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Arcadismo no Brasil
1. Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente
Campus Vale do Rio Madeira
LITERATURA BRASILEIRA I
Aline Schwantes dos Passos
Bruna Wagner
Maíra Vaniele Costa Campos
3. Origens do Arcadismo
• Transição do Barroco
para o Arcadismo
• Surgimento da ideia Árcade
4. Relação: Arcadismo/Iluminismo
• As mudanças estéticas terão
por base uma revolução
filosófica: o Iluminismo.
• imitação dos clássicos, pela
aproximação com a natureza e
pela valorização das
atividades galantes dos
freqüentadores dos salões da
nobreza européia.
• * Rococó: estilo artístico de
fins do século XVIII marcado
pela delicadeza e pela
ornamentação excessiva.
5. O Arcadismo no Brasil
• CONTEXTO HISTÓRICO
A descoberta do ouro na região de Minas Gerais, em
fins do século XVII, significa o início de grandes
mudanças na sociedade colonial brasileira. A corrida
em busca do metal precioso desloca para serras, até
então desertas, uma multidão de aventureiros
paulistas, baianos e, em seguida, portugueses. A
abundância do ouro gera extraordinária riqueza e os
primeiros acampamentos de mineiros transformam-
se rapidamente em cidades.
6. • Esquema de
abastecimento para
as minas
• Sistema de
abastecimento das
cidades mineiras.
• O ouro
7. O período de Pombal
• Marquês de Pombal
• Período: 1750 a 1777
• Reformismo de Pombal
• Resistência dos Jesuítas
e nobreza
• Decadência de Pombal
9. O Arcadismo
no Brasil
CONTEXTO CULTURAL
•Minas Gerais:
ascensão através
do ouro
•Vila Rica
10. A função social da Literatura
• A existência citadina (medíocre até o século anterior)
aproxima as pessoas através da vizinhança. traduz-se
em relações sociais, em concorrência, em novos
estímulos.
• Saraus
• Academias e Arcádias
• A sociedade urbana começa a estimular e aplaudir os
seus artistas
• Influência das ideias Iluministas
11. Características do Arcadismo
1) BUSCA DA SIMPLICIDADE
2) IMITAÇÃO DA NATUREZA
3) IMITAÇÃO DOS CLÁSSICOS
4) AUSÊNCIA DE SUBJETIVIDADE
12. 1) BUSCA DA SIMPLICIDADE
A fórmula básica do
Arcadismo pode ser
representada assim:
• Verdade = Razão =
Simplicidade
• Imitação
14. 2) IMITAÇÃO DA NATUREZA
• Retorno à vida
campestre
• “Homem
natural”
• Simplicidade
• Bucolismo
• Pastoralismo
15. No exemplo abaixo, de Tomás Antônio Gonzaga, percebemos
que o mundo pastoril é apenas um quadro convencional para o
poeta refletir sobre o sentido da natureza:
Enquanto pasta alegre o
manso gado,
minha bela Marília, nos
sentemos
à sombra deste cedro
levantado.
Um pouco meditemos
na regular beleza,
Que em tudo quanto vive
nos descobre
A sábia natureza.
16. 3) IMITAÇÃO DOS CLÁSSICOS
• Retorno ao universo de
referências clássicas.
• O poeta que não seguir os
antigos, perderá de todo
o caminho, e não poderá
jamais alcançar aquela
força, energia e
majestade com quem nos
retratam o formoso e
angélico semblante da
natureza.
• Utilização da Mitologia
Clássica
17. • encanto na fantasia mitológica, como nestes
versos de Marília de Dirceu:
Pintam, Marília, os poetas
a um menino vendado,
com uma aljava de setas,
arco empunhado na mão;
ligeiras asas nos ombros,
o terno corpo despido,
e de Amor ou de Cupido
são os nomes que lhe dão.
18. 4) AUSÊNCIA DE SUBJETIVIDADE
• A constante e obrigatória
utilização de imagens
clássicas tradicionais acaba
sedimentando uma poesia
despersonalizada. O
escritor não anda com o
próprio eu. Adota uma
forma pastoril.
• Expressões de sentimentos
comuns, genéricos,
médios, reduzindo suas
criações à fórmulas
convencionais.
