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Nutrição e Cirurgia
Nutrição e Cirurgia

•   Por que?
•   Para quem?
•   Quando?
•   Qual?
•   Como?
•   Nutrientes especiais
•   Evidências científicas
Nutrição e cirurgia

      Por que?
Incidência hospitalar de desnutrição
        Incidência hospitalar de desnutrição
                 protéico-calórica
                  protéico-calórica
Autor           país         paciente          % desnutr.

Waitzberg, 81   Brasil       gastro            28
Willard, 80     EUA          med geral         50
Bistrian, 74    EUA          cirurgia          50
Wilcutts, 78    EUA          cirurgia          65
Meguid, 85      EUA          cancer            44
Jensen, 82      Dinamarca    gastro            28
Hoof, 86        Holanda      cancer            74-80
Gassul, 86      Espanha      D. inflam. int.   85
Asplund, 81     Suécia       med geral         30
Warnold, 78     Suécia       cir vascular      37
Bastow, 83      Inglaterra   ortopedia         19
Efeitos da desnutrição
         Efeitos da desnutrição
• > infecção                • > mortalidade
• < cicatrização            • > morbidade
• < força tênsil de         • Hospitalização
  suturas                     prolongada
• Hipoproteinemia -         • Convalescência
  edema                       prolongada
• < motilidade intestinal   • Custos elevados
• Fraqueza muscular
                                       Schildt, 1981
Desnutrição Protéico Calórica Pós-operatória
Desnutrição Protéico Calórica Pós-operatória
                   Causas
                   Causas

  Ingestão Via Oral
  Catabolismo Nitrogenado
  Desnutrição Pré-operatória
  Complicações Pós-operatórias
  Morbi - Mortalidade Pós-operatória

             Mughal e Meguid - JPEN 11 : 140, 1987
             Dempsey et al - Am J Clin Nutr 47 : 352, 1988
TN e cirurgia

       Desnutrição e mortalidade
       Desnutrição e mortalidade

• Studley - 1935
          perda de peso X mortalidade
• Cirurgia por UPGD > 20% perda de peso
          Mortalidade = 33,3% X 3,5%
• Desnutrição - altera mecanismos imunológicos
Depleção protéica
               Depleção protéica
Saúde: 100% de nitrogênio protéico
     < massa muscular: estriada
           < proteína visceral: albumina, transf. transporte prot.
                 < resposta imune: linfócitos, leucócitos,
                 complementos, anticorpos, prot. de fase aguda
                        < cicatrização: resposta ao trauma
                              < função orgânica
Massa corpórea magra                 Adaptação reduzida


                        Morte: 70% do nitrogênio corpóreo
Desnutrição e função cardíaca
  Desnutrição e função cardíaca

• Bradicardia
• Hipotensão
• Débito cardíaco
• Volume sistólico
• Pressão venosa
• Consumo de O2
                      Sheldon e col.
Desnutrição e função respiratória
Desnutrição e função respiratória

• Força inspiratória
• Capacidade vital
• Capacidade resudual funcional
• Oxigenação

                        Deitel e col., 1983
Sítios de                            Bile
absorção            estômago         Enzimas
                                     pancreáticas

  Cálcio
  ferro                        Gorduras
  monossacárides               vitaminas lipossolúveis
  vitaminas                    proteínas
   hidrossolúveis              água
  eletrólitos                  magnésio

  vitamina B12                 sais biliares
                                      Água
                                      eletrólitos
                     cólon            ácidos graxos de
                                      cadeia curta
Gastrectomia BII

• Perda da função absortiva duodenal
     Cálcio, ácido fólico, ferro
     Fator intrínseco / B12
Anemia microcítica
Anemia megaloblástica
Osteopenia / osteoporose
Por que?
• A desnutrição aumenta a morbi-mortalidade pós-
  operatória

• Procedimentos cirúrgicos podem proporcionar
  desnutrição global ou específica

• A prevenção, reconhecimento e tratamento da
  desnutrição podem prevenir complicações no pós-
  operatório imediato ou tardio
Nutrição e cirurgia

     Para quem?
Terapia Nutricional Pré-operatória
Terapia Nutricional Pré-operatória
            Hipótese
             Hipótese

 A prevenção ou a correção de desnutrição pré-
 operatória seria capaz de reduzir a frequencia
 das complicações e a mortalidade pós-
 operatória em pacientes não selecionados
Terapia Nutricional em Cirurgia
    Terapia Nutricional em Cirurgia
       SIM
        SIM       ou
                  ou     NÃO ?
                         NÃO ?

Long, 1976       Balanço Nitrogenado   Jeevanandam, 1990
Church, 1978     Proteínas Viscerais

Pertilla, 1988   Massa Magra           Moller - Loswich,1991
                 Defesa Imunitária
É possível predizer a deiscência abdominal pós-
                   operatória?
              Cöl et al - Tokai J Exp Clin Med 23:123, 1998

• 40 pac c/ deiscência abdominal X 40 controle
• Fatores significantes: Hipoproteinemia, náuseas,
  vômitos, febre, infecção da cicatriz, distensão
  abdominal, material de sutura, 2 ou + drenos
  abdominais, experiência do cirurgião
• Fatores não significantes: cir. Emergência,
  icterícia, ostomia, NPT, ascite, morbidade
  pulmonar, doença coexistente, anemia,
  leucocitose, tipo de incisão
Nutrição no pré-operatório.
 Qual a melhor escolha?

