitura do resultado. Finalmente, arquive-o no prontuário do paciente.
Etiquetas Duplas com Indicador de Processo para Rastreabilidade   Dupla Etiqueta:  Isto significa que a etiqueta tem duas camadas de material adesivo, uma para fixar a etiqueta no item a ser esterilizado e a outra para fixar a etiqueta ao prontuário do paciente, uma vez que o item esterilizado tenha sido usado. Indicador de Processo:  A etiqueta é impressa com um indicador de processo que claramente mostra se o item passou por um processo de esterilização à vapor. Esta informação torna-se um elo vital na cadeia documental. Além disso, este indicador poderia substituir a necessidade da fita indicadora, o que criaria redução de custo para o seu departamento. A Etiqueta Dupla com Indicador de processo pode ser aplicada com uma etiquetadora.  O uso do sistema Browne de etiquetagem permite documentar: Data do processo  Data de validade  Número da autoclave  Número do operador  Número do ciclo (Lote)
Bowie & Dick – Sensor / Folha Teste Permite que a Folha Sensor seja utilizada em uma larga amplitude de ciclos de trabalho, compreendidos entre 121º C e 134º C, sem afetar a precisão do resultado. É livre de chumbo e outros metais pesados e deve ser posicionada no centro de um pacote padrão de toalhas/campos de algodão, medindo 90 x 120 cm, que dobrados tenham 22 x 30 cm e pesem 7 kg. Se o esterilizador atingir uma completa remoção de ar e uma rápida penetração de vapor, a Folha Sensor mudará sua cor amarela para verde ou azul, indicando o sucesso da operação.
Passo a passo Folha Sensor  01  - Separe uma quantidade de campos de algodão que totalizem 7 kilos +/- 10%, dobre-os em aproximadamente 22x30 cm, empilhe-os e comprima-os, de maneira que atinjam uma altura de 25 cm. 02  - Coloque a Folha Sensor no centro deste pacote.
03  - Embrulhe-o com mais um campo.
04  - Lacre-o com fita adesiva.
05  - Posicione o pacote a uma altura entre 10cm e 20cm, próximo ao dreno. 06  - Inicie o ciclo padronizado para o teste Bowie & Dick. Pode-se utilizar a Folha Sensor em ciclos entre: 121°C de 8 a 30 minutos e 134°C de 2 a 10 minutos.
07  - Finalizado o ciclo, retire o pacote teste com cuidado, pois o mesmo está quente. Abra o pacote e retire a folha teste, localizada no centro do pacote. 08  - Faça o registro dos dados pertinentes: número da autoclave, data, operador, etc. Se ocorrer uma mudança da cor amarela para azul/verde, indica resultado correto.
Recomendado e indispensável como teste diário para avaliação do correto funcionamento das autoclaves à vapor, deve ser realizado no início de cada dia de trabalho e após revisões e manutenções nos equipamentos. É o único a dispor de um Guia de Referência, que possibilita diagnosticar uma ampla gama de falhas como: penetração inadequada de vapor, erro de temperatura, erro no tempo de exposição, ocorrência de bolha de ar, falha na remoção de ar ou de gases não condensáveis, super aquecimento e vapor super saturado. Consiste de uma folha (12,5cm x 12,5cm) impressa com tinta sensível a esterilização à vapor, colocada estrategicamente entre dois blocos de 192 folhas de papel de cada lado. Este conjunto é embalado, formando-se um pacote que é fechado com fita adesiva e um indicador sensível ao vapor. A folha teste mudará da cor amarelo para azul quando exposta a um ciclo de esterilização durante 3,5min a temperatura de 134ºC.
02 - Anote no pacote teste: número da autoclave, data, etc. 01 - Realize um ciclo completo para pré-aquecer a autoclave.
03 - Posicione o pacote na câmara, a uma altura entre 10cm e 20cm, próximo ao dreno.
04 - Inicie o ciclo específico para o teste Bowie & Dick. 134°C por 3,0 - 3,5 minutos. 05 - Finalizado o ciclo, retire o pacote teste com cuidado, pois o mesmo está quente.
06 - Observe que o indicador químico de processo sofreu alteração de cor. 07 - Abra o pacote e retire a folha teste, localizada no centro do pacote.
08 - Faça o registro dos dados pertinentes: número da autoclave, data, operador, etc... 09 - ...optando por fazê-lo na frente ou no verso da folha teste.
10 - Utilize o guia de referência para comparar o resultado. 11 - Resultado correto: ciclo bem sucedido.
12 - Resultado incorreto: possível falha - extração de ar inadequada. Repita o ciclo, utilizando um novo pacote teste.
Guia de Referência - Bowie Dick Pacote 01 - Correto. 02 - Incorreto - Causa possível: Extração de ar inadequada. 03 - Incorreto - Causa possível: Gases não condensáveis no vapor.
05 - Incorreto - Causa possível: Vapor super saturado (úmido). 04 - Incorreto - Causa possível: Vapor superaquecido.
Esterilização por calor seco
 
 
Por agentes químicos
Esterilização por Vapor de Baixa Temperatura e Formaldeído (V.B.T.F.) Indicadores Biológicos Para  validação microbiológica e monitoração de rotina dos processos de esterilização a vapor e a gás de óxido de etileno, o uso de indicadores biológicos auto-contidos (2ª ou 3ª geração) é a metodologia apropriada. No entanto, este modelo é inadequado para uso em processos de esterilização a vapor de baixa tenmperatura e formaldeído (VBTF),  devido ao risco de resíduos de formaldeído permanecerem na ampola após a esterilização.  Estes resíduos podem liberar gás de formaldeído durante o período de incubação, causando a destruição dos esporos que sobreviveram a um processo de esterilização falho e assim, fornecer um resultado falso negativo de crescimento.  Portanto, é necessário monitorar a esterilização a formaldeído, usando tiras impregnadas com esporos bacterianos (1ª geração) para posterior cultura em laboratório especializado, mediante técnicas assépticas.