19. • Valmont encara o amor apenas como um processo
de sedução:
Possuirei aquela mulher; arrebatá-la-ei do marido
que a profana; ousarei tomá-la ao próprio Deus que
ela adora. Que delícia ser alternadamente o
causador e o vencedor de seus remorsos! Longe de
mim a idéia de destruir os preconceitos que a
assaltam. Eles aumentarão minha felicidade e minha
glória. Que ela acredite na virtude, mas para
sacrificá-la a meus pés; que suas faltas a
amedrontem sem poder detê-la; e agitada por mil
terrores, não possa esquecê-los e dominá-los senão
em meus braços. Então consentirei que ela me diga:
'Adoro-te'.
20. Poema
Marília de Dirceu/I/XXVIII Se chega contente,
Tomás Antônio Gonzaga As armas lhe furta,
E o Deus a não sente.
Cupido tirando Os Faunos, mal viram
Dos ombros a aljava As armas roubadas,
Num campo de flores Saíram das grutas
Contente brincava. Soltando risadas.
E o corpo tenrinho Acorda Cupido,
Depois, enfadado, E a causa sabendo,
Incauto reclina A quantos o insultam
Na relva do prado. Responde, dizendo:
Marília formosa, "Temíeis as setas
Que ao Deus conhecia, "Nas minhas mãos cruas!
Oculta espreitava "Vereis o que podem
Quanto ele fazia. "Agora nas suas."
Mal julga que dorme
21. Autores
• Frei Santa Rita Durão (1722-1784), autor do
poema épico Caramuru
• Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) Obras
Poéticas e Villa Rica
• Basílio da Gama (1741-1795), autor do poema
épico O Uruguai
• Tomás Antônio Gonzaga(1744-1810), autor
de Marília de Dirceu e Cartas Chilenas
• Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1793)
• Silva Alvarenga (1749-1814), autor de Glaura
22. Poesia Lírica, Épica e Satírica
• A poesia lírica é uma forma de poesia que surgiu
na Grécia Antiga, e originalmente, era feita para ser
cantada ou acompanhada de flauta e lira (daí o lírica).
• Na poesia épica um narrador conta uma história.
• A poesia satírica é uma técnica literária ou artística que
ridiculariza um determinado tema (indivíduos,
organizações, estados), geralmente como forma de
intervenção política ou outra, com o objetivo de
provocar ou evitar uma mudança.
23. Cláudio Manuel da Costa
• VIDA DO AUTOR
Introdutor do Arcadismo no Brasil, Cláudio Manuel da
Costa (1729-1789) estudou Direito em Coimbra. Rico,
advogou em Mariana, SP, onde nasceu e estabeleceu-
se depois em Vila Rica. Foi um poeta de transição,
ainda muito preso ao Barroco. Era grande amigo de
Tomás Antônio Gonzaga, como atesta a poesia deste.
Tinha os pseudônimos (apelido, no caso dos árcades,
de origem pastoril) de Glauceste Satúrnio e Alceste. O
nome de sua musa era Eulina. Foi preso em 1789,
acusado de reunir os conjurados da Inconfidência
Mineira. Após delatar seus colegas, é encontrado
morto na cela, um caso de suicídio até hoje nebuloso.
24. Poema
Pouco importa, formosa Daliana,
Que fugido de ouvir-me, o fuso tomes,
Se quanto mais me afliges, e consomes,
Tanto de adoro, mais bela serrana.
Nisa? Nisa? onde estás? Aonde espera
Achar-te uma alma, que por ti suspira;
Se quanto a vista se dilata, e gira
Tanto mais de encontrar-te desespera.
Formoso e manso gado, que pascendo
A relva andais por entre o verde prado,
Venturoso rebanho, feliz gato,
Que à bela Antrada estás obedencendo.
25. Obras
• Culto Métrico, 1749.
• Munúsculo Métrico,1751.
• Epicédio, 1753.
• Obras (sonetos, epicédios, romances, éclogas,
epístolas, liras), 1768.
• O Parnaso Obsequioso, 1768
• Vila Rica, 1773.
• Poesias Manuscritas, 1779.