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Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Área de Conhecimento # 10:
Gestão de Partes Interessadas
Fontes: http://pt.slideshare.net/AlexBorn/porque-sair-da-zona-de-conforto-38327129 e
http://www.industriahoje.com.br/stakeholders-fator-decisivo-para-o-sucesso-em-projetos
Elaboração:
Prof. Dr. E. A. Capuano
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
 Stakeholder: é uma pessoa ou empresa envolvida numa
determinada organização, projeto, sistema, etc.,
especialmente porque tem dinheiro investido (Oxford
Advanced Learners Dictionary, 7th Edition, 2010).
 Conceito de “parte interessada” (stakeholder) segundo o
padrão ANSI/PMI 99-001-2013: pessoas, grupos ou
organizações que podem impactar ou ser impactados por
uma decisão, atividade ou resultado do projeto;
 Esse padrão, uma concepção do Project Management
Institute (PMI, 2013, p. 391), se baseia numa premissa
bastante ambígua e polêmica: em princípio, a satisfação
dos participantes deve ser gerenciada como um
objetivo-chave do projeto;
 E se o projeto tiver como objetivo justamente “adequar”
interesses contrários, ou que precisam ser combatidos?
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
 Constitui uma premissa mais realista e honesta assumir-se
que cada participante de um projeto é um “animal político”
(Aristóteles) por natureza, com poderes que podem, muitas
vezes, impactar (ou mesmo “vetar”) o desenvolvimento e
os resultados de um projeto conforme seus próprios
interesses, independentemente dos objetivos comuns;
 Exemplo dos poderes de uma “parte interessada”
(stakeholder) num projeto empresarial, que podem
inviabilizar a realização de um projeto, é uma posição de
um acionista de peso contrária ao projeto (quando esse
acionista detém uma grande parcela das ações da
empresa); ou a posição do sindicato dos empregados;
 O setor público também é pródigo em choques de posições
de stakeholders em projetos de interesse público, mesmo
dentro de um mesmo partido político ...
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
 Outros dois exemplos de projetos de grande porte que
exigem uma gestão adequada das partes interessadas (que
se tornam, de fato, “participantes involuntários”):
 Fusão de Empresas: quando geralmente ocorrem
demissões de empregados; neste caso, geralmente a
empresa hegemônica na fusão, ou, de modo mais
realista, a “empresa que absorveu a outra”, implementa
planos de desligamento com objetivos de mitigar o
impacto negativo sobre os empregos, concedendo
benefícios ampliados para os empregados demitidos;
 Projetos de Usinas Hidrelétricas: a construção de uma
grande barragem fluvial tem como consequência,
geralmente, que populações inteiras precisam se mudar
devido ao represamento das águas, que inundam áreas
muito vastas – como nos casos de Itaipu e Tucuruí (no
Brasil) e Três Gargantas (na China), etc.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Usina de Itaipu
(Rio Paraná, Brasil)
Fontes: http://top10mais.org/top-10-maiores-hidreletricas-mundo/
e http://www.proceedings.scielo.br/pdf/jtrab/n1/14.pdf
Potência Elétrica Gerada: 14.000 MW
População Deslocada: 42.444 (do lado brasileiro)
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Usina de Tucuruí
(Rio Tocantis, Brasil)
Fonte: http://top10mais.org/top-10-maiores-hidreletricas-mundo/
Potência Elétrica Gerada: 8.370 MW
População Deslocada: 32.871 (sem contar indígenas)
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Usina de Três Gargantas
(Rio Yangtze, China)
Fontes: http://top10mais.org/top-10-maiores-hidreletricas-mundo/
e http://www.bbc.com/news/world-asia-china-17754256
Potência Elétrica Gerada: 22.500 MW
População Deslocada: 1,5 milhão
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“Atingidos” como Stakeholders
Fonte: http://www.maternatura.org.br/.../LeiaMais_Osimpactosambientaisesociais.pdf
 A construção de hidrelétricas e consequentemente suas
barragens e lagos causam diversos impactos sociais e
ambientais negativos. As populações são atingidas direta e
concretamente através do alagamento de suas
propriedades, casas, áreas produtivas e até cidades.
Existem também os impactos indiretos como perdas de
laços comunitários, separação de comunidades e famílias,
destruição de igrejas, capelas e inundação de locais
sagrados para comunidades indígenas e tradicionais.
Ninguém sabe dizer, com precisão, quantas pessoas foram
deslocadas até hoje por barragens. Fala-se que forma entre
40 e 80 milhões. (Maternatura)
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Fonte: http://www.maternatura.org.br/.../LeiaMais_Osimpactosambientaisesociais.pdf
 O Conceito de Atingido
 As empresas do setor elétrico sempre tentam restringir o
conceito de atingido, para não ter que arcar com
indenizações e reparações a todos que sofrem efeitos das
obras. O I Encontro Nacional de Trabalhadores Atingidos
por Barragens (abril de 1989) definiu como atingidos todos
aqueles que sofrem modificações nas suas condições de
vida como consequência da implantação das barragens,
independentemente do local em que vivem ou trabalham.
É assim que o movimento pensa: todo mundo que tenha
sua vida afetada de alguma forma pela construção da
barragem é um atingido. Ainda hoje a ampliação do
conceito do atingido é objeto da luta política e social.
(Maternatura, grifos nossos)
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
 Em geral, as definições mais pueris encontradas em obras
de administração e gestão de projetos confundem os
termos shareholder (acionista, ou parte interessada no
sentido stricto sensu) com stakeholder, contrariando o
conceito definido no padrão ANSI/PMI 99-00102013.
 Questão: O que é um stakeholder, buscando-se uma
interpretação adequada desse termo do idioma inglês no
contexto da realidade e do idioma português do Brasil?
 Resposta: é um participante ativamente ou passivamente
envolvido num projeto, o que significa que pode ser um
participante voluntário ou involuntário, um participante que
busca algum benefício ou que procura não ser prejudicado
(atingido) por um projeto.