Método de Uso:  Para monitorização de rotina, os indicadores biológicos devem ser usados  em sua apresentação original (pequeno envelope/bolsa)   ou  o disco de esporos deve ser assepticamente removido da bolsa e colocado em um dispositivo tipo Hélix Line & Pickerill, para mensurar a eficácia da penetrabilidade do agente esterilizante em materiais canulados . Separe e identifique um outro Indicador Biológico “NÂO PROCESSADO”, para servir como contra-prova e aferir a qualificação do produto.
Indicador de Processo para Formaldeído  Estes indicadores auto-adesivos (Spots) devem ser utilizados na parte externa de cada pacote ou embalagem a ser esterilizado usando vapor a baixa temperatura, com Formaldeído (VBTF), para diferenciar os pacotes esterilizados dos não esterilizados. Os adesivos mudam da cor azul para amarelo depois de passar pelo processo VBTF.
 
Indicador para Formaldeído Multivariável Classe 4 Os Indicadores de Controle de Formaldeído Browne têm sido calibrados para mostrar um resultado ‘aprovado’ somente após os parâmetros para destruição da carga microbiana terem sido alcançados. Ele comprova que o gás de formaldeído penetrou em cada pacote em quantidade suficiente e pelo período correto de tempo. Você pode facilmente interpretar a mudança de cor de azul para verde.
 
Loadchek para Formaldeído Classe 4 Para auxiliar os chefes da Central de Esterilização a tomar decisões como liberar um carregamento ou não, é possível utilizar um sistema de controle combinando indicadores químicos com um sistema de barreira. Quando o sistema é selecionado, existem dois fatores importantes a considerar: O sistema de barreira oferece um processo de remoção de ar e penetração de gás?  O sistema de indicador é sensível aos parâmetros críticos do processo de esterilização?  (É importante notar que um sistema de barreira é inútil se não for combinado com um bom indicador químico.) O sistema LOADCHEK BROWNE DE FORMALDEÍDO oferece uma solução simples e barata de alta qualidade para monitorar ciclos individuais. De qualquer forma, as embalagens individuais devem continuar sendo controladas usando indicadores químicos internos. Com a grande variedade de embalagens diferentes e sua localização na câmara, é virtualmente impossível simular as condições de esterilização com um controle de carregamento específico. Contudo, um bom controle de carregamento fornecerá informações valiosas.
 
Por processo fisico - químico
Indicadores Biológicos Auto-Contidos Para Esterilização a Gás de Óxido de Etileno (ETO) Ampola transparente em polipropileno com tampa perfurada e filtro ou papel grau cirúrgico, contendo uma tira impregnada com uma população nominal de 1x106 de  esporos de  Bacillus Atrophaeus (B. subtilis var. niger)  ATCC 9372  e uma ampola interna em vidro, com meio de cultura apropriado na cor vermelha que muda para amarela  se  houver crescimento dos esporos durante a incubação, indicando um  ciclo falho  de esterilização.  Cada ampola é rotulada com uma etiqueta externa, que contém os respectivos dados de identificação como nº de lote, data de fabricação e de validade e possui também, um indicador químico de processo (classe 1), que muda da cor azul para marrom após exposição ao agente esterilizante. Instruções de Uso: - Exposição:  Coloque o indicador biológico na posição horizontal, junto com os materiais a serem esterilizados e em um ponto crítico da carga. O indicador químico impresso na etiqueta mudará de azul para marrom, quando exposto  gás de ETO, distinguindo as unidades processadas das não processadas. - Precauções:  Depois da esterilização, o conteúdo do indicador biológico estará quente e sob pressão. Deixe a ampola esfriar antes de quebrá-la, pois existe o risco de explosão. - Ativação:   Ative o teste, comprimindo o frasco plástico até quebrar a ampola de vidro interna, isto permitirá que o meio de cultura entre em contato com a tira de esporos. Incube imediatamente. - Incubação:   Coloque a ampola em uma incubadora microbiológica, programada para operar entre 35º e 39º C.   - Interpretação:  Examine o Indicador Biológico em intervalos regulares (ex. 8, 12, 18, 24 e final em 48 horas), para detectar mudança de cor . A presença da cor amarela ( resultado positivo) indica crescimento bacteriano e falha no ciclo de esterilização. Nenhuma mudança de cor indica um ciclo correto de esterilização. Os resultados devem ser registrados e arquivados Amarelo = crescimento = Não estéril. Vermelho = sem crescimento.                        
Indicador Químico Multivariável (MVI) Classe 4 Em todos os processos de esterilização a óxido de etileno. Avaliam 3 parâmetros: tempo, temperatura e presença de gás de óxido de etileno. Uso Simples  Coloque o Indicador no centro da embalagem a ser esterilizada. Após o processo, verifique se o Indicador tem a mesma cor ou mais escura que a de referência. Caso contrário, o conteúdo deve ser considerado suspeito e deve ser processado novamente usando um novo indicador.  Não-Tóxico  Esta nova tecnologia da tinta é livre de chumbo e de outros metais pesados. Clara Interpretação  O Indicador mostra uma clara mudança de laranja claro para vermelho vivo quando exposto aos parâmetros críticos da esterilização. Esses novos Indicadores Multi Variáveis devem ser usados como parte de um sistema de monitorização em conjunto com testes microbiológicos regulares.