    Tempo disponível
            X
 Gravidade da desnutrição
            X
Impacto Cirúrgico Previsto
Nutrição no pré-operatório.
   - disponibilidades -

    Recursos Econômicos
             X
     Recursos Humanos
             X
     Recursos Materiais
             X
     Leitos Hospitalares
Nutrição no pré-operatório.
   Qual a melhor escolha?

 Permanecer mais no hospital antes
              para
Permanecer menos no hospital depois


      Identificar a desnutrição
Obstáculos para nutrição
          no pré-operatório
• Dietas orais – OBSTÁCULOS
   Anorexia grave
   Náuseas e vômitos
   Refluxo Acentuado
   Aspiração
   Paciente acamado
   Paciente Hospitalizado
NPT Pós-operatória
        NPT Pós-operatória
Estudos Randomizados, Controlados
Estudos Randomizados, Controlados
Autores     Woolfson        Sandstrom           Brennan
Ref         Clin Nutr       Ann Surg            Ann Surg
            8 : 15, 1989    217 : 185, 1993     220: 436, 1994
Tipo        TPN x C         TPN x VO            TPN x VO
Pacientes   122             300                 117
Cirurgia    Dig, Cistect,   Dig, Vasc, Cistec   Duodeno Panc.
            Torácica
Dias SN     6               15                  12
Cal / d     35 kcal / kg    120% GER            30 - 35 kcal / kg
Lípides     200 g / d                           30% do VCT
Grupo C                     SG 10%              SG 5%
Resultado   Sem Benefício   Sem Benefício       Sem Benefício
            Nutricional e   Clinico             Clinico
            Clinico         Aum. Risco          Aum. Risco
                            Séptico             Séptico
TN Pós-op. em Desnutridos Graves
 TN Pós-op. em Desnutridos Graves
  Estudos Randomizados e Controlados
  Estudos Randomizados e Controlados
Autores     Bastow et al               Reilly et al
Ref         BR Med J 287 : 1589,1983   JPEN 14 : 386 - , 1990
Tipo        NE x VO                    NPT x C x NPT AAR
Pacientes   122 F                      28
Cirurgia    Fraturas de Femur          Tx figado
Dias SN     14 - 28                    7
Cal         + 1000 kcal                35 kcal / kg
G.C.        VO                         SG 5%
Resultado       Dias de Hosp               Dias de UTI
                (29 x 38)                  (3,7 x 6)
I
 Terapia Nutricional (TN) Pré-operatória
 Terapia Nutricional (TN) Pré-operatória
                  Para quem?
                  Para quem?

• Desnutrição Grave - NRI < 83,5 (Buzby)
  NRI = 1,519 x (albuminemia) + 0,417 X x 100

Indicação
• Desnutridos graves a sofrerem intervenção cirúrgica
  de grande porte



                           Nutr. Clin. Metabol. 1995
II
       TN Pós-operatória
       TN Pós-operatória
         Para quem?
          Para quem?
TN pós-operatória está justificada em
pacientes não desnutridos, sem ingestão
VO por mais de 8 dias
III
          TN Pós-operatória
          TN Pós-operatória
            Para quem?
             Para quem?

Em pacientes não desnutridos a NPT pós-
 op não    apresenta vantagens     clinicas
 frente a reposição glico hidroeletrolítica
 convencional
I
        TN Pós-operatória
        TN Pós-operatória
          Para quem?
           Para quem?
Existe benefício nutricional e clinico
para pacientes desnutridos graves.
Nos pacientes desnutridos moderados o
benefício de NPT pós-op. se dilui face ao
aumento    do   risco   de   complicações
infecciosas.
Nutrição e cirurgia

      Quando?
Terapia Nutricional Pós-operatória
              Objetivos
• Precoce - Evitar complicações imediatas
  relativas ao procedimento

• Tardia - Prevenir e tratar complicações
  tardias referentes ao procedimento
Retorno da atividade mioentérica
         após cirurgia


                                        24 h




4-8h
                                          3 - 5 dias


                  Waldhausen et al - 211:777-85, 1990
TN no pós operatório


                   Kles et al - JPEN
                   25:246-53, 2001




                   Estabilidade
                   Hemodinâmica
O momento do início da TN modifica a
            evolução?
• NE precoce relaciona-se com < resposta
  catabólica e > força da cicatriz
• Não há estudos que demonstrem a eficácia
  da NE precoce no paciente cirúrgico eletivo
• Em trauma há indicação da NE precoce

           Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
NE precoce pós-operatória
• Randomizado, prospectivo - 1 ano - 65 pac
• Peritonite e perfuração não traumática
• Após LE: 1 (43)- Jejunostomia e NE (12h)
                    2 (22)- Sem jejunostomia e NE
Grupo        Bal. Nitrogenado         Comp sépticas
1                   +                       8
2                   -                       22
                         Singh et al - J Am Coll Surg 187:142, 1998
Jejunostomia profilática
• Retrospectivo - 3 anos
• 92 pacientes           terapêutica (1)
  Jejunostomia           profilática (2)
Grupo 2- Objetivos atingidos em apenas 39%

           complicações 41 X 26%

                    Zapas et al - Surgery 124:715, 1998
NE por jejunostomia pós-operatória

• 78 pacientes - 7 anos - retrospectivo
• jejunostomia em esofagectomia por CA
• Início médio da NE: 10 dias
• Mortalidade relacionada a:
Jejunostomia: 3,8%
Nutrição enteral: 8,9%
             Gabriel et al - Crit Care Med 25:641, 1997
II

  A TN pode modificar a evolução clínica?