 O conceito de stakeholder é sistêmico, pois ao alterarmos a
relação com um participante poderemos afetar outras.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Áreas de Conhecimento x Grupos de Processos
Áreas
Grupos de Processos
Iniciação Planejamento Execução
Monitoramento
e Controle
Encerramento
1. Integração
Desenvolver
Carta de
Projeto
(Project
Charter)
Desenvolver Plano de
Gestão de Projeto
Dirigir e
Gerenciar os
Trabalhos do
Projeto
Monitorar e
Controlar os
Trabalhos
Executar
Controle
Integrado de
Mudanças
Encerrar Fase ou
Projeto
2. Escopo
Planejar Gestão do
Escopo
Coletar Requisitos
Definir Escopo
Criar EAP
Validar Escopo
Controlar
Escopo
3. Tempo
Planejar Gestão do
Cronograma
Definir Atividades
Sequenciar
Atividades
Estimar Recursos por
Atividade
Estimar Duração das
Atividades
Desenvolver
Cronograma
Controlar
Cronograma
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Áreas
Grupos de Processos
Iniciação Planejamento Execução
Monitoramento
e Controle
Encerramento
4. Custo
Planejar Gestão
de Custo
Estimar Custos
Determinar
Orçamento
Controlar Custos
5. Qualidade
Planejar Gestão
da Qualidade
Executar
Garantias de
Qualidade
Controlar
Qualidade
6. Recursos
Humanos
Planejar Gestão
de Recursos
Humanos
Adquirir
Equipe de
Projeto
Desenvolver
Equipe de
Projeto
Gerenciar
Equipe de
Projeto
7. Comunicações
Planejar Gestão
de
Comunicações
Gerenciar
Comunicações
Controlar
Comunicações
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Áreas
Grupos de Processos
Iniciação Planejamento Execução
Monitoramento
e Controle
Encerramento
8. Riscos
Planejar Gestão
de Riscos
Identificar
Riscos
Executar
Análise
Qualitativa de
Riscos
Executar
Análise
Quantitativa de
Riscos
Planejar
Respostas aos
Riscos
Controlar Riscos
9. Aquisições
Planejar Gestão
de Aquisições
Conduzir
Aquisições
Controlar
Aquisições
Encerrar
Aquisições
10. Participantes
Identificar
Participantes
Planejar Gestão
de Participantes
Gerenciar
Engajamento
de
Participantes
Controlar
Engajamento de
Participantes
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
1. Identificar os
Participantes
2. Planejar a
Gestão dos
Participantes
Processos de Gestão de Aquisições
3. Gerenciar o
Engajamento dos
Participantes
4. Controlar o
Engajamento dos
Participantes
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
1. Identificar os Participantes: é o processo de se identificar
pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou
serem impactados por uma decisão, atividade ou resultado
de um projeto, analisando-se e documentando-se as
informações relevantes sobre seus interesses,
envolvimentos, interdependências, influências e potenciais
impactos no sucesso de projetos.
 O benefício-chave desse processo
é que ele propicia ao gerente de
projeto identificar o foco (ou
tratamento) mais adequado que
deve ser dispensado a cada parte
interessada ou grupo de
participantes interessados.
Fonte: http://it.toolbox.com/.../10-tips-for-presenting-to-project-stakeholders-39200
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Exemplo 1 - Erro de Premissa Comportamental: em 1848,
o 1º Parlamento Alemão Unificado (Reichstag), na tentativa de
unificar todos os principados alemães sob uma única
Monarquia Constitucional nacional, ofereceu a coroa de 1º
Imperador do novo Reich alemão a Frederico Guilherme IV,
então Rei da Prússia; este, bastante contrariado, recusou a
coroa de Imperador porque, para ele, um rei era ungido por
Deus, na tradição das monarquias absolutistas da época, e
não por um punhado de homens:
Ele se via como um rei pela graça de Deus e recusava uma coroa “feita de
bosta de gado e lama”, uma “coleira de cachorro com a qual eles querem
me acorrentar à Revolução de 1848”. (Kitchen, Martin. A History of Modern
Germany: 1800 to the Present. Wiley-Blackwell, 2012, p. 78)
Evidências Históricas da Necessidade de
Avaliação de Participantes de Projetos
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Exemplo 2 – Sabotagem Interna nas Organizações: em
geral, cada participante de um projeto pensa primeiro em
como deverá se situar no projeto, quais vantagens deverá
auferir com o projeto (ao longo dele e com o projeto
instalado), quais os riscos para sua posição atual e o que
fazer para reduzi-los; enfim, na natureza humana existe o
fundamental princípio da autopreservação, que em projetos
se apresenta como uma preocupação de cada participante
como o que se denomina, no jargão psicológico da gestão de
mudanças, como “zona de conforto”; cada ser humano, em
qualquer situação (profissional ou doméstica), se preocupa,
constantemente, com sua “zona de conforto”.
A sabotagem interna, numa organização de projeto, pode
ocorrer quando participantes percebem que sua atual “zona
de conforto” é ameaçada; a sabotagem geralmente é sutil,
velada, realizada com metodologia de boicote.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Era difícil acreditar que aquele programa que tinha começado tão
bem, com um orçamento aprovado de vários milhões de dólares e
dezenas de pessoas alocadas com dedicação exclusiva, estava sendo
paralisado poucos meses após o início.
Não se tratava de um projeto qualquer. Era um grande e importante
programa de transformação, com uma missão desafiadora: adequar a
companhia para um futuro que acenava com fantásticas perspectivas de
crescimento.
Não era um programa decidido por impulso. Era fruto de muita
discussão, muitas reuniões de trabalho. Todos estavam conscientes de
sua importância e necessidade. Todos estavam cientes de que seu
sucesso traria benefícios para todos e que seu fracasso abalaria a
companhia. (...)
Sabotagem (sabotage): contribuição secreta para o
insucesso de um plano ou ação.
Boicote (boycott): recusa à participação efetiva (corpo mole).
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
A deterioração não ocorreu de forma abrupta (...). Logo nos primeiros
tempos, vários sinais indicavam que o programa não ia bem. Os mais
evidentes vinham da nítida diferença entre o discurso público – o que era
apresentado e discutido sobre o programa nas reuniões formais – e o
discurso privado – o que se falava sobre o programa nos corredores,
durante os cafezinhos, nas conversas informais.