Integradores Químicos para Óxido de Etileno Os integradores Browne para óxido de etileno demonstram de forma efetiva e rápida que o gás de óxido de etileno penetrou em cada pacote numa quantidade suficiente pelo tempo correto. A interpretação é fácil, pois a cor mudará de vermelho (não-processado) para verde (processado). Um dos parâmetros mais difíceis de se controlar no processo de óxido de etileno é o nível de umidade relativa, que é vital para à esterilização. Os Integradores Browne para EO demonstram falha se o nível de umidade relativa ficar fora dos limites especificados. A tabela a seguir mostra os parâmetros avaliados nos integradores para EO: 40% - 60% 35 min 55°C 600 mg 55 min 37°C 40% - 60% 20 min 55°C 900 mg Umidade  Relativa Tempo Temperatura Concentração  (mg por litro)
Por plasma de Peróxido de Hidrogênio
Indicador Químico Multiparamétrico Classe 4 Posição dos indicadores. Os indicadores devem ser colocados sobre o dispositivo médico com a parte a ser testada para cima, em bolsas ou embalagens de bandeja que são compatíveis ao Sistema de Esterilização STERRAD®. O indicador spot não deve ser coberto por qualquer parte da carga. Devido à ação esterilizadora de superfície do processo STERRAD®, a cobertura do indicador pode dar margem a leituras falso-negativas. Interpretação de resultados. Depois de processado, compare o indicador spot com a menor referência spot impressa no indicador. Se o indicador spot é da mesma cor ou mais claro do que a referência, o ciclo teve êxito. Se o indicador é mais escuro do que a referência, o ciclo não teve êxito e os itens devem ser reprocessados com um novo indicador Browne Vapour Strip. Interpretação da mudança de cor. A área da tinta do indicador mudará de verde para rosa, quando exposta ao processo de peróxido de hidrogênio vaporizado.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],35 mg/l Concentração de vapor  de peróxido de hidrogênio 12.75 minutos (SV-25%) Tempo Falho 40ºC  Temperatura 35 mg/l Concentração de vapor  de peróxido de hidrogênio 15 minutos Tempo Passou 40ºC Temperatura Resultado Valor declarado Parâmetro
Esterilização Flash
ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO O processo de esterilização por radiação consiste em expor os produtos a uma fonte radioativa de Co-60, numa planta especialmente desenhada. A radiação gama mata todos os microorganismos por meio da ruptura da estrutura do seu DNA, não afetando o produto em si. Devido ao alto poder de penetração da radiação na matéria (o seu comprimento de onda é da ordem de 10/8 cm), o processo pode ser executado com os produtos já na sua embalagem final para o consumidor, e o produto pode ser usado imediatamente após o processo. A embalagem permanece selada e intacta durante o processo de esterilização, evitando o manuseio em qualquer fase e garantindo a esterilidade do produto até o momento da abertura da embalagem, ou seja, do uso. O processo não provoca aumento de temperatura, sendo uma alternativa para a esterilização de materiais termossensíveis. A radiação gama não deixa resíduos tóxicos e não induz radioatividade nos produtos, pois as energias envolvidas são insuficientes para interações com os núcleos. A interação da radiação gama Co-60 com os produtos se dá através da ejeção de elétrons das camadas externas dos átomos, causando as quebras moleculares. A resposta dos microorganismos à radiação já é bastante conhecida, o que permite a validação do processo de maneira segura, eficaz e totalmente reprodutível.
Desinfetantes Hospitalares São produtos químicos que tem em sua composição substâncias microbicidas, apresentando, portanto, efeito letal para microorganismos não esporulentos. São utilizados no tratamento de objetos semi críticos, contaminados e críticos. Os desinfetantes hospitalares são produtos para uso exclusivo em hospitais e estabelecimento relacionados com o atendimento à saúde, que atendem às exigências da Portaria 15/88 DISP/MS. Dentre eles, há as seguintes substâncias: Aldeído ( formaldeído e glutaraldeído ), já mencionados anteriormente, que podem apresentar – se em forma de solução e esterilizante; Fenólicos; Compostos orgânicos liberadores de cloro ativo; Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo; Iodo de derivados; Álcool e glicóis; CUIDADOS NO USO Os artigos devem ser previamente limpos e secos antes da desinfecção. A solução deve ser colocada em um recipiente de plástico ou de vidro com tampa e mantida em temperatura ambiente. O armazenamento deve ser feito em local adequado, ou seja, ambiente fresco, ao abriogo da luz solar, em embalagens escuras e bem fechadas. a concentração e a data de validade do produto devem estar especificadas no rótulo. A diluição deve ser preparada pelo farmacêutico responsável. Aplicações : são usados como anti – sépticos, desinfetante de equipamentos médicos como tanques de hidroterapia, termômetros e endoscópios.
Acondicionamento dos artigos A escolha do invólucro depende das características do material e do processo de esterilização. As  embalagens devem ser:  permeáveis ao agente esterilizante; resistentes ao manuseio, ao calor, a umidade e ao efeito da tração; flexíveis e de fácil manuseio; apresentada com massas e grumatura regulares duplas; não resistente a abertura do pacote; livre de ingredientes tóxicos; de baixo custo; barreira microbiana; Os tipos de invólucros utilizados em auto clave são: tecido ( algodão cru ), papel grau cirúrgico ou papel crepado ( substitutos do tecido de algodão e compostos de celulose tratada ), papel kraft, caixa metálica perfurada, bandeja, celofane, poliamida ( transparente, os microporos dilatam – se e fecham – se durante a fase da esterilização), não tecidos SMS ( Spumbonded / Metbown / Spumbonded ), caixa metálica totalmente perfurada e lâminas de alumínio de uso exclusivo em estufas, processo de esterilização em desuso nas instituições hospitalares. Os tipos de invólucros utilizados no calor seco são: caixa de alumínio, caixa de aço inoxidável, embalagens aluminizadas, e embalagens resistentes ao calor seco ( que não se danifiquem durante a esterilização). Os tipos de invólucro utilizados na esterilização com óxido de etileno são: papel grau cirúrgico ( sem anilina e com fibra longa ), papel crepado, celofane, poliamida especial, não tecido, TYVEC ( um polímetro de polietileno com alta resistência a tração e a perfuração – excelente barreira microbiana, mas com custo alto ). Os tipos de invólucros utilizados na esterilização com plasma de peróxido de hidrogênio são: TYVEC Mylar ( filme de poliéster com transparência ), manta de polipropileno ( denominada não tecido ), bandejas de polipropileno, perfuradas e envoltas em duas camadas de manta. O papel grau cirúrgico é um invólucro utilizado na esterilização com formaldeído gasoso. Todos os invólucros devem registrar o conteúdo do pacote, a  data de esterilização e o prazo de validade.