• NPT: 26 estudos randomizados - 2211 pac
• Sem efeito na mortalidade
• Redução de complicações? - desnutridos
• NE: No paciente crítico e pós-operatório
• Precoce: melhor cicatrização e evolução
• > permeabilidade intestinal
• Reduz complicações e tempo de internação
             Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
NE precoce

•   1007 pac. - 8 hospitais - Cir. Intestinal -
•   183 - terapia nutricional
•   Precoce (48h)
       Internação: 11,9 X 14,8 dias
       Custos: $ 34.602 X 38.578

Neumayer e col. J Surg Res 95:73, 2001
NE precoce X NPT
• Prospectivo, randomizado - 257 pac c/ cancer
• NPT (131), NE precoce (126) - 25 kcal/kg/dia
                                     NEP         NPT
alvo nutricional %                   79,3        97,7
hiperglicemia %                      4,7         9,1
alt eletrólitos %                    3,9         13,7
complicações %                       40,4        35,7
infecção                             =           =
tempo hospital                       =           =
custo $/dia                          25          90,6
Braga e col. - Crit Care Med 29:446, 2001
NE precoce (n-3)

• Prospectivo, duplo cego, randomizado
• 20 pacientes - 7 dias - CA gastroint.
• NE precoce pós-op. com n-3 e TCM

            produção de eicosanóides
            por células mononucleares
            (PGE2 e 6-ceto PGF-1α)
                            Swails et al - JPEN 21:266, 1997
NE Precoce
•   Randomizado, prospectivo, controlado
•   26 pacientes - ressecção hepática
•   1- NE precoce
•   2- NPT
•   Grupo 1          Atividade cels NK
                     Número de linfócitos
                     Compl. Infecciosas (8 X 13%)
                     Shirabe et al - Hepatogastroenterology44:205, 1997
NE precoce no SUS
• Estudo pareado NE precoce (72 h)X tardia
• 64 pac críticos - hosp. do SUS
• 25 kcal/kg
                                NEP       NET
tempo internação (d)            13,75     23,85
reembolso (R$)

Cukier e col. - 2001
Nutrição e cirurgia

      Como?
Nutrição no pré-operatório.
          Vias de acesso

Dietas por sondas e estomias.
Qual a via deve ser a escolhida?
Alternativas : SNE
               Faringostomia
               Gastrostomia
               Jejunostomia
V

   Qual a melhor via para a NE?

• Pós pilórica não modifica aspiração
• Jejuno reservado à intolerância gástrica
• Gástrica ou jejunal são bem aceitas
• Dieta contínua é melhor tolerada


                    Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
III

Diferenças entre NE e NPT na infecção

• NE: manutenção da integridade da mucosa
  intestinal e pulmonar, < translocação, > sobrevida
  a peritonite e choque
• < custo, < tempo de internação, > cicatrização
• < mortalidade séptica após trauma ou pancreatite
                   Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
NE x NPT

        Vantagens e desvantagens
• Revisão
                       NE          NPT
custo                  -           +
segurança              =           =
complicações
sépticas               -           +
translocação           ?           ?
Lipman TO - JPEN 22:167-82, 1998
TN no pós-operatório
           TN no pós-operatório
• TN:       complicações: 20,7%
            óbitos: 32,4%
• Oral X NPT: melhor BN e ganho de peso
  < tempo de hospitalização, cicatrização e complicações
• Oral X NE:
• < tempo de hospitalização e infecção pós-operatória
• NE X NPT: Resultados similares
• Complicações relacionadas à NPT: 6,7%
                                            Detsky et al - 1987
TN e cirurgia

                    NPT em cirurgia
                    NPT em cirurgia
Autor/ano N diagnóstico      NPT Morbidade(%) Mortalidade(%)
          %                  dias C   NPT      C      NPT

Bellantone   100   UPGD      7    35   30        4    2
1988         33
Meguid       66    CaGI      6-12 56   31        0    3
1988         100
Fan          40    Ca esof   14   75   85        30   30
1989         78
VA study     395   UPGD +    7-15 24   25        10   13
1991         100   tórax          43   5
Análise critica da Metodologia dos
   Análise critica da Metodologia dos
     Estudos de NPT em cirurgia
     Estudos de NPT em cirurgia
• Intervenção Cirúrgica não≠
                           referida
• Extensão da patologia primária (câncer)
• Ato operatório : duração, experiência, transfusão
• Antibiotícoterapia
• Complicações - definição
• Desnutrição - critérios de definição
• Composição da NPT
TN e cirurgia

          NPT: Desvantagens
          NPT: Desvantagens
• Risco inerente à técnica de NPT
     Complicações com cateter?
     Complicações metabólicas