Outro forte sinal de problemas era a falta de envolvimento da direção
da companhia. Eles entendiam ter feito sua parte por ter enviado os
recursos humanos solicitados. (...)
Até que em determinado dia ‘estourou’ a crise. Ela foi consequência
de uma reunião em que ficou claro para toda a direção da companhia que
havia uma grande distância entre as expectativas existentes e o que
poderia ser efetivamente feito. Como resultado, alguns dias depois o
diretor do programa foi demitido, os contratos com as consultorias foram
cancelados e as atividades das equipes de trabalho paralisadas. Centenas
de milhares de dólares e milhares de horas-homem de trabalho haviam
sido desperdiçados. (Hehn, Herman F. Peopleware: como Trabalhar o
Fator Humano nas Implementações de Sistemas Integrados de Informação
(ERP). São Paulo: Gente, 1999, pp. 91-92)
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Exemplo 3 – Resistência por Motivação Psicológica (Perda de
Autoestima por Frustração Anterior):
Ao longo de anos de má administração pública, apesar das belezas
naturais, nossa cidade foi perdendo o atrativo turístico. Para tentar reverter
a situação, as pessoas que, como eu, tinham interesse no turismo (donos
de hotéis e pousadas, restaurantes, lojas) começaram a se unir para
discutir o problema comum e propor soluções.
A integração evoluiu bem, com a participação de todos, até que
chegou o dia em que nos reunimos para discutir os estatutos da
associação que estava sendo criada. Era uma reunião com caráter de
comemoração. (...) Logo no início da reunião, porém, um episódio mostrou
que isso não era verdade. O dono do maior hotel da cidade, a pessoa que
mais tinha a ganhar com o sucesso da associação, alguém que apesar de
não ter participado da liderança do movimento se havia envolvido em
ações menores por sua própria escolha, levantou-se e fez um discurso
inflamado. (...) negou a validade do movimento (...) contou a história de um
esforço semelhante que ele liderara na cidade, cerca de vinte anos atrás,
e que acabara desse jeito. (Idem, pp. 100-101)
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Mecanismos Individuais de Resistência a Projetos
nas Organizações (Hehn, 1999, pp. 94-95)
# Comportamento Estereótipo (*)
1
Escondo as coisas boas que tenho para o sucesso do
projeto (dados, informações, conhecimento) e blefo
em relação àquilo que não tenho (geralmente,
informações que provam que o que eles estão
tentando implantar falhou em outros lugares).
jogador de pôquer
2
Atenho-me às dificuldades; não existe projeto em que
você não possa encontrar dificuldades com as quais
as pessoas ainda não sabem como lidar. Isso vai
gerando insegurança ou, no mínimo, toma tempo e
adia a implantação.
terrorista
3
Não exerço minha liderança, não me manifesto; no
fundo, deixo claro para minha equipe que não estou
engajado naquele esforço.
alienado
4
Não considero as propostas impostas. Estabeleço
meus próprios objetivos e trabalho neles em silêncio.
conspirador
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
(*)PropostopeloProfessor
# Comportamento Estereótipo
5
Centralizo a tomada de decisões de forma que nada
ande sem a minha presença. E eu, sempre que
possível, não estou presente.
sabotador
6
Omito a verdade. Se não me perguntam, não falo
nada. Procuro agir sempre de maneira dissimulada,
para ninguém perceber que estou escondendo
informações.
7
Quando explicam, finjo que não entendi, que o
assunto não está claro, que não estão nos dando
todas as informações.
8
Articulo nos bastidores, influencio negativamente as
pessoas, gero desmotivação e descrença.
9
Falto aos compromissos, não estudo, não me preparo,
não me interesso em conhecer o assunto.
10
Esqueço, fecho a cara, mostro-me irritado. Dessa
forma as pessoas ficam com medo de falar comigo.
rebelde
autêntico
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Iceberg de Significados e Emoções para
Monitoramento na Gestão de Stakeholders
http://www.nomensa.com/blog/2012/researching-meaning-making-sense-of-behaviour
 “Acima da Linha
d’Água”: ganhos x perdas
materiais (emprego,
remuneração, premiação)
 “Abaixo da Linha
d’Água”: ganhos x
perdas emocionais
(sentido de pertencimento,
auto-estima, aceitação /
rejeição, liberdade, poder,
inveja, ciúme, ódio)
(Hehn, 1999, p. 98)
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Entradas:
 Termo de Abertura de Projeto
 Documentos de Aquisições
 Fatores do Ambiente Organizacional
 Propriedades dos Processos
Organizacionais
Ferramentas e Técnicas:
 Análise de Participantes
 Avaliação de Especialistas
 Reuniões
1. Identificar as Partes Interessadas
Saídas:
 Registro de Participantes
 Ignorar que as partes interessadas, ativamente ou
passivamente, podem comprometer os resultados de um
projeto não é uma atitude inteligente; melhor será
compreender a posição de cada participante e buscar um
ponto de equilíbrio negociado entre os interesses em jogo.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
 A análise de partes interessadas é uma técnica sistemática
de coleta e análise quantitativa e qualitativa de informações
para determinar quais interesses devem ser levados em
conta no projeto. Com essa técnica busca identificar-se
interesses, expectativas e influências das partes
interessadas e relacioná-las com os propósitos do projeto.
 Ela também auxilia na identificação de relacionamentos das
partes interessadas (com o projeto e com outras partes
interessadas) que podem ser alavancadas para se construir
coalizões e potenciais parcerias para aumentar as chances
de sucesso do projeto, além da identificação de
relacionamentos que precisam ser influenciados de modo
diferente em diferentes estágios ou fases. (PMI, p. 395)
Análise de Partes Interessadas
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Matriz de Poder / Interesse
das Partes Interessadas
Manter
Satisfeito
Gerenciar de
Perto
Monitorar Manter
Informado
Interesse
Poder
Alto
Baixo
Baixo Alto
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Entradas:
 Plano de Gestão do Projeto
 Registro dos Participantes
 Fatores do Ambiente Organizacional
 Propriedades dos Processos
Organizacionais
Ferramentas e Técnicas:
 Avaliação de Especialistas
 Reuniões
 Técnicas Analíticas
2. Planejar a Gestão dos Participantes
Saídas:
 Plano de Gestão de Participantes
 Atualização de Documentos de
Projeto
 Erros de avaliação sobre os participantes (voluntários ou involuntários)
de um projeto são muito comuns (quando as avaliações são realizadas,
pois geralmente não são). Os exemplos, como nos casos das obras de
barragens de usinas hidrelétricas, ilustram bem como omissões (parciais
ou não) podem custar caro para os governos e as sociedades; no caso
das empresas, pode custar caro para os acionistas.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Exemplo de Avaliação Equivocada da Importância
de um Grupo de Participantes de um Projeto
Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/440483/telefonica-promete-200-mil-linhas-em-99
Caso da Privatização da TELESP:
DIARIO - O deficit de linhas na região é pelo menos três vezes maior ...