Armazenamento de material esterilizado 1. O local deve ser limpo e seco. 2. O acesso deve ser restrito ao pessoal envolvido nesta atividade. 3. Os pacotes devem permanecer íntegros, pouco manipulados e armazenados em cestos e armários de fácil limpeza e uso exclusivo; a temperatura deve ser mantida em torno de 25º C e a umidade relativa do ar, entre 40 e 60%.
Controle de eficácia da esterilização O controle da eficácia deste procedimento é realizado por meio de indicadores químicos e biológicos: Indicadores Químicos : comprovam apenas a exposição do artigo ao calor, sem garantir que ele está esterilizado. São utilizadas fitas adesivas indicadoras e selos adesivos. A fita adesiva é mais utilizada: suas listras, imperceptíveis antes do uso, tornam – se marrom escuras após passarem pela autoclave. Indicadores Biológicos : recomendados para verificar a eficácia da esterilização pelo vapor sob pressão; são eles: óxido de etileno, estufas e plasma de peróxido de hidrogênio e formaldeído gasoso.
Validade da esterilização A validade da esterilização está diretamente ligada à forma de acondicionamento e de estocagem. Para se ter certeza dessa validade, é necessário realizar pesquisa das condições oferecidas em cada serviço. Recomenda – se o prazo de validade de 7 dias para artigos esterilizados por processos físicos. Os materiais acondicionados em papel grau cirúrgico selado pelo calor, estocados em condições ideais, desde que os invólucros mantenham – se íntegros, terão prazo de validade de 2 ou 3 semanas.
Instrumental Cirúrgico O instrumental cirúrgico que pode ser esterilizado pelo calor úmido ( autoclave ), deve ser acondicionado de forma que facilite a penetração e saída de vapor, ofereça barreira microbiana e dê garantia de esterilização até o seu uso, respeitando – se o prazo de validade após o processo de esterilização. Além disso deve ser de fácil manuseio, resistente e adequado para o tipo de cirurgia. Eis os tipos de acondicionamento de instrumental cirúrgico para esterilização em auto clave: Bandejas de aço inoxidável; Caixas metálicas com filtros ( contêiner ), permitindo a entrada de vapor; Há dois tipos de embalagens para bandejas: Campo duplo em tecido de algodão cru; Embalagem descartável de papel crepado, com 100% de celulosee gramatura de aproximadamente 60g / m2  O produto escolhido para a embalagem deve estar aprovado pela ANVISA  ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária )

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Esterilizar

  • 1. Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro Curso de Instrumentação Cirúrgica Ana Maria Barthel
  • 2.
  • 4.
  • 5.  
  • 8.  
  • 9.  
  • 10. Fitas Indicadoras de Processos para Autoclave A fita indicadora de processo permite a identificação e lacre dos pacotes embalados com não-tecido e outros descartáveis. As tiras mudam de cor quando exposta ao vapor, identificando a exposição ao processo sem precisar abrir os pacotes ou checagem dos registros, podendo também identificar os itens processados dos não-processados de forma rápida e fácil. Fabricado em papel crepe tratado e incorporando um adesivo extra forte para aderir em embalagens descartáveis. Importante: Essa fita não é recomendada para uso em têxteis, pois pode deixar resíduo.
  • 11. 01 - Lacre os pacotes/caixas embalados com SMS ou papel crepado, com no mínimo 10 cm de fita.
  • 12. 02 - Finalizado o ciclo de esterilização, as listras sofrerão alteração da cor original (clara) para preto/negro.
  • 13. Controles Biológicos Auto-Contidos Para uso em esterilização à vapor Browne Os Controles Biológicos Browne contém uma determinada quantidade de esporos incubados em um filtro de papel situado em um tubo de cultivo de plástico. Este tubo de plástico contém uma ampola de cristal com um meio de cultura. Para os CICLOS DE VAPOR onde se utilizam esporos de Geobacillus Stearothermophilus, o indicador químico, situado na etiqueta externa da ampola, mudará da cor azul para preto, depois da exposição ao agente esterilizante.
  • 14. Indicador Biológico 01 - Anote na etiqueta do tubo: data, número da autoclave e do ciclo. 02 - Monte um pacote com campos de algodão e posicione o Indicador Biológico no centro...
  • 15. 03 - ...ou embale-o em papel grau cirúrgico. 04 - Finalize o pacote com mais um campo de algodão e lacre-o com fita adesiva.
  • 16. 05 - Posicione o pacote com o I.B. junto com uma carga a esterilizar, no ponto mais crítico (dreno). 06 - Inicie o ciclo padronizado para esterilização de artigos.
  • 17. 07 - Finalizado o ciclo, retire o pacote com o I.B., deixe esfriar antes de coloca-lo na incubadora. 08 - Encaixe o I.B. em uma cavidade da incubadora e desloque-o levemente para quebrar a ampola, que contém o meio de cultura.
  • 18. 09 - Repita o passo anterior, utilizando um I.B. "não processado", como piloto e programe a leitura final do resultado para 24 horas. 10 - Efetue leituras em 4, 8, 12 e 24 horas (leitura final). Quando não ocorrer alteração da cor original (roxo/púrpura) indica resultado negativo = ciclo bem sucedido. Alteração para cor amarela indica resultado positivo.