• Custo - benefício ?                 $


                                     LIXO
II
          Nutrição Artificial
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      Consenso Cirurgia do Adulto
      Consenso Cirurgia do Adulto
               Nutr. Clin. Metabol. 1995
Formulação
  N.C.          25 - 30 cal/kg
                glícides - 50%
                lípides 30%
                proteínas 15 – 20%
                Cal/N = 120 – 150:1
  Vitaminas     Todas + A, B1, B6, B9, C, E
  Minerais      Todos + Zn, Se

  Duração - Não inferior a 7 dias no pré-op.
  Tipo - se não for possível NE                NPT
TN e cirurgia

    Terapia Nutricional Pré-Op
    Terapia Nutricional Pré-Op
• TN no pré-operatório (dias)
• 2 a 3: sem modificação prognóstica
• 5 a 7: reduz complicações
• 7 a 10: < morbidade e mortalidade
• NPT no pós-operatório:
                 < tempo de internação
• Desnutrição severa + cirurgia de grande
  porte por 7 a 10 dias no pré-operatório
Nutrição e cirurgia

  Nutrientes especiais
VI
A formulação da NE modifica a morbi-
            mortalidade?
• Sem benefícios na redução de infecção, tempo
  de hospitalização e mortalidade
• Imunonutrição não deve ser utilizada de rotina


               Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
Reposição Vitamínica
           Reposição Vitamínica
                   VIA ORAL/ENTERAL           VIA PARENTERAL

           CRIANÇAS       ADULTOS     CRIANÇAS      ADULTOS
A (UI)     1300-1600      2300-3300   2000-2500       3300
D (UI)      300-400        200-400        250          200
E (mg)         3-7          8-10       1,67-4,7        6,7
K (mg)         5-30         45-80          20          35
B1 (mg)      0,7-1,0       1,3-1,5      1,2-3,0        3,0
B2 (mg)      0,8-1,3       1,2-1,8      1,4-3,6        3,6
B3 (mg)        9-13         15-20        8-150         150
B5 (mg)        3-7           4-7          5-15         15
B6 (mg)       1-1,4        1,7-2,2        1-4           4
B7 (mg)       20-30        30-100        20-60         60
B9 (mg)      50-150        150-400     140-400         400
B12 (mg)     0,7-1,4       2,0-2,2        1-5           5
C (mg)        40-45         50-60       80-100         100
TTR
               Transtiretina
Retinol RBP   (pré-albumina)
Colágeno tipo IV – Tecido epitelial de revestimento




Corte de intestino grosso corado por Goldner
As fibras colágenas da submucosa estão em verde
http://www.ufrgs.br
GLUTAMINA
               Funções Metabólicas
Substrato primordial
                                                Crescimento
•Células endoteliais           Pool AA
                                                Diferenciação
•Enterócitos
•Túbulos renais                                 Biossíntese nucleotídeo
                            GLUTAMINA           Amônia
Metabolismo                                     Transporte N e C
energético

Integridade
Intestinal
                       Sintese protéica e glicogênio
NPT e Glutamina
• Prospectivo, duplo cego, controlado, randomizado
• 28 pacientes - cir abdominal eletiva
• NPT (5 dias) - 1- 1,5 g Prot
   29 kcal / kg          2- 1,2 g Prot + 0,3 g GLN
2:           Bal. Nitrogenado
             Linfócitos
             Geração de cisteinil-leucotrienos (PMN)
             Tempo de internação (6,2 dias)
                               Morlion et al - Ann Surg 227:302, 1998
Glutamina
                Metanálise
• 550 estudos - 1985 a 2000 (14
  randomizados)
• Indicações: Pac graves, falência
  gastrointestinal, GLN > 0,2 g/kg, 6 dias, IV
• Pac cirúrgicos: < infecção, < internação
• Pac críticos: < complicação, < mortalidade

Novak et al: Crit Care Med 30:2022, 2002
W-3
                      AG E RESPOSTA IMUNE
                             metabolismo
Suchner et al                                    hipermetabolismo
                             sem estresse
Curr. Op.
Gastroenterol         Defic AG               AG disponíveis
11:151, 1995
                                                                                 eicosanóides
                                                                                      N-6
                                            EICOSANÓIDES                              N-3




                                                                Resposta inflamatória
     Defesa celular




                                                                sistêmica
Quando a nutrição deve começar
  com dieta imunomoduladora



• Se possível, antes da lesão - pré-operatório
  de pacientes desnutridos, por 7 a 10 dias
Dieta imunomoduladora

• 11 estudos controlados, randomizados, prospectivos
• 1009 pacientes - CA gastrointestinal e doença crítica
• Uso de dieta imunomoduladora
           Complicações infecciosas
           Tempo de hospitalização
     =     Pneumonia e mortalidade
                           Heys et al - Ann Surg 229:467, 1999
NE e imunomodulação
•   166 pacientes - CA gástrico ou pancreático
•   1- Fórmula enteral (55)
•   2- Enteral + ARG + n-3 + RNA (55)
•   3- NPT (56)
• isocal, isoN, 25 kcal/kg/dia - após 12 horas
Grupo 2:     infecção
             internação no subgrupo desnutrido
             complicações sépticas no grupo transfundido
Grupo3:      complicações sépticas
                             Braga et al. - Crit Care Med 26:24, 1998
Evidências científicas – A/B
• Jejum pré-op desnecessário: Em risco aspirativo
  2h de jejum para líquidos e 6 para sólidos
• Carboidratos 2 antes da cirurgia (B)
• TN em desnutridos por 10 dias
• Realimentação precoce
• NE em: câncer de cabeça e pescoço (CP), trauma
  grave, desnutrição (início precoce)
• Jejunostomia distal `a anastomose (B)
• Imunonutrição: cancer de CP, GI alta, trauma
BIOÉTICA - DIGNIDADE