STAEL - Temos um deficit de 550 mil linhas no Grande ABC, mas esse número vem
de um cadastro que pode não refletir a realidade.
DIARIO - O que há de errado com o cadastro?
STAEL - Em primeiro lugar, ele inclui somente os que têm intenção de possuir uma
linha telefônica. Não há nessa lista clientes que tenham pago e não tenham
recebido a linha. Como esse cadastro foi feito antes da privatização, em um
momento em que telefone era visto como um investimento, sabemos que muitos
deixaram de ter interesse pela linha. Há casos em que uma família inteira, com o
mesmo endereço, solicita telefones, o que obviamente mostra que a intenção era
negociar linhas.
DIARIO - Mas o cadastro ainda vale ou haverá algum recadastramento?
STAEL - Quem está na lista continua. Nãoo há mudanças para o cliente. Apenas
acompanharemos o cadastro para observarmos se o deficit é mesmo de 550 mil
linhas. É possível que, no final das contas, descubramos que esse número é menor.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Qual foi o “Erro Miraculoso” ?
... não contar com os técnicos de
campo, os únicos que detinham o
conhecimento detalhado sobre o
posicionamento das linhas de
transmissão e seus componentes
elétricos, pois o cadastro não era
atualizado (havia um
distanciamento histórico entre os
técnicos de campo e a elite
técnica de escritório).
Fontes: http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/documentacao/cpi_telefonica_relatorio_final.htm e
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=000331067
CPI da Telefónica (1999)
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Matriz de Avaliação do Engajamento
das Partes Interessadas
Partici-
pante
Comportamento Observado
Alienado Resistente Neutro Apoiador Líder
# 1 C D
# 2 C D
# 3 D C
Observação: nas células da matriz, “C” indica o nível de engajamento
corrente (atual) e “D” o nível de engajamento desejado da parte
interessada (stakeholder), mostrando os objetivos a serem perseguidos
pelo gerente de projeto no processo de gerenciamento dos participantes.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Entradas:
 Plano de Gestão de Participantes
 Plano de Gestão de Comunicações
 Registros de Mudanças
 Propriedades de Processos Organizacionais
Ferramentas e Técnicas:
 Métodos de Comunicação
 Habilidades Interpessoais
 Habilidades Gerenciais
Saídas:
 Registro de Questões
 Solicitações de Mudanças
 Atualizações dos Documentos de Projeto
 Atualizações nas Propriedades dos Processos Organizacionais
3. Gerenciar o Engajamento dos Participantes
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Plano de Gestão de Comunicações
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
(...) a comunicação é utilizada para manipular e chancelar
ideias e ideais não bem esclarecidos. Ou seja, a comunicação
é uma sensível “arma” que pode ser trabalhada de acordo com
as necessidades de alguns em detrimento de outros. Nas
empresas essa lógica não é diferente. Uma comunicação
oficial pode ser distorcida se má interpretada e culminar no
efeito telefone sem fio. (...) 10 máximas da comunicação ditas
por especialistas que já passaram aqui pelo Cultura.
(Fonte: http://www.culturacolaborativa.com/10-maximas-para-ter-sucesso-
na-comunicacao-corporativa/)
1 – A comunicação deixou os muros da empresa.
2 – A comunicação é uma só. Então, não faça a divisão entre
comunicação interna e externa; crie uma análise de risco,
pontos de vulnerabilidade e crie estratégias e posicionamentos
internos e externos; planeje sua comunicação com
antecedência, escute seu público.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
3 – Comunicação interna ou endomarketing. Não há como
falar de endomarketing ou de comunicação interna sem falar
em algo que antecede esses dois: ouvir. Antes de desenvolver
qualquer ação é imprescindível saber o que as pessoas tem a
dizer e onde a empresa quer chegar.
4 – A comunicação deve estar integrada. Comunicação interna
mais o endomarketing se sustentam em profissionalismo,
portanto conduzida por profissionais qualificados, onde não há
espaço para improvisação.
5 – Missão, visão, valores.
6 – Engajamento. É mais importante a empresa fazer o que
comunica que comunicar aquilo que faz; não basta comunicar
por meio da comunicação, pois o ambiente comunica, a
atitude dos líderes comunica, as práticas de RH comunicam, a
cultura comunica, a estratégia comunica, a gestão comunica.
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
7 – Integração com trabalho remoto. Como um dos grandes
benefícios de um ambiente de trabalho presencial é a
integração, a união que esse convívio diário pode trazer (e
com isso um aumento de produtividade), deve-se adotar
ferramentas online para suprir essa necessidade de
integração, no conceito de “redes sociais corporativas”.
8 – Ser inovador. A inovação é um elemento que hoje pode ser
um diferencial, mas futuramente pode ser um requisito.
9 – Quer vender? Ouça! Lembre-se seus colaboradores são
seus primeiros clientes: se eles não comprarem sua ideia,
provavelmente ela tem problemas ....
10 – Produtividade. A produtividade não depende apenas da
capacidade e empenho dos trabalhadores, mas também dos
equipamentos disponíveis e das demais condições ambientais
do trabalho (econômicas, sociotécnicas, políticas, etc).