  • 19. 11 - Retire a etiqueta do tubo e documente em seus registros.
  • 20. Indicador Químico Multivariável – Classe 4 Cód. 2551 Não-Tóxico: Os indicadores consistem em tinta termo-sensível, impressa sobre uma lâmina de papel. Sofrem uma nítida mudança de cor - bege para preto - indicando exposição aos parâmetros requeridos no ciclo de esterilização. Coloca – se um indicador no centro de cada pacote a ser esterilizado, depois do processamento, verifique se toda a coluna de tinta impressa no indicador alterou para preto/negro, indicando um resultado correto. Se isto não ocorrer, o conteúdo do pacote deve ser considerado suspeito e deverá ser reesterilizado, usando um novo indicador. O indicador MVI pode ser arquivado em prontuário de paciente, como registro comprobatório de esterilização. Indicador Químico Multivariável
  • 21. Indicador químico TST São integradores de Controle TST utilizados em ciclos de esterilização a vapor, a fim de monitorar todos os parâmetros que podem afetar o processo de esterilização, incluindo: penetração do vapor, temperatura, tempo de exposição do vapor, ocorrências de bolhas de ar, evacuação do ar, gases não-condensáveis, super-aquecimento e vapor supersaturado. Consiste de uma tira, contendo um círculo com tinta amarela impressa sobre papel laminado sensível a esterilização a vapor e outro círculo na cor azul que será utilizado como referência para a leitura do resultado da esterilização. Após o Integrador ser submetido ao ciclo de esterilização, o círculo impresso na cor amarela deve passar para azul, a fim de comprovar se a esterilização foi bem sucedida.
  • 22. Passo a passo Integrador TST 01 - Coloque o integrador dentro de caixas, pacotes, containers e outros, juntamente com os instrumentais e materiais a serem esterilizados e com a face voltada para cima.
  • 23. 02 - Feche a caixa com embalagem apropriada.
  • 24. 03 - Se for com SMS ou papel crepado, utilize uma fita adesiva indicadora de processo especial (vide passo a passo - Fita Azul). 04 - Inicie o ciclo padronizado para esterilização de artigos.
  • 25. 05 - Finalizado o ciclo, retire a carga e encaminhe ao arsenal ou centro cirúrgico. 06 - Quando da utilização dos materiais, abra as caixas/pacotes, ...
  • 26. 07 - ...localize o integrador químico TST Classe 6 e... 08 - ...retire o integrador e faça a leitura do resultado. Finalmente, arquive-o no prontuário do paciente.
  • 27. Etiquetas Duplas com Indicador de Processo para Rastreabilidade Dupla Etiqueta: Isto significa que a etiqueta tem duas camadas de material adesivo, uma para fixar a etiqueta no item a ser esterilizado e a outra para fixar a etiqueta ao prontuário do paciente, uma vez que o item esterilizado tenha sido usado. Indicador de Processo: A etiqueta é impressa com um indicador de processo que claramente mostra se o item passou por um processo de esterilização à vapor. Esta informação torna-se um elo vital na cadeia documental. Além disso, este indicador poderia substituir a necessidade da fita indicadora, o que criaria redução de custo para o seu departamento. A Etiqueta Dupla com Indicador de processo pode ser aplicada com uma etiquetadora. O uso do sistema Browne de etiquetagem permite documentar: Data do processo Data de validade Número da autoclave Número do operador Número do ciclo (Lote)
  • 28. Bowie & Dick – Sensor / Folha Teste Permite que a Folha Sensor seja utilizada em uma larga amplitude de ciclos de trabalho, compreendidos entre 121º C e 134º C, sem afetar a precisão do resultado. É livre de chumbo e outros metais pesados e deve ser posicionada no centro de um pacote padrão de toalhas/campos de algodão, medindo 90 x 120 cm, que dobrados tenham 22 x 30 cm e pesem 7 kg. Se o esterilizador atingir uma completa remoção de ar e uma rápida penetração de vapor, a Folha Sensor mudará sua cor amarela para verde ou azul, indicando o sucesso da operação.
  • 29. Passo a passo Folha Sensor 01 - Separe uma quantidade de campos de algodão que totalizem 7 kilos +/- 10%, dobre-os em aproximadamente 22x30 cm, empilhe-os e comprima-os, de maneira que atinjam uma altura de 25 cm. 02 - Coloque a Folha Sensor no centro deste pacote.
  • 30. 03 - Embrulhe-o com mais um campo.
  • 31. 04 - Lacre-o com fita adesiva.
  • 32. 05 - Posicione o pacote a uma altura entre 10cm e 20cm, próximo ao dreno. 06 - Inicie o ciclo padronizado para o teste Bowie & Dick. Pode-se utilizar a Folha Sensor em ciclos entre: 121°C de 8 a 30 minutos e 134°C de 2 a 10 minutos.
  • 33. 07 - Finalizado o ciclo, retire o pacote teste com cuidado, pois o mesmo está quente. Abra o pacote e retire a folha teste, localizada no centro do pacote. 08 - Faça o registro dos dados pertinentes: número da autoclave, data, operador, etc. Se ocorrer uma mudança da cor amarela para azul/verde, indica resultado correto.