“A dignidade da condição humana exige,
tudo tentar para erradicar as doenças,
lutar contra as fatalidades naturais,
a infelicidade, o sofrimento, a miséria e
as injustiças”


                           Daniel Cohen
                           Les Genes de l’espoir, 1993

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Nutrição cirúrgica

  • 2. Nutrição e Cirurgia • Por que? • Para quem? • Quando? • Qual? • Como? • Nutrientes especiais • Evidências científicas
  • 4. Incidência hospitalar de desnutrição Incidência hospitalar de desnutrição protéico-calórica protéico-calórica Autor país paciente % desnutr. Waitzberg, 81 Brasil gastro 28 Willard, 80 EUA med geral 50 Bistrian, 74 EUA cirurgia 50 Wilcutts, 78 EUA cirurgia 65 Meguid, 85 EUA cancer 44 Jensen, 82 Dinamarca gastro 28 Hoof, 86 Holanda cancer 74-80 Gassul, 86 Espanha D. inflam. int. 85 Asplund, 81 Suécia med geral 30 Warnold, 78 Suécia cir vascular 37 Bastow, 83 Inglaterra ortopedia 19
  • 5. Efeitos da desnutrição Efeitos da desnutrição • > infecção • > mortalidade • < cicatrização • > morbidade • < força tênsil de • Hospitalização suturas prolongada • Hipoproteinemia - • Convalescência edema prolongada • < motilidade intestinal • Custos elevados • Fraqueza muscular Schildt, 1981
  • 6. Desnutrição Protéico Calórica Pós-operatória Desnutrição Protéico Calórica Pós-operatória Causas Causas Ingestão Via Oral Catabolismo Nitrogenado Desnutrição Pré-operatória Complicações Pós-operatórias Morbi - Mortalidade Pós-operatória Mughal e Meguid - JPEN 11 : 140, 1987 Dempsey et al - Am J Clin Nutr 47 : 352, 1988
  • 7. TN e cirurgia Desnutrição e mortalidade Desnutrição e mortalidade • Studley - 1935 perda de peso X mortalidade • Cirurgia por UPGD > 20% perda de peso Mortalidade = 33,3% X 3,5% • Desnutrição - altera mecanismos imunológicos
  • 8. Depleção protéica Depleção protéica Saúde: 100% de nitrogênio protéico < massa muscular: estriada < proteína visceral: albumina, transf. transporte prot. < resposta imune: linfócitos, leucócitos, complementos, anticorpos, prot. de fase aguda < cicatrização: resposta ao trauma < função orgânica Massa corpórea magra Adaptação reduzida Morte: 70% do nitrogênio corpóreo
  • 9.
  • 10. Desnutrição e função cardíaca Desnutrição e função cardíaca • Bradicardia • Hipotensão • Débito cardíaco • Volume sistólico • Pressão venosa • Consumo de O2 Sheldon e col.
  • 11. Desnutrição e função respiratória Desnutrição e função respiratória • Força inspiratória • Capacidade vital • Capacidade resudual funcional • Oxigenação Deitel e col., 1983
  • 12. Sítios de Bile absorção estômago Enzimas pancreáticas Cálcio ferro Gorduras monossacárides vitaminas lipossolúveis vitaminas proteínas hidrossolúveis água eletrólitos magnésio vitamina B12 sais biliares Água eletrólitos cólon ácidos graxos de cadeia curta
  • 13.
  • 14.
  • 15. Gastrectomia BII • Perda da função absortiva duodenal Cálcio, ácido fólico, ferro Fator intrínseco / B12 Anemia microcítica Anemia megaloblástica Osteopenia / osteoporose
  • 16. Por que? • A desnutrição aumenta a morbi-mortalidade pós- operatória • Procedimentos cirúrgicos podem proporcionar desnutrição global ou específica • A prevenção, reconhecimento e tratamento da desnutrição podem prevenir complicações no pós- operatório imediato ou tardio
  • 17. Nutrição e cirurgia Para quem?
  • 18. Terapia Nutricional Pré-operatória Terapia Nutricional Pré-operatória Hipótese Hipótese A prevenção ou a correção de desnutrição pré- operatória seria capaz de reduzir a frequencia das complicações e a mortalidade pós- operatória em pacientes não selecionados
  • 19. Terapia Nutricional em Cirurgia Terapia Nutricional em Cirurgia SIM SIM ou ou NÃO ? NÃO ? Long, 1976 Balanço Nitrogenado Jeevanandam, 1990 Church, 1978 Proteínas Viscerais Pertilla, 1988 Massa Magra Moller - Loswich,1991 Defesa Imunitária