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Entradas:
 Plano de Gestão do Projeto
 Registro de Questões
 Dados de Desempenho dos Trabalhos
 Documentos de Projeto
Ferramentas e Técnicas:
 Sistemas de Gestão da Informação
 Avaliação de Especialistas
 Reuniões
Saídas:
 Informação de Desempenho de Trabalho
 Solicitações de Mudanças
 Atualizações no Plano de Gestão do Projeto
 Atualizações em Documentos de Projeto
 Atualizações em Propriedades de Processos Organizacionais
4. Controlar o Engajamento dos Participantes
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
A cultura é o buraco da agulha pelo
qual devem passar as mudanças.
Fonte: WESTMAN, Mi Sook Park. Does culture
matter in competence management?
Transforming barriers to enablers. Xlibris, 2012.
Mensagem
importante para os
profissionais de
gestão no Brasil:
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
Fim
da Aula
# 15 !
Aula 15: Gestão de Partes Interessadas

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  • 1. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas Área de Conhecimento # 10: Gestão de Partes Interessadas Fontes: http://pt.slideshare.net/AlexBorn/porque-sair-da-zona-de-conforto-38327129 e http://www.industriahoje.com.br/stakeholders-fator-decisivo-para-o-sucesso-em-projetos Elaboração: Prof. Dr. E. A. Capuano Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
  • 2.  Stakeholder: é uma pessoa ou empresa envolvida numa determinada organização, projeto, sistema, etc., especialmente porque tem dinheiro investido (Oxford Advanced Learners Dictionary, 7th Edition, 2010).  Conceito de “parte interessada” (stakeholder) segundo o padrão ANSI/PMI 99-001-2013: pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou ser impactados por uma decisão, atividade ou resultado do projeto;  Esse padrão, uma concepção do Project Management Institute (PMI, 2013, p. 391), se baseia numa premissa bastante ambígua e polêmica: em princípio, a satisfação dos participantes deve ser gerenciada como um objetivo-chave do projeto;  E se o projeto tiver como objetivo justamente “adequar” interesses contrários, ou que precisam ser combatidos? Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 3.  Constitui uma premissa mais realista e honesta assumir-se que cada participante de um projeto é um “animal político” (Aristóteles) por natureza, com poderes que podem, muitas vezes, impactar (ou mesmo “vetar”) o desenvolvimento e os resultados de um projeto conforme seus próprios interesses, independentemente dos objetivos comuns;  Exemplo dos poderes de uma “parte interessada” (stakeholder) num projeto empresarial, que podem inviabilizar a realização de um projeto, é uma posição de um acionista de peso contrária ao projeto (quando esse acionista detém uma grande parcela das ações da empresa); ou a posição do sindicato dos empregados;  O setor público também é pródigo em choques de posições de stakeholders em projetos de interesse público, mesmo dentro de um mesmo partido político ... Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 4.  Outros dois exemplos de projetos de grande porte que exigem uma gestão adequada das partes interessadas (que se tornam, de fato, “participantes involuntários”):  Fusão de Empresas: quando geralmente ocorrem demissões de empregados; neste caso, geralmente a empresa hegemônica na fusão, ou, de modo mais realista, a “empresa que absorveu a outra”, implementa planos de desligamento com objetivos de mitigar o impacto negativo sobre os empregos, concedendo benefícios ampliados para os empregados demitidos;  Projetos de Usinas Hidrelétricas: a construção de uma grande barragem fluvial tem como consequência, geralmente, que populações inteiras precisam se mudar devido ao represamento das águas, que inundam áreas muito vastas – como nos casos de Itaipu e Tucuruí (no Brasil) e Três Gargantas (na China), etc. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 5. Usina de Itaipu (Rio Paraná, Brasil) Fontes: http://top10mais.org/top-10-maiores-hidreletricas-mundo/ e http://www.proceedings.scielo.br/pdf/jtrab/n1/14.pdf Potência Elétrica Gerada: 14.000 MW População Deslocada: 42.444 (do lado brasileiro) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 6. Usina de Tucuruí (Rio Tocantis, Brasil) Fonte: http://top10mais.org/top-10-maiores-hidreletricas-mundo/ Potência Elétrica Gerada: 8.370 MW População Deslocada: 32.871 (sem contar indígenas) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 7. Usina de Três Gargantas (Rio Yangtze, China) Fontes: http://top10mais.org/top-10-maiores-hidreletricas-mundo/ e http://www.bbc.com/news/world-asia-china-17754256 Potência Elétrica Gerada: 22.500 MW População Deslocada: 1,5 milhão Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 8. “Atingidos” como Stakeholders Fonte: http://www.maternatura.org.br/.../LeiaMais_Osimpactosambientaisesociais.pdf  A construção de hidrelétricas e consequentemente suas barragens e lagos causam diversos impactos sociais e ambientais negativos. As populações são atingidas direta e concretamente através do alagamento de suas propriedades, casas, áreas produtivas e até cidades. Existem também os impactos indiretos como perdas de laços comunitários, separação de comunidades e famílias, destruição de igrejas, capelas e inundação de locais sagrados para comunidades indígenas e tradicionais. Ninguém sabe dizer, com precisão, quantas pessoas foram deslocadas até hoje por barragens. Fala-se que forma entre 40 e 80 milhões. (Maternatura) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 9. Fonte: http://www.maternatura.org.br/.../LeiaMais_Osimpactosambientaisesociais.pdf  O Conceito de Atingido  As empresas do setor elétrico sempre tentam restringir o conceito de atingido, para não ter que arcar com indenizações e reparações a todos que sofrem efeitos das obras. O I Encontro Nacional de Trabalhadores Atingidos por Barragens (abril de 1989) definiu como atingidos todos aqueles que sofrem modificações nas suas condições de vida como consequência da implantação das barragens, independentemente do local em que vivem ou trabalham. É assim que o movimento pensa: todo mundo que tenha sua vida afetada de alguma forma pela construção da barragem é um atingido. Ainda hoje a ampliação do conceito do atingido é objeto da luta política e social. (Maternatura, grifos nossos) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 10.  Em geral, as definições mais pueris encontradas em obras de administração e gestão de projetos confundem os termos shareholder (acionista, ou parte interessada no sentido stricto sensu) com stakeholder, contrariando o conceito definido no padrão ANSI/PMI 99-00102013.  