  • 34. Recomendado e indispensável como teste diário para avaliação do correto funcionamento das autoclaves à vapor, deve ser realizado no início de cada dia de trabalho e após revisões e manutenções nos equipamentos. É o único a dispor de um Guia de Referência, que possibilita diagnosticar uma ampla gama de falhas como: penetração inadequada de vapor, erro de temperatura, erro no tempo de exposição, ocorrência de bolha de ar, falha na remoção de ar ou de gases não condensáveis, super aquecimento e vapor super saturado. Consiste de uma folha (12,5cm x 12,5cm) impressa com tinta sensível a esterilização à vapor, colocada estrategicamente entre dois blocos de 192 folhas de papel de cada lado. Este conjunto é embalado, formando-se um pacote que é fechado com fita adesiva e um indicador sensível ao vapor. A folha teste mudará da cor amarelo para azul quando exposta a um ciclo de esterilização durante 3,5min a temperatura de 134ºC.
  • 35. 02 - Anote no pacote teste: número da autoclave, data, etc. 01 - Realize um ciclo completo para pré-aquecer a autoclave.
  • 36. 03 - Posicione o pacote na câmara, a uma altura entre 10cm e 20cm, próximo ao dreno.
  • 37. 04 - Inicie o ciclo específico para o teste Bowie & Dick. 134°C por 3,0 - 3,5 minutos. 05 - Finalizado o ciclo, retire o pacote teste com cuidado, pois o mesmo está quente.
  • 38. 06 - Observe que o indicador químico de processo sofreu alteração de cor. 07 - Abra o pacote e retire a folha teste, localizada no centro do pacote.
  • 39. 08 - Faça o registro dos dados pertinentes: número da autoclave, data, operador, etc... 09 - ...optando por fazê-lo na frente ou no verso da folha teste.
  • 40. 10 - Utilize o guia de referência para comparar o resultado. 11 - Resultado correto: ciclo bem sucedido.
  • 41. 12 - Resultado incorreto: possível falha - extração de ar inadequada. Repita o ciclo, utilizando um novo pacote teste.
  • 42. Guia de Referência - Bowie Dick Pacote 01 - Correto. 02 - Incorreto - Causa possível: Extração de ar inadequada. 03 - Incorreto - Causa possível: Gases não condensáveis no vapor.
  • 43. 05 - Incorreto - Causa possível: Vapor super saturado (úmido). 04 - Incorreto - Causa possível: Vapor superaquecido.
  • 45.  
  • 46.  
  • 48. Esterilização por Vapor de Baixa Temperatura e Formaldeído (V.B.T.F.) Indicadores Biológicos Para  validação microbiológica e monitoração de rotina dos processos de esterilização a vapor e a gás de óxido de etileno, o uso de indicadores biológicos auto-contidos (2ª ou 3ª geração) é a metodologia apropriada. No entanto, este modelo é inadequado para uso em processos de esterilização a vapor de baixa tenmperatura e formaldeído (VBTF),  devido ao risco de resíduos de formaldeído permanecerem na ampola após a esterilização. Estes resíduos podem liberar gás de formaldeído durante o período de incubação, causando a destruição dos esporos que sobreviveram a um processo de esterilização falho e assim, fornecer um resultado falso negativo de crescimento. Portanto, é necessário monitorar a esterilização a formaldeído, usando tiras impregnadas com esporos bacterianos (1ª geração) para posterior cultura em laboratório especializado, mediante técnicas assépticas.
  • 49. Método de Uso: Para monitorização de rotina, os indicadores biológicos devem ser usados  em sua apresentação original (pequeno envelope/bolsa)  ou o disco de esporos deve ser assepticamente removido da bolsa e colocado em um dispositivo tipo Hélix Line & Pickerill, para mensurar a eficácia da penetrabilidade do agente esterilizante em materiais canulados . Separe e identifique um outro Indicador Biológico “NÂO PROCESSADO”, para servir como contra-prova e aferir a qualificação do produto.
  • 50. Indicador de Processo para Formaldeído Estes indicadores auto-adesivos (Spots) devem ser utilizados na parte externa de cada pacote ou embalagem a ser esterilizado usando vapor a baixa temperatura, com Formaldeído (VBTF), para diferenciar os pacotes esterilizados dos não esterilizados. Os adesivos mudam da cor azul para amarelo depois de passar pelo processo VBTF.
  • 51.  
  • 52. Indicador para Formaldeído Multivariável Classe 4 Os Indicadores de Controle de Formaldeído Browne têm sido calibrados para mostrar um resultado ‘aprovado’ somente após os parâmetros para destruição da carga microbiana terem sido alcançados. Ele comprova que o gás de formaldeído penetrou em cada pacote em quantidade suficiente e pelo período correto de tempo. Você pode facilmente interpretar a mudança de cor de azul para verde.
  • 53.  
  • 54. Loadchek para Formaldeído Classe 4 Para auxiliar os chefes da Central de Esterilização a tomar decisões como liberar um carregamento ou não, é possível utilizar um sistema de controle combinando indicadores químicos com um sistema de barreira. Quando o sistema é selecionado, existem dois fatores importantes a considerar: O sistema de barreira oferece um processo de remoção de ar e penetração de gás? O sistema de indicador é sensível aos parâmetros críticos do processo de esterilização? (É importante notar que um sistema de barreira é inútil se não for combinado com um bom indicador químico.) O sistema LOADCHEK BROWNE DE FORMALDEÍDO oferece uma solução simples e barata de alta qualidade para monitorar ciclos individuais. De qualquer forma, as embalagens individuais devem continuar sendo controladas usando indicadores químicos internos. Com a grande variedade de embalagens diferentes e sua localização na câmara, é virtualmente impossível simular as condições de esterilização com um controle de carregamento específico. Contudo, um bom controle de carregamento fornecerá informações valiosas.
  • 55.  