  • 20. É possível predizer a deiscência abdominal pós- operatória? Cöl et al - Tokai J Exp Clin Med 23:123, 1998 • 40 pac c/ deiscência abdominal X 40 controle • Fatores significantes: Hipoproteinemia, náuseas, vômitos, febre, infecção da cicatriz, distensão abdominal, material de sutura, 2 ou + drenos abdominais, experiência do cirurgião • Fatores não significantes: cir. Emergência, icterícia, ostomia, NPT, ascite, morbidade pulmonar, doença coexistente, anemia, leucocitose, tipo de incisão
  • 21. Nutrição no pré-operatório. Qual a melhor escolha? Tempo disponível X Gravidade da desnutrição X Impacto Cirúrgico Previsto
  • 22. Nutrição no pré-operatório. - disponibilidades - Recursos Econômicos X Recursos Humanos X Recursos Materiais X Leitos Hospitalares
  • 23. Nutrição no pré-operatório. Qual a melhor escolha? Permanecer mais no hospital antes para Permanecer menos no hospital depois Identificar a desnutrição
  • 24. Obstáculos para nutrição no pré-operatório • Dietas orais – OBSTÁCULOS Anorexia grave Náuseas e vômitos Refluxo Acentuado Aspiração Paciente acamado Paciente Hospitalizado
  • 25. NPT Pós-operatória NPT Pós-operatória Estudos Randomizados, Controlados Estudos Randomizados, Controlados Autores Woolfson Sandstrom Brennan Ref Clin Nutr Ann Surg Ann Surg 8 : 15, 1989 217 : 185, 1993 220: 436, 1994 Tipo TPN x C TPN x VO TPN x VO Pacientes 122 300 117 Cirurgia Dig, Cistect, Dig, Vasc, Cistec Duodeno Panc. Torácica Dias SN 6 15 12 Cal / d 35 kcal / kg 120% GER 30 - 35 kcal / kg Lípides 200 g / d 30% do VCT Grupo C SG 10% SG 5% Resultado Sem Benefício Sem Benefício Sem Benefício Nutricional e Clinico Clinico Clinico Aum. Risco Aum. Risco Séptico Séptico
  • 26. TN Pós-op. em Desnutridos Graves TN Pós-op. em Desnutridos Graves Estudos Randomizados e Controlados Estudos Randomizados e Controlados Autores Bastow et al Reilly et al Ref BR Med J 287 : 1589,1983 JPEN 14 : 386 - , 1990 Tipo NE x VO NPT x C x NPT AAR Pacientes 122 F 28 Cirurgia Fraturas de Femur Tx figado Dias SN 14 - 28 7 Cal + 1000 kcal 35 kcal / kg G.C. VO SG 5% Resultado Dias de Hosp Dias de UTI (29 x 38) (3,7 x 6)
  • 27. I Terapia Nutricional (TN) Pré-operatória Terapia Nutricional (TN) Pré-operatória Para quem? Para quem? • Desnutrição Grave - NRI < 83,5 (Buzby) NRI = 1,519 x (albuminemia) + 0,417 X x 100 Indicação • Desnutridos graves a sofrerem intervenção cirúrgica de grande porte Nutr. Clin. Metabol. 1995
  • 28. II TN Pós-operatória TN Pós-operatória Para quem? Para quem? TN pós-operatória está justificada em pacientes não desnutridos, sem ingestão VO por mais de 8 dias
  • 29. III TN Pós-operatória TN Pós-operatória Para quem? Para quem? Em pacientes não desnutridos a NPT pós- op não apresenta vantagens clinicas frente a reposição glico hidroeletrolítica convencional
  • 30. I TN Pós-operatória TN Pós-operatória Para quem? Para quem? Existe benefício nutricional e clinico para pacientes desnutridos graves. Nos pacientes desnutridos moderados o benefício de NPT pós-op. se dilui face ao aumento do risco de complicações infecciosas.
  • 32. Terapia Nutricional Pós-operatória Objetivos • Precoce - Evitar complicações imediatas relativas ao procedimento • Tardia - Prevenir e tratar complicações tardias referentes ao procedimento
  • 33. Retorno da atividade mioentérica após cirurgia 24 h 4-8h 3 - 5 dias Waldhausen et al - 211:777-85, 1990
  • 34. TN no pós operatório Kles et al - JPEN 25:246-53, 2001 Estabilidade Hemodinâmica
  • 35. O momento do início da TN modifica a evolução? • NE precoce relaciona-se com < resposta catabólica e > força da cicatriz • Não há estudos que demonstrem a eficácia da NE precoce no paciente cirúrgico eletivo • Em trauma há indicação da NE precoce Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
  • 36. NE precoce pós-operatória • Randomizado, prospectivo - 1 ano - 65 pac • Peritonite e perfuração não traumática • Após LE: 1 (43)- Jejunostomia e NE (12h) 2 (22)- Sem jejunostomia e NE Grupo Bal. Nitrogenado Comp sépticas 1 + 8 2 - 22 Singh et al - J Am Coll Surg 187:142, 1998
  • 37. Jejunostomia profilática • Retrospectivo - 3 anos • 92 pacientes terapêutica (1) Jejunostomia profilática (2) Grupo 2- Objetivos atingidos em apenas 39% complicações 41 X 26% Zapas et al - Surgery 124:715, 1998