Questão: O que é um stakeholder, buscando-se uma interpretação adequada desse termo do idioma inglês no contexto da realidade e do idioma português do Brasil?  Resposta: é um participante ativamente ou passivamente envolvido num projeto, o que significa que pode ser um participante voluntário ou involuntário, um participante que busca algum benefício ou que procura não ser prejudicado (atingido) por um projeto.  O conceito de stakeholder é sistêmico, pois ao alterarmos a relação com um participante poderemos afetar outras. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 11. Áreas de Conhecimento x Grupos de Processos Áreas Grupos de Processos Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento 1. Integração Desenvolver Carta de Projeto (Project Charter) Desenvolver Plano de Gestão de Projeto Dirigir e Gerenciar os Trabalhos do Projeto Monitorar e Controlar os Trabalhos Executar Controle Integrado de Mudanças Encerrar Fase ou Projeto 2. Escopo Planejar Gestão do Escopo Coletar Requisitos Definir Escopo Criar EAP Validar Escopo Controlar Escopo 3. Tempo Planejar Gestão do Cronograma Definir Atividades Sequenciar Atividades Estimar Recursos por Atividade Estimar Duração das Atividades Desenvolver Cronograma Controlar Cronograma Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 12. Áreas Grupos de Processos Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento 4. Custo Planejar Gestão de Custo Estimar Custos Determinar Orçamento Controlar Custos 5. Qualidade Planejar Gestão da Qualidade Executar Garantias de Qualidade Controlar Qualidade 6. Recursos Humanos Planejar Gestão de Recursos Humanos Adquirir Equipe de Projeto Desenvolver Equipe de Projeto Gerenciar Equipe de Projeto 7. Comunicações Planejar Gestão de Comunicações Gerenciar Comunicações Controlar Comunicações Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 13. Áreas Grupos de Processos Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento 8. Riscos Planejar Gestão de Riscos Identificar Riscos Executar Análise Qualitativa de Riscos Executar Análise Quantitativa de Riscos Planejar Respostas aos Riscos Controlar Riscos 9. Aquisições Planejar Gestão de Aquisições Conduzir Aquisições Controlar Aquisições Encerrar Aquisições 10. Participantes Identificar Participantes Planejar Gestão de Participantes Gerenciar Engajamento de Participantes Controlar Engajamento de Participantes Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 14. 1. Identificar os Participantes 2. Planejar a Gestão dos Participantes Processos de Gestão de Aquisições 3. Gerenciar o Engajamento dos Participantes 4. Controlar o Engajamento dos Participantes Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 15. 1. Identificar os Participantes: é o processo de se identificar pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou serem impactados por uma decisão, atividade ou resultado de um projeto, analisando-se e documentando-se as informações relevantes sobre seus interesses, envolvimentos, interdependências, influências e potenciais impactos no sucesso de projetos.  O benefício-chave desse processo é que ele propicia ao gerente de projeto identificar o foco (ou tratamento) mais adequado que deve ser dispensado a cada parte interessada ou grupo de participantes interessados. Fonte: http://it.toolbox.com/.../10-tips-for-presenting-to-project-stakeholders-39200 Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 16. Exemplo 1 - Erro de Premissa Comportamental: em 1848, o 1º Parlamento Alemão Unificado (Reichstag), na tentativa de unificar todos os principados alemães sob uma única Monarquia Constitucional nacional, ofereceu a coroa de 1º Imperador do novo Reich alemão a Frederico Guilherme IV, então Rei da Prússia; este, bastante contrariado, recusou a coroa de Imperador porque, para ele, um rei era ungido por Deus, na tradição das monarquias absolutistas da época, e não por um punhado de homens: Ele se via como um rei pela graça de Deus e recusava uma coroa “feita de bosta de gado e lama”, uma “coleira de cachorro com a qual eles querem me acorrentar à Revolução de 1848”. (Kitchen, Martin. A History of Modern Germany: 1800 to the Present. Wiley-Blackwell, 2012, p. 78) Evidências Históricas da Necessidade de Avaliação de Participantes de Projetos Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 17. Exemplo 2 – Sabotagem Interna nas Organizações: em geral, cada participante de um projeto pensa primeiro em como deverá se situar no projeto, quais vantagens deverá auferir com o projeto (ao longo dele e com o projeto instalado), quais os riscos para sua posição atual e o que fazer para reduzi-los; enfim, na natureza humana existe o fundamental princípio da autopreservação, que em projetos se apresenta como uma preocupação de cada participante como o que se denomina, no jargão psicológico da gestão de mudanças, como “zona de conforto”; cada ser humano, em qualquer situação (profissional ou doméstica), se preocupa, constantemente, com sua “zona de conforto”. A sabotagem interna, numa organização de projeto, pode ocorrer quando participantes percebem que sua atual “zona de conforto” é ameaçada; a sabotagem geralmente é sutil, velada, realizada com metodologia de boicote. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 18. Era difícil acreditar que aquele programa que tinha começado tão bem, com um orçamento aprovado de vários milhões de dólares e dezenas de pessoas alocadas com dedicação exclusiva, estava sendo paralisado poucos meses após o início. Não se tratava de um projeto qualquer. Era um grande e importante programa de transformação, com uma missão desafiadora: adequar a companhia para um futuro que acenava com fantásticas perspectivas de crescimento. Não era um programa decidido por impulso. Era fruto de muita discussão, muitas reuniões de trabalho. Todos estavam conscientes de sua importância e necessidade. Todos estavam cientes de que seu sucesso traria benefícios para todos e que seu fracasso abalaria a companhia. (...) Sabotagem (sabotage): contribuição secreta para o insucesso de um plano ou ação. Boicote (boycott): recusa à participação efetiva (corpo mole). Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 19. A deterioração não ocorreu de forma abrupta (...). Logo nos primeiros tempos, vários sinais indicavam que o programa não ia bem. Os mais evidentes vinham da nítida diferença entre o discurso público – o que era apresentado e discutido sobre o programa nas reuniões formais – e o discurso privado – o que se falava sobre o programa nos corredores, durante os cafezinhos, nas conversas informais. Outro forte sinal de problemas era a falta de envolvimento da direção da companhia. Eles entendiam ter feito sua parte por ter enviado os recursos humanos solicitados. (...) Até que em determinado dia ‘estourou’ a crise. Ela foi consequência de uma reunião em que ficou claro para toda a direção da companhia que havia uma grande distância entre as expectativas existentes e o que poderia ser efetivamente feito. Como resultado, alguns dias depois o diretor do programa foi demitido, os contratos com as consultorias foram cancelados e as atividades das equipes de trabalho paralisadas. Centenas de milhares de dólares e milhares de horas-homem de trabalho haviam sido desperdiçados. (Hehn, Herman F. Peopleware: como Trabalhar o Fator Humano nas Implementações de Sistemas Integrados de Informação (ERP). São Paulo: Gente, 1999, pp. 91-92) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 20. Exemplo 3 – Resistência por Motivação Psicológica (Perda de Autoestima por Frustração Anterior): Ao longo de anos de má administração pública, apesar das belezas naturais, nossa cidade foi perdendo o atrativo turístico. Para tentar reverter a situação, as pessoas que, como eu, tinham interesse no turismo (donos de hotéis e pousadas, restaurantes, lojas) começaram a se unir para discutir o problema comum e propor soluções. A integração evoluiu bem, com a participação de todos, até que chegou o dia em que nos reunimos para discutir os estatutos da associação que estava sendo criada. Era uma reunião com caráter de comemoração. (...) Logo no início da reunião, porém, um episódio mostrou que isso não era verdade. O dono do maior hotel da cidade, a pessoa que mais tinha a ganhar com o sucesso da associação, alguém que apesar de não ter participado da liderança do movimento se havia envolvido em ações menores por sua própria escolha, levantou-se e fez um discurso inflamado. (...) negou a validade do movimento (...) contou a história de um esforço semelhante que ele liderara na cidade, cerca de vinte anos atrás, e que acabara desse jeito. (Idem, pp. 100-101) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 21. Mecanismos Individuais de Resistência a Projetos nas Organizações (Hehn, 1999, pp. 94-95) # Comportamento Estereótipo (*) 1 Escondo as coisas boas que tenho para o sucesso do projeto (dados, informações, conhecimento) e blefo em relação àquilo que não tenho (geralmente, informações que provam que o que eles estão tentando implantar falhou em outros lugares). jogador de pôquer 2 Atenho-me às dificuldades; não existe projeto em que você não possa encontrar dificuldades com as quais as pessoas ainda não sabem como lidar. Isso vai gerando insegurança ou, no mínimo, toma tempo e adia a implantação. terrorista 3 Não exerço minha liderança, não me manifesto; no fundo, deixo claro para minha equipe que não estou engajado naquele esforço. alienado 4 Não considero as propostas impostas. Estabeleço meus próprios objetivos e trabalho neles em silêncio. conspirador Aula 15: Gestão de Partes Interessadas (*)PropostopeloProfessor
  • 22. # Comportamento Estereótipo 5 Centralizo a tomada de decisões de forma que nada ande sem a minha presença. E eu, sempre que possível, não estou presente. sabotador 6 Omito a verdade. Se não me perguntam, não falo nada. Procuro agir sempre de maneira dissimulada, para ninguém perceber que estou escondendo informações. 7 Quando explicam, finjo que não entendi, que o assunto não está claro, que não estão nos dando todas as informações. 8 Articulo nos bastidores, influencio negativamente as pessoas, gero desmotivação e descrença. 9 Falto aos compromissos, não estudo, não me preparo, não me interesso em conhecer o assunto. 10 Esqueço, fecho a cara, mostro-me irritado. Dessa forma as pessoas ficam com medo de falar comigo. rebelde autêntico Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 23. Iceberg de Significados e Emoções para Monitoramento na Gestão de Stakeholders http://www.nomensa.com/blog/2012/researching-meaning-making-sense-of-behaviour  “Acima da Linha d’Água”: ganhos x perdas materiais (emprego, remuneração, premiação)  “Abaixo da Linha d’Água”: ganhos x perdas emocionais (sentido de pertencimento, auto-estima, aceitação / rejeição, liberdade, poder, inveja, ciúme, ódio) (Hehn, 1999, p. 98) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 24. Entradas:  Termo de Abertura de Projeto  Documentos de Aquisições  Fatores do Ambiente Organizacional  Propriedades dos Processos Organizacionais Ferramentas e Técnicas:  Análise de Participantes  Avaliação de Especialistas  Reuniões 1. Identificar as Partes Interessadas Saídas:  Registro de Participantes  Ignorar que as partes interessadas, ativamente ou passivamente, podem comprometer os resultados de um projeto não é uma atitude inteligente; melhor será compreender a posição de cada participante e buscar um ponto de equilíbrio negociado entre os interesses em jogo. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 25.  A análise de partes interessadas é uma técnica sistemática de coleta e análise quantitativa e qualitativa de informações para determinar quais interesses devem ser levados em conta no projeto. Com essa técnica busca identificar-se interesses, expectativas e influências das partes interessadas e relacioná-las com os propósitos do projeto.  Ela também auxilia na identificação de relacionamentos das partes interessadas (com o projeto e com outras partes interessadas) que podem ser alavancadas para se construir coalizões e potenciais parcerias para aumentar as chances de sucesso do projeto, além da identificação de relacionamentos que precisam ser influenciados de modo diferente em diferentes estágios ou fases. (PMI, p. 395) Análise de Partes Interessadas Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 26. Matriz de Poder / Interesse das Partes Interessadas Manter Satisfeito Gerenciar de Perto Monitorar Manter Informado Interesse Poder Alto Baixo Baixo Alto Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 27. Entradas:  Plano de Gestão do Projeto  Registro dos Participantes  Fatores do Ambiente Organizacional  Propriedades dos Processos Organizacionais Ferramentas e Técnicas:  Avaliação de Especialistas  Reuniões  Técnicas Analíticas 2. Planejar a Gestão dos Participantes Saídas:  Plano de Gestão de Participantes  Atualização de Documentos de Projeto  Erros de avaliação sobre os participantes (voluntários ou involuntários) de um projeto são muito comuns (quando as avaliações são realizadas, pois geralmente não são). Os exemplos, como nos casos das obras de barragens de usinas hidrelétricas, ilustram bem como omissões (parciais ou não) podem custar caro para os governos e as sociedades; no caso das empresas, pode custar caro para os acionistas. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 28. Exemplo de Avaliação Equivocada da Importância de um Grupo de Participantes de um Projeto Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia/440483/telefonica-promete-200-mil-linhas-em-99 Caso da Privatização da TELESP: DIARIO - O deficit de linhas na região é pelo menos três vezes maior ... STAEL - Temos um deficit de 550 mil linhas no Grande ABC, mas esse número vem de um cadastro que pode não refletir a realidade. DIARIO - O que há de errado com o cadastro? STAEL - Em primeiro lugar, ele inclui somente os que têm intenção de possuir uma linha telefônica. Não há nessa lista clientes que tenham pago e não tenham recebido a linha. Como esse cadastro foi feito antes da privatização, em um momento em que telefone era visto como um investimento, sabemos que muitos deixaram de ter interesse pela linha. Há casos em que uma família inteira, com o mesmo endereço, solicita telefones, o que obviamente mostra que a intenção era negociar linhas. DIARIO - Mas o cadastro ainda vale ou haverá algum recadastramento? STAEL - Quem está na lista continua. Nãoo há mudanças para o cliente. Apenas acompanharemos o cadastro para observarmos se o deficit é mesmo de 550 mil linhas. É possível que, no final das contas, descubramos que esse número é menor. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 29. Qual foi o “Erro Miraculoso” ? ... não contar com os técnicos de campo, os únicos que detinham o conhecimento detalhado sobre o posicionamento das linhas de transmissão e seus componentes elétricos, pois o cadastro não era atualizado (havia um distanciamento histórico entre os técnicos de campo e a elite técnica de escritório). Fontes: http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/documentacao/cpi_telefonica_relatorio_final.htm e http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=000331067 CPI da Telefónica (1999) Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 30. Matriz de Avaliação do Engajamento das Partes Interessadas Partici- pante Comportamento Observado Alienado Resistente Neutro Apoiador Líder # 1 C D # 2 C D # 3 D C Observação: nas células da matriz, “C” indica o nível de engajamento corrente (atual) e “D” o nível de engajamento desejado da parte interessada (stakeholder), mostrando os objetivos a serem perseguidos pelo gerente de projeto no processo de gerenciamento dos participantes. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 31. Entradas:  Plano de Gestão de Participantes  Plano de Gestão de Comunicações  Registros de Mudanças  Propriedades de Processos Organizacionais Ferramentas e Técnicas:  Métodos de Comunicação  Habilidades Interpessoais  Habilidades Gerenciais Saídas:  Registro de Questões  Solicitações de Mudanças  Atualizações dos Documentos de Projeto  Atualizações nas Propriedades dos Processos Organizacionais 3. Gerenciar o Engajamento dos Participantes Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 32. Plano de Gestão de Comunicações Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 33. (...) a comunicação é utilizada para manipular e chancelar ideias e ideais não bem esclarecidos. Ou seja, a comunicação é uma sensível “arma” que pode ser trabalhada de acordo com as necessidades de alguns em detrimento de outros. Nas empresas essa lógica não é diferente. Uma comunicação oficial pode ser distorcida se má interpretada e culminar no efeito telefone sem fio. (...) 10 máximas da comunicação ditas por especialistas que já passaram aqui pelo Cultura. (Fonte: http://www.culturacolaborativa.com/10-maximas-para-ter-sucesso- na-comunicacao-corporativa/) 1 – A comunicação deixou os muros da empresa. 2 – A comunicação é uma só. Então, não faça a divisão entre comunicação interna e externa; crie uma análise de risco, pontos de vulnerabilidade e crie estratégias e posicionamentos internos e externos; planeje sua comunicação com antecedência, escute seu público. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 34. 3 – Comunicação interna ou endomarketing. Não há como falar de endomarketing ou de comunicação interna sem falar em algo que antecede esses dois: ouvir. Antes de desenvolver qualquer ação é imprescindível saber o que as pessoas tem a dizer e onde a empresa quer chegar. 4 – A comunicação deve estar integrada. Comunicação interna mais o endomarketing se sustentam em profissionalismo, portanto conduzida por profissionais qualificados, onde não há espaço para improvisação. 5 – Missão, visão, valores. 6 – Engajamento. É mais importante a empresa fazer o que comunica que comunicar aquilo que faz; não basta comunicar por meio da comunicação, pois o ambiente comunica, a atitude dos líderes comunica, as práticas de RH comunicam, a cultura comunica, a estratégia comunica, a gestão comunica. Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 35. 7 – Integração com trabalho remoto. Como um dos grandes benefícios de um ambiente de trabalho presencial é a integração, a união que esse convívio diário pode trazer (e com isso um aumento de produtividade), deve-se adotar ferramentas online para suprir essa necessidade de integração, no conceito de “redes sociais corporativas”. 8 – Ser inovador. A inovação é um elemento que hoje pode ser um diferencial, mas futuramente pode ser um requisito. 9 – Quer vender? Ouça! Lembre-se seus colaboradores são seus primeiros clientes: se eles não comprarem sua ideia, provavelmente ela tem problemas .... 10 – Produtividade. A produtividade não depende apenas da capacidade e empenho dos trabalhadores, mas também dos equipamentos disponíveis e das demais condições ambientais do trabalho (econômicas, sociotécnicas, políticas, etc). Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 36. Entradas:  Plano de Gestão do Projeto  Registro de Questões  Dados de Desempenho dos Trabalhos  Documentos de Projeto Ferramentas e Técnicas:  Sistemas de Gestão da Informação  Avaliação de Especialistas  Reuniões Saídas:  Informação de Desempenho de Trabalho  Solicitações de Mudanças  Atualizações no Plano de Gestão do Projeto  Atualizações em Documentos de Projeto  Atualizações em Propriedades de Processos Organizacionais 4. Controlar o Engajamento dos Participantes Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 37. A cultura é o buraco da agulha pelo qual devem passar as mudanças. Fonte: WESTMAN, Mi Sook Park. Does culture matter in competence management? Transforming barriers to enablers. Xlibris, 2012. Mensagem importante para os profissionais de gestão no Brasil: Aula 15: Gestão de Partes Interessadas
  • 38. Fim da Aula # 15 ! Aula 15: Gestão de Partes Interessadas