  • 56. Por processo fisico - químico
  • 57. Indicadores Biológicos Auto-Contidos Para Esterilização a Gás de Óxido de Etileno (ETO) Ampola transparente em polipropileno com tampa perfurada e filtro ou papel grau cirúrgico, contendo uma tira impregnada com uma população nominal de 1x106 de esporos de Bacillus Atrophaeus (B. subtilis var. niger) ATCC 9372  e uma ampola interna em vidro, com meio de cultura apropriado na cor vermelha que muda para amarela se houver crescimento dos esporos durante a incubação, indicando um ciclo falho de esterilização.  Cada ampola é rotulada com uma etiqueta externa, que contém os respectivos dados de identificação como nº de lote, data de fabricação e de validade e possui também, um indicador químico de processo (classe 1), que muda da cor azul para marrom após exposição ao agente esterilizante. Instruções de Uso: - Exposição: Coloque o indicador biológico na posição horizontal, junto com os materiais a serem esterilizados e em um ponto crítico da carga. O indicador químico impresso na etiqueta mudará de azul para marrom, quando exposto  gás de ETO, distinguindo as unidades processadas das não processadas. - Precauções: Depois da esterilização, o conteúdo do indicador biológico estará quente e sob pressão. Deixe a ampola esfriar antes de quebrá-la, pois existe o risco de explosão. - Ativação:   Ative o teste, comprimindo o frasco plástico até quebrar a ampola de vidro interna, isto permitirá que o meio de cultura entre em contato com a tira de esporos. Incube imediatamente. - Incubação:   Coloque a ampola em uma incubadora microbiológica, programada para operar entre 35º e 39º C.   - Interpretação: Examine o Indicador Biológico em intervalos regulares (ex. 8, 12, 18, 24 e final em 48 horas), para detectar mudança de cor . A presença da cor amarela ( resultado positivo) indica crescimento bacteriano e falha no ciclo de esterilização. Nenhuma mudança de cor indica um ciclo correto de esterilização. Os resultados devem ser registrados e arquivados Amarelo = crescimento = Não estéril. Vermelho = sem crescimento.                        
  • 58. Indicador Químico Multivariável (MVI) Classe 4 Em todos os processos de esterilização a óxido de etileno. Avaliam 3 parâmetros: tempo, temperatura e presença de gás de óxido de etileno. Uso Simples Coloque o Indicador no centro da embalagem a ser esterilizada. Após o processo, verifique se o Indicador tem a mesma cor ou mais escura que a de referência. Caso contrário, o conteúdo deve ser considerado suspeito e deve ser processado novamente usando um novo indicador. Não-Tóxico Esta nova tecnologia da tinta é livre de chumbo e de outros metais pesados. Clara Interpretação O Indicador mostra uma clara mudança de laranja claro para vermelho vivo quando exposto aos parâmetros críticos da esterilização. Esses novos Indicadores Multi Variáveis devem ser usados como parte de um sistema de monitorização em conjunto com testes microbiológicos regulares.
  • 59. Integradores Químicos para Óxido de Etileno Os integradores Browne para óxido de etileno demonstram de forma efetiva e rápida que o gás de óxido de etileno penetrou em cada pacote numa quantidade suficiente pelo tempo correto. A interpretação é fácil, pois a cor mudará de vermelho (não-processado) para verde (processado). Um dos parâmetros mais difíceis de se controlar no processo de óxido de etileno é o nível de umidade relativa, que é vital para à esterilização. Os Integradores Browne para EO demonstram falha se o nível de umidade relativa ficar fora dos limites especificados. A tabela a seguir mostra os parâmetros avaliados nos integradores para EO: 40% - 60% 35 min 55°C 600 mg 55 min 37°C 40% - 60% 20 min 55°C 900 mg Umidade Relativa Tempo Temperatura Concentração (mg por litro)
  • 60. Por plasma de Peróxido de Hidrogênio
  • 61. Indicador Químico Multiparamétrico Classe 4 Posição dos indicadores. Os indicadores devem ser colocados sobre o dispositivo médico com a parte a ser testada para cima, em bolsas ou embalagens de bandeja que são compatíveis ao Sistema de Esterilização STERRAD®. O indicador spot não deve ser coberto por qualquer parte da carga. Devido à ação esterilizadora de superfície do processo STERRAD®, a cobertura do indicador pode dar margem a leituras falso-negativas. Interpretação de resultados. Depois de processado, compare o indicador spot com a menor referência spot impressa no indicador. Se o indicador spot é da mesma cor ou mais claro do que a referência, o ciclo teve êxito. Se o indicador é mais escuro do que a referência, o ciclo não teve êxito e os itens devem ser reprocessados com um novo indicador Browne Vapour Strip. Interpretação da mudança de cor. A área da tinta do indicador mudará de verde para rosa, quando exposta ao processo de peróxido de hidrogênio vaporizado.
  • 62.
  • 64. ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO O processo de esterilização por radiação consiste em expor os produtos a uma fonte radioativa de Co-60, numa planta especialmente desenhada. A radiação gama mata todos os microorganismos por meio da ruptura da estrutura do seu DNA, não afetando o produto em si. Devido ao alto poder de penetração da radiação na matéria (o seu comprimento de onda é da ordem de 10/8 cm), o processo pode ser executado com os produtos já na sua embalagem final para o consumidor, e o produto pode ser usado imediatamente após o processo. A embalagem permanece selada e intacta durante o processo de esterilização, evitando o manuseio em qualquer fase e garantindo a esterilidade do produto até o momento da abertura da embalagem, ou seja, do uso. O processo não provoca aumento de temperatura, sendo uma alternativa para a esterilização de materiais termossensíveis. A radiação gama não deixa resíduos tóxicos e não induz radioatividade nos produtos, pois as energias envolvidas são insuficientes para interações com os núcleos. A interação da radiação gama Co-60 com os produtos se dá através da ejeção de elétrons das camadas externas dos átomos, causando as quebras moleculares. A resposta dos microorganismos à radiação já é bastante conhecida, o que permite a validação do processo de maneira segura, eficaz e totalmente reprodutível.