  • 38. NE por jejunostomia pós-operatória • 78 pacientes - 7 anos - retrospectivo • jejunostomia em esofagectomia por CA • Início médio da NE: 10 dias • Mortalidade relacionada a: Jejunostomia: 3,8% Nutrição enteral: 8,9% Gabriel et al - Crit Care Med 25:641, 1997
  • 39. II A TN pode modificar a evolução clínica? • NPT: 26 estudos randomizados - 2211 pac • Sem efeito na mortalidade • Redução de complicações? - desnutridos • NE: No paciente crítico e pós-operatório • Precoce: melhor cicatrização e evolução • > permeabilidade intestinal • Reduz complicações e tempo de internação Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
  • 40. NE precoce • 1007 pac. - 8 hospitais - Cir. Intestinal - • 183 - terapia nutricional • Precoce (48h) Internação: 11,9 X 14,8 dias Custos: $ 34.602 X 38.578 Neumayer e col. J Surg Res 95:73, 2001
  • 41. NE precoce X NPT • Prospectivo, randomizado - 257 pac c/ cancer • NPT (131), NE precoce (126) - 25 kcal/kg/dia NEP NPT alvo nutricional % 79,3 97,7 hiperglicemia % 4,7 9,1 alt eletrólitos % 3,9 13,7 complicações % 40,4 35,7 infecção = = tempo hospital = = custo $/dia 25 90,6 Braga e col. - Crit Care Med 29:446, 2001
  • 42. NE precoce (n-3) • Prospectivo, duplo cego, randomizado • 20 pacientes - 7 dias - CA gastroint. • NE precoce pós-op. com n-3 e TCM produção de eicosanóides por células mononucleares (PGE2 e 6-ceto PGF-1α) Swails et al - JPEN 21:266, 1997
  • 43. NE Precoce • Randomizado, prospectivo, controlado • 26 pacientes - ressecção hepática • 1- NE precoce • 2- NPT • Grupo 1 Atividade cels NK Número de linfócitos Compl. Infecciosas (8 X 13%) Shirabe et al - Hepatogastroenterology44:205, 1997
  • 44. NE precoce no SUS • Estudo pareado NE precoce (72 h)X tardia • 64 pac críticos - hosp. do SUS • 25 kcal/kg NEP NET tempo internação (d) 13,75 23,85 reembolso (R$) Cukier e col. - 2001
  • 46. Nutrição no pré-operatório. Vias de acesso Dietas por sondas e estomias. Qual a via deve ser a escolhida? Alternativas : SNE Faringostomia Gastrostomia Jejunostomia
  • 47. V Qual a melhor via para a NE? • Pós pilórica não modifica aspiração • Jejuno reservado à intolerância gástrica • Gástrica ou jejunal são bem aceitas • Dieta contínua é melhor tolerada Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
  • 48. III Diferenças entre NE e NPT na infecção • NE: manutenção da integridade da mucosa intestinal e pulmonar, < translocação, > sobrevida a peritonite e choque • < custo, < tempo de internação, > cicatrização • < mortalidade séptica após trauma ou pancreatite Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
  • 49. NE x NPT Vantagens e desvantagens • Revisão NE NPT custo - + segurança = = complicações sépticas - + translocação ? ? Lipman TO - JPEN 22:167-82, 1998
  • 50. TN no pós-operatório TN no pós-operatório • TN: complicações: 20,7% óbitos: 32,4% • Oral X NPT: melhor BN e ganho de peso < tempo de hospitalização, cicatrização e complicações • Oral X NE: • < tempo de hospitalização e infecção pós-operatória • NE X NPT: Resultados similares • Complicações relacionadas à NPT: 6,7% Detsky et al - 1987
  • 51. TN e cirurgia NPT em cirurgia NPT em cirurgia Autor/ano N diagnóstico NPT Morbidade(%) Mortalidade(%) % dias C NPT C NPT Bellantone 100 UPGD 7 35 30 4 2 1988 33 Meguid 66 CaGI 6-12 56 31 0 3 1988 100 Fan 40 Ca esof 14 75 85 30 30 1989 78 VA study 395 UPGD + 7-15 24 25 10 13 1991 100 tórax 43 5
  • 52. Análise critica da Metodologia dos Análise critica da Metodologia dos Estudos de NPT em cirurgia Estudos de NPT em cirurgia • Intervenção Cirúrgica não≠ referida • Extensão da patologia primária (câncer) • Ato operatório : duração, experiência, transfusão • Antibiotícoterapia • Complicações - definição • Desnutrição - critérios de definição • Composição da NPT
  • 53. TN e cirurgia NPT: Desvantagens NPT: Desvantagens • Risco inerente à técnica de NPT Complicações com cateter? Complicações metabólicas • Custo - benefício ? $ LIXO
  • 54. II Nutrição Artificial Nutrição Artificial Consenso Cirurgia do Adulto Consenso Cirurgia do Adulto Nutr. Clin. Metabol. 1995 Formulação N.C. 25 - 30 cal/kg glícides - 50% lípides 30% proteínas 15 – 20% Cal/N = 120 – 150:1 Vitaminas Todas + A, B1, B6, B9, C, E Minerais Todos + Zn, Se Duração - Não inferior a 7 dias no pré-op. Tipo - se não for possível NE NPT
  • 55. TN e cirurgia Terapia Nutricional Pré-Op Terapia Nutricional Pré-Op • TN no pré-operatório (dias) • 2 a 3: sem modificação prognóstica • 5 a 7: reduz complicações • 7 a 10: < morbidade e mortalidade • NPT no pós-operatório: < tempo de internação • Desnutrição severa + cirurgia de grande porte por 7 a 10 dias no pré-operatório
  • 56. Nutrição e cirurgia Nutrientes especiais
  • 57. VI A formulação da NE modifica a morbi- mortalidade? • Sem benefícios na redução de infecção, tempo de hospitalização e mortalidade • Imunonutrição não deve ser utilizada de rotina Heyland DK - Rev Bras Nutr Clin 14:95, 1999
  • 58. Reposição Vitamínica Reposição Vitamínica VIA ORAL/ENTERAL VIA PARENTERAL CRIANÇAS ADULTOS CRIANÇAS ADULTOS A (UI) 1300-1600 2300-3300 2000-2500 3300 D (UI) 300-400 200-400 250 200 E (mg) 3-7 8-10 1,67-4,7 6,7 K (mg) 5-30 45-80 20 35 B1 (mg) 0,7-1,0 1,3-1,5 1,2-3,0 3,0 B2 (mg) 0,8-1,3 1,2-1,8 1,4-3,6 3,6 B3 (mg) 9-13 15-20 8-150 150 B5 (mg) 3-7 4-7 5-15 15 B6 (mg) 1-1,4 1,7-2,2 1-4 4 B7 (mg) 20-30 30-100 20-60 60 B9 (mg) 50-150 150-400 140-400 400 B12 (mg) 0,7-1,4 2,0-2,2 1-5 5 C (mg) 40-45 50-60 80-100 100
  • 59. TTR Transtiretina Retinol RBP (pré-albumina)
  • 60. Colágeno tipo IV – Tecido epitelial de revestimento Corte de intestino grosso corado por Goldner As fibras colágenas da submucosa estão em verde http://www.ufrgs.br
  • 61. GLUTAMINA Funções Metabólicas Substrato primordial Crescimento •Células endoteliais Pool AA Diferenciação •Enterócitos •Túbulos renais Biossíntese nucleotídeo GLUTAMINA Amônia Metabolismo Transporte N e C energético Integridade Intestinal Sintese protéica e glicogênio
  • 62. NPT e Glutamina • Prospectivo, duplo cego, controlado, randomizado • 28 pacientes - cir abdominal eletiva • NPT (5 dias) - 1- 1,5 g Prot 29 kcal / kg 2- 1,2 g Prot + 0,3 g GLN 2: Bal. Nitrogenado Linfócitos Geração de cisteinil-leucotrienos (PMN) Tempo de internação (6,2 dias) Morlion et al - Ann Surg 227:302, 1998
  • 63. Glutamina Metanálise • 550 estudos - 1985 a 2000 (14 randomizados) • Indicações: Pac graves, falência gastrointestinal, GLN > 0,2 g/kg, 6 dias, IV • Pac cirúrgicos: < infecção, < internação • Pac críticos: < complicação, < mortalidade Novak et al: Crit Care Med 30:2022, 2002
  • 64. W-3 AG E RESPOSTA IMUNE metabolismo Suchner et al hipermetabolismo sem estresse Curr. Op. Gastroenterol Defic AG AG disponíveis 11:151, 1995 eicosanóides N-6 EICOSANÓIDES N-3 Resposta inflamatória Defesa celular sistêmica
  • 65.
  • 66. Quando a nutrição deve começar com dieta imunomoduladora • Se possível, antes da lesão - pré-operatório de pacientes desnutridos, por 7 a 10 dias
  • 67. Dieta imunomoduladora • 11 estudos controlados, randomizados, prospectivos • 1009 pacientes - CA gastrointestinal e doença crítica • Uso de dieta imunomoduladora Complicações infecciosas Tempo de hospitalização = Pneumonia e mortalidade Heys et al - Ann Surg 229:467, 1999
  • 68. NE e imunomodulação • 166 pacientes - CA gástrico ou pancreático • 1- Fórmula enteral (55) • 2- Enteral + ARG + n-3 + RNA (55) • 3- NPT (56) • isocal, isoN, 25 kcal/kg/dia - após 12 horas Grupo 2: infecção internação no subgrupo desnutrido complicações sépticas no grupo transfundido Grupo3: complicações sépticas Braga et al. - Crit Care Med 26:24, 1998
  • 69. Evidências científicas – A/B • Jejum pré-op desnecessário: Em risco aspirativo 2h de jejum para líquidos e 6 para sólidos • Carboidratos 2 antes da cirurgia (B) • TN em desnutridos por 10 dias • Realimentação precoce • NE em: câncer de cabeça e pescoço (CP), trauma grave, desnutrição (início precoce) • Jejunostomia distal `a anastomose (B) • Imunonutrição: cancer de CP, GI alta, trauma
  • 70. BIOÉTICA - DIGNIDADE “A dignidade da condição humana exige, tudo tentar para erradicar as doenças, lutar contra as fatalidades naturais, a infelicidade, o sofrimento, a miséria e as injustiças” Daniel Cohen Les Genes de l’espoir, 1993