  • 65. Desinfetantes Hospitalares São produtos químicos que tem em sua composição substâncias microbicidas, apresentando, portanto, efeito letal para microorganismos não esporulentos. São utilizados no tratamento de objetos semi críticos, contaminados e críticos. Os desinfetantes hospitalares são produtos para uso exclusivo em hospitais e estabelecimento relacionados com o atendimento à saúde, que atendem às exigências da Portaria 15/88 DISP/MS. Dentre eles, há as seguintes substâncias: Aldeído ( formaldeído e glutaraldeído ), já mencionados anteriormente, que podem apresentar – se em forma de solução e esterilizante; Fenólicos; Compostos orgânicos liberadores de cloro ativo; Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo; Iodo de derivados; Álcool e glicóis; CUIDADOS NO USO Os artigos devem ser previamente limpos e secos antes da desinfecção. A solução deve ser colocada em um recipiente de plástico ou de vidro com tampa e mantida em temperatura ambiente. O armazenamento deve ser feito em local adequado, ou seja, ambiente fresco, ao abriogo da luz solar, em embalagens escuras e bem fechadas. a concentração e a data de validade do produto devem estar especificadas no rótulo. A diluição deve ser preparada pelo farmacêutico responsável. Aplicações : são usados como anti – sépticos, desinfetante de equipamentos médicos como tanques de hidroterapia, termômetros e endoscópios.
  • 66. Acondicionamento dos artigos A escolha do invólucro depende das características do material e do processo de esterilização. As embalagens devem ser: permeáveis ao agente esterilizante; resistentes ao manuseio, ao calor, a umidade e ao efeito da tração; flexíveis e de fácil manuseio; apresentada com massas e grumatura regulares duplas; não resistente a abertura do pacote; livre de ingredientes tóxicos; de baixo custo; barreira microbiana; Os tipos de invólucros utilizados em auto clave são: tecido ( algodão cru ), papel grau cirúrgico ou papel crepado ( substitutos do tecido de algodão e compostos de celulose tratada ), papel kraft, caixa metálica perfurada, bandeja, celofane, poliamida ( transparente, os microporos dilatam – se e fecham – se durante a fase da esterilização), não tecidos SMS ( Spumbonded / Metbown / Spumbonded ), caixa metálica totalmente perfurada e lâminas de alumínio de uso exclusivo em estufas, processo de esterilização em desuso nas instituições hospitalares. Os tipos de invólucros utilizados no calor seco são: caixa de alumínio, caixa de aço inoxidável, embalagens aluminizadas, e embalagens resistentes ao calor seco ( que não se danifiquem durante a esterilização). Os tipos de invólucro utilizados na esterilização com óxido de etileno são: papel grau cirúrgico ( sem anilina e com fibra longa ), papel crepado, celofane, poliamida especial, não tecido, TYVEC ( um polímetro de polietileno com alta resistência a tração e a perfuração – excelente barreira microbiana, mas com custo alto ). Os tipos de invólucros utilizados na esterilização com plasma de peróxido de hidrogênio são: TYVEC Mylar ( filme de poliéster com transparência ), manta de polipropileno ( denominada não tecido ), bandejas de polipropileno, perfuradas e envoltas em duas camadas de manta. O papel grau cirúrgico é um invólucro utilizado na esterilização com formaldeído gasoso. Todos os invólucros devem registrar o conteúdo do pacote, a data de esterilização e o prazo de validade.
  • 67. Armazenamento de material esterilizado 1. O local deve ser limpo e seco. 2. O acesso deve ser restrito ao pessoal envolvido nesta atividade. 3. Os pacotes devem permanecer íntegros, pouco manipulados e armazenados em cestos e armários de fácil limpeza e uso exclusivo; a temperatura deve ser mantida em torno de 25º C e a umidade relativa do ar, entre 40 e 60%.
  • 68. Controle de eficácia da esterilização O controle da eficácia deste procedimento é realizado por meio de indicadores químicos e biológicos: Indicadores Químicos : comprovam apenas a exposição do artigo ao calor, sem garantir que ele está esterilizado. São utilizadas fitas adesivas indicadoras e selos adesivos. A fita adesiva é mais utilizada: suas listras, imperceptíveis antes do uso, tornam – se marrom escuras após passarem pela autoclave. Indicadores Biológicos : recomendados para verificar a eficácia da esterilização pelo vapor sob pressão; são eles: óxido de etileno, estufas e plasma de peróxido de hidrogênio e formaldeído gasoso.
  • 69. Validade da esterilização A validade da esterilização está diretamente ligada à forma de acondicionamento e de estocagem. Para se ter certeza dessa validade, é necessário realizar pesquisa das condições oferecidas em cada serviço. Recomenda – se o prazo de validade de 7 dias para artigos esterilizados por processos físicos. Os materiais acondicionados em papel grau cirúrgico selado pelo calor, estocados em condições ideais, desde que os invólucros mantenham – se íntegros, terão prazo de validade de 2 ou 3 semanas.
  • 70. Instrumental Cirúrgico O instrumental cirúrgico que pode ser esterilizado pelo calor úmido ( autoclave ), deve ser acondicionado de forma que facilite a penetração e saída de vapor, ofereça barreira microbiana e dê garantia de esterilização até o seu uso, respeitando – se o prazo de validade após o processo de esterilização. Além disso deve ser de fácil manuseio, resistente e adequado para o tipo de cirurgia. Eis os tipos de acondicionamento de instrumental cirúrgico para esterilização em auto clave: Bandejas de aço inoxidável; Caixas metálicas com filtros ( contêiner ), permitindo a entrada de vapor; Há dois tipos de embalagens para bandejas: Campo duplo em tecido de algodão cru; Embalagem descartável de papel crepado, com 100% de celulosee gramatura de aproximadamente 60g / m2 O produto escolhido para a embalagem deve estar aprovado pela ANVISA ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária )